Clima Mundial

Dilma participa de cúpula do clima e abre Assembleia Geral da ONU

Presidente do Brasil fala na cúpula nesta terça em Nova York.
Na quarta, faz o discurso de abertura da Assembleia Geral.

Filipe MatosoDo G1, em Brasília
Dilma Rousseff faz discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU e critica práticas de espionagem dos EUA (Foto: Mike Segar/Reuters)Dilma Rousseff durante o discurso de abertura da
edição do ano passado da Assembleia Geral da
ONU  (Foto: Mike Segar/Reuters)
A presidente Dilma Rousseff participa nesta terça-feira (23) em Nova York da Cúpula do Clima, Cúpula do Clima, que discutirá mudanças climáticas, e na quarta faz a abertura do debate geral da 69ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Segundo o Palácio do Planalto, a presidentediscursará nesta terça para os representantes dos demais países integrantes da Cúpula do Clima. É esperado que os presidentes digam o que seus países têm feito para a proteção do meio ambiente e o que ainda podem fazer para protegê-lo.
Na quarta, a presidente fará o discurso de abertura da 69ª Assembleia Geral, tradicionamente reservado ao presidente brasileiro. Antes, Dilma terá encontro com o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon. Em setembro do ano passado, na abertura da 68ª Assembleia, a presidente concentrou o discurso, de 23 minutos, na segurança de dados na internet e afirmou que casos de espionagem “ferem” o direito internacional e “afrontam” os princípios que regem a relação entre os países – Dilma chegou a cancelar a visita de Estado que faria aos EUA após denúncias de que teria sido alvo de espionagem do governo norte-americano.
O discurso de Dilma na abertura da assembleia se iniciará por volta das 9h (horário local; 10h no horário de Brasília) e terá duração de 20 a 30 minutos. Há expectativa de que a presidente apresente à ONU o que o Brasil fez nos últimos anos para reduzir a igualdade social e erradicar a fome. Além disso, a presidente pode reforçar a defesa pela segurança na internet e enaltecer a criação do Banco de Desenvolvimento do Brics – agrupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Em seguida, o presidente dos EUA, Barack Obama, discursará. A volta de Dilma ao Brasil deverá ocorrer após o almoço.
Adversária de Dilma na corrida presidencial, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, foi convidada para participar da Cúpula do Clima, mas, conforme a assessoria, Marina Silva decidiu não ir.
Presidência
Em razão das viagens internacionais de Dilma aos Estados Unidos e do vice-presidente Michel Temer para o Uruguai. o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, assumirá até esta quarta (24) a Presidência da República,
Quarto na linha de sucessão, o presidente do Supremo ocupará a Presidência da República 13 dias após assumir o comando do STF porque os presidentes da Câmara e do Senado têm impossibilidades eleitorais.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2014/09/dilma-participa-de-cupula-do-clima-e-abre-assembleia-geral-da-onu.html

Enfrentar mudanças no clima não se limita à Amazônia, diz Dilma na ONU

Presidente participou nesta terça da cúpula sobre mudanças climáticas.
Nesta quarta, Dilma fará discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU.

Filipe Matoso e Lucas SalomãoDo G1, em Brasília
A presidente Dilma Rousseff, durante discurso na conferência da ONU sobre mudanças climáticas (Foto: Roberto Stuckert Filho / PR)A presidente Dilma Rousseff, durante discurso na conferência da ONU sobre mudanças climáticas (Foto: Roberto Stuckert Filho / PR)
Em discurso na conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) que discute as mudanças climáticas no planeta, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (23), em Nova York (EUA), que a determinação do Brasil em enfrentar as alterações no clima não se limita à conservação da Amazônia.
Diante de uma plateia de autoridades estrangeiras, ela destacou medidas adotadas pelo governo brasileiro nos últimos anos para reduzir o desmatamento não somente na região amazônica, mas também no cerrado. A presidente defendeu que as iniciativas da comunidade internacional para enfrentar os problemas climáticos sejam "justas, ambiciosas, equilibradas e eficazes".
Além da preservação da Amazônia, Dilma citou, em seu pronunciamento, que deveria haver uma preocupação dos países para tentar reduzir o desmatamento na região da bacia do Congo, na África.
Nossa determinação em enfrentar a mudança do clima não se limita à Amazônia brasileira. Estamos cooperando com os países da bacia amazônica em ações de monitoramento e combate ao desmatamento. Devemos também contribuir para a redução do desmatamento com os países da bacia do Congo"
Dilma Rousseff, presidente da República
"Nossa determinação em enfrentar a mudança do clima não se limita à Amazônia brasileira. Estamos cooperando com os países da bacia amazônica em ações de monitoramento e combate ao desmatamento. Devemos também contribuir para a redução do desmatamento com os países da bacia do Congo", disse a chefe de Estado brasileira.
"Reafirmo que o novo acordo climático precisa ser universal, ambicioso e legalmente vinculante, respeitando princípios e os dispositivos da convenção", complementou.
O objetivo da conferência climática da ONU é compartilhar experiências aplicadas em cada país para reduzir os fatores que provocam as alterações climáticas e definir os passos que irão tomar nas áreas mais críticas para que a temperatura do mundo suba menos de 2°C. O encontro servirá ainda como prévia da Assembleia Geral da ONU, que será realizada nesta quarta-feira (24).
Durante todo o dia, os líderes dos cerca de 120 países que participam do encontro apresentarão seus trabalhos em discursos para anunciar novas ações que estejam implementando em nível nacional, especialmente nas áreas de financiamento; eficiência energética; energias renováveis; adaptação; redução do risco de desastres e resiliência; florestas; agricultura; transporte; poluentes climáticos de curta; e cidades.
Clima e economia
Em meio ao discurso, Dilma Rousseff afirmou aos líderes mundiais que é preciso reverter a lógica de que o combate à mudança do clima é danoso à economia. A presidente brasileira destacou que, historicamente, os países desenvolvidos alcançaram níveis de bem-estar com modelo baseado em altas taxas de emissões de gases danosos ao meio ambiente.
“O crescimento das nossas economias é compatível com a redução das nossas emissões. No Brasil, estamos fazendo isso. Ao mesmo tempo em que diminuímos a pobreza e a desigualdade social, protegemos o meio ambiente”, ressaltou a petista.
Assembleia Geral da ONU
Dilma está nos Estados Unidos para participar da cúpula do clima, mas, principalmente, para fazer, nesta quarta-feira, o discurso de abertura da 69ª Assembleia Geral da ONU. A estimativa é que mais de 120 chefes de Estado e de governo participem da sessão. 

http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/09/enfrentar-mudancas-no-clima-nao-se-limita-amazonia-diz-dilma-na-onu.html

Secretário da ONU pede 'novo rumo' para o planeta na Cúpula do Clima

Ban Ki-moon discursou na inauguração do encontro, em Nova York.
A presidente Dilma Rousseff também falou no evento desta terça-feira.

Do G1, em São Paulo
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu a Cúpula do Clima das Nações Unidas nesta terça-feira (23), em Nova York (Foto: Timothy A. Clary/AFP)O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, abriu a Cúpula do Clima das Nações Unidas nesta terça-feira (23), em Nova York (Foto: Timothy A. Clary/AFP)
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu nesta terça-feira (23) aos líderes mundiais para estabelecer um "novo rumo" diante dos perigos do aquecimento global.
Ele discursou na abertura da Cúpula do Clima das Nações Unidas, em Nova York, que conta com a participação de mais de 120 chefes de Estado e de Governo. A presidente Dilma Rousseff também falou durante o evento (leia abaixo).
"A mudança climática é a questão crucial de nossa era. Está definindo nosso presente. Nossa resposta definirá nosso futuro", afirmou Ban no discurso de abertura da reunião em Nova York, onde são esperados anúncios de compromissos que facilitem a conclusão de um acordo na conferência internacional de 2015 em Paris.
O ator Leonardo DiCaprio, que foi nomeado mensageiro da paz da ONU, pediu aos governantes que é preciso acabar com a poluição e que a "mudança climática é a nossa maior ameaça de segurança". "Eu era um dos 400 mil que marcharam em Nova York pela ação climática", disse ele, referindo-se à passeata que aconteceu neste domingo (21) em diversas cidades do mundo.
Enfrentamento não se limita à Amazônia
A presidente Dilma Rousseff durante discurso na Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas, nesta terça-feira (23) (Foto: Mike Segar/Reuters)A presidente Dilma Rousseff durante discurso na Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas, nesta terça-feira (23) (Foto: Mike Segar/Reuters)
A presidente Dilma Rousseff destacou medidas adotadas pelo governo brasileiro nos últimos anos para reduzir o desmatamento não somente na região amazônica, mas também no Cerrado. Segundo ela, o país tem contribuído para o aumento da produção de energias renováveis.

"Nossa determinação em enfrentar a mudança do clima não se limita à Amazônia brasileira. Estamos cooperando com os países da bacia amazônica em ações de monitoramento e combate ao desmatamento", disse a chefe de Estado brasileira.
Um dia antes, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse em entrevista à agência Associated Press que o Brasil não vai endossar uma iniciativa global antidesmatamento que deve ser anunciada na Cúpula. Segundo ela, o país “não foi convidado a se engajar no processo de preparação” da declaração. Em vez disso, o governo recebeu uma cópia do texto da ONU, que pediu para aprová-lo sem a permissão de sugerir qualquer alteração.
“Infelizmente, não fomos consultados. Mas eu acho que é impossível pensar que pode ter uma iniciativa global para florestas sem o Brasil dentro. Não faz sentido”, disse ela, em entrevista concedida à Associated Press nesta segunda-feira (22).
Charles McNeill, conselheiro-sênior de política ambiental do Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) disse que “houve esforços para chegar às pessoas do governo brasileiro, mas não houve resposta”
Trabalhos e promessas
O objetivo da cúpula é compartilhar experiências aplicadas em cada país para reduzir os fatores que provocam as alterações climáticas e definir os passos que irão tomar nas áreas mais críticas para que a temperatura do mundo suba menos de 2°C. O encontro servirá ainda como prévia da Assembleia-Geral da ONU, que será realizada nesta quarta-feira (24).
Durante todo o dia, os líderes dos países, inclusive o Brasil, vão apresentar seus trabalhos em discursos de até quatro minutos, para anunciar novas ações que estejam implementando em nível nacional, especialmente nas áreas de financiamento; eficiência energética; energias renováveis; adaptação; redução do risco de desastres e resiliência; florestas; agricultura; transporte; poluentes climáticos de curta duração; e cidades.
O ator Leonardo Di Caprio, nomeado mensageiro da Paz pela ONU, também alertou aos representantes de governos sobre os perigos da mudança climática (Foto: Timothy A. Clary/AFP)O ator Leonardo DiCaprio, nomeado mensageiro da Paz pela ONU, também alertou aos representantes de governos sobre os perigos da mudança climática (Foto: Timothy A. Clary/AFP)

http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/09/secretario-da-onu-pede-novo-rumo-para-o-planeta-na-cupula-do-clima.html