CRIANÇAS VICIADAS EM AÇÚCAR


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25.04.2018, 11:28

COMO VENCER O CONSUMO EXCESSIVO DE ALIMENTOS DOCES

Refrigerantes, doces, balas, bombons. Em todo o mundo desenvolvido as crianças comem diariamente de duas a três vezes mais açúcar do que o necessário. Com o consequente risco de obesidade, cáries e moléstias cardíacas no futuro. Mas de nada adiante proibir. Mais vale explicar aos pequenos que o excesso de açúcar é muito prejudicial a saúde.


 Por: Aude Rambaud – Le Figaro Santé  
Uma única latinha de refrigerante e pronto: seu filho já superou o limite de consumo de açúcar recomendado para uma inteira jornada. Na teoria, seria preciso que os açúcares escondidos nas bebidas e alimentos industrializados representem menos de 5% da ração calórica quotidiana para prevenir a obesidade, o diabetes e as cáries dentárias. Na França, a pesquisa alimentar Inca 3 revela que os jovens franceses consomem de duas a três vezes mais açúcar do que o recomendado. Mas é preciso dizer que, no nosso modelo de vida, os açúcares estão em toda a parte. Então, como evitar o seu consumo em excesso?
“De nada adianta proibir”, previne logo de início o professor Jean-Michel Lecerf, chefe do serviço de nutrição do Instituto Pasteur da cidade de Lille. Proibir é contraproducente, não importa se a interdição venha dos pais ou da sociedade. Na verdade, a interdição é a melhor forma de incitar as crianças a desafiar esse limite. Por outro lado, demonizar uma categoria de alimento acarreta distúrbios da relação alimentar, e o desenvolvimento de comportamentos potencialmente graves. O que é realmente necessário é explicar às crianças por que o açúcar pode ser nocivo para a saúde  e as ajudar a tomar consciência das quantidades que consomem. De modo paralelo, também é fundamental ensinar a elas como apreciar os produtos açucarados e os degustar. É preciso evitar que elas se escondam para engolir rapidamente os doces mas, ao contrário, que elas tomem todo o tempo que for necessário para saboreá-los, sem experimentar nenhum sentimento de culpa. É necessário desenvolver nos pequenos a consciência de uma relação sadia com a alimentação”, explica Lecerf.
Reduzir a tentação
A primeira providência a ser tomada para limitar as tentações é limitar a exposição. Não se deve, em absoluto, deixar produtos açucarados expostos à disposição para o consumo em casa. “Se doces, refrigerantes, sorvetes e cremes estivirem visíveis nas prateleiras u nas geladeiras, eles serão comidos. E em maior quantidade se esse consumo for proibido! Não guarde estoques desses produtos. Como sobremesa, uma fruta já é suficiente”, declara Jean-Michel Lecerf. “Isso é ainda mais importante quando os pais que trabalham nos fins de semana estiverem ausentes aos sábados e domingos, por exemplo, quando as crianças ficam sozinhas em casa. Se elas mesmas tiverem de preparar o almoço ou um lanche, elas sempre terão a tendência a comer produtos supérfluos e açucarados” insiste Béatrice de Reynal, médica nutricionista.
É preciso igualmente ensinar as crianças a conhecer as quantidades de açúcar presentes nos alimentos. Para tanto, cozinhar com as crianças ao lado, como auxiliares, é uma medida excelente. É ao fazer um bolo, um doce, que elas realizarão que 200 gramas de açúcar representam mais de 5 vezes a quantidade diária recomendada para eles. Assim que a criança aprende a ler, podemos lhe mostrar os dados nutricionais que constam dos rótulos nos produtos. Isso permitirá que ela saiba que o ketchup, por exemplo, contem muito açúcar, destinado a mascarar a acidez do tomate.
Proibir sem explicar não serve a nada
Existem também numerosos pequenos “truques” para se praticar em família para reduzir os aportes de açúcar: fazer a própria comida a partir de alimentos simples para evitar os açúcares adicionados aos produtos industrializados, diminuir progressivamente as quantidades de açúcar nas receitas de doces ou nos doces à base de laticínios para desabituar a pessoa que prefere alimentos muito doces, preferir as compotas e geleias sem açúcar adicionado, oferecer pão com manteiga no café da manhã, em vez de biscoitos e bolachas açucarados, reduzir as porções de cereais doces pela manhã, substituindo-os com uma fatia de pão. E, evidentemente, deixar sempre disponível sobre a mesa uma garrafa de água, de preferência com uma ramo de mente ou hortelã frescas ou uma fatia de limão.
Para os adolescentes, a informação e a sensibilização são fundamentais: ainda uma vez, as proibições não servem para nada. “Os adolesdcentes não são insensíveis às mensagens de prevenção, mas o efeito de grupo acaba sempre vencendo a decisão individual. Se todo o grupo vai ao fast-food ou à pizzaria, o jovem simplesmente segue a decisão da maioria e isso é normal. Apesar disso, é bom saber que os adolescentes geralmente não comem de tudo e qualquer coisa. Eles dão muita importância à alimentação. Não por razões de saúde, já que não sentem que isso lhes diz respeito, mas para se sentir bem, para serem bonitos em relação aos outros”, comenta Béatrice de Reynal.
  

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https://www.brasil247.com/pt/saude247/saude247/352524/Crian%C3%A7as-viciadas-em-a%C3%A7%C3%BAcar-Como-vencer-o-consumo-excessivo-de-alimentos-doces.htm

TECNOSFERA

https://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/351884/Tecnosfera-O-insustent


SEGUNDA OPINIÃO MÉDICA


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05.04.2018, 10:47

PRECAUÇÃO CONTRA ERROS DE DIAGNÓSTICO

Pelas razões mais diversas, um médico pode se enganar e produzir um diagnóstico equivocado. Por isso, nos casos mais complexos de doenças graves, raras ou com potencial incapacitante, ou quando o primeiro médico tem dúvidas, a busca de uma segunda opinião se impõe. Na França, um site Internet oferece uma segunda opinião para moléstias graves

 Por: Anne Prigent – Le Figaro Santé
Há cinco anos, manifestei um câncer de próstata. O primeiro cirurgião que visitei me propôs duas opções: uma ablação radical da próstata, ou uma radioterapia. Um amigo sensato me aconselhou procurar uma segunda opinião, e foi o que fiz. O segundo especialista estimou, após duas consultas e alguns exames complementares, que, no meu caso, esses tratamentos pesados não eram necessários, pois uma vigilância ativa do problema seria suficiente”, conta Bernard, que hoje tem 77 anos, e não lamenta ter preferido seguir a segunda opinião.
Agora, na França, Bernard poderia obter essa segunda opinião através da Internet, pela soma de cerca 300 euros (R$ 1.100,00). Com efeito, o site deuxiemeavis.fr propõe a pacientes que sofrem de uma “doença grave, rara ou potencialmente incapacitante” preencher um questionário e anexar seus exames de saúde, para obter uma “segunda opinião médica”, em menos de sete dias, emitida por médicos que possuem um alto grau de especialização na sua doença”. Esse site Internet, avalizado pela Comissão Nacional da Informática e das liberdade (Commission nationale de l'informatique et des libertés), (Cnil), é referendado por alguns grandes nomes da medicina francesa e pelo Comitê Interassociativo de Saúde (Comité interassociatif sur la santé), (Ciss), representando os pacientes. Mas esse oferecimento de serviços, sobretudo por causa do seu alto custo, foi vivamente criticado por certos sindicatos de médicos liberais e pelo Conselho Nacional de Medicina.
A polêmica surgida, no entanto, tem o mérito de levantar um certo número de questões. Existe uma necessidade real de se procurar uma segunda opinião no caso de doenças graves? Como obtê-la e a que preço? Em quais circunstâncias?
Em caso de incerteza
Dados a respeito da questão são, de modo geral, e em todo o mundo, quase inexistentes. Impossível saber quantas pessoas em média solicitam uma segunda opinião médica. «Menos de 10% dos meus pacientes necessitam de uma segunda opinião. Eu a sugiro no caso de moléstias difíceis de serem diagnosticadas ou em casos de incerteza. Uma pessoa de cada duas prefere se limitar à primeira opinião”, explica o médico Claude Leicher, presidente da MG France. O Instituto Gustave-Roussy, centro de referência em cancerologia que propõe gratuitamente uma solicitação de segunda opinião online, recebe entre 4 mil e 5 mil solicitações por ano.
Para o Ciss, a segunda opinião deveria se tornar uma providência sistemática quando as pessoas se confrontam com diagnósticos e escolhas terapêuticas pesadas, com consequências potencialmente incapacitantes, ou quando se trata de doenças graves ou raras. «Nesses casos, todo bom médico deveria propor uma segunda opinião”, insiste Claude Rambaud, vice-presidente da associação. A médica Suzette Delaloge, oncologista no Instituto Gustave-Roussy, acrescenta algumas nuances: “No câncer de mama, por exemplo, pedir uma segunda opinião sistemática não se justifica. Sobretudo porque às vezes é perigoso retardar a cirurgião enquanto o câncer continua a progredir. Mas quando você não compreende a decisão do médico, ou não está de acordo com ele, não hesite em procurar uma segunda opinião”. Representantes de pacientes e médicos estão de acordo em um ponto: a segunda opinião é um direito dos pacientes. “Não podemos nos opor a isso. Pelo contrário, somos os primeiros a aconselhá-la quando percebemos que o paciente está hesitante”, afirma o médico Christian Castagnola, vice-presidente da Associação Francesa de Urologia.
Reuniões de diálogo multidisciplinar
O Instituto Gustave-Roussy recebe cerca de 1500 solicitações anuais para o câncer de mama. Os dossiês enviados são muito variados, e vão desde situações bem simples a questões de mastectomia, quimioterapias complexas, etc. «Não é frequente que estejamos em desacordo com nossos colegas. A cancerologia, de modo geral, alcançou um bom nível na França, e as reuniões de diálogo multidisciplinar existem para proteger os pacientes». Os estabelecimentos de saúde são por sinal instados a reunir um colégio de médicos logo após o diagnóstico do paciente a fim de lhe propor um plano de tratamento. Tais reuniões de diálogo multidisciplinar permitem o confronto de pontos de vista e das opiniões sobre as abordagens mais adequadas para cada caso. Mas, apesar de tudo isso, o sistema não é infalível. Claude Rambaud lembra o caso recente de uma mulher jovem tratada com quimioterapia de um câncer de colo de útero diagnosticado erroneamente. «É preciso saber que entre 5 a 15% dos efeitos indesejados ligados a um tratamento decorrem de um erro de diagnóstico. Além disso, estudos norte-americanos demonstram que cerca de 5% dos pacientes sofrem erros de diagnóstico», ressalta Claude Rambaud.



https://www.brasil247.com/pt/saude247/saude247/349516/Segunda-opini%C3%A3o-m%C3%A9dica-Precau%C3%A7%C3%A3o-contra-erros-de-diagn%C3%B3stico.htm

SENSIBILIDADE DAS PLANTAS

https://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/350828/Sensibilidade-das-plantas-Elas-sabem-se-comunicar-ca