Tipos de Violência Contra Crianças e Adolescentes



É importante que todos estejam atentos a situações de violação aos diferentes grupos de pessoas.

Se você presenciar uma destas formas de violência, denuncie!
  • Abuso financeiro e econômico / Violência patrimonial
    Ato praticado por pais, responsáveis ou instituição que consiste na exploração imprópria ou ilegal e no uso não consentido de benefícios de prestação continuada recursos financeiros e patrimoniais, não custeando as necessidades básicas de crianças e adolescentes primordiais para o seu desenvolvimento saudável.
  • Adoção ilegal / Adoção à brasileira
    Ato de registrar filho alheio em nome próprio, ou seja, o registro de criança ou adolescentes em nome de pessoas que não são seus pais biológicos e que não atenderam ao procedimento estabelecido em lei.
  • Aliciamento sexual infantil on-line
    Você ou algum conhecido seu recebe ou recebeu mensagens no celular, e-mails, recados no Blog ou no site de relacionamento com convites para encontro, imagens de sexo ou conteúdos impróprios para sua idade? Isto pode ser uma tentativa de aliciamento, podendo resultar até mesmo em sequestro.
  • Bullying
    [1]   Prática de atos violentos, intencionais e repetidos, contra uma pessoa indefesa, que podem causar danos físicos e psicológicos às vítimas. O termo surgiu a partir do inglês "bully", palavra que significa tirano, brigão ou valentão, na tradução para o português.
    [2]   No Brasil, o bullying é traduzido como o ato de bulir, tocar, bater, socar, zombar, tripudiar, ridicularizar, colocar apelidos humilhantes e etc. Essas são as práticas mais comuns do ato de praticar bullying. A violência é praticada por um ou mais indivíduos, com o objetivo de intimidar, humilhar ou agredir fisicamente a vítima.
    [3]   Na escola: bullying é uma situação que se caracteriza por agressões intencionais, verbais ou físicas, feitas de maneira repetitiva, por um ou mais alunos contra um ou mais colegas.
  • Cyberbullying
    Ato de humilhar e ridicularizar por meio de comunidades, redes sociais, e-mails, torpedos, blogs e fotologs.
  • Discriminação
    Distinção, segregação, prejuízo ou tratamento diferenciado de alguém por causa de características pessoais, raça/ etnia, gênero, crença, idade, origem social, entre outras.
  • Exposição de nudez sem consentimento (sexting)
    O Sexting é uma palavra originada da união de duas palavras em inglês: sex (sexo) + texting (envio de mensagens). O Sexting descreve um fenômeno recente no qual adolescentes e jovens usam seus celulares, câmeras fotográficas, contas de email, salas de bate-papo, comunicadores instantâneos e sites de relacionamento para produzir e enviar fotos sensuais de seu corpo (nu ou seminu). Envolve também mensagens de texto eróticas (no celular ou Internet) com convites e insinuações sexuais para namorado(a), pretendentes e/ou amigos(as).
  • Negligência e Abandono
    [1]   Abandono, descuido, desamparo, desresponsabilização e descompromisso do cuidado. Ato que não está necessariamente relacionado às dificuldades socioeconômicas dos responsáveis pela criança ou pelo adolescente.
    [2]   Recusa ou omissão por parte de pais, responsáveis ou instituição em prover as necessidades físicas, de saúde, educacionais, higiênicas de seus filhos, ou de outrem que esteja sob sua guarda, poder ou autoridade, baseada, na rejeição, no descaso, na indiferença, no descompromisso, no desinteresse e na negação da existência do indivíduo.
  • Pornografia infantil
    Representação, por qualquer meio, de uma criança envolvida em atividades sexuais explícitas reais ou simuladas, ou qualquer representação dos órgãos sexuais de uma criança para fins primordialmente ou ainda a prática de apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores ou internet, fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente.
  • Tortura
    Atos intencionalmente praticados para causar lesões físicas, ou mentais, ou de ambas as naturezas com finalidade de obter determinada vantagem, informação, aplicar castigo, entre outros.
  • Trabalho Infantil
    É todo o trabalho realizado por pessoas que tenham menos da idade mínima permitida para trabalhar. No Brasil, o trabalho não é permitido sob qualquer condição para crianças e adolescentes até 14 anos. Adolescentes entre 14 e 16 podem trabalhar, mas na condição de aprendizes. Dos 16 aos 18 anos, as atividades laborais são permitidas, desde que não aconteçam das 22h às 5h e não sejam insalubres ou perigosas.
  • Tráfico de crianças e adolescentes
    Caracterizado pelo recrutamento, transporte, transferência, alojamento ou acolhimento de crianças e adolescentes, recorrendo à ameaça, uso da força, coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou à situação de vulnerabilidade para fins de exploração Sexual, Trabalho Infantil ou Tráfico de órgãos.
  • Violência Física
    [1]   Ato de agressão física que se traduz em marcas visíveis ou não.
    [2]   Ato de violência intencional com impacto no corpo e na integridade física que se traduz em marcas visíveis como: lesões, ferimentos, fraturas, hematomas, mutilações ou mesmo morte.
  • Violência Institucional
    Ação ou omissão de instituições, equipamentos públicos ou privados estabelecidos por lei ou intervenção arbitrária, autoritária ou excessiva de profissionais vinculados ao Estado que deveriam garantir a proteção de crianças e adolescentes.
  • Violência Psicológica
    [1]   Relação de poder com abuso da autoridade ou da ascendência sobre o outro, de forma inadequada e com excesso ou descaso. Coerção.
    [2]   Ato deliberado de violência praticado por pais, responsáveis ou intuição exercida através de atitudes arbitrárias, agressões verbais, ameaças, humilhações, desvalorização, estigmatização, desqualificação, rejeição e isolamento, ocasionando imensuráveis danos emocionais e sofrimento psíquico.
  • Violência Sexual
    [1]   Situações de abuso ou de exploração sexual de crianças e adolescentes. Implica a utilização de crianças e adolescentes para fins sexuais, mediada ou não por força ou vantagem financeira.
    [2]   Submissão de criança ou o adolescente, com ou sem consentimento, a atos ou jogos sexuais com a finalidade de estimular-se ou satisfazer-se, impondo-se pela força, pela ameaça ou pela sedução, com palavras ou com a oferta financeira, favores ou presentes, independente do valor e natureza - podendo até ser um prato de comida.

Fonte... http://www.crianca.mppr.mp.br/pagina-2148.html

Tipos de Personalidade em MBTI


16 tipos de personalidade segundo o MBTI: qual é o seu?

<strong>Artigo revisado</strong> pelo
Artigo revisado pelo Comitê de MundoPsicologos
O MBTI é uma ferramenta que permite classificar os diferentes tipos de personalidade, muito utilizado na psicologia e no coaching.


O Indicador tipológico de Myers-Briggs (MBTI) é uma ferramenta que permite classificar os diferentes tipos de personalidade das pessoas, um recurso muito utilizado no ramo da psicologia e coaching.
 O MBTI permite conhecer aquelas características psicológicas que são dominantes na pessoa e que podem ser usadas para o autoconhecimento, para compreender melhor as relações interpessoais e para potencializar certos aspectos da atitude profissional.
Dos 16 tipos possíveis, qual será o seu? Faça o teste e descubra a resposta:


 Foi no transcurso de suas investigaçñoes sobre a psicología analítica que Carl Gustav Jung propôs pela primeira vez a existência de tipos psicológicos, num artigo publicado no ano de 1921. A partir desta formulação, vários pesquisadores traçaram teorias para compreender melhor essas diferentes personalidades.
Além da corrente sociônica, concebida na União Soviética, o modelo que se consolidou como o mais contundente foi o proposto por Isabel Briggs Myers e Katharine Cook Briggs. Durante mais de 40 anos, mãe e filha elaboraram juntas o MBTI, uma ferramenta tão completa que continua sendo utilizada nos dias atuais.

O que é a personalidade?

Definimos personalidade como um conjunto de características de caráter específico que compõem a individualidade de uma pessoa: suas emoções, atitudes, comportamentos, etc. É um núcleo que sustenta certa estabilidade, mantendo sua essência mesmo quando a pessoa muda de entorno ou círculo social.
De acordo com a científica Judith Rich Harris, nossa personalidade seria composta 50% por características inatas (tratando-se de temperamento), 10% por características adquirida no entorno familiar (tratando-se de carácter) e 40% por fatores impossíveis de elucidar.

Nossa personalidade é o que nos converte em únicos, e a diversidade dessas personalidades é o que enriquece a humanidade e confere beleza ao convívio e interações. Porém, essa mesma diversidade nem sempre é evidente, porque se relacionar diariamente com tantas personalidades, com familiares, amigos e companheiros de trabalho, nem sempre é tarefa fácil.
Nossa personalidade afeta nossas atitudes e nosso comportamento, e é o que define a relação que mantemos com nós mesmos, mas também com todos os demais. Nossos caracteres e temperamentos são todos diferentes, mas as conclusões de numerosas investigações científicas demonstram que as personalidades podem, sim, serem agrupadas em vários grandes tipos.

O conceito base do MBTI

O MBTI se baseia na teoria conceitual de Carl Gustav Jung. Segundo o psiquiatra e psicoterapeuta suíço, os seres humanos percebem o mundo graças a quatro funções psicológicas principais, das quais uma predomina durante a maior parte da vida da pessoa. As teorias de Jung afirmam existir uma sequência de quatro funções cognitivas (Racionalidade, Emoção, Sensação e Intuição), estando cada uma delas orientada a um polo (Extroversão ou Introversão), resultando num total de oito funções dominantes.
O MBTI Myers e Briggs parte destas oito funções dominantes, conservando certas diferenças em relação ao modelo de Jung:
  • Avaliação da personalidade estruturada ou projetiva: o MBTI utiliza um enfoque considerado como estruturado para avaliar a personalidade, ou seja, com respostas que são fechadas. Por sua vez, o método de Jung dá mais valor às respostas descritivas (abertas), analisando o contexto global da pessoa, não segundo uma teoria ou conceito pré-concebido.
  • Juízo e percepção: Myers e Briggs esclarecem que a quarta letra da combinação que determina o tipo de personalidade (J ou P) indica a forma preferida de a pessoa manifestar o polo, sendo uma função dominante para um tipo extrovertido, e uma função auxiliar para um tipo introvertido.
  • Orientação da função terciária: para Jung, a função dominante de uma pessoa atua somente no seu entorno favorito (no exterior, para os extrovertidos, e no interior, para os introvertidos). Segundo ele, as três funções restantes atuam conjuntamente no sentido oposto. Inúmeros profissionais questionam essa afirmação, pela falta de evidência empírica. No indicador tipológico de Myers e Briggs, se a função cognitiva dominante é a introversão, todas as demais funções serão extrovertidas, e vice-versa.
O MBTI foi criado para populações normais e valoriza a importância das diferenças naturais. Fundamenta-se no fato de que todos temos nossas preferências específicas na forma de construir nossas experiências, e que elas dizem respeito a nossos focos de interesse, valores e motivação.

Como funciona o MBTI?

Na base do MBTI, há dois pares de funções cognitivas opostas, tratadas inicialmente nas teorias dos tipos psicológicos de Jung:
  • as funções racionais (juízo): pensar e sentir
  • as funções irracionais (percepção): sensação e intuição
Para Jung, cada uma dessas funções se expressa primeiramente de forma introvertida ou extrovertida. É a partir desse conceito que Myers e Briggs criam sua própria teoria dos tipos psicológicos, na qual se fundamenta o MBTI.
Jung estabelece que, da mesma forma que somos destros ou canhotos, nascemos com ou desenvolvemos formas específicas de apreender o mundo e tomar decisões. O MBTI classifica algumas destas diferenças psicológicas, chamadas dicotomias, estabelecendo 16 tipos psicológicos possíveis.
Nenhum tipo psicológico é melhor ou pior que outro. No entanto, Myers e Briggs teorizam sobre o fato de que os indivíduos, de forma instintiva, preferem uma mistura global; da mesma forma que é mais difícil escrever com a mão esquerda, se a pessoa é destra, é mais difícil utilizar preferências psicológicas que são opostas à nossa essência, apesar que de que é possível receber ajuda para adquirir novas competências (e ser mais flexíveis no comportamento) através da prática e do desenvolvimento pessoal.
O MBTI permite determinar a função dominante a função auxiliar de cada pessoa, e destaca as preferências de acordo com quatro eixos:
  • Introversão (I) e Extroversão (E) - orientação da energia: é a função auxiliar do sujeito. Importante: não se trata de ser aberto ou tímido, mas de ter como fonte de energia o mundo exterior ou o mundo interior.
  • Sensação (S) e Intuição (N) - recopilação de informação: é o modo pelo qual a pessoa prioriza a recopilação da informação. Sempre haverá uma função dominante e outra auxiliar.
  • Racionalidade (T) e Emoção (F) - tomada de decisões: é o modo como a pessoa trata a informação. Neste caso também existe uma função dominante e outra auxiliar.
  • Juízo (J) e Percepção (P) - modo de ação: é a função principal da pessoa. Este eixo sempre será extrovertido.

Para refinar as personalidades e entender melhor as funções mais potentes (percepção ou juízo), Myers e Briggs incluiram a dicotomia Juízo-Percepção tendo como base os trabalhos de Jung sobre os tipos racionais (juízo) e irracionais (percepção). Jung afirma que a percepção (Sensação ou Intuição) é extrovertida nos tipos irracionais, enquanto que o juízo (Racionalidade ou Emoção) é extrovertido nos tipos racionais.
Desta forma, o MBTI permite identificar 16 grandes tipos de personalidade, a partir de polos opostos sobre quatro eixos precedentes. É possível determinar nosso tipo de personalidade através de um teste, que como resultado apresenta quatro letras, as iniciais (em inglês) que refletem cada um dos quatro tipos de preferência. Para ser mais exatos:
A primeira letra indica que se a função principal do sujeito é I ou E (introvertida ou extrovertida);
A quarta letra indica a função extrovertida P ou J (percepção ou juízo);
Se a pessoa tem um resultado do tipo ExxP ou IxxJ, a função dominante será a segunda letra;
Se a pessoa tem um resultado do tipo IxxP ou ExxJ, a função dominante será a da terceira letra.
Com o MBTI é possível determinar:
  • Uma função dominante e uma função auxiliar
  • Uma função terciária (que complementa a função auxiliar) e uma função inferior (que complementa a função dominante)
Ejemplo: se uma pessoa tem um tipo de personalidade INTP, seu eixo extrovertido (a quarta letra) é a Percepção (P), sua função principal é Introvertida (I) e será a Intuição (N) com a terceira letra direcionada à Racionalidade (T).
Para um resultado mais preciso, é possível aplicar as orientações da energia (E e I) sobre os quatro processos mentais. De acordo com Jung, a resultante é a identificação de oito funções cognitivas (quatro extrovertidas e quatro introvertidas). Estas funções se combinam de modo distinto, dependendo da pessoa, mas todos temos uma preferência por uma delas, que será a mais importante e servirá como estrutura para nossos comportamentos. Esta é a chamada função dominante, que podem ser:
  • Sensação Extrovertida (Se)
  • Sensação Introvertida (Si)
  • Intuição Extrovertida (Ne)
  • Intuição Introvertida (Ni)
  • Emoção Extrovertida (Fe)
  • Emoção Introvertida (Fi)
  • Racionalidade Extrovertida (Te)
  • Racionalidade Introvertida (Ti)

Quais são os 16 tipos de personalidade?

Marilyn Bates e Katharine Cook Briggs dividiram as 16 personalidades em quatro temperamentos, reagrupando oito funções psicológicas psicológicas:
OS RACIONAIS
São os que buscam o conhecimento:
Os Engenheiros:
  • O Inventor: ENTP (Extroversão, Intuição, Racionalidade, Percepção)
  • O Arquiteto: INTP (Introversão, Intuição, Racionalidade, Percepção)
Os Coordenadores:
  • O Marechal: ENTJ (Extroversão, Intuição, Racionalidade, Juízo)
  • O Mentor: INTJ (Introversão, Intuição, Racionalidade, Juízo)
OS IDEALISTAS
São os que buscam a identidade:
Os Advogados:
  • O Campeão: ENFP (Extroversão, Intuição, Emoção, Percepção)
  • O Sanador: INFP (Introversão, Intuição, Emoção, Percepção)
Os Mentores:
  • O Professor: ENFJ (Extroversão, Intuição, Emoção, Juízo)
  • O Conselheiro: INFJ (Introversão, Intuição, Emoção, Juízo)
OS SENTINELAS
São os que buscam a segurança:
Os Protetores:
  • O Provedor: ESFJ (Extroversão, Sensação, Emoção, Juízo)
  • O Protetor: ISFJ (Introversão, Sensação, Emoção, Juízo)
Os Gestores:
  • O Supervisor: ESTJ (Extroversão, Sensação, Racionalidade, Juízo)
  • O Inspetor: ISTJ (Introversão, Sensação, Racionalidade, Juízo)
OS ARTESÃOS
São os que buscam sensações:
Os Brincalhões:
  • O Artista: ESFP (Extroversão, Sensação, Emoção, Percepção)
  • O Compositor: ISFP (Introversão, Sensação, Emoção, Percepção)
Os Operadores:
  • O Promotor: ESTP (Extroversão, Sensação, Racionalidade, Percepção)
  • O Artesão: ISTP (Introversión, Sensação, Racionalidade, Percepção)
Vale ressaltar que os distintos tipos de personalidade não estão distribuídos de forma homogênea entre a população. Aliás, certos tipos são muito menos habituais que outros, como pode ser o INFJ (Conselheiro), um dos com menor incidência. 
** Os nomes associados aos 16 tipos de personalidade segundo o MBTI são definidos por David W. Keirsey, numa investigação posterior.

Para que serve o MBTI?

O MBTI é uma excelente ferramenta, que permite compreender melhor a diversidade do comportamento humano. Costuma ser utilizado durante sessões de acompanhamento psicológico para desenvolvimento pessoal e coaching, e ensina a valorizar o outro por sua personalidade, não apesar dela.

Permite dar nome às coisas que sentimos e, muitas vezes, não sabemos como expressar. Oferece a oportunidade de aprender a administrar melhor as relações interpessoais de acordo com as diferentes personalidades com as que nos deparamos em nosso caminho.
No campo profissional, é de grande ajuda para coordenar equipes e saber como atuar de acordo com as características de cada um.
Entenda a seguir como reconhecer e respeitar as diferentes personalidades:
Orientação da energia: Introvertido/Extrovertido (I/E)
Uma pessoa extrovertida se alimenta da energia do mundo exterior, enquanto uma pessoa introvertida usa a energia do seu mundo interior. Os extrovertidos projetam sua energia sobre o mundo e as pessoas que os cercam. São sociáveis, ativos e expressivos.
Os introvertidos, por sua vez, têm uma energia concentrada em si mesmos, estando ligada aos pensamentos, às emoções e ações. São reservados, discretos e reflexivos.
Uma pessoa extrovertida é:
  • Dinâmica, sociável, ativa, tem boa circulação de energia
  • Pode falar em excesso, tem dificuldade para escutar os demais, falam sem pensar
Você demonstra respeito a uma pessoa extrovertida prestando atenção nela, não interrompendo enquanto fala, fazendo atividades conjuntamente e entendo que ela necessita estar com outros amigos.
Uma pessoa introvertida é:
  • Concentrada, reflexiva, tranquila, atenta
  • Falta reação e expressão, pode parecer distante, fria e inibida
Você demonstra respeito a uma pessoa introvertida respeitando seu tempo, entendendo sua necessidade de estar sozinha, não forçando uma socialização ou que conte detalhes da sua vida privada.
Recopilação de informação: Sensação/Intuição (S/N)
Usamos o termo “sensação” para falar de uma pessoa que recopila informações sobre o seu entorno através dos cinco sentidos (acontecimentos, prática); usamos o termo “intuição” para uma pessoa que utiliza seu instinto, seu sexto sentido (imaginação, perspicácia), para apreender o mundo.

A informação sensorial é concreta e utilizá-la não implica juízos ou considerações: os sensoriais são práticos e cartesianos. Em compensação, a intuição permite receber informações abstratas: os intuitivos são imaginativos e criativos.
Uma pessoa sensorial é:
  • Precisa, rigorosa, realista, dona de um grande senso prático
  • Tem dificuldade para mudar, é perfeccionista, detalhista e sente a necessidade de perpetuar tradições
Você precisa ser concreto e enfático quando conversa com uma pessoa sensorial. Explique as coisas por etapas. É importante valorizá-la por poder avançar graças a seu realismo. Compartilhe com ela atividades sensoriais, como pode ser um esporte, jardinagem, etc.
Uma pessoa intuitiva é:
  • Imaginativa, com grande capacidade para pensar global e a longo prazo, compreende as relações
  • Vive nas nuvens, é abstrata, necessita mudar constantemente e tem dificuldade para reagir
Você deve apreciar a imaginação e o engenho de uma pessoa intuitiva. Saiba escutá-la e seja participativo quando ela propor alguma ideia. Confie nela, sem tentar saber como ela sabe das coisas, se exigir uma explicação.
Tomada de decisão: Racionalidade/Emoção (T/F)
A racionalidade está ligada ao pensamento, enquanto as emoções estão conectadas com nossas referências, nosso coração. A racionalidade é observar os acontecimentos e elaborar um juízo com critérios objetivos, permitindo tomar decisões baseadas em regras e valores permeados pela lógica.
A emoção coloca no centro os valores pessoais, moral, ética e critérios subjetivos, baseando a tomada de decisões em posturas que considerem a harmonia, sua empatia ou sensibilidade.
Uma pessoa racional é:
  • Objetiva, lógica e rigorosa, sabe se distanciar
  • Fria, tem dificuldade para distinguir os sentimentos e pode ser agressiva
Você demonstra respeito a uma pessoa racional apreciando sua perspicácia, pedindo conselhos sem questionar sua vida pessoal, aceitando discutir sem estar na defensiva e entendendo que o outro aceita seu ponto de vista.
Uma pessona emocional é:
  • Compreensiva, empática, sabe escutar e tem um forte senso de valores
  • Falta rigor, tem dificuldade para se distanciar e coloca suas crenças pessoas diante de tudo
Você demonstra respeito a uma pessoa emocional reconhecendo seu talento para ajudar os demais, evitando dizer que são pouco lógicos ou emotivos em demasia, mantendo conversas pessoais e valorizando sua compaixão.
Modo de agir: Juízo/Percepção (J/P)
O juízo dá valor ao controle e domínio, enquanto a percepção estima a flexibilidade. Um juiz é organizado, gosta de tomar decisões e viver em um entorno em que todas as variantes estão controladas. Um perspicaz está aberto às mudanças, é curioso e não gosta do conformismo.
Uma pessoa que julga é:
  • Metódica, organizada, respeita os prazos
  • Rígida (puede ser considerada maniática), burocrática, tem um exagerado senso de dever
Você demonstra respeito a uma pessoa que julga entendendo sua necessidade de ser metódica e organizada, respeitando os compromissos que você tem com ela (como ser pontual) e sua organização.
Uma pessoa perspicaz é:
  • Reativa, espontânea, sabe improvisar sem tomar decisões de forma apressada
  • Tem dificuldade para respeitar prazos, chega tarde, é desordenada e tem dificuldade para lidar com a autoridade
Você demonstra respeito a uma pessoa perspicaz entendendo sua flexibilidade, sua necessidade de fazer perguntas antes de tomar uma decisão, sem insistir muito em respeitar prazos ou compromissos.

O MBTI é realmente eficaz?

O MBTI se demonstra eficaz em vários aspectos, como por exemplo ao ser aplicado no âmbito profissional. Ele permite compreender as dinâmicas pessoais estabelecidas na empresa, por exemplo, bem como ajuda à pessoa a encontrar a carreira profissional mais indicada para ela.
É muito importante entender, porém, que se trata apenas de um indicador. As personalidades nem sempre se enquadram totalmente nas descrições do MBTI, já que todos vivemos uma história que nos altera e nos conforma.
Existe um MBTI nível II, que pode ser realizado por um profissional certificado e que permite compreender melhor os resultados obtidos no primeiro teste.


A música como terapia da alma




Lembre-se do que você sente quando vai dirigindo e toca no rádio uma música que você adora, ou da sensação que o invade cada vez que ouve uma música da sua infância, ou da melancolia que o abraça quando ouve a balada que dançou com um pessoa especial que já não está na sua vida. A música provoca sentimentos, sensações, alegria, tristeza, melancolia. Evoca lembranças boas e ruins.

No inicio de janeiro deste ano, Rosa Montero publicou no jornal El País Semanal um artigo sobre um livro surpreendente, “Instrumental: memórias de música, medicina e loucura”, de James Rhodes (Blackie Books). Este escritor britânico tem uma biografia muito dura: abusos sexuais, tentativas de suicídio, internação psiquiátrica, prostituição… Mas, ao mesmo tempo, Rhodes é a prova de que a música e a sua beleza podem curar.


“A música dá alma ao universo, asas à mente, vôos à imaginação, consolo à tristeza e vida e alegria a todas as coisas.”

– Platão –


Rhodes é pianista, deixou os estudos por 10 anos e voltou a retomá-los com quase trinta anos. Em 2010 se transformou no primeiro músico clássico a assinar um contrato de seis álbuns com a multinacional Warner. Em geral, uma pessoa que deixa um instrumento não volta a tocá-lo, mas ele sim, e foi o poder curativo da música que regenerou a sua vida.
Benefícios da música

O conhecido neurologista Oliver Sacks narra no seu livro “Musicofilia” a relação entre a música e o cérebro e mostra como a música pode despertar áreas prejudicadas do cérebro. No livro, ele fala de pessoas, não de pacientes e relata casos tão inquietantes como o de François Lhermite, que apenas identifica uma melodia, “A Marselhesa”, ou o caso de Martin, uma pessoas com atraso mental profundo que sabe de cor mais de duas mil óperas completas.



Uma das histórias mais comoventes que Sacks conta no seu livro é a de Clive Wearing, um músico inglês que, aos 45 anos, sofreu uma infecção cerebral que afetou gravemente a sua memória, de modo que a partir de então a sua margem de memória é de sete segundos. Mas quando Clive se senta ao piano tudo flui, e ele começa a ter contato com a sua memória e com a sua sabedoria musical, porque a sua capacidade de tocar o piano e o órgão ficou intacta.


“A música expressa tudo aquilo que não se pode dizer com palavras e não pode ficar em silêncio.”

-Víctor Hugo-

Não foi somente Oliver Sacks que demonstrou os benefícios da música para o ser humano. A cientista Sarah Johnson criou inclusive uma disciplina universitária nos Estados Unidos. A musicoterapia é capaz de provocar importantes mudanças a nível fisiológico no organismo: acelera ou retarda funções orgânicas (respiração, circulação, digestão, etc.), a nível psicológico estimula as emoções (facilita a expressão ou provoca um efeito calmante), e a nível intelectual ajuda a alcançar a concentração, estimula a imaginação e facilita o aprendizado de habilidades sociais.

A magia de tocar um instrumento

Nas últimas décadas foram realizadas diversas experiências para estudar como ouvir música afeta de forma muito positiva o cérebro. Foram feitas ressonâncias em pessoas enquanto resolviam problemas matemáticos e enquanto ouviam música, e neste segundo caso detectou-se que diversas áreas são ativadas ao mesmo tempo no cérebro.


Por outro lado, foram analisados os cérebros de pessoas que tocavam instrumentos musicais e comprovaram que tocar um instrumento equivale a uma atividade física completa para o cérebro. Os neurocientistas descobriram que funcionavam diferentes áreas do cérebro de forma simultânea e muito rápida.



Tocar um instrumento ativa praticamente todo o cérebro ao mesmo tempo, em especial o córtex visual, auditivo e motriz, de modo que a prática contínua de um instrumento pode beneficiar também outras atividades.

A diferença entre ouvir música e tocá-la é que a segunda requer motricidade fina, que é controlada pelos dois hemisférios do cérebro, e também combina a precisão lingüística e matemática para as quais o hemisfério esquerdo está mais desenvolvido, com a criatividade na qual sobressai o hemisfério direito.

Por todos estes motivos, foi comprovado que tocar música aumenta o volume e a atividade no corpo caloso do cérebro, que é o que conecta os dois hemisférios. Isto permite aos músicos resolver problemas de forma criativa em muitas outras áreas.

Os músicos têm a memória mais desenvolvida e são capazes de colocar diversas etiquetas às suas lembranças (contextuais, emocionais, auditivas, etc), quase como um bom buscador de internet. Outras atividades como o esporte ou a pintura não demonstraram ter os mesmos benefícios de tocar um instrumento musical no cérebro, embora contribuam com diferentes vantagens.


“Contam que quando um silêncio aparecia entre duas pessoas, era porque um anjo passava e lhes roubava a voz.”