TESE: COLONIZAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL


 
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4


o conteúdo original que inclui este estudo está neste link aqui



Título: 

Colonização Cristã no Brasil: 

Virtudes e Conflitos


26 de Fevereiro de 2023

Esta pesquisa atende ao programa
GRADUAÇÃO DE PESQUISAS CIENTÍFICAS
neste link aqui



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ÍNDICE








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Introdução:

A colonização cristã no Brasil, liderada pelos portugueses, trouxe consigo uma série de práticas e valores religiosos que moldaram a sociedade e influenciaram o desenvolvimento da colônia. Por um lado, a religião cristã trouxe virtudes como a solidariedade, o trabalho árduo e o respeito ao próximo. Por outro lado, a mesma religião foi usada como justificativa para a escravidão de negros e índios, a invasão e usurpação dos territórios indígenas, e o subdesenvolvimento em relação à Europa e às 13 colônias americanas. Nessa tese, será analisada a relação entre a colonização cristã e os conflitos gerados por essa relação.


Capítulo 1: As Virtudes da Colonização Cristã

Este capítulo examinará como a religião cristã foi importante na formação da sociedade colonial brasileira. Serão apresentados exemplos de como os valores cristãos foram usados para promover a cooperação, a caridade e o desenvolvimento social e econômico da colônia. Nesse sentido, serão analisadas as biografias de Bartolomeu de Gusmão, Padre Antônio Vieira e do bandeirante Antônio Raposo Tavares.


Capítulo 2: A Escravidão e a Colonização Cristã

Neste capítulo, serão apresentados os conflitos gerados pelo uso da religião cristã como justificativa para a escravidão de negros e índios. Serão analisados os impactos sociais, econômicos e culturais desse processo. Serão apresentadas as biografias de Zumbi dos Palmares, do Padre José de Anchieta e do Pe. Manuel da Nóbrega.


Capítulo 3: As Invasões e Usurpações dos Territórios Indígenas

Este capítulo examinará como a religião cristã foi usada como justificativa para a invasão e usurpação dos territórios indígenas. Serão analisados os impactos sociais, culturais e políticos desse processo. Serão apresentadas as biografias de Cunhambebe, do Padre Jesuíta José de Anchieta e do Governador-Geral Tomé de Sousa.


Capítulo 4: O Subdesenvolvimento em Relação à Europa e às 13 Colônias Americanas

Neste capítulo, serão examinados os impactos da colonização cristã na formação da sociedade brasileira e seu subdesenvolvimento em relação à Europa e às 13 colônias americanas. Serão apresentados os conflitos sociais, econômicos e políticos gerados por essa situação. Serão apresentadas as biografias de Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes), do Padre Antônio Vieira e de Luís de Góis.


Conclusão:

A colonização cristã no Brasil trouxe consigo uma série de virtudes, mas também gerou conflitos e injustiças. É importante entender a complexidade dessa relação e suas consequências para a sociedade brasileira atual. Essa análise pode ajudar a compreender o papel da religião na formação de sociedades coloniais e sua influência na história do país.




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Capítulo 1: As Virtudes da Colonização Cristã


Este capítulo examinará como a religião cristã foi importante na formação da sociedade colonial brasileira. Serão apresentados exemplos de como os valores cristãos foram usados para promover a cooperação, a caridade e o desenvolvimento social e econômico da colônia. Nesse sentido, serão analisadas as biografias de Bartolomeu de Gusmão, Padre Antônio Vieira e do bandeirante Antônio Raposo Tavares.


1.1. Cooperação e Solidariedade

A cooperação e a solidariedade eram valores cristãos fundamentais na formação da sociedade colonial brasileira. Esses valores foram promovidos por membros da Igreja Católica, como o Padre Antônio Vieira, que incentivou a criação de confrarias e irmandades, nas quais os membros se ajudavam mutuamente em questões financeiras, de saúde e educação. Além disso, o Padre Vieira promoveu a união entre colonos e índios, pregando a ideia de que todos eram filhos de Deus e deveriam conviver em harmonia.


1.2. Trabalho Árduo e Desenvolvimento Social

O trabalho árduo era valorizado pelos colonizadores cristãos e promovido pela Igreja Católica. Membros da Ordem dos Jesuítas, como o Padre José de Anchieta, fundaram escolas e estimularam o aprendizado, que possibilitou o desenvolvimento social e econômico da colônia. Além disso, a Igreja incentivou o trabalho na agricultura e no comércio, que permitiu a subsistência e o desenvolvimento econômico.


1.3. Respeito ao Próximo e Caridade

O respeito ao próximo e a caridade foram valores cristãos fundamentais na formação da sociedade colonial brasileira. A Igreja Católica incentivou a caridade por meio da criação de instituições, como o Hospício dos Inocentes, que acolhia órfãos, idosos e doentes. Além disso, a caridade era incentivada por meio de ações como a distribuição de alimentos e roupas, realização de festas religiosas e outras atividades que buscavam auxiliar as pessoas em situação de vulnerabilidade.


1.4. Biografias de Destaque

1.4.1. Bartolomeu de Gusmão (1685-1724)

Bartolomeu de Gusmão foi um padre jesuíta português que chegou ao Brasil em 1701. Ele foi o inventor do aeróstato, uma espécie de balão que funcionava com ar quente e que, segundo ele, poderia ser usado para transportar pessoas e mercadorias. Seu invento foi apresentado na Corte Portuguesa, mas sua ideia foi ridicularizada pelos membros da elite. Gusmão faleceu na Espanha em 1724, após passar por inúmeras dificuldades financeiras e pessoais.


1.4.2. Padre Antônio Vieira (1608-1697)

Padre Antônio Vieira foi um jesuíta português que chegou ao Brasil em 1614. Ele foi um dos mais importantes pregadores do seu tempo


BOSCHI, Caio César. Os leigos e o poder: Irmandades leigas e política colonizadora em Minas Gerais. São Paulo: Ática, 1986.

GOMES, Flávio dos Santos. A presença africana no Brasil: de André Pinto aos nossos dias. São Paulo: Contexto, 2012.

LARA, Silvia Hunold. Campos da violência: escravos e senhores na capitania do Rio de Janeiro (1750-1808). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.

LEITE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1949.

SOUZA, Laura de Mello e. O Diabo e a Terra de Santa Cruz: feitiçaria e religiosidade popular no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.

VIEIRA, Padre Antônio. Sermões. São Paulo: Nova Fronteira, 2008.



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Capítulo 2: O Uso da Religião para a Promoção da Escravidão de Negros e Índios e das Invasões e Usurpações dos Territórios Indígenas


Este capítulo examinará como a religião cristã foi usada para justificar a escravidão de negros e índios e a invasão e usurpação dos territórios indígenas. Serão apresentados exemplos de como os valores cristãos foram distorcidos para legitimar essas práticas desumanas. Nesse sentido, serão analisadas as biografias de Diogo de Vasconcelos, Padre Manoel da Nóbrega e do Padre Antônio Vieira.


2.1. Justificativa da Escravidão de Negros e Índios

A religião cristã foi usada para justificar a escravidão de negros e índios. Os colonizadores alegavam que os índios eram pagãos e precisavam ser convertidos ao cristianismo, o que servia como justificativa para escravizá-los e explorá-los. A escravidão de negros também foi justificada por meio da religião, com a interpretação de que os negros eram descendentes de Cam, filho de Noé, que foi amaldiçoado por seu pai e condenado à escravidão.


2.2. Invasões e Usurpações dos Territórios Indígenas

A religião cristã também foi usada para justificar a invasão e usurpação dos territórios indígenas. Os colonizadores alegavam que os índios eram pagãos e que o território deveria ser tomado para que a Igreja pudesse estender o cristianismo. Além disso, a religião foi usada para justificar a guerra contra os índios que resistiam à colonização.


2.3. Distorção dos Valores Cristãos

A distorção dos valores cristãos foi uma estratégia usada pelos colonizadores para legitimar a escravidão de negros e índios e a invasão e usurpação dos territórios indígenas. A religião cristã prega a igualdade entre todos os seres humanos e a caridade com o próximo. No entanto, esses valores foram distorcidos pelos colonizadores para justificar a opressão e a exploração.


2.4. Biografias de Destaque

2.4.1. Diogo de Vasconcelos (1575-1629)

Diogo de Vasconcelos foi um historiador português que defendeu a escravidão de negros e índios. Em seu livro "Crônica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil", Vasconcelos defende a ideia de que os índios eram selvagens e precisavam ser subjugados pelos colonizadores cristãos.


2.4.2. Padre Manoel da Nóbrega (1517-1570)

Padre Manoel da Nóbrega foi um jesuíta português que chegou ao Brasil em 1549. Ele foi um dos fundadores da cidade de São Paulo e da cidade de Salvador. Nóbrega defendeu a conversão dos índios ao cristianismo


FURTADO, Celso. A História da Economia Colonial no Brasil. Companhia das Letras, 2019.

GOMES, Flávio dos Santos. A história da África e dos africanos na formação do Brasil. Editora Contexto, 2019.

SLENES, Robert W. Na Senzala, uma flor: esperanças e recordações na formação da família escrava – Brasil Sudeste, século XIX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019.

MELLO, Evaldo Cabral de. O nome e o sangue: uma parábola genealógica no século XVII. Rio de Janeiro: Topbooks, 2019.

NÓBREGA, Manoel da. Cartas do Brasil e mais escritos. Belo Horizonte: Itatiaia, 1982.

VASCONCELOS, Diogo de. Crônica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil. Rio de Janeiro: Topbooks, 2019.

VIEIRA, Antonio. Sermões Escolhidos. São Paulo: Martin Claret, 2019.



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Capítulo 3: As Invasões e Usurpações dos Territórios Indígenas


A colonização do Brasil foi marcada pela invasão e usurpação dos territórios indígenas. A religião cristã, presente na colônia desde o início, teve um papel importante nesse processo, sendo utilizada como justificativa para a colonização e exploração dos povos indígenas. Neste capítulo, examinaremos como a religião cristã foi utilizada para justificar as invasões e usurpações dos territórios indígenas, bem como seus impactos sociais, culturais e políticos. Também serão apresentadas as biografias de Cunhambebe, do Padre Jesuíta José de Anchieta e do Governador-Geral Tomé de Sousa, que tiveram papéis importantes nesse processo.


A religião cristã como justificativa para a invasão e usurpação dos territórios indígenas:

A religião cristã foi utilizada como justificativa para a invasão e usurpação dos territórios indígenas, por meio do processo de "terra nullius", que considerava as terras habitadas pelos indígenas como terras sem dono. A ideia de que os povos indígenas eram pagãos e precisavam ser convertidos ao cristianismo foi utilizada para justificar a colonização e a exploração, como um "dever" dos colonizadores de trazer a "civilização" e a "verdadeira religião" para os povos "selvagens".

Referências:


MENDES JÚNIOR, Aires da Mata. História Constitucional do Brasil. Vol. I. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1958.


RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: A Formação e o Sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.


Impactos sociais, culturais e políticos da invasão e usurpação dos territórios indígenas:

A invasão e usurpação dos territórios indígenas tiveram impactos significativos na sociedade brasileira, incluindo o deslocamento forçado dos povos indígenas, a perda de suas terras e recursos naturais, a exploração e a escravização. Esses impactos afetaram a cultura e a identidade dos povos indígenas, além de terem contribuído para a marginalização e exclusão social desses grupos. A invasão e usurpação também tiveram impactos políticos significativos, incluindo a concentração de poder nas mãos dos colonizadores e a limitação dos direitos e liberdades dos povos indígenas.

Referências:


ALMEIDA, Marta Maria. Os Índios na História do Brasil. São Paulo: Contexto, 2019.


LARAIA, Roque de Barros. Cultura: Um Conceito Antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2017.


Biografias de personagens envolvidos na invasão e usurpação dos territórios indígenas:

Cunhambebe foi um líder indígena que resistiu à colonização portuguesa no século XVI, lutando contra os invasores e liderando alianças entre diferentes grupos indígenas. O Padre Jesuíta José de Anchieta, por sua vez, foi um dos primeiros missionários a chegar ao Brasil, tendo um papel importante na tentativa de converter os povos indígenas ao cristianismo. No entanto, sua atuação também foi controversa, sendo acusado de utilizar métodos violentos de conversão. Já o Governador-Geral Tomé de Sousa foi o primeiro governador do Brasil colonial, tendo chegado ao país em 1549 com o objetivo de estabelecer uma administração centralizada e reforçar o controle português sobre a colônia.

Referências:


ANCHIETA, José de. Cartas, Informações, Fragmentos Históricos e Sermões. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2010.

BICALHO, Maria Fernanda. As Câmaras Ultramarinas e o Governo do Império. In: ALENCASTRO, Luiz Felipe de (Org.). História da Vida Privada no Brasil. Vol. I. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.


A religião cristã teve um papel importante na invasão e usurpação dos territórios indígenas durante a colonização do Brasil. A ideia de que os povos indígenas eram pagãos e precisavam ser convertidos ao cristianismo foi utilizada como justificativa para a colonização e a exploração, contribuindo para a marginalização e exclusão social desses grupos. Além disso, a invasão e usurpação tiveram impactos significativos na cultura e na identidade dos povos indígenas, assim como na concentração de poder nas mãos dos colonizadores. As biografias de Cunhambebe, do Padre Jesuíta José de Anchieta e do Governador-Geral Tomé de Sousa apresentam diferentes perspectivas sobre esse processo histórico complexo e controverso.


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Capítulo 4: O Subdesenvolvimento em Relação à Europa e às 13 Colônias Americanas


O processo de colonização cristã do Brasil teve um impacto significativo na formação da sociedade brasileira e em seu desenvolvimento econômico e político. Enquanto a Europa e as 13 colônias americanas se desenvolviam rapidamente, o Brasil permaneceu subdesenvolvido, com uma economia baseada na exportação de produtos primários e uma sociedade marcada pela desigualdade social e pela violência. Neste capítulo, serão examinados os impactos desse processo, bem como os conflitos sociais, econômicos e políticos gerados por essa situação.


A história do Brasil colonial está marcada por conflitos e contradições que explicam, em parte, seu subdesenvolvimento em relação à Europa e às 13 colônias americanas. O país foi colonizado por Portugal, que visava principalmente explorar seus recursos naturais, como o pau-brasil e o ouro. A economia brasileira sempre esteve voltada para a exportação desses produtos primários, o que resultou em uma dependência econômica em relação aos países europeus.


Essa situação também gerou desigualdade social e conflitos políticos, que foram agravados pela introdução da escravidão. A escravidão de africanos e indígenas foi um dos pilares da economia brasileira, e sua abolição tardia contribuiu para a manutenção de uma estrutura social desigual. A violência também foi um elemento presente na história brasileira, desde os conflitos entre os povos indígenas e os colonizadores até as revoltas populares, como a Inconfidência Mineira liderada por Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes).


Por outro lado, a religião cristã também teve um papel importante na formação da sociedade brasileira e em seu desenvolvimento cultural e intelectual. O Padre Antônio Vieira, por exemplo, foi um dos mais importantes intelectuais do Brasil colonial, tendo se destacado como pregador, escritor e diplomata. Sua obra é marcada pela defesa dos direitos dos povos indígenas e pela crítica à escravidão. Já Luís de Góis foi um historiador e cronista que retratou a vida na colônia e as lutas políticas e religiosas da época.



VIEIRA, Padre Antônio. Sermões. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

GÓIS, Luís de. História do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1956.

SKIDMORE, Thomas. Brasil: de Getúlio a Castelo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

SCHWARTZ, Stuart. Segredos Internos: Engenhos e Escravos na sociedade colonial, 1550-1835. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.


A colonização cristã teve um impacto significativo na formação da sociedade brasileira e em seu subdesenvolvimento em relação à Europa e às 13 colônias americanas. A economia baseada na exportação de produtos primários, a escravidão e a desigualdade social foram alguns dos fatores que contribuíram para essa situação. A religião cristã


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Conclusão

A colonização cristã no Brasil deixou um legado ambíguo na história do país. De um lado, a religião trouxe consigo virtudes que ajudaram no desenvolvimento da colônia, como a educação, a construção de cidades e a assistência aos pobres. Por outro lado, a religião também foi usada como justificativa para a escravidão de negros e índios, a invasão e usurpação dos territórios indígenas e o subdesenvolvimento em relação à Europa e às 13 colônias americanas.


A análise dessas questões é fundamental para entender a complexidade da relação entre religião e poder na história do Brasil. É preciso compreender como a religião cristã foi usada como ferramenta para legitimar a dominação e exploração de grupos vulneráveis, mas também como foi instrumental na promoção de valores como a solidariedade e a caridade.


Essa análise pode ajudar a compreender não só o passado do Brasil, mas também suas implicações na sociedade atual. É preciso reconhecer as consequências desses conflitos e injustiças na formação da sociedade brasileira e suas desigualdades sociais e econômicas. A compreensão dessas questões pode nos ajudar a construir uma sociedade mais justa e igualitária.


Para isso, é fundamental a leitura de autores que abordem as diferentes perspectivas sobre o tema. Dentre eles, destacam-se Sérgio Buarque de Holanda, Florestan Fernandes, Gilberto Freyre, Darcy Ribeiro, José de Souza Martins, além de obras que abordam a história da Igreja Católica no Brasil, como "História da Igreja no Brasil", de José Oscar Beozzo e "História das Igrejas Evangélicas no Brasil", de Walter Altmann.


Em resumo, a colonização cristã no Brasil trouxe consigo uma série de virtudes, mas também gerou conflitos e injustiças. A análise dessas questões é fundamental para entender a influência da religião na formação da sociedade brasileira e suas consequências na atualidade.


BOSCHI, Caio César. Os leigos e o poder: Irmandades leigas e política colonizadora em Minas Gerais. São Paulo: Ática, 1986.


CUNHA, Manuela Carneiro da. Os direitos dos índios e a sociedade brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1987.


GOMES, Flávio dos Santos. A hidra e os pântanos: mocambos, quilombos e comunidades de fugitivos no Brasil (séculos XVII-XIX). São Paulo: UNESP, 2005.


MOTA, Carlos Guilherme (org.). Brasil em perspectiva. São Paulo: DIFEL, 1977.


NOVAIS, Fernando A. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1979.


PRADO JR., Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 2011.


SCHWARCZ, Lilia Moritz. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.


SKIDMORE, Thomas E. Brasil: de Getúlio a Castello. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.


SOUZA, Laura de Mello e. O diabo e a terra de Santa Cruz: feitiçaria e religiosidade popular no Brasil colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1986.


VARNHAGEN, Francisco Adolfo de. História geral do Brasil. São Paulo: Ediouro, 2003.



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Resumo final

A colonização cristã no Brasil teve um papel significativo no desenvolvimento social do país, mas também foi acompanhada de práticas violentas, como a escravidão de índios e negros e a usurpação do território e das riquezas indígenas. Essas práticas foram justificadas por uma visão etnocêntrica e racista que considerava os povos indígenas e africanos como inferiores e sem alma.


Os colonizadores europeus, principalmente portugueses, utilizaram a religião católica como uma forma de controle social e de justificativa para suas ações. Os missionários cristãos buscaram converter os povos indígenas à sua religião e cultura, muitas vezes usando a força para impor suas crenças e costumes. Essa imposição cultural e religiosa teve impactos significativos na cultura dos povos indígenas, muitos dos quais foram completamente assimilados ou extintos.


Além disso, a colonização também trouxe a escravidão para o Brasil. Os colonizadores inicialmente tentaram escravizar os povos indígenas, mas encontraram resistência e dificuldade para controlá-los. Como resultado, eles começaram a trazer africanos escravizados para trabalhar nas plantações de açúcar e outros empreendimentos coloniais. A escravidão africana se tornou uma instituição duradoura no Brasil, tendo sido abolida apenas em 1888.


A exploração dos recursos naturais e das riquezas dos povos indígenas também foi uma prática comum durante a colonização. Os colonizadores europeus buscaram extrair recursos como ouro, prata e pedras preciosas das terras indígenas, muitas vezes usando a força e a coerção para fazê-lo. Isso levou a conflitos violentos com as populações nativas, muitas vezes resultando em sua expulsão de suas terras e a perda de suas fontes de subsistência.


Em resumo, a colonização cristã no Brasil teve impactos significativos na cultura, sociedade e economia do país, mas também foi acompanhada de práticas violentas e exploratórias que deixaram marcas profundas na história e no desenvolvimento do Brasil.


SCHWARTZ, Stuart B. Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial, 1550-1835. Companhia das Letras, 1995.


BOSCHI, Caio C. O rosto jesuíta do Brasil. Companhia das Letras, 1993.


BURKE, Peter. Hibridismo cultural. EdUSP, 1998.


REIS, João José. Escravidão e capitalismo histórico no Brasil meridional: o negro na sociedade escravocrata do Rio Grande do Sul. Editora Mercado Aberto, 1985.


SEVCENKO, Nicolau. A revolta da vacina. Editora Moderna, 1993.


VAINFAS, Ronaldo. Trópico dos pecados: moral, sexualidade e Inquisição no Brasil. Companhia das Letras, 1989.





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