1. O LIVRO
"Ação Humana: Um Tratado de Economia", escrito por Ludwig von Mises, é uma obra seminal que teve uma influência duradoura no mundo da economia. Desde sua publicação original em 1949, o livro tem sido amplamente reconhecido e respeitado tanto por economistas quanto por estudiosos de diversas disciplinas. Embora inicialmente tenha enfrentado algumas críticas e resistência devido à natureza de suas ideias, ao longo do tempo, "Ação Humana" conquistou um lugar proeminente na literatura econômica.
Em termos de vendas, embora não haja números exatos disponíveis, o livro continua a ser uma leitura fundamental em muitas universidades, sendo adotado em cursos de economia e sendo recomendado por acadêmicos e profissionais da área. Além disso, a obra de Mises ganhou destaque em círculos intelectuais e políticos, contribuindo para o avanço e popularização das ideias da Escola Austríaca de Economia em todo o mundo.
Em resumo, "Ação Humana" de Ludwig von Mises tem desfrutado de uma vendagem consistente ao longo dos anos, mantendo uma forte influência e continuidade de relevância no mundo da economia e do pensamento acadêmico.
2. RESUMO
"Ação Humana: Um Tratado de Economia" é uma obra monumental escrita por Ludwig von Mises que explora os fundamentos da economia a partir de uma perspectiva da ação humana. Mises argumenta que a economia não é uma ciência empírica baseada em observações objetivas, mas sim uma ciência dedutiva que deriva suas conclusões da natureza essencial da ação humana. Ele examina a maneira como os indivíduos tomam decisões em um mundo de escassez, utilizando a teoria do valor subjetivo para explicar como as escolhas são feitas em face de alternativas conflitantes. Mises desenvolve uma teoria coerente de mercado baseada na alocação eficiente de recursos através do mecanismo de preços, destacando o papel crucial do empreendedorismo e da coordenação social na criação de riqueza. Além disso, ele aborda questões fundamentais como a teoria do dinheiro, ciclos econômicos e intervenção governamental na economia, defendendo os princípios do livre mercado e da liberdade individual como fundamentais para a prosperidade econômica e social. Em suma, "Ação Humana" oferece uma análise abrangente e profunda da ciência econômica, fundamentada na compreensão da natureza da ação humana e suas implicações para a organização da sociedade.
3. AUTORIA E CONTEXTO
Biografia do Autor:
Ludwig von Mises (1881-1973) foi um economista e filósofo austríaco, amplamente reconhecido como um dos principais expoentes da Escola Austríaca de Economia. Nascido em uma família judaica em Lviv, então parte do Império Austro-Húngaro (atualmente na Ucrânia), Mises estudou direito e economia na Universidade de Viena. Ele serviu como economista no governo austríaco antes de emigrar para os Estados Unidos em 1940, fugindo do avanço nazista na Europa. Lá, ele continuou sua carreira acadêmica, lecionando e escrevendo extensivamente sobre economia e filosofia política.
Motivação para Escrever o Livro:
A motivação de Ludwig von Mises para escrever "Ação Humana: Um Tratado de Economia" foi impulsionada por seu desejo de fornecer uma fundamentação sólida para a ciência econômica, baseada na ação humana e na lógica dedutiva. Ele viu uma lacuna na compreensão econômica de sua época, especialmente em relação ao papel da ação individual na determinação dos fenômenos econômicos. Mises aspirava a oferecer uma teoria abrangente que explicasse os princípios subjacentes do mercado, a importância da liberdade individual e os perigos da intervenção governamental na economia.
Contexto Nacional e Mundial:
O contexto nacional e mundial no qual "Ação Humana" foi escrito é crucial para entender a obra de Mises. O livro foi publicado em 1949, em um período pós-Segunda Guerra Mundial, quando o mundo estava testemunhando uma expansão do intervencionismo estatal e do planejamento econômico em muitos países. Mises, tendo vivido as consequências devastadoras do totalitarismo na Europa, estava preocupado com as tendências políticas e econômicas emergentes que ameaçavam a liberdade individual e o funcionamento eficiente do mercado. Sua obra reflete uma crítica contundente ao coletivismo e uma defesa apaixonada dos princípios do liberalismo clássico, em um momento em que essas ideias estavam sob ataque e sendo marginalizadas em muitos círculos acadêmicos e políticos.
4. CONSIDERAÇÕES
afirmações e conclusões importantes feitas por Ludwig von Mises em seu livro "Ação Humana: Um Tratado de Economia":
1. Teoria do Valor Subjetivo: Mises argumenta que o valor de um bem é subjetivo e reside na mente dos indivíduos, baseado em suas preferências, necessidades e circunstâncias.
2. Escassez e Escolha: Ele postula que a economia é moldada pela escassez de recursos e pela necessidade de fazer escolhas, onde os indivíduos buscam maximizar sua utilidade diante de alternativas limitadas.
3. Preferências Individuais: Mises enfatiza que as preferências individuais variam de pessoa para pessoa e podem mudar ao longo do tempo, influenciando as decisões de consumo e produção.
4. Racionalidade Humana: O autor pressupõe que os indivíduos são racionais e buscam alcançar seus objetivos da melhor maneira possível, dadas as circunstâncias.
5. Mercado Livre: Mises defende o livre mercado como o sistema econômico mais eficiente, capaz de alocar recursos de forma mais eficaz do que qualquer forma de planejamento central.
6. Lei da Oferta e Demanda: Ele sustenta que os preços no mercado são determinados pela interação entre oferta e demanda, refletindo as preferências e escassez relativas de bens e serviços.
7. Função Empreendedora: Mises destaca o papel crucial do empreendedorismo na economia, argumentando que os empreendedores são agentes de mudança que identificam oportunidades de lucro e promovem a inovação.
8. Coordenação Social: Ele explica como o sistema de preços no mercado funciona como um mecanismo de coordenação social, transmitindo informações e incentivando a alocação eficiente de recursos.
9. Teoria do Dinheiro: Mises desenvolve uma teoria do dinheiro baseada na utilidade subjetiva e no conceito de dinheiro como meio de troca facilitador do comércio.
10. Ciclos Econômicos: O autor analisa os ciclos econômicos e argumenta que eles são causados por distorções na estrutura produtiva da economia, muitas vezes resultantes de políticas monetárias expansionistas.
11. Intervenção Governamental: Mises adverte contra a intervenção governamental na economia, argumentando que as políticas de controle de preços, subsídios e regulamentações distorcem os sinais de mercado e levam a resultados indesejáveis.
12. Cálculo Econômico: Ele discute o problema do cálculo econômico em uma economia socialista, enfatizando a impossibilidade de uma alocação eficiente de recursos sem a presença de preços de mercado.
13. Individualismo Metodológico: Mises defende o individualismo metodológico, enfatizando a importância de analisar os fenômenos econômicos a partir da perspectiva dos indivíduos e de suas ações.
14. Crítica ao Coletivismo: Ele critica o coletivismo e o planejamento centralizado, argumentando que essas abordagens ignoram a complexidade da economia e minam a liberdade individual.
15. Liberalismo Clássico: Mises é um defensor ardente do liberalismo clássico, que valoriza a liberdade individual, a propriedade privada e o estado mínimo como pilares fundamentais para o progresso humano e econômico.
16. Teoria do Estado: Ele desenvolve uma teoria do estado baseada na defesa da lei natural e dos direitos individuais, criticando o estado intervencionista como uma ameaça à liberdade e à prosperidade.
17. Ordem Espontânea: Mises destaca a emergência de uma ordem espontânea no mercado, onde a cooperação voluntária entre os indivíduos leva à produção e à troca de bens e serviços de forma harmoniosa e benéfica para todos.
18. Meritocracia: Ele argumenta a favor de uma ordem social baseada no mérito, onde o sucesso é determinado pelo talento, esforço e iniciativa individual, em contraste com sistemas baseados em privilégios ou redistribuição de renda.
19. Autoresponsabilidade: Mises promove a ideia de autoresponsabilidade, incentivando os indivíduos a assumir o controle de suas vidas e a buscar seu próprio bem-estar por meio do trabalho e da iniciativa pessoal.
20. Escola Austríaca de Economia: Por fim, Mises insere suas análises no contexto da Escola Austríaca de Economia, uma tradição intelectual que enfatiza a ação humana, a liberdade individual e o livre mercado como princípios fundamentais para a compreensão da ciência econômica.
5. APOIOS RELEVANTES
três pessoas consideradas relevantes que concordaram com algumas das considerações de Ludwig von Mises em seu livro "Ação Humana: Um Tratado de Economia":
Friedrich Hayek:
Hayek, outro proeminente economista da Escola Austríaca, concordou com Mises em várias questões, incluindo a importância da ordem espontânea no mercado e os perigos da intervenção governamental na economia. Ele também compartilhou a visão de Mises sobre o cálculo econômico em uma economia socialista, argumentando que a informação contida nos preços de mercado é essencial para a coordenação eficiente da produção.
Milton Friedman:
Friedman, um dos principais defensores do liberalismo econômico no século XX, encontrou áreas de concordância com Mises, especialmente em relação à crítica ao planejamento centralizado e à defesa do livre mercado como o melhor sistema para promover a eficiência econômica e a liberdade individual. Ambos compartilhavam a visão de que a intervenção governamental na economia muitas vezes leva a resultados indesejáveis.
Murray Rothbard:
Rothbard, um discípulo de Mises e proeminente teórico do libertarianismo, concordou com muitas das conclusões de Mises em relação à teoria econômica e à crítica ao intervencionismo estatal. Ele expandiu e desenvolveu muitas das ideias de Mises em áreas como a teoria do dinheiro e dos ciclos econômicos, contribuindo para a disseminação e o aprofundamento do pensamento austríaco.
6. CRÍTICAS RELEVANTES
três pessoas consideradas relevantes que discordaram de algumas das considerações de Ludwig von Mises em seu livro "Ação Humana: Um Tratado de Economia":
John Maynard Keynes:
Keynes, um dos economistas mais influentes do século XX, discordava de Mises em vários aspectos, especialmente em relação à teoria do desemprego e à eficácia das políticas monetárias e fiscais para estabilizar a economia. Enquanto Mises defendia o livre mercado e desconfiava das intervenções estatais, Keynes argumentava a favor de políticas de demanda agregada para combater recessões e promover o pleno emprego.
Paul Samuelson:
Samuelson, um renomado economista e autor do influente livro "Economics: An Introductory Analysis", tinha visões divergentes de Mises em relação à teoria do valor e à importância dos modelos matemáticos na economia. Enquanto Mises enfatizava o valor subjetivo e a ação humana como fundamentos da teoria econômica, Samuelson defendia uma abordagem mais formalizada e matematizada, buscando estabelecer relações quantitativas entre variáveis econômicas.
John Kenneth Galbraith:
Galbraith, outro destacado economista do século XX, discordava de Mises em questões como a teoria dos ciclos econômicos e o papel do governo na regulação da economia. Enquanto Mises via os ciclos econômicos como resultado de distorções na estrutura produtiva causadas por políticas monetárias expansionistas, Galbraith argumentava que os ciclos eram inerentes ao funcionamento do sistema capitalista e que o governo deveria desempenhar um papel ativo na estabilização econômica e na redução das desigualdades.
7. CONSIDERAÇÕES PARA O NOSSO DIA A DIA
três considerações do livro "Ação Humana: Um Tratado de Economia" de Ludwig von Mises que podem ser relevantes para o nosso dia a dia, especialmente para nossa saúde mental, cotidiano e relacionamentos:
Autoresponsabilidade e Empoderamento:
Mises enfatiza a importância da autoresponsabilidade e da iniciativa individual na busca dos objetivos. Ao reconhecer que somos os principais agentes de mudança em nossas vidas, podemos desenvolver um senso de empoderamento e controle sobre nossas circunstâncias. Isso pode contribuir para uma maior sensação de realização e bem-estar emocional, à medida que nos tornamos mais ativos na busca de nossos objetivos e na superação de desafios.
Respeito pela Diversidade de Preferências:
Mises destaca que as preferências individuais variam de pessoa para pessoa e devem ser respeitadas. Ao reconhecer e valorizar as diferenças entre as pessoas, podemos cultivar relacionamentos mais harmoniosos e empáticos em nosso cotidiano. Isso inclui ser tolerante com as escolhas e opiniões dos outros, mesmo que não as compartilhemos, promovendo um ambiente de aceitação e compreensão mútua.
Compreensão dos Limites do Controle:
Mises discute a ideia de que existem limites para o que podemos controlar em nossas vidas devido à natureza da escassez e das escolhas. Aceitar esses limites pode nos ajudar a desenvolver uma maior resiliência e adaptabilidade em face das adversidades. Ao focar nossos esforços nas áreas onde temos influência e deixar de lado aquelas que estão além de nosso controle, podemos reduzir o estresse e a ansiedade, promovendo uma melhor saúde mental e emocional.
8. JESUS CRISTO
Considerando os ensinamentos de Jesus Cristo e os temas abordados no livro "Ação Humana: Um Tratado de Economia" de Ludwig von Mises, aqui estão três destaques que Jesus faria como ensino à boa convivência humana:
Altruísmo e Caridade:
Jesus ensinava o amor ao próximo e a prática da caridade como elementos essenciais para uma convivência harmoniosa e compassiva. Em consonância com isso, Mises aborda a importância da cooperação voluntária e da solidariedade social no contexto do livre mercado. Jesus destacaria a importância de ajudar aqueles em necessidade e compartilhar recursos com generosidade, enquanto Mises ressaltaria como a economia de mercado pode facilitar essa ajuda mútua através da liberdade individual e da iniciativa empreendedora.
Respeito à Propriedade e Honestidade:
Jesus enfatizava a importância do respeito à propriedade alheia e da prática da honestidade nas relações humanas. Esses princípios são fundamentais para a boa convivência e para a construção de uma sociedade baseada na confiança mútua. Mises, por sua vez, destaca o papel da propriedade privada e do respeito aos contratos como fundamentos do sistema econômico de mercado. Ele argumentaria que o respeito à propriedade e a observância dos acordos voluntários são essenciais para o funcionamento eficiente e justo da economia.
Humildade e Compreensão das Limitações Humanas:
Jesus ensinava a humildade e a compreensão das limitações humanas como virtudes fundamentais para a boa convivência e o crescimento espiritual. Reconhecer nossas próprias fraquezas e ser compassivo com as falhas dos outros são elementos-chave para promover relacionamentos saudáveis e uma sociedade mais justa e amorosa. Mises, ao discutir a incerteza inerente ao processo de tomada de decisões econômicas e as limitações do conhecimento humano, ecoaria esse ensinamento, destacando a importância da modéstia intelectual e da tolerância em nossas interações sociais e econômicas.