Como acessar o inconsciente: 7 vias para Freud


Posted on Posted in PsicanáliseTeoria Psicanalítica
Foi difícil para muitos entender o conceito de inconsciente assim que Freud passou a estudá-lo. A própria ideia de como poderíamos ter consciência dele foi posta em questão, visto que não sabiam como encontrá-lo. Para esclarecer isso, confira sete modos de como acessar o inconsciente.

Associação livre

O método de associação livre foi uma das primeiras abordagens realizadas por Freud em consultório. Em suma, se trata de deixar que o paciente fale tudo aquilo que vier em sua mente. Foi daqui aliás que surgiu a cura pela fala, algo inovador numa época de tratamentos tão invasivos.
associação livre permite que o paciente caminhe lentamente em direção à sua própria inconsciência. Embora não perceba, esta continua a ser moldada pela forma como este vive. Não apenas acumula, como também transforma, fratura e devolve.
A associação livre é uma forma de como acessar o inconsciente de modo mais amplo. Neste ponto, cabe ao psicanalista fazer associações para interpretar corretamente o paciente.

Interpretando sonhos

Os sonhos são outras formas de acessar o inconsciente do analisado. Apesar de parecerem desconexos, é justamente essa natureza pouco linear que encobre a real necessidade do indivíduo. Por meio deles é possível decifrar, dentre outras coisas:

Desejos

Tudo aquilo que não projetamos no mundo acaba por retornar a nós mesmos. Os desejos inclusive podem ser o gatilho a manifestações neuróticas caso sejam reprimidos como muita frequência.

Medos

Nossos medos também acabam revelando aspectos do inconsciente através dos sonhos. É possível notar que tudo está ligado com coisas que interiorizamos e guardamos na parte mais funda da nossa essência.

Analisando o significado das palavras

A forma de falar, uso da palavras e os tons são outras forma de como acessar o inconsciente. Tudo faz parte do nosso ser, de modo que se conecte em uma reação em cadeia. Basicamente, o que dizemos e como dizemos está conectado com o momento em que vivemos e o que guardamos.
Por exemplo, pense em alguém que se comunica de forma vaga, indireta e um pouco sem sentido. Certamente este experimenta uma sensação de vazio, de não pertencimento e deslocamento. Suas palavras correspondem exatamente ao que ele vive, ainda que não tenha consciência disto.
É preciso que se faça um acompanhamento com um profissional qualificado para isso a fim de ter um diagnóstico completo. Por vezes, a má interpretação pode levar a situações embaraçosas e constrangedoras.

Observando hábitos recorrentes

Uma outra forma de ter acesso ao inconsciente é por meio da observação de nossos costumes diários. Você nunca se perguntou por que toma algumas medidas que acabam por te prejudicar? O segredo se encontra no mecanismo de repetição contido em seu inconsciente.
A exemplo, por que uma pessoa sempre se envolve com pessoas com o mesmo comportamento destrutivo? A resposta para isso deve estar contida em seu passado, mais especificamente em uma figura humana. Inconscientemente, ela se envolve com este tipo porque a faz lembrar de alguém que marcou a sua vida.
É cabível ressaltar que tais relações não entram na questão do merecimento ou não. Ao contrário do que dizem, não temos a relação que acreditamos achar que merecemos. Relacionamentos são feitos de muitas camadas e ambos estão envolvidos nisso.

Chistes

Outra forma de interpretar o inconsciente é através dos chistes, uma forma inteligente de refletir a realidade. Esse tipo de reflexão inocente e/ou maldosa expõe a construção interna de cada indivíduo. Contudo, por mais simples que pareça, se divide em seis técnicas diferentes:

Condensação
Quando unimos dois conceitos em apenas uma ideia e que gera um sentido engraçado. A exemplo, quando alguém pede que pare de beber, mas você responde que é especialista nisso e já parou 5 vezes.


Fonte
https://www.psicanaliseclinica.com/como-acessar-o-inconsciente/

Quando procurar um Psicólogo?

24 de agosto de 2016

  |  Tempo de leitura: 4 minutos
Quando procurar um Psicólogo? Quem nunca se deparou com a frase, “quem precisa de psicólogo é louco”?
Pois bem, mesmo hoje, em pleno século 21, isso ainda é ouvido. Nós psicólogos, temos a escuta treinada e estamos acostumados a lidar com essas questões, contudo, o que me espanta é o quão pouco as pessoas evoluíram em relação a esse assunto e o quanto a procura por psicólogos, para muitos, ainda é um tabu.

Quando procurar um psicólogo, afinal?

As estatísticas mostram que no Brasil, 20% da população apresenta algum transtorno emocional, sendo que os Transtornos de Ansiedade e de Depressão lideram essas estatísticas. Muitos não realizam o tratamento por desconhecimento, preconceito, falta de acesso e também por não apresentarem consciência da doença, impossibilitando a busca efetiva por ajuda.
É evidente que são inúmeros os fatores que podem contribuir para a não realização do tratamento, mas alguns aspectos podem ser considerados fundamentais para colaborar para a  pessoa buscar de fato ajuda de um psicólogo.

Quando buscar ajuda profissional?

Abaixo alguns pontos que podem ser esclarecedores quando procurar um psicólogo:

Sintomas físicos

Muitas vezes é o corpo quem dá o sinal. O corpo fala, mas nem sempre conseguimos escutá-lo. São poucas as pessoas que tem consciência de que a causa do seu sintoma pode ser emocional. É importante também saber dosar e ter cuidado para não psicologizar os sintomas físicos e achar que tudo pode ser emocional. Buscar ajuda médica nesse momento é fundamental para fazer um diagnóstico que elimine as causas físicas.
No entanto, um bom diagnóstico com um psicólogo pode esclarecer muitos aspectos anteriormente não percebidos. Taquicardia, dores no estômago, dores musculares, dores no peito, cansaço físico, desânimo, diarreia, sudorese, problemas de pele, são alguns exemplos de sintomas que podem denunciar algum transtorno emocional. Embora a causa seja emocional, a presença desses sintomas é real.

Sensação de não pertencer a algum lugar

Algumas pessoas vivem com a sensação de não estarem encaixadas na sociedade. É como se tivessem a sensação de não pertencer a nenhum lugar. Como se tudo parecesse estranho, ou como se vivessem uma vida que não lhe pertencessem. Esses sintomas evidenciam que algo não vai bem e a necessidade de buscar ajuda.

Quando os sintomas interferem no cotidiano

Esse é um ponto bastante importante que deve ser levado muito em conta para procurar ajuda. Nem sempre as pessoas percebem a gravidade do seu quadro. Uma dica é observar o quanto a sua vida diária modificou nos últimos tempos ou está limitada devido a alguns sintomas ou comportamentos. O indivíduo às vezes não percebe. Mas as pessoas de sua convivência observam e apontam algumas reações que podem aparecer de maneira direta ou indireta (apresentando também algum tipo de sintoma ou comportamento).

Dificuldades nos relacionamentos

Os relacionamentos algumas vezes deflagram a necessidade de buscar ajuda. Nem sempre é a própria pessoa que percebe isso. Muitas vezes é o outro que observa determinados comportamentos ou sintomas que fazem a luz se acender.



Vida que não segue após trauma ou perda

Tudo na vida precisa de um tempo de elaboração, principalmente quando algo acontece repentinamente. É natural que após algum trauma, mudança ou perda, a vida fique um pouco atrapalhada e que sintomas como tristezaangústia, medo, dúvidas apareçam. Entretanto, é importante observar se tais sintomas e ou comportamentos se estendem por muito tempo, pois pode ser que se trate de algum transtorno emocional.

Desinteresse pelas coisas que gostava de fazer

Sabe quando a pessoa sente-se desinteressada pelo que fazia anteriormente, às vezes até atribuindo, por exemplo, o seu comportamento ao trabalho ou ao seu modo de vida? Sabe quando alguém se sente desiludido, achando que nada faz sentido? Pode ser que seja esse o sintoma que denota a necessidade de buscar ajuda psicológica.
Plataformas como a Vittude podem facilitar a busca por um psicólogo que atenda a requisitos específicos para atender pais e crianças que precisam de acompanhamento. Se você tem dúvidas com relação a algum diagnóstico, agende uma avaliação psicológica com um de nossos psicólogos.
Artigo revisado em: 18/10/2019

Tatiana Pimenta
CEO e Fundadora da Vittude. É apaixonada por psicologia e comportamento humano, sendo grande estudiosa de temas como Psicologia Positiva e os impactos da felicidade na saúde física e mental. Cursou The Science of Happiness pela University of California, Berkeley. É maratonista e praticante de Mindfulness. Encontrou na corrida de rua e na meditação fontes de disciplina, foco, felicidade e produtividade.


Fonte
https://www.vittude.com/blog/quando-procurar-um-psicologo/

Quem precisa de psicoterapia?



Várias são as questões que habitam o íntimo das pessoas em relação à busca por uma ajuda psicoterápica.

Muitas pessoas se perguntam: �Por que eu deveria fazer psicoterapia?� �Será que eu preciso?�.

Esses questionamentos residem em alguns mitos que envolvem a prática da clínica psicológica, como por exemplo:
�Psicologia é um tratamento para doentes mentais.�, �Pagar alguém para me dar conselhos?!�, �Vou contar minha coisas para um estranho?�, �Quem precisa de ajuda para resolver seus problemas é um fraco�.


CONCEITO DE AJUDA
Em nossa cultura o termo ajuda apresenta um sentido contaminado com um juízo de valor de menosvalia � quem precisa de ajuda apresenta uma incapacidade de resolver seus próprios problemas, seria um �fraco�.

Existe uma cobrança tácita, em nossa sociedade, de que as pessoas devem ter personalidade forte, darem conta de todos os problemas de si e dos outros.

Tal situação reside na alta competitividade e no alto grau de exigência que norteiam as relações na sociedade contemporânea.

Assim, um pedido de ajuda denota fragilidade, além de gerar a fantasia de estar à mercê do outro.

A tendência, portanto, é do indivíduo se retrair e ficar na solidão, sem repartir suas dúvidas e angústias, andando em círculos, adiando decisões, negando problemas, transferindo a responsabilidade, culpando algo ou alguém por seus dilemas.

Todas as pessoas vivem, em certa medida, relações de ajuda. O (a) amigo (a), um professor, um religioso, cônjuge podem se apresentar como um �ombro acolhedor� que ouve e opina sobre a situação.

Porém, na relação de ajuda psicoterápica isso não ocorre.

Em momento algum o profissional expõe sua intimidade, sua vida pessoal, pois o centro da relação é o cliente.

É uma relação profissional que implica em um propósito bem definido de trabalhar as queixas/angústias que o cliente apresenta.


O QUE É PSICOTERAPIA?
A PSICOTERAPIA é um campo do saber que visa a compreensão do ser humano e de seu modo de existir no mundo. Envolve, portanto, o estudo do comportamento humano bem como o desenvolvimento de recursos metodológicos clínicos que favorecem ao equilíbrio bio-psico-social do indivíduo.

O tratamento psicoterápico é definido como um processo conduzido por um psicólogo (VER Resolução do CFP), com sólida competência profissional em realizar diagnóstico e procedimentos clínicos psicológicos.

Trata-se, portanto, de um tratamento realizado por meio de técnicas fundamentadas em uma teoria de personalidade, com o propósito de reorganizar padrões de comportamentos geradores de sofrimento que interferem no bem estar do indivíduo e o impedem de criar possibilidades de realização pessoal.

Envolve, também, o tratamento de transtornos psíquicos mais acentuados.

Assim sendo, a psicoterapia objetiva o fortalecimento da capacidade de autogerenciamento do cliente, permitindo-lhe tomar para si o rumo da própria vida. Isso se dá através do aprofundamento de sua autopercepção e, por conseqüência, a compreensão de seu próprio funcionamento e dos fatos de sua vida.

Psicoterapeuta e clientes, juntos, vão como num caleidoscópio girando e reorganizando de outras maneiras a pedrinha nele contida, originando-se, assim, novas formas de pensar, sentir e agir.

Nessa perspectiva a relação psicoterápica é uma relação de parceria, pois implica em um compromisso mútuo, porém diferenciado, do profissional e do cliente.


DO PSICOTERAPEUTA
Cabe ao psicólogo possuir habilitação profissional para o exercício de sua profissão, isso se traduz em capacitação teórico-técnica fundamentada em um sólido treinamento em uma abordagem psicológica.

Essa capacitação profissional envolve também a vivência de um processo psicoterápico, a fim de resolver suas questões pessoais e, assim, desenvolver a empatia e a doação necessária para receber, compreender e lidar com a dor e o sofrimento de quem o procura.

Além disso, faz-se necessário possuir uma conduta ética e honesta firmemente estabelecida.


DO CLIENTE
Cabe ao cliente participar ativamente de seu processo de autoconhecimento, através do confronto consigo mesmo, da admissão de fatos e comportamentos que eram camuflados, negados, não aceitos.

Implica também o compromisso com a busca de seu crescimento pessoal e com o reconhecimento de sua responsabilidade perante a própria vida. Subentende-se, então, uma forma ativa, participativa, rumo à maturidade.


PACIENTE OU CLIENTE?
É muito comum ouvir as expressões paciente e/ou cliente referindo-se àquele que procura uma ajuda psicoterápica. Consideramos válido fazer uma ressalva sobre esse ponto.

O termo paciente significa resignado, manso, aquele que espera pacientemente um resultado, estar passivo. São definições que reduzem o indivíduo à figura amorfa de quem nada ou pouco pode fazer por si mesmo e que deve submeter-se às decisões e/ou orientações de outrem que detém o poder.

Já o termo cliente significa pessoa protegida, aquele que busca por um serviço. Esse conceito envolve uma idéia de ação, movimento. Alguém que possui participação ativa.

Assim, parece-nos mais apropriado o termo cliente, pois apresenta o indivíduo como agente ativo de seu processo � aquele que busca ajuda, que faz algo por si, que reconhece o esforço necessário para trilhar sua jornada pessoal.

Nesse sentido, desmistificasse a imagem caricata do indivíduo que fica à espera de que tudo se resolva como um passe de mágica.


QUANDO BUSCAR UMA PSICOTERAPIA?
Em algum momento, na roda-viva da vida, a necessidade de uma ajuda psicoterápica pode surgir. Pode ser de forma abrupta � alguém diz diretamente que você deve procurar um psicoterapeuta, ou emerge lentamente � você constata que não está conseguindo lidar com as próprias dificuldades.

É importante saber que quando surge a necessidade de buscar uma psicoterapia, essa alternativa nunca é encarada tranqüilamente. Podem suscitar vários conflitos, devido aos juízos de valores negativos atribuídos à relação de ajuda.

Ao buscar um psicoterapeuta, ou psicólogo clínico, a pessoa encontrará profissionais com diferentes estilos e técnicas de tratamento, como: Psicanálise, Gestalt-terapia, Comportamental, Existencial-humanísta, Bioenergética, dentre outras.

Todo e qualquer ser humano é passível de sentir-se infeliz, de não estar satisfeito com a própria vida. Homens e mulheres, pais e mães, profissionais de todos os tipos, crianças, pessoas de todas as idades, solteiros, casados podem experienciar angústias e sofrimentos.

Enfim, o momento de procurar uma ajuda psicoterapêutica pode ser identificado quando um estado de infelicidade se torna prolongado, gerando limitações em uma ou mais camadas da vida.


QUAIS AS QUEIXAS MAIS COMUNS?

Apresento alguns exemplos:

Algumas pessoas enfrentam crises existenciais:
� não conseguem estabelecer-se profissionalmente;
� não conseguem formar e manter uma relação amorosa;
� apresentam dificuldades sexuais; (Sexologia Clínica)
� apresentam sentimentos de incapacidade e menosvalia;
� fazem uso abusivo de drogas lícitas ou ilícitas;
� apresentam comportamentos compulsivos, seja no trabalho, no sexo, na alimentação;
� apresentam depressão;
� sofrem de crises de ansiedade;
� possuem síndrome do pânico, etc.

Outras apresentam dificuldades em adaptar-se às transições/mudanças que ocorrem na vida:
� casamento;
� nascimento de um filho;
� separação;
� mudança de emprego;
� aposentadoria;
� adoecimento; (Psico-oncologia)
� perda de um ente querido, etc.

Existem, ainda, estados que denominamos de estresse pós-traumático, vivenciados após: � situações de violência urbana;
� acidentes;
� guerra;
� abuso e/ou violência sexual;
� tortura física e/ou psicológica, etc.


PSICOTERAPIA, ACONSELHAMENTO E ANÁLISE SÃO A MESMA COISA?
Não. A psicoterapia, como já foi explicado, refere-se a uma forma de tratamento através de uma relação sistemática e sem tempo determinado.

O aconselhamento é definido como uma intervenção de caráter preventivo ou de apoio, e de caráter situacional. A relação no âmbito do aconselhamento caracteriza-se por uma menor intensidade de expressão emocional e maior ênfase nos aspectos cognitivos, utilizando informações específicas e sugestões.

O aconselhador desempenha a função de dar suporte às questões circunstanciais, como por exemplo: planejamento de programas acadêmicos, orientação vocacional, recolocação profissional, orientação de pais, orientação para planejamento de atividades profissionais e/ou pessoais, auxílio na readaptação após alguma mudança na vida.

Outra distinção diz respeito ao programa de trabalho � duração do processo, menor freqüência de contatos, menor ênfase na história pessoal da pessoa, maior foco nos aspectos relacionados ao desempenho de papéis nas diferentes situações da vida, maior centralização na discussão factual de problemas e de dados objetivos.

A prática do aconselhamento é mais comumente realizada em instituições � escolas; universidades; centros de orientação familiar, vocacional e profissional; hospitais e clínicas, embora seja também oferecido, em menor escala, em consultório particular.

Os profissionais que atuam nessa área são, em geral, terapeutas ocupacionais, padres, pastores, pedagogos, fisioterapeutas, orientadores educacionais, assistentes sociais, psicólogos escolares. Porém, eventualmente, médicos e psicólogos clínicos podem atuar nessa perspectiva.

Deve-se considerar que, em certa medida, a psicoterapia e o aconselhamento podem apresentar algum grau de ambigüidade.

Nos dois campos de atuação subentende-se a existência de uma relação de ajuda, portanto, terapêutica. Conforme a American Psychological Association �o aconselhamento diferencia-se da psicoterapia pela sua centralização (...) nos planos que devem ser postos em prática pelo indivíduo no sentido de desempenhar um papel social produtivo.�


E O QUE É ANÁLISE?
É um termo empregado para designar uma relação de ajuda fundamentada em uma escola ou linha da psicologia que é a PSICANÁLISE.

Outras escolas, tão importantes quanto esta, não utilizam esta terminologia, apesar de ser muito comum as pessoas usarem.


EXISTE ALTA EM PSICOTERAPIA ?
Na perspectiva da Psicologia Formativa empregamos o termo FINALIZAÇÃO, pois a ALTA além fazer parte de um legado médico segue um pressuposto de cura ou em "corrigir alguém".

Assim procuramos reorganizar a linguagem para uma forma mais coerente com a visão formativa, vez que o objetivo da psicoterapia está, essencialmente, na organização de novas formas de existir.

Todo processo psicoterápico possui começo, meio e fim. Contudo, não retrata o fim de um processo, mas o fim de um trabalho psicoterapêutico, já que o processo interno/pessoal é ad eternum.

Às vezes, as pessoas têm dificuldades em formar um final e o fechamento do trabalho pode ser pela briga ou rompimento. Porém, o fim da psicoterapia não significa rompimento da relação, nem abandono, mas um estágio final em que a relação de ajuda não mais se apresenta como algo essencial.

Em outras palavras, quando ambos - cliente e psicoterapeuta - percebem a existência de um poder de autogerenciamento que o cliente organizou para si mesmo.

A finalização pode ser considerada como uma transição entre dois momentos: da necessidade de ajuda para o reconhecimento de que pode seguir em frente, tendo a certeza de poder contar com o profissional quando quiser.

É uma transição gradativa, cujo foco está no reconhecimento das conquistas obtidas pelo cliente e no seu compromisso com o futuro que está formando.

Publicado em: 09/05/2009. Última revisão: 31/07/2019
 COLABORADORES 
Dra. Iracema TeixeiraDra. Iracema Teixeira é psicóloga somático - transpessoal, com especialização em Sexualidade Humana e mestre em Sexologia. Em sua clínica, atende adolescentes, adultos, e também em terapia sexual e aconselhamento conjugal. É coordenadora do Grupo de Mulheres � "Descobrindo o Prazer".
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https://www.saudenainternet.com.br/portal_saude/quem-precisa-de-psicoterapia-.php

8 sinais de que você precisa fazer terapia





Tudo o que lhe faz sentir oprimido ou te impede de funcionar direito merece a atenção de um terapeuta, assistente social ou psicólogo

Todo mundo passa por períodos de stress, tristeza, luto e conflito, então quando você não se sente muito bem pode ser difícil saber se é hora de procurar um profissional para lidar com o problema.
A prioridade da comunidade psiquiátrica é identificar e atender aqueles que tem doenças mentais diagnosticáveis, mas a ajuda psicológica para quem tem algum problema que não seja tão óbvio pode ser igualmente importante. Além de sofrer sem necessidade, quem está nessa situação pode ter o quadro agravado justamente por falta de tratamento profissional. “Quanto mais cedo se procura ajuda, mais fácil é resolver o problema”, diz o psicólogo Daniel J. Reidenber. “O tratamento vai ser mais curto e menos estressante.”
Os psicólogos atribuem a baixa procura por ajuda médica ao estigma e aos mitos ligados à terapia: a ideia de que seja algo para gente louca, que a ajuda de um profissional seja um sinal de fraqueza ou tome tempo e custe caro demais. Nada disso é verdade, diz a psicóloga Mary Alvord.
“Um tratamento não precisa envolver análise quatro vezes por semana; tenho pacientes que vêm para apenas duas sessões ou para terapia comportamental durante um ano”, diz Alvord. “As pessoas acham que vão se tornar prisioneiras do tratamento, mas isso simplesmente não é verdade.”
“Existe um estigma injustificado ligado às doenças mentais, e olhe que nem estamos falando de uma doença mental”, diz Reidenberg. “Estamos falando apenas da vida e das dificuldades dela. Os benefícios da psicoterapia [podem ser vistos] mais como formas de aliviar o estresse, como exercícios físicos ou uma alimentação correta – estratégias que podem ajudar no dia-a-dia e ajudar a aliviar tensões.”
Então quais são os sinais de que pode ser a hora de marcar uma consulta? Pedimos que Reidenberg, Alvord e psicóloga Dorothea Lack indicassem a que sintomas devemos estar atentos quando não nos sentimos muito bem.
A principal conclusão? É apenas uma questão de avaliar sua capacidade de tolerância – tudo o que lhe faz sentir oprimido ou te impede de funcionar direito merece a atenção de um terapeuta, assistente social ou psicólogo.

Todas as suas emoções são intensas
“Todo mundo fica nervoso e triste, mas e a intensidade? E a frequência? Isso te atrapalha ou prejudica a sua vida?”, pergunta Alvord.
A sensação de ser regularmente dominado pela tristeza ou pela raiva pode indicar algo mais profundo, mas é preciso prestar atenção a uma outra coisa: o catastrofismo.
Quando um desafio aparece de repente, você imediatamente se prepara para o pior? Esse tipo de ansiedade extrema, em que as preocupações são desproporcionais e os cenários pessimistas passam a se tornar cenários realistas, pode ser profundamente debilitante.
“Pode ser paralisante, levar a ataques de pânico e até mesmo a evitar as coisas”, diz Alvord. “Se sua vida começa a se contrair porque você está se omitindo é provavelmente a hora de procurar alguém.”
Você passou por um trauma e não consegue parar de pensar no assunto
A dor de uma morte na família, uma separação ou a perda do emprego podem ser suficientes para exigir algum tipo de aconselhamento. “A tendência é achar que esse tipo de sensação vai embora sozinha”, diz Alvord, lembrando que nem sempre este é o caso. O luto pode nos atrapalhar no dia a dia e nos afastar dos amigos. Se você perceber que está se distanciando, ou se seus amigos notarem o mesmo, talvez seja a hora de procurar alguém para tentar entender como o evento ainda está te afetando. Por outro lado, algumas pessoas reagem às perdas com uma reação mais maníaca — buscam os amigos incessantemente e têm problemas para dormir. Estes também são sinais de alerta.

Você tem dores de cabeça recorrentes e inexplicáveis, dores de estômago ou baixa resistência
“Se estamos emocionalmente abalados, o corpo pode ser afetado”, diz Alvord. Pesquisas confirmam que o estresse pode se manifestar de diversas formas, de problemas estomacais crônicos a dores de cabeças, resfriados e redução do apetite sexual. Reidenberg afirma que há outros indícios menos frequentes, como dores musculares repentinas (ou seja, não aquelas que aparecem depois da academia) ou dores no pescoço.
Você está usando alguma substância para aguentar o dia a dia
Se você percebe que está bebendo ou usando drogas em maiores quantidades ou com maior frequência — ou até mesmo pensando mais em bebidas ou drogas –, pode ser um sinal de que você queira anestesiar algum tipo de sensação. Mas essa substância pode não ser o álcool ou droga: pode ser comida. Reidenberg nota que mudanças no apetite podem ser um sinal de que nem tudo está bem. Comer demais, ou de menos, pode indicar estresse ou sinalizar que você não está querendo cuidar de si mesmo.
Você não está rendendo no trabalho
Mudanças na performance no trabalho são comuns entre aqueles que enfrentam questões emocionais ou psicológicas. Você pode se sentir desconectado do trabalho, segundo Reidenberg, mesmo que antes gostasse do que faz. Além de afetar a concentração e a atenção, você pode começar a receber críticas dos seus chefes ou colegas. Pode ser um sinal de que é hora de buscar um profissional.
“Adultos passam a maior parte do tempo no trabalho”, diz Reidenberg. “Então as pessoas que reparam são aquelas que têm de compensar, como em uma família.”

Você se sente desconectado daquilo que gostava de fazer
Se seus clubes, encontros de amigos e família estão perdendo a graça, pode ser um sintoma de que algo está errado, explica Reidenberg. “Se você está desiludido, achando que nada faz sentido, buscar terapia pode ajudar a clarear o ar ou procurar uma nova direção.”
Seus relacionamentos estão desgastados
Você tem dificuldades para explicar como realmente está se sentindo – ou mesmo para identificar suas emoções? Se você se sente infeliz durante as interações com aqueles que ama pode ser um candidato para uma terapia de casal ou de família, diz Alvord.
“Podemos ajudar as pessoas a escolher melhor as palavras – e ensinamos que não é só o que você está dizendo que importa, mas também sua linguagem corporal e sua atitude”, diz Alvord.
Seus amigos dizem que estão preocupados com você
Amigos podem perceber padrões que não conseguimos identificar nós mesmos, portanto é importante considerar a perspectiva daqueles que estão à sua volta.
“Se alguém que faz parte da sua vida diz algo como: ‘Você falou com alguém sobre isso?’ ou ‘Você está bem? Estou preocupado com você’ – é um sinal de que você provavelmente deveria ouvir o conselho”, diz Reidenberg.

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