investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
1. AMOR SEM CONDIÇÃO
O Deus de Jesus ama antes que mereçamos; Jeová exigia obediência antes de amar.
2. NÃO AO GENOCÍDIO
Jesus jamais mandou exterminar povos inteiros; Jeová o fez várias vezes.
3. INCLUSÃO UNIVERSAL
Jesus acolhe samaritanos, romanos e estrangeiros; Jeová rejeitava quem não fosse israelita.
4. SEM TEMOR, COM CONFIANÇA
O Deus de Jesus convida à intimidade; Jeová exigia medo e temor constante.
5. PAZ EM VEZ DE GUERRA
Jesus diz “bem-aventurados os pacificadores”; Jeová abençoava espadas e conquistas sangrentas.
6. DEUS É PAI, NÃO DITADOR
Jesus chama Deus de Pai amoroso; Jeová se mostra muitas vezes como um rei tirano.
7. GRAÇA EM VEZ DE MERECIMENTO
A salvação em Jesus é dom gratuito; com Jeová, era preciso seguir centenas de regras.
8. NENHUMA MALDIÇÃO
Jesus nunca amaldiçoa povos inteiros; Jeová amaldiçoava até descendências inteiras.
9. JESUS CURA, JEOVÁ MATA
Jesus curava até os que o odiavam; Jeová feria com lepra, serpentes, fogo do céu.
10. DEUS NÃO PRECISA DE SACRIFÍCIOS
Jesus encerra os holocaustos; Jeová os exigia em abundância.
11. LIBERDADE PARA CRER
Jesus nunca obriga ninguém a segui-lo; Jeová punia quem duvidava ou questionava.
12. VALORIZAÇÃO DA VIDA
Jesus salva vidas até no sábado; Jeová mandava matar por desobedecer o sábado.
13. IGUALDADE ENTRE TODOS
Jesus aproxima homens, mulheres, crianças e pobres; Jeová aceitava desigualdades estruturais.
14. NÃO AO MACHISMO RELIGIOSO
Jesus escutava e valorizava mulheres; Jeová dizia que mulher impura devia ser isolada.
15. PERDÃO SEM FIM
Jesus ensina a perdoar 70x7; Jeová manda exterminar e não ter piedade.
16. ABENÇOADOR DE INIMIGOS
Jesus abençoa quem o persegue; Jeová condenava os inimigos com pragas.
17. DEUS É AMIGO DOS FRACOS
Jesus se aproxima dos pecadores; Jeová se afastava deles.
18. SEM MENTALIDADE DE CASTA
Jesus valoriza todos igualmente; Jeová escolhe um povo e despreza os demais.
19. DEUS NÃO É VINGATIVO
Jesus diz que Deus faz o sol nascer para justos e injustos; Jeová retribuía com guerras e secas.
20. SEM ÍDOLOS NACIONAIS
Jesus nunca defende Israel como nação santa; Jeová a trata como centro do mundo.
21. DEUS NÃO PRECISA DE TEMPLO
Jesus é o novo templo; Jeová exigia templo, sacrifícios e sacerdotes.
22. NÃO AO ETNOCENTRISMO
Jesus valoriza pessoas de todos os povos; Jeová despreza os outros como impuros.
23. DEUS NÃO PRECISA DE GUERRA SANTA
Jesus nunca chama à luta religiosa; Jeová mandava destruir cidades “em nome de Deus”.
24. DEUS É ESPÍRITO E VIDA
Jesus liberta da letra da lei; Jeová matava quem a desobedecia.
25. NÃO AO LEGALISMO
Jesus prefere a compaixão à lei; Jeová escolhe a lei à compaixão.
26. O DEUS QUE SERVE
Jesus lava os pés dos discípulos; Jeová exige rituais e reverência de um trono.
27. O DEUS DOS QUE DUVIDAM
Jesus acolhe Tomé e Pedro com paciência; Jeová mata quem desobedece ou questiona.
28. O DEUS QUE CHORA
Jesus chora sobre Jerusalém; Jeová a destrói sem piedade.
29. DEUS É JUSTIÇA RESTAURADORA
Jesus restaura a dignidade; Jeová pune com destruição total.
30. DEUS É INTIMIDADE E PRESENÇA
Jesus se revela no coração humano; Jeová aparecia apenas em lugares sagrados e temíveis.
31. JESUS É A ÚNICA REVELAÇÃO PLENA
Tudo antes de Jesus foi apenas sombra; Nele brilha a verdade plena do Amor Divino.
1. DOIS DEUSES EM TENSÃO
A Bíblia apresenta uma tensão profunda entre duas compreensões de Deus: uma, refletida na tradição mosaica e nacionalista, que vê Deus como guerreiro, legislador severo e defensor exclusivo de Israel; e outra, plenamente revelada em Jesus, que apresenta Deus como Pai amoroso, universal, compassivo e misericordioso. O contraste entre essas imagens é perceptível e inevitável ao longo das Escrituras.
2. EVOLUÇÃO NA COMPREENSÃO DE DEUS
O Deus de Moisés surge num contexto tribal, patriarcal e violento, onde cada povo tinha sua divindade guerreira. Assim, o Deus de Israel precisava "mostrar-se mais forte", muitas vezes por meio da destruição de outros povos. Essa concepção não era a plenitude da revelação divina, mas um reflexo da consciência religiosa limitada daquela época. Jesus, por sua vez, inaugura uma nova era espiritual, corrigindo, superando e reinterpretando essas visões.
3. O DEUS DE JESUS: REVOLUÇÃO ESPIRITUAL
Jesus rompe com a lógica da punição, da exclusividade e da violência. Ele revela um Deus que ama até os inimigos, que oferece perdão antes da confissão, que serve ao invés de exigir culto. Em suas palavras e ações, Jesus transforma completamente o que se entendia por Deus. Nele, o Pai se revela como presença que liberta, que respeita, que guia com ternura, e não com temor ou imposição.
4. O FIM DA RELIGIÃO EXCLUDENTE
Jesus desmonta a religião legalista baseada na culpa, nos ritos e na violência sacrificial. Ele cura no sábado, acolhe pecadores, elogia samaritanos e elogia centuriões romanos, negando que Israel tenha exclusividade divina. Essa postura revela que o Reino de Deus não é etnocêntrico nem teocrático, mas universal, espiritual, invisível, presente onde há amor, justiça e misericórdia.
5. UM NOVO TESTAMENTO DE DEUS
Os evangelhos são chamados de “Novo Testamento” porque representam uma nova aliança — não escrita em pedras, mas nos corações. A Graça substitui a Lei, o amor substitui o medo, a cruz substitui a espada. A figura de Deus revelada em Jesus, portanto, não é continuidade simples do Deus de Moisés, mas sua superação amorosa, seu cumprimento mais puro.
6. O CRISTÃO VERDADEIRO SEGUE JESUS
Seguir Jesus significa optar pela revelação mais alta de Deus e recusar todo uso religioso de Deus que justifique dominação, castigo, extermínio, exclusividade e sacralização da violência. Desligar-se do Deus de Moisés é reconhecer que o próprio Jesus o reinterpretou à luz do amor, abrindo um novo caminho de fé baseado na liberdade, na consciência e na comunhão universal.
8. BIBLIOGRAFIA
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“Deus: Uma Biografia” – Jack Miles, 1995
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“O Deus Violento do Antigo Testamento” – Eric A. Seibert, 2009
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“A História de Deus” – Karen Armstrong, 1993
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“Jesus: Aproximação Histórica” – José Antonio Pagola, 2007
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“A Bíblia e a Violência” – René Girard, 2001
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“A Mente de Cristo” – T. W. Hunt, 1989
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“Para Entender o Antigo Testamento” – Rubem Alves, 2003
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“A Subversão do Amor” – Walter Wink, 1992
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“Jesus e o Deus Revolucionário” – João Batista Libânio, 1999
-
“Deus em Questão: Ciência x Religião” – John Polkinghorne, 2001