Basílio da Gama


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Basílio da Gama Academia Brasileira de Letras
Nome completoJosé Basílio da Gama
Data de nascimento8 de abril de 1741
Local de nascimentoSão José do Rio das Mortes
NacionalidadeReino de Portugal Português (Brasil Colônia)
Data de morte31 de julho de 1795 (54 anos)
Local de morteLisboa
OcupaçãoPoeta
Magnum opusQuitúbia
José Basílio da Gama (São José do Rio das Mortes8 de abril de 1741 — Lisboa31 de julho de 1795) foi um poeta luso-brasileiroque escrevia sob o pseudónimo Termindo Sipílio. Celebre por seu poema épico O Uraguai, de 1769, e investido como patrono da cadeira 4 da Academia Brasileira de Letras.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu no arraial de São José do Rio das Mortes, depois São José d'El Rei, hoje cidade de Tiradentes, Minas Gerais.[2] O seu pai foi Manuel da Costa Vila-Boascapitão-mor do Novo Descobrimento, e sua mãe foi uma das netas do oficial militar Leonel da Gama Belles.
Em 1757, já órfão de pai, começou a frequentar o Colégio dos Jesuítas no Rio de Janeiro. Quando, dois anos depois, em 1759,Gomes Freire de Andrade, 1.º Conde de Bobadela, ordenou fechar o colégio, como parte da campanha de perseguição movida pela Coroa de Portugal contra a Companhia de Jesus, o jovem Basílio manteve-se fiel à sua vocação e seguiu para Roma, à procura do apoio da igreja católica para a sua fé.
Entre os anos de 1760 e 1766 foi admitido, graças ao poeta Michel Giuseppe Morei na Arcádia Romana, com o pseudônimo de "Termendo Sipilho". O fato de um poeta da Brasil colônia ter sido admitido em uma agremiação tão importante quanto a Arcádia Romana pressupõe que, quase certamente, ele teria sido recomendado pelo clero jesuítico português.
No decorrer de 1768 está de novo no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, mas retorna à Europa, dirigindo-se para Coimbra. Nesta ocasião foi detido em Lisboa, acusado de simpatia para com os jesuítas. Em troca da liberdade, prometeu às autoridades ir viver em Angola. Logo em seguida, buscando evitar o degredo, capitulou diante do poder exercido pelo futuro Sebastião José de Carvalho e Melo, marquês de Pombal, responsável direto pela perseguição aos jesuítas.
Basílio escreveu então um epitalâmio, dedicado à filha do Marquês, exaltando-o, vindo a cair, em 1769, nas graças deste. No mesmo ano foi publicado poema épico O Uraguai,[3] dedicado a Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão de Pombal, onde se percebe o intuito de agradar o homem forte de Portugal daquele tempo. Além dos guerreiros portugueses, os Guaranis são tratados de maneira positiva pelo autor, cabendo unicamente aos jesuítas o papel de vilões, por serem contrários à política pombalina, retratados como interessados em ludibriar os indígenas.
Por essa época estreita-se a sua ligação com Pombal, de forma que se torna oficial administrativo e secretário deste. Com a queda política de seu protetor, Basílio passou a sofrer perseguições políticas, sendo obrigado a se deslocar da Corte para a Colônia do Brasil e vice-versa, como forma de se livrar de arbitrariedades cometidas contra si.
Num período em que estava em Lisboa veio a falecer, em 31 de julho de 1795, tendo sido sepultado na Igreja da Boa Hora.[4]

Obras[editar | editar código-fonte]

Folha de rosto de O Uraguai, 1769
  • Epitalâmio às núpcias da Sra. D. Maria Amália (1769)
  • O Uraguai (1769)
  • A declamação trágica (1772), poema dedicado às belas artes
  • Os Campos Elíseos (1776)
  • Relação abreviada da República e Lenitivo da saudade (1788)
  • Quitúbia (1791)

Referências

  1. Ir para cima Behar, Eli; Schranck Peleias, Deborah. Vultos do Brasil: biografias, história e geografia : com 145 ilustrações. Hemus. pp. 35. ISBN 8528900061
  2. Ir para cima Moura Lima, Renira Lisboa de; Fiúza Moreira, Fernando Otávio; Ribeiro Silva, Valéria. A anteposição do adjetivo em A Morte de Lindóia, fragmento de O Uraguai. UFAL. pp. 85. ISBN 8571773025
  3. Ir para cima Brandão, Roberto de Oliveira. Poética e poesia no Brasil (Colônia). UNESP, 2001. pp. 263. ISBN 8571393109
  4. Ir para cima Buarque de Holanda, Sérgio. Capítulos de literatura colonial. In: Antônio Cândido. Editora Brasiliense, 1991. pp. 133. ISBN 8511340017

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • GAMA, Basílio da. O Uraguai. Rio de Janeiro: Editora Record.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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(fundador)



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