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Sérgio Sant'Anna | |
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Nascimento | 1941 Rio de Janeiro, Brasil |
Morte | |
Nacionalidade | Brasileiro |
Ocupação | Escritor |
Prémios | Prémio Jabuti 1983
Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte(2003, 2011, 2014)
Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2011) |
Embora já tenha publicado poesia, peças de teatro, novelas e romances, ele se considera primeiramente um contista.
Obra[editar | editar código-fonte]
A obra de Sérgio Sant'Anna é notória pelo caráter experimental, abordando temas urbanos de várias formas diferentes, algumas bastante transgressivas.
Seu romance mais célebre é As Confissões de Ralfo, publicado em 1975. O livro é a história de um escritor que decide escrever uma "autobiografia imaginária", narrando vários fatos extraordinários numa sucessão inverossímil. O livro satiriza vários estilos consagrados: o diário de bordo, o filme de ação, o discurso utópico e, até mesmo, no auge da ditadura militar brasileira, os relatos de tortura. Em uma das cenas mais famosas do livro, o protagonista é preso por mendicagem e posto num interrogatório em que as perguntas são do tipo que se faz na escola ("Quem descobriu o Brasil?", etc...).
Dentre seus contos mais famosos incluem-se Um discurso sobre o método, Marieta e Ferdinando, A mulher-cobra, Estranhos e O vôo da madrugada. O autor já ganhou por duas vezes o prêmio Jabuti e, também por duas vezes, foi agraciado com o prêmio Status de Literatura, além de ter traduções de sua obra lançadas na Alemanha e na Itália.
Adaptações[editar | editar código-fonte]
O conto A senhorita Simpson, contida no livro homônimo, foi adaptada para o cinema por Bruno Barreto, sob o título de Bossa Nova. Esse filme, no entanto, é considerado pela crítica e pelo autor como infiel à obra que o inspirou, sendo pouco mais que um cartão-postal da cidade do Rio de Janeiro[1]
Uma adaptação mais fiel foi a de Beto Brant em Crime Delicado, feita em 2005, baseada no romance de 1997[2].
Um Romance de Geração deu origem ao filme homônimo, dirigido por David França Mendes em 2008, com Isaac Bernat, Nina Morena, Suzana Ribeiro e Lorena da Silva[3].
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- O sobrevivente (contos, 1969)
- Notas de Manfredo Rangel, repórter (contos, 1973)
- Confissões de Ralfo (romance, 1975)
- Simulacros (romance, 1977)
- Circo (poesia, 1980)
- Um romance de geração (peça de teatro, 1981)
- O concerto de João Gilberto no Rio de Janeiro (contos, 1983) - Prêmio Jabuti
- Junk-Box (poesia, 1984)
- A tragédia brasileira (romance-teatro, 1984)
- Amazona (novela, 1986) - Prêmio Jabuti
- A senhorita Simpson (contos, 1989)
- Breve história do espírito (contos, 1991)
- O monstro (contos, 1994)
- Um crime delicado (romance, 1997) - Prêmio Jabuti
- O voo da madrugada (contos, 2003) - Prêmio Portugal Telecom
- O livro de Praga - Narrativas de amor e arte (contos, 2011) - Prêmio Clarice Lispector
- Páginas sem glória (dois contos e uma novela, 2012)
- O homem-mulher (contos, 2014). Finalista do Prémio Oceanos 2015.[4]
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Precedido por Charles Kiefer | Prêmio Jabuti - Contos / Crônicas / Novelas 1986 | Sucedido por — |
Precedido por João Gilberto Noll | Prêmio Jabuti - Romance 1998 | Sucedido por Carlos Nascimento Silva, Sônia Coutinho e Modesto Carone |
- ↑ PORTO, Ana Paula Teixeira. A Senhorita Simpson, de Sérgio Sant’Anna, e Bossa nova, de Bruno Barreto: diálogos entre literatura e cinema. Recorte – revista eletrônica ISSN 1807-8591 Mestrado em Letras: Linguagem, Cultura e Discurso / UNINCOR V. 12 - N.º 1 (janeiro-junho - 2015)
- ↑ A representação violada. Revista Cinética
- ↑ Um Romance de Geração. Cineplayers
- ↑ http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/11/1704831-chico-buarque-e-glauco-mattoso-sao-finalistas-do-premio-oceanos-veja-lista.shtml
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9rgio_Sant%27Anna