ESTILOS LITERÁRIOS BÍBLICOS

  









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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4




ESTILOS LITERÁRIOS BÍBLICOS

o conteúdo original que inclui este estudo está neste link aqui e aqui também


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ÍNDICE

textos aos hebreus, visavam fomentar supremacia sobre outras nações
textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões

001   INTRODUÇÃO

002   ESTILO INTERPRETATIVO

003   ESTILO GENEALÓGICO

004   ESTILO JURÍDICO

005   ESTILO HISTÓRICO

006   ESTILO POÉTICO

007   ESTILO MUSICAL

008   ESTILO SAPIENCIAL

009   ESTILO PROFÉTICO

010   ESTILO PARABÓLICO

011   ESTILO EVANGÉLICO

012   ESTILO DOUTRINADOR

013   ESTILO APOCALIPTICO

===============

014   ESTILOS LITERAIS

015   ESTILOS SEMI-LITERAIS

016   ESTILOS FIGURADOS

017   ESTILOS METAFÓRICOS




018   019   020   

021   022   023   024   025   026   027   028   029   030   

031   032   033   034   035   036   037   038   039   040   

041   042   043   044   045   046   047   048   049   



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INTRODUÇÃO

          VÍDEO-001
Ler, estudar e entender a Bíblia com a atenção de identificar e respeitar os vários estilos usados pelos escritores bíblicos é importante por uma série de razões:

  1. Compreensão Contextual: Reconhecer os estilos ajuda a entender o contexto histórico, cultural e literário em que os textos foram escritos, o que é crucial para uma interpretação precisa.
  2. Interpretação Precisa: Cada estilo literário tem regras e convenções específicas. Identificar essas convenções ajuda a interpretar corretamente o texto.
  3. Respeito à Intenção do Autor: Respeitar o estilo permite que você se aproxime da mensagem do autor conforme pretendido, sem distorcê-la.
  4. Aplicação Prática: Entender os estilos ajuda a aplicar os ensinamentos da Bíblia de maneira mais relevante à vida cotidiana.
  5. Variedade de Gêneros: A Bíblia contém vários gêneros literários, como narrativas históricas, poesia, profecia, cartas, parábolas e apocalipse. Identificar esses gêneros melhora a compreensão.

              VÍDEO-002
  6. Apelo Estético: A Bíblia possui uma rica literatura que vale a pena apreciar por seu valor estético, independentemente das crenças religiosas.
  7. Preservação Cultural: Estudar os estilos ajuda a preservar a riqueza cultural e histórica contida na Bíblia.
  8. Diálogo Inter-religioso: Compreender os estilos ajuda no diálogo construtivo com pessoas de diferentes tradições religiosas.
  9. Conhecimento da História da Literatura: A Bíblia é uma parte importante da história da literatura mundial. Entender seus estilos contribui para o conhecimento literário.
  10. Conhecimento Teológico: A compreensão dos estilos ajuda na compreensão dos ensinamentos teológicos presentes na Bíblia.

              VÍDEO-003
  11. Respeito pela Diversidade: A Bíblia reflete uma diversidade de vozes e perspectivas. Reconhecer os estilos valoriza essa diversidade.
  12. Enriquecimento Espiritual: Muitas pessoas encontram inspiração e orientação espiritual na Bíblia, e a compreensão dos estilos pode enriquecer essa experiência.
  13. Respeito Cultural: Ao estudar a Bíblia de forma crítica, você pode respeitar as crenças e práticas de diferentes culturas que a consideram sagrada.

              VÍDEO-004
  14. Autoconhecimento: A leitura crítica da Bíblia pode levar à reflexão sobre suas próprias crenças e valores.
  15. Compreensão do Legado Religioso: A Bíblia exerceu uma influência duradoura na história da religião e da cultura ocidental. Compreender os estilos ajuda a apreciar esse legado.

              VÍDEO-005
  16. Tolerância Religiosa: Estudar os estilos pode promover a tolerância religiosa, pois ajuda a entender melhor as diferenças entre as tradições religiosas.

              VÍDEO-006
  17. Desenvolvimento de Habilidades Críticas: Analisar os estilos bíblicos desenvolve habilidades críticas de leitura e interpretação que são úteis em muitos contextos.
  18. Contribuição para a Educação: O estudo da Bíblia faz parte da educação em muitos lugares e é útil para acadêmicos e estudantes.

              VÍDEO-007
  19. Compromisso com a Fé: Para aqueles que têm fé, entender os estilos ajuda a fortalecer seu compromisso e entendimento de sua religião.
  20. Conhecimento Universal: A Bíblia é uma das obras mais amplamente lidas e estudadas no mundo. Conhecer seus estilos é, portanto, importante para o conhecimento geral.



BIBLIOGRAFIA

  • "How to Read the Bible as Literature" (Como Ler a Bíblia como Literatura) por Leland Ryken
  • "The Literary Structure of the Old Testament" (A Estrutura Literária do Antigo Testamento) por David A. Dorsey
  • "The Art of Biblical Narrative" (A Arte da Narrativa Bíblica) por Robert Alter
  • "Reading the Bible with Heart and Mind" (Lendo a Bíblia com Coração e Mente) por Tremper Longman III
  • "How to Read the Bible for All Its Worth" (Como Ler a Bíblia em Toda a Sua Plenitude) por Gordon D. Fee e Douglas Stuart
  • "A Handbook of Biblical Criticism" (Um Manual de Crítica Bíblica) por Richard N. Soulen e R. Kendall Soulen
  • "The Bible as Literature: An Introduction" (A Bíblia como Literatura: Uma Introdução) por John B. Gabel, Charles B. Wheeler e Anthony D. York


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ESTILO INTERPRETATIVO
textos aos hebreus, visavam fomentar supremacia sobre outras nações
textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões


1- O ESTILO...          VÍDEO-008

O estilo interpretativo encontrado nos capítulos 1 a 11 do Livro de Gênesis da Bíblia é um aspecto importante da tradição literária hebraica. Vou explicar em detalhes como esse estilo funciona e como ele se relaciona com o uso de textos de outras culturas para expressar o entendimento teológico do povo hebreu.

Estilo Interpretativo em Gênesis 1-11:
O estilo interpretativo nesses primeiros capítulos do Gênesis é uma forma de narração que combina elementos mitológicos, históricos e teológicos para explicar a origem do mundo e da humanidade, bem como a relação entre Deus e a humanidade. Esses capítulos contêm histórias como a criação do mundo, a queda do homem, o dilúvio e a Torre de Babel.

Características:
Narrativa Mítica: Os capítulos usam linguagem simbólica e mítica para transmitir verdades teológicas. Por exemplo, a criação em sete dias é uma estrutura literária que enfatiza a perfeição e o descanso divino, não necessariamente uma descrição literal dos eventos.

Teologia: O principal objetivo desses capítulos é transmitir ensinamentos teológicos sobre Deus, a natureza humana, o pecado e a salvação.

Histórias Universalizantes: Muitas das histórias têm um caráter universal, pretendendo explicar eventos que afetam toda a humanidade.

Uso de Textos de Outras Culturas:
É importante observar que os autores ou editores dos primeiros capítulos de Gênesis provavelmente tinham acesso a tradições e mitos de outras culturas antigas. Eles adaptaram e reinterpretaram essas histórias para expressar as crenças teológicas e a identidade do povo hebreu. Alguns exemplos disso incluem:

Paralelos com a Mitologia Mesopotâmica: Muitos estudiosos identificaram paralelos entre os relatos bíblicos e as histórias mitológicas mesopotâmicas, como a Epopeia de Gilgamesh e a Enuma Elish. Por exemplo, o dilúvio de Noé tem semelhanças notáveis com a história de Utnapishtim na Epopeia de Gilgamesh.

Adaptação Criativa: Os autores de Gênesis adaptaram essas histórias para enfatizar as crenças centrais do judaísmo, como a soberania de Deus, a responsabilidade humana e o papel escolhido do povo hebreu na história divina.

Propósito Teológico: O uso dessas histórias de outras culturas tinha o propósito de contextualizar as crenças e a teologia hebraica dentro do cenário cultural e histórico mais amplo da época.

Em resumo, o estilo interpretativo nos primeiros capítulos de Gênesis combina elementos mitológicos, históricos e teológicos para transmitir verdades teológicas e explicar a origem do mundo e da humanidade. Ao mesmo tempo, esses capítulos incorporam e reinterpretam histórias de outras culturas para expressar o entendimento teológico do povo hebreu, destacando a importância da sua relação com Deus e a sua identidade única.




2- AS CARACTERÍSTICAS...           VÍDEO-009

O estilo literário presente nos capítulos 1 a 11 do Livro de Gênesis, que descreve a criação e eventos anteriores ao surgimento dos patriarcas, é rico em características próprias. Abaixo, as características, juntamente com exemplos retirados dos textos desses capítulos:

  1. Linguagem Simbólica: Exemplo: A descrição dos "dias" da criação em Gênesis 1 usa uma linguagem simbólica para representar a ordem e a importância da criação.
  2. Repetição: Exemplo: A repetição da frase "E Deus viu que era bom" após cada dia da criação (Gênesis 1:4, 1:10, etc.).
  3. Criatividade Literária: Exemplo: A descrição poética da criação em Gênesis 1, que segue um padrão de organização e repetição.

               VÍDEO-010
  4. Antropomorfismo (atribuição de características humanas a Deus):Exemplo: "E Deus viu tudo o que tinha feito, e eis que era muito bom" (Gênesis 1:31).
  5. Histórias de Origem:Exemplo: A história da criação do homem e da mulher em Gênesis 2.

               VÍDEO-011
  6. Explicação de Nomes e Lugares:Exemplo: A explicação do nome "Éden" em Gênesis 2:8.
  7. Ênfase na Palavra de Deus: Exemplo: "E Deus disse..." (repetido várias vezes no relato da criação em Gênesis 1).
  8. Dualidade: Exemplo: A criação de seres em pares, como homem e mulher (Gênesis 1:27).
  9. Ênfase nas Bênçãos e Maldições: Exemplo: A maldição dada à serpente em Gênesis 3:14-15.

              VÍDEO-012
  10. Simbolismo das Árvores: Exemplo: A árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal em Gênesis 2-3.
  11. Genealogias: Exemplo: A genealogia que traça a descendência de Adão em Gênesis 5.

              VÍDEO-013
  12. Narrativas de Promessa e Quebra de Promessa: Exemplo: A promessa feita por Deus de um descendente a Abraão em Gênesis 12.
  13. Narrativa de Dilúvio Universal: Exemplo: A história do dilúvio e a construção da arca em Gênesis 6-9.
  14. Confusão Linguística: Exemplo: A história da Torre de Babel e a confusão das línguas em Gênesis 11.

              VÍDEO-014
  15. Culpa e Consequências: Exemplo: A expulsão de Adão e Eva do Éden devido ao pecado (Gênesis 3).
  16. Narrativas de Chamado: Exemplo: O chamado de Abraão para deixar sua terra e parentes (Gênesis 12:1-4).

              VÍDEO-015
  17. Ênfase na Aliança: Exemplo: Deus faz alianças com Noé (Gênesis 6:18) e Abraão (Gênesis 15:18).
  18. Exploração da Natureza Humana: Exemplo: A história de Caim e Abel, que explora a natureza humana e os conflitos fraternos (Gênesis 4).

              VÍDEO-016
  19. Narrativas de Teste e Fé: Exemplo: O teste de fé de Abraão ao ser instruído a sacrificar seu filho Isaac (Gênesis 22).
  20. Provisão Divina: Exemplo: Deus providencia um cordeiro para o sacrifício em lugar de Isaac (Gênesis 22:13).

Essas características são fundamentais para entender o estilo literário dos capítulos 1 a 11 de Gênesis. Elas contribuem para a riqueza da narrativa e a transmissão das crenças teológicas e morais fundamentais da tradição hebraica.






3- BIBLIOGRAFIA... 

"The Bible as Literature" de T. R. Henn.
"The Literary Structure of the Old Testament" de David A. Dorsey.
"Reading Genesis 1-2: An Evangelical Conversation" de J. Daryl Charles (Editor).
"The Lost World of Genesis One: Ancient Cosmology and the Origins Debate" de John H. Walton.
"Genesis 1-4: A Linguistic, Literary, and Theological Commentary" de C. John Collins.
"Reading Genesis: Ten Methods" de Ronald Hendel (Editor).
"Genesis: History, Fiction, or Neither?: Three Views on the Bible's Earliest Chapters" de Charles Halton (Editor).
"In the Beginning... We Misunderstood: Interpreting Genesis 1 in Its Original Context" de Johnny V. Miller e John M. Soden.
"The Book of Genesis: Composition, Reception, and Interpretation" de Craig A. Evans e Joel N. Lohr (Editores).
"Reading Genesis After Darwin" de Stephen C. Barton (Editor).
"Interpreting the Bible: Approaching the Text in Preparation for Preaching" de A. Berkeley Mickelsen.
"Ancient Near Eastern Thought and the Old Testament: Introducing the Conceptual World of the Hebrew Bible" de John H. Walton.
"Old Testament Parallels: Laws and Stories from the Ancient Near East" de Victor H. Matthews e Don C. Benjamin.
"From Paradise to the Promised Land: An Introduction to the Pentateuch" de T. Desmond Alexander.
"Genesis 1-11: A Handbook on the Hebrew Text" de Barry Bandstra.


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ESTILO GENEALÓGICO
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textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões


1- O ESTILO...           VÍDEO-018

O estilo ou gênero genealógico encontrado em livros como Gênesis, Números e outros textos do Antigo Testamento da Bíblia é uma forma literária e histórica de registrar as genealogias e árvores genealógicas das figuras bíblicas. Este estilo de escrita é caracterizado por listas de nomes, relações familiares e informações sobre a ascendência de personagens importantes na narrativa bíblica. 

Origem e Autoria:           VÍDEO-019

O estilo genealógico é comumente encontrado em textos do Antigo Testamento, particularmente em Gênesis (Livro da Gênesis) e Números (Livro dos Números).
A autoria destes livros, assim como muitos outros do Antigo Testamento, é uma questão de debate entre estudiosos. Tradicionalmente, Moisés é considerado o autor de Gênesis e parte dos textos do Pentateuco, enquanto Números é frequentemente associado à época da peregrinação dos israelitas no deserto.

No entanto, a autoria dos livros da Bíblia é frequentemente debatida, e muitos estudiosos acreditam que esses textos podem ter sido editados, compilados e escritos por várias pessoas ao longo de um período significativo de tempo, especialmente durante o exílio babilônico..


Uso das Genealogias:           VÍDEO-020

As genealogias desempenham um papel importante na Bíblia, especialmente em Gênesis, onde são usadas para traçar a linhagem de personagens desde Adão até figuras-chave como Abraão, Isaque, Jacó e José. Essas genealogias também ajudam a estabelecer a ascendência de grupos étnicos e nações.

Em relação ao objetivo de expressar privilégios de Israel sobre outras nações parentes de Abraão, é importante destacar que as genealogias servem para estabelecer a conexão histórica e espiritual dos israelitas com Abraão, que é considerado o pai fundador da fé judaica. Elas destacam a promessa divina de uma terra e bênçãos especiais para a descendência de Abraão (Gênesis 12:1-3), segundo o entendimento teológico de Moisés, diante das informações que recebeu de forma oral.

Devemos sempre lembrar que Jesus é a "Pedra de Esquina", o principal critério para compreender o que seja da Revelação de Deus ao mundo, não só a um povo, e o que foi apenas Acréscimos Humanos por parte de Moises e outros. Jesus não concordou que Israel eram filhos de Deus, nem povo dEle.


Contexto do Exílio Babilônico:           VÍDEO-021

Durante o exílio babilônico, que ocorreu no século VI a.C., muitos judeus foram levados cativos para a Babilônia após a destruição de Jerusalém. Nesse contexto, houve uma necessidade de preservar a identidade cultural e religiosa do povo judeu.

           VÍDEO-022
As genealogias desempenharam um papel importante na manutenção da identidade do povo judeu, pois ajudaram a rastrear a linhagem das principais famílias e sacerdotes, bem como a manter a memória da promessa divina de restauração.

O livro de Crônicas, por exemplo, contém genealogias detalhadas (pouco prováveis pois não havia escrita pré-diluviana) que remontam a Adão e que foram escritas ou compiladas durante ou após o exílio babilônico. Isso serviu para reforçar a continuidade da fé e da história judaicas.

Em resumo, o estilo genealógico na Bíblia é uma forma de registrar a ascendência e as conexões históricas entre figuras e grupos étnicos importantes. Além disso, essas genealogias são usadas para expressar a posição especial e superior de Israel como o povo escolhido de Deus, mantendo a sua identidade e fé, especialmente durante momentos desafiadores, como o exílio babilônico. Tudo isto, fruto de prepotência, e alimento a esta prepotência e arrogância que sempre marcaram a história desta nação no mundo.




2- AS CARACTERÍSTICAS...           VÍDEO-023

O estilo genealógico, presente nos textos do Velho Testamento da Bíblia, possui características distintas que o diferenciam de outros gêneros literários. A seguir, estão características próprias desse estilo, juntamente com alguns exemplos:

1. Lista de Nomes: Os textos genealógicos geralmente consistem em listas de nomes que descrevem a linhagem de personagens ou grupos.
Exemplo: Gênesis 5 apresenta a genealogia desde Adão até Noé.

           VÍDEO-024
2. Relações de Parentesco: Essas genealogias destacam as relações familiares, como pai para filho, avô para neto etc.
Exemplo: Em Gênesis 11:10-26, as relações entre Sem, Arfaxade e seus descendentes são descritas.

3. Identificação Étnica e Tribal: As genealogias frequentemente incluem informações étnicas ou tribais, destacando a origem e a afiliação de um grupo.
Exemplo: As genealogias de Números 1 e 2 identificam as tribos de Israel.

           VÍDEO-025
4. Cronologia: Muitas vezes, as genealogias incluem informações sobre a idade ou o tempo de vida dos indivíduos mencionados.
Exemplo: Gênesis 5:27 informa a idade de Matusalém, que viveu 969 anos.

5. Ênfase na Masculinidade: As genealogias frequentemente destacam os descendentes do sexo masculino, com menos foco nas mulheres.
Exemplo: Gênesis 5 e 11 listam principalmente homens na linhagem.

           VÍDEO-026
6. Ligação a Figuras Importantes: Genealogias frequentemente conectam indivíduos a figuras importantes da história bíblica.
Exemplo: A genealogia de Jesus em Mateus 1:1-16 liga-o a Abraão e Davi.

7. Preservação da Identidade Nacional: As genealogias ajudam a manter a identidade nacional e espiritual do povo, reforçando sua conexão com os antepassados.
Exemplo: As genealogias em Crônicas destacam a linhagem dos levitas e sacerdotes.

8. Legitimidade de Liderança: Elas são usadas para estabelecer a legitimidade da liderança, demonstrando conexões com líderes anteriores.
Exemplo: A genealogia de Davi em 1 Crônicas 3 estabelece sua linhagem real.

           VÍDEO-027
9. Propósito Teológico: Muitas genealogias servem para destacar a realização de promessas divinas ao longo das gerações.
Exemplo: A genealogia em Lucas 3:23-38 conecta Jesus à promessa de Deus a Davi.

10. Registro Histórico: Elas funcionam como registros históricos que documentam a continuidade de uma linhagem.
Exemplo: A genealogia dos sumos sacerdotes em 1 Crônicas 6 documenta a linhagem sacerdotal.

           VÍDEO-028
11. Narrativa Linear: Geralmente, as genealogias seguem uma narrativa linear que vai de um ponto de partida a um destino.
Exemplo: A genealogia de Jesus em Mateus 1 traça a linha de Abraão a José.

12. Propósito Étnico: Elas destacam a origem étnica de grupos específicos e suas reivindicações territoriais.
Exemplo: A genealogia das tribos de Israel em Números 26 demonstra sua origem.

           VÍDEO-029
13. Comparações Geracionais: Comparam gerações sucessivas para ilustrar a continuidade da linhagem.
Exemplo: A genealogia de Lucas 3 compara Jesus a Adão, destacando a conexão com a humanidade.

14. Identificação Geográfica: Algumas genealogias mencionam locais geográficos associados às diferentes gerações.
Exemplo: Gênesis 10 lista os descendentes de Noé com referências a territórios.

           VÍDEO-030
15. Relevância Espiritual: As genealogias são frequentemente usadas para destacar a relevância espiritual e a eleição divina dos indivíduos.
Exemplo: A genealogia de Davi enfatiza sua escolha por Deus como rei em 1 Samuel 16.

16. Conservação de Herança Cultural: Elas preservam a herança cultural e religiosa, destacando a tradição de adoração e fé.
Exemplo: As genealogias levíticas em 1 Crônicas 6 destacam a herança sacerdotal.

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17. Títulos e Epítetos: Algumas genealogias incluem títulos e epítetos que descrevem os indivíduos.
Exemplo: As genealogias de 1 Crônicas 4 incluem títulos como "príncipe dos sitritas".

18. Apontamento de Eventos Importantes: Genealogias podem apontar eventos ou marcos importantes na história.
Exemplo: Em Gênesis 5, as idades dos patriarcas são registradas juntamente com a nota de seu falecimento.

19. Foco na Transmissão de Bênçãos: Elas evidenciam a transmissão de bênçãos, especialmente quando promessas divinas são passadas de geração em geração.
Exemplo: A genealogia de Jacó e seus filhos em Gênesis 29-30 destaca a transmissão de bênçãos.

           VÍDEO-033
20. Contexto Teológico: As genealogias são inseridas em um contexto teológico, destacando a intervenção divina na história.
Exemplo: A genealogia de Jesus em Mateus 1 enfatiza o cumprimento de profecias messiânicas.

21. Superioridade Racial: As genealogias sempre vão mostrar a superioridade da linhagem que chegou a Jacó, sobre todas as demais linhagens mencionadas, visando alimentar o orgulho dos destinatários, e o compromisso deles com o Jeová entendido por Moisés.

Essas características ilustram como as genealogias desempenham um papel fundamental na Bíblia, fornecendo informações históricas, religiosas e culturais, e estabelecendo conexões entre as gerações e figuras-chave na narrativa bíblica.




3- BIBLIOGRAFIA... 

  • "A Commentary on the Book of Genesis" por Umberto Cassuto
  • "The Book of Numbers: A Commentary" por Martin Noth
  • "Genesis: A Commentary" por Bruce K. Waltke
  • "Exile and Restoration: A Study of Hebrew Thought of the Sixth Century B.C." por Peter R. Ackroyd
  • "The World of Ancient Israel: Societal, Political, and Religious Perspectives" editado por Ronald P. Vannoy
  • "The Genealogical World of Ancient Israel and the Near East: Patterns and Prospects" editado por Joel S. Kaminsky e Danile E. Fleming
  • "Ancient Israel's History: An Introduction to Issues and Sources" por Bill T. Arnold e Richard S. Hess
  • "The Ancestral Table: Genealogy and Food in Ancient Israel" por Kees Van Der Toorn
  • "NIV Application Commentary: 1 & 2 Chronicles" por Andrew E. Hill
  • "Kinship and Marriage in Genesis: A Household Economics Perspective" por Alice A. Keefe
  • "The Bible and the Ancient Near East: Collected Essays" por J. Maxwell Miller
  • "The New International Dictionary of the Old Testament: Abridged Edition" editado por Willem A. VanGemeren
  • "Biblical Genealogy: A Historical and Critical Enquiry" por Charles Peter Caspari
  • "An Introduction to the Old Testament: Sacred Texts and Imperial Contexts of the Hebrew Bible" por David M. Carr
  • "The Pentateuch as Narrative: A Biblical-Theological Commentary" por John H. Sailhamer



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ESTILO JURÍDICO
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1- O ESTILO...            VÍDEO-034

Estilo ou Gênero Jurídico no Texto Bíblico:
O estilo jurídico na Bíblia, especialmente no Pentateuco (os primeiros cinco livros atribuídos a Moisés - Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) e outras partes, reflete a natureza das leis, mandamentos e regulamentos estabelecidos para governar a comunidade e orientar a conduta do povo. Este estilo tem uma estrutura formal, consistindo em códigos e normas que regulam as relações sociais, civis e religiosas.

O livro do Êxodo
em particular, contém muitos exemplos de leis e regulamentos que foram atribuídos a Moisés. Estes incluem as leis dadas no Monte Sinai, que abrangem uma variedade de áreas, desde os Dez Mandamentos até questões civis e penais.

O Conselho de Jetro a Moisés:
Em Êxodo 18, Jetro, sogro de Moisés, visitou Moisés no deserto após a libertação dos israelitas do Egito. Jetro observou que Moisés estava sobrecarregado com o julgamento de questões e problemas que o povo de Israel trazia a ele. Jetro sugeriu um sistema judiciário mais eficiente: Moisés deveria delegar responsabilidades e autoridade, compartilhando a carga de governar o povo. Jetro recomendou que Moisés escolhesse líderes para ajudar na resolução de disputas menores, reservando apenas os casos mais complexos para ele próprio.

Esse conselho foi implementado por Moisés
refletindo um modelo eficaz de governança. Através desse conselho, Moisés, inspirado por Jetro, estabeleceu um sistema jurídico e administrativo que permitia o cumprimento das leis e regulamentos para governar a nação recém-formada.

As sugestões de Jetro a Moisés
desempenharam um papel significativo na elaboração de leis civis, religiosas e penais. Moisés usou esse conselho para criar uma estrutura legal e administrativa que refletisse a vontade de Deus, preservando a ordem social e garantindo a justiça para o povo de Israel.

Essa estrutura jurídica
modelada em parte pelas sugestões de Jetro a Moisés, forneceu as bases para os princípios legais e religiosos que governaram a sociedade israelita, moldando sua identidade nacional e sua relação com Deus. Este estilo jurídico na Bíblia é crucial para a compreensão da formação e organização da antiga nação de Israel e tem implicações significativas no desenvolvimento posterior da teologia e da ética religiosa.




2- AS CARACTERÍSTICAS...            VÍDEO-035

O estilo jurídico, evidente em todo o Velho Testamento, é caracterizado por uma série de elementos que refletem sua natureza legal e normativa. Aqui estão 20 características proeminentes deste estilo e exemplos de sua presença nos textos do Velho Testamento:

  1. Prescrições e Proibições Claras: Leis são expressas de forma direta, delineando o que é permitido e o que é proibido. Exemplo: Os Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17).
  2. Detalhamento das Leis: Muitas leis são altamente detalhadas, cobrindo diversas áreas da vida, incluindo questões civis, penais e religiosas. Exemplo: Leis de pureza em Levítico 11, detalhando quais alimentos são puros e impuros.
  3. Formato de Código: Muitas leis seguem um formato de código, apresentando uma lista de normas específicas. Exemplo: As leis do Código da Aliança (Êxodo 21-23).
  4. Sanções e Penalidades Definidas: Consequências claras são estabelecidas para o cumprimento ou violação das leis. Exemplo: Sanções para diferentes tipos de crimes (Levítico 20).

                VÍDEO-036
  5. Ênfase na Justiça Restaurativa: As leis frequentemente buscam restaurar a ordem social e corrigir injustiças. Exemplo: Restituição para vítimas (Êxodo 22:1-15).
  6. Base Moral e Religiosa: Muitas leis estão enraizadas em princípios morais e religiosos. Exemplo: Proibição da idolatria (Deuteronômio 5:7-10).
  7. Procedimentos Judiciais Estabelecidos: Processos legais são definidos para casos civis e penais. Exemplo: Procedimentos para testemunhas e julgamentos (Deuteronômio 19:15-21).

                VÍDEO-037
  8. Cuidado com os Vulneráveis: Muitas leis visam proteger os menos favorecidos da sociedade. Exemplo: Leis sobre os pobres e estrangeiros (Deuteronômio 24:17-22).
  9. Leis sobre Propriedade e Herança: Normas relacionadas a propriedade, posse e herança são comuns. Exemplo: Leis sobre herança (Números 27:1-11).

                VÍDEO-038
  10. Contratos e Acordos: Regras para contratos e acordos são estabelecidas. Exemplo: Acordos e juramentos (Levítico 19:12).
  11. Conceitos de Pureza e Santidade: Leis que regulam a pureza ritual e a santidade são frequentes. Exemplo: Leis de purificação em Levítico.
  12. Instituições Sociais Reguladas: Leis sobre casamento, família e relações sociais são apresentadas. Exemplo: Leis sobre casamento e divórcio (Deuteronômio 24).

                VÍDEO-039
  13. Ordem Cronológica e Organização Temática: As leis são frequentemente organizadas por tema ou em uma ordem cronológica lógica. Exemplo: Ordem nos mandamentos do Decálogo (Êxodo 20).
  14. Repetição para Ênfase: Certas leis são repetidas para enfatizar sua importância. Exemplo: Repetição dos Dez Mandamentos em Deuteronômio 5.

                VÍDEO-040
  15. Abordagem Progressiva e Adaptável: Algumas leis mostram uma progressão ou adaptação para situações específicas. Exemplo: A instituição do Jubileu (Levítico 25).
  16. Discurso Direto de Deus: Alguns textos apresentam diretamente as leis como se fossem declarações de Deus. Exemplo: Proclamação dos mandamentos no Monte Sinai (Êxodo 20).

                VÍDEO-041
  17. Paternidade da Legislação: Muitas leis são atribuídas a Moisés como o mediador das leis de Deus. Exemplo: Lei do sacrifício de Páscoa (Êxodo 12).

                VÍDEO-042
  18. Foco na Responsabilidade Individual e Coletiva: As leis abordam tanto a responsabilidade individual quanto a coletiva da comunidade. Exemplo: Responsabilidade coletiva por pecados (Levítico 4).

                VÍDEO-043
  19. Regulamentação do Culto e dos Sacrifícios: Leis referentes ao culto e sacrifícios são detalhadas. Exemplo: Leis sobre sacrifícios no tabernáculo (Levítico 1-7).
  20. Estruturação do Povo como Nação: As leis desempenham um papel fundamental na estruturação do povo de Israel como uma nação. Exemplo: Estabelecimento das leis antes da entrada na Terra Prometida (Deuteronômio).

Essas características são fundamentais para compreender a natureza das leis presentes no Velho Testamento e sua importância na formação da identidade e da sociedade israelita.




3- BIBLIOGRAFIA... 

"The Meaning of the Pentateuch: Revelation, Composition and Interpretation" por John H. Sailhamer
"Ancient Near Eastern Thought and the Old Testament: Introducing the Conceptual World of the Hebrew Bible" por John H. Walton
"Introduction to the Old Testament as Scripture" por Brevard S. Childs
"The Torah: A Modern Commentary" (comentário da Torá) por W. Gunther Plaut
"The IVP Bible Background Commentary: Old Testament" por John H. Walton e Victor H. Matthews
"Old Testament Law for Christians: Original Context and Enduring Application" por Roy E. Gane
"The Ten Commandments: Interpretation, Resources for the Use of the Decalogue in Christian Life" por Patrick D. Miller
"The Book of Leviticus: Composition and Reception" por Rolf Rendtorff e Robert A. Kugler
"The Decalogue and a Human Future: The Meaning of the Commandments for Making and Keeping Human Life Human" por William L. Holladay
"Interpreting the Pentateuch: An Exegetical Handbook" por Peter T. Vogt
"Holiness to the Lord: A Guide to the Exposition of the Book of Leviticus" por Allen P. Ross
"Law, Power, and Justice in Ancient Israel" por Douglas A. Knight
"The Priestly Vision of Genesis 1" por Mark S. Smith
"The Covenant Code of the Priestly Tradition: Text, Context, Structure, and Significance" por Raymond Westbrook
"Deuteronomy" (Word Biblical Commentary) por Duane L. Christensen


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ESTILO HISTÓRICO
textos aos hebreus, visavam fomentar supremacia sobre outras nações
textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões



ANTIGO TESTAMENTO             VÍDEO-044

Estilo ou Gênero Histórico no Velho Testamento:
O estilo histórico encontrado em livros como Josué, Juízes, Rute, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis, 2Reis, 1Crônicas, 2Crônicas, Esdras, Neemias e Ester é caracterizado por narrativas que registram eventos, genealogias, conquistas, juízes, reis e outros aspectos históricos do povo de Israel. Esses textos não apenas contam a história, mas frequentemente incorporam interpretações teológicas, destacando a relação entre Deus e seu povo.

Exemplos:

Josué: Descreve a conquista da Terra Prometida após a morte de Moisés.
1 e 2 Samuel: Narram a história dos primeiros reis de Israel, especialmente Davi.

             VÍDEO-045
1 e 2 Reis: Continuam a narrativa dos reinos de Israel e Judá, destacando os profetas.
Teologia da Mão de Deus na História de Israel:
O objetivo desse estilo histórico é expressar a teologia da providência divina, mostrando como a mão de Deus estava ativa na história de Israel, guiando eventos para cumprir Seus propósitos. Essa teologia destaca a fidelidade de Deus em relação à aliança feita com Israel, mesmo diante de suas falhas.

Exemplos:             VÍDEO-046

  1. Conquista de Canaã: A entrada e conquista da Terra Prometida são apresentadas como a realização das promessas divinas a Abraão.
  2. Reinado de Davi: O estabelecimento do reino de Davi é visto como o cumprimento da promessa de um reinado eterno para a linhagem de Davi (2 Samuel 7).

                 VÍDEO-047
  3. Juízes e Profetas: A narrativa destaca como Deus enviou juízes e profetas para corrigir e orientar Israel, mesmo em momentos de apostasia.
  4. Considerando o período do exílio babilônico e a subsequente espera por um messias político, é importante observar que o Velho Testamento, em sua complexidade, apresenta diversas expectativas messiânicas. Enquanto alguns textos indicam um messias conquistador e governante, outros sugerem um messias sofredor e redentor.

A ideia de que Jesus não seria o messias político esperado pelo judaísmo da época é uma interpretação comum, especialmente entre aqueles que rejeitam a aceitação de Jesus como o Messias. As expectativas messiânicas judaicas variavam, e muitos não reconheceram em Jesus o cumprimento dessas expectativas políticas, o que contribuiu para a sua rejeição por segmentos da sociedade judaica.

Autores Possíveis:              VÍDEO-048

  1. Samuel: Tradicionalmente atribuído à autoria de Juízes, 1 e 2 Samuel.
  2. Jeremias: Algumas partes de 2 Reis e os livros de Jeremias e Lamentações podem ter sido influenciados por suas reflexões teológicas.
  3. Esdras: A ele é atribuída a autoria dos livros de Esdras e possivelmente Neemias.


Bibliografia

"Introduction to the Old Testament" por Tremper Longman III e Raymond B. Dillard
"A Survey of the Old Testament" por Andrew E. Hill e John H. Walton
"The Message of the Old Testament: Promises Made" por Mark Dever
"An Introduction to the Old Testament Historical Books" por David M. Howard Jr.
"The Theology of the Book of Jeremiah" por Walter Brueggemann
"Ezra, Nehemiah, and Esther" (Tyndale Old Testament Commentaries) por Derek Kidner
"A Theological Introduction to the Old Testament" por Bruce C. Birch, Walter Brueggemann, Terence E. Fretheim, e David L. Petersen
"Joshua, Judges, and Ruth" (Tyndale Old Testament Commentaries) por D. G. Firth
"From Paradise to the Promised Land: An Introduction to the Pentateuch" por T. Desmond Alexander
"Interpreting the Historical Books: An Exegetical Handbook" por Robert B. Chisholm Jr.



              VÍDEO-049
2- AS CARACTERÍSTICAS... 

O estilo histórico presente nos livros de Josué, Juízes, Rute, 1 Samuel, 2 Samuel, 1 Reis, 2 Reis, 1 Crônicas, 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester compartilha várias características que são típicas de narrativas históricas na Bíblia. Aqui estão características proeminentes, juntamente com alguns exemplos:

  1. Narrativa Cronológica: Os eventos são frequentemente apresentados em ordem cronológica, seguindo a sequência dos acontecimentos. Exemplo: A narrativa da conquista de Jericó em Josué 6.
  2. Uso de Genealogias: Introdução de personagens e linhagens através de genealogias, estabelecendo conexões familiares e históricas. Exemplo: A genealogia de Davi em Rute 4:18-22.

                  VÍDEO-050
  3. Ênfase em Líderes e Reis: Narrativas frequentemente destacam líderes, juízes e reis como figuras-chave na história de Israel. Exemplo: A história do juiz Gideão em Juízes 6-8.
  4. Conflitos e Batalhas: Descrições detalhadas de conflitos, batalhas e guerras, ressaltando a luta do povo de Israel. Exemplo: As batalhas lideradas por Davi contra os filisteus em 1 Samuel 17.

                  VÍDEO-051
  5. Mensagens Proféticas: A inclusão de mensagens e oráculos proféticos que interpretam os eventos históricos à luz da vontade divina. Exemplo: Profecias de Natã sobre a casa de Davi em 2 Samuel 7.

                  VÍDEO-052
  6. Ciclos de Apostasia e Redenção: Padrões repetitivos de apostasia do povo de Deus, seguidos por julgamento e redenção. Exemplo: Os ciclos de apostasia e salvação em Juízes.

                  VÍDEO-053
  7. Retrato da Condição Humana: Mostra a natureza humana, incluindo triunfos, falhas e a necessidade de redenção. Exemplo: A história de Rute, uma estrangeira que se torna ancestral do rei Davi.

                  VÍDEO-054
  8. Destaque para Mulheres: Algumas narrativas dão destaque a mulheres, mostrando sua importância na história de Israel. Exemplo: A história de Rute.

                  VÍDEO-055
  9. Uso de Testemunhas e Registros: A inclusão de testemunhas e registros escritos para autenticar eventos históricos. Exemplo: Registros em 1 Reis 11:41 e 2 Crônicas 16:11.
  10. Ênfase em Alianças: Destaque para alianças entre Deus e Seu povo, delineando expectativas e promessas. Exemplo: A aliança com Davi em 2 Samuel 7.

                  VÍDEO-056
  11. Interligação com Livros Anteriores: Referências a eventos e personagens de livros anteriores, formando uma continuidade na narrativa. Exemplo: A conexão entre Juízes e Rute.
  12. Detalhes Arquitetônicos e Construtivos: Descrições detalhadas de projetos de construção e arquitetura, como o Templo de Salomão. Exemplo: Descrição do Templo em 1 Reis 6-7.

                  VÍDEO-057
  13. Retrato de Povos Vizinhos: Inclusão de informações sobre povos vizinhos e interações com eles. Exemplo: A história de Rute e Boaz, mostrando uma perspectiva positiva sobre os moabitas.

                  VÍDEO-058
  14. Uso de Fontes Antigas: A possível incorporação de fontes históricas e crônicas na composição dos livros. Exemplo: Referências a "Os Atos de Salomão" em 1 Reis 11:41.

                  VÍDEO-059
  15. Destaque para Obediência e Desobediência: Mostra as consequências da obediência ou desobediência às leis divinas. Exemplo: O reinado de Salomão e suas consequências em 1 Reis 11.

                  VÍDEO-060
  16. Inclusão de Milagres e Intervenções Divinas: Narrativas incluem eventos miraculosos e intervenções diretas de Deus na história. Exemplo: A intervenção divina na batalha de Josué em Jericó.

                  VÍDEO-061
  17. Ênfase na Providência Divina: Mostra como Deus guia e dirige os eventos para cumprir Seus propósitos. Exemplo: A história de Ester, mostrando a providência divina em meio a eventos aparentemente casuais.

                  VÍDEO-062
  18. Registro de Censos e Números: Inclusão de censos e registros numéricos para documentar a população e eventos. Exemplo: O censo em Números 1.

                  VÍDEO-063
  19. Reconhecimento do Pecado e Arrependimento: Narrativas frequentemente destacam o pecado, arrependimento e a busca por perdão divino. Exemplo: Arrependimento de Davi após seu pecado com Bate-Seba em 2 Samuel 12.
  20. Abordagem Seletiva e Temática: A narrativa é seletiva e temática, enfatizando aspectos específicos da história de Israel. Exemplo: O foco em reconstrução e restauração em Esdras e Neemias.

Essas características combinadas formam um estilo histórico único que serve não apenas para relatar eventos passados, mas também para transmitir a teologia e a compreensão de Deus na história de Israel.



3- BIBLIOGRAFIA...

"A Survey of the Old Testament" por Andrew E. Hill e John H. Walton
"Introduction to the Old Testament as Scripture" por Brevard S. Childs
"Ancient Near Eastern Thought and the Old Testament: Introducing the Conceptual World of the Hebrew Bible" por John H. Walton
"From Paradise to the Promised Land: An Introduction to the Pentateuch" por T. Desmond Alexander
"A History of Israel" por John Bright
"Old Testament History" por William W. Holladay
"Israel's History and the History of Israel" por Mario Liverani
"An Introduction to the Old Testament Historical Books" por David M. Howard Jr.
"The Israelites in History and Tradition" por Niels Peter Lemche
"The Oxford History of the Biblical World" por Michael D. Coogan
"The Historical Books: Interpreting Biblical Texts Series" por Richard D. Nelson
"Who Were the Early Israelites and Where Did They Come From?" por William G. Dever
"Reading the Historical Books: A Student's Guide to Engaging the Biblical Text" por Patricia Dutcher-Walls
"The Bible as History: Second Revised Edition" por Werner Keller
"The Old Testament: A Historical and Literary Introduction to the Hebrew Scriptures" por Michael D. Coogan


NOVO TESTAMENTO               VÍDEO-064

4. O Livro de Atos de Apóstolos: Um Estilo Literário Histórico

O livro de Atos dos Apóstolos, escrito por Lucas, é amplamente reconhecido como um trabalho histórico dentro do Novo Testamento. Este livro fornece uma narrativa detalhada dos eventos que se seguiram à ressurreição de Jesus Cristo e o impacto do Espírito Santo na formação da igreja cristã primitiva.



5. Características do Estilo Histórico em Atos:                VÍDEO-065

  1. Enfoque na Expansão da Igreja: Ao contrário do Antigo Testamento, que abrange um período mais longo e foca principalmente na história de Israel, Atos concentra-se na disseminação do cristianismo desde Jerusalém até Roma.
  2. Destaque para Indivíduos e Viagens: Atos destaca eventos cruciais na vida dos apóstolos, como as viagens missionárias de Paulo, proporcionando uma visão mais pessoal dos protagonistas da história cristã.

                    VÍDEO-066
  3. Registro de Eventos Significativos: O livro registra eventos cruciais, como o Pentecostes, a conversão de Paulo e os concílios da igreja primitiva, oferecendo uma cronologia clara dos primeiros anos da comunidade cristã.
  4. Ênfase na Atuação do Espírito Santo: O papel do Espírito Santo é central em Atos, guiando e capacitando os apóstolos para o cumprimento da missão cristã.

                    VÍDEO-067
  5. Estilo Narrativo e Descritivo: Lucas utiliza um estilo narrativo e descritivo para contar a história da igreja, destacando detalhes e circunstâncias que moldaram o movimento cristão inicial.
  6. Discurso Direto e Registros Detalhados: Atos inclui discursos diretos, como os de Pedro e Paulo, fornecendo registros detalhados de seus ensinamentos e defesas.

                    VÍDEO-068
  7. Integração de Elementos Teológicos: Embora seja um livro histórico, Atos integra elementos teológicos, mostrando como a ação divina moldou os eventos históricos da igreja primitiva.

                    VÍDEO-069
  8. Interação com o Império Romano: Atos destaca a interação da igreja com o Império Romano, incluindo os julgamentos de Paulo e a proclamação do Evangelho em contextos urbanos.
  9. Mudança de Foco do Templo para a Comunidade Cristã: Ao contrário do Antigo Testamento, onde o Templo é central, Atos destaca a importância da comunidade cristã como o novo centro de adoração e comunhão.

                    VÍDEO-070
  10. Ênfase na Universalidade do Evangelho: Atos destaca a universalidade do Evangelho, mostrando como ele se estende além das fronteiras culturais e étnicas, como resultado da crença da supremacia do cristianismo sobre todas as demais religiões no mundo.


                VÍDEO-071
6. Influência Helênica e Diferenças Culturais:

A influência helênica em Atos é evidente nas abordagens literárias e filosóficas de Lucas. Enquanto o Antigo Testamento reflete uma visão mística hebraica, Atos, escrito por um autor grego, incorpora uma visão mais filosófica e racional. Isso se reflete na estrutura narrativa mais detalhada, na ênfase em discursos persuasivos e na abordagem mais direta à razão e à lógica.

A visão mística hebraica, que muitas vezes se expressa por meio de símbolos e imagens, é substituída pela abordagem mais analítica e descritiva dos eventos. A filosofia helênica também influencia a apresentação da mensagem cristã de uma maneira mais acessível aos pensadores gregos, enfatizando princípios universais e éticos.



7. Bibliografia 

"The Book of Acts in the Setting of Hellenistic History" por Colin J. Hemer
"Acts: An Exegetical Commentary" (4 Volumes) por Craig S. Keener
"The Acts of the Apostles: A Socio-Rhetorical Commentary" por Ben Witherington III
"Paul: A Biography" por N.T. Wright
"The Theology of the Book of Acts" por I. Howard Marshall
"Ancient Christian Commentary on Scripture: Acts" por Francis Martin e William C. Weinrich
"Acts: A Commentary" por Joseph A. Fitzmyer
"Luke-Acts: Theological Commentary on the Bible" por Willie James Jennings
"Reading Acts: A Literary and Theological Commentary" por Charles H. Talbert
"A Theology of Luke and Acts: God's Promised Program, Realized for All Nations" por Darrell L. Bock




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                VÍDEO-072
ESTILO POÉTICO
textos aos hebreus, visavam fomentar supremacia sobre outras nações
textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões


1. O Estilo Poético nos Livros de Jó e Lamentações:

O estilo poético presente nos livros de Jó e Lamentações contribui para uma expressão artística e emocional das experiências humanas diante do sofrimento e da relação com Deus. Esses livros, possivelmente associados a Esdras e Jeremias, exploram as dimensões teológicas e emocionais por meio de uma forma literária distinta.


2. O Objetivo do Estilo Poético em Jó e Lamentações:

Jó: Introdução da Ideia Teológica da Existência do Diabo e Origem do Mal:
O livro de Jó utiliza a prosa poética para abordar a questão do sofrimento humano, introduzindo a ideia teológica da existência do Diabo como uma entidade separada de Deus. A narrativa explora a origem do mal, desafiando a crença convencional de que todo sofrimento era uma punição divina. A prosa poética permite uma expressão mais profunda das complexidades teológicas e filosóficas relacionadas à natureza do sofrimento.

Lamentações: Decepção de Deus com Israel por sua Incredulidade e Desobediência:
Em Lamentações, o estilo poético é empregado para expressar a decepção profunda que Deus sente em relação a Israel. As lamentações poéticas destacam as incredulidades e desobediências do povo escolhido, revelando um Deus compassivo, mas também afetado pelas ações de Seu povo. A escolha da prosa poética permite uma comunicação emocional e artística desse lamento, transmitindo a tristeza e a compaixão divina diante das falhas humanas.

Ambos os livros, apesar de suas diferenças temáticas, compartilham a característica de utilizar a poesia para transmitir não apenas informações, mas também as emoções, dilemas teológicos e as complexidades das relações humanas com o divino. Esse estilo literário proporciona uma profundidade e uma riqueza que vão além da simples narração, convidando os leitores a refletirem sobre questões essenciais da existência e da fé.



2- AS CARACTERÍSTICAS...                 VÍDEO-073

O estilo poético em Jó e Lamentações é rico em características distintas que contribuem para a expressão artística, emocional e teológica desses livros. Aqui estão 20 características próprias deste estilo, com exemplos:

1. Paralelismo: Versos são frequentemente organizados em pares, onde a segunda linha ecoa, complementa ou contrasta com a primeira. Exemplo em Jó 5:17: "Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus castiga."

2. Imagens Vívidas: Uso de linguagem pictórica e simbólica para transmitir significados profundos. Exemplo em Jó 7:6: "Os meus dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão."

3. Metáforas Poéticas: Uso de metáforas para descrever realidades complexas. Exemplo em Lamentações 1:1: "Como se acha deserta a cidade outrora tão populosa!"

4. Expressões de Lamento: Os lamentos são uma característica fundamental, expressando tristeza, dor e desespero. Exemplo em Lamentações 1:16: "Por estas coisas choro; os meus olhos, os meus olhos se desfazem em água."

                 VÍDEO-074
5. Diálogo Poético: Interação poética entre personagens, como no diálogo entre Jó e seus amigos, marcando uma característica dramática. Exemplo em Jó 3:1-2: "Depois disto, abriu Jó a boca e amaldiçoou o seu dia... Respondeu Jó e disse."

6. Estrutura Acrostica: Em Lamentações, alguns capítulos apresentam estruturas acrósticas, com cada verso começando com uma letra específica do alfabeto hebraico.

7. Expressões de Desolação: A descrição de desolação e ruína é comum, refletindo o contexto de sofrimento. Exemplo em Lamentações 1:4: "As estradas de Sião estão de luto, porque ninguém vem às suas festas solenes."

                 VÍDEO-075
8. Interrogações Retóricas: Perguntas sem resposta imediata, que provocam reflexão. Exemplo em Jó 14:14: "Se o homem morrer, tornará a viver?"

9. Estrutura Poética: O uso de padrões rítmicos e métricos que contribuem para a musicalidade do texto. Exemplo em Lamentações 3:22-23: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos."

10. Súplicas Poéticas: O recurso à oração e súplica expressas poeticamente. Exemplo em Jó 10:20: "Antes que me vá e não torne mais, à terra da escuridão e da sombra da morte."

                 VÍDEO-076
11. Jogo de Palavras: Uso criativo e elaborado de palavras, muitas vezes explorando seus significados múltiplos. Exemplo em Lamentações 1:5: "Herodes levou cativo."

                 VÍDEO-077
12. Uso de Refrões: A repetição de linhas ou palavras-chave para enfatizar ideias-chave. Exemplo em Lamentações 5:21: "Renova os nossos dias como dantes."

13. Exclamações Poéticas: Uso de exclamações para enfatizar sentimentos intensos. Exemplo em Lamentações 3:19: "Lembra-te da minha aflição e do meu pranto."

14. Personificação: Atribuição de características humanas a objetos, conceitos ou animais. Exemplo em Jó 12:7-8: "Fala aos animais, e eles te instruirão."

                 VÍDEO-078
15. Contrastes Poéticos: Uso de oposições para ressaltar pontos de vista ou experiências. Exemplo em Jó 25:4: "Como, pois, seria justo o homem perante Deus?"

                 VÍDEO-079
16. Hinos de Louvor e Lamento: Alternância entre seções de lamento profundo e hinos de confiança e louvor. Exemplo em Jó 1:21: "Nu saí do ventre de minha mãe, e nu tornarei para lá."

                 VÍDEO-080
17. Tensão Literária: Introdução de tensões literárias que desafiam interpretações simplistas. Exemplo em Jó 1:8: "Consideraste o meu servo Jó?"

18. Uso de Alegorias: Utilização de narrativas simbólicas para comunicar verdades profundas. Exemplo em Lamentações 2:17: "O Senhor fez o que intentou, cumpriu a sua palavra."

                 VÍDEO-081
19. Invocação Poética: Chamada a seres divinos ou elementos naturais, frequentemente marcando um tom solene. Exemplo em Jó 38:7: "E as estrelas da alva juntas alegremente cantaram."

20. Estrutura Quiasmática: Em algumas passagens, há estruturas quiasmáticas, onde elementos são dispostos em padrões simétricos, enfatizando o centro da composição.

Essas características evidenciam a riqueza poética desses livros, oferecendo uma variedade de recursos literários para expressar as profundezas das experiências humanas, teológicas e emocionais.




3- BIBLIOGRAFIA... 

"Poetry and Wisdom" por James L. Crenshaw
"The Book of Job: A Contest of Moral Imaginations" por Carol A. Newsom
"A Theological Introduction to the Old Testament: 2nd Edition" por Bruce C. Birch, Walter Brueggemann, Terence E. Fretheim, David L. Petersen
"Job: A New Translation" por Edward L. Greenstein
"Lamentations: A Commentary" por Adele Berlin
"The Book of Job: A Commentary" por Norman C. Habel
"The Book of Job and the Immanent Genesis of Transcendence" por Lévinas, Emmanuel
"Lamentations and the Tears of the World" por Kathleen M. O'Connor
"Iyyov (Job): A New Translation with a Commentary Anthologized from Talmudic, Midrashic, and Rabbinic Sources" por Aryeh Kaplan
"A Theological Introduction to the Book of Psalms: The Psalms as Torah" por J. Clinton McCann Jr.
"The Art of Biblical Poetry" por Robert Alter
"Lamentations: Two Horizons Old Testament Commentary" por Robin A. Parry
"Psalms: The Prayer Book of the Bible" por Dietrich Bonhoeffer
"Reading Job: A Literary and Theological Commentary" por John H. Walton
"Psalms: Old and New - Exegesis, Intertextuality, and Hermeneutics" por Ben Witherington III



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                 VÍDEO-082
ESTILO MUSICAL
textos aos hebreus, visavam fomentar supremacia sobre outras nações
textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões



O estilo musical encontrado nos Salmos da Bíblia é diverso e multifacetado, refletindo uma gama de emoções e propósitos espirituais. A autoria dos Salmos é atribuída a vários autores, incluindo Davi, Asafe, Salomão e outros levitas: 

MARCAS IMPORTANTES

Variedade Musical:
Os Salmos apresentam uma variedade de estilos musicais, incluindo hinos de louvor, lamentações, cânticos de confiança, e agradecimentos. Cada tipo de Salmo serve a um propósito específico, proporcionando uma riqueza de expressão musical na adoração.

Instrumentação:
Embora os Salmos frequentemente mencionem instrumentos musicais como harpas, liras e címbalos, a Bíblia não oferece uma descrição detalhada da música utilizada. No entanto, é claro que a música tinha um papel fundamental na adoração do templo.

                 VÍDEO-083
Versatilidade das Letras:
As letras dos Salmos são ricas em linguagem poética e simbólica. Elas abordam uma variedade de temas, desde a natureza e a criação até a adoração a Deus e as experiências pessoais dos salmistas.

Uso de Repetição e Paralelismo: 
Muitos Salmos empregam técnicas poéticas como a repetição e o paralelismo, criando um ritmo e uma melodia natural nas palavras, facilitando a memorização e o canto congregacional.

                 VÍDEO-084
Canto Congregacional e Levítico: 
Os Salmos foram projetados para serem cantados em comunidade. Eles serviam como uma forma de envolver toda a congregação na adoração a Deus, expressando coletivamente sentimentos de gratidão, confissão, súplica e louvor. Os levitas desempenhavam um papel crucial na execução da música no templo, liderando o canto congregacional e tocando instrumentos durante os serviços religiosos.

Expressão de Adoração e Louvor:
Muitos Salmos são expressões diretas de louvor e adoração a Deus. Eles destacam a grandeza de Deus, Seus feitos poderosos e Seu amor inabalável. Exemplo: Salmo 150 é um exemplo de um Salmo de louvor que exorta a adoração com diversos instrumentos musicais.

Gratidão e Ações de Graças:
Alguns Salmos são dedicados a expressar gratidão por bênçãos recebidas. Os salmistas frequentemente agradecem a Deus por Sua fidelidade e livramento. Exemplo: Salmo 103 é um Salmo de ação de graças que celebra as misericórdias e benefícios de Deus.

                 VÍDEO-085
Lamentação e Súplica:
Outros Salmos servem como expressões de lamento e súplica, onde os salmistas buscam consolo e ajuda divina em tempos de angústia. Exemplo: Salmo 22 é um Salmo de lamento que expressa a sensação de abandono, mas também a confiança na intervenção divina.

Ensino e Reflexão Teológica:
Muitos Salmos também têm um caráter didático, ensinando princípios éticos, teológicos e morais. Eles incentivam a meditação na Palavra de Deus. Exemplo: Salmo 1 é um Salmo de ensino que contrasta o caminho do justo com o do ímpio.

Celebração da Criação e Natureza:
Alguns Salmos celebram a criação e a natureza como testemunhas da grandeza de Deus. Exemplo: Salmo 19 exalta a revelação divina na natureza e na Palavra de Deus.

                 VÍDEO-086
Canto Profético e Messianismo:
Alguns Salmos têm conotações messiânicas, apontando para o futuro Messias. Exemplo: Salmo 110 é frequentemente interpretado como messiânico, referindo-se ao reinado eterno de um Rei-Sacerdote.

Foco na Devoção Pessoal e Comunitária:
Os Salmos refletem tanto a devoção pessoal quanto a comunitária. Eles são a expressão do relacionamento íntimo do indivíduo com Deus, mas também são compartilhados e cantados em conjunto. Exemplo: Salmo 42 é um Salmo de devoção pessoal que expressa anseios por Deus.

Em resumo, o estilo musical dos Salmos é um reflexo diversificado das experiências espirituais e emocionais dos salmistas. Sua versatilidade permite que sejam utilizados em uma variedade de contextos litúrgicos, desde a adoração congregacional até a expressão pessoal de devoção. Esses Salmos continuam a ser uma fonte rica de inspiração e louvor na tradição judaico-cristã.


CARACTERÍSTICAS                  VÍDEO-087

O estilo musical presente nos Salmos e em partes dos livros de Crônicas é ricamente diversificado e reflete várias características distintas. A seguir, descrevo em detalhes 20 características próprias desse estilo musical, juntamente com exemplos específicos dos textos registrados em Salmos e Crônicas:

  1. Diversidade de Gêneros Musicais: Os Salmos abrangem uma variedade de gêneros musicais, incluindo hinos de louvor, lamentações, cânticos de confiança e ações de graças. Exemplo: Salmo 23 é um hino de confiança e proteção.

                      VÍDEO-088
  2. Expressão de Emoções Intensas: Os Salmos frequentemente expressam emoções intensas, desde alegria e gratidão até tristeza e lamento. Exemplo: Salmo 42 reflete um anseio profundo por Deus.
  3. Utilização de Poéticas Figurativas: A linguagem poética e figuras de linguagem são comuns, enriquecendo as composições musicais. Exemplo: Salmo 19 utiliza metáforas como o sol "como noivo que sai dos seus aposentos" para descrever a majestade de Deus.
  4. Invocação ao Público e Congregação: Muitos Salmos incluem chamados à congregação para louvar e adorar junto. Exemplo: Salmo 100 é uma invocação à terra inteira para adorar o Senhor com alegria.

                      VÍDEO-089
  5. Instrumentação Mencionada: Alguns Salmos mencionam instrumentos musicais, evidenciando o uso de uma variedade de instrumentos na adoração. Exemplo: Salmo 150 lista diversos instrumentos, como címbalos, flautas e harpas.
  6. Resposta ao Divino em Diferentes Contextos: Os Salmos respondem ao divino em diversas situações, incluindo criação, salvação, provações e bênçãos. Exemplo: Salmo 136 é uma repetição de ações de graças pela bondade de Deus durante a criação e a história de Israel.

                      VÍDEO-090
  7. Reconhecimento da Soberania Divina: Muitos Salmos destacam a soberania e majestade de Deus sobre toda a criação. Exemplo: Salmo 29 descreve a voz do Senhor como poderosa e majestosa.
  8. Foco na Experiência Pessoal e Coletiva: Os Salmos refletem tanto experiências individuais quanto coletivas, proporcionando uma conexão pessoal e comunitária na adoração. Exemplo: Salmo 34 destaca a experiência pessoal de buscar refúgio no Senhor.
  9. Acentuação na Confiança e Esperança: Muitos Salmos enfatizam a confiança em Deus e a esperança em Suas promessas. Exemplo: Salmo 27 destaca a confiança do salmista no Senhor em tempos de adversidade.

                       VÍDEO-091
  10. Ênfase na Santidade de Deus: Os Salmos frequentemente enfatizam a santidade e a excelência de Deus. Exemplo: Salmo 99 destaca a santidade do Senhor. 
  11. Uso de Repetição e Paralelismo: O uso frequente de repetição e paralelismo poético contribui para a musicalidade e memorabilidade dos Salmos. Exemplo: Salmo 136 utiliza a repetição da frase "Porque a Sua misericórdia dura para sempre" como um refrão.

                       VÍDEO-092
  12. Uso de Acrósticos: Alguns Salmos, como o Salmo 119, são acrósticos, nos quais cada seção começa com uma letra consecutiva do alfabeto hebraico. Exemplo: Salmo 119 é um acróstico que enfatiza a excelência da Palavra de Deus.
  13. Desenvolvimento de Temas Litúrgicos: Os Salmos desenvolvem temas litúrgicos que eram relevantes para a adoração no templo. Exemplo: Salmo 24 aborda o tema da entrada de Deus no templo.
  14. Relatos Históricos na Forma Musical: Alguns Salmos contêm relatos históricos que são apresentados de maneira poética. Exemplo: Salmo 78 resume a história de Israel desde a saída do Egito até a escolha de Davi.

                        VÍDEO-093
  15. Ênfase na Gratitude por Ações Específicas de Deus: Muitos Salmos expressam gratidão a Deus por ações específicas, como a libertação do Egito ou a provisão no deserto. Exemplo: Salmo 136 agradece a Deus por Sua obra criadora e por Suas intervenções na história de Israel.

                         VÍDEO-094
  16. Uso de Lamentações Individuais e Coletivas: Alguns Salmos apresentam lamentações, expressando dor e tristeza diante de circunstâncias difíceis. Exemplo: Salmo 137 é uma lamentação durante o exílio babilônico.
  17. Inclusão de Bençãos e Desejos de Bem: Muitos Salmos incluem bênçãos e desejos de bem para a comunidade e para o próprio salmista. Exemplo: Salmo 67 inclui uma bênção para que as nações louvem a Deus.
  18. Proclamação da Fidelidade de Deus: Os Salmos frequentemente proclamam a fidelidade de Deus, enfatizando Sua constância e lealdade. Exemplo: Salmo 89 destaca o pacto de Deus com Davi e Sua fidelidade.

                          VÍDEO-095
  19. Celebração da Torá e da Sabedoria: Alguns Salmos celebram a lei de Deus (Torá) e a sabedoria divina. Exemplo: Salmo 119 é uma expressão de amor e devoção à Palavra de Deus.
  20. Convite Universal à Adoração: Muitos Salmos concluem com um convite universal à adoração e louvor a Deus. Exemplo: Salmo 150 encerra os Salmos com um chamado geral para que tudo o que tem fôlego louve ao Senhor.

Essas características destacam a riqueza musical e espiritual dos Salmos e de partes dos livros de Crônicas, fornecendo uma compreensão mais profunda da variedade de expressões presentes nesses textos bíblicos.



BIBLIOGRAFIA

  • "Psalms: The Prayer Book of the Bible" por Dietrich Bonhoeffer
  • "Reflections on the Psalms" por C.S. Lewis
  • "The Message of the Psalms: A Theological Commentary" por Walter Brueggemann
  • "Psalms: A Guide to Studying the Psalter" por W. H. Bellinger Jr.
  • "The Music of the Bible Revealed: The Deciphering of a Millenary Notation" por Suzanne Haïk-Vantoura
  • "The Psalter as Witness: Theology, Poetry, and Genre" por Walter Brueggemann e James M. Houston
  • "Psalms: The Two Horizons Old Testament Commentary" por Geoffrey W. Grogan
  • "The Psalms: Language for All Seasons of the Soul" por Andrew J. Schmutzer e David M. Howard Jr.
  • "Interpreting the Psalms: An Exegetical Handbook" por Mark D. Futato
  • "Psalms as Torah: Reading Biblical Song Ethically" por Gordon J. Wenham
  • "The Art of Biblical Poetry" por Robert Alter
  • "How to Read the Psalms" por Tremper Longman III
  • "Singing the Songs of Jesus: Revisiting the Psalms" por Michael Lefebvre e R.W. Glenn
  • "Psalms 1-72: An Introduction and Commentary" por Derek Kidner
  • "The Psalms and the Life of Faith" por Walter Brueggemann



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                       VÍDEO-096
ESTILO SAPIENCIAL
textos aos hebreus, visavam fomentar supremacia sobre outras nações
textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões

1- O ESTILO...

O estilo sapiencial refere-se a uma abordagem literária e filosófica que se concentra na busca da sabedoria e no oferecimento de conselhos práticos para a vida cotidiana. Esse estilo é evidente em vários livros da Bíblia, incluindo Provérbios, Eclesiastes, Cantares de Salomão e Tiago, cada um apresentando perspectivas únicas sobre a sabedoria e a conduta ética.

Provérbios:
O livro de Provérbios é frequentemente associado a Salomão, que, de acordo com a tradição bíblica, era conhecido por sua sabedoria. Este livro é composto principalmente por coleções de provérbios curtos e instruções práticas destinadas a orientar as pessoas em seu comportamento diário. Os provérbios abordam uma variedade de temas, desde a conduta ética até a gestão financeira, destacando a importância da sabedoria divina na tomada de decisões.

Eclesiastes:                        VÍDEO-097
Eclesiastes apresenta uma perspectiva diferente, atribuída tradicionalmente a Salomão, que reflete sobre a vaidade e a transitoriedade da vida. O autor busca entender o propósito da existência humana e conclui que a verdadeira realização está em temer a Deus e seguir seus mandamentos. Essa reflexão sapiencial explora as complexidades da vida e oferece insights profundos sobre a busca de sentido e significado.

Cantares de Salomão:
O livro de Cantares de Salomão, muitas vezes interpretado como uma alegoria do relacionamento entre Deus e seu povo, emprega um estilo poético e amoroso para transmitir mensagens espirituais. A linguagem metafórica é usada para expressar o amor divino e a relação íntima entre Deus e a humanidade. Embora o foco esteja no amor humano, a interpretação espiritual é uma característica distintiva deste livro sapiencial.

Tiago:                         VÍDEO-098
O livro de Tiago, no Novo Testamento, oferece conselhos práticos sobre a vida cristã e é muitas vezes considerado um livro sapiencial do Novo Testamento. Tiago aborda questões como a paciência, a prática da fé e a importância de ações que reflitam a fé professada. O autor enfatiza a necessidade de viver uma vida sábia e justa em conformidade com os ensinamentos cristãos.

O objetivo principal do estilo sapiencial em todos esses livros é fornecer orientações sábias para promover uma qualidade de vida existencial e espiritual. A sabedoria é vista como algo a ser buscado ativamente, e a compreensão da vontade de Deus é considerada fundamental para viver uma vida plena e justa. Esses textos não apenas oferecem conselhos práticos, mas também incentivam uma compreensão mais profunda das verdades espirituais e morais.




2- AS CARACTERÍSTICAS...            VÍDEO-099       VÍDEO-100

O estilo sapiencial presente nos livros bíblicos como Provérbios, Eclesiastes, Cantares de Salomão e Tiago exibe várias características distintas que refletem a abordagem literária e filosófica desse gênero. Aqui estão 20 características próprias desse estilo, acompanhadas de alguns exemplos retirados dos textos bíblicos mencionados:

1. Aforismos e Provérbios: O estilo sapiencial é caracterizado pela presença de aforismos e provérbios, que são sentenças curtas que expressam princípios sábios. Exemplo: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; os insensatos desprezam a sabedoria e a instrução" (Provérbios 1:7).

        VÍDEO-101
2. Reflexão sobre a Natureza Humana: Textos sapienciais frequentemente refletem sobre a natureza humana, explorando suas fraquezas e virtudes. Exemplo: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?" (Jeremias 17:9).

3. Abordagem Prática para a Vida: A ênfase está na aplicação prática da sabedoria na vida diária. Exemplo: "Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao Senhor e aparta-te do mal" (Provérbios 3:7).

4. Reflexão sobre a Transitoriedade da Vida: Muitos textos sapienciais abordam a brevidade da vida e a importância de buscar o significado. Exemplo: "Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade" (Eclesiastes 1:2).

5. Apelo à Busca da Sabedoria Divina: Incentivo à busca ativa pela sabedoria divina como guia para as decisões. Exemplo: "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente" (Tiago 1:5).

         VÍDEO-102
6. Ênfase na Educação e Instrução: Reconhecimento da importância da educação e instrução para o desenvolvimento da sabedoria. Exemplo: "Ouve, filho meu, a instrução de teu pai e não deixes a doutrina de tua mãe" (Provérbios 1:8).

7. Uso de Parábolas e Metáforas: O estilo sapiencial muitas vezes emprega parábolas e metáforas para transmitir verdades espirituais. Exemplo: O livro de Cantares de Salomão usa metáforas poéticas para descrever o amor entre Deus e Seu povo.

8. Advertências contra a Insensatez: Alertas frequentes contra comportamentos insensatos e suas consequências. Exemplo: "O caminho do insensato é reto aos seus olhos, mas o que dá ouvidos ao conselho é sábio" (Provérbios 12:15).

          VÍDEO-103
9. Valorização da Paciência: Reconhecimento da importância da paciência em enfrentar desafios e adversidades. Exemplo: "Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito do que o que toma uma cidade" (Provérbios 16:32).

10. Destaque para a Honestidade e Integridade: Enfatiza a importância da honestidade e integridade em todas as ações. Exemplo: "O justo aborrece a palavra de mentira, mas o ímpio faz vergonha e se confunde" (Provérbios 13:5).

11. Conselhos sobre Finanças e Trabalho: Oferece conselhos práticos sobre questões financeiras e a ética do trabalho. Exemplo: "O que trabalha com mão enganosa empobrece, mas a mão do diligente enriquece" (Provérbios 10:4).

12. Valorização da Humildade: Destaca a virtude da humildade como parte integrante da sabedoria. Exemplo: "Com a humildade vem a sabedoria" (Provérbios 11:2).

           VÍDEO-104
13. Ênfase na Importância do Conhecimento de Deus: Reconhecimento de que a verdadeira sabedoria vem do conhecimento e temor do Senhor. Exemplo: "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria" (Provérbios 9:10).

14. Avaliação Crítica da Riqueza Material: Reflete sobre a verdadeira natureza da riqueza e adverte contra a ganância. Exemplo: "Melhor é o pouco com o temor do Senhor do que um grande tesouro onde há inquietação" (Provérbios 15:16).

15. Compreensão da Justiça Divina: Explora a relação entre a sabedoria e a justiça divina. Exemplo: "O Senhor com sabedoria fundou a terra; preparou os céus com inteligência" (Provérbios 3:19).

            VÍDEO-105
16. Incentivo à Gratidão e Contentamento: Encoraja a gratidão e o contentamento com o que se tem. Exemplo: "Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo, alegrem-se" (Filipenses 4:4).

17. Conselhos sobre o Uso da Palavra: Adverte sobre o poder das palavras e a importância de usá-las com sabedoria. Exemplo: "No muito falar não falta transgressão, mas o que modera os lábios é prudente" (Provérbios 10:19).

18. Ênfase na Fé Prática: Destaca a importância de uma fé prática, evidenciada por ações coerentes com as crenças. Exemplo: "Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma" (Tiago 2:17).

19. Ensino sobre a Importância das Amizades: Oferece conselhos sobre a escolha de amizades e a influência das relações sociais. Exemplo: "O que anda com os sábios será sábio, mas o companheiro dos tolos sofrerá" (Provérbios 13:20).

20. Incentivo à Busca Contínua por Conhecimento: Estimula a busca constante por conhecimento e entendimento. Exemplo: "A sabedoria é a coisa principal; adquire pois a sabedoria; sim, com todos os teus bens, adquire o entendimento" (Provérbios 4:7).


Essas características são intrínsecas ao estilo sapiencial e contribuem para a riqueza e profundidade dos ensinamentos presentes nos textos bíblicos associados a esse gênero literário.





3- BIBLIOGRAFIA... 

"The Book of Proverbs" - Michael V. Fox
"The Tree of Life: An Exploration of Biblical Wisdom Literature" - Roland E. Murphy
"Qoheleth: A Commentary" - C. L. Seow
"Proverbs, Ecclesiastes, and Song of Songs" (New American Commentary) - Duane A. Garrett
"Wisdom Literature: A Theological History" - Leo G. Perdue
"Introduction to Wisdom Literature: Proverbs" - Roland Murphy
"Proverbs: A Commentary on an Ancient Book of Timeless Advice" - Derek Kidner
"Ecclesiastes" (Tyndale Old Testament Commentaries) - Michael A. Eaton
"Canticles or the Song of Solomon" - George Burrowes
"James" (Word Biblical Commentary) - Ralph P. Martin
"The Epistle of James: A Commentary on the Greek Text" - Peter H. Davids
"Proverbs, Ecclesiastes, Song of Solomon" (Ancient Christian Commentary on Scripture) - J. Robert Wright (Editor)
"Proverbs: Wisdom that Works" - Raymond C. Ortlund Jr.
"Ecclesiastes: An Introduction and Commentary" - Tremper Longman III
"Wisdom in Ancient Israel" - Gerhard von Rad



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ESTILO PROFÉTICO
textos aos hebreus, visavam fomentar supremacia sobre outras nações
textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões


1- O ESTILO...             VÍDEO-106

O estilo profético na Bíblia, encontrado nos livros dos Profetas Maiores e Menores, é caracterizado por uma linguagem altamente metafórica e poética. Os profetas eram mensageiros escolhidos por Deus para transmitir Suas mensagens ao povo de Israel, frequentemente abordando questões relacionadas ao arrependimento pessoal e nacional.

Profetas Maiores e Menores:              VÍDEO-107

Os profetas são classificados em "Maiores" e "Menores" não pela importância de suas mensagens, mas pelo tamanho dos livros que escreveram. Os Profetas Maiores incluem Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel, enquanto os Profetas Menores são os doze últimos livros do Antigo Testamento, começando com Oséias e terminando com Malaquias.

Linguagem Metafórica e Poética:

O estilo profético é conhecido por sua linguagem poética, repleta de metáforas, simbolismos e imagens vívidas. Os profetas frequentemente usavam visões, sonhos e figuras de linguagem para transmitir as mensagens divinas de uma maneira impactante e memorável.

Mensagens de Deus:

Os profetas eram porta-vozes escolhidos por Deus para comunicar Sua vontade ao povo. Suas mensagens incluíam frequentemente chamados ao arrependimento, advertências sobre a desobediência, promessas de restauração e visões do futuro. As profecias muitas vezes enfatizavam a relação entre o povo de Israel e Deus, destacando a necessidade de fidelidade e adoração exclusiva a Jeová.

Arrependimento Pessoal e Nacional:               VÍDEO-108

Uma parte significativa das mensagens proféticas estava relacionada ao arrependimento. Os profetas instavam o povo a se voltar para Deus, abandonar a idolatria e praticar a justiça. Além disso, muitas profecias tratavam das consequências da desobediência nacional, incluindo advertências sobre invasões estrangeiras, exílio e juízos divinos.

Israel como Povo de Jeová:

O foco principal das profecias era o povo de Israel, considerado como o povo escolhido de Deus. As mensagens destacavam a aliança entre Deus e Israel, enfatizando a responsabilidade única do povo em viver de acordo com os mandamentos divinos. As profecias também indicavam a importância do culto verdadeiro a Jeová em contraste com a adoração de outros deuses.
Contraste com Outros Povos:

Enquanto os profetas se dirigiam principalmente a Israel, suas mensagens muitas vezes incluíam comparações e contrastes com outras nações. Isso destacava a singularidade da relação entre Deus e Israel, ressaltando a superioridade do Deus de Israel sobre os deuses de outras nações.
Em resumo, o estilo profético na Bíblia é caracterizado por uma expressão eloquente e poética, usando metáforas poderosas para transmitir mensagens divinas relacionadas ao arrependimento, fidelidade e a relação única entre Deus e o povo de Israel.



2- AS CARACTERÍSTICAS...                VÍDEO-109

1. **Visões e Sonhos Proféticos:**
   - Característica marcante do estilo profético é o uso de visões e sonhos para receber mensagens divinas. Exemplo: As visões de Ezequiel sobre a glória de Deus (Ezequiel 1).

                VÍDEO-110
2. **Linguagem Poética e Metafórica:**
   - Os profetas frequentemente utilizam metáforas e imagens poéticas para transmitir suas mensagens. Exemplo: Isaías descrevendo a transformação pacífica do mundo como "os lobos viverão com os cordeiros" (Isaías 11:6).

3. **Chamados ao Arrependimento:**
   - Uma constante nos profetas, instando o povo a se arrepender e voltar para Deus. Exemplo: O chamado de Joel para o arrependimento em meio a uma praga de gafanhotos (Joel 2:12-14).

4. **Advertências sobre a Desobediência:**
   - Profecias frequentemente incluem advertências sobre as consequências da desobediência. Exemplo: Jeremias prediz a destruição de Jerusalém devido à infidelidade do povo (Jeremias 26:4-6).

                 VÍDEO-111
5. **Promessas de Restauração:**
   - Após os julgamentos, muitas profecias oferecem promessas de restauração e bênçãos futuras. Exemplo: O retorno do exílio predito por Isaías (Isaías 40:1-5).

                  VÍDEO-112
6. **Simbolismos Ritualísticos:**
   - Uso de simbolismos rituais para ilustrar princípios espirituais. Exemplo: O ato de quebrar um vaso por Jeremias, simbolizando a destruição iminente (Jeremias 19:10-11).

7. **Personificação de Nações e Elementos:**
   - Nações e elementos naturais frequentemente são personificados para comunicar mensagens proféticas. Exemplo: O lamento de Habacuque personificando as árvores e montanhas (Habacuque 3:17-18).

                   VÍDEO-113
8. **Uso de Símbolos:**
   - Uso frequente de símbolos para representar conceitos espirituais. Exemplo: A imagem da videira em Jeremias 2:21 para representar a infidelidade de Israel.

9. **Apelos à Justiça Social:**
   - Profetas frequentemente clamam por justiça social e tratamento justo dos oprimidos. Exemplo: Amós condenando a exploração dos pobres (Amós 5:11-12).

                    VÍDEO-114
10. **Ênfase na Aliança:**
    - Profecias frequentemente relembram a aliança entre Deus e Israel. Exemplo: A aliança renovada descrita por Ezequiel (Ezequiel 16:59-60).

11. **Predições Escatológicas:**
    - Profecias incluem visões do fim dos tempos e eventos escatológicos. Exemplo: Daniel profetizando sobre o reino eterno de Deus (Daniel 2:44).

                     VÍDEO-115
12. **Dualidades e Contrastantes:**
    - Uso de dualidades para destacar contrastes entre o bem e o mal. Exemplo: Isaías falando sobre o caminho estreito e largo (Isaías 35:8).

13. **Lamentações e Choros Proféticos:**
    - Profetas frequentemente expressam tristeza e lamento pelas ações do povo. Exemplo: Lamentações de Jeremias sobre a destruição de Jerusalém (Lamentações 1).

                      VÍDEO-116
14. **Narrativas Biográficas:**
    - Inclusão de narrativas biográficas para enfatizar a vida e missão do profeta. Exemplo: A experiência de Jonas na barriga do peixe (Jonas 1-2).

15. **Pronunciamentos Contra Idolatria:**
    - Fortes condenações da idolatria e adoração a deuses falsos. Exemplo: O confronto de Elias com os profetas de Baal no Monte Carmelo (1 Reis 18).

                       VÍDEO-117
16. **Palavras de Consolo e Esperança:**
    - Mesmo em meio às advertências, profetas oferecem palavras de consolo e esperança. Exemplo: O consolo de Isaías durante o exílio (Isaías 41:10).

17. **Repreensões aos Líderes Religiosos:**
    - Críticas direcionadas aos líderes religiosos que falharam em liderar o povo de maneira justa. Exemplo: A repreensão de Ezequiel aos pastores de Israel (Ezequiel 34).

                        VÍDEO-118
18. **Imagens de Guerra Espiritual:**
    - Utilização de imagens de batalha espiritual entre forças divinas e malignas. Exemplo: A visão de Zacarias sobre Josué, o sumo sacerdote, em um contexto celestial (Zacarias 3).

19. **Alegorias e Parábolas Proféticas:**
    - Uso de alegorias e parábolas para transmitir lições espirituais. Exemplo: A parábola das duas águias e da videira em Ezequiel 17.

                         VÍDEO-119
20. **Encontros Diretos com Deus:**
    - Relatos de encontros diretos dos profetas com Deus, enfatizando sua autoridade divina. Exemplo: O chamado de Isaías quando viu o Senhor assentado em um trono alto (Isaías 6).



3- BIBLIOGRAFIA

"Introduction to the Old Testament" - Raymond E. Brown, Joseph A. Fitzmyer, Roland E. Murphy
"A Theological Introduction to the Old Testament" - Bruce C. Birch
"The Prophets" - Abraham J. Heschel
"An Introduction to the Old Testament Prophetic Books" - C. Hassell Bullock
"Interpreting the Prophets" - Aaron Chalmers
"The Message of the Prophets: A Survey of the Prophetic and Apocalyptic Books of the Old Testament" - J. Daniel Hays, Tremper Longman III
"Prophets and Prophecy in the Ancient Near East" - Martti Nissinen
"Prophetic Literature: From Oracles to Books" - Ronald L. Troxel
"The Art of Biblical Narrative" - Robert Alter
"Prophetic Literature: An Introduction" - David L. Petersen
"The Hebrew Prophets: An Introduction" - Jack R. Lundbom
"The Message of the Twelve: Hearing the Voice of the Minor Prophets" - Richard Alan Fuhr Jr., Gary E. Yates
"Old Testament Wisdom Literature: A Theological Introduction" - Craig G. Bartholomew, Ryan P. O'Dowd
"The Prophets: Vol. 1 - The Assyrian Period" - Abraham Malamat
"The Prophets: Vol. 2 - The Babylonian and Persian Periods" - Abraham Malamat




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                          VÍDEO-120
ESTILO PARABÓLICO
textos aos hebreus, visavam fomentar supremacia sobre outras nações
textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões


1- O ESTILO

Vamos analisar o estilo ou gênero parabólico encontrado em Jó, Jonas, Parábolas de Jesus e partes de Jeremias e Oséias, possivelmente associadas a Esdras, Jonas, Jesus, Jeremias e Oséias, respectivamente.

1. Jó:
O livro de Jó apresenta um estilo parabólico ao narrar a história de um homem justo que enfrenta uma série de tragédias, questionando a justiça divina. As respostas divinas a Jó são dadas em forma de discursos poéticos, muitos dos quais contêm metáforas e imagens simbólicas para expressar conceitos teológicos complexos, especialmente relacionados à soberania e sabedoria de Deus em meio ao sofrimento humano.

                           VÍDEO-121
2. Jonas:
O livro de Jonas é conhecido por seu caráter parabólico ao narrar a história do profeta Jonas que é engolido por um grande peixe. Esta história é usada por Jesus como uma parábola em Mateus 12:39-41 para ilustrar sua própria morte e ressurreição, mostrando como o episódio de Jonas aponta para eventos futuros.

3. Parábolas de Jesus:
As parábolas de Jesus, encontradas principalmente nos Evangelhos, são narrativas breves e alegóricas que ensinam lições espirituais e éticas. Essas histórias geralmente envolvem personagens e situações do cotidiano para transmitir verdades espirituais mais profundas. Exemplos incluem a Parábola do Semeador, a Parábola do Filho Pródigo e a Parábola do Bom Samaritano.

4. Jeremias e Oséias:
Partes dos livros de Jeremias e Oséias também incorporam elementos parabólicos para comunicar mensagens teológicas. Jeremias usa metáforas, simbolismos e imagens para descrever a relação entre Deus e Israel, muitas vezes comparando-a a um casamento. Oséias, por sua vez, utiliza a metáfora do relacionamento conjugal para expressar a fidelidade de Deus e a infidelidade de Israel.

Considerações Finais:
Os escritores, possivelmente Esdras, Jonas, Jesus, Jeremias e Oséias, usaram o estilo parabólico como uma ferramenta eficaz para transmitir conceitos teológicos de forma acessível. As parábolas serviram não apenas para ilustrar novas verdades teológicas, como no caso de Jó e Jonas, mas também para ensinar princípios éticos e espirituais, como visto nas parábolas de Jesus e nas partes de Jeremias e Oséias.

Esses elementos parabólicos adicionam profundidade e impacto às mensagens, tornando-as mais memoráveis e aplicáveis à compreensão do público-alvo, ao mesmo tempo que oferecem camadas de significado para aqueles que buscam uma compreensão mais profunda das verdades espirituais apresentadas.



2- AS CARACTERÍSTICAS             VÍDEO-122

1. Simbolismo Rico:
O estilo parabólico é marcado por um simbolismo abundante, onde elementos da narrativa representam conceitos mais profundos. Exemplo: O peixe engolindo Jonas simbolizando a morte e ressurreição.

              VÍDEO-123
2. Narrativa Figurativa:
Caracteriza-se por uma narrativa figurativa que vai além da história literal, buscando transmitir lições espirituais. Exemplo: A história do Bom Samaritano, que vai além da assistência física, representando o amor e compaixão.

3. Metáforas Vívidas:
O uso frequente de metáforas vívidas para descrever a relação entre Deus e seu povo. Exemplo: Jeremias comparando a relação com Deus a um casamento infiel.

               VÍDEO-124
4. Contrastes Acentuados:
O estilo parabólico muitas vezes apresenta contrastes marcantes para destacar lições ou verdades específicas. Exemplo: As parábolas de Jesus frequentemente contrastam o Reino de Deus com as práticas mundanas.

5. Ensinos Morais Profundos:
Além de transmitir conceitos teológicos, o estilo parabólico é utilizado para ensinar profundas lições morais. Exemplo: A Parábola do Filho Pródigo explorando o perdão e a restauração.

6. Uso de Alegorias:
A incorporação de alegorias para representar ideias abstratas. Exemplo: O uso de uma vinha em Isaías como alegoria para descrever Israel.

                VÍDEO-125
7. Imagens da Natureza:
Frequente utilização de imagens naturais para ilustrar verdades espirituais. Exemplo: A Parábola do Semeador, comparando a Palavra de Deus a sementes lançadas em diferentes tipos de solo.

8. Dialogismo:
A presença de diálogos que contribuem para o desenvolvimento da narrativa parabólica. Exemplo: Os discursos entre Jó e seus amigos, que contribuem para a compreensão das questões teológicas levantadas.

                 VÍDEO-126
9. Inversões Surpreendentes:
O estilo parabólico muitas vezes emprega inversões surpreendentes para chamar a atenção e provocar reflexão. Exemplo: A inversão de papéis na Parábola do Bom Samaritano.

10. Personificação de Conceitos:
A personificação de conceitos abstratos para torná-los mais acessíveis. Exemplo: A Sabedoria personificada em Provérbios e outros livros sapienciais.

11. Linguagem Poética:
O estilo parabólico é frequentemente caracterizado por uma linguagem poética, usando ritmo e imagens poéticas. Exemplo: Os discursos poéticos em resposta a Jó.

                  VÍDEO-127
12. Exagero Intencional:
O uso ocasional de exagero intencional para enfatizar pontos específicos. Exemplo: A descrição exagerada da ansiedade de Jonas dentro do peixe.

13. Enfoque na Experiência Humana:
A abordagem de temas teológicos através da experiência humana comum. Exemplo: As parábolas de Jesus muitas vezes envolvem situações do cotidiano.

14. Paralelismos Estruturais:
A presença de paralelismos estruturais que ajudam na compreensão e memorização. Exemplo: Estruturas semelhantes em diversas parábolas, facilitando a identificação de padrões.

                   VÍDEO-128
15. Teofania e Revelação:
A ocorrência de teofanias e revelações divinas através da narrativa parabólica. Exemplo: A voz de Deus falando a Jó em meio ao redemoinho.

16. Uso de Provérbios:
A inserção de provérbios e ditados populares para comunicar sabedoria. Exemplo: Os provérbios encontrados em Provérbios e Eclesiastes.

17. Uso de Perguntas Retóricas:
O emprego frequente de perguntas retóricas para envolver os ouvintes/leitores na reflexão. Exemplo: As muitas perguntas retóricas em Jó, desafiando as compreensões convencionais.

18. Parábolas Autênticas de Jesus:
As parábolas autênticas de Jesus geralmente começam com a expressão "O Reino dos Céus é semelhante a..." indicando um estilo distintivo.

19. Linguagem Profética:
A presença de linguagem profética, especialmente nos livros proféticos como Jeremias e Oséias, reforçando a natureza simbólica e alegórica.

20. Aplicações Diversas:
A capacidade das parábolas de serem aplicadas a diversas situações e contextos, tornando-as atemporais em sua relevância e impacto.

Essas características distintivas do estilo parabólico contribuem para a singularidade e eficácia desse gênero na transmissão de mensagens teológicas e éticas.





3- BIBLIOGRAFIA

"The Parables of Jesus" - Joachim Jeremias
"The Book of Job" - John H. Walton (série NIV Application Commentary)
"Jonah: A New Translation with Introduction, Commentary, and Interpretation" - Jack M. Sasson (Anchor Yale Bible Commentaries)
"The Prophetic Imagination" - Walter Brueggemann
"The Wisdom Books: Job, Proverbs, and Ecclesiastes" - Derek Kidner
"The Parables: Jewish Tradition and Christian Interpretation" - Brad H. Young
"The Gospel of Matthew" - R.T. France (New International Commentary on the New Testament)
"The Gospel of Mark" - William L. Lane (New International Commentary on the New Testament)
"The Gospel of Luke" - Joel B. Green (New International Commentary on the New Testament)
"The Gospel of John" - D.A. Carson (Pillar New Testament Commentary)
"The Book of Jeremiah" - J.A. Thompson (New International Commentary on the Old Testament)
"Hosea: A Commentary" - Hans Walter Wolff (Old Testament Library)
"The Book of Proverbs" - Bruce K. Waltke (New International Commentary on the Old Testament)
"The Parables of Jesus: A Commentary" - Arland J. Hultgren
"Isaiah 40-66" - John Goldingay (International Critical Commentary)


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ESTILO EVANGÉLICO
textos aos hebreus, visavam fomentar supremacia sobre outras nações
textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões


1- O ESTILO                    VÍDEO-130

Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João são considerados parte do gênero literário conhecido como Evangelho, que narra a vida, os ensinamentos, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo. Vamos abordar cada evangelho individualmente para entender melhor o estilo e o propósito de cada um:

1. **Evangelho de Mateus:**                     VÍDEO-131
   - *Autoria:* A tradição atribui a autoria do Evangelho de Mateus ao apóstolo Mateus, um dos doze discípulos de Jesus.
   - *Objetivo:* Mateus escreveu seu evangelho com a comunidade judaica em mente. Ele destaca as profecias do Antigo Testamento que se cumpriram em Jesus, enfatizando que Jesus é o Messias prometido aos judeus. O objetivo principal é apresentar Jesus como o Rei messiânico esperado.

2. **Evangelho de Marcos:**                      VÍDEO-132
   - *Autoria:* Tradicionalmente atribuído a Marcos, associado ao apóstolo Pedro.
   - *Objetivo:* O Evangelho de Marcos tem um estilo mais direto e focado na ação. Marcos escreve para uma audiência romana, destacando o poder e a autoridade de Jesus. Seu objetivo é apresentar Jesus como o Servo Sofredor, enfatizando a humildade e o sacrifício de Jesus.

3. **Evangelho de Lucas:**
   - *Autoria:* Tradicionalmente atribuído ao médico Lucas, associado a Paulo.
   - *Objetivo:* Lucas escreve para uma audiência predominantemente grega. Ele se concentra em detalhes históricos e genealogias, apresentando Jesus como o Salvador universal para todas as pessoas. Lucas destaca a compaixão de Jesus e seu interesse pelos marginalizados, buscando evidenciar a mensagem inclusiva do Evangelho.

4. **Evangelho de João:**                      VÍDEO-133
   - *Autoria:* Atribuído ao apóstolo João, conhecido como "o discípulo amado".
   - *Objetivo:* João escreve para uma audiência mais ampla, incluindo gentios e, possivelmente, enfrentando ideias gnósticas emergentes. Seu evangelho tem uma abordagem teológica profunda, destacando a divindade de Jesus. João enfatiza os sinais milagrosos de Jesus e suas declarações "Eu sou" para fortalecer a fé na divindade de Cristo.

Em resumo, cada evangelho tem um estilo único e foi escrito com um propósito específico, adaptando a mensagem de Jesus para diferentes audiências e destacando aspectos relevantes para os judeus, romanos, gregos e gnósticos, respectivamente.


                       VÍDEO-134
2- AS CARACTERÍSTICAS

1. **CITAÇÕES DO ANTIGO TESTAMENTO:**
   - Os evangelistas frequentemente fazem referências e citam passagens do Antigo Testamento para mostrar o cumprimento das profecias em Jesus. Exemplo: Mateus 1:23 cita Isaías 7:14 sobre o nascimento virginal de Jesus.

                    VÍDEO-135
2. **PARÁBOLAS:**
   - Jesus utiliza parábolas para transmitir ensinamentos morais e espirituais. Exemplo: A Parábola do Semeador em Marcos 4:3-9.

                     VÍDEO-136
3. **MILAGRES E CURAS:**
   - Os evangelhos relatam inúmeros milagres realizados por Jesus, como a cura de enfermidades e a multiplicação dos pães. Exemplo: A cura do cego Bartimeu em Marcos 10:46-52.

4. **DIÁLOGOS COMPLEXOS:**
   - Jesus envolve-se em diálogos profundos, especialmente no Evangelho de João, discutindo temas teológicos e espirituais. Exemplo: O diálogo com Nicodemos em João 3:1-21.

                      VÍDEO-137
5. **ENFATIZAÇÃO DA FÉ:**
   - Os evangelhos destacam a importância da fé em Jesus para receber salvação e benefícios espirituais. Exemplo: A cura da mulher hemorrágica em Mateus 9:20-22.

6. **CONFLITOS COM LÍDERES RELIGIOSOS:**
   - Jesus confronta os líderes religiosos de sua época, criticando práticas hipócritas e tradições vazias. Exemplo: Os confrontos de Jesus com os fariseus em Mateus 23.

                       VÍDEO-138
7. **BATISMO DE JESUS:**
   - O batismo de Jesus é um evento significativo narrado em todos os evangelhos, marcando o início de seu ministério público. Exemplo: O batismo de Jesus no Rio Jordão em Mateus 3:13-17.

8. **A CEIA DO SENHOR:**
   - A instituição da Santa Ceia é registrada, simbolizando o corpo e o sangue de Cristo. Exemplo: A narrativa da última ceia em Mateus 26:26-30.

9. **RESSURREIÇÃO DE JESUS:**
   - Todos os evangelhos registram a ressurreição de Jesus como o evento central da fé cristã. Exemplo: O túmulo vazio e as aparições de Jesus ressuscitado em Lucas 24.

                        VÍDEO-139
10. **DISCÍPULOS E SEGUIDORES:**
    - A formação e missão dos discípulos são detalhadamente descritas, destacando seu papel na propagação do evangelho. Exemplo: A chamada dos primeiros discípulos em Mateus 4:18-22.

11. **EXPULSÃO DE DEMÔNIOS:**
    - Os evangelhos relatam episódios em que Jesus expulsa demônios, demonstrando seu poder sobre as forças espirituais do mal. Exemplo: A expulsão de demônios em Gadara em Marcos 5:1-20.

                         VÍDEO-140
12. **O SERMÃO DA MONTANHA:**
    - Mateus registra o Sermão da Montanha, uma coleção de ensinamentos éticos e espirituais proferidos por Jesus. Exemplo: As bem-aventuranças em Mateus 5:3-12.

13. **CONEXÃO COM A HISTÓRIA:**
    - Os evangelhos situam a vida de Jesus em um contexto histórico específico, mencionando governantes e eventos da época. Exemplo: A menção de Herodes no nascimento de Jesus em Mateus 2:1-23.

                          VÍDEO-141
14. **PEDIDOS DE PERDÃO:**
    - Jesus enfatiza a importância do perdão, ensinando a necessidade de perdoar outros para receber perdão divino. Exemplo: A Oração do Pai Nosso em Mateus 6:9-15.

15. **HUMILDADE E SERVIÇO:**
    - Jesus exemplifica a humildade e o serviço ao lavar os pés dos discípulos. Exemplo: A cena do lava-pés em João 13:1-17.

                           VÍDEO-142
16. **INTERAÇÃO COM PESSOAS MARGINALIZADAS:**
    - Jesus busca e interage com aqueles marginalizados pela sociedade, mostrando compaixão. Exemplo: A interação de Jesus com Zaqueu em Lucas 19:1-10.

                            VÍDEO-143
17. **ENFRENTAMENTO ÀS TEMPESTADES:**
    - Milagres relacionados ao controle sobre as tempestades destacam a autoridade divina de Jesus. Exemplo: Jesus acalmando a tempestade em Marcos 4:35-41.

18. **USO DE METÁFORAS E FIGURAS DE LINGUAGEM:**
    - Jesus utiliza metáforas e parábolas para transmitir verdades espirituais de maneira acessível. Exemplo: A parábola do bom samaritano em Lucas 10:25-37.

                             VÍDEO-144
19. **A INCRÉDULIDADE E REJEIÇÃO:**
    - Os evangelhos mostram a resistência e incredulidade enfrentadas por Jesus, principalmente por parte das autoridades religiosas. Exemplo: A rejeição de Jesus em Nazaré em Lucas 4:14-30.

20. **A GRANDE COMISSÃO:**
    - Todos os evangelhos registram a comissão de Jesus aos discípulos para pregar o evangelho a todas as nações. Exemplo: A Grande Comissão em Mateus 28:16-20.



3- BIBLIOGRAFIA

"Introdução ao Novo Testamento" - Autor: D. A. Carson
"A Mensagem do Novo Testamento" - Autor: F. F. Bruce
"Dicionário Bíblico Vida Nova" - Autores: Merrill C. Tenney, Moisés Silva
"Os Evangelhos e a Tradição Sinótica" - Autor: N. T. Wright
"Comentário Bíblico Expositivo: Novo Testamento" - Autor: Warren W. Wiersbe
"A Vida de Jesus" - Autor: James Montgomery Boice
"Jesus através dos Olhos do Oriente Médio" - Autor: Kenneth E. Bailey
"Teologia do Novo Testamento" - Autor: George Eldon Ladd




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                             VÍDEO-145 
ESTILO DOUTRINADOR
textos aos hebreus, visavam fomentar supremacia sobre outras nações
textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões


                              VÍDEO-146
1- O ESTILO...

O estilo doutrinador presente nas Cartas Paulinas e nas cartas gerais da Bíblia é caracterizado por uma linguagem direta, autoritária e instrutiva. Essas cartas foram provavelmente ditadas por Paulo, que enfrentava problemas de visão, e por outros apóstolos que podiam ser analfabetos, enquanto foram escritas ou editadas por copistas auxiliares, seja durante a vida de Paulo ou posteriormente. Esse estilo tem como objetivo principal transmitir ensinamentos teológicos e administrativos às novas igrejas que estavam surgindo na época.

Autoria e Contexto: 
O estilo doutrinador das Cartas Paulinas reflete a personalidade e o papel de Paulo como um líder religioso influente no cristianismo primitivo. Paulo, originalmente um perseguidor dos cristãos, teve uma conversão radical e se tornou um dos principais propagadores do cristianismo. Suas cartas refletem sua autoridade apostólica e seu compromisso com a disseminação da fé cristã.

                               VÍDEO-147
Linguagem e Estrutura: 
As cartas seguem uma estrutura típica, começando com uma saudação seguida por agradecimentos, uma seção doutrinária e instrutiva, e muitas vezes terminando com saudações pessoais e bençãos. A linguagem utilizada é muitas vezes assertiva e direta, refletindo a urgência e a importância dos ensinamentos transmitidos.

Temas Doutrinários e Administrativos: 
As cartas doutrinadoras abordam uma variedade de temas teológicos e práticos, incluindo a natureza de Cristo, a salvação pela fé, a vida na comunidade cristã, questões éticas e morais, e a organização e administração das igrejas locais.

Abordagem Apostólica e Autoridade: 
O estilo doutrinador reflete a autoridade apostólica dos autores das cartas, que se consideravam enviados por Deus para ensinar e orientar as comunidades cristãs. Eles frequentemente reivindicavam revelações divinas e citavam escrituras sagradas para respaldar seus ensinamentos.

                                VÍDEO-148
Adaptação às Novas Igrejas: 
As cartas doutrinadoras foram escritas para lidar com questões específicas enfrentadas pelas novas comunidades cristãs, oferecendo orientação e instrução para enfrentar desafios teológicos, morais e práticos.

Em suma, o estilo doutrinador das Cartas Paulinas e Cartas Gerais da Bíblia reflete a autoridade apostólica dos autores e seu compromisso em transmitir ensinamentos teológicos e administrativos para fortalecer e orientar as novas igrejas cristãs.



                                 VÍDEO-149
2- AS CARACTERÍSTICAS...
Basicamente, as cartas foram escritas para atender a descrença de que o Espírito Santo saiba guiar os salvos a toda verdade, além de alimentar a supremacia religiosa.

1. DIREÇÃO AUTORITÁRIA:
O estilo doutrinador é marcado por uma direção autoritária, onde os autores das cartas afirmam sua autoridade divinamente designada para instruir e governar as igrejas. Por exemplo, em 1 Timóteo 1:3, Paulo instrui Timóteo a permanecer em Éfeso para corrigir alguns que estão ensinando doutrinas erradas.

                                  VÍDEO-150
2. EXORTAÇÕES MORAIS:
As cartas doutrinadoras frequentemente contêm exortações morais claras e diretas, chamando os crentes à santidade e à conduta ética. Em Efésios 4:25-32, Paulo exorta os cristãos a abandonarem a mentira e a ira, e a se vestirem da nova natureza em Cristo.

                                   VÍDEO-151
3. ENSINAMENTO DOGMÁTICO:
Os autores das cartas afirmam doutrinas fundamentais da fé cristã de forma assertiva e inquestionável. Em 1 Coríntios 15:3-4, Paulo declara o evangelho como de primeira importância: que Cristo morreu pelos nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia.

                                    VÍDEO-152
4. ADVERTÊNCIAS CONTRA HERESIAS:
O estilo doutrinador inclui advertências enérgicas contra falsos ensinamentos e heresias que ameaçam a pureza da fé cristã. Por exemplo, em Colossenses 2:8, Paulo adverte contra a filosofia vã e enganosa que se opõe ao conhecimento de Cristo.

                                     VÍDEO-153
5. INSTRUÇÕES SOBRE ORGANIZAÇÃO ECLESIÁSTICA:
As cartas oferecem orientações sobre a organização e o funcionamento das igrejas locais, incluindo a seleção e a supervisão de líderes. Em Tito 1:5-9, Paulo instrui Tito a nomear presbíteros em cada cidade, descrevendo suas qualificações.

                                      VÍDEO-154
6. INCENTIVO À FIDELIDADE:
Os autores encorajam os crentes a permanecerem firmes na fé e a perseverarem diante das dificuldades. Em Apocalipse 2:10, Jesus encoraja a igreja em Esmirna a permanecer fiel, mesmo diante da perseguição, prometendo a coroa da vida

                                       VÍDEO-155
7. INTERPRETAÇÃO DOUTRINÁRIA:
O estilo doutrinador inclui interpretações específicas das Escrituras e da teologia cristã, fornecendo uma base sólida para a compreensão da fé. Por exemplo, em Romanos 3:21-26, Paulo explica o conceito de justificação pela fé em Cristo.

                                        VÍDEO-156
8. ARGUMENTAÇÃO TEOLÓGICA:
Os autores apresentam argumentos teológicos robustos para defender a verdade cristã e refutar doutrinas falsas. Em Gálatas 3:6-14, Paulo usa o exemplo de Abraão para argumentar que a justificação é pela fé, não pelas obras da lei.

                                         VÍDEO-157
9. APELOS À UNIDADE:
As cartas frequentemente fazem apelos à unidade entre os crentes, enfatizando a importância da comunhão e da cooperação na fé. Em Filipenses 2:1-4, Paulo exorta os crentes a terem o mesmo amor, o mesmo espírito e a estarem unidos em um só propósito.

                                          VÍDEO-158
10. CONSELHOS PASTORAIS:
Os autores oferecem conselhos pastorais para orientar os líderes da igreja em seu ministério e cuidado com o rebanho. Em 1 Pedro 5:1-4, Pedro exorta os presbíteros a pastorearem o rebanho de Deus de forma diligente e desinteressada.

                                           VÍDEO-159
11. EXORTAÇÕES À ORAÇÃO:
As cartas incentivam os crentes a se dedicarem à oração constante e fervorosa. Em Filipenses 4:6-7, Paulo exorta os crentes a não se preocuparem com coisa alguma, mas a apresentarem suas petições a Deus com ações de graça.

12. PROMESSAS DIVINAS:
Os autores oferecem promessas divinas de encorajamento e consolo aos crentes em meio às dificuldades. Em Romanos 8:28, Paulo assegura que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.

                                            VÍDEO-160
13. ÉTICA CRISTÃ:
O estilo doutrinador aborda questões éticas e práticas da vida cristã, instruindo os crentes sobre como viver em conformidade com os padrões de Deus. Em Efésios 5:1-2, Paulo exorta os crentes a imitarem a Deus e a viverem em amor, como Cristo os amou.

                                             VÍDEO-161
14. PROMOÇÃO DA MISSÃO:
As cartas promovem a missão da igreja, incentivando os crentes a compartilharem o evangelho com os perdidos. Em 2 Coríntios 5:20, Paulo descreve os crentes como embaixadores de Cristo, instando-os a reconciliarem-se com Deus.

                                              VÍDEO-162
15. CONFORTO EM SOFRIMENTO:
Os autores oferecem palavras de conforto e esperança aos crentes que estão sofrendo. Em 1 Tessalonicenses 4:13-18, Paulo consola os crentes em Tessalônica, assegurando-lhes que os mortos em Cristo ressuscitarão e serão reunidos com o Senhor.

                                               VÍDEO-163
16. DISCIPLINA E CORREÇÃO:
O estilo doutrinador inclui instruções sobre disciplina e correção na igreja, visando ao arrependimento e à restauração dos irmãos em falta. Em Mateus 18:15-17, Jesus instrui os crentes sobre como lidar com o pecado dentro da comunidade de fé.

                                                VÍDEO-164
17. ÊNFASE NA GRAÇA:
As cartas enfatizam a graça de Deus como a base da salvação e da vida cristã, contrastando-a com a lei e as obras humanas. Em Efésios 2:8-9, Paulo afirma que somos salvos pela graça mediante a fé, e isso não vem de nós mesmos, é dom de Deus.

18. FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA:
Os autores fundamentam seus ensinamentos na autoridade das Escrituras, citando passagens do Antigo Testamento e dos ensinamentos de Jesus. Em 2 Timóteo 3:16-17, Paulo declara que toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, a repreensão, a correção e a instrução na justiça.

                                                 VÍDEO-165
19. FOCO NA GLÓRIA DE DEUS:
O estilo doutrinador direciona a atenção para a glória de Deus como o propósito último da vida cristã e da história da redenção. Em 1 Coríntios 10:31, Paulo instrui os crentes a fazerem tudo para a glória de Deus.

20. ESPERANÇA E FINALIDADE:
As cartas oferecem uma visão da esperança cristã e da finalidade da vida, apontando para a consumação do reino de Deus. Em Apocalipse 21:1-4, João descreve a visão da nova Jerusalém, onde Deus habitará com seu povo e enxugará todas as lágrimas.




3- BIBLIOGRAFIA... 

"Paul the Apostle: The Triumph of God in Life and Thought" by N.T. Wright
"The Letters of Paul: An Introduction" by Charles B. Puskas and Mark Reasoner
"Paul: A Biography" by Tom Wright
"Theology of Paul the Apostle" by James D.G. Dunn
"Interpreting the Pauline Letters: An Exegetical Handbook" by Thomas R. Schreiner
"Pauline Theology: An Introduction" by Goran Dragas
"Paul and the Faithfulness of God" by N.T. Wright
"The New Testament and the People of God" by N.T. Wright




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                                       VÍDEO-166

ESTILO APOCALIPTICO
textos aos hebreus, visavam fomentar supremacia sobre outras nações
textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões


                                        VÍDEO-167
1- O ESTILO...

O estilo apocalíptico, presente em obras como Daniel, Ezequiel, as ilustrações de Jesus e o Apocalipse, é caracterizado por sua ênfase na revelação de eventos futuros e na intervenção divina nos assuntos humanos. Vamos explorar em detalhes:

Estilo Apocalíptico:
Este estilo literário é marcado por visões, simbolismos, imagens catastróficas e a revelação de mistérios divinos sobre o destino final da humanidade e o plano de Deus para o mundo.
Geralmente, o apocalipse apresenta uma narrativa dualística, com um confronto entre forças do bem e do mal, culminando em um desfecho onde o bem triunfa sobre o mal.
Os autores muitas vezes usam linguagem simbólica e metafórica para descrever eventos cósmicos e sobrenaturais que antecedem o fim dos tempos ou uma nova era.

Observação:
Este estilo é uma resposta teológica diante de uma decepção, tanto para os hebreus, como para o cristianismo. Para aqueles, o Messias não chegava, como entendiam prometido por Deus, e o povo de Jeová, superior a outros povos e a outros deuses, continuava sob o domínio dos impérios de outros deuses menores. Para os cristãos, Jesus que tinha sido apontado como o Messias esperado, e voltaria ainda naquela geração, estava demorando e desgastando a confiança dos próprios cristãos como de todos que ouviram esta afirmativa. A cultura apocalíptica era uma resposta, afirmando que no momento certo o Messias chegaria e iria estabelecer o Reino mundial de Deus no mundo.


                                         VÍDEO-168
Aplicação no Antigo Testamento:
Nos livros de Daniel e Ezequiel, o estilo apocalíptico é utilizado para expressar a promessa de restauração e redenção nacional para o povo judeu.
Em meio à opressão e ao exílio, esses profetas oferecem visões de esperança, prometendo que Deus intervirá para restaurar a supremacia de Israel e trazer justiça às nações.
Aplicação em Jesus:

Jesus frequentemente utiliza elementos apocalípticos em suas ilustrações e ensinamentos, especialmente ao falar sobre o Reino de Deus.
Ele apresenta uma visão do reino espiritual e eterno, que transcende as estruturas terrenas e se baseia na justiça, amor e redenção.

                                          VÍDEO-169
Aplicação no Apocalipse:

O livro do Apocalipse, atribuído ao apóstolo João, é o exemplo mais proeminente de literatura apocalíptica no Novo Testamento.
Ele descreve visões de juízo, redenção e vitória final de Cristo sobre o mal, culminando na restauração completa de todas as coisas.
O Apocalipse retrata o estabelecimento da supremacia do cristianismo no mundo, onde Deus reina supremo e todas as injustiças são corrigidas.
Em resumo, o estilo apocalíptico é uma forma literária poderosa que foi utilizada por diferentes autores bíblicos para expressar esperança, redenção e o triunfo final do plano divino sobre as forças do mal. Ele oferece uma visão transcendental do destino da humanidade e do propósito de Deus para o mundo.



2- AS CARACTERÍSTICAS...

1. SIMBOLISMO VÍVIDO:
O estilo apocalíptico é repleto de imagens simbólicas e vívidas, que representam conceitos espirituais e eventos futuros. Por exemplo, em Daniel 7, as quatro bestas representam impérios poderosos.

                                           VÍDEO-171
2. VISÕES E REVELAÇÕES:
Os textos apocalípticos frequentemente apresentam visões e revelações divinas sobre o futuro. Em Ezequiel 1, o profeta tem uma visão do trono de Deus e das criaturas viventes.

                                            VÍDEO-172
3. DUALISMO COSMOLÓGICO:
Há uma ênfase no dualismo entre o bem e o mal, representado por forças divinas e malignas. O confronto entre Miguel e o dragão em Apocalipse 12 exemplifica esse dualismo.

                                             VÍDEO-173
4. JUÍZO DIVINO:
O tema do juízo divino e da justiça é central nos textos apocalípticos, com a punição dos ímpios e a recompensa dos justos. No Apocalipse, há a descrição dos selos e das trombetas que anunciam juízos sobre a terra.

                                              VÍDEO-174
5. TEMPO ESCATOLÓGICO:
Os eventos são situados em um contexto escatológico, relacionados ao fim dos tempos e à consumação da história. Jesus fala sobre o fim dos tempos em Mateus 24, descrevendo sinais que precedem sua segunda vinda.

                                               VÍDEO-175
6. ANJOS E SERES CELESTIAIS:
Os textos apocalípticos frequentemente apresentam anjos e seres celestiais como mensageiros divinos e agentes do juízo. Em Apocalipse 5, anjos estão envolvidos na abertura dos selos.

7. NUMEROLOGIA SIGNIFICATIVA:
Números têm significados simbólicos e são frequentemente usados para representar conceitos espirituais. Os sete selos e as sete trombetas do Apocalipse exemplificam essa numerologia.

                                                VÍDEO-176
8. RESGATE DO SOFRIMENTO:
O sofrimento dos justos é frequentemente retratado como parte do plano divino para o resgate e a redenção. O sofrimento de Jó no Antigo Testamento é um exemplo disso.

                                                 VÍDEO-177
9. ESCATOLOGIA INVERTIDA:
Os textos apocalípticos frequentemente apresentam uma reversão das expectativas terrenas, onde os últimos serão os primeiros e os humildes serão exaltados. Jesus fala sobre esse princípio em Lucas 6.

10. REVELAÇÃO DE MISTÉRIOS:
O estilo apocalíptico é caracterizado pela revelação de mistérios divinos que transcendem a compreensão humana. Em Daniel 2, Daniel interpreta o sonho do rei Nabucodonosor com a ajuda de Deus.

                                                  VÍDEO-178
11. ESCATOLOGIA POLÍTICA:
Há uma preocupação com o destino político das nações e a soberania de Deus sobre os impérios terrenos. Em Daniel 2 e 7, são apresentadas visões sobre o futuro político dos reinos.

                                                   VÍDEO-179
12. CONFLITO CÓSMICO:
O conflito entre as forças do bem e do mal é retratado como um conflito cósmico de proporções épicas. Em Apocalipse 12, há uma batalha no céu entre Miguel e o dragão.

13. IMAGENS DE DESTRUIÇÃO:
O estilo apocalíptico frequentemente inclui imagens de destruição catastrófica como parte do juízo divino. As pragas do Egito em Êxodo são um exemplo desse tipo de imagens.

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14. PARALELISMO PROFÉTICO:
Os textos apocalípticos muitas vezes apresentam paralelos entre eventos passados, presentes e futuros, revelando um padrão profético. Jesus fala sobre o fim dos tempos em paralelo com os dias de Noé em Mateus 24.

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15. REDENÇÃO UNIVERSAL:
Apesar do juízo sobre os ímpios, os textos apocalípticos frequentemente apresentam a esperança da redenção universal e da restauração de todas as coisas. Em Apocalipse 21, há a visão de um novo céu e uma nova terra.

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16. MENSAGEM DE ESPERANÇA:
Embora haja imagens de juízo e destruição, os textos apocalípticos transmitem uma mensagem de esperança na vitória final de Deus sobre o mal. A promessa da vinda do Messias em Isaías 9 é um exemplo disso.

17. REVELAÇÃO DO MISTÉRIO DO REINO:
O estilo apocalíptico é utilizado para revelar os mistérios do Reino de Deus e sua manifestação futura. As parábolas do Reino em Mateus 13 apresentam imagens do Reino de Deus.

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18. FOCO NA SOBERANIA DIVINA:
Os textos apocalípticos enfatizam a soberania absoluta de Deus sobre a história e os eventos futuros. Em Apocalipse 4, há uma visão do trono de Deus no céu, simbolizando sua soberania.

19. EXPECTATIVA DO MESSIAS:
A esperança messiânica é uma característica dos textos apocalípticos, com a expectativa do surgimento de um salvador enviado por Deus. O servo sofredor em Isaías 53 é um exemplo dessa expectativa messiânica.

20. CHAMADO AO ARREPENDIMENTO:
Apesar das visões de juízo, os textos apocalípticos frequentemente incluem um chamado ao arrependimento e à fidelidade a Deus. As cartas às sete igrejas em Apocalipse 2-3 incluem chamados ao arrependimento e à fidelidade.





3- BIBLIOGRAFIA...

"The Apocalyptic Imagination: An Introduction to Jewish Apocalyptic Literature" by John J. Collins
"Apocalyptic Literature: A Reader" by Mitchell G. Reddish
"Apocalypticism Explained: The Use of the Apocalyptic Literature in Early Christianity" by Colin J. Hemer
"Apocalyptic Literature: A Brief Introduction" by Mitchell G. Reddish
"Apocalyptic Literature in the New Testament" by Greg Carey
"Revelation and the End of All Things" by Craig R. Koester
"Apocalyptic Thought in Early Christianity" by Robert J. Daly
"Interpreting Apocalyptic Literature: An Exegetical Handbook" by Richard A. Taylor


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ESTILOS LITERAIS
textos aos hebreus, visavam fomentar supremacia sobre outras nações
textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões






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textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões





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ESTILOS FIGURADOS
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textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões






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OS OBJETIVOS DOS TESTAMENTOS
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textos aos cristãos, visavam supremacia sobre outras religiões


1. A Diversidade dos Escritores e Estilos Bíblicos:

Os autores bíblicos, reconhecendo suas limitações humanas, escreveram textos com objetivos específicos, destinados a públicos particulares. Isso resultou na utilização de estilos diversos, influenciados por fatores contextuais, visões teológicas e destinatários específicos, como observado na introdução do Evangelho de Lucas (Lucas 1:1-4).


2. Compreensão dos Objetivos dos Textos e Características dos Estilos:

Para uma compreensão adequada dos textos bíblicos, é crucial entender os objetivos primários e secundários de cada autor. A análise dos estilos utilizados em cada texto torna-se mais significativa quando contextualizada dentro desses propósitos específicos.


3. Objetivos Principais do Velho Testamento:

No Velho Testamento, o objetivo primário era afirmar a supremacia de Israel em relação a outros povos, ressaltando aspectos raciais, religiosos e a superioridade de Jeová sobre os deuses das nações vizinhas. Isso visava manter a coesão do povo e reforçar seu compromisso com Deus e Suas promessas.


4. Objetivos Secundários do Velho Testamento:

Além da afirmação da supremacia, os objetivos secundários incluíam o chamado constante ao arrependimento, incentivando a confiança e determinação na fidelidade de Deus, mesmo diante dos desafios impostos por povos vizinhos.


5. Objetivo Principal do Novo Testamento:

No Novo Testamento, o principal objetivo era estabelecer a identidade dos cristãos como parte da supremacia "escolhida por Deus", tanto em relação aos não cristãos quanto aos judeus. Paulo, no entanto, destacou que o verdadeiro povo de Deus consistia nos convertidos à fé em Jesus Cristo, enquanto este negou este título aos hebreus, em João 8:44..


6. Objetivos Secundários do Novo Testamento:

Além da identidade, os objetivos secundários incluíam a instrução doutrinária e a disciplina entre os cristãos, em favor da unidade na comunidade cristã.


7. O Título de "Povo de Deus" e Suas Consequências:

Entre os hebreus, e entre os cristãos, o título "Povo de Deus" produziu benefícios, como coesão e identidade, mas também prejuízos, manifestando-se em atitudes religiosas supremacistas e intolerantes. Essas atitudes contradizem os ensinamentos de Jesus sobre o amor ao próximo, inclusive aos considerados inimigos.



8. Bibliografia 

"The New Testament: A Historical Introduction to the Early Christian Writings" por Bart D. Ehrman
"Introducing the New Testament: A Historical, Literary, and Theological Survey" por Mark Allan Powell
"A Survey of the New Testament" por Robert H. Gundry
"The Old Testament and the Significance of Jesus: Embracing Change - Maintaining Christian Identity" por Fredrick J. Long
"New Testament Theology: Magnifying God in Christ" por Thomas R. Schreiner
"The Moral Vision of the New Testament: Community, Cross, New Creation - A Contemporary Introduction to New Testament Ethics" por Richard B. Hays
"Reading the Bible with the Dead: What You Can Learn from the History of Exegesis That You Can't Learn from Exegesis Alone" por John L. Thompson
"Paul and the Faithfulness of God" por N.T. Wright
"The Old Testament: A Historical and Literary Introduction to the Hebrew Scriptures" por Michael D. Coogan
"Theology of the New Testament" por George Eldon Ladd