Livro: "A República" de Platão

  





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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4






Livro: "A República" de Platão

neste link aqui o programa que o estudo deste livro pertence 
e está comentado nos vídeos durante o texto


1. O LIVRO          VÍDEO-01

"A República" de Platão é uma obra clássica da filosofia que continua a ter um impacto significativo no mundo literário e intelectual. Embora tenha sido escrito por volta de 380 a.C., o livro mantém sua relevância ao longo dos séculos. Suas vendas persistem devido à sua importância histórica e à influência duradoura que exerce sobre o pensamento filosófico, político e educacional. A obra oferece uma profunda exploração das ideias de justiça, governo e moral, proporcionando insights atemporais que ressoam ainda hoje. A República não apenas vende cópias regularmente, mas também continua a ser objeto de estudo em instituições acadêmicas em todo o mundo, consolidando sua posição como uma das obras mais influentes da história da filosofia.


2. RESUMO           VÍDEO-02

"A República" de Platão é um diálogo filosófico que se desenrola entre Sócrates e outros personagens, notavelmente seu discípulo Glauco e o sofista Trasímaco. Dividida em dez livros, a obra inicia-se com uma discussão sobre justiça e evolui para uma exploração profunda de temas como a natureza do ser, a formação do Estado ideal e a educação dos guardiões. Platão propõe a ideia da tripartição da alma em razão, espírito e apetite, estabelecendo uma relação entre a estrutura da alma e a organização da sociedade. A alegoria da caverna é apresentada como uma metáfora para a jornada do conhecimento, enquanto o mito dos metais revela a concepção platônica de uma sociedade estratificada. O conceito da "teoria das ideias" ou "mundo das formas" também é central, enfatizando a busca pela verdade e conhecimento. Ao longo da obra, Platão delineia seu modelo de cidade-estado ideal, fundamentado na justiça, sabedoria e harmonia, delineando um pensamento filosófico que transcende as eras e permanece como uma contribuição duradoura à tradição intelectual ocidental.


3. AUTORIA E CONTEXTO            VÍDEO-03

Biografia de Platão:
Platão, nascido por volta de 427/428 a.C. em Atenas, foi um filósofo grego da Antiguidade Clássica e discípulo de Sócrates. Fundador da Academia em Atenas, Platão é amplamente reconhecido como um dos pensadores mais influentes da história. Sua vida e obra são transmitidas principalmente através dos diálogos que escreveu, sendo "A República" uma de suas obras mais conhecidas. Influenciado por Sócrates, Platão abordou temas diversos, incluindo ética, política, epistemologia e metafísica. Ele morreu em 347 a.C., deixando um legado intelectual que transcendeu séculos.

Motivação para Escrever "A República":
Platão foi motivado por um desejo profundo de entender e aprimorar a sociedade. Após a morte de seu mentor, Sócrates, Platão ficou desiludido com a política ateniense e começou a contemplar sobre a natureza da justiça, governo e moralidade. "A República" surge como uma tentativa de imaginar uma sociedade ideal, fundamentada em princípios filosóficos, visando promover a justiça e a excelência moral. O diálogo é uma expressão de sua busca por respostas para questões fundamentais sobre a natureza humana e o funcionamento adequado da sociedade.

Contexto Nacional e Mundial:
"A República" foi escrito em um período de transformações sociais e políticas em Atenas. O livro reflete as complexidades da democracia ateniense, que estava sujeita a mudanças frequentes e a desafios internos e externos. Além disso, a Guerra do Peloponeso, que abalou a Grécia durante o século IV a.C., pode ter influenciado a visão de Platão sobre a instabilidade política. O contexto mundial da época, marcado por conflitos e incertezas, pode ter contribuído para sua reflexão sobre a necessidade de uma ordem mais estável e fundamentada em princípios filosóficos.


4. CONSIDERAÇÕES             VÍDEO-04

"A República" de Platão é uma obra densa e filosoficamente rica, repleta de afirmações e conclusões que abrangem uma variedade de temas. Aqui estão 20 afirmativas e conclusões-chave que Platão apresenta ao longo do livro:

  1. Tripartição da Alma: Platão estabelece a divisão da alma em três partes - razão, espírito e apetite - sugerindo que cada parte desempenha um papel específico na formação do caráter humano.
  2. Justiça Individual: Platão argumenta que a justiça individual ocorre quando as três partes da alma estão em harmonia, com a razão governando sobre o espírito e o apetite.
  3. Teoria das Ideias: Uma das contribuições mais notáveis de Platão é a teoria das ideias, que postula a existência de formas eternas e imutáveis como modelos para a realidade percebida pelos sentidos.

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  4. Allegoria da Caverna: A famosa alegoria da caverna ilustra a jornada do conhecimento, destacando a transição da ignorância para a iluminação e a importância da educação na formação das percepções.

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  5. Filósofos-Reis: Platão propõe a ideia de governantes filósofos, seres dotados de sabedoria e conhecimento, destinados a liderar a cidade-estado ideal.
  6. Divisão da Sociedade: Ele defende uma sociedade estratificada com três classes - governantes, guerreiros e produtores - baseada nas habilidades inatas de cada indivíduo.

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  7. Comunidade de Mulheres e Filhos: Platão sugere a comunidade de mulheres e crianças entre os guardiões, visando eliminar os laços familiares que poderiam prejudicar a coesão social.
  8. Justiça na Cidade-estado: A justiça na cidade-estado ideal é definida como cada indivíduo desempenhando seu papel específico de acordo com suas habilidades, contribuindo para o bem comum.

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  9. Mito dos Metais: Platão introduz o mito dos metais para justificar a estratificação social, alegando que as almas dos governantes, guerreiros e produtores são feitas de ouro, prata e bronze, respectivamente.
  10. Natureza da Realidade: Ele sugere que o mundo sensível é transitório e ilusório, enquanto o mundo das ideias é permanente e verdadeiro, lançando luz sobre a natureza da realidade.

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  11. Conhecimento do Bem: Platão identifica o Bem como a ideia suprema que ilumina e guia todo o conhecimento, representando a fonte última de verdade e moralidade.
  12. Educação como Formação do Caráter: O autor enfatiza a importância da educação na formação do caráter, defendendo que a exposição a ideias elevadas molda a virtude.
  13. Arte na Sociedade Ideal: Platão desconfia da arte que imita a realidade, argumentando que ela pode influenciar negativamente as almas, preferindo uma arte que promova virtude e verdade.

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  14. Declínio da Cidade-estado: Ele prevê o declínio da cidade-estado ideal, passando por fases de oligarquia, democracia, tirania e, eventualmente, retornando a uma monarquia filosófica.

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  15. Importância da Filosofia: A obra enfatiza a importância da filosofia na busca pela verdade, sugerindo que os filósofos devem liderar para garantir uma sociedade justa.
  16. Concepção do Amor: Platão explora sua concepção de amor, sugerindo que o amor é um impulso para buscar a beleza e a perfeição, eventualmente elevando a alma.
  17. Conflito entre Filosofia e Poder Político: Ele reconhece o conflito entre a busca pela verdade filosófica e a realidade política, indicando a complexidade da aplicação de ideias filosóficas na governança.

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  18. Imortalidade da Alma: Platão argumenta a favor da imortalidade da alma, defendendo que a busca do conhecimento transcende a existência física e continua na vida após a morte.
  19. Crítica à Democracia Ateniense: O autor critica a democracia ateniense, alegando que a participação indiscriminada na política pode levar a decisões insensatas e injustiças.
  20. Idealismo Político e Social: Em última análise, "A República" é uma obra que expressa o idealismo político e social de Platão, oferecendo uma visão utópica da sociedade governada pela razão e pela busca da verdade.


5. APOIOS RELEVANTES              VÍDEO-13

Embora seja difícil apontar figuras específicas que tenham concordado exatamente com as considerações de Platão em "A República", algumas personalidades ao longo da história expressaram ideias e filosofias que compartilham afinidades com os princípios apresentados na obra. Aqui estão três figuras consideradas relevantes, cada uma destacando áreas específicas de concordância:

Immanuel Kant (1724-1804):
Área de Concordância: Kant, um filósofo alemão da era iluminista, concordaria com Platão em relação à busca pela verdade e moralidade como fundamentais para a construção de uma sociedade justa. Ambos filósofos defendem a importância da razão e da ética na tomada de decisões individuais e sociais.

John Rawls (1921-2002):
Área de Concordância: Rawls, um filósofo político contemporâneo, encontraria afinidades com Platão no que diz respeito à justiça social. Assim como Platão, Rawls explorou concepções de justiça em suas obras, enfatizando a importância de estruturas sociais que promovam a equidade e considerem as necessidades dos menos privilegiados.

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Martin Luther King Jr. (1929-1968):
Área de Concordância: King, líder dos direitos civis nos Estados Unidos, pode ser visto concordando com Platão no que se refere à busca por uma sociedade justa e equitativa. Ambos compartilham a visão de que a justiça deve ser buscada ativamente e que a liderança deve ser guiada por princípios morais e éticos.
Embora essas figuras não tenham necessariamente endossado todas as ideias específicas de Platão em "A República", seus trabalhos refletem conceitos filosóficos e políticos que, de certa forma, ecoam as preocupações e objetivos apresentados por Platão na obra.


6. CRÍTICAS RELEVANTES               VÍDEO-15

A recepção de "A República" não foi universalmente positiva, e algumas figuras relevantes expressaram discordância em relação a certas considerações apresentadas por Platão. Aqui estão três pessoas consideradas relevantes que discordaram de algumas ideias do livro:

Aristóteles (384-322 a.C.):
Área de Discordância: Como discípulo de Platão, Aristóteles discordou de seu mentor em diversos pontos, incluindo a teoria das ideias. Aristóteles criticou a ideia de formas separadas e defendeu uma abordagem mais empirista, centrada na observação do mundo sensível.

Karl Popper (1902-1994):
Área de Discordância: Popper, um filósofo da ciência, criticou a visão de Platão sobre a sociedade ideal e a filosofia em geral. Ele argumentou contra o totalitarismo platônico, afirmando que a busca pela utopia pode levar a sistemas opressivos. Popper também introduziu o conceito de "falsificabilidade", contestando a verificabilidade das ideias platônicas.

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Thomas Hobbes (1588-1679):
Área de Discordância: Hobbes, filósofo político, discordaria de Platão em relação à visão otimista sobre a natureza humana e à ideia de uma sociedade estratificada. Hobbes acreditava em um contrato social baseado na autoridade centralizada e na busca pela segurança, opondo-se à concepção de Platão de uma república governada por filósofos.
Essas figuras representam críticas importantes a aspectos específicos das ideias de Platão em "A República". Suas discordâncias ajudam a destacar a diversidade de pensamento filosófico e político ao longo da história, contribuindo para o enriquecimento do debate intelectual.


7. CONSIDERAÇÕES PARA O NOSSO DIA A DIA                VÍDEO-17   VÍDEO-18

Importância da Educação e Conhecimento:
Uma consideração relevante para o nosso dia a dia é a ênfase de Platão na importância da educação e do conhecimento. Ele argumenta que a exposição a ideias elevadas e a busca constante pelo conhecimento são fundamentais para o desenvolvimento individual e para a formação de uma sociedade justa. Assim, podemos aplicar essa ideia em nossa vida cotidiana, buscando oportunidades de aprendizado contínuo e valorizando a educação como um meio de aprimoramento pessoal e coletivo.

Equilíbrio e Harmonia Interna:
Platão propõe a tripartição da alma em razão, espírito e apetite, destacando a importância de alcançar um equilíbrio e harmonia interna. Essa consideração tem implicações significativas para nossa saúde mental. Buscar compreender e equilibrar as diferentes dimensões de nossas emoções, desejos e racionalidade pode contribuir para uma vida mais equilibrada e saudável mentalmente, promovendo o bem-estar emocional.

Justiça e Colaboração nos Relacionamentos:
A concepção de justiça de Platão, aplicada à cidade-estado ideal, destaca a importância de cada indivíduo desempenhar seu papel específico para o bem comum. Essa ideia pode ser aplicada em nossos relacionamentos, incentivando a colaboração, o respeito às habilidades individuais e a busca pela justiça em nossas interações diárias. Reconhecer e valorizar as contribuições únicas de cada pessoa pode fortalecer os laços sociais e melhorar a qualidade de nossos relacionamentos.

Essas considerações do livro de Platão podem oferecer insights valiosos para aprimorar nossa saúde mental, guiar nosso cotidiano e fortalecer nossos relacionamentos, destacando a importância da educação, do equilíbrio interno e da justiça nas interações sociais.


8. JESUS CRISTO                VÍDEO-19

Embora "A República" de Platão seja uma obra da filosofia grega antiga e Jesus Cristo tenha vivido em um contexto cultural e histórico diferente, é possível identificar alguns princípios que Jesus enfatizaria em relação à boa convivência humana, considerando alguns temas tratados no livro. Aqui estão três destaques:

Amor e Compaixão:
Jesus enfatizaria a importância do amor e da compaixão como fundamentos essenciais para a boa convivência. Em contraste com a visão estratificada de Platão, Jesus promoveu a ideia de amar o próximo como a si mesmo, incentivando a empatia, o cuidado pelos outros e a promoção de relacionamentos baseados no amor e na compaixão.

Igualdade e Valor Inerente:
Jesus Cristo, ao abordar temas de justiça e relacionamentos, enfatizaria a igualdade e o valor inerente de cada pessoa. Enquanto Platão propõe uma sociedade estratificada com diferentes classes, Jesus ensinou que todos são igualmente amados por Deus e têm um valor intrínseco. Essa perspectiva de igualdade fundamental seria crucial para a boa convivência e respeito mútuo.

Paz Interior e Perdão:
Jesus Cristo destacaria a importância da paz interior e do perdão como elementos essenciais para manter relacionamentos saudáveis. Enquanto Platão aborda a harmonia interna da alma, Jesus ensinaria sobre a necessidade de buscar a paz interior por meio da reconciliação e do perdão, contribuindo para a construção de uma comunidade baseada na compreensão e na paz.

Embora as abordagens filosóficas de Platão e os ensinamentos de Jesus sejam distintos, ambos compartilham preocupações com a ética, a justiça e a boa convivência. Os destaques mencionados refletem princípios que Jesus Cristo, com base em seus ensinamentos, poderia destacar para promover uma convivência humana mais justa e compassiva.