(1) Reforçar que o termo Democracia é a governança do povo em benefício, não de alguns, mas do povo, do coletivo como um todo.
Um dos principais propósitos deste livro é reforçar a verdadeira essência do termo Democracia como sendo a governança do povo em benefício coletivo, e não de uma elite privilegiada. Como salientado por Robert Dahl, a democracia ideal é aquela em que as políticas públicas são decididas e implementadas em favor do bem-estar de todos os cidadãos, promovendo a igualdade e a justiça social (Dahl, 1989).
(2) Demonstrar que o termo tem sido divulgado para justificar exatamente o contrário do que ele significa, facilitando o enriquecimento de poucos países e pessoas
O autor busca demonstrar como o conceito de Democracia tem sido deturpado e utilizado para justificar interesses particulares em detrimento do bem comum. Conforme observado por Noam Chomsky, a retórica da democracia muitas vezes encobre a realidade de que ela tem sido instrumentalizada para facilitar a concentração de riqueza e poder nas mãos de poucos (Chomsky, 1999).
(3) Também, a alienação, por todos os meios possíveis, tem sido tão grande, que os beneficiados com a falsa democracia, não precisam nem se defender, pois suas vítimas é que tem feito isto com o máximo de violência possível em todo o mundo.
Assim, outro objetivo crucial é abordar a alienação generalizada que permeia a sociedade contemporânea, destacando como aqueles que se beneficiam do status quo da falsa democracia muitas vezes nem precisam se defender, pois são as próprias vítimas que, alienadas, perpetuam e defendem o sistema com violência. Conforme discutido por Herbert Marcuse, a manipulação das massas tem sido uma ferramenta poderosa para a manutenção do status quo (Marcuse, 1964).
(4) O autor também observa, as bandas podres das religiões, principalmente o cristianismo, e mais particularmente, o protestantismo e o evangelicalismo, desde a Reforma Protestante, sendo os maiores defensores da democracia capitalista, contrariando todo o ensino de Jesus e Paulo sobre o amor à ganância como raiz de todos os males no mundo.
Assim, se propõe a analisar o papel das instituições religiosas, especialmente o cristianismo, na promoção da democracia capitalista, mesmo em contraposição aos ensinamentos centrais da fé. Referindo-se aos escritos bíblicos, ele destaca como o amor à ganância é identificado como a raiz de muitos males, contradizendo a postura de muitas denominações religiosas contemporâneas (Bíblia Sagrada, 1 Timóteo 6:10).
(5) Por fim, desmitificar a Democracia capitalista que os Estados Unidos impõem ao mundo, favorecendo seus interesses colonialistas, e estudar a Democracia Chinesa que, em pouco tempo, tem diminuído a desigualdade social entre as bilhões de pessoas do seu povo, buscando melhorar o modelo, adaptando-o às várias culturas no mundo.
Então, outro objetivo é buscar desmistificar a hegemonia da Democracia capitalista, principalmente aquela propagada pelos Estados Unidos, e explorar alternativas como o modelo chinês. O autor destaca a necessidade de adaptar e aprimorar os sistemas democráticos, buscando inspiração em experiências que visam reduzir, até acabar, a desigualdade social e promover o bem-estar coletivo, como evidenciado pelo caso chinês em sua busca por um modelo adaptado às diversas culturas globais.
Referências bibliográficas:
Dahl, R. A. (1989). Democracy and Its Critics. Yale University Press.
Chomsky, N. (1999). Profit over People: Neoliberalism and Global Order. Seven Stories Press.
Marcuse, H. (1964). One-Dimensional Man: Studies in the Ideology of Advanced Industrial Society. Beacon Press.
Bíblia Sagrada, 1 Timóteo 6:10.