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Criacionismo científico se entende pela afirmação da ação de um criador para o surgimento da vida. O conceito de criacionismo científico mais trabalhado é o de visão bíblicae cristã, que tem expoentes de pensamento nos Estados Unidos, tal qual Ruse que afirma: “O criacionismo, em um sentido geral, refere-se à teoria de que Deus fez o mundo sozinho, por meios miraculosos, do nada. Mais especificamente, na América atual, o criacionismo é a teoria de que a Bíblia, em particular os primeiros capítulos do Gênesis, é um guia literalmente verdadeiro da história do universo e da história da vida aqui na Terra, inclusive de nós seres humanos.” 1
Outras definições de Criacionismo são:
- a idéia de “que a ordem surgiu ... da inteligência criativa divina ... [ou] da inteligência divina trabalhando por causas naturais” 2
- “a crença de que a vida na Terra é o produto de um ato divino e não da evolução orgânica” 3
- “a crença de que o universo e todos os seres vivos foram criados por DEUS” 4
Existem também definições mais explícitas que evidenciam a visão Cristã do Criacionismo, como:
- “Os criacionistas ... acreditam que Deus criou a Terra e os seres vivos nela, como escrito na Bíblia” 5
- “Uma doutrina cristã afirmando que o mundo e todos os seres vivos nele – especialmente os seres humanos – foram criados por DEUS” 6
O esmagador consenso da comunidade científica é de que o criacionismo científico é uma visão religiosa, não uma visão científica, e de que o criacionismo científico não se qualifica como ciência, porque ele não tem suporte empírico, não fornece hipóteses levantadas, e resolve descrever história natural em termos de causas sobrenaturais cientificamente intestáveis. O criacionismo científico tem sido caracterizado como uma tentativa pseudocientífica para transformar a Bíblia em fatos científicos.
O criacionismo científico conflita-se diretamente com a teoria da evolução, ao identificar que um criador através de modo sobrenatural gerou a vida existente na terra e que não existe formação de novas espécies (especiação) como afirma a teoria da evolução. É de se notar que o criacionismo científico não rejeita a ideia de pequenas mudanças dentro de mesmas espécies, mas que estas são limitadas.
Podemos ver um exemplo de proposição criacionista científica, na qual o criacionista Henry M. Morris estabelece o seguinte modelo de afirmações para a teoria Criacionista científica:
- O mundo, tal como ele existe agora, foi criado do nada por ação divina.
- Essa criação aconteceu menos de dez mil anos atrás.
- Os seres antigos eram superiores (a nível molecular) aos seres atuais.
- Não aconteceu qualquer desenvolvimento subseqüente, mas uma degradação contínua.
- A teoria da evolução é falsa, porque a mutação e a seleção natural não podem explicar o suposto desenvolvimento subsequente de todos os seres vivos.
- Podem ocorrer modificações limitadas dentro de uma espécie, mas todas as espécies (atuais e extintas) foram criadas por DEUS no início: não existe a suposta “especiação” afirmada pela teoria da evolução.
- Não existe “antepassado comum” compartilhado por espécies distintas (por ex., os seres humanos e outros primatas).
- Os eventos catastróficos e não os alegados processos geomorfológicos da “ciência” da Geologia, foram a causa das características geológicas da Terra.
- O evento geológico mais importante na história foi o grande dilúvio descrito no Gênese, que explica, entre outras coisas, a presença de fósseis de espécies extintas em camadas geológicas distintas. 7
Este tipo de Criacionismo pode ser chamado de pseudociência em decorrência de não se formular sobre uma hipótese empírica e falsificável. O Criacionismo científico nega ateoria da evolução, que é uma parte da ciência. Uma de suas pressuposições é baseada sobre a “geologia da inundação” que relata os impactos gerados pelo grande dilúviobíblico. 8
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ Ruse, M. 2005 “Creationism”, in Horowitz, M. (org.), New Dictionary of the History of Ideas, 6 vols., Detroit, Charles Scribner’s Sons, vol. 2, pp. 489-493.
- ↑ Arnhart, L. 2005 “Evolution–Creationism Debate”, in MITCHAM, C. (org.), Encyclopedia of Science, Technology, and Ethics, 4 vols. Detroit, Macmillan Reference, vol. 2, pp. 720-723.
- ↑ Feffer, L. B. 2003 “Creationism”, in Kutler, S. I. (org.), Dictionary of American History, 10 vols., 3ª ed., New York, Charles Scribner’s Sons, vol. 2, pp. 446-447.
- ↑ Saladin, K. S. 2002 “Creationism”, in Robinson, R. (org.), Biology, 4 vols., New York, Macmillan Reference, vol. 1, pp. 185-187.
- ↑ George, M. 2001 “And Then God Created Kansas? The Evolution/Creationism Debate in America’s Public Schools”, University of Pennsylvania Law Review, vol. 149, nº 3: 843-872.
- ↑ Longley, E. 2000 “Creationism”, in Pendergast, S.; Pendergast, T. (orgs.), St. James Encyclopedia of Popular Culture, 5 vols., Detroit, St. James Press, vol. 1, pp. 627-628.
- ↑ Morris, H. M. 1965 A Bíblia e a Ciência Moderna, São Paulo, Imprensa Batista Regular. 1981 Scientific Creationism. San Diego, CLP Publications.
- ↑ Engler, S. 2007 “Tipos de Criacionismos Cristãos”. Junho/2007.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Criacionismo_cient%C3%ADfico