Morte e sucessão[editar | editar código-fonte]
A doença de Augusto em 23 a.C. trouxe o problema de sucessão para o primeiro plano dos assuntos políticos e públicos. Para assegurar estabilidade, precisava designar um herdeiro para sua posição única na sociedade e governo romanos. Isto era para ser alcançado de forma pequena, não dramática e incremental que não provocasse os temores senatoriais de monarquia. Se alguém fosse sucedê-lo em sua posição não-oficial de poder, teria que fazê-lo por meio de seus próprios méritos comprovados publicamente.185 Alguns historiadores augustanos argumentam que indícios apontam para o filho de sua irmã, Marcelo, que foi rapidamente casado com Júlia, a Velha.186Outros historiadores disputam isso devido o testamento de Augusto lido em voz alta pelo senado enquanto estava seriamente doente em23 a.C.,187 que indicava uma preferência por Marco Agripa, que foi o segundo em comando e indiscutivelmente o único de seus associados que poderia ter controle das legiões e manter o império unido.188
Após a morte de Marcelo em 23 a.C., Augusto casou sua filha com Agripa. Esta união produziu cinco crianças, três filhos e duas filhas:Caio César, Lúcio César, Júlia, a Jovem, Agripina e Agripa Póstumo, assim nomeado por ter nascido após a morte de Marco Agripa. Logo após o segundo pacto, a Agripa foi garantido um mandato de cinco anos na administração da porção oriental do império com oimperium de um procônsul e o mesmo poder de tribuno garantido a Augusto (embora isso não tenha colocado em cheque a autoridade de Augusto), com uma sede de governo estabelecida em Samos, no mar Egeu oriental.188 Embora esta garantia de poder tenha mostrado o favor do príncipe à Agripa, foi também uma medida de agradar os membros do partido cesariano ao permitir que um de seus membros compartilhasse um quantidade considerável de poder com ele.189
A intenção de Augusto de fazer Caio e Lúcio César seus herdeiros foi evidente quando adotou-os como seus próprios filhos.190 Ele apossou-se do consulado em 5 e 2 a.C., e assim poderia pessoalmente inaugurá-los em suas carreiras políticas,191 e eles foram nomeados como os cônsules de 1 e 4 d.C..192 Augusto também mostrou favor a seus enteados, os filhos do primeiro casamento de Lívia, Nero Cláudio Druso Germânico(doravante referido como Druso) e Tibério Cláudio garantido-lhes comandos militares e ofício público, embora parece que preferiu Druso. Após a morte de Agripa em 12 a.C., Tibério foi ordenado a divorciar-se de sua esposa Vipsânia Agripina e casar com a viúva de Agripa - assim que um período de luto para ele terminou. Enquanto o casamento de Druso com Antônia (filha de Marco Antônio e Otávia) foi considerado um assunto inquebrantável, Vipsânia foi "apenas" a filha do primeiro casamento de Agripa.193
Tibério partilhou dos poderes tribunícios de Augusto a partir de 6 a.C., mas logo depois partiu em aposentadoria, declaradamente não querendo mais papel na política enquanto exilou-se para Rodes. Embora nenhuma razão específica seja conhecido para sua partida, poderia ter sido uma combinação de razões, incluindo um casamento falho com Júlia,151 194 bem como um sentimento de inveja e exclusão devido ao aparente favorecimento de Caio e Lúcio, que juntaram-se ao colégio dos pontífices em tenra idade, foram apresentados para os espectadores de uma forma mais favorável e introduzidos no exército na Gália.195 196 Após as mortes precoces de Lúcio e Caio em 2 e 4 d.C. respectivamente, e a morte anterior de seu irmão Druso em 9 a.C., Tibério foi convocado para Roma em junho de 4, onde foi adotado por Augusto sob a condição que, em troca, adotaria seu sobrinho Germânico.197 A prática de apresentar ao menos duas gerações de herdeiro tornou-se uma tradição.193 Naquele ano, a Tibério foi garantido os poderes de tribuno e procônsul, emissários de reis estrangeiros tiveram que saldar seus respeitos a ele, e por 13 foi recompensando com seu segundo triunfo nível deimperium semelhante ao de Augusto.198
O único reclamante possível como herdeiro foi Agripa Póstumo, que tinha sido exilado no ano 7. Seu banimento tornou-se permanecente após decreto senatorial, e Augusto oficialmente o desonrou. Ele certamente caiu do favor como um herdeiro e o historiador Erich S. Gruen nota que várias fontes contemporâneas afirmam que Agripa Póstumo foi um "jovem homem vulgar, brutal e bestial, e de caráter depravado."199
Em 19 de agosto de 14, Augusto morreu enquanto visitava o túmulo de seu pai biológico em Nuvlana (atual Nola), na Campânia. TantoTácito como Dião Cássio escreveram que Lívia levou-o à morte pelo envenenamento de figos frescos, embora esta alegação permaneça não comprovada.200 201 Tibério, que estava presente no leito de morte de Augusto ao lado de Lívia, foi nomeado seu herdeiro. Suas famosas últimas palavras foram: "Eu desempenhei meu papel bem? Então aplaudam quando eu morrer" - referência à autoridade régia que desempenhou como imperador. Publicamente, contudo, suas últimas palavras foram, "Eis que encontrei Roma de barro, e deixo-a de mármore para vocês". Uma enorme procissão funeral de pranteadores viajou com o corpo de Augusto de Nuvlana a Roma, e no dia de seu enterro todos os negócios públicos e privados fecharam.202 Tibério e seu filho Druso prestaram um elogio enquanto de pé no topo de dois rostras. O corpo de Augusto foi cremado em uma pira próximo a seu mausoléu e foi proclamado que ele juntou-se a companhia dos deuses como um membro do panteão romano.203 Em 410, durante o Saque de Roma de 410, o mausoléu foi saqueado pelosvisigodos de Alarico (r. 395–410) e suas cinzas dispersas.204
O historiador D. C. A. Shotter afirma que sua política em favor da família juliana sob a claudiana pode ter proporcionado a Tibério causa suficiente para mostrar aberto desdém a ele após sua morte; em vez disso, Tibério foi sempre rápido para repreender aqueles que o criticavam.205 Shotter sugere que a deificação de Augusto, unido à atitude "extremamente conservadora" de Tibério a respeito de religião, obrigou-o a suprimir qualquer sentimento aberto que pudesse ter nutrido.206 Também, o historiador R. Shaw-Smith cita cartas de Augusto para Tibério que exibem afeição a Tibério e alta consideração por seus méritos militares.207 Shotter alega que Tibério focou sua raiva e criticismo em Caio Asínio Galo (por casar-se com Vipsânia após Augusto forçá-lo a divorciar-se) bem como os dois jovens césares Caio e Lúcio, os reais arquitetos de seu divórcio e rebaixamento imperial.206
Legado[editar | editar código-fonte]
O reinado de Augusto lançou as fundações de um regime que durou, no Ocidente, até o declínio final do Império Romano do Ocidenteem 476, e no Oriente, até a Queda de Constantinopla em 1453. Tanto seu sobrenome César como seu título Augusto tornaram-se títulos permanentes dos governantes do Império Romano pelos 14 séculos seguintes à sua morte. Em muitas línguas, César tornou-se a palavra para imperador, como no alemão cáiser e no búlgaro e subsequentemente no russo czar. O culto do "Divino Augusto" (Divus Augustus) continuou até a religião do Estado ser mudada para o cristianismo em 391 por Teodósio I (r. 378–395). Consequentemente, há muitas estátuas e bustos excelentes do primeiro imperador. Muitos o consideram como o maior imperador romano; suas políticas certamente estenderam o tempo de duração do império e iniciaram a Pax Romana ("Paz Romana") ou Pax Augusta ("Paz de Augusto").208 O senado romano desejou que os imperadores subsequentes fossem "mais afortunados que Augusto e melhores que Trajano".209 Ele foi inteligente, decidido, e um político astuto, mas talvez não foi tão carismático quanto Júlio César,210 e foi influenciado por sua terceira esposa Lívia (às vezes para a pior).211 No entanto, seu legado foi mais duradouro.
Ele tinha composto um registro de suas realizações, o Res Gestae Divi Augusti, para ser inscrito em bronze na frente de seu mausoléu.212 Cópias do texto foram inscritas através do império após sua morte.213 As inscrições em latim exibiram traduções em grego, e foram inscritas em muitos edifícios públicos, tais como o Monumento de Ancira, em Ancara, chamada a "rainha das inscrições" pelo historiador Theodor Mommsen.214 Algumas das obras escritas por Augusto sobreviveram. Elas incluem seus poemas Sicília, Epífano eAjax, uma auto-biografia em 13 livros, uma tratado filosófico, e sua contestação por escrito do Elogio de Catão de Bruto.215 Além destes, os historiadores, através de suas cartas existentes, buscam fatos ou pistas adicionais a respeito de sua vida pessoal.207 216
Embora o mais poderoso indivíduo do Império Romano, Augusto desejava incorporar o espírito da virtude e normas republicanas. Para tal, com seus poderes censoriais, apelou para as virtudes de patriotismo romano proibindo todos os outros trajes além da toga clássica ao entrar no Fórum.169 Além disso, outorgou leis acerca do casamento, uma vez que a aristocracia estava desenvolvendo uma desinclinação pelo matrimônio, contra o celibato e contra a ausência de prole, todos eles com punições pecuniárias, especialmente a respeito das qualificações para ser mencionado em um testamento.217
Ele também queria se conectar com os assuntos dos plebeus e pessoas desfavorecidas, algo que alcançou através de várias ações de generosidade e uma redução de excessos. No ano 29 a.C., Augusto pagou 400 sestércios para cada 250 000 cidadãos, 1 000 sestércios para cada 120 000 veteranos nas colônias e gastou 700 milhões de sestércios na aquisição de terras para que seus soldados se assentassem. Ele também restaurou 82 templos diferentes para demonstrar seu cuidado com o panteão de deidades romanas. Em 28 a.C., derreteu 80 estátuas de prata erigidas em sua honra, na tentativa de parecer frugal e modesto.218
A longevidade do reinado de Augusto e seu legado para o mundo romano não devem ser negligenciados como um fator chave em seu sucesso. Como Tácito escreveu, as gerações jovens vivas em 14 d.C. nunca conheceram outra forma de governo além do principado.219 O atrito das guerras civis sobre a velha oligarquia republicana e a longevidade de Augusto, portanto, podem ser vistos como grandes fatores contribuintes para a transformação do Estado romano numa monarquia de facto nestes anos, embora sua experiência, paciência, tato e perspicácia política também desempenharam sua parte. Seu legado final foi a paz e prosperidade do império desfrutada pelos próximos dois séculos sob o sistema que iniciou. Sua memória foi consagrada no ethos político da época imperial como um paradigma do bom imperador.220 Cada imperador de Roma adotou seu nome, César Augusto, que gradualmente perdeu seu caráter como um nome e posteriormente tornou-se um título.203 Os poetas augustanos Virgílio e Horácio louvaram-o como um defensor de Roma, um sustentáculo da justiça moral, e um indivíduo que suportou o peso da responsabilidade de manter o império.221
Contudo, para seu governo de Roma e o estabelecimento do principado, também esteve sujeito ao criticismo através das eras. O jurista contemporâneo Marco Antístio Labeão, apaixonado pelos dias da liberdade republicana pré-augustana nos quais nasceu, abertamente criticou seu regime. No começo de seus anais, o historiador Tácito escreveu que o príncipe tinha astuciosamente subvertido a Roma republicana em uma posição de escravidão. Ele continuou dizendo que, com a morte de Augusto e o juramente de lealdade a Tibério, as pessoas de Roma simplesmente trocaram um proprietário de escravos por outro.222 Tácito, contudo, registra duas visões, contraditórias, de Augusto:
“ | Pessoas inteligentes louvam e criticam-o de maneiras variadas. Uma das opiniões foi como se segue. Dever filial e uma emergência nacional, na qual não há lugar para conduta cumpridora da lei, tinha-lhe levado a uma guerra civil - e isso não pode ser iniciado nem mantido por métodos descentes. Ele tinha feito muitas concessões a Antônio e Lépido por causa de vingança contra os assassinos de seu pai. Quando Lépido ficou velho e preguiçoso, e a auto-indulgência de Antônio levou a melhor sobre ele, a única cura possível para o país distraído seria o governo por um homem. Contudo, Augusto colocou o Estado de modo a não fazê-lo rei ou ditador, mas criar o principado. As fronteiras do império estavam sobre o oceano, ou rios distantes. Exércitos, províncias, frotas e o sistema inteiro estavam inter-relacionados. Os cidadãos de Roma estavam protegidos pela lei. As províncias estavam decentemente tratadas. Roma em si tinha sido ricamente embelezada. A força tinha sido usada com moderação meramente para preservar a paz para a maioria.223 | ” |
De acordo com uma segunda opinião oposta:
“ | dever filial e crise nacional foram meramente pretextos. Na realidade, o motivo de Otaviano, o futuro Augusto, foi luxúria pelo poder [...] Houve certamente paz, mas foi uma paz manchada de sangue de desastres e assassinatos.224 | ” |
Numa recente biografia sobre o imperador, Anthony Everitt afirma que, através dos séculos, julgamentos sobre o reinado de Augusto oscilaram entre estes dois extremos, mas salienta que:
“ | Opôr-se não tem que ser mutualmente exclusivo, e não somos obrigados a escolher um ou outro. A história de sua carreira mostra que Augusto foi de fato implacável, cruel e ambicioso. Isso era em parte um traço pessoal, pois romanos da classe alta eram educados para competir uns com os outros e para se destacar. Contudo, ele combinou uma preocupação primordial de seus interesses pessoais com um profundo patriotismo, baseado na nostalgia das antigas virtudes de Roma. Em sua capacidade como príncipe, egoísmo e altruísmo coexistiram em sua cabeça. Enquanto lutando pelo domínio, deu pouca atenção para a legalidade ou para as civilidades normais da vida política. Foi tortuoso, indigno de confiança, e sedento de sangue. Mas, uma vez estabelecida sua autoridade, governou eficientemente e justamente, geralmente permitindo liberdade de discurso, e promoveu o governo da lei. Foi imensamente trabalhador e esforçou-se tão duro como qualquer parlamentar democrático para tratar seus colegas senadores com respeito e sensibilidade. Ele não sofreu das desilusões da grandeza.225 | ” |
Tácito era da crença que Nerva (r. 96–98) com sucesso "misturou duas ideias anteriormente alienígenas, principado e liberdade".226 O historiador do século III Dião Cássio reconheceu Augusto como um governante moderado e benigno e, como muitos outros historiadores após sua morte, viu-o como um autocrata.222 O poeta Lucano era da opinião que a vitória de Júlio César sobre Pompeu e a queda deCatão, o Jovem marcou o fim da liberdade tradicional em Roma. O historiador Chester G. Starr escreve de sua evasão de criticá-lo: "talvez Augusto era uma figura demasiado sagrada para acusar diretamente".226 O escritor anglo-irlandês Jonathan Swift, em seu "Discurso sobre as competições e dissenções em Atenas e Roma", criticou-o abertamente por instalar tirania sobre Roma e comparou o que acreditava da virtuosa monarquia constitucional da Grã-Bretanha com a república moral de Roma do século II a.C.. Em seu criticismo a Augusto, o almirante e historiador Thomas Gordon comparou-o com o tirano puritano Oliver Cromwell.227 Thomas Gordon e o filósofo político francês Montesquieu reconhecem que um covarde em batalha. Em suas "Memórias da Corte de Augusto", o estudioso escocês Thomas Blackwell considerou-o um governante maquiavélico, "um usurpador vingativo e sedento de sangue", "perverso e sem valor", "um espírito médio" e um "tirano".228
Reformas na receita[editar | editar código-fonte]
A reformas de Augusto na receita pública tiveram um grande impacto sobre o sucesso subsequente do império. Trouxe uma parcela muito maior da base territorial expandida do império sob uma taxação direta e consistente de Roma, em vez dos tributos variáveis, intermitentes e de certa forma arbitrários por cada província como seus antecessores tinham feito. Esta reforma grandemente aumentou a receita líquida romana por suas aquisições territoriais, estabilizou seu fluxo, e regularizou a relação financeira entre Roma e as províncias, em vez de provocar novos ressentimentos com cada nova exação arbitrária de tributo.229 As medidas de taxação de seu reinado foram determinadas pelo censo populacional, com cotas fixas para cada província. Os cidadãos de Roma e Itália pagaram tributos indiretos, enquanto os tributos diretos foram exigidos das províncias. Dentre os tributos indiretos havia uma taxa de 4% sobre o preço de escravos, uma taxa de 1% sobre bens vendidos em leilão e uma taxa de 5% sobre a herança de propriedades avaliadas acima de 10 000 sestércios por pessoa que não os parentes mais próximos.230
Outra importante reforma foi a abolição do imposto agrícola privado, que foi substituído pelo serviço civil assalariado de coletor de impostos. Contratantes privados que levantavam os impostos foram a norma durante a república, e alguns cresceram suficientemente no poder para influenciar a quantidade de votos dos políticos em Roma. Os fazendeiros fiscais (publicanos) ganharam grande infâmia por suas depredações, bem como grande fortuna privada, por adquirirem o direito de taxarem áreas locais.229 A receita de Roma foi a soma das propostas vencedoras, e os lucros dos fazendeiros fiscais consistiu de quantias adicionais que eles podiam forçosamente espremer da população com a bênção de Roma. A falta de supervisão efetiva, combinado com o desejo dos fazendeiros fiscais de maximizar seus lucros, produziu um sistema de exações arbitrárias que foi com frequência barbaramente cruel para os contribuintes, amplamente (e com precisão) percebida como injusta e muito prejudicial para investimento e a economia.
Os rendimentos fiscais da província do Egito foram empregados para financiar as operações do império e resultaram na mudança da forma romana de governo.231 Como foi efetivamente considerado uma propriedade privada do imperador e não uma província imperial, tornou-se parte do patrimônio de cada um dos imperadores sucessores.232 Em vez de um legado ou procônsul, Augusto instalou umprefeito da classe equestre para administrar o Egito e manter seus portos marítimos lucrativos; esta posição tornou-se a mais alta conquista política para qualquer equestre além da de prefeito da guarda pretoriana.233 O território agrícola altamente produtivo do Egito rendeu enormes receitas que estavam disponíveis para ele seus sucessores pagarem por obras públicas e expedições militares.231
Mês de agosto[editar | editar código-fonte]
O mês de agosto (em latim: Augustus) foi nomeado em honra a Augusto. Até seu tempo era chamado sextil (sextilis em latim) devido ao fato de ter sido o sexto mês do calendário romano original. Comumente se diz que Agosto tinha 31 dias, pois Augusto quis que seu mês coincidisse em tamanho com o julho de Júlio César, mas isso foi uma invenção do estudioso do século XIII João de Sacrobosco. Sextil tinha 31 dias antes de ser renomeado, e não foi escolhido por seu comprimento (ver calendário juliano). De acordo com o senatus consultum citado por Macróbio, sextil foi renomeado em honra a Augusto, pois vários dos eventos significativos de sua ascensão ao poder, culminando com a queda de Alexandria, ocorreram naquele mês.234
Forças armadas[editar | editar código-fonte]
Com o fim das guerras civis, Augusto também foi capaz de criar um exército permanente para o Império Romano, fixado num tamanho de 28 legiões e cerca de 170 000 soldados235 que foram apoiados por numerosas unidades auxiliares de 500 soldados cada, frequentemente recrutadas nos territórios recém-conquistados.236 Além disso, com suas finanças assegurando a manutenção das estradas através da Itália, ele também instalou um sistema oficial de mensageiros com estações de retransmissão supervisionadas por um oficial militar conhecido como prefeito dos veículos (praefectus vehiculorum).237 Ademais do advento duma comunicação mais rápida entre os políticos italianos, sua extensiva construção de estradas também permitiu que os exércitos romanos marchassem rapidamente e num ritmo sem precedentes através do país.238 No ano 6, Augusto estabeleceu o erário militar, doando 170 milhões de sestércios para o novo tesouro militar que proveu soldados ativos e aposentados.239
Sob Augusto, Roma foi totalmente transformada com a institucionalização da primeira força policial (coortes urbanos; cohortes urbanae) e de bombeiros (vigiles urbanos, vigiles urbani) da cidade e com o estabelecimento do prefeito municipal (praefectus municipii) como um ofício permanente. A força policial foi dividida em coortes de 500 homens cada, enquanto as unidades de bombeiros variaram de 500 a 1 000 homens cada, com sete unidades atribuídas para cada um dos 14 setores da cidade criados por ele.240 Um prefeito dos vigiles(praefectus vigilum) foi colocado como encarregado dos vigiles urbanos.241
Uma das instituições mais duradouras de Augusto foi a guarda pretoriana, estabelecida em 27 a.C., originalmente como uma unidade de guarda pessoal no campo de batalha e que evoluiu para uma guarda imperial bem como uma importante força política de Roma.242 Ela teve o poder de intimidar o senado, instalar novos imperadores, e depor aqueles que desgostava. O último imperador a quem serviu foi Maxêncio (r. 306–312) e sob Constantino (r. 306–337) esta unidade foi debandada e seus quartéis, o acampamento pretoriano, foram desmantelados.243
Projetos de construção[editar | editar código-fonte]
Na esfera da arquitetura, Augusto promoveu um extenso programa de construção que incluiu construções, restaurações e decorações, financiadas com seus recursos privados.220 Tal programa torna-se expresso na célebre frase proferida em seu leito de morte: "Encontrei uma Roma de tijolos; dei uma de mármore para vocês". Embora há alguma verdade no significado literal disso, Dião Cássio afirma que foi uma metáfora para a força do império.244 Mármore pode se encontrado em edifícios de Roma anteriores a Augusto, mas não era extensivamente usado como um material de construção até seu reinado.245 Embora isso não se aplique às favelas de Subura, que ainda eram tão frágeis e propensas a incêndio como sempre, ele deixou uma marca sobre a topografia monumental do centro e do Campo de Marte.246
O estilo augustano pode ser entendido como uma mistura de conservadorismo e inovação, frequentemente associado a um olhar grego220 por meio do emprego da ordem coríntia, que tornou-se o estilo arquitetônico dominante a partir de Augusto. Suetônio certa vez comentou que Roma era indigna de seu estatuto como uma capital imperial, uma vez que o príncipe e Agripa desmantelaram este sentimento ao transformar a aparência de Roma num modelo grego clássico.245 Para celebrar sua vitória na batalha de Áccio, um Arco de Augusto foi erguido em 29 a.C., sendo erguido outro, em 19 a.C., no Vico Vestal entre o Templo de César e o Templo de Castor e Pólux, para celebrar sua reconquista dos estandartes de guerra perdidos por Crasso em 53 a.C. para o Império Parta.247 Era no segundo que originalmente encontrava-se o Fasti Capitolini Consulares et Triumphales.248 Augusto também construiu o Altar da Paz (Ara Pacis), com inúmeros relevos que representam os cortejos imperiais dos pretorianos, as vestais e os cidadãos de Roma,249 um relógio monumental, cujo gnômon central foi um obelisco tomado do Egito,246 o Diribitório, o Templo de César, a Biblioteca e o Templo de Apolo Palatino250 e o Fórum de Augusto com seu Templo de Marte Ultor.251
Outros projetos também foram encorajados, tais como a reforma do Septa Júlia de Júlio César, que tornou-se palco de lutas degladiadores,252 e a construção do Teatro de Balbo, o Panteão, as Termas, o Estagno e o Euripo de Agripa,220 ou fundados em nome de outros, frequentemente parentes, como por exemplo o Pórtico de Otávia, o Macelo de Lívia e o Teatro de Marcelo. Mesmo seu mausoléu foi construído antes de sua morte para abrigar os membros de sua família.253 Há também muitos edifícios construídos fora da cidade de Roma que portam seu nome e legado, tais como o Teatro de Mérida,254 na atual Espanha, o Maison Carrée de Nîmes255 e o Templo de Augusto e Lívia de Vienne, ambos na França, e o Troféu de Augusto em La Turbie, próximo de Mônaco.174
Após a morte de Agripa em 12 a.C., uma solução tinha que ser encontrada para a manutenção do suprimento de água de Roma. Tal discussão se deveu ao fato de Agripa supervisionar a questão quando serviu como edil e de, como cidadão privado, financiá-lo. Naquele ano, o imperador organizou um sistema onde o senado designou três de seus membros como os principais comissários encarregados do suprimento de água e de assegurar que os aquedutos da cidade não caíssem em desuso. No final da era augustana, a comissão de cinco senadores chamada curatores locorum publicorum iudicandorum ("supervisores da propriedade pública") foi encarregada da manutenção dos edifícios públicos e templos do culto estatal.240 Augusto também criou o grupo senatorial dos curadores viários (curatores viarum) para conversação das estradas. Esta comissão senatorial trabalhou com oficiais locais e contratantes para organizar reparos regulares.237
Literatura[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Literatura augustana
No período augustano, a literatura prosperou enormemente no mundo romano. Muito da literatura produzida nesta época provém de homens que construíram suas carreiras durante os anos do Segundo Triunvirato, por meio do patrocínio de particulares, alguns deles associados com Augusto. A prática do patrocínio dos círculos literários foi comum, porém desde o século II a.C. havia sido praticamente abandonada. Em torno de Caio Cílnio Mecenas, um dos mais próximos associados do príncipe, formou-se um círculo que promoveuVirgílio e Horácio, enquanto outro formou-se em torno de Marco Valério Messala Corvino e promoveu Ovídio e Tibulo. Além deles, autores como Marco Vérrio Flaco, Propércio, Tito Lívio e Higino também estiveram ativos.220
A literatura augustana produziu os mais amplamente lidos, influentes e duradouros poetas romanos. Os poetas republicanos Catulo eLucrécio foram reconhecidos como seus predecessores, ao passo que Lucano, Marcial, Juvenal e Estácio figuram como seus herdeiros da chamada "Idade de Prata" da literatura latina. Embora Virgílio por vezes é considerado um "poeta cortesão", sua Eneida, a mais importante das épicas latinas, permite leituras complexas sobre a fonte e significado do poder de Roma e as responsabilidades de um bom líder. Os trabalhos de Ovídio foram amplamente populares, mas o poeta foi exilado por Augusto em um dos grandes mistérios da história da literatura. Entre os trabalhos em prosa, a história monumental de Tito Lívio é preeminente para seu escopo e realização estilística. A obra em vários volumes Sobre Arquitetura de Vitrúvio, um arquiteto patrocinado pelo próprio imperador, permanece de grande interesse informacional.256
Questões pertinentes ao tom, ou a atitude dos escritores em relação a seu assunto, são ponto de grande interesse entre os estudiosos que estudam o período. Em particular, o esforço de entender a extensão do avançar, apoiar, criticar ou minar as atitudes políticas e sociais promulgadas pelo regime, formas oficiais que foram frequentemente expressas em media estética.257 Para os historiadores, a literatura augustana enveredou para uma propaganda ao regime, não por algum tipo de controle estatal, mas por um sentimento de gratidão e alívio da parte dos patronos e escritores ao fato de Augusto ter trazido estabilidade e paz para os assuntos públicos.220
Aparência física e imagens oficiais[editar | editar código-fonte]
Seu biógrafo Suetônio, escrevendo cerca de um século após sua morte, descreve sua aparência como:
“ | [...] vulgarmente formoso e extremamente gracioso em todos os períodos de sua vida, embora não se importou com nenhum adorno pessoal. Estava tão longe de ser minucioso sobre o tratamento de seu cabelo, que teria vários barbeiros trabalhando às pressas ao mesmo tempo, e quanto a sua barba agora tivesse a cortado e raspado, enquanto ao mesmo tempo estaria lendo ou escrevendo alguma coisa [...] Ele tinha olhos claros e brilhantes [...] Seus dentes eram afastados, pequenos e mal conservados; seu cabelo era ligeiramente cacheado e inclinando para dourado; suas sobrancelhas juntas. Suas orelhas eram de tamanho moderado, e seu nariz projetado um pouco no topo e então inclinou-se ligeiramente para dentro. Sua pele era entre escura e clara. Ele foi pequeno de estatura (embora Júlio Marato diga que possuía 1,75 m de altura), mas isso era ocultado pela excelente proporção e simetria de sua figura, e era perceptível apenas por comparação com alguma pessoa mais alta de pé ao lado dele. [...]258 | ” |
Sua imagens oficiais eram muito firmemente controladas e idealizadas, extraídas de uma tradição do retrato real helenístico em vez do tradicional realismo do retrato romano. Ele aparece pela primeira vez em moedas aos 19 anos, e de ca. 29 a.C., "a explosão em número de retratos augustanos atestam uma combinada campanha de propaganda destinada a dominar todos os aspectos da vida civil, religiosa, econômica e militar com a pessoa de Augusto".259 As primeiras imagens de fato descreveram um homem jovem, mas embora houve mudanças graduais, suas imagens mantiveram-o juvenil até sua morte aos 70, altura em que tinha "um distanciado ar de majestade sempre jovem". Dentre os melhores dos muitos retratos conhecidos estão o Augusto da Prima Porta, a imagem sobre o Altar da Paz e o Augusto da Via Labicana, que mostra-o como um sacerdote. Vários camafeus retratísticos incluem o Camafeu Blacas e a Gema Augusta.
Ancestrais e descendência[editar | editar código-fonte]
[Expandir]Árvore genealógica da dinastia júlio-claudiana |
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Notas
- ↑ Em latim clássico:IMPERATOR CAESAR DIVI F AVGVSTVS
- ↑ As datas de seu reinado são datas contemporâneas. Viveu sob dois calendários, o republicano até 45 a.C., e o juliano após 45 a.C.. Devido aos desvios das intenções deJúlio César, Augusto restaurou o calendário juliano em 8 a.C., e a correspondência entre ocalendário juliano proléptico e o calendário observado em Roma é incerta antes de8 a.C..1
- ↑ Como parte do acordo do triunvirato, Otávio governou as províncias ocidentais, Marco Antônio as províncias orientais e Lépido a África.
- ↑ O nome final de Augusto teve um sentido equivalente de "Comandante César, Filho do Divino, o Imperador".
- ↑ O "Marco Otávio" que vetou a reforma agrária sugerida por Tibério Graco em 133 a.C.pode ter sido seu ancestral.12
- ↑ Sua filha Júlia morreu em 54 a.C.; seu filho Cesarião com Cleópatra não foi reconhecido pela lei romana e não foi mencionado em seu testamento.24
- ↑ Seus filhos foram Alexandre Hélio, Cleópatra Selene II e Ptolemeu Filadelfo
- ↑ Se o testemunho de Marco Primo proferido durante seu julgamento em 22 a.C. por ilegalidade em sua guerra na Trácia pode ser acreditado, ele atuou sob ordens de Marcelo e Augusto.126 127
- ↑ A data é fornecida por calendários inscritos; ver também Res Gestae 10.2. Dião Cássio27.2 registra o evento em 13 a.C., provavelmente o ano em que Lépido morreu.165
- ↑ Em latim: tu regere imperio populos, Romane, memento.
- ↑ Em latim: Rome imperium sine fine
Referências
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- ↑ Riley Collection: Roman Emperors: Emperor Augustus (em inglês). Visitado em 14-08-2014.
- ↑ Those Wacky Emperors (em inglês). Visitado em 14-08-2014.
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- ↑ Suetônio 121a, 1-4
- ↑ Suetônio 121a, 4.1
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Ver também[editar | editar código-fonte]
Precedido por nenhum | Imperador romano 27 a.C. — 14 d.C. | Sucedido por Tibério |
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto