ROBÔS, CARROS ELÉTRICOS E EXOESQUELETOS
Ian Pearson, o novo guru da futurologia, imagina as cidades e o mundo ao redor do ano 2045. Aqui estão algumas antevisões prováveis de uma nova era dominada sobretudo pela alta tecnologia.
10 DE NOVEMBRO DE 2015 ÀS 13:41
Por: Equipe Oásis
Ian Pearson é hoje um dos mais reputados futurologistas. Dá palestras em todo o mundo, a respeito do que o futuro nos reserva quanto aos mais variados aspectos das nossas vidas. Do trabalho ao entretenimento, da moda às mudanças climáticas, Ian identifica e explica as mudanças capitais que estão ocorrendo em cada setor dos negócios e da sociedade, quase sempre como resultado de uma alta tecnologia que muda e evolui a cada instante. Ele dirige uma sólida equipe de especialistas e a usa para interpretar e expor suas visões a respeito das mudanças que transformarão o mundo e nossas vidas nos próximos 30 anos.
Ian Pearson é formado em Matemática Aplicada e Física Teórica pela Universidade Queens, de Belfast, Irlanda do Norte. Trabalha em várias áreas da engenharia.
Aqui estão algumas antevisões do futuro próximo que ele nos proporciona:
Comandos vocais. "Alô, Casa! Acenda o aquecedor de água, grava o novo capítulo da novela e lembre-se de regar as plantas”. Dentro de cerca 30 anos quase todos os aspectos da vida doméstica serão automatizados e poderão ser controlados com simples comandos vocais. Um único supercomputador, porém muito mais inteligente do que os atuais, será capaz de controlar todas as funções vitais de um inteiro edifício.
Cidades verticais. Novas tecnologias permitirão construir edifícios ainda mais altos do que os de hoje. Eles serão verdadeiras “cidades verticais”, capazes de hospedar milhares de pessoas, e nos quais será possível morar, trabalhar, divertir-se, fazer compras e ir ao cinema. As novas construções farão uso amplo do grafeno, da espuma de carbono cimento transparente e outros materiais superleves e ultrarresistentes.
Telas no lugar de janelas. As casas da próxima geração poderão não ter janelas, mas sim telas de alta resolução. Elas permitirão aos moradores contemplar panoramas improváveis, da Península Antártica às dunas de areia do planeta Marte.
Edificios autosuficientes. Os novos edifícios serão autossuficientes do ponto de vista energético. A evolução das nanotecnologias permitirá a criação de materiais novos, como as vernizes fotovoltaicas: verdadeiras placas solares, elas produzirão a maior parte da energia elétrica consumida no local. Será feito amplo uso da geotermia, da energia eólica e de outras fontes de energia renovável.
Casas automatizadas. A iluminação e a climatização serão automatizadas: o sistema energético da casa, graças a uma rede de sensores, saberá onde se encontra cada um dos membros da família e regulará as luzes e a temperatura de cada aposento com base nas preferências específicas de quem o frequenta.
Exoesqueletos. Segundo Pearson, nos próximos trinta anos a construção edilícia passará por uma verdadeira revolução tecnológica. Os operários e pedreiros serão auxiliados nos trabalhos mais pesados por exoesqueletos de origem militar, como aquele que se vê na imagem acima. Ele foi realizado pela Daewoo e permite a quem o veste levantar facilmente cargas de mais de 80 quilos. Também serão desenvolvidos módulos construtivos capazes de se auto-montar, e que em poucas horas completarão a infraestrutura de base de um inteiro arranha-céu. Esses componentes serão capazes de se manter de maneira autônoma: se um deles quebrar ou apresentar defeito, o inteiro complexo será capaz de mudar a própria configuração, de modo a que a estabilidade não seja comprometida.
Robôs humanoides. As incumbências mais perigosas serão confiadas a robôs que trabalharão ao lado de seres humanos, e também as máquinas tradicionais usadas na construção civil, como as gruas ou as escavadoras, serão parcialmente robotizadas. Na foto, o robô humanoide Atlas, da empresa Boston Dynamics: ele é capaz de correr, subir escadas, escalar paredes verticais e utilizar ferramentas criadas para serem usadas pela mão do homem.
Casas estampadas. A era dos muros de tijolos chegará ao fim: dentro de uns trinta anos os edifícios serão estampados por impressoras em 3D. Tais máquinas serão capazes de completar em poucos dias de trabalho os projetos mais complexos, usando cimento ou outros materiais hiper-tecnológicos.
Carros elétricos em car sharing. As visões de Pearson incluem uma panorâmica sobre o mundo dos transportes ao redor do ano 2045. Os automóveis privados será um luxo permitido a poucos, mas ninguém sentirá falta deles. Sempre que tiverem necessidade, as pessoas se locomoverão em viaturas sem condutor, alugadas na modalidade car sharing. Os carros, elétricos e não poluidores, funcionarão à base de sistemas de indução. Tais sistemas permitirão o abastecimento diretamente a partir da rua ou da estrada, e os fluxos de tráfego serão otimizados e geridos por computadores que evitarão os engarrafamentos e otimizarão os tempos dos percursos. As estradas serão mais seguras e o número de bicicletas em circulação (tradicionais ou elétricas) aumentará exponencialmente. O problema do estacionamento só existirá na memória dos mais velhos. As previsões de Pearson, no entanto, será uma ducha de água fria para os apaixonados pela ficção científica: em 2045 nós ainda nos moveremos sobre rodas, embora estejamos dando início às primeiras experiências sérias para a criação de veículos movidos a levitação magnética, capazes de se mover sobre estradas de metal.