Livro: "A Origem da Obra de Arte" de Martin Heidegger.

  



     


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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4






Livro: "A Origem da Obra de Arte" de Martin Heidegger.

neste link aqui o programa que o estudo deste livro pertence 
e está comentado nos vídeos durante o texto


1. O LIVRO          VÍDEO-01

"A Origem da Obra de Arte" de Martin Heidegger é uma obra significativa no campo da filosofia e da estética, embora seja mais conhecida dentro de círculos acadêmicos do que popularmente. Desde o seu lançamento, o livro tem mantido uma presença constante nas discussões sobre arte, ganhando reconhecimento por suas ideias profundas e perspectivas inovadoras sobre a natureza da obra de arte. Embora as vendas possam não ser tão expressivas como as de obras mais comerciais, sua repercussão no mundo intelectual tem sido substancial, influenciando debates sobre a essência da arte, a verdade e a compreensão da estética, especialmente no âmbito filosófico e cultural. A influência e o impacto dessa obra de Heidegger são mais evidentes entre estudiosos e pensadores engajados na reflexão sobre o significado da arte e da existência.




2. RESUMO

"A Origem da Obra de Arte" de Martin Heidegger é uma obra seminal que investiga a natureza da arte e sua relação com a verdade. Heidegger propõe uma abordagem fenomenológica para compreender a obra de arte, considerando-a como um ponto de revelação da verdade, que transcende a mera representação ou estética. Ele discute a diferença entre o objeto físico e a verdadeira essência da obra de arte, argumentando que a arte não é simplesmente uma criação humana, mas um evento que revela o ser e a verdade do mundo. Ao examinar obras de arte, como um par de sapatos, Heidegger busca elucidar como a verdade se manifesta por meio da obra, conectando-a com o espectador e a realidade, abrindo caminho para uma compreensão mais profunda do significado da existência e da relação entre seres humanos e o mundo ao seu redor.




3. AUTORIA E CONTEXTO          VÍDEO-02

Biografia de Martin Heidegger:
Martin Heidegger (1889–1976) foi um influente filósofo alemão, conhecido por suas contribuições à filosofia existencial e fenomenológica. Ele nasceu na Alemanha e se tornou um dos principais pensadores do século XX. Heidegger foi aluno e depois assistente de Edmund Husserl, fundador da fenomenologia, e mais tarde tornou-se professor de filosofia em várias universidades alemãs. Sua obra abordou uma ampla gama de temas, desde a ontologia até a filosofia da tecnologia, e teve um impacto significativo no pensamento contemporâneo.

Motivação para escrever "A Origem da Obra de Arte":
Heidegger, ao longo de sua carreira, estava profundamente interessado na questão do Ser e da verdade. Sua motivação para escrever "A Origem da Obra de Arte" pode ser entendida como uma extensão de seu desejo de explorar a natureza da existência humana e sua relação com o mundo. A obra surge da busca por compreender o papel da arte na revelação da verdade e na compreensão do ser. Ele via na arte não apenas uma expressão estética, mas uma via para desvendar aspectos essenciais da existência e da verdade.

Contexto nacional e mundial:
"A Origem da Obra de Arte" foi publicada em 1950, em um contexto pós-Segunda Guerra Mundial, quando a Alemanha e o mundo estavam lidando com as consequências e reflexões sobre os traumas e mudanças sociais, culturais e filosóficas desencadeadas pelo conflito. Heidegger, como filósofo alemão, escreveu a obra num período em que a Alemanha estava se reconstruindo após a guerra. Nesse ambiente de transformações profundas, ele buscou explorar a natureza da arte como uma forma de compreender a condição humana e a verdade no mundo pós-guerra, tentando trazer uma nova luz sobre a essência da existência e a relação dos seres humanos com a realidade em meio a um tempo de significativas mudanças e desafios.




4. CONSIDERAÇÕES          VÍDEO-03

Como o livro "A Origem da Obra de Arte" de Martin Heidegger é complexo e apresenta várias camadas de reflexão sobre a arte, a verdade e a existência, vou fornecer uma visão geral de algumas das principais afirmações e conclusões que o autor discute:

1. A verdade na obra de arte: 
Heidegger argumenta que a obra de arte é um lugar onde a verdade se revela de forma única. Não se trata apenas da beleza ou da representação, mas da capacidade da arte de mostrar algo essencial sobre o mundo e a existência humana.

2. A diferença entre objeto e obra de arte: 
Ele distingue entre um simples objeto (como um par de sapatos) e uma verdadeira obra de arte, enfatizando que a obra de arte vai além da mera utilidade ou estética e revela uma verdade mais profunda.

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3. A essência da arte como revelação: 
Heidegger destaca que a arte revela e traz à luz a verdade de uma maneira que a lógica e a ciência não podem. A arte não é apenas uma criação humana, mas algo que mostra o ser e a verdade do mundo.

4. A ideia de "aletheia": 
Ele introduz o conceito de "aletheia" (verdade) grega, que significa desvelar ou revelar, defendendo que a verdade não é algo que se descobre, mas algo que emerge e se revela.

5. A obra de arte como acontecimento: 
Para Heidegger, a obra de arte é um evento, não apenas um objeto estático. Ela tem o poder de evocar respostas e emoções, criando um encontro entre o objeto, o espectador e a verdade.

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6. A interpretação da arte: 
Ele desafia a noção convencional de interpretação da arte, afirmando que não se trata de simplesmente entender o que o artista quis dizer, mas sim de compreender como a obra se revela e fala por si mesma.

7. A arte como mediadora entre o ser humano e a verdade: 
Heidegger sugere que a arte estabelece uma ponte entre o ser humano e a verdade, permitindo uma compreensão mais profunda da existência.

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8. A obra de arte como abertura para o mundo: 
Ele argumenta que a arte é uma forma de abertura para o mundo, permitindo-nos ver além do ordinário e revelando dimensões mais profundas da realidade.

9. A importância do contexto na arte: 
Heidegger destaca a relevância do contexto cultural, histórico e existencial na compreensão e na experiência da arte. A obra de arte não pode ser separada do tempo e do lugar em que é criada.

10. A obra de arte como desvelamento da verdade: 
Ele acredita que a verdade manifestada na obra de arte não é apenas uma representação, mas sim um desvelamento, uma abertura para a compreensão de algo essencial sobre a existência.

11. A distinção entre "téchne" e "poiésis": 
Heidegger diferencia entre "téchne", que se refere à produção técnica, e "poiésis", que é a criação artística, destacando que a arte transcende a mera técnica e produção.

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12. A relação entre ser e verdade na arte: 
Ele explora como a arte revela aspectos do ser e como a verdade se manifesta por meio dessa revelação, ligando a arte à compreensão mais profunda da existência.

13. A obra de arte como a verdade do ser: 
Heidegger argumenta que a obra de arte não é apenas uma representação da verdade, mas a verdade do ser em si, uma presença reveladora.

14. A poesia como a forma suprema de arte: 
Ele vê a poesia como a mais elevada forma de arte, capaz de revelar a verdade de uma maneira que outras formas de expressão não conseguem.

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15. A relação entre artista, obra e espectador: 
Ele discute como o artista, a obra de arte e o espectador estão interligados, formando um triângulo de significado e interpretação.

16. A importância da linguagem na arte: 
Heidegger explora a linguagem como um veículo fundamental para a compreensão da verdade na arte, enfatizando a maneira como a linguagem se relaciona com a revelação da verdade.

17. A dualidade entre o mundo terreno e o mundo da arte: 
Ele aborda a relação entre o mundo comum e o mundo da arte, argumentando que a arte pode revelar aspectos transcendentais que ultrapassam a realidade cotidiana.

18. A arte como um modo de desafiar a visão convencional: 
Heidegger sugere que a arte desafia a visão tradicional e nos leva a ver o mundo sob uma nova luz, questionando as noções estabelecidas e convidando à reflexão.

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19. O papel do artista na verdade da arte: 
Ele examina o papel do artista como alguém que revela e traz à luz a verdade por meio de sua obra, oferecendo uma visão singular do mundo.

20. A experiência estética como revelação da verdade: 
Heidegger destaca a experiência estética como um momento de revelação, onde a verdade se torna manifesta e se revela de uma maneira única e profunda.

Essas afirmações e conclusões representam uma amostra das reflexões de Heidegger sobre a arte e a verdade em "A Origem da Obra de Arte", ilustrando a complexidade e a profundidade de suas ideias sobre o tema.



5. APOIOS RELEVANTES           VÍDEO-10

O livro "A Origem da Obra de Arte" de Martin Heidegger gerou discussões e atraiu a concordância de diversos filósofos e pensadores ao longo do tempo. Aqui estão três figuras relevantes que expressaram concordância ou afinidade com algumas das considerações apresentadas por Heidegger:

Jean-Paul Sartre: 
Sartre, um renomado filósofo existencialista, concordava com Heidegger em certos aspectos, especialmente em relação à ideia de que a existência precede a essência. Ambos os filósofos exploraram a natureza da existência humana e a importância da liberdade na definição de quem somos. Embora suas abordagens tenham diferenças significativas, Sartre e Heidegger compartilham certas afinidades na análise da condição humana e da busca pela autenticidade.

Maurice Merleau-Ponty: 
Este filósofo fenomenológico teve pontos de vista convergentes com Heidegger, especialmente no que diz respeito à percepção e à fenomenologia. Ambos enfatizavam a importância da experiência vivida e da percepção na compreensão do mundo e do ser. Merleau-Ponty compartilhava a ideia de que a percepção e a experiência sensorial desempenham um papel crucial na nossa relação com o mundo, o que se alinha com a ênfase de Heidegger na forma como nos relacionamos com a obra de arte.

Hannah Arendt: 
Arendt, uma filósofa política e teórica social, reconheceu a importância do pensamento de Heidegger em várias áreas. Ela se interessou pelas análises de Heidegger sobre a existência, a verdade e a autenticidade, especialmente em relação à esfera pública e à noção de ação política. A ênfase de Heidegger na autenticidade e na revelação da verdade, embora aplicada à arte em seu livro, encontra ressonância em certos aspectos do pensamento político de Arendt.

Essas figuras compartilharam, em diferentes graus e em diferentes áreas da filosofia, alguma afinidade ou concordância com certos aspectos das considerações de Heidegger sobre a existência, a verdade e a interpretação, como apresentadas em "A Origem da Obra de Arte".



6. CRÍTICAS RELEVANTES            VÍDEO-11

Várias figuras proeminentes expressaram discordância ou críticas em relação às considerações apresentadas por Martin Heidegger em seu livro "A Origem da Obra de Arte". Aqui estão três figuras relevantes que discordaram de certos aspectos das ideias de Heidegger:

Theodor Adorno: 
Adorno, um filósofo da Escola de Frankfurt, foi crítico em relação a Heidegger, especialmente no que diz respeito à sua visão sobre a arte. Adorno discordava do suposto afastamento de Heidegger da realidade social e política na análise estética. Ele criticou Heidegger por não considerar a dimensão social e política da arte, defendendo que a arte não pode ser dissociada do contexto histórico e social em que é produzida.

Jean-François Lyotard: 
Este filósofo pós-moderno discordava de Heidegger em vários aspectos, especialmente em relação à concepção de verdade e narrativas metafísicas. Lyotard contestou a ideia de Heidegger sobre a verdade revelada pela arte, argumentando que não há uma verdade única e universal, e que as narrativas sobre a verdade são múltiplas, fragmentadas e dependem dos contextos e das perspectivas.

Michel Foucault: 
Foucault, outro filósofo pós-moderno, criticou Heidegger em sua abordagem da verdade, especialmente em relação ao poder e ao conhecimento. Ele discordava da visão de Heidegger sobre a verdade como algo revelado, enfatizando que o conhecimento e a verdade são construções influenciadas pelo poder e pelas estruturas de controle social.

Esses pensadores expressaram críticas significativas em relação às ideias de Heidegger sobre a arte, a verdade e a relação entre a obra de arte e a realidade social, política e cultural. Suas críticas abordaram principalmente a falta de consideração do contexto histórico, social e político na análise estética de Heidegger, assim como suas concepções sobre a verdade, a narrativa e o poder.



7. CONSIDERAÇÕES PARA O NOSSO DIA A DIA             VÍDEO-12

O livro "A Origem da Obra de Arte" de Martin Heidegger oferece reflexões filosóficas profundas que podem ser relacionadas ao nosso dia a dia, saúde mental e relacionamentos. Aqui estão três considerações importantes:

  1. Abertura para a verdade na apreciação da arte: Heidegger enfatiza que a obra de arte não é apenas uma representação estética, mas uma revelação da verdade sobre o mundo e a existência. Aplicando essa ideia à nossa vida cotidiana, isso nos convida a uma apreciação mais profunda e aberta das experiências diárias. Ao olharmos para as situações com um olhar mais atento e receptivo, podemos descobrir camadas mais profundas de significado e verdade em nossas interações, permitindo-nos valorizar as pequenas coisas e a beleza cotidiana que muitas vezes passam despercebidas.

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  2. Interpretação e autenticidade nas relações: Heidegger desafia a ideia convencional de interpretação da arte, sugerindo que a compreensão não se limita à intenção original do artista, mas à maneira como a obra se revela por si só. Isso pode ser aplicado aos relacionamentos. Buscar compreender as pessoas de maneira autêntica e não limitar essa compreensão apenas à nossa perspectiva pode enriquecer significativamente as interações. Permitir que as pessoas se revelem por elas mesmas, em vez de interpretá-las somente segundo nossos próprios preconceitos, pode fortalecer os laços e a comunicação.
  3. A experiência estética na promoção da saúde mental: Heidegger destaca a experiência estética como um momento de revelação, onde a verdade se torna manifesta de maneira única e profunda. Essa noção pode ser aplicada à nossa saúde mental, encorajando a busca por momentos e atividades que proporcionem uma experiência estética, seja por meio da contemplação de uma paisagem, da apreciação de uma obra de arte ou do envolvimento em atividades criativas. Essas experiências estéticas podem oferecer uma pausa para a reflexão, promover o bem-estar mental e contribuir para um maior equilíbrio emocional em nosso cotidiano.

Considerar esses aspectos da obra de Heidegger em nosso dia a dia pode enriquecer nossas experiências, aprimorar nossos relacionamentos e promover um maior equilíbrio e saúde mental em meio às complexidades da vida moderna.



8. JESUS CRISTO              VÍDEO-14

Analisando os temas abordados em "A Origem da Obra de Arte" de Martin Heidegger, e considerando os ensinamentos de Jesus Cristo, três destaques de ensinamentos que Jesus poderia trazer para promover uma boa convivência humana são:

  1. Valorizar a percepção e compreensão autênticas: Heidegger enfatiza a importância da autenticidade na interpretação da arte, sugerindo que a verdade se revela por si só na obra. Jesus poderia destacar a importância de compreender e valorizar autenticamente as pessoas, não apenas pela aparência ou pela superfície, mas entendendo-as verdadeiramente em seu âmago. O ensinamento cristão sobre amar o próximo como a si mesmo ressalta a importância de se relacionar de maneira autêntica e compassiva, reconhecendo a dignidade e a singularidade de cada indivíduo.

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  2. Promover a empatia e compreensão das diferentes perspectivas: Heidegger levanta a ideia de que a verdade na arte é multifacetada e pode ser interpretada de diversas maneiras. Jesus, por sua vez, ensinou a importância da compaixão, da empatia e do entendimento das perspectivas alheias. Ele frequentemente utilizava parábolas para transmitir ensinamentos, buscando aproximar-se das experiências cotidianas das pessoas e oferecer diferentes perspectivas sobre a vida e a espiritualidade.

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  3. Incentivar a busca por significados mais profundos: Heidegger argumenta que a obra de arte revela uma verdade mais profunda sobre o mundo e a existência. Jesus frequentemente encorajava as pessoas a olhar para além das aparências e a buscar um entendimento mais profundo, não somente das circunstâncias, mas também da essência espiritual e moral da vida. Seus ensinamentos sobre a importância de buscar o Reino de Deus e de valorizar princípios mais elevados, como o amor, a compaixão e a justiça, refletem a ideia de buscar significados e verdades mais profundas na vida.

Esses destaques baseados nos ensinamentos de Jesus Cristo poderiam complementar as reflexões de Heidegger, promovendo uma convivência humana mais compassiva, autêntica e baseada na compreensão das diferentes perspectivas e na busca por significados mais profundos na existência.