Livro: "A Política" de Aristóteles

  






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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4






Livro: "A Política" de Aristóteles

neste link aqui o programa que o estudo deste livro pertence 
e está comentado nos vídeos durante o texto



1. O LIVRO          VÍDEO-01

Embora "A Política" de Aristóteles seja uma obra clássica que tem desempenhado um papel fundamental na formação do pensamento político ao longo dos séculos, sua presença nas vendas contemporâneas pode não ser tão proeminente em comparação com obras mais recentes. No entanto, sua repercussão no mundo acadêmico e intelectual permanece significativa. O livro continua a ser objeto de estudo em cursos de filosofia política e ciências políticas, sendo constantemente referenciado por acadêmicos e pensadores. Sua influência é particularmente marcante nas discussões sobre teoria política e governança, tornando-se uma leitura essencial para aqueles que buscam compreender as raízes históricas do pensamento político ocidental. Embora as vendas diretas possam não refletir completamente sua importância, a relevância intelectual e acadêmica de "A Política" de Aristóteles permanece incontestável.




2. RESUMO          VÍDEO-02

"A Política" de Aristóteles é uma obra filosófica clássica que aborda uma ampla gama de questões relacionadas à política, ética e organização social. O livro está dividido em oito livros, nos quais Aristóteles discute a natureza da cidade-estado (polis) e suas diversas formas, examina as diferentes formas de governo, como a monarquia, a aristocracia e a democracia, e analisa suas virtudes e defeitos. Aristóteles explora as ideias de cidadania, propriedade privada, educação e a importância da classe média na estabilidade política. Ele também elabora sobre a teoria da justiça, argumentando que a justiça é alcançada quando cada indivíduo desempenha seu papel adequado na sociedade. Além disso, Aristóteles aborda as causas e características das revoluções políticas e critica as utopias idealistas. Ao longo da obra, o autor fornece uma análise profunda das complexidades da política e oferece insights que continuam a influenciar o pensamento político e social até os dias de hoje.





3. AUTORIA E CONTEXTO          VÍDEO-03

Aristóteles (384-322 a.C.) foi um filósofo grego antigo, aluno de Platão e professor de Alexandre, o Grande. Nasceu em Estagira, na Macedônia, e tornou-se uma figura central na filosofia ocidental. Fundou sua própria escola, o Liceu, onde se dedicou ao ensino e à produção de suas obras. Sua influência se estende por diversas áreas do conhecimento, incluindo ética, política, biologia e lógica, sendo reconhecido como um dos maiores pensadores da Antiguidade.

Aristóteles escreveu "A Política" em um período em que Atenas, a cidade-estado grega que tanto influenciou seu pensamento, enfrentava desafios políticos e sociais. A morte de Alexandre, o Grande, e a subsequente fragmentação de seu império trouxeram incertezas políticas e conflitos. Aristóteles, que havia sido tutor de Alexandre, viu-se em uma posição única para observar as complexidades das diferentes formas de governo e suas implicações na estabilidade política. Sua preocupação com a busca pela melhor forma de organização política e social, alinhada com sua análise crítica das teorias políticas existentes, pode ter sido um estímulo para a redação de "A Política".

O contexto nacional e mundial durante a vida de Aristóteles foi marcado por intensas mudanças políticas e sociais na Grécia antiga. A ascensão e queda de impérios, as Guerras do Peloponeso e as transformações nas estruturas políticas das cidades-estado gregas moldaram o ambiente em que Aristóteles viveu e pensou. Seu desejo de entender e contribuir para a estabilidade política em meio a essas mudanças tumultuadas provavelmente impulsionou a criação de "A Política", uma obra que oferece uma análise profunda das questões políticas de seu tempo.



4. CONSIDERAÇÕES           VÍDEO-04

Aristóteles, em "A Política", aborda uma variedade de temas relacionados à política, ética e organização social. Aqui estão 20 afirmativas e conclusões notáveis que o autor apresenta em seu livro:

  1. Definição da Política (Livro I): Aristóteles define a política como a ciência que estuda a organização da sociedade, especialmente a cidade-estado (polis), visando alcançar o bem comum.

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  2. Tipos de Governo (Livro III): Ele classifica os tipos de governo em monarquia, aristocracia e democracia, argumentando que cada forma pode degenerar em suas versões corruptas - tirania, oligarquia e oclocracia, respectivamente.

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  3. Virtudes do Cidadão (Livro IV): Aristóteles destaca a importância da virtude para a estabilidade política, defendendo que o cidadão virtuoso é aquele que contribui para o bem comum.
  4. A Importância da Classe Média (Livro IV): Ele reconhece a classe média como crucial para a estabilidade política, servindo como um equilíbrio entre ricos e pobres.

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  5. Função da Educação (Livro VIII): Aristóteles argumenta que a educação deve visar formar cidadãos virtuosos, destacando a influência da educação na formação do caráter.
  6. Propriedade Privada (Livro II): Ele defende a ideia de propriedade privada como um incentivo ao trabalho árduo e à estabilidade social.

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  7. Justiça Distributiva (Livro V): Aristóteles aborda a justiça distributiva, argumentando que a distribuição de recursos deve ser proporcional à contribuição de cada indivíduo para a sociedade.
  8. Teoria da Justiça (Livro V): Ele desenvolve sua teoria da justiça, afirmando que esta é alcançada quando cada pessoa desempenha seu papel apropriado na sociedade.
  9. Natureza da Escravidão (Livro I): Aristóteles, embora aceite a prática da escravidão de sua época, reconhece que a escravidão é por natureza contrária à justiça.

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  10. Objetivo da Política (Livro I): Ele destaca que o objetivo final da política é promover o bem supremo, alcançado através da realização da vida virtuosa em comunidade.
  11. Cidadania e Participação Política (Livro III): Aristóteles argumenta que a participação política é essencial para a realização plena da cidadania, diferenciando o cidadão do estrangeiro.

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  12. Crítica à Utopia (Livro VII): Ele critica idealismos utópicos, enfatizando que a busca por uma sociedade perfeita é irrealista e impraticável.

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  13. Estabilidade Política (Livro IV): O autor aborda as causas e características das revoluções, destacando a importância da estabilidade política para o bem-estar da comunidade.

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  14. Natureza do Homem (Livro I): Aristóteles discute a natureza social do homem, argumentando que ele é, por natureza, um animal político, destinado a viver em comunidade.
  15. Papel da Mulher na Política (Livro I): Embora Aristóteles seja muitas vezes criticado por suas visões patriarcais, ele reconhece o papel das mulheres na preservação da comunidade e na criação de cidadãos virtuosos.

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  16. Função da Lei (Livro III): Ele explica a função da lei como um instrumento para moldar a moralidade, disciplinar os cidadãos e promover o bem comum.
  17. Melhoria Gradual da Política (Livro I): Aristóteles acredita que a melhoria da política ocorre gradualmente, através da experimentação e da aprendizagem com a experiência.
  18. Crítica à Filosofia Platônica (Livro II): Ele critica as ideias de Platão, especialmente a teoria das Formas, defendendo uma abordagem mais pragmática à política.

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  19. Finalidade da Economia (Livro I): Aristóteles conecta a política à economia, destacando que a economia deve servir à política, não o contrário.

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  20. Importância da Moderação (Livro IV): Ele destaca a virtude da moderação como essencial para evitar excessos e preservar a estabilidade política.

Essas afirmativas e conclusões de Aristóteles em "A Política" fornecem uma visão abrangente de sua filosofia política e ética, influenciando o pensamento político ao longo dos séculos.




5. APOIOS RELEVANTES            VÍDEO-16

1. Tomás de Aquino: O filósofo e teólogo medieval Tomás de Aquino, no século XIII, foi influenciado pelas ideias de Aristóteles, especialmente em relação à ética e à política. Ele concordou com a abordagem aristotélica da busca pela virtude como um elemento fundamental para a boa governança e para o estabelecimento da justiça na sociedade.

2. John Locke: O pensador iluminista John Locke, no século XVII, compartilhava algumas ideias com Aristóteles, especialmente no que diz respeito à propriedade privada. Ambos defendiam a ideia de que a propriedade privada é um direito natural e que sua preservação é essencial para a preservação da liberdade e da estabilidade social.

3. Hannah Arendt: A filósofa política do século XX, Hannah Arendt, encontrou afinidades com Aristóteles em relação à importância da participação política. Arendt concordava com a visão aristotélica de que a ação política e a participação ativa na vida pública eram fundamentais para a realização da plenitude humana e para a manutenção de comunidades saudáveis.



6. CRÍTICAS RELEVANTES             VÍDEO-17

1. Karl Marx: O filósofo e economista Karl Marx, no século XIX, discordou de Aristóteles em relação à propriedade privada. Enquanto Aristóteles via a propriedade privada como um elemento estabilizador na sociedade, Marx argumentava que a propriedade privada era a fonte das desigualdades sociais e defendia uma abordagem mais coletivista, buscando a abolição da propriedade privada como meio de superar as contradições sociais.

2. Jean-Jacques Rousseau: O filósofo iluminista Jean-Jacques Rousseau, no século XVIII, discordou de Aristóteles, especialmente em relação à natureza do homem e à propriedade privada. Enquanto Aristóteles via o homem como naturalmente político, Rousseau argumentava que a sociedade corrompe a natureza humana e que a propriedade privada é a fonte das desigualdades e corrupções sociais.

3. Simone de Beauvoir: A filósofa existencialista e feminista do século XX, Simone de Beauvoir, discordou de Aristóteles em relação ao papel das mulheres na política. Enquanto Aristóteles tinha uma visão tradicional e limitada do papel das mulheres na sociedade, Beauvoir defendia a igualdade de gênero e criticava as estruturas sociais que perpetuavam a subjugação das mulheres.



7. CONSIDERAÇÕES PARA O NOSSO DIA A DIA              VÍDEO-18

1. Virtude e Bem-Estar: A ênfase de Aristóteles na virtude como um componente essencial para a estabilidade política pode ser aplicada ao nosso bem-estar mental. Buscar cultivar virtudes como a moderação, a coragem e a justiça em nossas ações diárias pode contribuir para uma vida mais equilibrada e gratificante, promovendo a saúde mental.

2. Importância da Participação Social: A ideia aristotélica de que o homem é naturalmente político destaca a importância da participação social e política em nossa vida cotidiana. Engajar-se em comunidade, participar ativamente em relações e contribuir para o bem comum pode proporcionar um senso de propósito e conexão, influenciando positivamente nossa saúde mental e nossos relacionamentos.

3. Equilíbrio na Propriedade Privada: A abordagem de Aristóteles à propriedade privada, vista como um estímulo ao trabalho árduo e à estabilidade social, sugere que buscar um equilíbrio saudável entre o trabalho e a posse de bens pode ser benéfico para nossa saúde mental. Evitar extremos e cultivar uma relação equilibrada com as posses materiais pode contribuir para um estilo de vida mais sustentável e satisfatório.




8. JESUS CRISTO               VÍDEO-19

Embora Jesus Cristo não tenha diretamente abordado os ensinamentos políticos e éticos de Aristóteles em "A Política", alguns princípios cristãos alinham-se com as ideias aristotélicas sobre a boa convivência humana. Aqui estão três destaques que Jesus poderia enfatizar:

1. Amor ao Próximo e Justiça Social: Jesus enfatizaria a importância do amor ao próximo e da justiça social como componentes essenciais para a boa convivência humana. Esses princípios alinham-se com a ideia aristotélica de justiça distributiva, onde a distribuição de recursos é proporcional à contribuição de cada indivíduo para a sociedade. O amor ao próximo, segundo os ensinamentos de Jesus, implica cuidar das necessidades dos outros e buscar a equidade social.

2. Humildade e Moderação: Jesus ensinaria a humildade e a moderação como virtudes fundamentais para a convivência harmoniosa. Aristóteles também destacou a importância da moderação, argumentando que evitar extremos é crucial para preservar a estabilidade política e social. Jesus, em seus ensinamentos sobre a humildade e a moderação, incentivaria a superação do egoísmo e a promoção de relacionamentos saudáveis baseados na compaixão e no respeito mútuo.

3. Participação Ativa na Comunidade: Jesus, ao incentivar a participação ativa na comunidade, alinharia-se com a visão aristotélica de que o homem é naturalmente político. Ambos destacariam a importância de contribuir para o bem comum, envolvendo-se positivamente na vida da comunidade. Para Jesus, isso poderia se manifestar na prática da caridade, na promoção da paz e na construção de relações solidárias, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa e compassiva.