SONOLÊNCIA AO VOLANTE

LeFigaro
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29.12.2015, 16:13

 (photo: CHIOSEA_ION)COMO EVITAR ESSE PERIGO?

A sonolência é a causa número um dos acidentes mortais nas rodovias. Aqui estão algumas regras de prudência que deverão ser observadas.



Por Isabelle Delaleu Laurent Giordano – Le Figaro

Um acidente de cada três é causado pela fadiga e a sonolência ao volante, segundo um estudo da Associação Francesa de Empresas do Setor de Rodovias. Essa fadiga, que normalmente se traduz por uma irresistível vontade de dormir, é insidiosa e constitui um perigo real, pois ela pode aparecer sem que o percebamos. Ou, pelo menos, sem que percebamos os sinais que a anunciam: bocejos, arrepios, rigidez na região da nuca, etc. Algumas precauções devem ser tomadas para evitarmos a catástrofe, sugere o médico francês Bertrand de la Giclais.
Para começar, nunca estar em débito como sono: se as noites precedentes foram curtas, a fadiga é real e o melhor é repousar, nem que seja para atrasar de meia jornada ou de um dia inteiro a partida para as férias. Em seguida, e melhor não partir cedo demais. Na França, durante muito anos, várias empresas recomendavam a seus motoristas para para que partissem entre 3 e 5 horas da madrugada, de modo a evitar os engarrafamentos. Esse aparente bom conselho era falso. Se, normalmente, despertamos entre 7 e 8 horas da manhã, um despertar prematuro nos privará de duas a cinco horas de sono, e essa redução reduz a vigilância e aumenta o risco de sonolência. O ideal é levantar-se na hora habitual, após ter se beneficiado de uma noite de sono completa.
Repouso a cada duas horas de viagem
Por outro, é preciso seguir o aconselhamento da polícia rodoviária e fazer uma pausa a cada duas horas. Essa pausa deve ter três etapas consecutivas: Primeiro, um tempo de repouso, nem que seja de apenas alguns instantes com a cabeça apoiada sobre os braços, estes apoiados no volante, e os olhos fechados; segundo, nas horas de sol, usar óculos escuros para que seus olhos possam repousar numa certa obscuridade; por último, expor-se à luz, sair do carro e praticar alguns minutos de atividade física. O ideal é estacionar o carro um pouco longe do posto de combustíveis ou da loja ou mercado da autoestrada, de modo a ter de caminhar para alcança-lo. Enfim, terminar a pausa com um lanchinho, mas à base de proteínas e não de açúcares. Estes últimos provocam, alguns minutos depois de ingeridos, um retorno ao estado de fadiga. É melhor um sanduíche de presunto e queijo do que uma barra de chocolate ou batatas fritas. Comer à luz do dia ou num salão bem iluminado, evitando comer na obscuridade do estacionamento. É aconselhável tomar um café, que ajuda a nos mantermos despertos durante umas duas horas.
Sobretudo, fuja do álcool: ele é um poderoso indutor ao sono. Deve ser evitado desde a véspera da partida e durante todo o trajeto da viagem. Na hora do almoço, evite comidas pesadas, para se evitar o pico de hipoglicemia que costuma acontecer entre 2 e 3 horas após a comida. Enfim, um conselho que pode soar curioso: não abusar dos óculos escuros, pois a luz solar nos mantém acordados. Recomenda-se tirar os óculos escuros quando eles não são necessários (muitas vezes nós os mantemos por puro reflexo condicionado), pois as lentes escuras podem facilitar a sonolência.



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