BÍBLIA: COERÊNCIAS OU NÃO COM JESUS

  





  Home




PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4







BÍBLIA: COERÊNCIAS OU NÃO COM JESUS

o conteúdo original que inclui este estudo está 






Atualmente, em janeiro 2025, estamos pesquisando e escrevendo este livro


<<< >>>

ÍNDICE

001   REVELAÇÃO UNIVERSAL

002   ACRÉSCIMO HUMANO

003   HEBRAÍSMO                

004   ESCRITORES BÍBLICOS

005   CÂNONES BÍBLICOS

===============

xxx
006   MATEUS

007   MARCOS

008   LUCAS

009   JOÃO

010   ATOS

011   012   013   014   015   016   017   018   019   020   

021   022   023   024   025   026   027   028   029   030   

031   032   033   034   035   036   037   038   039   040   

041   042   043   044   045   046   047   048   049   050   

051   052   053   054   055   056   057   058   059   060   

061   062   063   064   065   066   067   068   069   070    

071   072   073   074   075   076   077   078   079   080   

081   082   083   084   085   086   087   088   089   090   

091   092   093   094   095   096   097   098   099   100   

101   102   103   104   105   106   107   108   109   110   



'1<<< >>> ÍNDICE     zzz


REVELAÇÃO UNIVERSAL

A REVELAÇÃO UNIVERSAL: UMA VISÃO DIVINA AO LONGO DA HISTÓRIA
A Revelação Universal é o desvelar de Deus à humanidade, comunicando sua vontade, caráter e propósito desde os primórdios da criação até a eternidade. Essa revelação é abrangente, contínua e imutável, iniciando-se com Adão e se manifestando ao longo da história bíblica. Ela não apenas apresenta a essência de Deus, mas também estabelece princípios que transcendem o tempo, servindo como guia para todos os povos. O núcleo dessa revelação é o amor divino e o desejo de comunhão com a humanidade.

JESUS CRISTO: A REVELAÇÃO PERFEITA
Jesus é a plenitude da Revelação Universal, vivendo e ensinando o que foi transmitido desde a criação. Ele demonstrou a essência dos mandamentos divinos em sua vida, resumindo a lei no amor a Deus e ao próximo. Suas ações e palavras não apenas reafirmaram as verdades já reveladas, mas também corrigiram distorções humanas que se acumularam ao longo do tempo. Assim, Jesus cumpriu a Revelação Universal, mostrando seu alcance eterno e sua aplicação prática para a humanidade.

O PAPEL DOS ESCRITORES BÍBLICOS NA REVELAÇÃO UNIVERSAL
Os escritores bíblicos desempenharam um papel essencial ao registrar a Revelação Universal. Sob a inspiração divina, eles escreveram sobre os atributos de Deus, seu plano de salvação e sua interação com a humanidade. Entretanto, também incorporaram visões e interpretações humanas, muitas vezes refletindo o contexto histórico e cultural em que viviam. Assim, é importante discernir entre os aspectos puramente divinos e os acréscimos humanos em seus escritos, para compreender a essência da Revelação Universal.

A IMUTABILIDADE DA REVELAÇÃO UNIVERSAL
Apesar das mudanças culturais e históricas, a essência da Revelação Universal permanece inalterada. Ela continua sendo relevante para todas as gerações, servindo como base para a fé e a prática cristã. Enquanto as interpretações humanas podem variar, a mensagem central do amor, justiça e redenção de Deus é eterna. Esse caráter imutável reafirma a importância de estudar e aplicar a Revelação Universal em um mundo em constante transformação.

BIBLIOGRAFIA

  1. Barth, Karl - Church Dogmatics (1932-1967)
  2. Packer, J.I. - Knowing God (1973)
  3. Wright, N.T. - The New Testament and the People of God (1992)
  4. Carson, D.A. - The Gagging of God (1996)
  5. Grudem, Wayne - Systematic Theology (1994)
  6. Lewis, C.S. - Mere Christianity (1952)
  7. Calvino, João - As Institutas da Religião Cristã (1536)
  8. Keller, Timothy - The Reason for God (2008)
  9. Sproul, R.C. - The Holiness of God (1985)
  10. Bonhoeffer, Dietrich - The Cost of Discipleship (1937)


'2<<< >>> ÍNDICE      zzz


ACRÉSCIMO HUMANO

A REVELAÇÃO DIVINA NOS LIVROS SAGRADOS
Os livros sagrados de diversas tradições religiosas são testemunhos da Revelação de Deus à humanidade. Desde os primórdios, a comunicação divina se manifestou como um guia universal para a vida espiritual, ética e social. Essa revelação é imutável, carregando princípios eternos que transcendem o tempo e as culturas. A presença da verdade divina nesses textos é evidente, servindo como um ponto de convergência entre diferentes religiões ao revelar o caráter de Deus e seu desejo de comunhão com a humanidade.

ACRÉSCIMOS HUMANOS NOS ESCRITOS SAGRADOS
Embora os livros sagrados contenham verdades divinas, também carregam marcas dos contextos humanos em que foram escritos. Esses acréscimos podem refletir interpretações pessoais, influências culturais e históricas, ou mesmo interesses particulares. Alguns acréscimos podem ter sido bem-intencionados, buscando aplicar a revelação divina às realidades de seu tempo; outros, entretanto, podem ter sido usados para justificar estruturas de poder ou normas sociais que não refletem plenamente os princípios divinos.

O DESAFIO DE DISCERNIR ENTRE REVELAÇÃO E ACRÉSCIMOS
Um dos maiores desafios para os estudiosos e fiéis é discernir entre o que é verdadeiramente divino e o que é humano nos escritos sagrados. A interpretação crítica, aliada à busca espiritual, ajuda a identificar princípios universais que transcendem limitações históricas. Esse discernimento é essencial para que a Revelação de Deus seja compreendida de forma pura e aplicada adequadamente em contextos contemporâneos, sem as distorções dos acréscimos humanos.

JESUS CRISTO COMO REFERÊNCIA UNIVERSAL
Jesus é um modelo perfeito para compreender a Revelação divina sem os acréscimos humanos. Sua vida e ensinamentos resgataram a essência da verdade universal, corrigindo interpretações equivocadas e reafirmando os princípios eternos de amor, justiça e misericórdia. Ele demonstrou como viver alinhado à vontade divina, sendo uma referência para todas as tradições que buscam a pureza da revelação de Deus.

BIBLIOGRAFIA

  1. Ehrman, Bart D. - Misquoting Jesus: The Story Behind Who Changed the Bible and Why (2005)
  2. Smith, Huston - The World's Religions (1958)
  3. Armstrong, Karen - The Bible: A Biography (2007)
  4. Aslan, Reza - Zealot: The Life and Times of Jesus of Nazareth (2013)
  5. Crossan, John Dominic - The Birth of Christianity (1998)
  6. Boyarin, Daniel - The Jewish Gospels: The Story of the Jewish Christ (2012)
  7. Sachedina, Abdulaziz - Islamic Messianism: The Idea of the Mahdi in Twelver Shi'ism (1981)
  8. Knott, Kim - Hinduism: A Very Short Introduction (1998)
  9. Doniger, Wendy - The Hindus: An Alternative History (2009)
  10. Pagels, Elaine - The Gnostic Gospels (1979)


'3<<< >>> ÍNDICE      zzz


HEBRAISMO

A ORIGEM DA NAÇÃO ELEITA
Desde os relatos bíblicos da criação, a narrativa hebraica enfatiza Israel como um povo especial escolhido por Deus. Moisés, ao registrar as origens da humanidade, apresenta uma hierarquia divina nas nações, onde Sem e seus descendentes, incluindo os israelitas, são colocados acima das demais linhagens de Noé. Esse conceito se reforça com a preferência divina pela oferta de Abel (criador de animais) sobre a de Caim (agricultor), estabelecendo uma visão de favor divino sobre aqueles que seguiriam a linhagem semita.

O MONOTEÍSMO RELATIVO DE MOISÉS
Embora Moisés tenha ensinado a adoração exclusiva de Jeová, os textos bíblicos sugerem que ele reconhecia a existência de outros deuses, ainda que subordinados ao Deus de Israel. A expressão "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança" (Gênesis 1:26) indica um panteão divino, no qual Jeová seria a autoridade suprema. Dessa forma, o hebraísmo se consolidou com a ideia de que Israel era o povo escolhido do Deus Altíssimo e que toda a história da humanidade deveria ser contada a partir da perspectiva desse povo.

O HEBRAÍSMO E A ARROGÂNCIA NACIONAL
A crença na superioridade de Israel sobre as demais nações gerou um sentimento de exclusividade e distinção. Os israelitas não apenas se viam como escolhidos, mas também interpretavam essa eleição divina como um direito de preeminência sobre outros povos, incluindo os descendentes de Abraão por meio de Hagar (ismaelitas) e Cetura (midianitas). Esse sentimento fomentou uma postura de desprezo em relação aos povos vizinhos, influenciando suas relações políticas e religiosas ao longo dos séculos.

A CONQUISTA DE CANAÃ E O DIREITO DIVINO DE GUERRA
A concepção de que Jeová garantiu a Israel a posse da terra prometida resultou em políticas expansionistas brutais. Moisés entendeu que era ordem divina exterminar os habitantes de Canaã para que os israelitas pudessem ocupar suas terras e riquezas. Essa visão justificada pela fé impulsionou a guerra santa, onde a destruição total das populações inimigas era vista como um ato de obediência a Deus. Esse modelo de conquista se perpetuaria ao longo da história israelita.

A PUREZA RACIAL COMO ELEMENTO ESSENCIAL
A manutenção da identidade hebraica exigia um rigoroso isolamento étnico. Casamentos mistos eram condenados, e em diversas ocasiões, os israelitas foram obrigados a se separar de esposas estrangeiras para preservar a "pureza" da raça. A miscigenação era vista como um perigo para a santidade do povo escolhido, e essa mentalidade se consolidou nas leis e práticas religiosas ao longo dos séculos.

AS CONSEQUÊNCIAS DA PREPOTÊNCIA ISRAELITA
O orgulho nacionalista de Israel e sua resistência em aceitar dominação estrangeira resultaram em repetidas conquistas e exílios. Impérios como Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma, que tradicionalmente permitiam certa autonomia às nações vencidas, tiveram que agir com rigor contra os judeus devido à sua constante insubordinação. A destruição do templo em Jerusalém e a diáspora judaica foram consequências diretas desse comportamento resistente à submissão imperial.

A RELAÇÃO COM OS SAMARITANOS NOS TEMPOS DE JESUS
A divisão entre judeus e samaritanos exemplifica o impacto do exclusivismo hebraico. Os samaritanos, descendentes de israelitas que se misturaram com estrangeiros sob dominação assíria, eram vistos como impuros pelos judeus. Nos tempos de Jesus, essa animosidade ainda persistia, evidenciada na parábola do Bom Samaritano e nos conflitos entre ambas as comunidades. O preconceito contra os samaritanos era uma extensão da ideologia hebraica de pureza racial e exclusividade religiosa.

O HEBRAÍSMO NA ATUALIDADE
Até os dias de hoje, o pensamento hebraico mantém sua base exclusivista e nacionalista. O sionismo moderno reflete essa herança, promovendo políticas expansionistas e justificando conflitos com nações vizinhas com base em promessas divinas registradas na Torá. A relação entre Israel e o Ocidente, particularmente com os Estados Unidos e a Europa, é marcada por alianças estratégicas, mas, dentro da mentalidade hebraica, esses aliados podem rapidamente se tornar inimigos caso ameacem seus interesses. A identidade judaica continua permeada por essa visão única do mundo, expressa em sua literatura, cultura e relações internacionais.

BIBLIOGRAFIA

  1. SAND, ShlomoA Invenção do Povo Judeu (2008)
  2. EHRMAN, Bart D.How Jesus Became God (2014)
  3. FINKELSTEIN, Israel & SILBERMAN, Neil AsherA Bíblia Não Tinha Razão (2001)
  4. GOLDHAGEN, Daniel JonahA Moral Reckoning: The Role of the Catholic Church in the Holocaust and Its Unfulfilled Duty of Repair (2002)
  5. KAREN, ArmstrongHistória de Deus (1993)
  6. HESCHEL, Abraham JoshuaGod in Search of Man: A Philosophy of Judaism (1955)
  7. GOODMAN, MartinA History of Judaism (2017)
  8. COHEN, Shaye J. D.The Beginnings of Jewishness: Boundaries, Varieties, Uncertainties (1999)
  9. FLAVIUS, JosefoHistória dos Hebreus (séc. I d.C.)
  10. BUBER, MartinMoisés (1946)



'4<<< >>> ÍNDICE      zzz


ESCRITORES BÍBLICOS
facebook

1. A MISSÃO DOS ESCRITORES DO ANTIGO TESTAMENTO

Os escritores bíblicos do Antigo Testamento tinham um papel central na construção da identidade do povo hebreu como nação escolhida por Deus, segundo o entendimento de Moisés e que ajustou perfeito à vaidade humana que o povo tinha. Desde Moisés, responsável pela Torá, até os profetas posteriores, a ênfase nos textos era fortalecer a ideia de que Israel era o único povo de Deus, em uma posição superior às demais nações. Esse princípio permeia narrativas como a eleição de Abraão, a libertação do Egito e a conquista de Canaã. Além disso, os profetas advertiam constantemente o povo a não se misturar com estrangeiros e a manter sua identidade exclusiva, reforçando um hebraísmo que via os outros povos como inferiores ou inimigos.

2. O EXCLUSIVISMO RELIGIOSO E ÉTNICO NO ANTIGO TESTAMENTO

O exclusivismo hebraico era reforçado pelos autores bíblicos que, ao narrar os eventos históricos e religiosos de Israel, destacavam sempre a superioridade do seu Deus, Jeová, sobre as divindades estrangeiras. Nos textos, os outros povos são frequentemente apresentados como ímpios, idólatras e merecedores do castigo divino. Moisés, Josué, Samuel e os profetas como Isaías e Jeremias foram essenciais para sustentar essa visão, justificando guerras, expulsões e até mesmo massacres em nome da "pureza" religiosa e étnica. Esse mesmo tom aparece nos Salmos e nos textos de sabedoria, que frequentemente exaltam Israel como nação santa e superior.

3. A MUDANÇA DE PARADIGMA NO NOVO TESTAMENTO

Com o surgimento do cristianismo, os escritores do Novo Testamento passaram a adotar uma abordagem diferente, ainda que carregada de influência hebraica. Jesus, segundo os evangelistas, rompeu com as tradições exclusivistas e abriu a possibilidade da salvação para todos os povos. No entanto, essa mudança gerou tensão entre os próprios seguidores de Jesus. Autores como Mateus e João ainda reforçavam a identidade judaica do Messias, enquanto Lucas apresentava uma visão mais universalista. Esse debate continuou entre os apóstolos e escritores do cristianismo primitivo.

4. PAULO E A SUPREMACIA DO CRISTIANISMO SOBRE AS DEMAIS RELIGIÕES

O apóstolo Paulo, talvez o escritor mais influente do Novo Testamento, levou o cristianismo para além dos limites do judaísmo. Ele defendia que a salvação era acessível a todos, independentemente de sua origem, desde que abandonassem suas crenças anteriores e se submetessem à fé em Cristo. Suas cartas às igrejas gentílicas enfatizam essa visão universalista, mas não sem conflitos com outros líderes cristãos, como Pedro e Tiago, que ainda viam os judeus como o povo especial de Deus. A pregação de Paulo, ao contrário do judaísmo tradicional, promovia um cristianismo como a única fé legítima, o que reforçou sua expansão, mas também gerou hostilidade entre os judeus que rejeitavam essa mudança.

5. A HERANÇA DO HEBRAÍSMO NOS ESCRITOS CRISTÃOS

Mesmo com a universalização da fé cristã, os escritores do Novo Testamento ainda carregavam elementos do hebraísmo, principalmente na forma de interpretar as Escrituras e justificar a nova fé. A crença na eleição divina, no julgamento sobre os povos e na supremacia de um único Deus manteve-se firme, apenas deslocando a centralidade de Israel para a Igreja cristã. Esse legado permanece até hoje em diversas correntes cristãs, que, assim como os antigos escritores hebreus, continuam a afirmar a superioridade de sua crença sobre todas as demais religiões.

7. BIBLIOGRAFIA

  • "Introdução ao Antigo Testamento" – Raymond B. Dillard & Tremper Longman III (1994)
  • "O Conceito de Israel no Antigo Testamento" – John Goldingay (2003)
  • "Os Judeus e as Palavras" – Amos Oz & Fania Oz-Salzberger (2014)
  • "O Judaísmo no Mundo Grego e Romano" – Lester L. Grabbe (2002)
  • "Paulo e o Judaísmo" – E. P. Sanders (1983)
  • "A Origem do Cristianismo e a Questão Judaica" – Jacob Taubes (1999)
  • "Jesus e o Judaísmo" – Géza Vermes (1983)
  • "Cristianismo Primitivo e Tradição Judaica" – Peter Schäfer (2010)
  • "Hebreus: Entre a Antiga e a Nova Aliança" – George H. Guthrie (1998)
  • "O Judaísmo de Paulo" – Matthew Thiessen (2016)


  • '5<<< >>> ÍNDICE      zzz


    CÂNONES BÍBLICOS

    FORMAÇÃO HISTÓRICA DO CÂNON

    A formação do cânon bíblico foi um processo longo e complexo, envolvendo critérios teológicos, políticos e históricos. No Antigo Testamento, os escritos passaram por seleções criteriosas desde Moisés até Esdras, com forte influência dos sacerdotes e dos profetas. Durante o exílio babilônico, os israelitas organizaram e preservaram textos considerados essenciais para sua identidade e fé. Já no Novo Testamento, os escritos dos apóstolos e discípulos foram circulando entre as comunidades cristãs, e, com o tempo, alguns foram aceitos como inspirados, enquanto outros foram rejeitados. O cânon definitivo do Novo Testamento só foi consolidado no século IV, após intensos debates dentro da igreja.

    OS 41 ESCRITORES E OS MUITOS OUTROS NÃO CANONIZADOS

    Entre os inúmeros escritores que registraram revelações, mensagens e ensinamentos espirituais, apenas 41 tiveram seus textos incluídos no cânon. Isso não significa que os demais não tivessem valor espiritual, mas sim que, por critérios variados, suas obras não foram reconhecidas como autoritativas. Escritos como os livros apócrifos e pseudoepígrafos foram amplamente respeitados e influenciaram a tradição religiosa, mas acabaram excluídos do cânon oficial. Essa exclusão, em muitos casos, foi motivada por questões teológicas e políticas, pois algumas obras traziam interpretações divergentes das doutrinas que estavam sendo estabelecidas.

    A SELEÇÃO DOS TEXTOS CANÔNICOS

    Os livros escolhidos passaram por diversas triagens ao longo do tempo. No Antigo Testamento, Moisés teria iniciado a organização dos primeiros escritos, seguidos por Samuel, os exilados na Babilônia e Esdras. Posteriormente, entre 80 d.C. e 120 d.C., líderes religiosos judeus consolidaram a lista dos livros sagrados, excluindo alguns textos que antes eram respeitados. No cristianismo, até o século IV, não havia consenso sobre quais livros do Novo Testamento deveriam ser aceitos. O Concílio de Cartago, em 397 d.C., ajudou a definir os 27 livros que hoje compõem essa parte da Bíblia. Na Contrarreforma, a Igreja Católica reafirmou o cânon incluindo sete livros deuterocanônicos, rejeitados pelos protestantes.

    A REVELAÇÃO VERDADEIRA E OS ACRÉSCIMOS HUMANOS

    Independentemente do cânon adotado, a verdadeira Revelação de Deus é única, imutável e universal, manifestando-se desde Adão e atingindo seu ápice na vida e nos ensinamentos de Jesus Cristo. Qualquer texto sagrado, seja ele bíblico ou de outra religião, só pode ser considerado Palavra de Deus se estiver em coerência com Jesus e seus ensinamentos. Muitos dos escritos canônicos contêm trechos que refletem acréscimos humanos, moldados por interesses culturais, políticos e teológicos. Dessa forma, a autoridade final não está na letra escrita, mas na verdade viva e plena revelada em Cristo, no Espírito Santo e na consciência daqueles que buscam a verdade.

    BIBLIOGRAFIA

    1. Bruce, F. F.O Cânon das Escrituras (1988)
    2. Metzger, Bruce M.The Canon of the New Testament: Its Origin, Development, and Significance (1987)
    3. McDonald, Lee MartinThe Biblical Canon: Its Origin, Transmission, and Authority (2007)
    4. Ehrman, Bart D.Lost Christianities: The Battles for Scripture and the Faiths We Never Knew (2003)
    5. Vermes, GézaThe Story of the Scrolls (2010)
    6. Barker, MargaretThe Great High Priest: The Temple Roots of Christian Liturgy (2003)
    7. Gamble, Harry Y.Books and Readers in the Early Church (1995)
    8. Sanders, E. P.Jesus and Judaism (1985)
    9. Hahneman, Geoffrey MarkThe Muratorian Fragment and the Development of the Canon (1992)
    10. Pelikan, JaroslavWhose Bible Is It? A Short History of the Scriptures (2005)


    '6<<< >>> ÍNDICE      zzz


    MATEUS

    1. AUTORIA, DATA, FONTES, DESTINATÁRIO, CONTEXTO E OBJETIVOS
    O Evangelho de Mateus é tradicionalmente atribuído ao apóstolo Mateus, um coletor de impostos chamado por Jesus. Escrito entre 80-90 d.C., provavelmente em Antioquia, o livro utiliza como fontes o Evangelho de Marcos, a fonte Q (uma coleção de ditos de Jesus) e tradições orais. Destinado principalmente a judeus-cristãos, o texto busca apresentar Jesus como o Messias prometido no Antigo Testamento, cumprindo as profecias e estabelecendo uma ponte entre o judaísmo e o cristianismo. Seu objetivo é fortalecer a fé dos convertidos e demonstrar a autoridade de Jesus como Filho de Deus e Rei dos judeus.

    2. HISTÓRICO CANÔNICO E SIGNIFICADO ATUAL
    Mateus foi amplamente aceito no cânon do Novo Testamento desde os primeiros séculos, sendo um dos evangelhos mais citados pelos pais da igreja. Sua ênfase no cumprimento das profecias e na ética do Reino de Deus o tornou fundamental para a teologia cristã. Hoje, é visto como um texto essencial para entender a vida e os ensinamentos de Jesus, além de ser um recurso valioso para estudos sobre a relação entre o Antigo e o Novo Testamento. Sua mensagem continua a inspirar fiéis e estudiosos, destacando a justiça, a misericórdia e o amor como pilares da fé cristã.

    3. COERÊNCIAS COM O ENSINO DE JESUS
    Mateus apresenta diversos ensinamentos de Jesus que refletem sua mensagem central. Por exemplo, o Sermão da Montanha (Mateus 5-7) enfatiza o amor ao próximo, a humildade e a justiça, valores centrais na vida de Jesus. A parábola do Bom Samaritano (Mateus 22:39) reforça o mandamento de amar ao próximo, enquanto a cura dos enfermos (Mateus 8:1-17) demonstra a compaixão de Jesus pelos marginalizados. Esses exemplos mostram a coerência entre o texto e a vida de Jesus.

    4. GRANDES INCOERÊNCIAS COM JESUS
    Alguns trechos de Mateus parecem contradizer o ensino de Jesus. Um exemplo é a maldição das figueiras (Mateus 21:18-22), onde Jesus amaldiçoa uma árvore por não dar frutos fora de época, atitude que contrasta com sua mensagem de paciência e misericórdia. Outro exemplo é a condenação dos fariseus em Mateus 23, onde o tom severo parece divergir do amor e perdão que Jesus pregava.

    5. INCOERÊNCIAS MENORES COM JESUS
    Há também incoerências menores, como a ênfase excessiva no cumprimento da Lei (Mateus 5:17-20), que pode parecer contraditória com a liberdade que Jesus trouxe em relação às tradições judaicas. Além disso, a genealogia de Jesus (Mateus 1:1-17) inclui figuras controversas, o que pode gerar questionamentos sobre sua precisão histórica e teológica.

    6. A REVELAÇÃO DIVINA E OS ACRÉSCIMOS HUMANOS
    Só é considerada Revelação divina, em Mateus ou em qualquer outro texto, o que está em harmonia com a vida e os ensinamentos de Jesus. Trechos que refletem preconceitos culturais, interpretações errôneas ou interesses políticos devem ser entendidos como acréscimos humanos. A autoridade final está em Jesus, que corrigiu equívocos do Antigo Testamento e revelou a verdadeira natureza de Deus.

    7. A INFLUÊNCIA DE MOISÉS E A CORREÇÃO DE JESUS
    Muitos acréscimos humanos na Bíblia, incluindo em Mateus, refletem o entendimento limitado que Moisés e outros tiveram sobre Deus. Jesus corrigiu essas visões ao dizer: “Ouvistes o que foi dito aos antigos, eu porém vos digo...” (Mateus 5:21-48). Essa abordagem revela a necessidade de reinterpretar as Escrituras à luz do amor e da justiça que Jesus personificou.

    8. BIBLIOGRAFIA

    1. "The Gospel of Matthew" – R.T. France (2007)

    2. "Matthew: A Commentary" – Craig S. Keener (2009)

    3. "The New Testament: A Historical Introduction" – Bart D. Ehrman (2012)

    4. "Jesus and the Gospels" – Craig L. Blomberg (2009)

    5. "The Gospel According to Matthew" – Leon Morris (1992)

    6. "Matthew and the Margins" – Warren Carter (2000)

    7. "The Theology of the Gospel of Matthew" – Ulrich Luz (1995)

    8. "Matthew: Storyteller, Interpreter, Evangelist" – Warren Carter (2004)

    9. "The Gospel of Matthew in Its Historical and Theological Context" – Donald A. Hagner (2011)

    10. "Matthew: A Shorter Commentary" – Dale C. Allison Jr. (2004)



    '7<<< >>> ÍNDICE      zzz


    MARCOS

    1. AUTORIA, DATA, FONTES, DESTINATÁRIO, CONTEXTO E OBJETIVOS
    O Evangelho de Marcos é tradicionalmente atribuído a João Marcos, um companheiro de Pedro e Paulo. Escrito por volta de 65-70 d.C., é considerado o mais antigo dos evangelhos e serviu como fonte para Mateus e Lucas. Marcos escreveu para uma audiência predominantemente gentia, especialmente romanos, enfatizando a ação e o sofrimento de Jesus como o Servo Sofredor. O contexto é marcado pela perseguição aos cristãos, e o objetivo do livro é fortalecer a fé dos leitores, mostrando Jesus como o Messias que veio para servir e dar sua vida em resgate de muitos (Marcos 10:45).

    2. HISTÓRICO CANÔNICO E SIGNIFICADO ATUAL
    Marcos foi amplamente aceito no cânon do Novo Testamento, embora inicialmente tenha sido menos popular que Mateus e Lucas. Sua brevidade e estilo direto o tornaram um texto essencial para entender a vida e o ministério de Jesus. Hoje, é valorizado por sua narrativa dinâmica e foco na humanidade de Jesus, destacando seu sofrimento e sacrifício. Para os leitores modernos, Marcos é um convite a seguir Jesus com dedicação, mesmo diante das dificuldades.

    3. COERÊNCIAS COM O ENSINO DE JESUS
    Marcos apresenta vários ensinamentos e ações de Jesus que refletem sua mensagem central. Por exemplo, a cura do paralítico (Marcos 2:1-12) demonstra a autoridade de Jesus para perdoar pecados e sua compaixão pelos necessitados. A parábola do semeador (Marcos 4:1-20) ilustra a importância de receber a Palavra de Deus com um coração aberto. Além disso, o mandamento de amar a Deus e ao próximo (Marcos 12:28-34) resume a essência do ensino de Jesus.

    4. GRANDES INCOERÊNCIAS COM JESUS
    Alguns trechos de Marcos parecem contradizer o caráter de Jesus. Um exemplo é a maldição da figueira (Marcos 11:12-14, 20-25), onde Jesus amaldiçoa uma árvore por não dar frutos fora de época, atitude que contrasta com sua mensagem de paciência e misericórdia. Outro exemplo é a aparente falta de compreensão dos discípulos, que muitas vezes é exagerada no texto, sugerindo uma visão negativa deles que pode não refletir totalmente a realidade.

    5. INCOERÊNCIAS MENORES COM JESUS
    Há também incoerências menores, como a descrição de Jesus como "indignado" ou "irritado" em certas situações (Marcos 1:41, 3:5), o que pode parecer contraditório com sua natureza compassiva. Além disso, a ênfase no "segredo messiânico" (Marcos 1:44, 5:43), onde Jesus pede silêncio sobre seus milagres, pode gerar confusão sobre sua intenção de revelar sua identidade.

    6. A REVELAÇÃO DIVINA E OS ACRÉSCIMOS HUMANOS
    Só é considerada Revelação divina, em Marcos ou em qualquer outro texto, o que está em harmonia com a vida e os ensinamentos de Jesus. Trechos que refletem interpretações culturais, interesses teológicos ou visões limitadas devem ser entendidos como acréscimos humanos. A autoridade final está em Jesus, que personificou a verdadeira natureza de Deus.

    7. A INFLUÊNCIA DE MOISÉS E A CORREÇÃO DE JESUS
    Muitos acréscimos humanos na Bíblia, incluindo em Marcos, refletem o entendimento limitado que Moisés e outros tiveram sobre Deus. Jesus corrigiu essas visões ao dizer: “Ouvistes o que foi dito aos antigos, eu porém vos digo...” (Marcos 7:1-23). Essa abordagem revela a necessidade de reinterpretar as Escrituras à luz do amor e da justiça que Jesus personificou.

    8. BIBLIOGRAFIA

    1. "The Gospel of Mark" – William L. Lane (1974)

    2. "Mark: A Commentary" – Robert A. Guelich (1989)

    3. "The New Testament: A Historical Introduction" – Bart D. Ehrman (2012)

    4. "Mark: The Gospel of Action" – David E. Garland (1996)

    5. "The Gospel According to Mark" – James R. Edwards (2002)

    6. "Mark: Storyteller, Interpreter, Evangelist" – Francis J. Moloney (2004)

    7. "The Theology of the Gospel of Mark" – William Telford (1999)

    8. "Mark: A Shorter Commentary" – C.S. Mann (1986)

    9. "Mark: The Suffering Servant" – R. Alan Cole (1989)

    10. "Mark: A New Translation with Introduction and Commentary" – Joel Marcus (2000)



    '8<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook




    '9<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook




    '10<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook




    '11<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook





    '12<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook




    '13<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook




    '14<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook





    '15<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook




    '16<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook




    '17<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook




    '18<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook




    '19<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook




    '20<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook




    '21<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook





    '22<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '23<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '24<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '25<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '26<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '27<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '28<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '29<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '30<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '31<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '32<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '33<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '34<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '35<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '36<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '37<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '38<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '39<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '40<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '41<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '42<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '43<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '44<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '45<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '46<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '47<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '48<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '49<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook






    '50<<< >>> ÍNDICE      zzz


    XXXXXXXXXXX
    facebook



    '51<<< >>> ÍNDICE     
    '52<<< >>> ÍNDICE     
    '53<<< >>> ÍNDICE     
    '54<<< >>> ÍNDICE     
    '55<<< >>> ÍNDICE     


    XXXXXXXXXXX
    facebook



    '56<<< >>> ÍNDICE     
    '57<<< >>> ÍNDICE     
    '58<<< >>> ÍNDICE     
    '59<<< >>> ÍNDICE     
    '60<<< >>> ÍNDICE     


    XXXXXXXXXXX
    facebook



    '61<<< >>> ÍNDICE     
    '62<<< >>> ÍNDICE     
    '63<<< >>> ÍNDICE     
    '64<<< >>> ÍNDICE     
    '65<<< >>> ÍNDICE     


    XXXXXXXXXXX
    facebook



    '66<<< >>> ÍNDICE     
    '67<<< >>> ÍNDICE     
    '68<<< >>> ÍNDICE     
    '69<<< >>> ÍNDICE     
    '70<<< >>> ÍNDICE     


    XXXXXXXXXXX
    facebook



    '71<<< >>> ÍNDICE     
    '72<<< >>> ÍNDICE     
    '73<<< >>> ÍNDICE     
    '74<<< >>> ÍNDICE     
    '75<<< >>> ÍNDICE     


    XXXXXXXXXXX
    facebook



    '76<<< >>> ÍNDICE     
    '77<<< >>> ÍNDICE     
    '78<<< >>> ÍNDICE     
    '79<<< >>> ÍNDICE     
    '80<<< >>> ÍNDICE     


    XXXXXXXXXXX
    facebook



    '81<<< >>> ÍNDICE     
    '82<<< >>> ÍNDICE     
    '83<<< >>> ÍNDICE     
    '84<<< >>> ÍNDICE     
    '85<<< >>> ÍNDICE     


    XXXXXXXXXXX
    facebook



    '86<<< >>> ÍNDICE     
    '87<<< >>> ÍNDICE     
    '88<<< >>> ÍNDICE     
    '89<<< >>> ÍNDICE     
    '90<<< >>> ÍNDICE     


    XXXXXXXXXXX
    facebook



    '91<<< >>> ÍNDICE     
    '92<<< >>> ÍNDICE     
    '93<<< >>> ÍNDICE     
    '94<<< >>> ÍNDICE     
    '95<<< >>> ÍNDICE     


    XXXXXXXXXXX
    facebook



    '96<<< >>> ÍNDICE     
    '97<<< >>> ÍNDICE     
    '98<<< >>> ÍNDICE     
    '99<<< >>> ÍNDICE     
    '100<<< >>> ÍNDICE     


    XXXXXXXXXXX
    facebook



    '101<<< >>> ÍNDICE     
    '102<<< >>> ÍNDICE     
    '103<<< >>> ÍNDICE     
    '104<<< >>> ÍNDICE     
    '105<<< >>> ÍNDICE     
    '106<<< >>> ÍNDICE     


    XXXXXXXXXXX
    facebook



    '107<<< >>> ÍNDICE     
    '108<<< >>> ÍNDICE     
    '109<<< >>> ÍNDICE     
    '110<<< >>> ÍNDICE     


    XXXXXXXXXXX
    facebook