SETEMBRO, POEMAS: PERDÃO, SENHOR, NÃO ÉS O JEOVÁ 1

  





  Home

1 Agenda: (1a)Futurolivros (1b) NovoTemas   2marcadores  3limpar vermelhos abaixo



PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4
ATENÇÃO
o conteúdo constante nesta página é resultado da busca  de respostas em investigações bibliográficas e científicas, sem nenhum interesse em ofender ou escandalizar quem quer que seja, e, também, um convite à reflexão aos nossos leitores.






PERDÃO, SENHOR, NÃO ÉS O JEOVÁ
eu confundia o Jeová de Moisés com o Deus de Jesus
PARTE 1... no Gênesis 1 a 11



composições durante o mês de setembro de 2024
o conteúdo original que inclui este está 




 


Atualmente, em Setembro 2025, estamos pesquisando e escrevendo este livro





<<< >>>

ÍNDICE




001   CRIAÇÃO EM SEIS DIAS

002   LUZ E TREVAS SEPARADAS NO PRIMEIRO DIA

003   CRIAÇÃO DE ADÃO DO PÓ
Adão é formado do pó da terra e Deus sopra nele o fôlego da vida. No amor de Jesus, a humanidade é gerada em relacionamento, com liberdade e dignidade, não como um objeto moldado mecanicamente.

004   CRIAÇÃO DE EVA DA COSTELA

005   JARDIM DO ÉDEN COM PROIBIÇÃO RIGOROSA

006   MALDIÇÃO SOBRE A SERPENTE

007   MALDIÇÃO SOBRE A MULHER

008   MALDIÇÃO SOBRE O HOMEM

009   EXPULSÃO DO ÉDEN

010   CAIM MATA ABEL

011   MARCA DE CAIM

012   PUNIÇÃO DE CAIM

013   LEMBRANÇA DO PECADO DE CAIM

014   NÓE ALERTADO SOBRE O DILÚVIO

015   DILÚVIO UNIVERSAL

016   ARCA COMO ÚNICA SALVAÇÃO

017   TODOS OS ANIMAIS DEVEM SER SALVOS

018   PUNIÇÃO SOBRE OS DESOBEDIENTES DO DILÚVIO

019   PROMESSA DO ARCO-ÍRIS

020   TERRA PUNIDA PELOS HÉREDEIROS DE CAIM

xxxx
030   031   

021   ANJOS CAÍDOS / FILHOS DE DEUSES

022   GIGANTES NA TERRA (NEFILINS)

023   DEUS SE ARREPENDE DA CRIAÇÃO

024   LINGUAGEM ÚNICA E CASTIGO DA CONFUSÃO

025   FORMAÇÃO DE CIDADES COMO PUNIÇÃO

026   DURA PUNIÇÃO SOBRE HOMICÍDIO

027   DOMÍNIO SOBRE A NATUREZA COMO CASTIGO

028   MALDIÇÃO SOBRE ANIMAIS

029   MULHER COMO SUJEITA AO MARIDO

30. CONDENAS AO PECADO DE UMA VEZ POR TODA
Os pecados do início do mundo parecem ter consequências eternas imediatas. Jesus revela que o amor e o perdão redimem, sem necessidade de castigos eternos ou irreversíveis.





'32<<< >>> ÍNDICE      zzz


PREÂMBULOS ESSENCIAIS
facebook

DESCOBERTA MARAVILHOSA
Houve um momento decisivo em minha caminhada de fé: percebi que Moisés, como qualquer pessoa no mundo, não compreendeu plenamente a Revelação eterna de Deus. Ele enxergou apenas fragmentos, limitados à sua cultura, ao seu tempo e à sua capacidade. Essa descoberta não diminuiu minha fé, ao contrário, abriu meus olhos para algo grandioso: Deus não se resume ao que Moisés entendeu ou escreveu.

REVELAÇÃO DESDE O PRINCÍPIO
Desde os tempos de Adão, Deus tem falado, revelando-se pouco a pouco à humanidade. No entanto, essa revelação foi sendo filtrada por homens frágeis, com suas visões humanas de justiça, medo e poder. Aquilo que parecia ser a voz de Deus, muitas vezes era apenas a interpretação de quem O buscava, mas não O compreendia plenamente. Essa percepção me libertou de pesos antigos.

JESUS COMO PLENITUDE
Foi então que compreendi algo essencial: somente é verdadeiramente Revelação de Deus aquilo que se alinha com a vida e o ensino de Jesus. Ele é a plenitude, a face visível do Deus invisível, a imagem perfeita de Seu caráter. Nele não há sombra de dúvida, contradição ou arbitrariedade. Com Ele, o coração encontra clareza e sentido.

JEOVÁ E O DEUS DE JESUS
O Jeová que Moisés conheceu e descreveu era, em grande parte, a medida daquilo que ele pôde compreender. Mas Jesus revelou um Deus muito maior: não o Deus de castigos, vinganças e arrependimentos, mas o Deus que é amor, paciência infinita, tolerância, perdão abundante e misericórdia sem limites. Essa diferença trouxe nova luz à minha fé.

ALEGRIA DO CORAÇÃO
Quando essa verdade brilhou em meu entendimento, algo extraordinário aconteceu dentro de mim: a inquietação se transformou em paz. Já não me atormentava pensar em um Deus que pune de modo cruel, mas podia descansar no Deus que ama sem medida, que nunca desiste de Seus filhos e que não guarda rancor. Minha alma se alegrou profundamente.

PAZ PARA A VIDA
Hoje sei que estou diante de um Deus que me conforta e me guia em meio às dificuldades da vida. Ele não é um juiz implacável, mas um Pai presente. Em Jesus, encontrei o Deus que sempre esteve ali, esperando que eu O visse como Ele realmente é. E essa visão me trouxe paz, serenidade e esperança para caminhar neste mundo com confiança e amor.


BIBLIOGRAFIA

  1. BOFF, Leonardo. Jesus Cristo Libertador: Ensaio de Cristologia Crítica para o Nosso Tempo. Petrópolis: Vozes, 1972.
    – Mostra Jesus como chave interpretativa da fé cristã, revelando o Deus do amor acima das compreensões limitadas.

  2. MOLTMANN, Jürgen. O Deus Crucificado. Petrópolis: Vozes, 1974.
    – Apresenta a cruz de Cristo como a revelação definitiva de quem Deus é, em contraste com imagens de poder e violência.

  3. KÜNG, Hans. Cristianismo: Essência e História. São Paulo: Paulinas, 1999.
    – Explora a essência da fé cristã em Jesus, diferenciando-a de concepções religiosas anteriores.

  4. ELLUL, Jacques. A Subversão do Cristianismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
    – Analisa como muitas compreensões bíblicas foram distorcidas, contrapondo o Deus revelado em Jesus às tradições religiosas.

  5. CROSSAN, John Dominic. Jesus: Uma Biografia Revolucionária. Rio de Janeiro: Imago, 1994.
    – Mostra Jesus como aquele que rompeu com noções violentas de divindade, trazendo uma revelação do Deus da compaixão.

  6. WRIGHT, N. T. Como Deus se Tornou Rei. São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2014.
    – Afirma que os Evangelhos revelam um Deus diferente do que se entendia em parte do Antigo Testamento.

  7. GONZÁLEZ, Justo L. História Ilustrada do Cristianismo: Volume 1. São Paulo: Vida Nova, 2002.
    – Oferece uma visão sobre como os primeiros cristãos compreenderam Jesus como a revelação superior a Moisés.

  8. SPONG, John Shelby. O Nascimento de Jesus: Mito ou História?. São Paulo: Paulus, 2000.
    – Explora a diferença entre leituras literais da Bíblia e a revelação espiritual de Deus em Jesus.

  9. RUBIO, Alfonso García. O Encontro com Jesus Cristo Vivo. São Paulo: Paulinas, 2008.
    – Mostra que Jesus é o critério absoluto de interpretação de Deus e da revelação, acima de Moisés.

  10. BOFF, Clodovis. Teologia da Revelação. Petrópolis: Vozes, 2002.
    – Reflete sobre como a revelação deve ser interpretada, destacando que sua plenitude está em Jesus Cristo.


'1<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 1
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*CRIAÇÃO EM SEIS DIAS*
--------------------------------------------------------
Deus cria o mundo inteiro em seis dias, com cronologia literal. Jesus nos mostra um Deus paciente e contínuo, cuja criação é obra de amor constante, não limitada a um calendário.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
No início disseram que em seis dias criaste,
com pressa moldaste o que eterno é teu,
mas em Jesus vejo que o amor não se gasta,
o tempo é contínuo, teu sopro nos deu.

(estrofe 2)
Não pões calendário no gesto divino,
a luz se acende no ritmo do amor,
tua obra caminha num passo contínuo,
sereno concerto, sem pressa ou temor.

(estrofe 3)
O mundo é canção que ressoa infinita,
no sopro sutil de um Deus compassivo,
não é ditadura da letra restrita,
mas vida gerada em tempo criativo.

(refrão)
És paciente, Senhor, e não contas os dias,
tua criação é obra de ternura,
não és Jeová com fúria e vigias,
és vida que brota em santa doçura.

(estrofe 4)
Preguei o que lia, pensando ser certo,
Jeová que castiga, que pesa a mão,
mas Cristo mostrou-me um Pai sempre perto,
que nunca me prende na rigidez vã.

(estrofe 5)
Seis dias não bastam para a imensidão,
nem cabem no tempo teus gestos de amor,
aprendi contigo a lição da paixão,
de um Deus que não erra, que é Criador.

(estrofe 6)
Moisés não compreendeu tua essência,
fez lei com limite, temor e poder,
mas Cristo revelou tua paciência,
o Deus que me ensina a sempre viver.

(refrão)
És paciente, Senhor, e não contas os dias,
tua criação é obra de ternura,
não és Jeová com fúria e vigias,
és vida que brota em santa doçura.

(estrofe 7)
Lamentei no íntimo as vezes que eu cria,
que eras vingança, terror e rancor,
mas hoje descanso na tua alegria,
de Deus que é bondade, de eterno amor.

(estrofe 8)
No Cristo aprendi que és Pai verdadeiro,
sem pressa moldaste a terra e o céu,
não eras tirano, mas companheiro,
amor que floresce, justiça sem véu.

(ponte)
Perdão, meu Senhor, preguei violência,
feri os pequenos em nome da lei,
pensando servir-te, perdi a consciência,
do Cristo manso que sempre escutei.

(refrão)
És paciente, Senhor, e não contas os dias,
tua criação é obra de ternura,
não és Jeová com fúria e vigias,
és vida que brota em santa doçura.

(refrão final)
Teu amor contínuo venceu minha cegueira,
induzido por mestres que amavam o medo,
no Cristo encontrei a fonte primeira,
do Pai que é ternura, perdão e segredo.


EXPLICAÇÃO DO POEMA

Ao refletir sobre a narrativa de Moisés em Gênesis, que descreve uma criação em seis dias literais, encontramos uma imagem de Deus que parece limitada à mentalidade da época, presa à necessidade de ordem rígida e à linguagem simbólica de calendário. No entanto, à luz de Jesus, percebemos que a criação é obra contínua, paciente e amorosa (João 5:17: "Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também"). Deus não cria pela pressa, mas pela ternura de quem dá tempo à vida para florescer. A poesia ressalta esse contraste, mostrando que o Deus revelado por Jesus não é o mesmo Jeová das violências relatadas, mas o Pai de misericórdia.

Na prática pastoral, muitas vezes se pregou a violência contra os diferentes com base no “Jeová” das narrativas de Moisés e dos profetas (por exemplo, Deuteronômio 20, que justifica guerras e extermínios). Mas o Cristo do Sermão do Monte (Mateus 5–7) revela outro Deus: que ama os inimigos, dá o pão aos famintos e acolhe os cansados. O poema é uma confissão desse engano e uma celebração da descoberta de que só é revelação verdadeira de Deus o que se harmoniza com a vida e ensino de Jesus (Hebreus 1:1-3).


BIBLIOGRAFIA

  1. MOLTMANN, Jürgen. O Deus Crucificado. Petrópolis: Vozes, 1974.

  2. BOFF, Leonardo. Jesus Cristo Libertador. Petrópolis: Vozes, 1972.

  3. CROSSAN, John Dominic. Jesus: Uma Biografia Revolucionária. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

  4. WRIGHT, N. T. Como Deus se Tornou Rei. São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2014.

  5. SPONG, John Shelby. O Nascimento de Jesus: Mito ou História?. São Paulo: Paulus, 2000.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'2<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 2
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*LUZ E TREVAS SEPARADAS NO PRIMEIRO DIA*
--------------------------------------------------------
A luz é separada das trevas antes da criação do sol e da lua. O Deus de Jesus revelaria ordem, mas não uma separação arbitrária e imediata, mas sim um processo de evolução natural.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
No princípio disseram que luz foi primeiro,
e logo das trevas se fez distinção,
mas vejo em Jesus o caminho certeiro,
a ordem divina é lenta lição.

(estrofe 2)
Não crias no abismo mural repentino,
mas sopras na história suave clarão,
a vida progride num passo divino,
sem cortes bruscos de separação.

(estrofe 3)
O sol e a lua ainda nem existiam,
e já se pregava um corte sem fim,
mas Cristo mostrou que as coisas nasciam
em tempo paciente, de dentro de ti.

(refrão)
Não separas, Senhor, com pressa a alvorada,
a luz não desponta em gesto arbitrário,
és Deus que trabalha a vida sem espada,
amor que constrói num ciclo diário.

(estrofe 4)
Preguei como Moisés, na lei da rigidez,
disse que a treva era culpa e condeno,
mas Cristo me trouxe a clara lucidez:
teu ser não impõe, transforma em pleno.

(estrofe 5)
A luz que brilhou no rosto de Cristo
é vida que cresce no peito ferido,
não veio impor um decreto visto,
mas ser companheiro no chão sofrido.

(estrofe 6)
Jesus é o sol que revela o caminho,
é lua que guarda a noite serena,
não cria fronteira, caminha vizinho,
teu amor dissolve a escuridão plena.

(refrão)
Não separas, Senhor, com pressa a alvorada,
a luz não desponta em gesto arbitrário,
és Deus que trabalha a vida sem espada,
amor que constrói num ciclo diário.

(estrofe 7)
O mito da pressa gerou violência,
e eu mesmo preguei contra os diferentes,
mas Cristo ensinou-me a ter paciência,
teu reino é justiça de corações crentes.

(estrofe 8)
Hoje compreendo a lição verdadeira:
a luz é caminho, não corte imposto,
a treva se rende à bondade primeira,
amor que se espalha em Cristo proposto.

(ponte)
Perdão, meu Senhor, feri tanta gente,
crendo que a treva devia morrer,
mas tu me ensinaste no Cristo clemente
que luz só se faz em amar e viver.

(refrão)
Não separas, Senhor, com pressa a alvorada,
a luz não desponta em gesto arbitrário,
és Deus que trabalha a vida sem espada,
amor que constrói num ciclo diário.

(refrão final)
Teu amor constante venceu meu engano,
induzido por mestres que amavam temor,
no Cristo encontrei teu plano soberano:
ser luz no caminho, viver teu amor.


EXPLICAÇÃO DO POEMA

O relato de Gênesis sobre a separação entre luz e trevas antes da criação do sol e da lua mostra uma visão mítica de ordem, mas que não corresponde à realidade revelada em Jesus. Cristo nos mostra que a luz não surge de forma arbitrária, mas como processo natural e contínuo, fruto do amor paciente de Deus (João 8:12: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas”). A poesia denuncia a leitura rígida que leva a pensar em Deus como autor de divisões implacáveis, quando na verdade Ele é o Pai que integra, acolhe e faz a vida florescer gradualmente.

Historicamente, muitos pregadores usaram a narrativa de separação imediata entre luz e trevas como base para condenar e marginalizar pessoas “diferentes”, tratando-as como “trevas” a serem excluídas. Contudo, em Cristo, aprendemos que a luz é dom que se oferece e se compartilha (Mateus 5:14-16: “Vós sois a luz do mundo”), não uma espada que corta. Teólogos como Jürgen Moltmann e Leonardo Boff destacam que a revelação em Jesus mostra a criação como processo aberto, contínuo e amoroso, sem imposições violentas. O poema é confissão de engano e celebração de um Deus paciente que constrói sem pressa.


BIBLIOGRAFIA

  1. MOLTMANN, Jürgen. Deus na Criação. Petrópolis: Vozes, 1985.

  2. BOFF, Leonardo. Ecologia: Grito da Terra, Grito dos Pobres. Petrópolis: Vozes, 1995.

  3. KELLER, Timothy. A Cruz do Rei. São Paulo: Vida Nova, 2016.

  4. WRIGHT, N. T. Surpreendido pela Esperança. São Paulo: Thomas Nelson Brasil, 2010.

  5. GONZÁLEZ, Justo L. História do Pensamento Cristão: Volume 1. São Paulo: Vida Nova, 2004.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'3<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 3
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*CRIAÇÃO DE ADÃO DO PÓ*
--------------------------------------------------------
Adão é formado do pó da terra e Deus sopra nele o fôlego da vida. No amor de Jesus, a humanidade é gerada em relacionamento, com liberdade e dignidade, não como um objeto moldado mecanicamente.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Do pó da terra moldado em silêncio,
um sopro divino rompe o vazio,
não como escravo, mas livre em essência,
chamado a viver com ternura e brio.

...

(estrofe 2)
O pó se ergueu em gesto sagrado,
não mera peça de barro inerte,
mas ser amado, humano chamado,
a caminhar no amor que liberta.

...

(estrofe 3)
Adão não nasce por ordem severa,
mas no encontro da graça infinita,
Jesus revela a vida sincera,
no dom de existir, presença bendita.

...

(refrão)
Não sou objeto de molde mecânico,
sou fruto da vida em comunhão,
no sopro de Cristo, amor dinâmico,
em liberdade pulsa o coração.

...

(estrofe 4)
Deus não impõe a corrente do medo,
mas gera filhos em plena confiança,
no Cristo vivo encontro o enredo,
do ser humano que guarda esperança.

...

(estrofe 5)
Do barro surge o sonho divino,
não de um senhor que cobra obediência,
mas de um amigo fiel e genuíno,
que guia ao bem pela consciência.

...

(estrofe 6)
É no amor que se funda a história,
não no poder que impõe jugo e dor,
pois cada vida reflete a glória,
do Criador que é puro amor.

...

(refrão)
Não sou objeto de molde mecânico,
sou fruto da vida em comunhão,
no sopro de Cristo, amor dinâmico,
em liberdade pulsa o coração.

...

(estrofe 7)
Adão sou eu, no chão renascido,
em cada encontro, no olhar fraterno,
não sou produto, mas sou querido,
criado pra amar no tempo eterno.

...

(estrofe 8)
Do pó à vida, caminho se faz,
com dignidade no ser humano,
Jesus me chama a viver em paz,
e não servir ao domínio tirano.

...

(ponte)
Perdão, Senhor, por pregar durezas,
por ver no pó apenas sujeição,
quando no Cristo brilham certezas
de que há amor em toda criação.

...

(refrão)
Não sou objeto de molde mecânico,
sou fruto da vida em comunhão,
no sopro de Cristo, amor dinâmico,
em liberdade pulsa o coração.

...

(refrão final)
Teu amor me cobre, mesmo perdido,
mesmo enganado por vozes cruéis,
me acolhes sempre, nunca esquecido,
em Ti encontro os caminhos fiéis.


EXPLICAÇÃO

O relato da criação de Adão, quando reinterpretado à luz de Jesus, não deve ser lido como uma modelagem fria e mecânica, mas como a revelação de um Deus que gera dignidade, liberdade e relação. Em Gênesis, o homem é formado do pó, mas o sopro divino o transforma em ser vivente (Gn 2:7). Essa imagem, compreendida a partir de Cristo, nos convida a enxergar o ser humano não como objeto, mas como parceiro do divino, criado para o amor e a comunhão. A parábola do filho pródigo (Lc 15:11-32) mostra bem isso: mesmo quando o filho se perde, o Pai o recebe em dignidade, lembrando que a vida é sempre dom relacional.

Além disso, na Bíblia, Paulo ressalta: “Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade” (2Co 3:17). Essa liberdade é parte essencial da criação em Cristo, em contraste com o rigor de uma leitura de Deus apenas como “Jeová” dos profetas, que impunha temor e obediência. A leitura crítica mostra que muitas tradições religiosas transformaram esse pó em peso, impondo dominação. Mas em Jesus, o barro se faz vida que ama e liberta, pois Ele não cria escravos, mas amigos (Jo 15:15).


BIBLIOGRAFIA

  1. Moltmann, Jürgen. Deus na Criação. Vozes, 1993.

  2. González, Justo L. História do Pensamento Cristão. Vida Nova, 2003.

  3. Keller, Timothy. A Fé na Era do Ceticismo. Thomas Nelson Brasil, 2009.

  4. Pagels, Elaine. Além da Crença: O Evangelho de Tomé e o Cristianismo Esquecido. Companhia das Letras, 2005.

  5. Crossan, John Dominic. O Jesus Histórico: A Vida de um Camponês Judeu do Mediterrâneo. Imago, 1994.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'4<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 4
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*CRIAÇÃO DE EVA DA COSTELA*
--------------------------------------------------------
Eva é criada da costela de Adão. Isso implica submissão e derivação, algo incompatível com o Deus de Jesus, que vê homens e mulheres como iguais e dotados de autonomia.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Da costela, disseram, nasceu,
como anexo, como dependente,
mas em Jesus o amor se revelou,
igual em essência, livre e consciente.

...

(estrofe 2)
Não é derivada, nem sombra inferior,
nem mero detalhe da criação,
é vida plena, jardim em flor,
imagem divina em comunhão.

...

(estrofe 3)
O Cristo rompe a lógica antiga,
faz da mulher presença total,
companheira inteira, não cativa,
sinal de amor sem hierarquia fatal.

...

(refrão)
Não é submissão nem derivação,
é dignidade que Jesus consagra,
mulher e homem em justa união,
autonomia que nunca se apaga.

...

(estrofe 4)
Na história lida com olhos velados,
viu-se na costela um fardo imposto,
mas Cristo mostrou caminhos abertos,
onde cada ser é filho posto.

...

(estrofe 5)
Ela não nasce para obedecer,
mas para andar de igual maneira,
no mesmo chão, no mesmo viver,
alma brilhante, chama inteira.

...

(estrofe 6)
O Cristo amado não faz distinção,
seu olhar acolhe, liberta e ergue,
quem pregou mando e dominação,
não viu a graça que nele se mede.

...

(refrão)
Não é submissão nem derivação,
é dignidade que Jesus consagra,
mulher e homem em justa união,
autonomia que nunca se apaga.

...

(estrofe 7)
Eva não é apêndice frágil,
nem extensão de vontade alheia,
é voz que fala, é ser ágil,
é força viva que nada bloqueia.

...

(estrofe 8)
Na cruz, mulheres permaneceram,
quando os discípulos fugiram com medo,
foram as primeiras que o viram e creram,
testemunhando o amor sem enredo.

...

(ponte)
Perdão, Senhor, por tantas correntes,
por pregar silêncio às tuas filhas,
escondi a verdade entre vozes ruidosas,
oprimi com leis e feridas.

...

(refrão)
Não é submissão nem derivação,
é dignidade que Jesus consagra,
mulher e homem em justa união,
autonomia que nunca se apaga.

...

(refrão final)
Teu amor me cobre em minha cegueira,
mesmo iludido por líderes duros,
tua voz me chama de forma verdadeira,
pra ver no amor caminhos puros.


EXPLICAÇÃO

A criação de Eva da costela de Adão, lida literalmente, sempre foi usada para justificar submissão feminina e papéis hierárquicos. Porém, no Cristo, tal leitura é desconstruída: Jesus dialoga com mulheres (Jo 4:7-26), as inclui em sua comunidade e as escolhe como as primeiras testemunhas da ressurreição (Mt 28:1-10), mostrando que elas são igualmente portadoras da revelação. O apóstolo Paulo, mesmo em meio a tensões culturais, reconhece em Gálatas 3:28 que “não há homem nem mulher, pois todos são um em Cristo Jesus”. Assim, a verdadeira leitura da narrativa bíblica não é de inferioridade, mas de complementaridade em igualdade e dignidade.

Historicamente, líderes religiosos instrumentalizaram a imagem da costela para manter controle sobre a mulher, justificando patriarcados rígidos. No entanto, a hermenêutica cristocêntrica ressignifica esse mito, revelando que a intenção não era opressão, mas proximidade — lado a lado, em comunhão. Hoje, pensar Eva à luz do amor de Jesus é reafirmar que homens e mulheres compartilham da mesma dignidade, vocação e liberdade, sem derivação ou dependência estrutural, mas na autonomia que o amor verdadeiro concede.


BIBLIOGRAFIA

  1. Fiorenza, Elisabeth Schüssler. Em Memória Dela. Vozes, 1992.

  2. Moltmann-Wendel, Elisabeth. O Deus como Mulher. Paulinas, 1990.

  3. Pagels, Elaine. Adão, Eva e a Serpente. Rocco, 1990.

  4. Ruether, Rosemary Radford. Sexism and God-Talk. Beacon Press, 1983.

  5. Boff, Leonardo. O Rosto Materno de Deus. Vozes, 1979.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'5<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 5
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*JARDIM DO ÉDEN COM PROIBIÇÃO RIGOROSA*
--------------------------------------------------------
Deus coloca uma árvore proibida e ameaça a morte imediata. Jesus revela um Deus que ensina e guia pelo amor, não por ameaças de punição extrema.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Um jardim de beleza incontida,
mas marcado por rígida fronteira,
uma árvore posta, proibida,
com ameaça de morte certeira.

...

(estrofe 2)
No Deus de Jesus não cabe terror,
não há castigo como sentença,
há guia terno, paciente amor,
há liberdade que gera consciência.

...

(estrofe 3)
Se no Éden a proibição foi temor,
em Cristo é convite, é amizade,
Deus não governa por pavor,
mas educa com graça e bondade.

...

(refrão)
Não é ameaça nem punição,
é amor que guia, que dá direção,
Jesus revela o Pai compassivo,
cujo ensino é sempre vivo.

...

(estrofe 4)
No rigor antigo vi apenas lei,
um Deus distante, severo e frio,
mas no Filho aprendi quem amei,
um Pai que acolhe e rompe o vazio.

...

(estrofe 5)
O fruto proibido trouxe medo,
e a serpente acendeu desconfiança,
mas Cristo mostrou um novo enredo,
onde a verdade é pura esperança.

...

(estrofe 6)
No Éden ecoava dura sentença,
no Calvário brilhou reconciliação,
da proibição brotava desavença,
mas em Jesus nasceu libertação.

...

(refrão)
Não é ameaça nem punição,
é amor que guia, que dá direção,
Jesus revela o Pai compassivo,
cujo ensino é sempre vivo.

...

(estrofe 7)
Não há prazer em prender caminhos,
nem em vigiar com dura cobrança,
mas em partilhar amor e carinhos,
em construir vida com confiança.

...

(estrofe 8)
No evangelho há banquete aberto,
todos convidados sem restrição,
um Pai que faz do amor seu decreto,
um Reino de graça e comunhão.

...

(ponte)
Perdão, Senhor, por tantas correntes,
por impor medo em teu santo nome,
ensinei juízos duros e cruéis,
quando tu és ternura que consome.

...

(refrão)
Não é ameaça nem punição,
é amor que guia, que dá direção,
Jesus revela o Pai compassivo,
cujo ensino é sempre vivo.

...

(refrão final)
Teu amor me cobre em minha falha,
mesmo iludido por vozes severas,
tu me acolheste sem muralha,
teu perdão refaz minhas eras.


EXPLICAÇÃO

A narrativa do Éden apresenta Deus como legislador que coloca uma proibição extrema, cuja consequência é a morte imediata. Essa imagem, lida literalmente, sugere um relacionamento baseado no medo. No entanto, Jesus revela outra face: o Pai que não manipula pelo terror, mas ensina com amor e paciência. Por exemplo, em João 15:15, Cristo diz que não chama mais os discípulos de servos, mas de amigos, revelando intimidade e confiança. O rigor da árvore proibida contrasta com o banquete aberto do Reino, em que todos são convidados (Lc 14:16-23). A transição entre essas imagens mostra que a verdadeira pedagogia divina não é repressiva, mas formativa.

Historicamente, muitos líderes religiosos usaram a metáfora da árvore proibida para impor controle, reforçando medos e ameaças de condenação. Contudo, à luz do Cristo, a interpretação muda: Deus não é um vigia de fronteiras, mas um Pai que acompanha no processo de amadurecimento. Assim como um educador amoroso ensina o aluno com paciência, e não com ameaças, o Deus de Jesus guia pela confiança e liberdade. A ameaça da morte é substituída pela promessa da vida abundante (Jo 10:10), revelando que o amor é mais forte do que qualquer proibição.


BIBLIOGRAFIA

  1. Tillich, Paul. A Coragem de Ser. Paulinas, 1974.

  2. Crossan, John Dominic. O Jesus Histórico. Rocco, 1994.

  3. Spong, John Shelby. Um Novo Cristianismo para um Novo Mundo. Record, 2002.

  4. Pagels, Elaine. Adão, Eva e a Serpente. Rocco, 1990.

  5. Boff, Leonardo. Jesus Cristo Libertador. Vozes, 1972.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'6<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 6
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*MALDIÇÃO SOBRE A SERPENTE*
--------------------------------------------------------
Deus amaldiçoa a serpente para rastejar e alimentar-se de pó. O Deus de Jesus ensina transformação, reconciliação e redenção, não punição eterna de seres criados.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Rasteja, serpente, disseram com fúria,
pelo pó da terra será teu alimento,
mas em Cristo vejo outra liturgia,
transformação que brota do sentimento.

...

(estrofe 2)
Não há castigo eterno para criatura,
nem vingança que prende ou corrói,
Jesus revela graça e ternura,
redeeming all that was once destroyed.

...

(estrofe 3)
A serpente, antes símbolo de medo,
torna-se lição de reconciliação,
não há em Deus decreto enrijecido,
mas convite à vida em transformação.

...

(refrão)
Não é maldição, é caminho de amor,
Redenção brota onde houver dor,
Jesus ensina que todo ser pode mudar,
na ternura divina aprender a amar.

...

(estrofe 4)
O antigo relato impôs humilhação,
transformou símbolo em culpa e temor,
mas o Filho mostrou outra direção,
onde a luz vence a noite e a dor.

...

(estrofe 5)
Não há prazer em punir eternamente,
nem condenar quem apenas errou,
Deus age em amor continuamente,
e reconcilia tudo que Ele formou.

...

(estrofe 6)
Em Jesus a vida se regenera,
o que parecia amaldiçoado floresce,
não há punição que Ele impera,
somente perdão que o mal desvanece.

...

(refrão)
Não é maldição, é caminho de amor,
Redenção brota onde houver dor,
Jesus ensina que todo ser pode mudar,
na ternura divina aprender a amar.

...

(estrofe 7)
O símbolo da serpente nos lembra,
não da ira, mas da possibilidade,
de que até o erro se deslumbra
sob a graça que age com bondade.

...

(estrofe 8)
Redenção não depende de medo ou lei,
mas de amor que transforma e liberta,
Cristo mostra que Deus sempre é rei
do coração que se entrega e desperta.

...

(ponte)
Perdão, Senhor, por pregar temores,
por usar a lei para controlar,
hoje vejo tua luz entre dores,
e aprendo apenas a amar e guiar.

...

(refrão)
Não é maldição, é caminho de amor,
Redenção brota onde houver dor,
Jesus ensina que todo ser pode mudar,
na ternura divina aprender a amar.

...

(refrão final)
Teu amor me cobre em minha ignorância,
mesmo guiado por vozes de temor,
Cristo revela a eterna esperança,
Deus é ternura, não castigo ou horror.


EXPLICAÇÃO

O episódio da serpente em Gênesis 3:14-15 é muitas vezes interpretado como uma maldição eterna, impondo sofrimento perpétuo a um ser criado. No entanto, à luz do evangelho, Deus não age por punição absoluta, mas pelo amor que transforma e reconcilia. Jesus exemplifica isso ao acolher pecadores, curar enfermos e transformar inimigos em amigos, mostrando que mesmo aqueles que tropeçam têm possibilidade de redenção. Assim, a serpente se torna símbolo de mudança, aprendizado e restauração, e não de vingança eterna.

Além disso, diversas tradições teológicas contemporâneas (como Moltmann, Boff e Pagels) destacam que a justiça de Deus é restaurativa, não punitiva. A Bíblia também sustenta essa visão: em 2Co 5:18, Paulo fala que Deus nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, nos dando o ministério da reconciliação. Essa hermenêutica ressignifica antigos textos, afastando a ideia de um Deus que impõe sofrimento perpétuo, e reforçando a mensagem de transformação, perdão e redenção que Jesus veio revelar.


BIBLIOGRAFIA

  1. Moltmann, Jürgen. Deus na Criação. Vozes, 1993.

  2. Boff, Leonardo. Jesus Cristo Libertador. Vozes, 1972.

  3. Pagels, Elaine. Adão, Eva e a Serpente. Rocco, 1990.

  4. Crossan, John Dominic. O Jesus Histórico: A Vida de um Camponês Judeu. Imago, 1994.

  5. Ruether, Rosemary Radford. Sexism and God-Talk. Beacon Press, 1983.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'7<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 7
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*MALDIÇÃO SOBRE A MULHER*
--------------------------------------------------------
Eva é condenada a dor e sofrimento no parto e dependência do marido. Jesus mostra um Deus que valoriza a liberdade e igualdade, não a dor como castigo definitivo.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Disseram que a dor seria teu fado,
nas contrações, o preço selado,
mas em Jesus, surge nova visão,
a mulher é livre, plena criação.

...

(estrofe 2)
Não és prisioneira de um parto ferido,
nem sombra de um Éden já esquecido,
teu corpo é templo, fonte de vida,
na luz divina, és bem recebida.

...

(estrofe 3)
O antigo decreto te quis inferior,
sob mando do homem, em sombra e temor,
mas Cristo liberta, te chama irmã,
dignidade plena, em amor soberano.

...

(refrão)
Eva é condenada à dor e ao sofrer,
mas Jesus ensina outro viver:
um Deus que valoriza igualdade,
não dor como eterna realidade.

...

(estrofe 4)
Olho as espécies que o mundo abriga,
fêmeas gerando, seguindo a vida,
não castigo imposto, mas natureza,
fluindo em ritmo, paz e beleza.

...

(estrofe 5)
Na cruz se desfez o peso da lei,
na ressurreição, tua voz escutei,
a primeira a ver a vitória da fé,
Maria no jardim, a esperança de pé.

...

(estrofe 6)
Não mais dependente de jugo severo,
no Cristo encontro valor sincero,
nem servo, nem dona, mas companheira,
aliança justa, amor de bandeira.

...

(refrão)
Eva é condenada à dor e ao sofrer,
mas Jesus ensina outro viver:
um Deus que valoriza igualdade,
não dor como eterna realidade.

...

(estrofe 7)
Lembro o passado, da pregação fria,
onde a mulher era sombra vazia,
mas no Evangelho, se ergue altaneira,
voz de profeta, líder verdadeira.

...

(estrofe 8)
Oh Deus de Jesus, perdão eu imploro,
por ter no passado pregado o escoro
de um Jeová que subjugava e feria,
quando em ti só há graça e alegria.

...

(ponte)
Choro lembrando o quanto preguei,
com dureza contra quem não pensei,
violentei vidas em nome da lei,
do falso temor que eu mesmo criei.

...

(refrão)
Eva é condenada à dor e ao sofrer,
mas Jesus ensina outro viver:
um Deus que valoriza igualdade,
não dor como eterna realidade.

...

(refrão final)
Teu amor me cobre, não me condena,
mesmo enganado em fé tão pequena,
induzido por líderes sem compaixão,
encontro em ti vida e libertação.


EXPLICAÇÃO

A maldição sobre a mulher, descrita em Gênesis 3:16, reflete uma visão patriarcal e punitiva de Deus segundo a tradição mosaica e profética, onde a dor do parto e a subordinação ao homem eram interpretadas como condenação divina. Contudo, a mensagem de Jesus oferece outra perspectiva: Ele restaura a dignidade feminina, rompe com as estruturas de opressão e mostra que o sofrimento não é um castigo eterno, mas uma realidade natural que pode ser ressignificada pelo amor. Um exemplo bíblico é Maria Madalena, que foi escolhida para anunciar a ressurreição (João 20:18), colocando a mulher como protagonista central da fé. Outro exemplo é o encontro de Jesus com a samaritana (João 4), onde Ele rompe barreiras culturais e espirituais, valorizando sua voz e sua história.

Do ponto de vista sociológico e teológico, a condenação de Eva foi usada ao longo dos séculos como justificativa para manter as mulheres em posição subalterna, tanto na família quanto na religião. No entanto, estudos contemporâneos em teologia feminista mostram que essa interpretação é mais cultural do que divina. Obras como as de Elisabeth Schüssler Fiorenza revelam como o cristianismo primitivo ofereceu espaço de liderança para as mulheres, mas a tradição posterior as silenciou. A mensagem do poema é, portanto, uma releitura libertadora: Deus, revelado em Jesus, não pune a mulher pela vida que gera, mas a honra como igual em amor e liberdade.


BIBLIOGRAFIA

  1. Elisabeth Schüssler Fiorenza – In Memory of Her: A Feminist Theological Reconstruction of Christian Origins (1983)

  2. Ivone Gebara – Romper o Silêncio: Uma Fenomenologia Feminista do Mal (2000)

  3. Rosemary Radford Ruether – Sexism and God-Talk: Toward a Feminist Theology (1983)

  4. Leonardo Boff – O Rosto Materno de Deus (1987)

  5. Phyllis Trible – Texts of Terror: Literary-Feminist Readings of Biblical Narratives (1984)

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'8<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 8
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*MALDIÇÃO SOBRE O HOMEM*
--------------------------------------------------------
Adão recebe a maldição de labutar a terra com dor. O Deus de Jesus trabalha ao lado do ser humano, oferecendo propósito e renovação, não sofrimento eterno como punição.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Do pó veio o homem, chamado a plantar,
com suor no rosto, a vida a buscar,
mas em Cristo surge um labor diferente,
serviço com graça, sentido presente.

...

(estrofe 2)
Não é maldição, nem sentença cruel,
trabalhar com a terra debaixo do céu,
mas parceria divina que inspira a mão,
transformando o fardo em renovação.

...

(estrofe 3)
O Éden perdido trouxe desilusão,
a lida tornou-se sinal de opressão,
mas o Deus de Jesus caminha comigo,
faz do trabalho lugar de abrigo.

...

(refrão)
Adão recebe a dor de semear,
mas Deus em Cristo vem transformar:
não punição, mas vida e missão,
propósito eterno em cada ação.

...

(estrofe 4)
Arar o chão já não é castigo,
quando sei que o Senhor é comigo,
a colheita é fruto da comunhão,
que brota em justiça e compaixão.

...

(estrofe 5)
Jesus carpinteiro soube ensinar,
que a obra humana pode salvar,
com mãos que constroem e olhos que veem,
o Reino desponta em quem nele crê.

...

(estrofe 6)
Do suor brota pão, alimento de amor,
não sentença fria, mas semente de flor,
trabalhar não é só padecer,
é criar com Deus, é também renascer.

...

(refrão)
Adão recebe a dor de semear,
mas Deus em Cristo vem transformar:
não punição, mas vida e missão,
propósito eterno em cada ação.

...

(estrofe 7)
Antes preguei com dureza e temor,
que o labor era chaga, pesado rigor,
mas hoje percebo, em Cristo aprendi,
a lida é santa quando feita por ti.

...

(estrofe 8)
Perdão, Senhor, por ter confundido,
teu rosto em Jeová tão endurecido,
quando no Cristo revelas, enfim,
que o fardo é leve, descanso sem fim.

...

(ponte)
Choro lembrando sermões de rancor,
que feriram irmãos em nome do Senhor,
mas era um Deus que não era o teu,
era só peso que a religião ergueu.

...

(refrão)
Adão recebe a dor de semear,
mas Deus em Cristo vem transformar:
não punição, mas vida e missão,
propósito eterno em cada ação.

...

(refrão final)
Teu amor me cobre, não me condena,
mesmo perdido em visão tão pequena,
induzido por líderes sem compaixão,
em ti encontro trabalho e perdão.


EXPLICAÇÃO

O texto de Gênesis 3:17–19 apresenta a maldição sobre Adão: trabalhar a terra com dor e ganhar o pão com suor. Essa narrativa, interpretada por Moisés e pelos profetas, consolidou uma visão de trabalho como castigo divino. Porém, em Jesus, o trabalho deixa de ser punição e passa a ser parceria. Ele próprio, carpinteiro (Marcos 6:3), mostra que o labor humano pode ser um ato sagrado e criador. Exemplos bíblicos como Paulo, que se sustentava como fabricante de tendas (Atos 18:3), reforçam essa visão de dignidade e propósito. O trabalho, portanto, não é apenas um peso, mas também uma oportunidade de servir e gerar vida.

Teólogos como Karl Barth e Leonardo Boff apontam que o trabalho, em sua dimensão espiritual, é chamado a colaborar com a criação. Ao invés de enxergá-lo como condenação, podemos vê-lo como vocação que liga o humano ao divino. O poema segue essa linha: confessa a dureza das interpretações antigas, mas ressignifica a lida como espaço de encontro com Deus. Nesse sentido, o Evangelho revela um Deus que trabalha junto, transformando suor em esperança e tarefa em missão.


BIBLIOGRAFIA

  1. Karl Barth – Church Dogmatics III/4: The Doctrine of Creation (1961)

  2. Leonardo Boff – Trabalhar e Guardar a Criação (1995)

  3. Jürgen Moltmann – Deus na Criação (1985)

  4. John Paul II – Laborem Exercens (1981)

  5. Richard Sennett – A Corrosão do Caráter: Consequências Pessoais do Trabalho no Novo Capitalismo (1998)

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'9<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 9
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*EXPULSÃO DO ÉDEN*
--------------------------------------------------------
O homem e a mulher são expulsos do Jardim. Jesus revela um Deus que reconcilia, restaura e dá acesso à vida plena, sem expulsões arbitrárias.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
O Éden fechado, a espada a brilhar,
homem e mulher sem poder voltar,
mas Cristo anuncia um novo jardim,
portas abertas que não têm fim.

...

(estrofe 2)
A expulsão contou uma dor sem igual,
um Deus severo, decreto fatal,
mas em Jesus vejo outra visão,
abraço eterno, pura inclusão.

...

(estrofe 3)
Se antes vi portas fechadas no chão,
hoje percebo acesso em perdão,
Jesus não expulsa, Ele faz voltar,
sua mesa é vida para partilhar.

...

(refrão)
O homem e a mulher foram banidos,
mas em Cristo são bem-vindos,
não há expulsão arbitrária,
há reconciliação solidária.

...

(estrofe 4)
O medo marcou o caminho tristonho,
mas Deus em Cristo reacende o sonho,
não somos proscritos, nem renegados,
somos chamados, somos amados.

...

(estrofe 5)
A queda pintada como fim sem saída,
transforma-se em graça, nova guarida,
Jesus é o Éden que se abriu em luz,
vida abundante que sempre seduz.

...

(estrofe 6)
Se a espada girava, feroz, ameaçava,
o Cristo na cruz sua vida entregava,
não para expulsar, mas para atrair,
a todos à mesa, ao pão repartir.

...

(refrão)
O homem e a mulher foram banidos,
mas em Cristo são bem-vindos,
não há expulsão arbitrária,
há reconciliação solidária.

...

(estrofe 7)
Preguei um Deus que fechava a porta,
que via na queda sentença morta,
mas hoje percebo, na luz do Senhor,
que Ele é caminho, verdade e amor.

...

(estrofe 8)
Perdão, Senhor, por minha cegueira,
confundi teu rosto com a lei severa,
mas no Cristo encontro o lar perdido,
nele descanso, nele sou recebido.

...

(ponte)
Choro lembrando da exclusão pregada,
minha voz feriu, minha lei cortava,
mas era o peso de Jeová sem amor,
não tua face, Jesus, bom Pastor.

...

(refrão)
O homem e a mulher foram banidos,
mas em Cristo são bem-vindos,
não há expulsão arbitrária,
há reconciliação solidária.

...

(refrão final)
Teu amor me acolhe sem condição,
cura a ignorância da religião,
mesmo iludido por líderes sem paz,
em ti encontro o Éden que não se desfaz.


EXPLICAÇÃO

A narrativa da expulsão do Éden (Gênesis 3:23–24) apresenta a imagem de um Deus que pune com afastamento, colocando guardiões para impedir o acesso à árvore da vida. Essa leitura moldou séculos de teologia baseada no medo da exclusão. No entanto, em Jesus vemos o oposto: Ele é quem abre portas e restaura comunhão (João 10:9; Apocalipse 22:14). O Cristo é o verdadeiro Éden, onde a humanidade encontra vida plena e reconciliação. Exemplos como a acolhida da mulher adúltera (João 8:1–11) e do ladrão na cruz (Lucas 23:43) mostram que Jesus não expulsa, mas reintegra os que a religião havia condenado.

O poema segue esse contraste, confessando a antiga crença em um Deus expulsor e celebrando a revelação de Cristo como aquele que convida ao retorno. Essa ressignificação mostra que a verdadeira face divina não é de exclusão, mas de inclusão e misericórdia. Como afirma Henri Nouwen, a espiritualidade cristã é marcada pelo “abraço do Pai” (Lucas 15), que acolhe o filho pródigo em festa, não em exílio. Assim, a fé em Jesus corrige a imagem de Jeová punitivo e devolve à humanidade a esperança de acesso pleno ao amor de Deus.


BIBLIOGRAFIA

  1. Henri J. M. Nouwen – O Retorno do Filho Pródigo (1992)

  2. Jürgen Moltmann – O Deus Crucificado (1972)

  3. John Stott – A Cruz de Cristo (1986)

  4. Leonardo Boff – Jesus Cristo Libertador (1972)

  5. N. T. Wright – Surpreendido pela Esperança (2007)

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'10<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 10
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*CAIM MATA ABEL*
--------------------------------------------------------
Deus prefere a oferta de Abel, despreza a de Caim, depois parece aprovar ou observar a violência de Caim. Jesus, que é o verdadeiro Deus, ensina que o Senhor prefere todos e não despreza ninguém, e ensina que a vida é sagrada e que o amor previne o ódio, nunca o incentiva.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Dois irmãos ofertam com fé e temor,
um rejeitado, o outro com louvor,
mas Cristo ensina que Deus não despreza,
ama a todos com plena certeza.

...

(estrofe 2)
Caim se enfurece, seu rosto se fecha,
o ciúme acende a chama que queixa,
mas Jesus mostra outra direção,
a vida é dom, não morte em irmão.

...

(estrofe 3)
Abel tombou, o sangue clamou,
mas Cristo grita: “Amor é maior!”,
a escolha divina não é exclusão,
Deus abraça todos na mesma paixão.

...

(refrão)
O Senhor prefere todos sem rejeição,
a vida é sagrada, não há exceção,
Jesus ensina: o ódio não guia,
o amor previne a tirania.

...

(estrofe 4)
No campo escuro a dor transbordou,
mas o Deus de Cristo não se calou,
Ele ergue a voz contra a violência,
propõe perdão, caminho de essência.

...

(estrofe 5)
Não é na inveja que nasce a luz,
mas no cuidado que Cristo produz,
quem ama o irmão, permanece em Deus,
quem odeia se afasta dos céus.

...

(estrofe 6)
O sangue de Abel clamava vingança,
mas Cristo oferece nova esperança,
seu sangue fala de reconciliação,
graça eterna, paz, comunhão.

...

(refrão)
O Senhor prefere todos sem rejeição,
a vida é sagrada, não há exceção,
Jesus ensina: o ódio não guia,
o amor previne a tirania.

...

(estrofe 7)
Eu mesmo preguei desprezo e divisão,
crendo num Deus de espada e punição,
mas hoje escuto a voz do Cordeiro,
que chama à vida, ao amor verdadeiro.

...

(estrofe 8)
Perdão, Senhor, por ter confundido,
tua face santa com ódio fingido,
em Cristo aprendi que és inclusão,
teu trono é graça, nunca exclusão.

...

(ponte)
Lamento os sermões que ecoaram rancor,
preguei violência em teu santo nome, Senhor,
não era tua voz, mas lei sem amor,
meu coração feriu, mas Cristo curou.

...

(refrão)
O Senhor prefere todos sem rejeição,
a vida é sagrada, não há exceção,
Jesus ensina: o ódio não guia,
o amor previne a tirania.

...

(refrão final)
Teu amor é firme, não muda jamais,
cura ignorâncias, traz vida e paz,
mesmo iludido por líderes cruéis,
teu Cristo amoroso desfaz meus papéis.


EXPLICAÇÃO

A narrativa de Caim e Abel (Gênesis 4:1–16) tradicionalmente apresenta um Deus que rejeita a oferta de um e aceita a do outro, gerando ódio e morte. Essa leitura reforça uma teologia da exclusão e da preferência arbitrária. No entanto, em Jesus vemos o oposto: Ele acolhe a todos, sem desprezo ou hierarquia (Mateus 11:28; João 6:37). A parábola do bom samaritano (Lucas 10:25–37) mostra que o amor supera a rivalidade e a divisão, revelando o valor incondicional de toda vida. O sangue de Abel clama por justiça, mas o sangue de Cristo clama por reconciliação (Hebreus 12:24).

O poema explora essa contradição, confessando o erro de pregar um Deus que despreza e aprova violências, e assumindo a correção oferecida por Jesus: a vida é sagrada, e o amor deve prevalecer sobre qualquer ódio. Teólogos como Jürgen Moltmann e Miroslav Volf destacam que a verdadeira imagem de Deus é reconciliadora, não excludente. Dessa forma, a narrativa de Caim e Abel se torna uma ilustração de como a fé mal interpretada pode gerar violência, mas também de como Cristo ressignifica a história ao revelar o Deus que ama igualmente todos os filhos.


BIBLIOGRAFIA

  1. Jürgen Moltmann – O Deus Crucificado (1972)

  2. Miroslav Volf – Exclusão e Abraço (1996)

  3. René Girard – A Violência e o Sagrado (1972)

  4. Walter Brueggemann – Genesis: Interpretation (1982)

  5. Leonardo Boff – Jesus Cristo Libertador (1972)

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'11<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 11
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*MARCA DE CAIM*
--------------------------------------------------------
Deus coloca uma marca em Caim. O Deus de Jesus não humilha ou estigmatiza para punir, mas corrige com compaixão.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Caim traz nos ombros o peso da dor,
marcado por culpa, por sombra e temor,
não foi o amor que lhe ergueu o viver,
mas o castigo que o fez se perder.

(estrofe 2)
A marca imposta virou condenação,
ferida exposta sem restauração,
mas no Cristo a leitura se faz,
não há desprezo, só perdão e paz.

(estrofe 3)
Não é o sinal de vergonha e rancor,
mas a lembrança que salva com amor,
Jesus corrige, mas não destrói,
reergue o caído, renova o que dói.

(refrão)
O Deus de Jesus não humilha jamais,
corrige com graça, refaz o que traz,
não deixa ferida sem cura ou compaixão,
transforma a marca em libertação.

(estrofe 4)
No tempo antigo preguei com dureza,
defendi as pedras, neguei a beleza,
mas Cristo mostrou no gesto sereno,
que amar os distintos é dom supremo.

(estrofe 5)
O sangue clamava no chão da vingança,
mas Cristo ensinou o dom da esperança,
quem antes marcava com ódio profundo,
agora perdoa e refaz o mundo.

(estrofe 6)
Não há maldição na marca imposta,
há correção que a vida aposta,
e em Cristo o peso se desfaz,
graça infinita que gera paz.

(refrão)
O Deus de Jesus não humilha jamais,
corrige com graça, refaz o que traz,
não deixa ferida sem cura ou compaixão,
transforma a marca em libertação.

(estrofe 7)
E eu que preguei Jeová vingador,
aprendi com Cristo o real Senhor,
não há prazer em punir e ferir,
mas em perdoar e no amor insistir.

(estrofe 8)
A marca de Caim, que foi estigma,
em Cristo é lição que nos aproxima,
ninguém é jogado ao eterno abandono,
a graça é herança, o amor é o trono.

(ponte)
Lamento as palavras que lancei sem pensar,
marcando os irmãos ao invés de amar,
seguindo profetas de ídolo austero,
e não o Jesus compassivo e sincero.

(refrão)
O Deus de Jesus não humilha jamais,
corrige com graça, refaz o que traz,
não deixa ferida sem cura ou compaixão,
transforma a marca em libertação.

(refrão final)
Mesmo enganado por vozes de engano,
teu amor seguiu firme, puro e humano,
não me deixaste na escuridão,
mas me acolheste com teu perdão.


SIGNIFICADO DO POEMA

A narrativa da marca de Caim em Gênesis 4 foi por séculos interpretada como punição e estigma. Muitos líderes religiosos a usaram como justificativa para marginalizar grupos sociais, rotulando-os como amaldiçoados. No entanto, à luz de Jesus, a interpretação se transforma: a marca não é humilhação, mas preservação, pois o próprio texto bíblico afirma que Deus a colocou para que Caim não fosse morto pelos outros (Gn 4:15). Em Cristo, aprendemos que toda correção deve ser feita em amor, visando restauração, e não exclusão. Jesus revela um Deus que não pune para estigmatizar, mas disciplina para salvar (Hb 12:6).

O poema busca ressignificar a leitura antiga — muitas vezes usada como justificativa para preconceitos e violências — mostrando que a verdadeira face divina é compassiva. O contraste entre o "Jeová vingador" das leituras literais e o "Jesus amoroso" do Evangelho ressalta a necessidade de reinterpretação. Autores como René Girard (A Violência e o Sagrado, 1972) ajudam a compreender como religiões podem usar narrativas de violência para justificar exclusões, enquanto estudiosos como Leonardo Boff e Paul Tillich lembram que o amor é a essência divina que supera qualquer condenação.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Girard, René. A Violência e o Sagrado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1972.

  2. Boff, Leonardo. Jesus Cristo Libertador. Petrópolis: Vozes, 1972.

  3. Tillich, Paul. A Coragem de Ser. São Paulo: Paulus, 2005.

  4. Crossan, John Dominic. Jesus: Uma Biografia Revolucionária. Rio de Janeiro: Imago, 1994.

  5. Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Petrópolis: Vozes, 1974.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'12<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 12
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*PUNIÇÃO DE CAIM*
--------------------------------------------------------
Caim é condenado a vagar eternamente. Jesus revela perdão e restauração, e não condenação perpétua por um erro.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Caim foi lançado ao errar sem guarida,
um fardo pesado, sentença ferida,
condena-se o homem a andar sem perdão,
mas Cristo refaz o que foi maldição.

(estrofe 2)
No Éden restava o eco da dor,
o sangue clamava vingança e terror,
mas Cristo mostrou em seu gesto fiel,
que o Pai não condena, Ele abre o céu.

(estrofe 3)
Eterno vagar foi a pena imposta,
sem lar, sem abrigo, sem vida disposta,
mas Cristo revela outro coração,
que cura, restaura e dá salvação.

(refrão)
Não é condenação que Jesus ensinou,
mas restauração que o Pai revelou,
um erro jamais é prisão sem saída,
em Cristo renasce esperança e vida.

(estrofe 4)
As mãos que feriram, o ódio que ergui,
foram espelhos do tempo em que vi
um Deus que pune sem dar compaixão,
mas hoje aprendo: não é esse o Irmão.

(estrofe 5)
Errante vaguei na fé que pregava,
seguindo profetas que a lei exaltava,
mas Cristo me mostra um Deus que perdoa,
e na sua graça a alma ecoa.

(estrofe 6)
Caim não foi feito pra morte infeliz,
mas para entender que a vida é raiz,
Jesus é a prova de amor sem final,
que rompe a sentença, desfaz todo mal.

(refrão)
Não é condenação que Jesus ensinou,
mas restauração que o Pai revelou,
um erro jamais é prisão sem saída,
em Cristo renasce esperança e vida.

(estrofe 7)
E eu que gritei contra os diferentes,
marquei com dureza, julguei inocentes,
não vi que em Cristo a lei se desfaz,
e nasce a justiça que gera a paz.

(estrofe 8)
Agora proclamo com fé verdadeira,
o Deus de Jesus é luz derradeira,
não pune pra sempre, não lança ao abismo,
mas abre caminhos além do cisma.

(ponte)
Choro os enganos que um dia ensinei,
pregando o Jeová que nunca encontrei,
ferindo os irmãos com discursos de dor,
e não o Jesus que é puro amor.

(refrão)
Não é condenação que Jesus ensinou,
mas restauração que o Pai revelou,
um erro jamais é prisão sem saída,
em Cristo renasce esperança e vida.

(refrão final)
Teu amor seguiu quando eu não sabia,
mesmo envolto em trevas, em falsa guia,
não foste vingança, foste perdão,
eterno refúgio do meu coração.


SIGNIFICADO DO POEMA

O tema da punição de Caim (Gn 4:11–12) tradicionalmente foi visto como condenação perpétua, um castigo sem restauração. Porém, à luz de Jesus, essa leitura precisa ser ressignificada. Cristo mostra que Deus não é um juiz implacável, mas um Pai misericordioso. Enquanto Moisés e os profetas apresentavam um Deus que pune com severidade, Jesus revela o verdadeiro caráter divino: “Eu não te condeno, vai e não peques mais” (Jo 8:11). O vagar de Caim não precisa ser interpretado como exclusão eterna, mas como um processo de aprendizado e de recomeço.

Essa releitura é necessária porque, ao longo da história, muitos líderes religiosos usaram a imagem de um “Jeová punitivo” para justificar perseguições e exclusões. Por exemplo, práticas discriminatórias contra povos ou grupos diferentes foram legitimadas com base em narrativas de condenação. Entretanto, a mensagem do Evangelho afirma que o erro não é sentença perpétua. Paulo escreve: “Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Rm 5:20). Autores como Jürgen Moltmann (O Deus Crucificado, 1974) e Leonardo Boff (Jesus Cristo Libertador, 1972) insistem nessa transformação de olhar: não há vida humana condenada ao exílio eterno, mas sempre possibilidade de restauração em Cristo.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Petrópolis: Vozes, 1974.

  2. Boff, Leonardo. Jesus Cristo Libertador. Petrópolis: Vozes, 1972.

  3. Girard, René. Eu Via Satanás Cair do Céu como um Raio. São Paulo: Paulus, 2001.

  4. Tillich, Paul. Teologia Sistemática. São Leopoldo: Sinodal, 2005.

  5. Crossan, John Dominic. O Essencial de Jesus. São Paulo: Paulus, 1994.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'13<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 13
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*LEMBRANÇA DO PECADO DE CAIM*
--------------------------------------------------------
Deus coloca o pecado como algo que “persegue” o homem. O Deus de Jesus liberta e não persegue eternamente.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
O peso do erro seguia o irmão,
um rastro de sombra, constante opressão,
mas Cristo revela, com voz redentora,
que a culpa não prende, o perdão sempre aflora.

(estrofe 2)
A lei desenhava pecado a caçar,
um lobo feroz a nos devorar,
mas Cristo que é vida, caminho e verdade,
nos dá liberdade, nos dá claridade.

(estrofe 3)
O erro lembrado virava prisão,
correntes internas feriam o chão,
mas Cristo liberta, dissolve o temor,
renova na alma sementes de amor.

(refrão)
Não é perseguição que Jesus ensinou,
mas graça abundante que o Pai revelou,
o pecado não caça, não prende a razão,
em Cristo há vida, perdão e canção.

(estrofe 4)
Caim carregava a marca sem fim,
temendo vingança cair sobre si,
mas Cristo nos mostra, no abraço fiel,
que a mão do Pai abre caminho pro céu.

(estrofe 5)
A culpa que grita não é eternidade,
é chamada ao encontro da verdadeira bondade,
não há perseguidor na voz do Senhor,
há nova esperança que vence a dor.

(estrofe 6)
No Cristo encontrei a paz soberana,
não sigo algemas, nem sombra tirana,
o Pai me conduz, libertando o coração,
e apaga lembranças que ferem em vão.

(refrão)
Não é perseguição que Jesus ensinou,
mas graça abundante que o Pai revelou,
o pecado não caça, não prende a razão,
em Cristo há vida, perdão e canção.

(estrofe 7)
E eu que preguei com dureza mortal,
feri meus irmãos com fardo brutal,
não vi que o Messias clamava mansão,
abrindo em ternura o porto do perdão.

(estrofe 8)
Agora proclamo a boa verdade,
que o Deus de Jesus é pura bondade,
não pune pra sempre, não caça ninguém,
mas chama ao descanso que em Cristo se tem.

(ponte)
Choro os enganos que um dia plantei,
seguindo profetas que mal interpretei,
não vi que o Senhor é Deus compassivo,
e não o carrasco vingativo e altivo.

(refrão)
Não é perseguição que Jesus ensinou,
mas graça abundante que o Pai revelou,
o pecado não caça, não prende a razão,
em Cristo há vida, perdão e canção.

(refrão final)
Teu amor seguiu minha estrada vazia,
mesmo quando preguei a falsa agonia,
não foste vingança, foste perdão,
abrigo eterno do meu coração.


SIGNIFICADO DO POEMA

A lembrança do pecado de Caim (Gn 4:7) foi descrita como uma força à espreita, pronta para persegui-lo e dominá-lo. Essa visão sugere um Deus que transforma o erro em maldição contínua, um perseguidor implacável. No entanto, em Jesus essa interpretação se desfaz. Cristo mostra que o pecado não é caçador eterno, mas uma realidade vencida pela graça: “Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8:36). Assim, a memória do erro não se torna prisão perpétua, mas convite ao arrependimento e ao reencontro com a misericórdia.

Essa diferença é crucial, porque muitos líderes religiosos construíram discursos baseados na perseguição da culpa, o que gerou opressões e condenações sociais. Mas a pedagogia de Cristo é libertadora: como ilustração, pense em Pedro, que negou Jesus três vezes e, mesmo assim, foi restaurado pelo Mestre (Jo 21:15–17). Teólogos como Karl Barth (A Epístola aos Romanos, 1922) e Brennan Manning (O Evangelho Maltrapilho, 1990) enfatizam essa perspectiva: o pecado não nos persegue eternamente; o amor de Deus nos resgata e redefine.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Barth, Karl. A Epístola aos Romanos. São Leopoldo: Sinodal, 2003 (orig. 1922).

  2. Manning, Brennan. O Evangelho Maltrapilho. São Paulo: Mundo Cristão, 1990.

  3. Moltmann, Jürgen. Teologia da Esperança. Petrópolis: Vozes, 1965.

  4. Wright, N. T. Surpreendido pela Esperança. Viçosa: Ultimato, 2008.

  5. Boff, Clodovis. Teologia da Libertação e Volta ao Fundamento. Petrópolis: Vozes, 1986.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'14<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 14
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*NÓE ALERTADO SOBRE O DILÚVIO*
--------------------------------------------------------
Deus decide destruir toda a humanidade exceto Noé. Um Deus totalmente amoroso não exterminaria inocentes ou crianças sem culpa.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Noé recebeu o aviso do céu,
um mundo em ruína, um destino cruel,
mas Cristo nos mostra um Deus diferente,
que salva a todos, que abraça a gente.

(estrofe 2)
A chuva caía, ceifando crianças,
inocentes sem culpa, sem esperança,
mas Cristo revela a face do amor,
que nunca destrói, só cura a dor.

(estrofe 3)
A arca erguida, poucos a entrar,
e muitos clamando sem voz pra salvar,
mas Cristo nos guia, não deixa ninguém,
é porto seguro, é vida também.

(refrão)
Um Deus amoroso não ceifa inocentes,
não pune crianças, nem corações crentes,
em Cristo encontramos justiça e perdão,
não rios de morte, mas nova canção.

(estrofe 4)
O texto pintava um Deus que castiga,
mas Cristo anuncia o Pai que mitiga,
não águas de ira, mas fontes de luz,
abrindo caminhos na cruz de Jesus.

(estrofe 5)
Na enchente antiga vi só perdição,
mas hoje percebo o erro da visão,
pois Deus não afoga, mas dá salvação,
ergue o caído, segura a mão.

(estrofe 6)
A memória do dilúvio ecoou no passado,
mas Cristo é o arco que brilha ao lado,
aliança de vida, promessa de bem,
jamais aniquila, restaura também.

(refrão)
Um Deus amoroso não ceifa inocentes,
não pune crianças, nem corações crentes,
em Cristo encontramos justiça e perdão,
não rios de morte, mas nova canção.

(estrofe 7)
E eu, tão cego, preguei destruição,
pintando vingança como salvação,
mas Cristo me chama a novo saber,
um Pai compassivo que faz renascer.

(estrofe 8)
Hoje proclamo com toda verdade:
Deus é ternura, justiça e bondade,
não manda dilúvios, não fere ninguém,
em Cristo há vida que nunca tem fim.

(ponte)
Lamento as palavras que outrora lancei,
defendendo um Deus que jamais encontrei,
bati contra o fraco, chamei de pecado,
mas Cristo me achou e me restaurado.

(refrão)
Um Deus amoroso não ceifa inocentes,
não pune crianças, nem corações crentes,
em Cristo encontramos justiça e perdão,
não rios de morte, mas nova canção.

(refrão final)
Teu amor ficou quando a lei me cegou,
na minha ignorância, Tua graça restou,
os homens buscavam um Deus de terror,
mas Tu revelaste o eterno amor.


A DIFERENÇA ENTRE DESTRUIR E RESTAURAR

A narrativa do dilúvio em Gênesis apresenta um Deus que destrói toda a humanidade, exceto Noé e sua família, numa demonstração de juízo coletivo. No entanto, quando contrastada com Jesus, percebemos que a pedagogia divina não se revela na aniquilação, mas na restauração. Cristo, diante da mulher adúltera, em vez de condená-la à morte como exigia a lei, ofereceu perdão e nova vida (Jo 8:1–11). Isso mostra que a verdadeira revelação não é a destruição indiscriminada, mas o acolhimento compassivo que dá oportunidade de transformação.

Além disso, o arco-íris como sinal da aliança (Gn 9:13) já aponta para uma mudança de paradigma, mas é em Jesus que essa promessa se cumpre plenamente. Teólogos como John Hick (Evil and the God of Love, 1966) e Leonardo Boff (Jesus Cristo Libertador, 1972) argumentam que a imagem de um Deus amoroso é incompatível com um juízo que extingue inocentes. A hermenêutica cristocêntrica revela, portanto, que a leitura do dilúvio deve ser ressignificada: em vez de enxergar um Deus que extermina, somos convidados a ver o Cristo que salva, restaura e faz nascer um mundo novo.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Hick, John. Evil and the God of Love. London: Macmillan, 1966.

  2. Boff, Leonardo. Jesus Cristo Libertador. Petrópolis: Vozes, 1972.

  3. Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Petrópolis: Vozes, 1974.

  4. Pagola, José Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Petrópolis: Vozes, 2008.

  5. Crossan, John Dominic. O Jesus Histórico: A Vida de um Camponês Judeu. São Paulo: Paulinas, 1994.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'15<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 15
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*DILÚVIO UNIVERSAL*
--------------------------------------------------------
O mundo inteiro é destruído por água. Jesus manifesta um Deus que corrige pelo amor e ensino, não pela destruição global.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
As águas cobriram montes e vales,
silêncio pesava nas últimas salas,
um mundo perdido, sem compaixão,
se afogava inteiro na própria ilusão.

(estrofe 2)
Noé encontrou-se em meio à tormenta,
um barco erguido pela fé que sustenta,
mas no fundo a pergunta ecoava:
“Um Deus de amor faria essa estrada?”

(estrofe 3)
Os rios levaram crianças sem culpa,
os inocentes tragados na luta,
como aceitar que o Pai celestial
puniria todos num juízo global?

(refrão)
O mundo inteiro é destruído por água,
mas Jesus corrige com ternura e palavra.
Não pelo fogo, nem mar em fúria,
mas pelo amor que liberta e cura.

(estrofe 4)
O Cristo revela o Pai verdadeiro,
pastor que acolhe o frágil cordeiro,
não lança o rebanho ao mar em horror,
antes ensina na graça e no amor.

(estrofe 5)
Moisés conheceu apenas um traço,
de um Deus pintado com raio e aço,
mas em Jesus o véu se desfez,
mostrando a bondade do Pai que é Rei.

(estrofe 6)
As águas lembram histórias antigas,
mas hoje entendo suas feridas,
não foi o Amor que ergueu esse mar,
foi a visão humana a interpretar.

(refrão)
O mundo inteiro é destruído por água,
mas Jesus corrige com ternura e palavra.
Não pelo fogo, nem mar em fúria,
mas pelo amor que liberta e cura.

(estrofe 7)
Já não temo trovões nem vendavais,
pois vejo nos olhos de Cristo a paz,
Ele não mata, Ele restaura,
Ele não afoga, mas sempre ampara.

(estrofe 8)
Agora descanso na fé que consola,
no Pai revelado que nunca me assola,
as águas antigas ficaram pra trás,
vivo em Jesus, meu porto de paz.

(ponte)
Ah, Senhor, como preguei com dureza,
impondo castigos com falsa certeza,
feri os diferentes em nome da lei,
quando o Teu Filho dizia: “amai”.

(refrão)
O mundo inteiro é destruído por água,
mas Jesus corrige com ternura e palavra.
Não pelo fogo, nem mar em fúria,
mas pelo amor que liberta e cura.

(refrão final)
Teu amor seguiu mesmo na ignorância,
iluminando-me em minha andança,
enganado por vozes que amavam punir,
mas em Ti aprendi apenas a sorrir.


EXPLICAÇÃO

A narrativa do dilúvio, em Gênesis 6–9, apresenta um Deus que pune o mundo inteiro com destruição, algo difícil de conciliar com o ensino de Jesus. A mensagem de Cristo — “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mateus 11:29) — revela um Pai que transforma pela misericórdia e não pelo aniquilamento. Assim, a tensão entre o “Jeová de Moisés” e o “Pai revelado por Jesus” está em como compreendemos a revelação progressiva: Moisés enxergou fragmentos, mas em Cristo veio a plenitude (Hebreus 1:1-3).

Exemplos práticos dessa diferença estão no modo como Jesus lidava com erros: ao invés de eliminar os adúlteros (como previa a Lei em Levítico 20:10), Ele dizia: “Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra” (João 8:7). A correção vinha pelo ensino e pelo amor. A história do dilúvio pode então ser vista como a leitura limitada de um povo sobre Deus, enquanto em Cristo temos a plena revelação do amor que não destrói globalmente, mas reconstrói pessoalmente. Teólogos como Richard Dawkins (2006) criticam o Deus violento do Antigo Testamento, enquanto estudiosos cristãos como C.S. Lewis (1952) mostram que Cristo veio revelar algo maior e definitivo.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Lewis, C. S. Cristianismo Puro e Simples. 1952.

  2. Dawkins, Richard. Deus, um Delírio. 2006.

  3. Crossan, John Dominic. O Jesus Histórico: A Vida de um Camponês Judaico do Mediterrâneo. 1991.

  4. Borg, Marcus J. Encontro com Jesus Novamente pela Primeira Vez. 1994.

  5. Spong, John Shelby. O Nascimento de Jesus: Mito ou História? 1992.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'16<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 16
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*ARCA COMO ÚNICA SALVAÇÃO*
--------------------------------------------------------
A salvação depende de obedecer a uma ordem técnica, sem diálogo ou aprendizado gradual. O Deus de Jesus oferece orientação contínua e graça.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Uma arca erguida com cálculo e tábua,
salvação restrita à ordem que trava,
sem espaço ao diálogo, ao coração,
apenas obediência sem compreensão.

(estrofe 2)
Um Deus que aponta a madeira e o prego,
mas não escuta a alma em seu apego,
não ensina aos poucos, não guia em bondade,
só dita medidas com fria autoridade.

(estrofe 3)
A graça não cabe em um barco fechado,
onde uns entram vivos e outros são negados,
um Pai amoroso jamais limitaria,
mas seguiria ao lado, sempre instruiria.

(refrão)
A salvação depende de ordem técnica,
sem espaço ao afeto, só voz mecânica,
mas Jesus caminha com luz e paixão,
oferecendo graça, perdão e instrução.

(estrofe 4)
Cristo não pede madeira exata,
mas um coração aberto, que ama e que trata,
Ele não mede com régua o destino,
mas guia seus filhos por trilho divino.

(estrofe 5)
Noé construiu sem pergunta ou réplica,
um plano fechado, sem voz dialética,
mas em Jesus encontro lição:
Ele educa na vida, com compaixão.

(estrofe 6)
O barco isolava, deixava de fora,
quem não entendesse, morria na hora,
mas Cristo acolhe sem muro ou fronteira,
sua salvação é plena e inteira.

(refrão)
A salvação depende de ordem técnica,
sem espaço ao afeto, só voz mecânica,
mas Jesus caminha com luz e paixão,
oferecendo graça, perdão e instrução.

(estrofe 7)
Agora percebo o contraste profundo:
um Deus que destrói e um Deus que é o mundo,
no Filho aprendi um amor sem fim,
não há exclusão, Ele vive em mim.

(estrofe 8)
Por isso descanso e sigo seguro,
não temo dilúvios nem velhos muros,
o Mestre me ensina com paciência,
e enche meu peito de eterna clemência.

(ponte)
Ai de mim, Senhor, como errei na pregação,
gritei condenação em vez de perdão,
feri inocentes em nome da lei,
quando o Teu Cristo dizia: “Amai, respeitai”.

(refrão)
A salvação depende de ordem técnica,
sem espaço ao afeto, só voz mecânica,
mas Jesus caminha com luz e paixão,
oferecendo graça, perdão e instrução.

(refrão final)
Teu amor seguiu, mesmo em minha cegueira,
cobriu meus pecados, varreu a poeira,
os homens preferiam punir e julgar,
mas em Ti aprendi apenas a amar.


EXPLICAÇÃO

A imagem da arca como “única salvação” expressa uma visão de Deus limitada a regras técnicas e sem espaço para um relacionamento pedagógico e contínuo. A fé em Cristo mostra outro caminho: em vez de ordens mecânicas, há crescimento pela graça, como Paulo afirma: “a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Coríntios 3:6). Enquanto a narrativa do dilúvio coloca a arca como o único refúgio, Jesus apresenta-se como o caminho vivo, capaz de instruir no dia a dia, transformando corações e não apenas preservando corpos.

Um exemplo bíblico claro é a diferença entre a rigidez da Lei (Levítico 11–15) e a flexibilidade do ensino de Jesus, que com parábolas e encontros pessoais (como em Lucas 15, com a ovelha perdida e o filho pródigo) mostra que Deus não salva por medidas exatas, mas por proximidade contínua. Teólogos como Marcus Borg (1994) e John Dominic Crossan (1991) apontam que Jesus rompeu com a ideia de exclusão ritual e apresentou uma espiritualidade de inclusão, diálogo e aprendizado. Assim, a metáfora da arca se desfaz diante do Cristo que é “Emmanuel, Deus conosco” (Mateus 1:23).

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Borg, Marcus J. Encontro com Jesus Novamente pela Primeira Vez. 1994.

  2. Crossan, John Dominic. O Jesus Histórico: A Vida de um Camponês Judaico do Mediterrâneo. 1991.

  3. Spong, John Shelby. Um Novo Cristianismo para um Novo Mundo. 2001.

  4. Pagola, José Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. 2007.

  5. Küng, Hans. Cristianismo: Essência e História. 1995.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'17<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 17
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*TODOS OS ANIMAIS DEVEM SER SALVOS*
--------------------------------------------------------
Deus ordena salvar espécies específicas. O Deus de Jesus valoriza a criação, mas ensina harmonia, cuidado e liberdade natural, sem ordens rígidas de seleção.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Na arca cabiam só pares escolhidos,
como se a vida tivesse medidos,
um cálculo frio, sem voz nem ternura,
cortando da terra a beleza mais pura.

(estrofe 2)
Mas Cristo revela um Deus diferente,
que ama o pardal, a flor inocente,
nenhuma criatura é deixada pra trás,
pois tudo respira do sopro da paz.

(estrofe 3)
Na lógica antiga, se elege e descarta,
mas no Evangelho é amor que se parta,
não há exclusão no Reino da luz,
toda criação é cuidada por Jesus.

(refrão)
Deus ordena salvar espécies específicas,
mas Cristo ensina lições pacíficas,
não há seleção na bondade real,
toda a criação é sagrada e igual.

(estrofe 4)
O lírio no campo, o pássaro em voo,
ensinam a vida sem medo ou apelo,
Jesus contempla e mostra a lição:
cuidar com ternura é nossa missão.

(estrofe 5)
Nenhum animal precisa ser contado,
para caber no espaço fechado,
o Deus amoroso liberta e conduz,
oferece harmonia em Cristo Jesus.

(estrofe 6)
A ordem do Éden foi simples, inteira:
cultivar a terra, cuidar da poeira,
mas o Jeová de mandatos severos
fazia da vida limites austeros.

(refrão)
Deus ordena salvar espécies específicas,
mas Cristo ensina lições pacíficas,
não há seleção na bondade real,
toda a criação é sagrada e igual.

(estrofe 7)
O Pai verdadeiro não cria fronteiras,
vê cada criatura com alma inteira,
não pede registros nem listas finais,
abraça no amor os seres vitais.

(estrofe 8)
Assim compreendo o contraste profundo,
um Deus que exclui, e outro que é o mundo,
o Cristo me chama a viver em respeito,
cuidando da vida com zelo perfeito.

(ponte)
Lamento, Senhor, os sermões de rigor,
pregando exclusões em Teu santo amor,
machuquei diferentes, por lei sem ternura,
quando Tua voz era paz e doçura.

(refrão)
Deus ordena salvar espécies específicas,
mas Cristo ensina lições pacíficas,
não há seleção na bondade real,
toda a criação é sagrada e igual.

(refrão final)
Teu amor seguiu, mesmo em minha fraqueza,
curando meu olhar, tirando aspereza,
os homens buscavam poder e temor,
mas eu descobri em Ti puro amor.


EXPLICAÇÃO

O relato da arca apresenta um Deus que escolhe quais espécies merecem ser preservadas, reduzindo a criação a um inventário técnico. Em contrapartida, Jesus mostra um Deus que valoriza toda a vida, sem restrições. No Evangelho, até o menor pardal é lembrado (Mateus 10:29), e a beleza dos lírios se torna sinal da providência divina (Mateus 6:28-30). Esse contraste revela uma transição entre a mentalidade de um Jeová seletivo e a revelação de um Pai universal, que cuida de todos sem distinção.

Na teologia ecológica, Leonardo Boff (1995) aponta que a espiritualidade cristã deve se alinhar à defesa integral da vida, não a cálculos excludentes. A Bíblia, quando lida pela ótica de Jesus, sugere que a salvação não é técnica, mas relacional: não se trata de salvar “pares de animais” em uma arca, mas de cultivar a harmonia com a criação, como ensinado desde o Gênesis (2:15) até a esperança cósmica de Romanos 8:19-22, em que “toda a criação geme aguardando redenção”.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Boff, Leonardo. Ecologia: Grito da Terra, Grito dos Pobres. 1995.

  2. Moltmann, Jürgen. Deus na Criação. 1985.

  3. White, Lynn Jr. The Historical Roots of Our Ecologic Crisis. 1967.

  4. Edwards, Denis. Ecology at the Heart of Faith. 2006.

  5. Haught, John F. The Promise of Nature: Ecology and Cosmic Purpose. 1993.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'18<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 18
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*PUNIÇÃO SOBRE OS DESOBEDIENTES DO DILÚVIO*
--------------------------------------------------------
Todos os que não entram na arca morrem. Jesus ensina misericórdia, amor e oportunidades de arrependimento.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
A chuva cai sobre a terra inteira,
os que recusam a arca enfrentam a beira,
do julgamento frio, do medo e do fim,
sem chance de arrependimento ou enfim.

(estrofe 2)
Mas Jesus mostra um Deus que não destrói,
oferece perdão, abrigo e herói,
convida todos à vida e à transformação,
guiando com amor, não com condenação.

(estrofe 3)
O Jeová severo parece exigir temor,
e quem não obedece sente o pavor,
mas Cristo revela uma misericórdia real,
dando oportunidade a todo mal.

(refrão)
Todos os que não entram na arca morrem,
mas Jesus ensina que todos podem,
ser acolhidos, amados e reconciliados,
sem castigo eterno, todos restaurados.

(estrofe 4)
Noé obedeceu, mas o mundo chorou,
milhares de inocentes em água se afogou,
Jesus não deseja morte, mas vida e luz,
cada alma é preciosa sob a mão de Jesus.

(estrofe 5)
O dilúvio não é justiça divina,
mas advertência para a mente que se inclina,
ao pecado e ao ego, à rejeição do bem,
o Cristo convida, não pune ninguém.

(estrofe 6)
A história antiga nos mostra medo e dor,
mas o Evangelho propõe cuidado e amor,
até o mais perdido pode voltar ao lar,
sob a graça que insiste em nos salvar.

(refrão)
Todos os que não entram na arca morrem,
mas Jesus ensina que todos podem,
ser acolhidos, amados e reconciliados,
sem castigo eterno, todos restaurados.

(estrofe 7)
O verdadeiro Deus não exila sem razão,
cada erro pode encontrar perdão,
o caminho do arrependimento é aberto,
no amor do Pai, jamais deserto.

(estrofe 8)
Aprendo enfim a ver além do temor,
Jesus não castiga, mas conduz com amor,
o dilúvio é metáfora do erro humano,
mas o Reino é oferta para todo cristão.

(ponte)
Lamento Senhor, os sermões de rigor,
que preguei com medo, não com Teu amor,
machuquei inocentes, cegos pelo poder,
quando só Tua graça podia me fazer ver.

(refrão)
Todos os que não entram na arca morrem,
mas Jesus ensina que todos podem,
ser acolhidos, amados e reconciliados,
sem castigo eterno, todos restaurados.

(refrão final)
Mesmo na minha cegueira e desatino,
Teu amor seguiu, puro e divino,
os líderes preferiram medo e temor,
mas encontrei em Ti a vida e o amor.

...

EXPLICAÇÃO

O texto trata da interpretação do dilúvio como punição universal aos desobedientes, contrastando a visão de um Deus punitivo com a revelação de Jesus, que promove misericórdia, reconciliação e oportunidades de arrependimento (Lucas 15:11-32). Enquanto a narrativa tradicional do dilúvio apresenta uma obediência obrigatória à arca, a teologia cristã do Novo Testamento enfatiza que o verdadeiro Deus valoriza a vida e busca restaurar o humano em vez de exterminá-lo. A figura de Noé é, assim, reinterpretada como símbolo de atenção à graça e à responsabilidade, e não de exclusão definitiva.

Em termos práticos e ilustrativos, pense em comunidades que sofreram injustamente por erros de alguns indivíduos, onde líderes religiosos pregavam condenações em massa. A abordagem de Jesus, ao contrário, incentiva diálogo, educação e oportunidades de correção, sem eliminação ou vingança. Autores como John Haught (1993) e Leonardo Boff (1995) discutem essa transição da justiça punitiva para a justiça restaurativa, mostrando que a mensagem de Jesus visa sempre a reconciliação da humanidade com Deus e entre si.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Boff, Leonardo. Ecologia e Fé: O Cuidado com a Vida. 1995.

  2. Haught, John F. Christianity and Ecology. 1993.

  3. Moltmann, Jürgen. God in Creation. 1985.

  4. Walton, John H. Genesis: The NIV Application Commentary. 2001.

  5. Enns, Peter. The Evolution of Adam: What the Bible Does and Doesn’t Say about Human Origins. 2012.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'19<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 19
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*PROMESSA DO ARCO-ÍRIS*
--------------------------------------------------------
Deus promete nunca mais destruir por água. Embora seja uma promessa, é precedida de destruição extrema, algo que o Deus de Jesus não faria.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
No céu se ergue um sinal colorido,
um pacto selado após tanto gemido,
mas o sangue das águas ainda clama,
da dor que o amor jamais proclama.

...

(estrofe 2)
Prometer não mais afogar multidões,
depois de punir com marés de prisões,
soa mais duro que terno consolo,
um arco que brilha, mas guarda o estorvo.

...

(estrofe 3)
Será que o Deus revelado em Jesus,
manchou com tragédia o arco da luz?
Não, pois na cruz Ele estende perdão,
e não devasta, mas dá salvação.

...

(refrão)
Promessa é vida, não castigo brutal,
não cabe em Cristo vingança fatal,
o arco é sinal de esperança e bondade,
não de um juízo que mata a verdade.

...

(estrofe 4)
Jeová das guerras ergueu sua mão,
mas Cristo trouxe outra direção,
não o dilúvio que apaga a esperança,
mas nova vida que nunca cansa.

...

(estrofe 5)
O arco no céu brilha sem temor,
mas só em Jesus encontro amor,
pois o Senhor que é manso e compassivo,
não destrói a vida, faz tudo vivo.

...

(estrofe 6)
Deus não precisa provar poder,
com rios que matam sem nada entender,
Ele se mostra em abraço e ternura,
não na chacina vestida de fúria.

...

(refrão)
Promessa é vida, não castigo brutal,
não cabe em Cristo vingança fatal,
o arco é sinal de esperança e bondade,
não de um juízo que mata a verdade.

...

(estrofe 7)
Arco colorido, promessa do céu,
meu coração clama: não és cruel,
tu és amor, és ternura serena,
não um Senhor que cultiva a pena.

...

(estrofe 8)
Hoje entendo o que antes preguei,
do Deus vingativo eu me alimentei,
mas no arco vejo um outro sinal:
Jesus é a paz, não o vendaval.

...

(ponte)
Senhor, lamento as palavras feridas,
preguei contra povos, roubei-lhes a vida,
a fé que dizia trazer salvação,
levava espada, matava o irmão.

...

(refrão)
Promessa é vida, não castigo brutal,
não cabe em Cristo vingança fatal,
o arco é sinal de esperança e bondade,
não de um juízo que mata a verdade.

...

(refrão final)
Teu amor me cobre, não olha meu erro,
Jesus me acolhe, dissolve meu medo,
mesmo enganado por líderes frios,
teu coração nunca fechou os rios.


EXPLICAÇÃO

A promessa do arco-íris, registrada em Gênesis 9:12-17, é tradicionalmente lida como sinal de aliança após o dilúvio. No entanto, é precedida por um evento de destruição total, algo que contrasta com a revelação de Deus em Jesus, que ensina amor incondicional, misericórdia e perdão (Mateus 5:44; Lucas 6:36). O poema expõe essa tensão: de um lado, a promessa colorida; de outro, o rastro de morte que antecede a esperança. A teologia cristã, especialmente na leitura de Hans Küng (2005), insiste que Deus não se revela pela violência, mas pela encarnação e cruz, onde toda maldição se converte em graça.

Exemplos históricos ilustram esse contraste: durante séculos, líderes religiosos usaram imagens do “Jeová guerreiro” para justificar guerras, perseguições e exclusões, esquecendo-se do Cristo compassivo. O arco-íris, no poema, é reinterpretado como símbolo de vida e não de punição, apontando para a pedagogia do amor de Jesus. Teólogos como Jürgen Moltmann (1991) lembram que Deus não se apresenta como “aniquilador” da criação, mas como “Deus da esperança”, que acolhe a humanidade em sua fragilidade, sem recorrer ao medo.

...

BIBLIOGRAFIA

  • Küng, Hans. Ser Cristão. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

  • Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Petrópolis: Vozes, 1991.

  • Pagels, Elaine. As Origens de Satanás. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

  • Crossan, John Dominic. O Jesus Histórico. São Paulo: Paulinas, 1994.

  • Borg, Marcus. Jesus: Um Novo Espírito. São Paulo: Paulus, 2000.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'20<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 20
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*TERRA PUNIDA PELOS HÉREDEIROS DE CAIM*
--------------------------------------------------------
A maldição de Caim se estende a descendentes. Jesus revela que cada pessoa é responsável por seus atos, não herda condenação.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
O solo marcado por sangue inocente,
ecoou a dor de um ato insurgente,
mas Deus de amor não prende em corrente,
não deixa o filho por pai ser demente.

...

(estrofe 2)
A marca em Caim virou narrativa,
herança imposta, dor punitiva,
mas Cristo ensina justiça bendita:
cada um paga só por sua vida.

...

(estrofe 3)
As gerações carregaram fardos,
culpas herdadas, pesados encargos,
mas na palavra do Mestre é quebrado:
ninguém é preso por erro passado.

...

(refrão)
Jesus liberta da condenação,
ninguém herda culpa, só seu coração,
cada pessoa responde ao seu ato,
não mais se repete o peso ingrato.

...

(estrofe 4)
Não é o sangue que dita sentença,
mas a escolha que em nós se presença,
não mais herdeiros de ódio e vingança,
somos chamados à nova esperança.

...

(estrofe 5)
A terra gemia com maldição,
mas Cristo plantou reconciliação,
não é herdeiro quem ama a justiça,
a luz cancela as sombras da cobiça.

...

(estrofe 6)
De gerações o medo cresceu,
mas o evangelho tudo rompeu,
Jesus declara: “És livre, meu filho,
não te condeno por outro exílio.”

...

(refrão)
Jesus liberta da condenação,
ninguém herda culpa, só seu coração,
cada pessoa responde ao seu ato,
não mais se repete o peso ingrato.

...

(estrofe 7)
Hoje percebo o quanto preguei,
as mesmas cadeias que em vão herdei,
mas Cristo mostra, com voz verdadeira,
que a graça apaga a lei vingadeira.

...

(estrofe 8)
O solo ferido não fala mais,
o sangue da cruz grita pela paz,
não há sentença que venha do além,
Jesus redime os herdeiros de Caim.

...

(ponte)
Perdão, Senhor, por armas de lei,
julguei os povos que nunca culpei,
usei teu nome pra oprimir irmão,
quando és apenas amor e perdão.

...

(refrão)
Jesus liberta da condenação,
ninguém herda culpa, só seu coração,
cada pessoa responde ao seu ato,
não mais se repete o peso ingrato.

...

(refrão final)
Mesmo iludido por vozes severas,
teu amor firme não fecha as veredas,
teu Cristo é vida, ternura e cuidado,
cura a mentira do deus fabricado.


EXPLICAÇÃO

O texto bíblico em Gênesis 4 apresenta a marca de Caim e sua descendência como amaldiçoada, o que ao longo da tradição foi interpretado como punição herdada. No entanto, Jesus corrige essa leitura ao afirmar que cada pessoa é responsável pelos seus atos: “Cada árvore é conhecida por seu próprio fruto” (Lucas 6:44). A ideia de herança de maldição foi usada para legitimar exclusões sociais, raciais e até religiosas, mas o evangelho anuncia liberdade: “O filho não levará a iniquidade do pai” (Ezequiel 18:20). O poema recupera esse contraste, mostrando como a leitura de Jeová punitivo se transforma na revelação do Cristo libertador.

Exemplos históricos reforçam a crítica: povos inteiros foram estigmatizados como “herdeiros de Caim”, especialmente em contextos coloniais e racistas. Teólogos como René Girard (A violência e o sagrado, 1972) lembram que a religião frequentemente usou narrativas de culpa herdada para justificar violência. Mas a mensagem de Jesus desconstrói essa lógica e promove responsabilidade individual, empatia e reconciliação. O arco interpretativo passa da terra amaldiçoada para a cruz, onde a condenação não se herda, mas se dissolve no amor.

...

BIBLIOGRAFIA

  • Girard, René. A Violência e o Sagrado. São Paulo: Paz e Terra, 1972.

  • Moltmann, Jürgen. Teologia da Esperança. Petrópolis: Vozes, 2005.

  • Crossan, John Dominic. Jesus: Uma Biografia Revolucionária. Rio de Janeiro: Imago, 1995.

  • Küng, Hans. Cristianismo: Essência e História. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

  • Pagels, Elaine. O Evangelho de Tomé. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'21<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 21
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*ANJOS CAÍDOS / FILHOS DE DEUSES*
--------------------------------------------------------
Seres divinos se misturam com humanos. O Deus de Jesus age com clareza e amor, sem necessidade de violência ou confusão entre seres.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Misturam-se lendas de seres do céu,
com filhas da terra num laço cruel,
mas Cristo desvela um Deus sem engano,
que age em ternura, caminho humano.

...

(estrofe 2)
Narrativas antigas pintaram temor,
anjos descidos trazendo pavor,
mas no evangelho não há confusão,
só luz e verdade que tocam o chão.

...

(estrofe 3)
Entre divino e humano se fez,
um Cristo encarnado com graça e altivez,
não pela força de mitos estranhos,
mas pela escolha do amor sem enganos.

...

(refrão)
O Deus de Jesus é clareza e calor,
não cria violência, só mostra amor,
não há mistura que cause ilusão,
mas vida abundante e revelação.

...

(estrofe 4)
Histórias de híbridos, medo e poder,
fizeram do texto razão pra sofrer,
mas Cristo ensina que não há espanto,
o Pai é simples, não age com pranto.

...

(estrofe 5)
Não é dos céus que descem senhores,
nem são dos homens filhas em dores,
mas sim do alto desceu a esperança,
Jesus criança em plena bonança.

...

(estrofe 6)
A antiga leitura plantava terror,
mas Cristo removeu todo pavor,
mostrando um Deus que é puro cuidado,
jamais confuso, mas sempre afeiçoado.

...

(refrão)
O Deus de Jesus é clareza e calor,
não cria violência, só mostra amor,
não há mistura que cause ilusão,
mas vida abundante e revelação.

...

(estrofe 7)
Hoje percebo o quanto preguei,
fábulas duras que nunca alcancei,
mas Cristo me chama à paz verdadeira,
longe da sombra da lenda guerreira.

...

(estrofe 8)
Não são anjos caídos que guiam o ser,
mas é Jesus quem me faz renascer,
Ele é presença, certeza divina,
luz que dissipa qualquer disciplina.

...

(ponte)
Perdão, Senhor, por julgar com rigores,
tratei teus filhos como invasores,
preguei violências sem compaixão,
quando és apenas bondade em ação.

...

(refrão)
O Deus de Jesus é clareza e calor,
não cria violência, só mostra amor,
não há mistura que cause ilusão,
mas vida abundante e revelação.

...

(refrão final)
Mesmo iludido por líderes frios,
manténs teu abraço nos dias vazios,
Jesus me guia com paz verdadeira,
amor paciente que nunca exagera.


EXPLICAÇÃO

O relato de Gênesis 6:1-4, sobre “filhos de Deus” que se uniram às filhas dos homens, sempre gerou debates, sendo lido por muitos como a origem dos “anjos caídos”. Essa leitura, no entanto, contrasta com o evangelho, onde Jesus apresenta um Deus de clareza, amor e compaixão, sem necessidade de mitologias violentas ou híbridos confusos. Em Lucas 20:36, por exemplo, Jesus afirma que os filhos da ressurreição são como anjos, não sujeitos a casamentos ou práticas humanas. Isso sugere uma distinção clara entre o divino e o humano, sem confusão ou violência, mas com harmonia e propósito de vida.

Historicamente, essa passagem foi usada para justificar medos apocalípticos e exclusões sociais, transformando metáforas em dogmas. Autores como John Milton, em Paraíso Perdido (1667), reforçaram imagens de anjos rebeldes em conflito eterno. Contudo, teólogos como Elaine Pagels e Jürgen Moltmann mostram que a mensagem de Cristo não repousa no medo, mas no amor. Assim, o poema ressignifica essas narrativas, lembrando que a verdadeira revelação é Jesus, que nos conduz à paz e à liberdade.

...

BIBLIOGRAFIA

  • Pagels, Elaine. As Origens de Satanás. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

  • Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Petrópolis: Vozes, 2001.

  • Collins, John J. Apocalypticism in the Dead Sea Scrolls. London: Routledge, 1997.

  • Kelly, Henry Ansgar. Satan: A Biography. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.

  • Wright, N. T. Surprised by Hope. New York: HarperOne, 2008.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'22<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 22
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*GIGANTES NA TERRA (NEFILINS)*
--------------------------------------------------------
Deus parece permitir monstros e guerras. Jesus valoriza o ser humano e a paz, não criaturas que inspiram medo.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Falas antigas de monstros cruéis,
homens colossos de passos fiéis,
mas Cristo ensina que o valor real
está no humano, no amor fraternal.

...

(estrofe 2)
Nefilins surgem em histórias de dor,
seres estranhos de força e terror,
mas no evangelho a grande lição
é paz divina, não guerra ou prisão.

...

(estrofe 3)
Mitos geraram temor desmedido,
fazendo o povo viver dividido,
Jesus revela que o Pai não semeia
criaturas de medo, mas graça que anseia.

...

(refrão)
O Deus de Jesus é bondade e paz,
não cria monstros, nem guerras traz,
Ele valoriza o ser humano,
faz de cada vida um bem soberano.

...

(estrofe 4)
Com Nefilins se pregou batalha,
a fé se tornou espada que falha,
mas Cristo mostra que o Reino floresce
quando a ternura no peito aparece.

...

(estrofe 5)
Não há gigante maior que o perdão,
nem força que vença o amor do Irmão,
pois no evangelho só vence a ternura,
quebrando o ciclo da força impura.

...

(estrofe 6)
As velhas guerras pintaram mural,
de sangue e fúria num tom fatal,
mas Cristo ensina: o maior vencedor
é quem escolhe viver no amor.

...

(refrão)
O Deus de Jesus é bondade e paz,
não cria monstros, nem guerras traz,
Ele valoriza o ser humano,
faz de cada vida um bem soberano.

...

(estrofe 7)
Hoje percebo que o medo preguei,
com lendas duras que nunca alcancei,
mas Cristo vem e me traz clareza,
faz da justiça um ato de leveza.

...

(estrofe 8)
Gigantes caíram, mas Cristo ficou,
em sua palavra meu ser descansou,
não é da guerra que brota a esperança,
mas do seu Reino, que é pura bonança.

...

(ponte)
Perdão, Senhor, pois gritei sem amor,
tornei-me duro, sem teu calor,
quando preguei fardos de violência,
não vi em Ti a doce paciência.

...

(refrão)
O Deus de Jesus é bondade e paz,
não cria monstros, nem guerras traz,
Ele valoriza o ser humano,
faz de cada vida um bem soberano.

...

(refrão final)
Mesmo iludido por vozes sem luz,
sempre encontrei o cuidado em Jesus,
amor constante guiando meu passo,
na tua ternura seguro abraço.


EXPLICAÇÃO

O relato de Gênesis 6:4 sobre os “Nefilins” ou “gigantes da terra” gerou diversas interpretações, muitas vezes associando-os a seres monstruosos ou guerreiros sobre-humanos. Essas leituras foram usadas ao longo da história para justificar medos coletivos, guerras e exclusões. No entanto, à luz de Jesus, entendemos que o Pai não cria monstros para aterrorizar, mas seres humanos à sua imagem, chamados à dignidade, ao amor e à paz (João 10:10). Jesus inverte a lógica de medo: em vez de gigantes que esmagam, Ele exalta o pequeno e o humilde como herdeiros do Reino (Mateus 5:3-9).

Exemplos históricos mostram como a leitura dos Nefilins foi usada para justificar violência contra povos considerados “gigantes” ou “outros” — como relatado nas guerras de conquista em Números 13:33. Porém, autores como René Girard, em sua teoria do “bode expiatório”, lembram que mitos violentos refletem medos humanos mais do que realidades divinas. Assim, reinterpretar os “gigantes” sob a lente de Jesus é perceber que o único inimigo a vencer é o ódio, e o verdadeiro poder está no perdão e no amor que liberta.

...

BIBLIOGRAFIA

  • Girard, René. A Violência e o Sagrado. São Paulo: Paz e Terra, 1990.

  • Collins, John J. The Apocalyptic Imagination. Grand Rapids: Eerdmans, 2016.

  • Pagels, Elaine. Revelações: Visões, Profecias e Polêmicas no Cristianismo Primitivo. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.

  • Wenham, Gordon. Genesis 1–15. Dallas: Word Biblical Commentary, 1987.

  • Wright, N. T. Simply Jesus. New York: HarperOne, 2011.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'23<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 23
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*DEUS SE ARREPENDE DA CRIAÇÃO*
--------------------------------------------------------
Deus lamenta ter feito a humanidade. O Deus de Jesus é amor perfeito, sem arrependimento ou erro na criação.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
No início pintaram um Deus vacilante,
Que olha sua obra e já se entristece,
Como se fosse um artista errante,
Cansado da tela que já não enobrece.

(estrofe 2)
A pena desceu em palavras de dor,
"Arrependo-me do homem", diz a escritura,
Mas em Cristo se revela um Deus de amor,
Que não se rende à falha ou ruptura.

(estrofe 3)
Jeová castiga com água e destruição,
Como se fosse frágil em sua intenção,
Jesus, ao contrário, semeia compaixão,
E faz da fraqueza nascer redenção.

(refrão)
Deus não erra, não falha, não tem arrependimento,
A criação é bela, fruto de Seu pensamento.
No Cristo amoroso vejo o eterno fundamento,
Um Deus que é amor, sem sombra de tormento.

(estrofe 4)
O dilúvio apaga, mas não ensina,
Moisés descreveu um Senhor implacável,
Porém na cruz a vida se ilumina,
E o amor triunfa sobre o inevitável.

(estrofe 5)
Um Pai não rejeita seu filho querido,
Nem se arrepende de tê-lo formado,
Assim Jesus mostra o Deus compassivo,
Que abraça o perdido e o ferido amado.

(estrofe 6)
Não cabe ao Altíssimo falha confessar,
Pois tudo em amor Nele veio a brotar.
Na cruz se revela o eterno cuidar,
Jamais um Criador irá se desculpar.

(refrão)
Deus não erra, não falha, não tem arrependimento,
A criação é bela, fruto de Seu pensamento.
No Cristo amoroso vejo o eterno fundamento,
Um Deus que é amor, sem sombra de tormento.

(estrofe 7)
Se erramos, foi nossa leitura quebrada,
Confundimos poder com violência crua,
Mas Cristo mostrou a estrada dourada,
Onde o amor vence a espada que atua.

(estrofe 8)
Hoje confesso minha antiga ilusão,
Quando pregava um Deus que se desmente,
Agora abraço a paz como salvação,
No Cristo amoroso, puro e presente.

(ponte)
Lamento o ódio que um dia ensinei,
Baseado em vozes de dura tradição,
Contra os diferentes a ira plantei,
E só depois vi a contradição.

(refrão)
Deus não erra, não falha, não tem arrependimento,
A criação é bela, fruto de Seu pensamento.
No Cristo amoroso vejo o eterno fundamento,
Um Deus que é amor, sem sombra de tormento.

(refrão final)
Mesmo em minha cegueira Ele me sustentou,
Amor contínuo, jamais me deixou.
Não líderes falsos, mas Jesus me guiou,
E em sua ternura minha alma encontrou.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

O texto bíblico de Gênesis 6:6 declara que "o Senhor arrependeu-se de haver feito o homem sobre a terra", apresentando um Deus que parece frustrado com sua criação. Essa leitura, se tomada literalmente, sugere um Criador sujeito a falhas, erros e arrependimentos humanos. Contudo, em Cristo encontramos um contraponto: um Deus que nunca abandona sua obra, mas que ama sem cessar, mostrando que a interpretação de arrependimento é fruto da visão limitada dos antigos profetas. Jesus revela o Pai que não se contradiz, mas que sustenta a criação com amor perfeito, capaz de transformar até o caos humano em redenção (João 3:16; Tiago 1:17).

Na história da fé, muitos pregadores e teólogos reforçaram a imagem de um Deus violento, responsável por destruir e recomeçar sua criação em atos de arrependimento. Porém, a mensagem central do Evangelho é contrária a essa visão: Deus não se arrepende, pois sua obra é boa (Gênesis 1:31) e eterna. O arrependimento atribuído a Ele reflete a linguagem antropomórfica dos antigos autores, e não a realidade divina. Assim, o poema busca denunciar a leitura distorcida que gera medo e violência religiosa, e afirmar, com veemência, que o Deus revelado em Jesus é constante, fiel e sem arrependimento.


BIBLIOGRAFIA

  1. Brueggemann, Walter. Theology of the Old Testament: Testimony, Dispute, Advocacy. Fortress Press, 1997.

  2. Crossan, John Dominic. Jesus: A Revolutionary Biography. HarperOne, 1995.

  3. Moltmann, Jürgen. The Crucified God. Fortress Press, 1993.

  4. Spong, John Shelby. Rescuing the Bible from Fundamentalism. HarperOne, 1991.

  5. Ricoeur, Paul. Figuring the Sacred: Religion, Narrative, and Imagination. Fortress Press, 1995.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'24<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 24
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*LINGUAGEM ÚNICA E CASTIGO DA CONFUSÃO*
--------------------------------------------------------
Deus confunde a língua de Babel. Jesus ensina unidade, comunicação e reconciliação, não confusão forçada.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Na torre se ergueu a voz da vaidade,
Um Deus descrito em ciúme e temor,
Confunde palavras, divide a cidade,
Como se o caos fosse sinal de vigor.

(estrofe 2)
Mas Cristo nos mostra outro coração,
Que une os dispersos, desfaz o rancor,
Na cruz o diálogo vence a divisão,
E em Pentecostes explode o amor.

(estrofe 3)
Jeová castiga com língua partida,
O Filho ensina a ternura sentida,
Na comunhão toda dor é vencida,
E a paz floresce na estrada seguida.

(refrão)
Jesus ensina unidade e reconciliação,
Não confusão forçada, nem divisão.
Deus é clareza, ternura e perdão,
Amor que constrói eterna união.

(estrofe 4)
As línguas que antes geraram espanto,
Em Atos se tornam sinais de louvor,
O Espírito sopra em harmonia e canto,
E o mundo conhece a voz do amor.

(estrofe 5)
Não é o barulho de guerra e disputa,
Mas sim o diálogo que gera a paz,
Jesus é a ponte que nunca se oculta,
Chamando irmãos de nações tão reais.

(estrofe 6)
A confusão não vem do eterno Senhor,
É fruto da leitura marcada pelo temor.
O Cristo revela o Deus sem rancor,
Que fala em ternura, bondade e ardor.

(refrão)
Jesus ensina unidade e reconciliação,
Não confusão forçada, nem divisão.
Deus é clareza, ternura e perdão,
Amor que constrói eterna união.

(estrofe 7)
Se Babel ergue muros de incompreensão,
O evangelho os quebra em revelação.
Não mais castigo, mas libertação,
Palavra que cura, gesto de união.

(estrofe 8)
Hoje confesso meu erro passado,
Preguei o temor em nome do errado.
Agora proclamo o Cristo exaltado,
A voz do amor que nunca é negado.

(ponte)
Lamento o zelo que feriu o irmão,
Por crer num Deus de pura opressão.
Baseado em Babel, preguei confusão,
E só depois vi que era ilusão.

(refrão)
Jesus ensina unidade e reconciliação,
Não confusão forçada, nem divisão.
Deus é clareza, ternura e perdão,
Amor que constrói eterna união.

(refrão final)
Mesmo enganado, Ele não me deixou,
Na minha cegueira, sempre me amou.
Líderes falsos, seu rosto ocultou,
Mas o Cristo fiel minha alma guiou.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

A narrativa de Babel, em Gênesis 11:1-9, apresenta um Deus que pune a humanidade pela busca de unidade, confundindo sua linguagem e espalhando-a pela terra. Esse relato, fruto da visão teológica antiga, descreve um Criador ciumento que teme a cooperação humana. No entanto, Jesus traz uma perspectiva contrária: Ele valoriza a unidade, a comunicação e a reconciliação como sinais do Reino de Deus. Em Pentecostes (Atos 2), as línguas que antes dividiam se tornam instrumento de comunhão, mostrando que o Espírito Santo reverte Babel, unindo povos distintos em um só louvor. O poema reflete essa transição: do castigo do “Jeová” dos profetas para a revelação do Pai amoroso de Cristo.

Esse contraste também é visível na prática religiosa: líderes que usaram o relato de Babel para justificar exclusões e divisões acabaram reforçando uma imagem de Deus como opressor. Mas, no evangelho, Jesus é a própria Palavra que une, trazendo reconciliação onde antes havia separação. O amor divino se expressa não em confusão, mas em clareza e acolhimento. Assim, o tema mostra que a fé cristã precisa reinterpretar o Antigo Testamento à luz de Jesus, para não confundir o Deus da vida com uma caricatura de poder humano projetada nos textos antigos.


BIBLIOGRAFIA

  1. Brueggemann, Walter. Genesis: Interpretation: A Bible Commentary for Teaching and Preaching. John Knox Press, 1982.

  2. Moltmann, Jürgen. The Spirit of Life: A Universal Affirmation. Fortress Press, 1992.

  3. Crossan, John Dominic. The Power of Parable: How Fiction by Jesus Became Fiction about Jesus. HarperOne, 2012.

  4. Spong, John Shelby. The Sins of Scripture: Exposing the Bible’s Texts of Hate to Reveal the God of Love. HarperOne, 2005.

  5. Ricoeur, Paul. Interpretation Theory: Discourse and the Surplus of Meaning. Texas Christian University Press, 1976.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'25<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 25
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*FORMAÇÃO DE CIDADES COMO PUNIÇÃO*
--------------------------------------------------------
A dispersão é apresentada como castigo. Jesus mostra que comunidade e crescimento são frutos do amor, não da punição divina.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Chamaram de praga a vida em união,
A cidade nascida da cooperação.
Mas Cristo revela com Sua visão:
O amor é raiz de toda expansão.

(estrofe 2)
Os textos antigos pintaram temor,
Crescer em conjunto seria um erro.
Mas o Evangelho mostrou outro ardor:
Comunidade é dom verdadeiro.

(estrofe 3)
Na cruz Ele ergue a nova cidadela,
Feita de paz, justiça e ternura.
Não há castigo em morar sob a vela
Do amor que cura toda amargura.

(refrão)
Jesus mostra que o povo se faz no amor,
Não no castigo de um Deus vingador.
Cidade é bênção, jardim em vigor,
Fruto do abraço do bom Criador.

(estrofe 4)
Babel levantou-se sob maldição,
Mas Cristo refaz sua fundação.
A pedra rejeitada vira chão,
Onde se ergue a eterna habitação.

(estrofe 5)
O Espírito sopra em cada nação,
Chamando os dispersos à comunhão.
A cidade santa não é punição,
É obra de fé, ternura e perdão.

(estrofe 6)
As ruas se tornam espaço de encontro,
Não mais sinal de juízo e confronto.
Com Cristo aprendemos que o amor é pronto
Para edificar sem rancor, sem ponto.

(refrão)
Jesus mostra que o povo se faz no amor,
Não no castigo de um Deus vingador.
Cidade é bênção, jardim em vigor,
Fruto do abraço do bom Criador.

(estrofe 7)
As casas se unem em lares serenos,
Os povos se tornam irmãos mais plenos.
Não há fronteiras, limites terrenos,
Só corações unidos e amenos.

(estrofe 8)
Porém confesso que já preguei guerra,
Chamando o outro de praga na terra.
Hoje percebo: foi cegueira que erra,
Jesus é paz, não ódio que emperra.

(ponte)
Senhor, lamento meu falso discurso,
Baseado em temor, sem nenhum recurso.
Preguei a violência, sem Teu curso,
Quando o Teu amor era meu percurso.

(refrão)
Jesus mostra que o povo se faz no amor,
Não no castigo de um Deus vingador.
Cidade é bênção, jardim em vigor,
Fruto do abraço do bom Criador.

(refrão final)
Mesmo enganado, jamais me deixou,
No erro profundo, sempre me amou.
Os falsos mestres Seu rosto ocultou,
Mas Cristo fiel minha vida guiou.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

A formação das cidades é apresentada no relato de Babel (Gn 11:1-9) como uma punição divina que dispersa a humanidade e a impede de cooperar. Essa visão, típica de uma teologia marcada pelo medo, entende a união humana como ameaça ao poder divino. No entanto, Jesus mostra o contrário: a verdadeira cidade é fruto do amor e da comunhão. Em Mateus 5:14, Ele chama os discípulos de "cidade edificada sobre o monte", ou seja, a comunidade de fé é apresentada como testemunho vivo de luz, não como castigo. A nova Jerusalém em Apocalipse 21 reforça a mesma lógica: uma cidade santa como realização do projeto divino de unidade e reconciliação.

Essa diferença reflete a mudança entre uma leitura do Antigo Testamento marcada pelo temor e a revelação plena em Cristo, que valoriza a vida comunitária. Onde Babel enxergou confusão, Pentecostes mostrou diálogo (At 2). Onde a tradição viu dispersão como punição, o evangelho vê encontro como bênção. Assim, a interpretação cristã deve se distanciar do “Jeová” ciumento dos antigos textos e abraçar o Deus revelado em Jesus, que não destrói comunidades, mas as constrói com base no perdão e na paz.


BIBLIOGRAFIA

  1. Brueggemann, Walter. The City in Biblical Perspective. Fortress Press, 1997.

  2. Moltmann, Jürgen. Theology of Hope. Harper & Row, 1967.

  3. Wright, N. T. Paul and the Faithfulness of God. Fortress Press, 2013.

  4. Spong, John Shelby. Re-Claiming the Bible for a Non-Religious World. HarperOne, 2011.

  5. Bauckham, Richard. The Bible and Ecology: Rediscovering the Community of Creation. Baylor University Press, 2010.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'26<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 26
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*DURA PUNIÇÃO SOBRE HOMICÍDIO*
--------------------------------------------------------
A justiça é severa e imediata. Jesus enfatiza perdão, reconciliação e transformação do coração.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
A pena caía sem compaixão,
A vida perdida, sem restauração.
Mas Cristo veio com outra visão:
Transforma o ódio em reconciliação.

(estrofe 2)
No antigo temor, só havia rigor,
Pedra e espada ditavam o valor.
Mas Jesus trouxe o reino do amor,
Onde o perdão é mais forte que a dor.

(estrofe 3)
O sangue clamava vingança severa,
Mas Cristo acende a esperança sincera.
Seu coração nunca fecha a espera,
Chama o culpado a viver nova era.

(refrão)
Jesus enfatiza o perdão verdadeiro,
Não castigo frio, nem juízo ligeiro.
Seu poder cura o ser inteiro,
Com paz que brota do amor por inteiro.

(estrofe 4)
Onde a justiça exigia morrer,
Ele ensinava o caminho de crer.
A graça refaz o que era perder,
E o homicida pode renascer.

(estrofe 5)
O reino terreno buscava punir,
Mas o do céu faz o ódio cair.
Em vez de espadas, Ele quis unir,
Em vez de morte, decidiu redimir.

(estrofe 6)
Na cruz perdoou quem Lhe tirou o ar,
Mostrou que o ódio não pode reinar.
O assassino ainda pode mudar,
O amor de Deus pode o transformar.

(refrão)
Jesus enfatiza o perdão verdadeiro,
Não castigo frio, nem juízo ligeiro.
Seu poder cura o ser inteiro,
Com paz que brota do amor por inteiro.

(estrofe 7)
Eu antes pregava terror e rancor,
Citando leis que só trazem pavor.
Agora compreendo o Mestre do amor,
Que rompeu as correntes do antigo temor.

(estrofe 8)
Não mais decreto sentença fatal,
Mas sigo a Cristo no bem sem igual.
O homicida encontra o amor celestial,
E vive a esperança do reino real.

(ponte)
Senhor, confesso minha antiga voz,
Que em Teu nome feriu tantos de nós.
Pus sobre outros um fardo atroz,
Quando Jesus só falava de paz para todos nós.

(refrão)
Jesus enfatiza o perdão verdadeiro,
Não castigo frio, nem juízo ligeiro.
Seu poder cura o ser inteiro,
Com paz que brota do amor por inteiro.

(refrão final)
Mesmo iludido, jamais me deixou,
Na minha ignorância, sempre me amou.
Líderes falsos Seu rosto ocultou,
Mas Cristo fiel minha vida guiou.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

O Antigo Testamento apresenta o homicídio como crime a ser punido com severidade e imediatismo (Êxodo 21:12; Levítico 24:17). A lógica da justiça era baseada em equivalência: vida por vida, sangue por sangue. No entanto, Jesus revela uma nova leitura. Em Mateus 5:21-22, Ele amplia o conceito, mostrando que o homicídio nasce primeiro no coração, e só pode ser transformado pela reconciliação. Ao invés de morte, Ele oferece a vida; ao invés de vingança, o perdão. A cruz é o maior exemplo: mesmo diante de seus algozes, Ele ora: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lucas 23:34).

Assim, enquanto a lei mosaica via no castigo a resposta imediata ao homicídio, Jesus mostra que a verdadeira justiça é restaurativa. Exemplos históricos, como movimentos de justiça restaurativa em sociedades modernas, também refletem essa lógica: oferecer ao culpado a chance de transformação em vez de punição terminal. Autores como Walter Brueggemann e John Dominic Crossan destacam que a leitura cristã deve migrar do "Jeová legislador punitivo" para o "Cristo reconciliador". O evangelho nos ensina a não repetir os modelos de violência, mas a enxergar em cada pessoa a possibilidade de redenção.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Brueggemann, Walter. The Prophetic Imagination. Fortress Press, 1978.

  2. Crossan, John Dominic. Jesus: A Revolutionary Biography. HarperOne, 1995.

  3. Yoder, John Howard. The Politics of Jesus. Eerdmans, 1972.

  4. Wright, N. T. Jesus and the Victory of God. Fortress Press, 1996.

  5. Hauerwas, Stanley. The Peaceable Kingdom. University of Notre Dame Press, 1983.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'27<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 27
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*DOMÍNIO SOBRE A NATUREZA COMO CASTIGO*
--------------------------------------------------------
O trabalho e a terra são amaldiçoados. O Deus de Jesus trabalha junto ao homem, criando abundância e propósito.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
A terra foi dita maldita e infiel,
O suor transformado em jugo cruel,
Mas Cristo revela que Deus não é vingança,
E sim o Autor de luz, bondade e esperança.

(estrofe 2)
O campo sofria com praga e espinho,
Colheita marcada por árduo caminho,
Jesus, porém, mostra a graça em semente,
Que cresce abundante, fiel e presente.

(estrofe 3)
No Éden a dor foi lida como sentença,
Mas no Cristo é vida, nova presença,
Ele não pune com fome e aridez,
Antes sacia com frutos de vez.

(refrão)
O trabalho e a terra não são maldição,
Com Cristo renascem em plena união,
O Deus que trabalha é Pai companheiro,
Gerando fartura em campo verdadeiro.

(estrofe 4)
O suor que escraviza já não mais me prende,
Pois a seiva da cruz a tudo transcende,
A mão que semeia recebe aliança,
E a terra responde em santa bonança.

(estrofe 5)
Não sigo o discurso de antigo temor,
Pois Cristo ensinou-me a plantar com amor,
E cada colheita, em graça nutrida,
Mostra o Pai presente em toda a vida.

(estrofe 6)
No deserto hostil, onde nada brotava,
Ele fez maná, água que jorrava,
Não castigo, mas dádiva, doce provisão,
Que rasga a noite em clara visão.

(refrão)
O trabalho e a terra não são maldição,
Com Cristo renascem em plena união,
O Deus que trabalha é Pai companheiro,
Gerando fartura em campo verdadeiro.

(estrofe 7)
Errava pensando que o fardo imposto
Era sinal de um Deus duro e desgosto,
Mas Cristo desfez tal cruel interpretação,
Revelou o Pai que é pura compaixão.

(estrofe 8)
Agora compreendo que a lida diária
É bênção sagrada, não pena contrária,
É chance de amar, de servir e viver,
Deus habita em tudo que venho colher.

(ponte)
Lamento profundo me invade a memória,
Preguei violências, distorci tua história,
Segui falsos guias que usavam a dor,
Quando eras apenas bondade e amor.

(refrão)
O trabalho e a terra não são maldição,
Com Cristo renascem em plena união,
O Deus que trabalha é Pai companheiro,
Gerando fartura em campo verdadeiro.

(refrão final)
E mesmo na sombra da minha ignorância,
Tu foste constante, fiel na abundância,
Enquanto outros gozavam do Jeová vingador,
Eu descobria em Ti, Jesus, o eterno amor.

...

EXPLICAÇÃO

O tema aborda a diferença entre o Deus interpretado como castigador na tradição mosaica — que amaldiçoa o trabalho e a terra — e o Deus revelado em Jesus, que se mostra parceiro do homem, transformando a lida em propósito e abundância. O poema denuncia a leitura punitiva que marcou séculos de fé, apontando para uma espiritualidade libertadora, em que a terra é vista como dom, não como sentença. A ponte e o refrão final enfatizam a confissão de erros, ao seguir um “Jeová de castigo”, em contraste com o Jesus que revela o Pai amoroso.

Por exemplo, Gênesis 3:17-19 apresenta o trabalho como sofrimento e peso, mas em João 6:35 Jesus se apresenta como o Pão da vida, mostrando que Deus não abandona o homem ao suor e à fome. A tradição profética muitas vezes leu seca e pragas como castigo (Ageu 1:10-11), mas Jesus revela um Deus que provê água viva (João 4:14). Como apontam estudiosos como Leonardo Boff em Ecologia: Grito da Terra, Grito dos Pobres (1995), a espiritualidade ecológica cristã rompe com a visão de maldição, destacando a cooperação com a criação. Assim, o poema ressignifica o trabalho e a natureza, mostrando que em Cristo eles se tornam lugar de aliança, não de condenação.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. BOFF, Leonardo. Ecologia: Grito da Terra, Grito dos Pobres. Vozes, 1995.

  2. MOLTMANN, Jürgen. Deus na Criação: Doutrina Ecológica da Criação. Vozes, 1993.

  3. ELLUL, Jacques. A Subversão do Cristianismo. Paulus, 1986.

  4. WHITE, Lynn. The Historical Roots of Our Ecologic Crisis. Science, 1967.

  5. CAVALCANTI, Robinson. Cristianismo e Política: Teoria Bíblica e Prática Histórica. Ultimato, 1990.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'28<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 28
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*MALDIÇÃO SOBRE ANIMAIS*
--------------------------------------------------------
Animais também sofrem punição. Jesus revela cuidado por toda a criação, sem sofrimento imposto como punição.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Disseram que feras sofreriam castigo,
Que o fardo da queda cairia consigo,
Mas Cristo mostrou, com ternura e razão,
Que o Pai sustenta até o pardal no chão.

(estrofe 2)
O gado marcado por culpa e temor,
Era visto em textos como alvo de dor,
Porém o Cordeiro que tira o pecado,
Não pesa em bichinhos um jugo pesado.

(estrofe 3)
Na lei se dizia que a fera pagava,
Por erros humanos a pena levava,
Mas Cristo exaltou toda vida criada,
Sem pena imposta, sem dor decretada.

(refrão)
Animais não sofrem a maldição,
Jesus os envolve em compaixão,
No Pai não existe castigo imposto,
Mas cuidado fiel, perfeito e disposto.

(estrofe 4)
A ave dos céus Ele sempre alimenta,
E o campo das flores o Pai ornamenta,
Não são criaturas lançadas à dor,
Mas parte da obra do mesmo Senhor.

(estrofe 5)
Vi jumentos usados em textos cruéis,
Fardos de guerras, punições tão fiéis,
Mas Cristo montou num jumentinho em paz,
Mostrando que a vida se acolhe e refaz.

(estrofe 6)
A ovelha perdida Ele veio buscar,
Nos ombros tomou-a, sem nada cobrar,
Mostrando que o amor divino é total,
E não pesa juízo em ser animal.

(refrão)
Animais não sofrem a maldição,
Jesus os envolve em compaixão,
No Pai não existe castigo imposto,
Mas cuidado fiel, perfeito e disposto.

(estrofe 7)
O leão conviverá com o cordeiro,
Na visão de Isaías, sinal verdadeiro,
É promessa de paz em toda criação,
Não pena ou castigo, mas reconciliação.

(estrofe 8)
Hoje compreendo, na fé redimida,
Que toda criatura é também protegida,
E Cristo refaz, com ternura e beleza,
A aliança de amor que sustenta a natureza.

(ponte)
Lamento as palavras que outrora preguei,
Acreditando no peso que impus e errei,
Seguindo doutrinas de fúria e temor,
Quando eras apenas ternura e amor.

(refrão)
Animais não sofrem a maldição,
Jesus os envolve em compaixão,
No Pai não existe castigo imposto,
Mas cuidado fiel, perfeito e disposto.

(refrão final)
E mesmo perdido em cegueira e dor,
Tu sempre guardaste o mundo em amor,
Enquanto exaltavam o Deus vingador,
Revelaste em Cristo teu zelo maior.

...

EXPLICAÇÃO

O tema ressalta a diferença entre a tradição antiga, que muitas vezes atribuía sofrimento e punição até mesmo aos animais em consequência do pecado humano, e a revelação de Jesus, que apresenta um Deus de cuidado universal. O poema mostra como, em textos mosaicos, a vida animal era usada como bode expiatório ou instrumento de juízo (Êxodo 21:28-29, por exemplo, prescrevia a morte de bois que causassem acidentes). Porém, Jesus revela que até os pardais são valiosos aos olhos de Deus (Mateus 10:29) e que cada criatura faz parte de uma criação boa, amada e sustentada pelo Pai.

Ilustrações disso estão também nas parábolas: o Bom Pastor que carrega a ovelha perdida (Lucas 15:4-7) demonstra que não há criatura deixada de lado, e sua entrada em Jerusalém sobre um jumentinho (Mateus 21:5) é símbolo de paz e não de opressão. Obras como as de Andrew Linzey (Animal Theology, 1994) destacam essa mudança paradigmática da fé cristã, resgatando a compaixão como central. Assim, o poema e a reflexão apontam para a reconciliação de toda a criação em Cristo, rompendo com a lógica punitiva e revelando a ternura divina.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. LINZEY, Andrew. Animal Theology. University of Illinois Press, 1994.

  2. BOFF, Leonardo. Ecologia: Grito da Terra, Grito dos Pobres. Vozes, 1995.

  3. WHITE, Ellen G. Patriarcas e Profetas. Casa Publicadora Brasileira, 1958.

  4. MOLTMANN, Jürgen. Deus na Criação: Doutrina Ecológica da Criação. Vozes, 1993.

  5. SCHWARTZ, Richard H. Judaism and Vegetarianism. Lantern Books, 2001.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'29<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 29
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*MULHER COMO SUJEITA AO MARIDO*
--------------------------------------------------------
As relações são hierarquizadas de forma punitiva. Jesus promove igualdade e dignidade entre todos.
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
.
.

(estrofe 1)
Disseram que a esposa devia calar,
Que ao mando do homem devia se entregar,
Mas Cristo mostrou no caminho vivido,
Que ambos são um, igualmente queridos.

(estrofe 2)
Na lei se pregava o poder de um só,
Sujeição imposta, um jugo sem dó,
Mas Ele ensinou, de forma serena,
Que o amor partilhado desfaz toda pena.

(estrofe 3)
Maria sentou-se aos pés do Senhor,
E Ele a acolheu com ternura e amor,
Não foi impedida de ouvir o ensino,
Mas vista discípula no mesmo destino.

(refrão)
Não é castigo, nem mando imposto,
Jesus nos chama a respeito disposto,
Mulher não é serva, mas dignidade,
No Reino de Deus há plena igualdade.

(estrofe 4)
A samaritana no poço encontrou,
Alguém que sua vida inteira escutou,
Não houve silêncio, nem voz silenciada,
Mas diálogo vivo, presença marcada.

(estrofe 5)
O adultério punia só a mulher,
O peso da lei só a ela a deter,
Mas Cristo se ergueu contra o julgamento,
E fez do perdão o novo mandamento.

(estrofe 6)
Paulo escreveu: já não há distinção,
Nem macho, nem fêmea, mas nova união,
Em Cristo se encontra justiça real,
Não há hierarquia, mas vida igual.

(refrão)
Não é castigo, nem mando imposto,
Jesus nos chama a respeito disposto,
Mulher não é serva, mas dignidade,
No Reino de Deus há plena igualdade.

(estrofe 7)
Marta servia, mas Cristo ensinou,
Que o dom de Maria também valeu,
No mesmo banquete se uniu devoção,
Mulheres e homens na mesma missão.

(estrofe 8)
Assim compreendo que a velha opressão,
Não vem do Senhor que é puro perdão,
Mas vem de discursos que impunham poder,
Negando o amor que devia florescer.

(ponte)
Lamento os sermões de dureza e opressão,
Que feriram mulheres em cada geração,
Eu mesmo preguei esse jugo sem fim,
Quando Teu Evangelho não era assim.

(refrão)
Não é castigo, nem mando imposto,
Jesus nos chama a respeito disposto,
Mulher não é serva, mas dignidade,
No Reino de Deus há plena igualdade.

(refrão final)
E mesmo perdido em cegueira e dor,
Tu sempre guardaste o meu interior,
Enquanto exaltavam um Deus opressor,
Revelaste em Cristo Teu puro amor.

...

EXPLICAÇÃO

O tema evidencia a diferença entre o patriarcalismo presente em muitas passagens veterotestamentárias, que impunham sujeição da mulher ao marido, e a mensagem de Jesus, que promoveu igualdade e dignidade. Exemplos claros estão em Maria, irmã de Marta (Lucas 10:39), que é recebida como discípula legítima; na samaritana (João 4:7-26), que participa de um diálogo teológico profundo; e na mulher adúltera (João 8:1-11), a quem Jesus liberta da lógica punitiva. Paulo, em Gálatas 3:28, reforça que em Cristo não há diferença entre homem e mulher.

Obras de teologia feminista, como as de Elisabeth Schüssler Fiorenza (In Memory of Her, 1983), mostram como a mensagem de Jesus se opõe ao patriarcalismo herdado de tradições anteriores. O poema se justifica ao mostrar que a sujeição da mulher não é expressão do Deus revelado por Jesus, mas fruto de interpretações hierárquicas e opressivas de leis antigas. Assim, a mensagem cristã autêntica rompe com a submissão forçada e valoriza a dignidade plena da mulher como imagem e semelhança de Deus.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. FIORENZA, Elisabeth Schüssler. In Memory of Her: A Feminist Theological Reconstruction of Christian Origins. Crossroad, 1983.

  2. RUETHER, Rosemary Radford. Sexism and God-Talk: Toward a Feminist Theology. Beacon Press, 1983.

  3. BOFF, Leonardo. Igreja: Carisma e Poder. Vozes, 1981.

  4. GEBARA, Ivone. Romper o Silêncio: Uma Fenomenologia Feminista do Mal. Vozes, 2000.

  5. CROATTO, José Severino. Hermenêutica Bíblica. Paulinas, 1986.

 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'30<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA xxx
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*XXXXXXXXXXX*
--------------------------------------------------------
xxxxxxxxxxxxxx
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
xxxxxxxxxxxx
musica2
xxxxxxxxxxxxxx
.
.
xxxxxxxxx
 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



'31<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA xxx
POEMAS: *"Perdão, Senhor, não És o Jeová"*
poesias e músicas de setembro de 2025
------------------------
*XXXXXXXXXXX*
--------------------------------------------------------
xxxxxxxxxxxxxx
.
POESIA E MÚSICA
.
.
*POESIA & ARGUMENTOS*
.
----------------------------------------
----------------------------
música1
xxxxxxxxxxxx
musica2
xxxxxxxxxxxxxx
.
.
xxxxxxxxx
 

-------------------------------------------------------
Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)