NOVEMBRO, POEMAS: PERDÃO, SENHOR, NÃO ÉS O JEOVÁ 2

  





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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4
ATENÇÃO
o conteúdo constante nesta página é resultado da busca  de respostas em investigações bibliográficas e científicas, sem nenhum interesse em ofender ou escandalizar quem quer que seja, e, também, um convite à reflexão aos nossos leitores.




PERDÃO, SENHOR, NÃO ÉS O JEOVÁ
eu confundia o Jeová de Moisés com o Deus de Jesus
PARTE 2... no Gênesis 12 a 50



composições durante o mês de novembro de 2025
o conteúdo original que inclui este está 





Atualmente, em novembro 2025, estamos pesquisando e escrevendo este livro



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ÍNDICE


001   DEUS QUE MANDA MENTIR

002   DEUS QUE FERE POR CIÚMES HUMANOS

003   DEUS QUE RECOMPENSA A ESPOSA VENDIDA

004   DEUS QUE SEPARA PARENTES POR INTERESSE

005   DEUS QUE INCENTIVA GUERRAS

006   DEUS QUE FAZ ALIANÇA POR SANGUE

007   DEUS QUE ACEITA A INFIDELIDADE DE ABRAÃO

008   DEUS QUE CIRCUNCIDA COMO SINAL DE ALIANÇA

009   DEUS QUE MATA CRIANÇAS INOCENTES

010   DEUS QUE FAZ LÓ COMETER INCESTO

011   DEUS QUE PEDE SACRIFÍCIO DE FILHO

012   DEUS QUE RECOMPENSA TRAPAÇAS

013   DEUS QUE USA O ENGANO COMO VONTADE DIVINA

014   DEUS QUE LUTA COMO HOMEM

015   DEUS QUE APROVA A POLIGAMIA

016   DEUS QUE VÊ O ÓDIO ENTRE IRMÃS E SE CALA

017   DEUS QUE TRANSFORMA ENGANOS EM PLANO DIVINO

018   DEUS QUE FAZ PACTOS DE VINGANÇA

019   DEUS QUE PERMITE A ESCRAVIDÃO COMO NORMALIDADE

020   DEUS QUE PUNE POR CIÚMES

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026   027   028   029   030   031   

021   DEUS QUE CONDENA POR NASCIMENTO ERRADO

022   DEUS QUE TESTA SEM NECESSIDADE

023   DEUS QUE SE ARREPENDE DOS PLANOS

024   DEUS QUE USA A FOME COMO PUNIÇÃO

025   DEUS QUE MANTÉM O PRIVILÉGIO DE "ESCOLHIDOS"

26. DEUS QUE PRECISA DE SACRIFÍCIOS HUMANOS SIMBÓLICOS
Abraão, Isaque e Jacó oferecem sacrifícios de animais. Jesus aboliu o sacrifício, oferecendo o amor como único culto aceitável (Hb 10:5–10).

27. DEUS QUE ENVIA O MAL PARA O BEM
José diz: “Vós intentastes o mal, mas Deus o tornou bem” (Gn 50:20). Jesus revelou que o Pai não coopera com o mal, Ele o vence pelo amor.

28. DEUS QUE SE REVELA EM TEMORES
Deus “aparece” em sonhos assustadores. Jesus se revela com mansidão e paz: “Não temais, sou eu” (Mt 14:27).

29. DEUS QUE EXIGE O PRIMEIRO FILHO COMO SACRIFÍCIO DE VIDA
Em Gênesis 22, essa lógica é sugerida. O Deus de Jesus dá o Filho para salvar, não para provar nada.

30. DEUS QUE ABENÇOA A RIQUEZA COMO SINAL DE FÉ
Abraão, Isaque e Jacó são abençoados com bens materiais. Jesus afirmou: “Ai de vós, ricos” (Lc 6:24), e exaltou os pobres de espírito.

31. DEUS QUE PERMITE O ENGANADOR COMO HERÓI
José engana seus irmãos (Gn 42–44) e é exaltado. O Deus de Jesus valoriza a transparência, não a astúcia.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

Nos capítulos 12 a 50 de Gênesis, Moisés descreve um Deus que muitas vezes parece agir segundo padrões humanos de honra, ciúme e poder, típicos das sociedades patriarcais e tribais de sua época. O problema surge quando esses relatos são interpretados literalmente, sem o filtro da revelação perfeita em Jesus, o qual afirmou: “Quem me vê, vê o Pai” (Jo 14:9). Assim, toda concepção de Deus que contradiga o amor, o perdão e a misericórdia revelados por Jesus deve ser revista. Deus nunca mandou matar, escravizar, mentir ou punir inocentes — essas ações refletem o entendimento limitado de homens que, sinceramente, tentaram traduzir o divino com as lentes de sua cultura.





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PREÂMBULOS ESSENCIAIS

1. A REVELAÇÃO CORRIGIDA PELO AMOR
Durante séculos, o olhar humano sobre Deus foi moldado por interpretações marcadas pela violência, pela autoridade e pelo medo. Moisés e os profetas escreveram sob o peso de culturas que confundiam poder com divindade. No entanto, em Jesus, essa visão se rompe. Ele não veio confirmar as crenças antigas, mas revelar que o verdadeiro Deus é amor puro — não o “Jeová guerreiro”, mas o “Pai das misericórdias” (2Co 1:3). Assim começa este estudo poético de novembro: a jornada para reescrever, em versos, a imagem do Deus que jamais feriu, mas sempre amou.

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2. O DEUS QUE JESUS REVELOU
Jesus é a chave que decifra os enigmas do Antigo Testamento. Tudo o que parecia crueldade divina revela, à luz de Cristo, apenas a limitação humana. Onde Moisés viu castigo, Jesus mostrou cura; onde se escreveu ira, Ele trouxe compaixão; onde se pregou exclusão, Ele abraçou o marginalizado. O Deus de Jesus não habita templos de pedra, mas corações quebrantados. Esse é o Deus a quem pedimos perdão por termos confundido com as sombras da religião e da tradição.

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3. O PROPÓSITO DO MÊS DE NOVEMBRO
Cada dia deste mês será um ato de purificação espiritual e intelectual. Em trinta e um poemas, revisitaremos as antigas narrativas do Gênesis e suas distorções sobre o Criador. Cada verso buscará reconciliar o humano com o divino — não o Deus do medo, mas o Deus da ternura. Novembro será o tempo da revelação em poesia, o tempo de depor as armas teológicas e se render ao amor que perdoa até o mais enganado dos profetas.

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4. A RELEITURA COMO ATO DE FÉ
Reinterpretar Moisés não é negar sua fé, mas completá-la. Jesus mesmo disse: “Ouvistes o que foi dito… Eu, porém, vos digo” (Mt 5:21–22). O estudo poético de novembro seguirá esse mesmo princípio. Não buscaremos destruir a Escritura, mas purificá-la do medo e da vingança, para que resplandeça nela o rosto misericordioso de Deus. Cada poema será um gesto de reconciliação entre a fé primitiva e a revelação perfeita do amor eterno.

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5. O ERRO QUE GEROU MIL ANOS DE DOR
O equívoco de confundir o Deus de Moisés com o Deus de Jesus sustentou séculos de intolerância, guerras santas e condenações morais. Da fogueira dos hereges ao ódio contra os diferentes, a religião, quando guiada pela letra e não pelo espírito, transformou o amor em arma. Os poemas de novembro nascerão como confissões — não para culpar Moisés, mas para libertar-nos das ideias que o transformaram em juiz, e não em peregrino da esperança.

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6. A VOZ QUE CHAMA PELO PERDÃO
Antes de cada verso, ergueremos o coração arrependido. Pediremos perdão ao Deus verdadeiro — aquele que se revelou no rosto compassivo de Jesus — por termos acreditado que Ele pudesse ordenar massacres, castigos eternos ou preferências injustas. Reconhecemos que a imagem distorcida de Deus produziu feridas na alma humana. O perdão, portanto, não será apenas tema, mas essência deste estudo: perdoar a teologia que deformou o amor e permitir que o Espírito de Cristo a refaça, verso a verso.

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7. O CANTO DE UM NOVO GÊNESIS
Ao fim deste percurso, não restará o Deus dos trovões, mas o Deus do abraço. Cada poema será uma nova criação — um novo Gênesis — onde o verbo “amar” substitui o verbo “punir”. Este estudo é uma oração poética para que a humanidade reencontre o Deus que Jesus chamou de Pai: o que faz o sol nascer sobre todos, o que não cobra dívidas, mas oferece graça. Que novembro seja, então, o mês da luz que refaz a fé.

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8. BIBLIOGRAFIA

  1. Richard Rohr. O Deus Que Jesus Conheceu. Vozes, 2018.

  2. John Shelby Spong. O Nascimento de Jesus: Mito e Realidade. Paulus, 2004.

  3. José Antonio Pagola. Jesus: Aproximação Histórica. Vozes, 2010.

  4. Hans Küng. Ser Cristão. Imago, 1980.

  5. John Dominic Crossan. O Jesus Histórico. Paulinas, 1994.

  6. Karen Armstrong. História de Deus. Companhia das Letras, 1993.

  7. Paul Tillich. A Coragem de Ser. Paz e Terra, 1976.

  8. Leonardo Boff. Jesus Cristo Libertador. Vozes, 1972.

  9. James Dunn. Jesus Lembrado. Paulus, 2013.

  10. João Ferreira de Almeida (org.). Evangelhos Sinópticos: O Deus do Amor Revelado. Edição Acadêmica, 2019.


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DIA 1
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE MANDA MENTIR*
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Moisés relata que Abraão mentiu dizendo que Sara era sua irmã e não esposa (Gn 12:13), e que Deus o protegeu mesmo assim. Mas Jesus ensinou que “o diabo é o pai da mentira” (Jo 8:44). Deus verdadeiro não inspira a mentira, Ele é a Verdade (Jo 14:6).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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.(estrofe 1)

Abraão, com medo, distorceu a verdade,
Chamou sua esposa de irmã por vaidade,
E Moisés escreveu: “Deus o guardou assim”,
Mas amor não protege quem mente no fim.

...

(estrofe 2)
O medo, travestido de fé e prudência,
Fez da mentira um escudo da consciência,
Mas o Deus que é luz não habita o engano,
Nem abençoa o erro travado em plano.

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(estrofe 3)
Muitos disseram: “Deus o inspirou”,
Mas Jesus mostrou que a mentira é do mal que brotou;
Na cruz, a verdade venceu o temor,
E o Pai revelou-se somente em amor.

...

(refrão)
O Deus verdadeiro não inspira mentira,
Ele é a Verdade, que o coração admira.
O Cristo é o rosto que não se finge ou fere,
É o Deus que liberta, o Amor que não fere.

...

(estrofe 4)
Na fé antiga, o medo falava mais alto,
E o homem pintava um Deus de assalto.
Mas Jesus, no perdão, mostrou a essência:
O amor é mais forte que a falsa prudência.

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(estrofe 5)
A mentira protege o fraco, mas corrompe,
Tira do justo a paz que o amor recompõe.
Abraão foi poupado, mas não imitado,
Pois o Cristo ensina: o certo é o sagrado.

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(estrofe 6)
O Deus da verdade não tem disfarce,
Não fala o engano, nem faz disfarce.
Em Cristo não há sombra, nem véu,
Só graça que ilumina o amor fiel.

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(refrão)
O Deus verdadeiro não inspira mentira,
Ele é a Verdade, que o coração admira.
O Cristo é o rosto que não se finge ou fere,
É o Deus que liberta, o Amor que não fere.

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(estrofe 7)
Por séculos, cri em Jeová de vingança,
Na voz do profeta, perdi a esperança.
Mas hoje percebo, com alma em ardor,
Que o Cristo é o Deus que revela o amor.

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(estrofe 8)
Agora entendo: foi erro ancestral,
Ver no temor a vontade real.
Deus nunca mandou mentir ou ferir,
Mas sempre amou, até redimir.

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(ponte)
Perdão, meu Senhor, por ter defendido
Um Deus que fere, e não o querido.
Falei em teu nome sem te conhecer,
Segui Moisés, e esqueci de viver.

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(refrão)
O Deus verdadeiro não inspira mentira,
Ele é a Verdade, que o coração admira.
O Cristo é o rosto que não se finge ou fere,
É o Deus que liberta, o Amor que não fere.

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(refrão final)
Agora descanso em Ti, meu Jesus,
Que és o Deus-amor, eterna luz.
Não temo castigo, nem mais confusão,
Pois és a verdade no meu coração.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

Moisés registrou que Abraão, temendo ser morto por causa da beleza de Sara, mentiu ao dizer que ela era sua irmã (Gênesis 12:13). Segundo o relato, Deus protegeu Abraão e até abençoou o faraó que o acolheu, apesar da falsidade. No entanto, o Deus revelado por Jesus jamais inspiraria o engano. Cristo afirma: “O diabo é o pai da mentira” (João 8:44) e declara de si mesmo: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6). A aparente “proteção divina” a Abraão deve ser compreendida como uma interpretação humana, nascida de um tempo em que a fé ainda se misturava ao medo e à cultura de sobrevivência. Jesus veio corrigir essa distorção — mostrando que o verdadeiro Deus não manipula nem premia o engano, mas liberta pela transparência e pelo amor.

...

A leitura teológica da narrativa de Abraão precisa ser filtrada pelo Cristo. Enquanto Moisés via a proteção como sinal de aprovação divina, Jesus mostraria que a verdade, mesmo diante da morte, é o único caminho do Reino. Pedro, por exemplo, negou Jesus três vezes — e só encontrou paz quando foi restaurado pela verdade do amor (João 21:15–17). O Deus de Jesus não “manda mentir”, mas compreende o medo humano e o transforma em fé. Como defende Richard Rohr em O Deus Que Jesus Conheceu (2018), a revelação evolui: o homem primitivo falava de Deus conforme suas limitações. Hoje, em Cristo, sabemos que o amor não disfarça — apenas ilumina.

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BIBLIOGRAFIA

  1. Richard Rohr. O Deus Que Jesus Conheceu. Vozes, 2018.

  2. John Shelby Spong. O Cristianismo para o Mundo Real. Paulus, 2003.

  3. José Antonio Pagola. Jesus: Aproximação Histórica. Vozes, 2010.

  4. Leonardo Boff. O Rosto Materno de Deus. Vozes, 1997.

  5. Karen Armstrong. Uma História de Deus. Companhia das Letras, 1993.

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Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



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DIA 2
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE FERE POR CIÚMES HUMANOS*
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Em Gênesis 12:17, Deus teria ferido a casa de Faraó porque este tomou Sara, sem saber que era casada. O Jesus que revelou o Pai não pune a ignorância, mas compreende a limitação humana (Lc 23:34).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(1ª estrofe)
Faraó tocou o véu da promessa antiga,
Sem saber do laço santo, da mulher amiga,
E o ciúme dos céus caiu como ferida,
Ferindo inocentes por culpa não sabida...

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que pune o engano de quem não vê,
Jesus, és luz que vem ensinar,
O amor que cura o que não se crê...

...

(2ª estrofe)
Moisés ouviu trovões no monte ardente,
E viu justiça em fogo reluzente,
Mas Tu vieste, ó Cristo, manso e consciente,
Curando feridas, não ferindo a gente...

...

(3ª estrofe)
Sara foi salva por Tua intervenção,
Mas não por mérito, nem por razão,
Foi o medo humano que ditou a ação,
Não a essência pura do Deus-pai em visão...

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que pune o engano de quem não vê,
Jesus, és luz que vem ensinar,
O amor que cura o que não se crê...

...

(4ª estrofe)
Na cruz pediste: “Pai, perdoa-lhes, sim”,
Pois não sabem o que fazem em seu fim,
Eis a diferença do amor sem fim,
Que entende o erro, e abraça o ruim...

...

(5ª estrofe)
Não és vingança, nem fogo que consome,
És pão, és vida, és o divino nome,
O Deus dos simples, do pobre e do homem,
Que o mal não fere, mas o bem promove...

...

(6ª estrofe)
Fui cego, Senhor, em defesa errada,
Crendo que o antigo Deus era a mesma morada,
Mas hoje Te vejo em alma lavada,
No amor que perdoa, na luz revelada...

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que pune o engano de quem não vê,
Jesus, és luz que vem ensinar,
O amor que cura o que não se crê...

...

(7ª estrofe)
Se o velho monte gritou justiça,
No Teu sermão brilhou a carícia,
O amor venceu a lei e a malícia,
E fez da dor humana uma delícia...

...

(8ª estrofe)
Hoje entendo o que antes não via,
Tua face é calma, não fere, confia,
És o Deus que chora com quem sofria,
Não o que vinga, mas o que redimia...

...

(Ponte)
Oh, quanto defendi com voz altiva,
O Deus do medo, da ordem cativa,
Perdão, Jesus, minha fé passiva,
Não via em Ti a graça viva...

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que pune o engano de quem não vê,
Jesus, és luz que vem ensinar,
O amor que cura o que não se crê...

...

(Refrão final)
Agora descanso em Teu amor,
Que é terno abrigo, paz e calor,
Deus conosco, fiel redentor,
Jesus, meu guia, meu Deus de amor.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

O tema “Deus que fere por ciúmes humanos” explora o contraste entre a visão teológica primitiva de Deus — presente em relatos como o de Gênesis 12:17 — e a revelação plena de Deus em Cristo. No Antigo Testamento, as ações divinas muitas vezes refletem uma projeção humana de justiça e poder, moldada pela mentalidade tribal e patriarcal da época. Assim, o ciúme de Deus, entendido como sentimento possessivo e punitivo, é expressão da incompreensão humana sobre o divino. Já em Jesus, encontramos o contrário: o perdão diante da ignorância (“Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem” – Lc 23:34). Jesus revela o Pai não como ciumento, mas compassivo; não como punitivo, mas redentor.

...

O poema propõe um ato de reconciliação espiritual — reconhecer que a imagem de Jeová, moldada por Moisés, estava envolta em sombras da cultura do medo e da obediência, enquanto o Cristo de Nazaré revela a plenitude do amor e da consciência divina. Tal percepção se aproxima de abordagens teológicas contemporâneas, como a teologia progressista e a interpretação simbólica das escrituras, que veem em Jesus a superação da religião da culpa pela espiritualidade do amor. O ciúme de Deus é reinterpretado como zelo pela verdade, não como punição da ignorância, e a cura substitui a ferida como metáfora central da relação entre Deus e a humanidade.


BIBLIOGRAFIA

  1. Crossan, John Dominic. O Jesus Histórico: A Vida de um Camponês Judeu do Mediterrâneo. Paulus, 1994.

  2. Küng, Hans. Ser Cristão. Imago, 1976.

  3. Spong, John Shelby. O Nascimento de Jesus: Mito ou História? Record, 2000.

  4. Tillich, Paul. A Coragem de Ser. Paz e Terra, 1974.

  5. Pagels, Elaine. O Evangelho Gnóstico de Tomé. Companhia das Letras, 2004.

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DIA 3
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE RECOMPENSA A ESPOSA VENDIDA*
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Abraão saiu do Egito enriquecido (Gn 12:16, 13:2), após mentir sobre Sara. Jesus jamais ensinou que o engano gera bênção. Ele pregou: “Bem-aventurados os limpos de coração” (Mt 5:8).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(1ª estrofe)
Abraão mentiu por medo do punhal,
Chamou de irmã a esposa leal,
E o ouro do Egito lhe veio em sinal,
De um Deus que paga o engano mortal...

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(2ª estrofe)
Sara foi tomada, mas não por querer,
O preço da dor foi o enriquecer,
E o servo voltou com gado e poder,
Enquanto ela calava sem nada dizer...

...

(3ª estrofe)
Mas o Cristo veio e mostrou o clarão,
Que a bênção não nasce da traição,
Que o céu não se compra com ilusão,
Mas vive nos puros de coração...

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que recompensa o engano e a dor,
Tu és Jesus, o Deus que dá,
Graça e verdade em Teu amor.

...

(4ª estrofe)
O ouro que veio da farsa e do medo,
Não tem valor no Reino em segredo,
Pois lá não há troca, nem falso enredo,
Só o brilho do amor, sem peso e sem credo...

...

(5ª estrofe)
Sara chorou, mas não amaldiçoou,
Seu silêncio foi fé que não se apagou,
E no ventre ferido a promessa brotou,
Da vida que Deus puro restaurou...

...

(6ª estrofe)
E Abraão, ao ver-se rico e são,
Não entendeu que a bênção em vão,
Se não for limpa a intenção,
É só poeira sem direção...

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que recompensa o engano e a dor,
Tu és Jesus, o Deus que dá,
Graça e verdade em Teu amor.

...

(7ª estrofe)
O Reino não é feito de trocas humanas,
Mas de almas simples, puras, e planas,
Que não compram céu com barganhas insanas,
Mas vivem justiça nas horas profanas...

...

(8ª estrofe)
Agora compreendo o contraste profundo,
Entre o Deus do lucro e o Rei do segundo,
Que lava os pés, desarma o mundo,
E faz da perda um amor fecundo...

...

(Ponte)
Oh, quanto defendi com teologia,
Um Deus que abençoa a hipocrisia,
Mas o Cristo é luz que rompe a heresia,
E me ensina o amor em sabedoria...

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que recompensa o engano e a dor,
Tu és Jesus, o Deus que dá,
Graça e verdade em Teu amor.

...

(Refrão Final)
Agora descanso em Teu amor,
Sem ouro, sem medo, só Teu calor,
Tu és o Deus que em mim ficou,
Jesus, presença do eterno amor.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

O tema “Deus que recompensa a esposa vendida” denuncia a distorção moral presente em algumas narrativas antigas, como a de Gênesis 12:16–13:2, onde Abraão é beneficiado após mentir sobre Sara. A cena sugere um “Deus” que abençoa o engano, o que contrasta radicalmente com o ensino de Jesus em Mateus 5:8: “Bem-aventurados os limpos de coração, porque verão a Deus.” A teologia de Jesus revela que a verdadeira bênção não é material, mas espiritual; não nasce da astúcia, mas da pureza interior. No Evangelho, o lucro obtido pela mentira é perda moral, e a riqueza que nasce da injustiça é pó diante da verdade. A figura do Cristo redefine o conceito de prosperidade: quem ama e perdoa, esse é bem-aventurado.

...

O poema denuncia a confusão entre o Deus revelado por Moisés e o Pai revelado por Jesus. A recompensa de Abraão, proveniente do engano, reflete a percepção tribal e material de uma divindade possessiva e retributiva — o “Jeová” da antiga mentalidade patriarcal. Mas Jesus revela um Deus oposto: não negocia com o erro, não paga pela mentira, não multiplica bens pelo medo. Ele multiplica o pão pela compaixão, e a graça pela entrega. Essa leitura aproxima-se da hermenêutica simbólica moderna, como defendem teólogos como John Shelby Spong e Paul Tillich, que veem na mensagem de Cristo a superação da teologia da troca e da culpa por uma espiritualidade do amor e da consciência limpa.


BIBLIOGRAFIA

  1. Spong, John Shelby. O Cristianismo para o Mundo Real. Paulus, 2002.

  2. Crossan, John Dominic. O Nascimento do Cristianismo. Paulus, 1999.

  3. Küng, Hans. Deus Existe? Imago, 1979.

  4. Tillich, Paul. Teologia Sistemática. Sinodal, 1987.

  5. Pagels, Elaine. As Origens de Satanás. Companhia das Letras, 1996.

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DIA 4
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE SEPARA PARENTES POR INTERESSE*
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Abraão e Ló se separam por disputa de pasto (Gn 13). O Deus de Jesus é o Deus da reconciliação, que deseja que os irmãos permaneçam unidos (Jo 17:21).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(1ª estrofe)
Abraão e Ló olharam o chão,
E o pasto tornou-se separação,
Um quis o verde, o outro o poente,
E a ganância rasgou o parente.

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(2ª estrofe)
O “Deus” do ganho, de possessão,
Parecia abençoar a divisão,
Mas o Cristo vem e desfaz a fronteira,
Tornando o amor a nova bandeira.

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(3ª estrofe)
A fé antiga louvava o acúmulo, o pasto,
Mas Jesus revela o dom mais vasto,
Que não mede o campo nem o espaço,
Pois o céu é de quem perdoa o embaraço.

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que divide irmãos por bens terrenos,
Tu és o Deus que vem restaurar,
Os laços eternos e fraternos.

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(4ª estrofe)
Ló escolheu o vale de aparência,
Abraão ficou com a consciência,
Mas o amor não cabe em fronteira ou ciência,
Só floresce em quem pratica a paciência.

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(5ª estrofe)
No mapa da carne há rixa e posse,
Mas no Reino do Filho tudo é doce,
Pois quem se dá, jamais empobrece,
E quem divide o pão, enriquece.

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(6ª estrofe)
A terra separa o que o céu quer unir,
Mas Jesus ora: “que sejam um, por vir”,
E na cruz o sangue veio redimir,
As famílias que o ego quis dividir.

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que divide irmãos por bens terrenos,
Tu és o Deus que vem restaurar,
Os laços eternos e fraternos.

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(7ª estrofe)
A antiga fé louvou o pastoreio,
Mas Cristo exaltou o amor alheio,
Pois quem se despoja do próprio meio,
Ganha o céu, e com ele, o recreio.

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(8ª estrofe)
Agora entendo o erro do altar,
Que sacrificava para dominar,
Mas Jesus se entrega sem reclamar,
E nos ensina o dom de abraçar.

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(Ponte)
Oh, quanto defendi, em minha ilusão,
O “Deus” que escolhia por separação,
Mas hoje descanso em outra visão:
O Pai é amor, pura união.

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que divide irmãos por bens terrenos,
Tu és o Deus que vem restaurar,
Os laços eternos e fraternos.

...

(Refrão Final)
Agora descanso em Teu amor,
Sem terras, cercas ou poder,
És o Deus que ensina o valor,
De simplesmente pertencer.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

O episódio da separação entre Abraão e Ló (Gn 13) ilustra uma teologia antiga, moldada pela cultura da posse e da rivalidade, onde a “bênção” divina parecia se manifestar através da riqueza e da expansão territorial. Contudo, à luz de Jesus, essa lógica é subvertida: o verdadeiro Deus não promove divisão, mas reconciliação. Em João 17:21, o Cristo ora: “para que todos sejam um, como Tu, Pai, o és em mim, e eu em Ti.” Aqui, a unidade é a forma suprema da santidade. A separação, que em Gênesis surge como solução pragmática, no Evangelho seria um fracasso espiritual, uma perda da comunhão que sustenta o Reino.

...

A interpretação de Jesus ressignifica toda a noção de “herança prometida”: a terra não é mais o espaço físico, mas o coração que acolhe o amor. Assim, o conflito entre Abraão e Ló é símbolo da espiritualidade que confunde bênção com prosperidade, e fé com domínio. Teólogos como Paul Tillich e Leonardo Boff explicam que a revelação em Cristo rompe a idolatria do “Deus proprietário”, abrindo caminho para o “Deus relacional”, cuja presença se manifesta onde há comunhão. A separação é, portanto, sinal de ignorância espiritual, e a reconciliação, o verdadeiro milagre.


BIBLIOGRAFIA

  1. Tillich, Paul. A Coragem de Ser. Paz e Terra, 1974.

  2. Boff, Leonardo. Jesus Cristo Libertador. Vozes, 1972.

  3. Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Vozes, 1974.

  4. Crossan, John Dominic. Quem Matou Jesus? Paulus, 1998.

  5. Spong, John Shelby. O Cristianismo para o Mundo Real. Paulus, 2002.

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DIA 5
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
------------------------
*DEUS QUE INCENTIVA GUERRAS*
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Abraão guerreia contra reis (Gn 14), e Moisés diz que Deus lhe deu vitória. Mas Jesus mandou “amar os inimigos” (Mt 5:44), não derrotá-los com espadas.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(1ª estrofe)
Abraão pegou armas, feriu e venceu,
Disse que Deus com ele guerreou,
Mas o Cristo veio e me reteu,
Com o amor que a espada desarmou.

...

(2ª estrofe)
No vale de sangue, reis tombaram,
E os céus pareciam aprovar,
Mas na cruz os anjos choraram,
Pois o Pai não veio pra matar.

...

(3ª estrofe)
Na antiga fé, o herói era o forte,
Mas Jesus mostrou outro norte,
Quem perdoa, vence a própria morte,
E vence o mal, tornando-se suporte.

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que abençoa a lança e o ferro frio,
Tu és o Deus que ensina a amar,
Mesmo o inimigo, no desvario.

...

(4ª estrofe)
Antes, a glória vinha do escudo,
Hoje, do abraço e da mansidão,
Quem destrói o outro fere o mundo,
Quem ama, cura a criação.

...

(5ª estrofe)
Abraão voltou com despojos e fama,
Mas Jesus desceu sem espada ou cama,
Na cruz venceu com dor e chama,
Revelando o Reino que desarma.

...

(6ª estrofe)
Os reis lutaram por poder e fronteira,
Mas o Cristo é paz verdadeira,
E quem O segue não faz bandeira,
Mas planta flores na trincheira.

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que abençoa a lança e o ferro frio,
Tu és o Deus que ensina a amar,
Mesmo o inimigo, no desvario.

...

(7ª estrofe)
Em meu zelo antigo, também guerreava,
Pregando que o mal se eliminava,
Mas Jesus, com ternura, ensinava,
Que o amor é quem realmente lutava.

...

(8ª estrofe)
Hoje sei que o Reino é compaixão,
Que o poder é fraqueza em comunhão,
E a vitória é da reconciliação,
Não da espada em ação.

...

(Ponte)
Oh, quanto errei, Senhor de amor,
Pensando que a guerra Te dava louvor,
Mas Tua voz nunca pediu terror,
E sim o perdão que vence o rancor.

(Refrão)
Perdão, Senhor, não és o Jeová,
Que abençoa a lança e o ferro frio,
Tu és o Deus que ensina a amar,
Mesmo o inimigo, no desvario.

...

(Refrão Final)
Agora descanso em Tua paz,
Sem armas, sem glórias, sem juízo,
És o Deus que o ódio desfaz,
E transforma a dor em paraíso.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

O episódio da guerra de Abraão (Gn 14) reflete um estágio teológico primitivo, onde o “Deus da aliança” é confundido com o “Deus da conquista”. Moisés narra vitórias e destruições como se fossem manifestações da vontade divina — uma leitura comum em civilizações antigas, onde a divindade era associada ao poder militar. Contudo, a revelação em Jesus inverte completamente essa lógica: o verdadeiro Deus não vence pela espada, mas pela entrega. “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mt 5:44) é a sentença que desmonta a teologia da guerra e introduz a espiritualidade do perdão.

...

Enquanto o “Jeová das vitórias” representava a fé dos povos nômades que precisavam afirmar sua sobrevivência, o “Deus de Jesus” representa a maturidade da fé, que não mais busca segurança em território, exércitos ou vitórias políticas. Jürgen Moltmann chama isso de “revolução teológica da cruz”: Deus não se revela na força, mas na vulnerabilidade. Essa revelação liberta a fé das ideologias de conquista, revelando que o verdadeiro poder divino é o amor que desarma o coração humano — inclusive o do inimigo.


BIBLIOGRAFIA

  1. Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Vozes, 1974.

  2. Crossan, John Dominic. Jesus: Uma Biografia Revolucionária. Companhia das Letras, 1994.

  3. Boff, Leonardo. A Força da Ternura. Vozes, 1999.

  4. Girard, René. A Violência e o Sagrado. Paz e Terra, 1990.

  5. Pagola, José Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Paulus, 2008.

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DIA 6
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
------------------------
*DEUS QUE FAZ ALIANÇA POR SANGUE*
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...E ANIMAIS MORTOS... Em Gênesis 15, a aliança é selada com animais partidos. O Jesus divino selou a nova aliança com seu próprio sangue por amor, não por rituais bárbaros (Mt 26:28).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(estrofe 1)
No campo escuro, Abraão se prostra em dor,
Animais partidos selam seu temor.
Um fogo passa entre pedaços no chão,
Um pacto selado com morte e aflição...

...

(estrofe 2)
Tão longe está o brilho da cruz,
Onde o sangue é amor que conduz.
Não há mais bodes, nem altar carnal,
Mas o dom do Cristo celestial.

...

(estrofe 3)
Abraão sonhou, sentiu tremor,
Pensou que o sangue era sinal de amor.
Mas o Deus de Jesus, manso e fiel,
Mostrou que o amor é o novo troféu.

...

(refrão)
Não é o sangue de bois ou cordeiros,
Mas o dom do Amado, o mais verdadeiro.
O pacto divino é vida que inflama,
É Deus que se doa, é Deus que ama.

...

(estrofe 4)
Moisés leu o rito, e o povo chorou,
O medo os guiou, o terror dominou.
Mas veio Jesus, o Verbo em flor,
E transformou o temor em amor.

...

(estrofe 5)
O templo caiu, cessou o altar,
O Cordeiro vivo veio habitar.
O sangue agora é compaixão,
É o pulsar de um novo coração.

...

(estrofe 6)
A morte findou, o véu se rasgou,
O velho pacto, enfim, expirou.
No cálice santo, há vida e perdão,
E o céu toca a terra em comunhão.

...

(refrão)
Não é o sangue de bois ou cordeiros,
Mas o dom do Amado, o mais verdadeiro.
O pacto divino é vida que inflama,
É Deus que se doa, é Deus que ama.

...

(estrofe 7)
Quantas vezes, Senhor, eu também criei
Que eras o Deus que a Moisés falei.
Defendi o medo, neguei teu ardor,
E confundi justiça com dor.

...

(estrofe 8)
Agora entendo, com alma em pranto,
Que o sangue de amor é o mais santo.
Não nasce do ódio, nem do altar,
Mas do Deus que vem nos abraçar.

...

(ponte)
Perdão, meu Deus, por te confundir,
Por tanto engano em te refletir.
Achei que fosses vingança e dor,
Mas és ternura, pureza e amor.

...

(refrão)
Não é o sangue de bois ou cordeiros,
Mas o dom do Amado, o mais verdadeiro.
O pacto divino é vida que inflama,
É Deus que se doa, é Deus que ama.

...

(refrão final)
Agora descanso em teu peito, Jesus,
Teu sangue é vida, teu amor é luz.
Não mais o altar de horror e morte,
Mas o Deus conosco, eterna sorte.

...

(2) EXPLICAÇÃO DO TEMA

O pacto de sangue entre Deus e Abraão, descrito em Gênesis 15, reflete um tempo em que a compreensão humana de Deus era moldada por códigos tribais e rituais violentos. Moisés interpretou a presença divina conforme as práticas de sua época, em que alianças eram firmadas por meio de sacrifícios sangrentos. Contudo, em Jesus, essa compreensão é radicalmente transformada: o sangue deixa de ser símbolo de medo e torna-se sinal de amor supremo. Cristo revela que o verdadeiro pacto não se estabelece pela morte de animais, mas pela entrega voluntária do próprio Deus à humanidade. Sua morte na cruz não é exigência de ira, mas expressão de comunhão e misericórdia (cf. Mateus 26:28; Hebreus 9:11-15).

Assim, o contraste entre Gênesis e o Evangelho não é uma contradição do divino, mas uma evolução da consciência humana sobre o caráter de Deus. O rito bárbaro de animais partidos cede lugar à revelação perfeita do amor incondicional. Como ensina René Girard, a cruz de Cristo expõe o absurdo da violência sacralizada, revelando que Deus nunca desejou o sangue, mas sempre buscou o coração. O novo pacto não é selado por medo, mas por afeto — não exige morte, mas oferece vida.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Girard, René. A Violência e o Sagrado. Paz e Terra, 1990.

  2. Küng, Hans. Ser Cristão. Vozes, 1976.

  3. Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Vozes, 1974.

  4. Crossan, John Dominic. Quem Matou Jesus? Paulinas, 1996.

  5. Pagola, José Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Paulus, 2007.

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DIA 7
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE ACEITA A INFIDELIDADE DE ABRAÃO*
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Abraão tem um filho com Hagar por decisão de Sara (Gn 16). Jesus, que revelou o Pai, afirmou: “O que Deus uniu, não separe o homem” (Mt 19:6).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(estrofe 1)
Sara cansou de esperar a promessa,
E Hagar entrou, sem que o amor cessasse.
Abraão cedeu à voz humana,
E nasceu Ismael, fruto da dor insana.

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(estrofe 2)
Na tenda antiga, o pranto ecoou,
A paz do lar se desfez, faltou amor.
Um Deus descrito como aprovador,
Mas o Deus de Jesus jamais seria o autor.

...

(estrofe 3)
Pois Cristo veio e fez renascer
A pureza do amor e o dom de viver.
O que Deus une é laço sagrado,
Não há espaço ao coração dividido e cansado.

...

(refrão)
Não é o Senhor que aceita a traição,
Nem abençoa a dor da separação.
O Deus de Jesus é fiel ao amar,
Une dois corações pra eternamente cuidar.

...

(estrofe 4)
Abraão seguiu o caminho do engano,
Fez do desejo humano o seu plano.
E Moisés, ao contar, disse ser divino,
Mas o amor jamais fere o destino.

...

(estrofe 5)
Hagar chorou, perdida no deserto,
Com Ismael nos braços, sem afeto.
Mas Deus ouviu seu clamor materno,
Pois o amor verdadeiro é sempre eterno.

...

(estrofe 6)
Jesus olhou a mulher caída,
Não a condenou, deu-lhe nova vida.
Mostrou que o amor é comunhão,
Não contrato de carne, mas do coração.

...

(refrão)
Não é o Senhor que aceita a traição,
Nem abençoa a dor da separação.
O Deus de Jesus é fiel ao amar,
Une dois corações pra eternamente cuidar.

...

(estrofe 7)
Quantas vezes defendi a antiga voz,
Crendo que falavas por meio de nós.
Mas hoje sei, Senhor da cruz,
Que o verdadeiro amor é Tua luz.

...

(estrofe 8)
Perdão, meu Deus, por confundir Tua lei,
Por crer que a infidelidade eu também aceitei.
Agora vejo: só há fidelidade
No amor que vem da eternidade.

...

(ponte)
Errei ao pensar que teu querer
Incluía ferir pra alguém crescer.
Mas o amor não se impõe, se entrega e refaz,
E em Ti, Jesus, encontro a paz.

...

(refrão)
Não é o Senhor que aceita a traição,
Nem abençoa a dor da separação.
O Deus de Jesus é fiel ao amar,
Une dois corações pra eternamente cuidar.

...

(refrão final)
Agora descanso em Teu amor profundo,
Deus que cura o pecado do mundo.
Não mais o engano, nem o sofrer,
Mas o Cristo que ensina a renascer.

...

(2) EXPLICAÇÃO DO TEMA

O episódio de Gênesis 16 reflete uma compreensão primitiva de Deus, marcada pela cultura patriarcal em que a mulher tinha papel secundário e a esterilidade era vista como maldição. Moisés, ao narrar que Deus aceitou o filho de Abraão com Hagar, interpretou o evento segundo a mentalidade de seu tempo — onde a promessa divina podia ser “ajustada” pela ação humana. Jesus, porém, revelou a plenitude da vontade divina ao afirmar que “o que Deus uniu, não separe o homem” (Mateus 19:6). Nele, o amor não é manipulado por circunstâncias, mas elevado à fidelidade espiritual. O Cristo divino não apenas restaurou a dignidade das mulheres — como a samaritana e a adúltera — mas também revelou que o verdadeiro Deus jamais se associa à infidelidade, pois sua natureza é fidelidade eterna.

Teologicamente, a diferença entre o Deus de Abraão (como narrado) e o Pai revelado por Jesus é o contraste entre o pacto baseado na lei e o amor que cumpre a lei (Romanos 13:10). A fé amadurecida compreende que o amor não se corrompe pela pressa humana, e que o cumprimento da promessa divina não depende de atalhos carnais. O ensinamento de Jesus é a restauração da verdade original: Deus não sanciona a infidelidade; Ele a redime pela graça. Como comenta Jürgen Moltmann, “a fidelidade de Deus é criadora, não retributiva; ela gera vida onde há falha, não legitima o erro”.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Vozes, 1974.

  2. Pagola, José Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Paulus, 2007.

  3. Crossan, John Dominic. O Nascimento do Cristianismo. Paulinas, 1998.

  4. Küng, Hans. Ser Cristão. Vozes, 1976.

  5. Rohr, Richard. Tudo Pertence: O Caminho do Cristo Universal. Vozes, 2019.

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DIA 8
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE CIRCUNCIDA COMO SINAL DE ALIANÇA*
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Em Gênesis 17, Deus exige mutilação física. Jesus mostrou que o verdadeiro sinal é o amor (Jo 13:35), não marcas no corpo.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(estrofe 1)
No deserto, uma ordem cortante,
A carne marcada como pacto distante.
Abraão obedece com temor,
Mas a fé verdadeira exige mais amor.

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(estrofe 2)
Moisés relata o mandamento antigo,
Sinal de sangue, pacto antigo.
Mas Jesus mostrou luz e clareza,
O amor é a única marca de certeza.

...

(estrofe 3)
O corpo sofre, a alma questiona,
Marcas externas não são a honra.
O amor se revela em atos e coração,
Não em ritual que causa aflição.

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(refrão)
Não é no corte que a aliança está,
Mas no amor que ensina a caminhar.
O Deus de Jesus não exige dor,
Apenas entrega, compaixão e favor.

...

(estrofe 4)
Abraão e filhos seguem a lei,
Mutilação externa, temor sem fé.
Mas Cristo ensina a aliança verdadeira,
No cuidado do outro, a marca inteira.

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(estrofe 5)
O pacto antigo mostrava obediência,
Mas sem amor, era violência.
Jesus une sem ferir ninguém,
Sinal eterno é amar o irmão também.

...

(estrofe 6)
O mundo viu sangue e dor,
Mas Deus não se revela em terror.
O sinal de amor é permanente,
No coração, livre e transparente.

...

(refrão)
Não é no corte que a aliança está,
Mas no amor que ensina a caminhar.
O Deus de Jesus não exige dor,
Apenas entrega, compaixão e favor.

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(estrofe 7)
Perdão, Senhor, por crer que a carne
Era meio de Tua graça e de Teu alcance.
Aprendi que a fé se revela em vida,
Em gestos e amor, alma ungida.

...

(estrofe 8)
Hoje vejo a luz do pacto divino,
Sem corte, sem sangue, mas destino.
A aliança é com coração e mente,
Amor que une e transforma a gente.

...

(ponte)
Errei ao supor que sinais externos
Trariam Tua presença, Deus eterno.
Agora entendo que o verdadeiro sinal
É amar sem medida, é viver o ideal.

...

(refrão)
Não é no corte que a aliança está,
Mas no amor que ensina a caminhar.
O Deus de Jesus não exige dor,
Apenas entrega, compaixão e favor.

...

(refrão final)
Agora descanso em Teu amor profundo,
Deus que ilumina o coração do mundo.
Não mais marcas, nem ritual a temer,
Mas a vida em Cristo, a aprender a viver.

...

(2) EXPLICAÇÃO DO TEMA

O episódio de Gênesis 17 mostra a circuncisão como sinal de aliança entre Deus e Abraão. Historicamente, essa prática indicava obediência e pertença a um povo específico. No entanto, a exigência de mutilação física como prova de fé contrasta com o ensinamento de Jesus, que apresentou o amor como verdadeiro sinal da aliança divina (João 13:35). O Cristo não instituiu marcas corporais, mas evidenciou que o coração e as ações humanas revelam a relação com Deus. A circuncisão externa não garante fidelidade, enquanto o amor demonstrado no cuidado com o próximo é a expressão tangível da aliança eterna.

Teologicamente, este contraste demonstra a diferença entre um Deus interpretado por Moisés, que se comunica via lei e rituais, e o Deus revelado em Jesus, cuja essência é amor e compaixão. Exemplos contemporâneos de fé demonstrada em atos de serviço, perdão e solidariedade ilustram essa aliança viva, mostrando que o pacto com Deus não requer dor física, mas transformação moral e espiritual. Como aponta Walter Brueggemann, a prática ritual sem amor é incompleta; o verdadeiro sinal da aliança é o compromisso de viver a justiça e a bondade divina.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Brueggemann, Walter. Teologia do Antigo Testamento. Vozes, 1996.

  2. Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Vozes, 1974.

  3. Pagola, José Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Paulus, 2007.

  4. Crossan, John Dominic. O Nascimento do Cristianismo. Paulinas, 1998.

  5. Rohr, Richard. Tudo Pertence: O Caminho do Cristo Universal. Vozes, 2019.

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DIA 9
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE MATA CRIANÇAS INOCENTES*
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Em Gênesis 19, a destruição de Sodoma inclui crianças. O Jesus que abraçou os pequenos (Mc 10:14) jamais permitiria tal atrocidade.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(estrofe 1)
As chamas caíram sobre Sodoma em dor,
Lamentos de inocentes subiram ao Senhor.
Moisés narra fogo vindo dos céus,
Mas o Deus de Jesus não pune os fiéis.

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(estrofe 2)
Entre os gritos, crianças caladas,
Sonhos queimados, vidas frustradas.
A justiça divina não destrói semente,
Ela acolhe o puro, o frágil, o inocente.

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(estrofe 3)
Na antiga leitura, temor e poder,
Um Deus que castiga pra fazer entender.
Mas Cristo ensinou, com abraço e compaixão,
Que Deus é amor, e não destruição.

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(refrão)
O Jesus que abraçou os pequenos não mata,
Seu amor é luz que o mundo resgata.
O fogo da ira não vem do Senhor,
Deus é ternura, perdão e amor.

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(estrofe 4)
A voz antiga gritava vingança,
Mas a cruz trouxe nova esperança.
O mesmo céu que antes queimava,
Hoje perdoa, acolhe e ampara.

...

(estrofe 5)
Os olhos de Cristo viram a criança,
Não como fardo, mas como herança.
Em seu colo, o Reino é revelado,
Sem morte, sem medo, sem pecado.

...

(estrofe 6)
O erro humano foi ler o trovão,
Como se fosse a voz da punição.
Mas a verdadeira voz do Criador
É o silêncio da graça, é o verbo do amor.

...

(refrão)
O Jesus que abraçou os pequenos não mata,
Seu amor é luz que o mundo resgata.
O fogo da ira não vem do Senhor,
Deus é ternura, perdão e amor.

...

(estrofe 7)
Perdão, Senhor, por crer que a Tua mão
Mandava o fogo da condenação.
Hoje entendo, em Cristo, a revelação,
De que és amor, e não destruição.

...

(estrofe 8)
Queimava Sodoma, mas também meu pensar,
Quando cri no Deus que faz chorar.
Agora em Ti, Jesus, encontrei o abrigo,
O Pai que ama, e não é inimigo.

...

(ponte)
Defendi outrora a fé que fere,
O zelo cego que nada confere.
Hoje renasço em nova razão,
Deus é amor, não maldição.

...

(refrão)
O Jesus que abraçou os pequenos não mata,
Seu amor é luz que o mundo resgata.
O fogo da ira não vem do Senhor,
Deus é ternura, perdão e amor.

...

(refrão final)
Agora descanso em Teu amor profundo,
Deus que renova o coração do mundo.
Não há mais medo, nem fogo, nem dor,
Só a paz eterna do Teu amor.

...

(2) EXPLICAÇÃO DO TEMA

O relato da destruição de Sodoma e Gomorra em Gênesis 19 apresenta um Deus que, supostamente, aniquila cidades inteiras, incluindo inocentes, mulheres e crianças. Essa imagem reflete uma percepção primitiva e antropocêntrica da divindade — um Deus moldado pelo medo e pela cultura bélica da época. Porém, em contraste absoluto, Jesus revela o verdadeiro caráter do Pai: “Deixai vir a mim os pequeninos” (Marcos 10:14). Cristo jamais justificaria o sofrimento dos inocentes como expressão de justiça divina. Ele nos convida a compreender que o amor é o filtro da revelação — tudo o que não for coerente com o amor não provém de Deus.

Assim, a leitura cristocêntrica das Escrituras propõe uma reinterpretação espiritual das narrativas do Antigo Testamento. Como afirmou Jürgen Moltmann, “em Cristo, Deus não destrói o mundo — Ele o sofre”. O Evangelho revela o Deus que salva pela empatia, não pela violência. A morte das crianças em Sodoma é incompatível com o Deus revelado em Jesus, que perdoa os que erram por ignorância (Lc 23:34). Logo, a verdadeira justiça divina não é retributiva, mas restauradora: não aniquila, mas transforma; não queima, mas cura.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Vozes, 1974.

  2. Crossan, John Dominic. Jesus: Uma Biografia Revolucionária. Paulinas, 1995.

  3. Rohr, Richard. O Universal Cristo. Vozes, 2019.

  4. Pagola, José Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Paulus, 2007.

  5. Brueggemann, Walter. Teologia do Antigo Testamento. Vozes, 1996.

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Pr. Jônatas David Brandão Mota... pastorado4
teologia, direito, psicologia, jornalismo (serviço social)



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DIA 10
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE FAZ LÓ COMETER INCESTO*
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Após a destruição, as filhas de Ló embebedam o pai (Gn 19:30-38), e Moisés não condena o ato. Jesus revelou que o Pai é santo e não compactua com o mal.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(estrofe 1)
Após a cidade cair em cinzas e dor,
Ló se escondeu, o mundo perdeu o amor.
As filhas, sem norte, urdiram engano,
E Moisés registrou como destino humano.

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(estrofe 2)
O silêncio divino parecia aprovar,
O que é abominável, mas não punir, deixar.
Mas Jesus, santo, jamais coaduna o mal,
Ele guia a alma à vida sem igual.

...

(estrofe 3)
Vidas destruídas e escolhas tortas,
Narrativas frias, sem compaixão ou portas.
O Deus que Cristo revelou é santo e limpo,
Não induz pecado, não deixa o fraco extinto.

...

(refrão)
Perdão Senhor, não és o Jeová da história,
Tua santidade é luz, não violência e glória.
Não há incentivo ao mal, nem pecado escondido,
Só perdão eterno, amor infinito e decidido.

...

(estrofe 4)
Entre histórias duras de antigas tradições,
Vejo erros humanos e falsas interpretações.
O Pai de Jesus ensina a ética e o cuidado,
Nunca induz atos que corrompem o amado.

...

(estrofe 5)
A mentira, a perversidade, o ato desviado,
Não emergem de Ti, Pai revelado.
O Mestre da Galileia mostra a luz do bem,
Cada ser humano, em Ti, é refém do bem.

...

(estrofe 6)
Histórias antigas confundem e amedrontam,
Mas o Cristo verdadeiro em amor nos confronta.
A santidade não suborna, não manipula ou fere,
Ele salva, ensina e todo mal interfere.

...

(refrão)
Perdão Senhor, não és o Jeová da história,
Tua santidade é luz, não violência e glória.
Não há incentivo ao mal, nem pecado escondido,
Só perdão eterno, amor infinito e decidido.

...

(estrofe 7)
Vejo minhas crenças antigas se desfazer,
O Deus da ira não é o que devo temer.
Em Cristo encontro justiça e compaixão,
A verdadeira fé nasce da redenção.

...

(estrofe 8)
Hoje descanso, Pai, em Tua verdade pura,
Não há engano, não há mal, só cura.
O amor de Jesus sobrepõe toda ilusão,
É Ele meu guia, minha paz, minha salvação.

...

(ponte)
Perdoa Senhor, minha mente enganada,
Que confundi violência com Tua jornada.
O Deus revelado em Jesus é luz e calor,
Não manipula, não induz ao horror.

...

(refrão)
Perdão Senhor, não és o Jeová da história,
Tua santidade é luz, não violência e glória.
Não há incentivo ao mal, nem pecado escondido,
Só perdão eterno, amor infinito e decidido.

...

(refrão final)
Agora descanso em Ti, Pai santo e fiel,
Em Jesus encontro abrigo, amor e céu.
Não há horror, nem engano, nem dor,
Só a eternidade do Teu puro amor.

...

(2) EXPLICAÇÃO DO TEMA

O tema do poema evidencia a diferença entre o Deus descrito por Moisés em Gênesis 19:30-38, que relata o ato imoral das filhas de Ló sem qualquer condenação explícita, e o Deus revelado por Jesus, que é santo, justo e completamente contra o pecado. Historicamente, a narrativa de Ló tem sido usada para explicar situações humanas complexas, mas não reflete a natureza de um Deus que ama, protege e guia. Jesus, ao abraçar crianças, perdoar pecadores e denunciar o mal, mostra que Deus não compactua com ações corruptas ou perversas (Mc 10:14, Mt 5:48).

Ao estudar esse episódio, percebemos que a tradição judaica antiga pode registrar comportamentos humanos sem endossá-los, mas a teologia cristã centrada em Jesus apresenta Deus como um ser que não induz nem permite o pecado. Autores como Richard Bauckham em Jesus and the God of Israel (2008) enfatizam que a revelação do Pai em Cristo redefine a compreensão de justiça, santidade e amor divino, distanciando-se de qualquer narrativa que pareça aprovar ações imorais.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Bauckham, Richard. Jesus and the God of Israel. Eerdmans, 2008.

  2. Brueggemann, Walter. Teologia do Antigo Testamento. Vozes, 1996.

  3. Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Vozes, 1974.

  4. Pagola, José Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Paulus, 2007.

  5. Crossan, John Dominic. Jesus: Uma Biografia Revolucionária. Paulinas, 1995.

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DIA 11
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE PEDE SACRIFÍCIO DE FILHO*
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Em Gênesis 22, Deus “prova” Abraão pedindo Isaac. O Deus revelado em Jesus nunca exigiria tal horror. Ele se ofereceu a si mesmo por amor, sem exigir sofrimento alheio (Jo 3:16).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(estrofe 1)
Abraão sobe o monte, coração apertado,
Isaac ao lado, destino incerto e pesado.
Moisés diz que Deus ordenou o teste,
Mas tal horror jamais seria do Mestre celeste.

...

(estrofe 2)
O pai ergue a faca, a fé em suspenso,
A história antiga, em medo intenso.
O Deus de Jesus não exige dor alheia,
Seu amor é livre, não impõe cadeia.

...

(estrofe 3)
No coração humano, dúvidas e temor,
Confundem-nos as palavras, despertam dor.
Mas Cristo mostra que a entrega é pessoal,
Não há sacrifício imposto, só amor sem igual.

...

(refrão)
Perdão Senhor, não és o Jeová do medo,
Teu amor não exige sangue ou segredo.
Não se prova com filho, nem com aflição,
Tua graça é pura, e nos dá salvação.

...

(estrofe 4)
A narrativa antiga confronta nossa mente,
Mas Deus em Cristo é luz permanente.
Não há horror, nem provas cruéis,
A vida é sagrada sob Seus papéis.

...

(estrofe 5)
A fé não se mede em sofrimento imposto,
Mas na entrega do coração disposto.
O Filho do Homem deu-se por todos nós,
Sem exigir dor, sem ferir a voz.

...

(estrofe 6)
Assim, abandonamos antigos enganos,
O medo do Deus de ira, de castigos humanos.
Jesus revela o Pai em compaixão,
A salvação é graça, não imposição.

...

(refrão)
Perdão Senhor, não és o Jeová do medo,
Teu amor não exige sangue ou segredo.
Não se prova com filho, nem com aflição,
Tua graça é pura, e nos dá salvação.

...

(estrofe 7)
Aprendo agora que fé não machuca nem mata,
Que o verdadeiro Deus não humilha, nem arrebata.
A obediência se faz no amor e na razão,
E não em sacrifício de inocente coração.

...

(estrofe 8)
Hoje descanso, Pai, em Tua misericórdia infinita,
Em Jesus, a entrega é perfeita e bonita.
Não há terror, nem teste cruel imposto,
Só vida e amor, o maior de todos os postos.

...

(ponte)
Perdoa-me Senhor, por tantos enganos e dor,
Que confundi o terror com Teu puro amor.
O Deus revelado em Jesus é justo e fiel,
Nunca exige horror, nem aflição cruel.

...

(refrão final)
Agora descanso em Ti, Pai de luz e calor,
Em Jesus encontro abrigo, amor e valor.
Não há horror, nem medo, nem dor,
Só a eternidade do Teu infinito amor.

...

(2) EXPLICAÇÃO DO TEMA

O episódio de Gênesis 22, no qual Abraão é testado com o sacrifício de Isaac, tem sido tradicionalmente interpretado como prova de fé. Entretanto, a revelação de Deus em Jesus apresenta um contraste absoluto: Deus não exige sofrimento ou morte de inocentes. Jesus ofereceu-se voluntariamente, sem forçar qualquer sofrimento humano, demonstrando que a santidade de Deus é compatível com compaixão, misericórdia e amor verdadeiro (Jo 3:16). Este episódio destaca como interpretações literais podem induzir temor e concepções equivocadas sobre a natureza divina.

A análise histórica e teológica demonstra que o Deus revelado em Cristo é distinto daquele descrito em algumas narrativas do Antigo Testamento. Autores como Walter Brueggemann em Theology of the Old Testament (1996) e Richard Bauckham em Jesus and the God of Israel (2008) enfatizam que o amor de Deus se manifesta sem violência ou coerção, redefinindo os conceitos de prova, aliança e fé. O sacrifício de Cristo é simbólico do amor voluntário, não de imposição ou punição sobre inocentes.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Bauckham, Richard. Jesus and the God of Israel. Eerdmans, 2008.

  2. Brueggemann, Walter. Teologia do Antigo Testamento. Vozes, 1996.

  3. Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Vozes, 1974.

  4. Pagola, José Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Paulus, 2007.

  5. Crossan, John Dominic. Jesus: Uma Biografia Revolucionária. Paulinas, 1995.

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'12<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 12
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE RECOMPENSA TRAPAÇAS*
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Jacó engana o pai e o irmão (Gn 27), e ainda é abençoado. O Deus de Jesus nunca recompensa a mentira (Mt 5:37).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(estrofe 1)
Jacó veste pele de irmão, engano bem traçado,
Rouba bênção e amor, destino manipulado.
Moisés relata, como se fosse aprovação,
Mas Cristo ensina: a verdade é nossa direção.

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(estrofe 2)
Rebeca tramou, Isaac enganado,
O Deus de Jesus não é juiz encobrado.
A mentira não floresce em Seu coração,
Só a sinceridade guia a nossa missão.

...

(estrofe 3)
A história antiga confunde o olhar,
Mostra que truques podem triunfar.
Mas o Senhor que veio revelar o Pai,
Não abençoa engano, só amor que não trai.

...

(refrão)
Perdão Senhor, não és o Jeová que premia o erro,
Tua graça não encobre engano ou desterro.
A verdade é sagrada, a mentira não é teu guia,
Em Ti encontramos a luz do dia.

...

(estrofe 4)
A bênção de Jacó não legitima o ato,
O Mestre que revela o Pai ama com contrato.
Não é prêmio para astúcia ou fraude,
Mas para corações que não desviam da verdade.

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(estrofe 5)
O engano quebra confiança e afasta a alma,
Mesmo que narrativas o pintem como calma.
Cristo nos chama a honestidade e clareza,
Não a trapaça, mas à fé e à certeza.

...

(estrofe 6)
Assim compreendo os erros do passado,
A crença de Jeová induzindo o pecado.
Jesus nos mostra a retidão e a luz,
O engano não floresce, só o amor conduz.

...

(refrão)
Perdão Senhor, não és o Jeová que premia o erro,
Tua graça não encobre engano ou desterro.
A verdade é sagrada, a mentira não é teu guia,
Em Ti encontramos a luz do dia.

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(estrofe 7)
Aprendo que bênçãos não vêm de fraude ou ilusão,
Mas de entrega sincera do coração.
O Deus que Cristo revela é justo e fiel,
Não promove trapaça, não dá prazer ao cruel.

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(estrofe 8)
Agora descanso, Pai, em Jesus que é amor,
Que nos guia pela vida com ternura e calor.
Não há truques, nem enganos em Tua mão,
Só a promessa viva, fonte de salvação.

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(ponte)
Perdoa-me Senhor, por acreditar em narrativas tortas,
Que glorificavam trapaças, fraudes e portas.
O Deus de Cristo não celebra astúcia ou medo,
Mas a verdade sincera, conduzindo ao teu enredo.

...

(refrão final)
Em Jesus descanso, Pai, meu abrigo e meu farol,
Em amor contínuo, Ele acalma todo o meu sol.
Não há engano que Tu aceites ou favoreças,
Só verdade e compaixão, nossas certezas.

...

(2) EXPLICAÇÃO DO TEMA

O episódio de Jacó enganando Isaac (Gn 27) é frequentemente usado para justificar astúcia ou manipulação como meio de alcançar bênçãos. Porém, a revelação do Deus de Jesus demonstra um contraste absoluto: Deus não premia engano nem manipulação. Cristo enfatiza a integridade e a clareza das palavras e atos (Mt 5:37), mostrando que a bênção verdadeira não vem de trapaças, mas da fidelidade e da sinceridade no coração humano.

Estudos de teologia comparativa destacam esse contraste entre o Deus do Antigo Testamento conforme narrado por Moisés e o Deus revelado em Cristo. Autores como Richard Bauckham em Jesus and the God of Israel (2008) e Walter Brueggemann em Theology of the Old Testament (1996) ressaltam que o ensino de Jesus redefine a justiça e a bênção divina, fundamentando-as na honestidade, amor e retidão, e não em trapaças ou manipulações humanas.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Bauckham, Richard. Jesus and the God of Israel. Eerdmans, 2008.

  2. Brueggemann, Walter. Teologia do Antigo Testamento. Vozes, 1996.

  3. Crossan, John Dominic. Jesus: Uma Biografia Revolucionária. Paulinas, 1995.

  4. Pagola, José Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Paulus, 2007.

  5. Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Vozes, 1974.

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'13<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 13
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE USA O ENGANO COMO VONTADE DIVINA*
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Rebeca engana Isaac “para cumprir o plano de Deus”. Jesus nunca precisou mentir para cumprir a vontade do Pai.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(poema)
Rebeca teceu um plano de ilusão,
Cobriu Jacó com peles de mentira,
E disse: “Deus quer essa direção”,
Mas a verdade nunca se retira.

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(poema)
Isaac cego, voz e toque confusos,
Um prato e bênção no mesmo instante,
Mas Deus não fala por lábios difusos,
Nem santifica o ato farsante.

...

(poema)
O nome santo usado em engano,
Por fé torcida que tudo justifica,
Fizeram do erro um plano arcano,
Chamando o falso de graça mística.

...

(refrão)
Jesus nunca mentiu pra cumprir a vontade,
Nem trocou a verdade por conveniência.
Seu Pai é luz sem duplicidade,
E nele a pureza é a própria essência.

...

(poema)
Quantos “Rebecas” nas crenças humanas,
Inventam ciladas, chamando-as missão.
Mas Deus não precisa das tramas insanas,
Nem de mentiras por devoção.

...

(poema)
“Enganei por fé”, diz a velha desculpa,
“Cumpri o plano, mesmo traindo o justo.”
Mas Cristo, o Filho, jamais fez culpa,
Nem mascarou o que é santo e augusto.

...

(poema)
Oh, como é fácil vestir-se de zelo,
E dar à falsidade um tom de bondade!
Mas o Cristo vivo, de olhar singelo,
Ensina o sim, sem duplicidade.

...

(poema)
Agora percebo: fui cego também,
Crendo num Deus que aceita disfarce.
Mas o amor é claro, não faz ninguém
Mentir pra que o bem se farte.

...

(refrão)
Jesus nunca mentiu pra cumprir a vontade,
Nem trocou a verdade por conveniência.
Seu Pai é luz sem duplicidade,
E nele a pureza é a própria essência.

...

(ponte)
Perdão, Senhor, por ter defendido
Um Deus que aprova o engano e o erro.
Por crer que tua graça tem dividido
A verdade com o falso desterro.

...

(refrão)
Jesus nunca mentiu pra cumprir a vontade,
Nem trocou a verdade por conveniência.
Seu Pai é luz sem duplicidade,
E nele a pureza é a própria essência.

...

(refrão final)
Agora descanso no amor que é sincero,
Em Cristo, que é Deus conosco e inteiro.
Não mais o medo, mas o amor verdadeiro,
Que fala só a verdade — o Deus verdadeiro.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

O poema reflete a tensão entre duas concepções de divindade: o “Jeová” que, em certos relatos veterotestamentários, parece legitimar o engano como instrumento divino, e o Deus revelado em Jesus, que não necessita de mentiras para cumprir o bem. No episódio de Rebeca e Jacó (Gn 27), a bênção foi obtida por engano, e o texto bíblico tradicional o interpreta como parte do plano de Deus. Entretanto, à luz dos ensinos de Jesus — “seja o vosso falar sim, sim; não, não” (Mt 5:37) — percebe-se um contraste moral e espiritual. O Deus de Cristo não manipula nem engana, pois Sua vontade é perfeita em amor e verdade. O poema, portanto, é uma confissão poética e teológica: o reconhecimento de que Deus não se serve da falsidade para realizar o justo.

...

Do ponto de vista teológico e psicológico, esse tema revela um processo de amadurecimento espiritual — a passagem da fé infantil, que confunde poder com moralidade, para a fé esclarecida pela consciência de Cristo. Rudolf Bultmann, por exemplo, fala da “desmitologização” como caminho para redescobrir o sentido verdadeiro do Evangelho; Paul Tillich vê em Jesus a “revelação do ser como verdade absoluta”; e Søren Kierkegaard, em Temor e Tremor, mostra o conflito ético da fé. Assim, a confissão “Perdão, Senhor, não és o Jeová” expressa um realinhamento interior, onde a imagem de Deus é purificada do engano humano, e o coração encontra repouso no Cristo que é luz sem sombra.


BIBLIOGRAFIA

  1. Bultmann, Rudolf. Jesus Cristo e Mitologia. Editora Sinodal, 1987.

  2. Tillich, Paul. A Coragem de Ser. Editora Paz e Terra, 1973.

  3. Kierkegaard, Søren. Temor e Tremor. Editora Vozes, 2011.

  4. Pagola, José Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Paulus, 2013.

  5. Crossan, John Dominic. O Jesus Histórico: A Vida de um Camponês Judeu do Mediterrâneo. Imago, 1994.

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DIA 14
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE LUTA COMO HOMEM*
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Em Gênesis 32, Jacó luta fisicamente com Deus. Jesus mostrou que Deus é Espírito (Jo 4:24) e não guerreia com humanos.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(poema – estrofe 1)
Na noite escura, Jacó tremia,
Um vulto estranho o surpreendeu,
E o corpo inteiro se retorcia
Numa batalha que ninguém entendeu.

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(poema – estrofe 2)
Golpes, abraços, suor e poeira,
Um Deus-homem de força mortal?
Mas Cristo disse que a verdadeira
Presença divina é espiritual.

...

(poema – estrofe 3)
Lutaram horas naquele vale,
Como se o Eterno tivesse punho,
Mas Deus não prende, não se avassale,
Nem trava corpo com filho do mundo.

...

(refrão)
O Deus de Jesus não luta com a mão,
Não fere o filho que busca abrigo.
O Pai é Espírito, pura compaixão,
E nunca disputa força com o amigo.

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(poema – estrofe 4)
Jacó mancou ao fim da briga,
Chamou de bênção o sofrimento.
Mas Cristo cura, levanta e dignifica,
Não golpeia o corpo em tormento.

...

(poema – estrofe 5)
A fé antiga moldou a cena,
Um Deus guerreiro feito de pó.
Mas o Filho mostra outra antena:
O Pai não precisa derrubar Jacó.

...

(poema – estrofe 6)
Oh, quantas vezes fiz confusão,
Tomando o mito por revelação!
Mas o Cristo vivo é outra visão,
De Deus que age só no coração.

...

(refrão)
O Deus de Jesus não luta com a mão,
Não fere o filho que busca abrigo.
O Pai é Espírito, pura compaixão,
E nunca disputa força com o amigo.

...

(poema – estrofe 7)
Não é o toque que paralisa,
Não é derrota que dá benção.
Jesus é luz que eterniza,
Paz que transforma toda aflição.

...

(poema – estrofe 8)
Agora vejo: é pura metáfora,
Um sonho humano — não revelação.
Foi a leitura rude e pálida
Que confundiu Deus com emoção.

...

(ponte)
Perdão, Senhor, por ter defendido
Um Deus que luta como se fosse mortal.
Por crer que o Pai fosse rude e contido,
E que tua força fosse tão carnal.

...

(refrão)
O Deus de Jesus não luta com a mão,
Não fere o filho que busca abrigo.
O Pai é Espírito, pura compaixão,
E nunca disputa força com o amigo.

...

(refrão final)
Agora eu descanso no Deus verdadeiro,
Jesus, Amor que vive conosco.
Nele não há duelo ou golpe traiçoeiro,
Só paz que renova o ser até o osso.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

A narrativa de Gênesis 32 descreve Jacó lutando fisicamente com Deus durante a madrugada. Muitos estudiosos entendem esse episódio como um relato mítico ou simbólico, inserido na tradição patriarcal para explicar a mudança do nome Jacó–Israel. Entretanto, no contexto dos ensinos de Jesus, essa imagem de um Deus corporal, que disputa força com um ser humano, contrasta fortemente com a afirmação: “Deus é Espírito” (Jo 4:24). Cristo nunca apresentou o Pai como guerreiro, agressor ou duelista, mas como Aquele que age interiormente, transformando corações e cuidando dos seus filhos sem violência. Assim, o poema reinterpreta o episódio a partir da revelação cristã, reconhecendo que a espiritualidade madura precisa confrontar e transcender imagens antigas de Deus.

...

Além disso, a ideia de Deus como combatente aparece em muitas culturas antigas e em alguns trechos do Antigo Testamento, mas estudiosos como John Dominic Crossan, Walter Brueggemann e Gerhard von Rad mostram que tais narrativas são moldadas pela visão política, tribal e mítica da época. Em Jesus, porém, surge a revelação última e plena: o Deus que não fere, mas cura; que não derruba, mas levanta; que não disputa, mas reconcilia. O poema, portanto, torna-se uma confissão espiritual — reconhecer que aquela antiga imagem de Deus como lutador não corresponde ao Pai revelado por Cristo, que é amor, paz e verdade.


BIBLIOGRAFIA

  1. Brueggemann, Walter. Teologia do Antigo Testamento. Paulus, 1999.

  2. Crossan, John Dominic. O Nascimento do Cristianismo. Paulinas, 2001.

  3. Von Rad, Gerhard. Teologia do Antigo Testamento. ASTE, 1973.

  4. Spong, John Shelby. Repensar a Fé Cristã. Edições Loyola, 2012.

  5. Pagola, José Antonio. Jesus: Aproximação Histórica. Paulus, 2013.

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DIA 15
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE APROVA A POLIGAMIA*
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Jacó tem duas esposas e duas concubinas (Gn 29–30). Jesus, porém, restaurou o ideal: “Serão os dois uma só carne” (Mt 19:5).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(poema – estrofe 1)
Em tendas antigas, Jacó se dividia,
Entre Lia cansada e Raquel tão bela,
E outras duas sombras que o prendiam,
Um lar rachado sem voz nem janela.

...

(poema – estrofe 2)
Filhos nascendo de ventre aflito,
Rivalidades acesas sem compaixão.
No fundo, ninguém ali tinha sido escrito
Pelo Deus que é puro amor e união.

...

(poema – estrofe 3)
Moisés narrou que Deus aprovava
Essa colcha de dor e de desigualdade,
Mas Cristo mostrou que o Pai chamava
Dois corações para uma só verdade.

...

(refrão)
O Deus de Jesus não divide ninguém,
Não cria rivais num único lar.
O Pai é amor que faz do “dois” um bem,
E une a vida para nunca rasgar.

...

(poema – estrofe 4)
Poligamia era a lógica de um tempo antigo,
Costume de homens, não plano divino.
Jesus, porém, revelou o abrigo
Do amor fiel como santo destino.

...

(poema – estrofe 5)
Jacó vivia preso ao costume,
Entre afetos partidos, amores quebrados.
Mas o Cristo ensina outro lume,
Que cura vínculos fragmentados.

...

(poema – estrofe 6)
Raquel chorava, Lia implorava,
As concubinas serviam sem voz.
Mas o Deus de Jesus nunca aprovava
Que um lar se partisse em quatro nós.

...

(refrão)
O Deus de Jesus não divide ninguém,
Não cria rivais num único lar.
O Pai é amor que faz do “dois” um bem,
E une a vida para nunca rasgar.

...

(poema – estrofe 7)
Agora vejo: foi o olhar cultural
Que pintou Deus como autor da porção.
Mas o Pai revelado no Cristo total
É aliança viva, não fragmentação.

...

(poema – estrofe 8)
Se um só amor se torna jardim,
Dois feitos um cruzam a eternidade.
Jesús confirma o princípio assim:
O Pai semeou unidade.

...

(ponte)
Perdão, Senhor, por ter defendido
A poligamia como tua vontade.
Por confundir costume antigo e falido
Com o Pai que em Cristo é pura verdade.

...

(refrão)
O Deus de Jesus não divide ninguém,
Não cria rivais num único lar.
O Pai é amor que faz do “dois” um bem,
E une a vida para nunca rasgar.

...

(refrão final)
Agora descanso no Deus fiel,
Jesus, o Amor que caminha conosco.
No Seu abraço, o vínculo é mel,
E o coração encontra repouso.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

A narrativa da poligamia de Jacó em Gênesis 29–30 reflete a cultura patriarcal do Antigo Oriente, onde mulheres eram tratadas como propriedade, símbolos de status ou instrumentos de reprodução. Teólogos como Phyllis Trible e Ken Stone observam que esse tipo de estrutura familiar não nasce da vontade divina, mas de um mundo onde poder, descendência e posse eram os valores dominantes. Já Jesus, ao citar Gênesis 2:24 — “serão os dois uma só carne” — não apenas reafirma a monogamia como princípio, mas restaura o projeto original de reciprocidade, intimidade e igualdade. No poema, essa diferença entre o costume humano e a revelação do Pai amoroso ganha forma poética, denunciando a distorção que confundiu práticas culturais com mandamentos de Deus.

...

Enquanto muitos textos do Antigo Testamento apresentam a poligamia como fato cotidiano, Jesus a confronta de forma indireta ao revelar que o Pai não divide afetos nem fragmenta famílias. Autores como Walter Brueggemann e James Dunn mostram que a revelação bíblica é progressiva: aquilo que foi tolerado ou simplesmente narrado não expressa necessariamente a vontade de Deus. No poema, a confissão final — “Perdão, Senhor, não és o Jeová” — simboliza a ruptura entre a leitura literalista e a compreensão cristocêntrica: Deus não aprova rivalidade matrimonial nem sofrimento feminino; Ele é o Amor que une, cura e reconcilia.


BIBLIOGRAFIA

  1. Trible, Phyllis. Texts of Terror. Fortress Press, 1984.

  2. Brueggemann, Walter. Gênesis. Interpretation Series. Westminster John Knox, 1982.

  3. Dunn, James D. G. A Teologia do Novo Testamento. Paulus, 2003.

  4. Spong, John Shelby. Vivendo na Plenitude. Edições Loyola, 2007.

  5. Westermann, Claus. Genesis 12–36. Augsburg Publishing House, 1985.

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DIA 16
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE VÊ O ÓDIO ENTRE IRMÃS E SE CALA*
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Lia e Raquel competem por filhos. O Pai que Jesus revelou não se alegra em rivalidades, mas ensina perdão e amor mútuo.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(poema – estrofe 1)
Lia chorava em noites sem voz, (estrofe)
Raquel queimava em ciúme ardente.
Entre as duas, silêncio atroz,
Um lar rachado eternamente.

...

(poema – estrofe 2)
Filhos viravam disputa cruel, (estrofe)
Barrigas rivais marcando o chão.
Cada vitória tinha gosto de fel,
Cada derrota feria o coração.

...

(poema – estrofe 3)
Moisés contou que Deus assistia (estrofe)
Àquela guerra entre duas irmãs.
Mas Jesus trouxe outra luz que dizia
Que o Pai semeia paz, não aflições vãs.

...

(refrão)
O Deus de Jesus não festeja rivalidade, (refrão)
Não colhe do ódio nenhum alvorecer.
O Pai é amor, perdão e verdade,
E ensina o coração a se refazer.

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(poema – estrofe 4)
O lar de Jacó virou campo de dor, (estrofe)
Uma disputa por bênção, por atenção.
Mas Cristo revelou o Deus do amor,
Que cura raízes de separação.

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(poema – estrofe 5)
O ciúme queimava como incêndio, (estrofe)
A inveja rompia laços antigos.
Mas Jesus mostra um caminho mais brando,
Onde irmãs podem ser abrigo de abrigo.

...

(poema – estrofe 6)
Raquel implorava, Lia escondia, (estrofe)
Ambas pediam ao céu algum valor.
Mas o Pai que Cristo nos trazia
Não alimenta divisões de dor.

...

(refrão)
O Deus de Jesus não festeja rivalidade, (refrão)
Não colhe do ódio nenhum alvorecer.
O Pai é amor, perdão e verdade,
E ensina o coração a se refazer.

...

(poema – estrofe 7)
Se o Antigo relato silenciava a briga, (estrofe)
O evangelho ensina a reconciliação.
Onde havia desgraça, Cristo abriga
Com mansidão que refaz a união.

...

(poema – estrofe 8)
Hoje percebo: não era vontade do Pai (estrofe)
Que irmãs virassem rivais de afeto.
Foi a cultura antiga que assim se faz,
Mas Jesus revela o amor completo.

...

(ponte)
Perdão, Senhor, por acreditar (ponte)
Que teu plano era ver irmãs feridas.
Confundi o silêncio de um tempo vulgar
Com tua voz que sustenta a vida.

...

(refrão)
O Deus de Jesus não festeja rivalidade, (refrão)
Não colhe do ódio nenhum alvorecer.
O Pai é amor, perdão e verdade,
E ensina o coração a se refazer.

...

(refrão final)
Agora descanso no Deus de ternura, (refrão final)
Jesus, o Amor que caminha comigo.
No Seu abraço encontro cura,
E meu coração enfim tem abrigo.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

A rivalidade entre Lia e Raquel, descrita em Gênesis 29–30, nasce de uma estrutura familiar construída pela poligamia e pela cultura patriarcal, não pelo propósito divino. Teólogas feministas como Tikva Frymer-Kensky e Phyllis Trible mostram que esse ambiente produz sofrimento, invisibilidade e competição entre mulheres que muitas vezes não têm escolha. O texto bíblico não condena explicitamente essa rivalidade, mas apenas a relata — como espelho de uma sociedade onde disputas por fertilidade e valor eram frequentes. O poema, portanto, denuncia o silêncio do relato cultural, mas distingue esse silêncio da vontade do Pai revelado em Cristo.

...

Jesus revela um Deus que cura rivalidades e restaura vínculos quebrados. Enquanto o Antigo Testamento registra a cisão entre irmãs, os ensinamentos de Jesus — como o perdão infinito (Mt 18:21–22), a reconciliação fraterna (Mt 5:23–24) e o amor mútuo (Jo 13:34) — mostram que o Pai não se alegra com competições familiares. A revelação cristocêntrica convida o leitor a reinterpretar o passado à luz do caráter amoroso de Deus. Assim, o poema culmina no “Perdão, Senhor, não és o Jeová”, não como rejeição da Escritura, mas como reconhecimento de que a compreensão humana de Deus amadurece progressivamente, e que Jesus é o critério último desse amadurecimento espiritual.


BIBLIOGRAFIA

  1. Frymer-Kensky, Tikva. Reading the Women of the Bible. Schocken Books, 2002.

  2. Trible, Phyllis. Texts of Terror. Fortress Press, 1984.

  3. Brueggemann, Walter. Genesis: A Bible Commentary for Teaching and Preaching. Westminster John Knox, 1982.

  4. Brown, Raymond E. The Gospel According to John. Anchor Yale Bible, 1966.

  5. Keener, Craig S. The Gospel of Matthew: A Socio-Rhetorical Commentary. Eerdmans, 2009.

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DIA 17
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
------------------------
*DEUS QUE TRANSFORMA ENGANOS EM PLANO DIVINO*
--------------------------------------------------------
José é vendido e Moisés diz que “Deus quis assim” (Gn 45:5). Jesus nunca atribuiu o mal à vontade do Pai, mas à dureza dos corações humanos.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(estrofe 1)
Nos vales de Hebrom nasceu o desengano,
Irmãos vendendo José por frio desdém;
Chamaram “vontade divina” o gesto insano,
Mas Jesus revelou que tal mal vem do além.

...

(estrofe 2)
A túnica rasgada virou sombra e dor,
E Moisés supôs que Deus traçara o chão;
Porém o Cristo mostrou um Pai de amor,
Que nunca ordena a queda da mão do irmão.

...

(estrofe 3)
Caravanas levaram o jovem ao Egito,
E o texto antigo leu nisso um decreto;
Mas Jesus rompeu o dogma restrito:
O Pai não guia com golpe direto.

(refrão)
Não, não foi Deus quem traçou o desgosto,
Nem quem soprou o ódio duro e humano;
O Pai de Jesus tem outro rosto,
Que nunca abençoa o gesto tirano.

...

(estrofe 4)
José cresceu entre muros estranhos,
Com sonhos vivos guardados no peito;
E Moisés ainda lia nos tamanhos
Dos males um “propósito perfeito”.

...

(estrofe 5)
Mas o Rabi que veio com manso tom
Retirou do Altíssimo tais culpas cruéis;
Ele disse: “Do coração nasce o que é dom,
E também o mal que mancha os papéis.”

...

(estrofe 6)
E no reencontro que trouxe lágrimas quentes,
José viu irmãos buscando perdão;
Jesus ensina que o Pai não quer ferentes,
Mas reconciliação como única canção.

(refrão)
Não, não foi Deus quem traçou o desgosto,
Nem quem soprou o ódio duro e humano;
O Pai de Jesus tem outro rosto,
Que nunca abençoa o gesto tirano.

...

(estrofe 7)
O palácio que acolheu o hebreu vencido
Foi leitura torta de um plano maior;
Jesus mostra: Deus não usa o ferido
Como engrenagem de um destino de dor.

...

(estrofe 8)
E assim compreendi que o Jeová antigo,
Visto por Moisés com visão limitada,
Não é o Pai que Cristo traz consigo:
É luz sem culpa, ternura elevada.

...

(ponte)
E eu choro ao lembrar meu zelo sem luz,
Quando defendi com ardor o equívoco antigo;
Perdi ternura tentando seguir o que seduz,
Sem perceber que o Deus de Jesus era meu abrigo.

(refrão)
Não, não foi Deus quem traçou o desgosto,
Nem quem soprou o ódio duro e humano;
O Pai de Jesus tem outro rosto,
Que nunca abençoa o gesto tirano.

...

(refrão final)
Agora descanso no Deus revelado,
Cordeiro eterno, ternura que abraça;
Em Cristo encontro meu lar restaurado,
E toda dor finalmente se desfaz e passa.

EXPLICAÇÃO DO TEMA

A narrativa da venda de José, interpretada por Moisés como parte de um suposto “plano divino” (Gn 45:5), expressa uma leitura religiosa comum no Antigo Oriente: a tendência de atribuir todos os eventos — bons ou maus — à vontade direta de Deus. Contudo, Jesus rompe com essa compreensão determinista. Ele afirma que o mal nasce do coração humano (Mc 7:21–23), e não do Pai celestial, cuja natureza é pura bondade. Assim, injustiças, violências e traições não são “instrumentos divinos”, mas expressões da liberdade humana ferida. Teólogos como Jürgen Moltmann, Abraham Heschel e C. S. Lewis sustentam que Deus age no sofrimento, mas não por meio dele; Ele redime o mal, mas não o cria.

Desse modo, o poema confronta a ideia de um Deus que “planeja” o mal para produzir um bem posterior. Jesus desconstrói essa teologia funcionalista: o Pai não sacrifica ninguém para realizar seus propósitos; Ele transforma o mal humano em ocasião de graça, sem ser autor da injustiça. A reconciliação de José com seus irmãos simboliza essa dinâmica: não foi Deus quem desejou a violência, mas foi Deus quem redimiu seus efeitos. A distinção entre a leitura mosaica e a revelação plena de Cristo é, portanto, fundamental para compreender que o verdadeiro caráter divino é amor, misericórdia e restauração.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Moltmann, Jürgen — O Deus Crucificado, 1972.

  2. Heschel, Abraham J. — Deus em Busca do Homem, 1955.

  3. Brueggemann, Walter — Gênesis: Interpretação, 1982.

  4. Lewis, C. S. — O Problema do Sofrimento, 1940.

  5. Wright, N. T. — O Mal e a Justiça de Deus, 2006.

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DIA 18
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
------------------------
*DEUS QUE FAZ PACTOS DE VINGANÇA*
--------------------------------------------------------
Simeão e Levi matam um povo inteiro (Gn 34), e o texto sugere aprovação divina. O Deus de Jesus é o da reconciliação (2Co 5:19).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(estrofe 1)
Na terra de Canaã ergueu-se a vingança,
Simeão e Levi tomaram açoites em mão;
Chamaram justiça o que era matança,
E o texto antigo ecoou aprovação.

...

(estrofe 2)
A dor de Diná virou guerra sangrenta,
E o pacto tribal selou o revide;
Mas Jesus revelou uma luz que orienta:
Perdão é a força que sempre decide.

...

(estrofe 3)
A lâmina ergueu-se contra um povo inteiro,
E o clã celebrou o “direito” cruel;
Mas o Cristo mostrou outro roteiro:
Reconciliar é o mandamento fiel.

(refrão)
Não, Deus não assina pactos de espada,
Nem santifica a ira que fere o irmão;
O Pai revelado por Cristo dá morada
A quem escolhe a paz e a reconciliação.

...

(estrofe 4)
No eco antigo Moisés viu justiça,
Em atos ferozes julgou haver lei;
Mas o Rabi mostrou outra notícia:
O Deus verdadeiro jamais ferrei.

...

(estrofe 5)
O sangue escorrendo manchou a colina,
E o clamor moral virou tradição;
Porém Jesus fez nascer a doutrina
De vencer o mal com o bem do perdão.

...

(estrofe 6)
Os irmãos agiram para lavar a honra,
Mas Cristo ensinou o dom da mansidão;
Seu Pai não usa violência que assombra,
Ele reconcilia a criação com compaixão.

(refrão)
Não, Deus não assina pactos de espada,
Nem santifica a ira que fere o irmão;
O Pai revelado por Cristo dá morada
A quem escolhe a paz e a reconciliação.

...

(estrofe 7)
Assim compreendi que a visão limitada
Fez do antigo Jeová um guerreiro mortal;
Mas Jesus mostra a face plena e elevada
De um Pai que cura a ferida final.

...

(estrofe 8)
E ao ver o contraste da lei com a graça,
Entendi o erro que tanto defendi:
O Deus de Jesus é o que abraça,
Não o que celebra o sangue que vi.

...

(ponte)
Hoje confesso, com dor e vergonha,
Que por anos busquei justiça severa;
Mas Cristo apagou a sombra tristonha,
E me chamou para a paz que libera.

(refrão)
Não, Deus não assina pactos de espada,
Nem santifica a ira que fere o irmão;
O Pai revelado por Cristo dá morada
A quem escolhe a paz e a reconciliação.

...

(refrão final)
Agora descanso no Deus que perdoa,
Que rompe a guerra e abraça o caído;
Em Cristo minha alma enfim ecoa,
Pois encontrei o Pai sempre compassivo.

EXPLICAÇÃO DO TEMA

A narrativa da vingança de Simeão e Levi (Gn 34) reflete o ethos tribal do Antigo Oriente, no qual a honra familiar justificava retaliações desproporcionais. O texto, lido pela ótica mosaica, muitas vezes parece sugerir que Deus apoiava tais atos — algo comum em culturas de clã, onde a divindade era associada ao destino e à sobrevivência do grupo. Contudo, a revelação de Jesus substitui a lógica da retribuição pela reconciliação: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (2Co 5:19). Ele desautoriza a vingança (Mt 5:38–48), quebra o ciclo da violência e revela um Pai que não legitima sangue derramado em nome da justiça humana.

Assim, o poema mostra o contraste entre a leitura primitiva da história, moldada por uma teologia de guerra, e a revelação madura e definitiva de Deus em Jesus. A violência tribal não expressa o caráter divino, mas o caráter humano projetado sobre Deus. A crítica teológica contemporânea — presente em autores como Miroslav Volf, René Girard e Walter Brueggemann — revela que Deus não é cúmplice da vingança, mas aquele que a supera com perdão, restauração e acolhimento. É essa revelação de amor que corrige nossa leitura de Jeová e nos conduz ao Deus que Cristo tornou plenamente conhecido.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Volf, Miroslav — Exclusion and Embrace, 1996.

  2. Girard, René — A Violência e o Sagrado, 1972.

  3. Brueggemann, Walter — Theology of the Old Testament, 1997.

  4. Yoder, John Howard — The Politics of Jesus, 1972.

  5. Wright, N. T. — Jesus and the Victory of God, 1996.

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DIA 19
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
------------------------
*DEUS QUE PERMITE A ESCRAVIDÃO COMO NORMALIDADE*
--------------------------------------------------------
Em Gênesis 16 e 37, servos são propriedade. Jesus libertou cativos e condenou qualquer opressão (Lc 4:18).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
.
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música1
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(estrofe 1)
No antigo clã a serva era posse e destino,
Hagar fugia da dor sem achar direção;
E o texto calava o abuso contínuo,
Como se o jugo fosse justa condição.

...

(estrofe 2)
José foi vendido por preço mesquinho,
Carne e futuro trocados por ouro;
E a narrativa tratou-o como caminho
De um plano moldado em tesouro.

...

(estrofe 3)
O mundo de Gênesis normalizava grilhões,
O homem valia como objeto de mão;
Mas Cristo rasgou as antigas prisões,
E libertou o cativo pela compaixão.

(refrão)
Não, Deus não sanciona correntes humanas,
Nem chama de ordem a opressão servil;
O Pai revelado por Cristo desata as tramas
E ergue o oprimido para vida gentil.

...

(estrofe 4)
Na casa patriarcal tudo era poder,
Senhores mandavam na vida alheia;
Mas Jesus veio o modelo desfazer:
Quem ama levanta, nunca incendeia.

...

(estrofe 5)
Entre tendas e campos a servidão crescia,
Como se a cultura ditasse o bem;
Porém Cristo trouxe a palavra que cria
Um Reino onde o menor é quem tem.

...

(estrofe 6)
Se o passado aceitava o humano acorrentado,
O Evangelho o chama à plena ascensão;
Jesus tocou o leproso e o descartado,
E deu dignidade a toda condição.

(refrão)
Não, Deus não sanciona correntes humanas,
Nem chama de ordem a opressão servil;
O Pai revelado por Cristo desata as tramas
E ergue o oprimido para vida gentil.

...

(estrofe 7)
Percebi que Jeová refletia o tempo duro,
Onde a cultura moldava a visão do eterno;
Mas Cristo revelou o amor mais puro,
Que extingue o domínio pesado e moderno.

...

(estrofe 8)
Hoje entendo o contraste entre lei e ternura,
Entre posse de almas e libertação;
O Deus de Jesus cura a estrutura
E chama cada ser à ressurreição.

...

(ponte)
Lamento ter crido que o Senhor aprovava
Os grilhões que o clã chamava dever;
Mas Cristo mostrou que o Pai desaprova
Qualquer poder que impede alguém de viver.

(refrão)
Não, Deus não sanciona correntes humanas,
Nem chama de ordem a opressão servil;
O Pai revelado por Cristo desata as tramas
E ergue o oprimido para vida gentil.

...

(refrão final)
Agora descanso no Deus libertador,
Que quebra algemas e acolhe o caído;
Em Cristo achei o Pai de puro amor,
Meu guia eterno, meu porto erguido.

EXPLICAÇÃO DO TEMA

A normalização da escravidão em Gênesis 16 e 37 expressa uma sociedade patriarcal do Antigo Oriente, onde a serva era patrimônio e vidas eram negociáveis como bens. Tal realidade reflete mais a cultura humana do que o caráter divino. Hagar é expulsa por Sara e sofre abuso — e o texto, lido pela lente de Moisés, não apresenta reprovação explícita a essa prática. José é vendido pelos irmãos e o narrador interpreta o ocorrido como parte de um plano. Contudo, a revelação em Jesus corrige essa compreensão: Ele anuncia libertação aos cativos (Lc 4:18), desmonta qualquer estrutura opressora e afirma que Deus valoriza cada pessoa como filho, não como propriedade (Jo 8:36).

O poema destaca esse contraste entre o Deus tribal, associado a estruturas antigas, e o Pai revelado por Cristo, que dignifica, cura e liberta. Teólogos contemporâneos — como James Cone, Walter Brueggemann e Phyllis Trible — evidenciam que a Bíblia registra tanto a evolução humana quanto a progressão da revelação divina. Cristo é o critério interpretativo que impede que o passado seja confundido com a vontade eterna de Deus. Assim, enquanto o Antigo Oriente via a servidão como normal, Jesus revela um Deus que rompe correntes físicas, emocionais e espirituais, chamando todos à liberdade e ao amor.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Cone, James H. — God of the Oppressed, 1975.

  2. Brueggemann, Walter — The Prophetic Imagination, 1978.

  3. Trible, Phyllis — Texts of Terror, 1984.

  4. Wright, N. T. — Paul and the Faithfulness of God, 2013.

  5. Gutierrez, Gustavo — A Theology of Liberation, 1971.

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'20<<< >>> ÍNDICE     facebook

DIA 20
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
------------------------
*DEUS QUE PUNE POR CIÚMES*
--------------------------------------------------------
Sara exige a expulsão de Hagar e Ismael (Gn 21). Jesus, ao contrário, protegeria ambos, pois disse: “Vinde a mim todos os cansados” (Mt 11:28).
.
POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(estrofe 1)
Sara tem medo de perder seu espaço,
Vê em Hagar a ameaça do futuro;
E expulsa mãe e filho do mesmo laço,
Faz do ciúme um decreto duro.

...

(estrofe 2)
Ismael chora à sombra do abandono,
Deserto escaldante, silêncio fatal;
E o texto trata esse gesto sem entono,
Como se fosse justiça ancestral.

...

(estrofe 3)
O ciúme antigo parece vontade divina,
Como se o Pai pactuasse com exclusão;
Mas Cristo acolhe sem medir a sina,
E abraça os cansados com compaixão.

(refrão)
Não, Deus não pune por ciúmes feridos,
Nem lança ao exílio quem busca guarida;
O Pai revelado por Cristo cura os vencidos
E devolve aos frágeis a força da vida.

...

(estrofe 4)
No antigo clã, o afeto era posse e poder,
Um coração valia menos que a herança;
Mas Jesus mostrou outro modo de viver:
O amor que não teme perder esperança.

...

(estrofe 5)
No deserto, a água renasce da dor,
O anjo consola, mas não redime o rigor;
Já Cristo, em contraste, revela o Senhor
Que ergue o rejeitado com gesto maior.

...

(estrofe 6)
A narrativa aceita Sara como voz suprema,
Transforma o medo dela em ordem final;
Mas Cristo desmonta qualquer sistema
Que trate o fraco como peso marginal.

(refrão)
Não, Deus não pune por ciúmes feridos,
Nem lança ao exílio quem busca guarida;
O Pai revelado por Cristo cura os vencidos
E devolve aos frágeis a força da vida.

...

(estrofe 7)
Perdão, Senhor, por eu ter confundido
Ciúmes humanos com vontade tua;
Hoje vejo em Cristo o Deus compassivo
Que abraça quem vaga sem terno e sem rua.

...

(estrofe 8)
O menino cresce na margem do texto,
Mas Jesus o traria para o centro da história;
Ele devolve dignidade ao que foi desfeito,
E transforma o exilado em herdeiro da glória.

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(ponte)
Choro por crer que o Pai sancionava
A expulsão cruel ditada pelo medo;
Mas Cristo mostrou que o amor que salvava
Jamais aprovaria um castigo tão cedo.

(refrão)
Não, Deus não pune por ciúmes feridos,
Nem lança ao exílio quem busca guarida;
O Pai revelado por Cristo cura os vencidos
E devolve aos frágeis a força da vida.

...

(refrão final)
Agora descanso no Deus que acolhe,
Que abre os braços e chama ao lar;
Em Jesus encontro o Pai que console,
O Deus amor que vem me salvar.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

A expulsão de Hagar e Ismael (Gn 21) revela uma cultura em que a disputa por herança e status moldava decisões familiares. O relato mosaico trata a ordem de Sara como algo alinhado ao plano divino, o que reflete uma leitura teológica condicionada pela cultura patriarcal. No entanto, quando contrastamos esse episódio com a revelação de Jesus, percebemos o abismo entre o Deus tribal e o Pai revelado no Evangelho. Cristo chama todos os cansados (Mt 11:28), sem distinção, e denuncia qualquer exclusão motivada por medo, competição ou ciúmes. Sua postura diante de mulheres vulneráveis (como a samaritana ou a adúltera) mostra que Deus não marginaliza, mas restaura.

Teólogos como Walter Brueggemann, John Goldingay e Jürgen Moltmann afirmam que a revelação é progressiva: a compreensão humana de Deus se transforma ao longo do tempo. Assim, a narrativa de Gênesis expressa mais o horizonte moral de Sara e Abraão do que a vontade eterna do Pai. Ao olhar para a vida de Jesus, entendemos que Deus não pune por rivalidades humanas, mas acolhe a todos. O poema, portanto, reflete esse contraste e reconhece o erro de interpretar a exclusão como ato divino, mostrando que o Deus de Jesus é o da reconciliação, não da expulsão.

...

BIBLIOGRAFIA

  1. Brueggemann, Walter — Theology of the Old Testament, 1997.

  2. Goldingay, John — Old Testament Theology: Israel’s Gospel, 2003.

  3. Moltmann, Jürgen — The Crucified God, 1972.

  4. Brown, Raymond E. — The Birth of the Messiah, 1977.

  5. Wright, Christopher J. H. — The God I Don’t Understand, 2008.

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DIA 21
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE CONDENA POR NASCIMENTO ERRADO*
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Ismael é rejeitado por não ser o filho “da promessa”. O Deus de Jesus não faz acepção de pessoas (At 10:34).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(ESTROFE 1)
No deserto nasce o pranto de um menino abandonado,
Carrega o peso injusto de um destino pré-traçado,
Pois disseram que ele era do “nascimento errado”,
Mas o amor verdadeiro jamais deixa alguém de lado.

...

(ESTROFE 2)
Ismael caminha aflito sob o céu incandescente,
Hagar o embala firme, mãe ferida e resistente,
Enquanto a lei antiga grita um veredito imprudente,
Jesus, porém, acolhe o fraco, o pobre e o diferente.

...

(ESTROFE 3)
A promessa virou muro, separou sem compaixão,
Esquecendo que o respiro é igual no coração,
Mas Cristo vê no órfão sua mais pura missão:
Erguer quem foi quebrado por qualquer discriminação.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová limitado,
Que aceita ou rejeita conforme o berço dado,
O Deus revelado em Cristo é abraço ampliado,
Que chama cada vida de tesouro sagrado.

...

(ESTROFE 4)
O passado repetia um Deus de fronteira fechada,
Dividindo os escolhidos da multidão rejeitada,
Mas Jesus pisa o solo da história ferida e cansada,
Transformando exclusão em porta escancarada.

...

(ESTROFE 5)
Ismael tinha sede, mas tinha também futuro,
Mesmo quando o deserto parecia duro e escuro,
O Deus de Cristo faz brotar o milagre mais puro:
Fonte viva que rompe qualquer destino inseguro.

...

(ESTROFE 6)
O olhar do Galileu não pesa genealogia,
Nem mede o valor humano pela árvore da família,
Ele cura, acolhe, abraça, e a cada passo anuncia
Que ninguém nasce errado sob a luz da teologia.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová limitado,
Que aceita ou rejeita conforme o berço dado,
O Deus revelado em Cristo é abraço ampliado,
Que chama cada vida de tesouro sagrado.

...

(ESTROFE 7)
A voz da antiga crença ecoou dentro de mim,
Pensei que teu amor tivesse um começo e um fim,
Mas tu me mostras, Jesus, com teu toque serafim,
Que todo ser humano encontra lugar em ti.

...

(ESTROFE 8)
Hoje reconheço o erro que defendi com tanta dor,
Confundi teu rosto santo com o de um deus julgador,
Mas tua graça renova o mundo e revela o Senhor
Que acolhe cada vida nascida sob teu amor.

...

(PONTE)
Quantas vezes, Senhor, eu falhei sem perceber,
Defendendo uma crença dura, que não te podia conter,
Pensando que eras Deus que escolhe quem vai viver…
Mas Cristo me mostrou teu desejo: ensinar somente a acolher.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová limitado,
Que aceita ou rejeita conforme o berço dado,
O Deus revelado em Cristo é abraço ampliado,
Que chama cada vida de tesouro sagrado.

...

(REFRÃO FINAL)
Agora descanso em ti, Jesus, amor encarnado,
Que caminha conosco no trilhar mais apertado,
És Deus conosco, abraço sempre aberto e esperado,
És luz que reescreve o mundo sem ninguém ser descartado.

EXPLICAÇÃO DO TEMA

A proposta teológica presente neste poema busca evidenciar a diferença entre a percepção antiga de um Deus que separa, seleciona e rejeita — como no caso de Ismael em Gênesis 21 — e a revelação plena do caráter divino em Jesus Cristo. Enquanto a narrativa patriarcal apresenta um Deus entendido como aquele que privilegia a “linhagem correta”, Jesus subverte essa lógica ao acolher os socialmente excluídos: crianças, estrangeiros, injustiçados, mulheres marginalizadas e enfermos. A crítica aqui não é ao texto bíblico em si, mas às interpretações que absolutizam modelos antigos e os projetam como definitivos sobre Deus, ignorando o avanço revelacional culminado na pessoa de Cristo. Teólogos como Paul Ricoeur e Hans Küng lembram que a leitura bíblica precisa considerar camadas históricas distintas, revelações progressivas e paradigmas culturais específicos.

Além disso, a distinção entre um Deus que julga por nascimento e o Deus que Jesus anuncia está presente em textos como Mateus 5–7, Lucas 15 e Atos 10:34, onde Pedro declara que Deus não faz acepção de pessoas. A imagem da exclusão baseada em origem é substituída, no Novo Testamento, pela inclusão radical. O poema, portanto, justifica-se ao mostrar que a plenitude do amor divino não pode ser reduzida a etnias, heranças ou genealogias, mas se manifesta como graça universal. Nesse sentido, obras de John Dominic Crossan e James Dunn reforçam que Jesus reinterpretou sua própria tradição para que o Reino de Deus se tornasse acessível a todos, especialmente aos marginalizados.


BIBLIOGRAFIA

  1. Crossan, John Dominic — Jesus: A Revolutionary Biography, 1994.

  2. Küng, Hans — Cristianismo: Essência e História, 1994.

  3. Ricoeur, Paul — A Simbólica do Mal, 1960.

  4. Dunn, James D. G. — Unity and Diversity in the New Testament, 1977.

  5. Borg, Marcus J. — Meeting Jesus Again for the First Time, 1994.

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DIA 22
POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE TESTA SEM NECESSIDADE*
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Em Gênesis 22, Abraão é testado. Jesus revelou que Deus não tenta ninguém (Tg 1:13).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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música1
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(ESTROFE 1)
No alto da montanha sobe um pai desconsolado,
Carrega lenha e silêncio, pela fé interrogado,
Isaac caminha ao lado, confiante e despreocupado,
Sem saber do sacrifício que lhe fora destinado.

...

(ESTROFE 2)
A lâmina do dever corta o peito de Abraão,
Pois um “teste” divino lhe invade o coração,
Mas Cristo, o Deus encarnado, trouxe outra revelação:
O Pai não cria provas para medir devoção.

...

(ESTROFE 3)
O fogo aceso treme, o altar ameaça a vida,
Mas a voz do Evangelho mostra outra saída:
Deus não exige dor, nem fé enlouquecida,
Seu amor é descanso, nunca prova desmedida.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová que impõe aflição,
Nem o Deus que testa almas sem justa razão,
O Cristo revelou tua doce compaixão:
És Pai que acolhe, e não sonda pela dor ou provação.

...

(ESTROFE 4)
A história antiga pinta um Deus que pesa e compara,
Que exige o filho amado quando a fé se declara,
Mas Jesus, em sua graça, a imagem toda separa:
Mostra um Pai que liberta e jamais nos dispara.

...

(ESTROFE 5)
Isaac não entende, mas o Filho entende bem,
Pois também carregou madeira, mas não a levou por desdém,
A diferença é imensa: Cristo salva todo alguém,
Enquanto Jeová testava quem já sofria além.

...

(ESTROFE 6)
A revelação madura rompe o ciclo do temor,
Substitui o sacrifício por infinito amor,
E o Deus de Jesus aparece, pleno e superior,
Abolindo o teste cego do passado inferior.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová que impõe aflição,
Nem o Deus que testa almas sem justa razão,
O Cristo revelou tua doce compaixão:
És Pai que acolhe, e não sonda pela dor ou provação.

...

(ESTROFE 7)
Por anos defendi um Deus de provas e exigências,
Pensando que tua voz moldava minhas urgências,
Mas descobri que Jesus desmonta essas sentenças,
Tornando clara a graça, sem pesos ou tendências.

...

(ESTROFE 8)
Hoje assumo meu erro: confundi revelação,
Troquei o Deus do Calvário por um deus de provação,
Mas teu Espírito me cura e refaz minha visão,
Mostrando que tu és amor, luz e libertação.

...

(PONTE)
Quantas vezes, Senhor, eu chamei de “prova” tua vontade,
E misturei tua imagem com antiga mentalidade,
Acreditando que testavas minha fidelidade…
Até Jesus revelar teu rosto: pura bondade.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová que impõe aflição,
Nem o Deus que testa almas sem justa razão,
O Cristo revelou tua doce compaixão:
És Pai que acolhe, e não sonda pela dor ou provação.

...

(REFRÃO FINAL)
Agora descanso em ti, Jesus, presença ao meu lado,
És Deus conosco, amor fiel, amigo iluminado,
Que cura nossas visões do passado distorcido e pesado,
E nos abraça na graça de um Evangelho restaurado.

EXPLICAÇÃO DO TEMA

A tensão entre o Deus que “testa” Abraão em Gênesis 22 e o Deus revelado por Jesus Cristo é um dos pontos mais fortes da leitura progressiva da revelação bíblica. O Antigo Testamento reflete percepções teológicas moldadas por contextos culturais onde divindades eram vistas como exigentes e provadoras da lealdade humana. Nesse cenário, a narrativa do sacrifício de Isaac refletia uma fé que associava obediência ao extremo sacrifício. Porém, Tiago 1:13 declara explicitamente que Deus não tenta ninguém, e em Jesus encontramos a plenitude da imagem divina: o Pai que age por amor, não por exigência, e que não demanda sofrimento para validar fé humana. Teólogos como Claus Westermann e Walter Brueggemann analisam o caráter literário e teológico do texto, mostrando sua função formativa dentro da fé israelita, mas não necessariamente sua função normativa para a compreensão final de Deus.

A hermenêutica cristocêntrica — defendida por autores como Jürgen Moltmann e C. H. Dodd — propõe que toda a Escritura deve ser interpretada à luz de Cristo. Com isso, compreende-se que a figura do Deus que põe o ser humano em provações extremas não reflete a revelação plena expressa no Evangelho. O Cristo crucificado e ressuscitado encarna o Deus que se oferece em sacrifício, e não aquele que exige sacrifícios humanos; que consola, e não que testa; que liberta, e não que oprime. Assim, o poema faz justiça à tensão teológica entre dois modelos de divindade e reafirma que a imagem final de Deus, para o cristão, é Jesus — o Deus que ama, cura e acolhe sem necessidade de provas.


BIBLIOGRAFIA

  1. Brueggemann, Walter — Theology of the Old Testament, 1997.

  2. Westermann, Claus — Genesis 12–36: A Commentary, 1981.

  3. Moltmann, Jürgen — The Crucified God, 1972.

  4. Dodd, C. H. — The Interpretation of the Fourth Gospel, 1953.

  5. Crossan, John Dominic — The Birth of Christianity, 1998.

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POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE SE ARREPENDE DOS PLANOS*
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Em várias passagens, Deus “muda de ideia”. Jesus mostrou que o Pai é perfeito e não precisa reconsiderar o amor (Mt 5:48).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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(ESTROFE 1)
Nas páginas antigas, vejo planos se desfazer,
O Criador que promete e depois vem retroceder,
Abraham é poupado, Ninrode a vida a perder,
Mas o Pai de Jesus não falha, é amor a prevalecer.

...

(ESTROFE 2)
Entre nuvens e trovões, o mundo teme a decisão,
Um Deus que muda o rumo gera confusão,
Mas Cristo ensina calma e perfeita direção,
Pois o Pai eterno age sempre com perfeição.

...

(ESTROFE 3)
Quando Jonas clama sobre Nínive, o Senhor recua,
Diz-se que se arrepende, e a ira continua,
Mas Jesus revela um Deus que amor perpetua,
Sem dúvida, sem erro, cuja luz nunca se insinua.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová que muda de opinião,
Nem o Deus que hesita, incerto em decisão,
O Pai de Jesus é perfeito em toda ação,
Amor constante, imutável em toda estação.

...

(ESTROFE 4)
Sacrifícios exigidos, juízos a se arrepender,
A narrativa antiga insiste em nos confundir e temer,
Mas o Filho mostra que Deus não precisa retroceder,
Sua bondade eterna nos ensina a viver.

...

(ESTROFE 5)
Promessas e punições que se contradizem,
O Antigo Deus, às vezes, hesita e se diz,
Que mudará planos se o coração se corrigir,
Enquanto Cristo permanece firme, a nos conduzir.

...

(ESTROFE 6)
Toda hesitação revela limite humano,
Mas Jesus ensina que o Pai é soberano,
Que ama sem falhas, perfeito e sem engano,
E nos guia seguro, passo por passo, sem dano.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová que muda de opinião,
Nem o Deus que hesita, incerto em decisão,
O Pai de Jesus é perfeito em toda ação,
Amor constante, imutável em toda estação.

...

(ESTROFE 7)
Confundi-me tantas vezes, defendendo imagens antigas,
Onde a incerteza parecia divina, mas só cria intrigas,
Hoje percebo que o Evangelho destrói essas premissas,
Mostrando que amor não retrocede, não se subordina às premissas.

...

(ESTROFE 8)
Aprendi a descansar na perfeição do Pai revelado,
Que não se arrepende, e jamais deixa amor abalado,
Agora minha fé é firme, sem receio ou pecado,
No Deus de Jesus Cristo, eterno e amado.

...

(PONTE)
Perdoa-me, Senhor, por tanto crer em retrocesso,
Confundir amor com ira, e compaixão com excesso,
Mas tua revelação me mostra o caminho do apreço,
Jesus Cristo é o Deus certo, perfeito e sem tropeço.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová que muda de opinião,
Nem o Deus que hesita, incerto em decisão,
O Pai de Jesus é perfeito em toda ação,
Amor constante, imutável em toda estação.

...

(REFRÃO FINAL)
Agora descanso em ti, Jesus, meu Salvador,
Em teu amor perfeito, encontro verdadeiro ardor,
Não há mudança, nem medo, apenas teu favor,
Deus conosco, eternamente, pleno de amor.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

O tema central explora a diferença entre o Deus apresentado em certas narrativas do Antigo Testamento — que parece “arrepender-se” de seus planos ou mudar decisões — e o Deus revelado por Jesus Cristo. Passagens como Gênesis 6:6 (arrepender-se do dilúvio) ou Jonas 3 (o arrependimento sobre Nínive) descrevem um Deus que muda conforme a ação humana. Jesus, por sua vez, apresenta um Deus perfeito, cuja natureza não é sujeita a arrependimentos ou correções. Mateus 5:48 mostra que a perfeição do Pai se expressa no amor constante, não em ajustes de ira ou punição. O poema evidencia essa tensão, destacando a transição de uma percepção antropomórfica de Deus para a revelação de um Pai imutável e amoroso.

A abordagem cristocêntrica permite interpretar as passagens do Antigo Testamento como expressões de compreensão limitada da divindade, influenciadas pelo contexto humano e cultural. Autores como Moltmann (1972) e Brueggemann (1997) reforçam que a revelação plena se dá em Jesus, onde Deus não se arrepende, não reverte decisões por impulso ou raiva, e não testa arbitrariamente. Assim, o poema reconcilia o leitor com uma visão de Deus consistente, perfeita e fundamentada no amor eterno, em contraste com os textos que parecem mostrar incerteza divina.


BIBLIOGRAFIA

  1. Brueggemann, Walter — Theology of the Old Testament, 1997.

  2. Moltmann, Jürgen — The Crucified God, 1972.

  3. Clines, David J. A. — The Theme of the Pentateuch, 1997.

  4. Westermann, Claus — Genesis 12–36: A Commentary, 1981.

  5. Wright, N. T. — Jesus and the Victory of God, 1996.

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POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
poesias e músicas de novembro de 2025
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*DEUS QUE USA A FOME COMO PUNIÇÃO*
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No tempo de José, a fome “vem por vontade de Deus” (Gn 41). O Pai revelado por Jesus multiplica pães e nunca causa fome (Mt 14:19).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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(ESTROFE 1)
No Egito antigo, José interpreta sonhos a ver,
Mas a fome chega, dizem, por vontade de Deus fazer,
Famílias choram, a terra seca, sem nada a prover,
Enquanto Cristo multiplica pães, faz a vida florescer.

...

(ESTROFE 2)
As pragas da escassez parecem divinas, cruéis,
Homens passam fome, crianças choram pelos céus,
Mas Jesus demonstra amor, cuida dos fiéis,
E ensina que o Pai jamais pune com tais véus.

...

(ESTROFE 3)
O trigo é retido, o povo sofre sem pão,
E a história diz que é plano, plano do Senhor, então,
Mas o Filho revela outro caminho de compaixão,
Alimenta multidões com milagres de coração.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová que traz fome e dor,
Nem o Deus que usa privações como rigor,
O Pai de Jesus é amor que multiplica o valor,
Trazendo vida e alimento em cada gesto de amor.

...

(ESTROFE 4)
Os armazéns cheios, mas a fome persiste,
A narrativa antiga confunde e insiste,
Mas Cristo ensina que Deus não faz mal, não resiste,
Seu amor é abundância, que nunca se desiste.

...

(ESTROFE 5)
Povo aflito em campos secos, contando o pão,
O Antigo Testamento diz “foi vontade de Deus, então”,
Jesus mostra outro rumo, a mão estendida à multidão,
O Pai de Jesus é vida, cura e salvação.

...

(ESTROFE 6)
Fome como castigo, medo e confusão,
Mas o Filho multiplica e oferece o coração,
Nada falta ao fiel que crê na salvação,
Jesus revela o amor, sem fome ou opressão.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová que traz fome e dor,
Nem o Deus que usa privações como rigor,
O Pai de Jesus é amor que multiplica o valor,
Trazendo vida e alimento em cada gesto de amor.

...

(ESTROFE 7)
Perdoa-me por crer em castigos e planos frios,
Por aceitar a fome como “justiça dos rios”,
Hoje vejo que o Pai é alimento e abrigo,
E Cristo revela verdade, derrubando antigos desvios.

...

(ESTROFE 8)
Meu coração agora descansa na promessa de Jesus,
O Deus que não traz fome, mas dá luz,
Que multiplica pães, cura feridas, conduz,
E nos dá vida eterna, em amor que reluz.

...

(PONTE)
Perdoa-me, Senhor, por acreditar que a fome vinha de ti,
Por achar que punição era justiça a servir,
Mas teu Filho revela um Pai que só quer suprir,
Multiplica pães, multiplica amor, ensina a seguir.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová que traz fome e dor,
Nem o Deus que usa privações como rigor,
O Pai de Jesus é amor que multiplica o valor,
Trazendo vida e alimento em cada gesto de amor.

...

(REFRÃO FINAL)
Agora descanso em ti, Jesus, pão da vida e luz,
Tua compaixão nos alcança e nos conduz,
Nada falta, tudo renova, e a alma reluz,
Deus conosco, perfeito amor que nos seduz.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

O tema aborda a diferença entre a concepção de Deus como agente da fome e da escassez no Antigo Testamento, como visto na história de José e a fome em Egito (Gênesis 41), e o Deus revelado por Jesus Cristo, que multiplica pães e cuida dos necessitados (Mateus 14:19). Enquanto a tradição mosaica às vezes apresenta a fome como punição ou plano divino, Jesus demonstra que Deus se importa com a necessidade humana concreta, oferecendo alimento, cuidado e conforto. O poema evidencia a tensão entre estas visões, mostrando a consolidação da revelação de um Pai perfeito, que não pune, mas provê.

O Antigo Testamento reflete contextos históricos e culturais nos quais escassez e fome eram interpretadas como ações de Deus. No entanto, autores como Brueggemann (1997) e Moltmann (1972) argumentam que a plena revelação do caráter divino se dá em Cristo, onde Deus atua pelo amor e não pela punição. Assim, a fome deixa de ser vista como instrumento de julgamento divino e passa a ser compreendida como consequência humana, enquanto Jesus revela o Pai como provedor, cuidador e sustentador da vida.


BIBLIOGRAFIA

  1. Brueggemann, Walter — Theology of the Old Testament, 1997.

  2. Moltmann, Jürgen — The Crucified God, 1972.

  3. Clines, David J. A. — The Theme of the Pentateuch, 1997.

  4. Wenham, Gordon J. — Genesis 16–50, 1987.

  5. Wright, N. T. — Jesus and the Victory of God, 1996.

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POEMAS: *"Perdão Senhor, Não é o Jeová 2"*
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*DEUS QUE MANTÉM O PRIVILÉGIO DE "ESCOLHIDOS"*
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O Deus de Gênesis escolhe uns e rejeita outros. O Deus de Jesus faz nascer o sol sobre bons e maus (Mt 5:45).
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS* .
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(ESTROFE 1)
No livro antigo, uns são eleitos a brilhar,
Outros são deixados, sem chance de alcançar,
O poder divino parece discriminar,
Enquanto Cristo ensina que o sol sobre todos há de raiar.

...

(ESTROFE 2)
Abraão recebe promessas, Ismael fica à margem,
Jacó é favorecido, outros sofrem sua coragem,
Mas Jesus revela um Deus sem essa engrenagem,
Que ama bons e maus com igual vantagem.

...

(ESTROFE 3)
Escolhidos e rejeitados, narrativas a pesar,
O povo se curva, sem entender ou questionar,
Mas Cristo mostra a luz que vem para todos iluminar,
E a justiça do Pai não é privilégio a separar.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová que escolhe e exclui,
O Pai de Jesus ama todos e nunca discrimina,
O sol nasce sobre justos e ímpios, sem distinção,
Revela-se o amor que ilumina a criação.

...

(ESTROFE 4)
Na história antiga, favores eram sinal de poder,
E aqueles sem graça se viam a padecer,
Jesus ensina que o Pai não pode rejeitar ninguém,
Todos são acolhidos, sem hierarquia de além.

...

(ESTROFE 5)
Os profetas falam de alianças, juramentos e lei,
Mas Cristo mostra que o amor não tem acepção, sei,
O Pai se derrama em sol, chuva e no pão,
Abençoando todos os filhos, sem distinção.

...

(ESTROFE 6)
Uns são privilegiados por sangue ou promessa, dizem,
Outros são esquecidos, e o mundo se compraz,
Mas Jesus revela que Deus é o amor que enriquece,
Não há escolhidos, apenas filhos que Ele aquece.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová que escolhe e exclui,
O Pai de Jesus ama todos e nunca discrimina,
O sol nasce sobre justos e ímpios, sem distinção,
Revela-se o amor que ilumina a criação.

...

(ESTROFE 7)
Perdoa-me, Senhor, por crer em privilégios e favor,
Por sustentar que uns eram mais dignos de amor,
Hoje vejo que o Filho veio revelar um Pai sem temor,
Que ama e acolhe todos, sem restrição ou ardor.

...

(ESTROFE 8)
O sol brilha igual, sobre campos e cidades,
Jesus ensina que o amor rompe desigualdades,
Agora descanso na promessa de Suas bondades,
Deus conosco, sem escolhas ou vaidades.

...

(PONTE)
Perdoa-me, Senhor, por aceitar a ideia de eleitos,
Por achar que uns tinham privilégios predestinados,
Jesus mostra que o Pai é justo, sem atos seletivos,
Amor que alcança todos, sem deixar ninguém excluído.

...

(REFRÃO)
Não, Senhor, tu não és o Jeová que escolhe e exclui,
O Pai de Jesus ama todos e nunca discrimina,
O sol nasce sobre justos e ímpios, sem distinção,
Revela-se o amor que ilumina a criação.

...

(REFRÃO FINAL)
Agora descanso em Jesus, Deus amor que nos guia,
Sem privilégios, sem medo, a luz do dia,
Seu amor se derrama sobre mim, alegria,
Deus conosco, eterna paz e harmonia.


EXPLICAÇÃO DO TEMA

O tema mostra a diferença entre a concepção de Deus como seletivo ou exclusivo em relação a alguns “escolhidos” no Antigo Testamento, como Abraão, Isaque e Jacó, e a revelação de Deus por Jesus Cristo. Enquanto Gênesis apresenta narrativas de eleição e privilégio, o evangelho de Mateus 5:45 revela que Deus faz nascer o sol sobre todos, bons e maus, indicando um amor universal e inclusivo. O poema evidencia essa tensão, mostrando que o privilégio no AT não reflete a essência do Pai revelado em Jesus, que não discrimina, acolhe e ama igualmente a todos.

Estudos teológicos destacam que a escolha de certos personagens no AT muitas vezes reflete contextos históricos e narrativos, não uma característica absoluta de Deus (Brueggemann, 1997; Childs, 2001). A revelação de Cristo redefine a compreensão divina: o Pai não mantém privilégios ou exclusões; o amor divino é universal e visa a reconciliação e a inclusão de todos (Wright, 1996; Moltmann, 1972). Assim, o poema é um convite à reflexão sobre a universalidade do amor divino, superando a noção de “eleitos” ou “rejeitados”.


BIBLIOGRAFIA

  1. Brueggemann, Walter — Theology of the Old Testament, 1997.

  2. Childs, Brevard S. — Introduction to the Old Testament as Scripture, 2001.

  3. Moltmann, Jürgen — The Crucified God, 1972.

  4. Wright, N. T. — Jesus and the Victory of God, 1996.

  5. Sanders, E. P. — Paul and Palestinian Judaism, 1977.

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