Poesia lírica

Resultado de imagem para poesia lírica

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
poesia lírica é uma forma de poesia que surgiu na Grécia Antiga, e originalmente, era feita para ser cantada ou acompanhada de flauta e lira (daí o lírico).

Classificação poesia lírica[editar | editar código-fonte]

Na poesia lírica o poeta fala diretamente ao leitor, representando os sentimentos, estado de espírito e percepções dele ou dela. O poema funciona como uma fotografia, registrando emoções e sentimentos do "eu lírico", isto é, a voz que se manifesta no poema. Essa voz pode representar o "eu" do próprio poeta (poesia confessional como a de Bocage) ou de outra pessoa ou ser, como fazia o trovador D. Dinis e como faz ainda hoje o compositor Chico Buarque, que tão bem interpretou os sentimentos da mulher em muitas de suas canções. Vejam dois exemplos do que foi dito:
Poesia confessional:
AMOR UNIVERSAL
Trago nos olhos a água, nascida na fonte da serra.
Na boca... na boca tenho terra, de tantas vezes ter ido ao chão.
Nas mãos trago uma roseira de luz
onde poesia é espinho ou flor.
No ventre trago a fome de mil gerações,
no peito mais de mil corações
e no coração, um infinito amor.
(Geraldo Chacon, Meu caderno de poesia. SP: Flâmula, 2004.)
Assim como muitos poetas, também Geraldo Chacon interpretou a alma feminina no seguinte poema:
ENFIM, MULHER!!
Cheguei da estrada, calada, triste e pensativa.
Trazia a alma impregnada de noite e de chuva
e o coração partido pelo amor perdido.
Tu me roubaste as roupas e os sentidos.
Tu me tomaste a boca
e me mordeste os seios
e me marcaste as pernas, a nuca
e nunca tão louca estive
entre outros braços.
Nunca, entre outros braços
me senti tão ardente e tão forte
tão perto da morte
e tão junto da vida!
Lutamos com mais furor
que a tempestade lá fora,
mas as árvores acalmaram os ventos
e teus carinhos os meus tormentos.
E rompeu a nova aurora
quando a luz do teu olhar
aqueceu-me todo o corpo
dando-me nova chama
e me fez sentir melhor
e me fez sentir mulher
quando te deitei na cama!
(Geraldo Chacon, Meu caderno de poesia. SP: Flâmula, 2004.)
A maioria da poesia lírica é feita em rimas, embora como em toda regra, existam exceções.
Rima é a identidade de som a partir da tônica, exemplo: ferida / perdida, amor / dor. Como a poesia lírica busca captar e preservar um estado afetivo pode ser curtíssima. Exemplo:
ENAMORADO
A qualquer aquarela
prefiro os olhos dela
na moldura da janela.
(Geraldo Chacon, Meu caderno de poesia. SP: Flâmula, 2004.)

Classificação poesia satírica[editar | editar código-fonte]

A literatura medieval portuguesa testemunha uma vocação satírica cultivada desde os cancioneiros primitivos até a poesia palaciana. Na lírica trovadoresca galego-portuguesa, as cantigas de escárnio e maldizer, visando com frequência certas personagens como jograis, soldadeiras, clérigos, fidalgos, plebeus nobilitados, satirizam certos aspetos da vida da corte, circunstâncias políticas, situações anedóticas e picarescas que apresentam uma ridicularização do amor cortês. Menos licenciosa, a poesia satírica do Cancioneiro Geral, assumindo também a sátira à sociedade do tempo, moteja costumes, indumentárias, constrangimentos da vida da corte; assume, frequentemente, uma postura antiexpansionista; denuncia a desordem social e apresenta, num ataque às damas, o reverso do amor cortês, privilegiando as composições coletivas de tom jocoso. [1]

Poetas[editar | editar código-fonte]

Referências

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • CARA, Salete de Almeida. A poesia lírica. São Paulo: Ática, 1998. ISBN 85-08-00003-0.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboçoEste artigo sobre literatura é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.


https://pt.wikipedia.org/wiki/Poesia_l%C3%ADrica