investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
1. EGOÍSMO – VIVEM PARA SI MESMOS, SEM SE PREOCUPAR COM AS NECESSIDADES DOS OUTROS
Na parábola do Grande Julgamento, Jesus separa as ovelhas dos bodes com base em como responderam às necessidades dos marginalizados. Aqueles que Jesus chama de "malditos" não foram condenados por crimes ou pecados abertamente escandalosos, mas pela sua indiferença às necessidades dos outros. Esses malditos viveram vidas egoístas, concentrando-se exclusivamente em si mesmos, sem prestar auxílio àqueles que estavam famintos, sedentos, doentes, ou presos. O egoísmo, aqui, é o fracasso de amar o próximo, uma característica central de uma vida voltada para si, ignorando a realidade e o sofrimento ao redor. Este comportamento revela um distanciamento completo do princípio do amor ao próximo, ignorando as dores e as necessidades dos mais vulneráveis, o que se opõe diretamente aos ensinamentos de Jesus.
2. OUTROS ENSINOS DE JESUS SOBRE O EGOÍSMO
Jesus constantemente condena o egoísmo em seus ensinos. Em Lucas 10:25-37, na Parábola do Bom Samaritano, Jesus ilustra a importância de colocar os outros à frente de nós mesmos, ao mostrar como o samaritano se compadeceu de um homem ferido, enquanto outros passaram de largo. O ensinamento central de Jesus de "amar ao próximo como a si mesmo" (Mateus 22:39) combate diretamente o egoísmo, que afasta as pessoas da prática desse mandamento. Outro exemplo é em Lucas 12:16-21, quando Jesus narra a história do rico insensato, um homem que acumulou riquezas para si e morreu sem compartilhar. Sua ganância foi retratada como egoísta e contraproducente ao verdadeiro tesouro no céu.
3. A TEOLOGIA BÍBLICA SOBRE O EGOÍSMO
A teologia bíblica vê o egoísmo como um dos principais obstáculos à vida cristã, já que o amor altruísta é um reflexo direto do caráter de Deus. Em seu livro A Ética Cristã (2010), Wayne Grudem argumenta que o egoísmo é contrário à ordem de Jesus para amar os outros e glorificar a Deus. John Stott, em O Discípulo Radical (2010), fala do chamado de Cristo para a negação do eu como sendo central para a vida cristã, o oposto do egoísmo. O apóstolo Paulo, em Filipenses 2:3-4, diz: "Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos." O egoísmo é visto, teologicamente, como um sinal de uma vida que ainda não foi transformada pelo Evangelho.
4. POR QUE JESUS CHAMA OS EGOÍSTAS DE MALDITOS?
Jesus, sendo um Deus de amor, chama essas pessoas de malditas porque o amor verdadeiro não pode coexistir com o egoísmo. Jesus ensinou que "qualquer que deseja salvar a sua vida, perdê-la-á" (Mateus 16:25), destacando que a vida centrada no egoísmo leva à autodestruição espiritual. A falta de misericórdia e compaixão pelos outros demonstra uma vida desconectada da fonte do amor divino, e isso leva a uma separação definitiva de Deus. Em Mateus 25:41, Jesus pronuncia a sentença: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno," mostrando que o egoísmo endurece o coração a ponto de impedir a comunhão com Deus, que é amor (1 João 4:8).
5. EGOÍSMO PRATICADO NOS DIAS DE HOJE POR RELIGIOSOS
Nos dias atuais, muitos religiosos praticam o egoísmo, justificando suas atitudes como sendo em nome de Deus, assim como os fariseus faziam. Há aqueles que se envolvem em rituais religiosos, frequentam templos e promovem eventos para "mostrar" sua fé, mas que, no dia a dia, ignoram as necessidades dos pobres e marginalizados. A religiosidade se torna uma fachada para esconder um coração egoísta, assim como Jesus condenou os fariseus por seus atos exteriores vazios de justiça e misericórdia (Mateus 23:27-28). Muitos justificam sua riqueza e conforto, dizendo que são abençoados por Deus, enquanto negligenciam o princípio bíblico de ajudar o próximo.
6. O INFERNO QUE O EGOÍSMO CAUSA NA VIDA DAS PESSOAS
Pessoas egoístas vivem um tipo de inferno presente, mesmo que não percebam. A busca incessante por satisfazer a si mesmo e ignorar os outros cria uma prisão emocional, espiritual e relacional. Essas pessoas frequentemente vivem isoladas, desprovidas de conexões profundas e verdadeiras com os outros, porque seu foco está em si mesmas. O egoísmo também alimenta o ciclo de insatisfação e vazio interior, como o jovem rico que, apesar de suas riquezas, saiu triste da presença de Jesus porque não estava disposto a abrir mão do que possuía para seguir a Cristo (Mateus 19:22). Mesmo com religiosidade, o coração egoísta está distante de Deus e do amor verdadeiro, vivendo uma realidade de alienação espiritual.
7. BIBLIOGRAFIA
- Grudem, Wayne. A Ética Cristã. Vida Nova, 2010.
- Stott, John. O Discípulo Radical. Ultimato, 2010.
- Piper, John. Deus é o Evangelho. Cultura Cristã, 2006.
- Wright, N.T.. Simplesmente Cristão. Editora Ultimato, 2007.
- Bonhoeffer, Dietrich. Discipulado. Editora Sinodal, 2015.
- Keller, Timothy. Igreja Centrada: Fazendo uma diferença em sua cidade. Vida Nova, 2016.
- Yancey, Philip. O Jesus que eu Nunca Conheci. Vida, 1999.
- Carson, D.A.. Cristianismo Puro e Simples. Editora Fiel, 2015.
- Pinnock, Clark H.. O Fogo que Consome: Uma visão alternativa do inferno. Reflexão, 1997.
- Packer, J.I.. O Conhecimento de Deus. Editora Cultura Cristã, 2005.
1. INDIFERENÇA AO SOFRIMENTO – IGNORAM OS QUE ESTÃO COM FOME, SEDE OU EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE
Na parábola do Grande Julgamento (Mateus 25:31-46), Jesus condena os "malditos" não por crimes ou pecados escandalosos, mas por sua indiferença ao sofrimento humano. Esses indivíduos falharam em cuidar dos mais necessitados — os famintos, sedentos, estrangeiros, doentes e presos. Eles não prestaram atenção àqueles que estavam em situações de extrema vulnerabilidade. A indiferença ao sofrimento é uma forma de omissão que reflete um coração endurecido, sem compaixão e desconectado do amor que Deus ordena para com o próximo. Essa indiferença não é apenas uma falha moral, mas um desvio espiritual, pois ignora a imagem de Deus presente nos sofredores.
2. OUTROS ENSINOS DE JESUS SOBRE A INDIFERENÇA AO SOFRIMENTO
Jesus repetidamente ensina sobre a importância de cuidar dos marginalizados e necessitados. Em Lucas 16:19-31, a parábola do rico e Lázaro exemplifica como a indiferença ao sofrimento de um mendigo levou à condenação eterna do homem rico. Jesus mostra que aqueles que ignoram os pobres e vulneráveis, como o rico ignorou Lázaro, sofrem uma separação espiritual definitiva de Deus. Jesus também condena a falta de misericórdia dos líderes religiosos em Mateus 23:23, quando critica os fariseus por sua ênfase nas regras religiosas enquanto negligenciavam "os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade". A indiferença ao sofrimento é incompatível com os princípios do Reino de Deus, que são centrados no amor ao próximo.
3. A TEOLOGIA BÍBLICA SOBRE A INDIFERENÇA AO SOFRIMENTO
A teologia bíblica afirma que o amor ao próximo é inseparável do amor a Deus. John Stott, em Cristianismo Básico (1958), argumenta que a verdadeira fé sempre se manifesta em atos de justiça e misericórdia. Wayne Grudem, em Teologia Sistemática (1994), ressalta que a indiferença ao sofrimento é uma consequência de um coração não regenerado, pois aqueles que experimentam o amor de Deus são chamados a expressar esse amor ao mundo. A Bíblia inteira reflete a preocupação de Deus com os oprimidos e os necessitados. Em Provérbios 21:13, está escrito: "Quem fecha os ouvidos ao clamor dos pobres também clamará e não será ouvido". A indiferença ao sofrimento é vista teologicamente como um pecado grave, que nega a essência do caráter de Deus.
4. POR QUE JESUS CHAMA OS INDIFERENTES AO SOFRIMENTO DE MALDITOS?
Jesus chama essas pessoas de "malditas" porque a indiferença ao sofrimento nega a natureza de Deus como amor (1 João 4:8). O amor de Deus é expressado na compaixão pelos oprimidos e vulneráveis, e aqueles que vivem em indiferença demonstram que não foram transformados por esse amor. Em Mateus 25:45, Jesus diz: "Sempre que o deixaram de fazer a um destes mais pequeninos, foi a mim que o deixaram de fazer." Jesus identifica-se diretamente com os marginalizados, e a indiferença a eles é equivalente à rejeição de Jesus. É por isso que Ele usa uma linguagem tão severa, porque, ao ignorar os necessitados, essas pessoas estão, de fato, rejeitando o próprio Deus.
5. INDIFERENÇA AO SOFRIMENTO NOS DIAS ATUAIS ENTRE RELIGIOSOS
Atualmente, muitos religiosos caem na mesma armadilha dos fariseus do tempo de Jesus. Em nome de rituais, moralismos ou dogmas, muitos cristãos negligenciam os necessitados ao seu redor, justificando sua indiferença com argumentos teológicos ou políticos. Frequentemente, instituições religiosas se concentram em preservar tradições, enquanto ignoram questões sociais como a pobreza, a fome e a desigualdade. Esse comportamento espelha a atitude dos fariseus que, embora religiosamente devotos, negligenciavam o "mais importante da Lei: a justiça, a misericórdia e a fidelidade" (Mateus 23:23). Muitos afirmam agir em nome de Deus, mas suas ações revelam uma desconexão com os valores centrais do Evangelho.
6. O INFERNO QUE OS INDIFERENTES JÁ VIVEM
Pessoas que praticam a indiferença ao sofrimento frequentemente vivem um tipo de inferno emocional e espiritual, mesmo que isso não seja imediatamente visível. O isolamento resultante de uma vida focada apenas em si mesmas cria uma separação dos outros e de Deus. Elas se tornam insensíveis, endurecendo ainda mais seus corações. Em vez de experimentar a vida abundante que Jesus promete, vivem em uma constante falta de sentido e propósito, buscando satisfação em coisas efêmeras e superficiais. Como o homem rico na parábola de Lázaro, esses indivíduos podem ter sucesso material, mas seu espírito vive em pobreza e separação de Deus, mesmo enquanto ainda estão nesta vida.
7. BIBLIOGRAFIA
- Stott, John. Cristianismo Básico. ABU Editora, 1958.
- Grudem, Wayne. Teologia Sistemática: Uma Introdução à Teologia Bíblica. Vida Nova, 1994.
- Wright, N.T.. Desafiar César: O Evangelho e o Império Romano. Ultimato, 2008.
- Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Editora Vozes, 1972.
- Piper, John. Vivendo para a Glória de Deus. Editora Fiel, 2006.
- Keller, Timothy. Justiça Generosa: A graça de Deus e a Justiça Social. Vida Nova, 2012.
- Bonhoeffer, Dietrich. Discipulado. Editora Sinodal, 2015.
- Pinnock, Clark H.. O Fogo que Consome: Uma visão alternativa do inferno. Reflexão, 1997.
- Carson, D.A.. A Difícil Doutrina do Amor de Deus. Vida Nova, 2000.
- Packer, J.I.. Conhecimento de Deus. Cultura Cristã, 2005.
1. FALTA DE EMPATIA – NÃO SE IMPORTAM COM AS DORES EMOCIONAIS E FÍSICAS DOS OUTROS
Na parábola do Grande Julgamento em Mateus 25, Jesus condena aqueles que mostraram uma falta de empatia ao ignorar as necessidades dos famintos, dos sedentos, dos estranhos, dos enfermos e dos presos. A falta de empatia é uma característica marcante dos "malditos", pois eles são incapazes de se compadecer e de se conectar emocionalmente com a dor alheia. Sem essa compaixão, eles falham em agir, deixando os necessitados sofrerem. Essa omissão revela um coração endurecido, que não vê valor em ajudar aqueles em sofrimento. Jesus ensina que o amor ao próximo, com ações empáticas, é essencial para viver os princípios do Reino de Deus.
2. OUTROS ENSINOS DE JESUS SOBRE A FALTA DE EMPATIA
Jesus ensinou repetidamente a importância da empatia e da compaixão. Em Lucas 10:25-37, na parábola do bom samaritano, Ele elogia a atitude do samaritano, que, diferentemente do sacerdote e do levita, vê o homem ferido e sente compaixão, socorrendo-o. Essa história ilustra a empatia como uma resposta sincera e prática ao sofrimento. Em Mateus 9:36, Jesus é movido pela compaixão ao ver as multidões, "porque estavam aflitas e desamparadas". A empatia é uma qualidade essencial no Reino de Deus, e Jesus sempre a demonstrou ao atender os marginalizados e sofredores. A falta de empatia, portanto, contradiz os ensinamentos de Jesus e demonstra um afastamento dos princípios do amor e da compaixão divina.
3. A TEOLOGIA BÍBLICA SOBRE A FALTA DE EMPATIA
A teologia bíblica afirma que a empatia é uma expressão do amor de Deus que flui por meio do coração dos crentes. John Stott, em Cristianismo Básico (1958), argumenta que a verdadeira fé é marcada pela compaixão. Wayne Grudem, em Teologia Sistemática (1994), ressalta que a empatia é fruto do Espírito Santo, sendo um indicador de um coração transformado. Em Provérbios 31:8-9, a Bíblia instrui a defesa dos que não têm voz e a empatia com os necessitados. Sem empatia, não há como viver a fé genuína, pois o coração insensível à dor alheia está distante de Deus.
4. POR QUE JESUS CHAMA OS INSENSÍVEIS DE MALDITOS?
Jesus chama os insensíveis de "malditos" porque a falta de empatia é uma evidência de que o amor de Deus não está presente neles. A Bíblia ensina que Deus é amor (1 João 4:8), e a ausência desse amor, que se manifesta na empatia, revela que essas pessoas estão espiritualmente mortas. Em Mateus 25:45, Jesus diz que o que deixaram de fazer aos pequeninos, deixaram de fazer a Ele, indicando que a falta de empatia para com os necessitados é equivalente a rejeitar o próprio Deus. A falta de empatia é, portanto, uma negação prática da natureza de Deus, e é por isso que Jesus usa uma linguagem tão forte, tratando-os como malditos.
5. FALTA DE EMPATIA NOS DIAS ATUAIS ENTRE RELIGIOSOS
Nos dias atuais, muitos religiosos ainda manifestam falta de empatia, justificando essa insensibilidade com doutrinas, moralismos ou dogmas. Há quem ignore o sofrimento dos outros, focando-se em questões superficiais, como a manutenção de tradições religiosas, em detrimento da compaixão. Semelhante aos fariseus criticados por Jesus, essas pessoas são rígidas em seus princípios, mas distantes do amor prático. Esse tipo de religiosidade distante e fria resulta numa falta de empatia até para com aqueles que mais necessitam de ajuda. Assim, acabam afastando-se dos princípios essenciais de Jesus, agindo de maneira contrária ao amor pregado por Ele.
6. O INFERNO QUE OS INSENSÍVEIS JÁ VIVEM
Pessoas insensíveis e carentes de empatia vivem em um "inferno" de isolamento e vazio. A falta de empatia gera um distanciamento dos outros e de Deus, resultando em uma vida solitária e sem significado profundo. Mesmo com rituais religiosos, elas permanecem espiritualmente secas e emocionalmente afastadas. Em vez de encontrar alegria na compaixão, alimentam uma frieza que as separa cada vez mais da verdadeira paz e conexão humana. Esse estado de vida, que reflete o "inferno" interior de indiferença, é agravado pela ausência do amor e da compaixão que trazem sentido à vida e um relacionamento genuíno com Deus.
7. BIBLIOGRAFIA
- Stott, John. Cristianismo Básico. ABU Editora, 1958.
- Grudem, Wayne. Teologia Sistemática: Uma Introdução à Teologia Bíblica. Vida Nova, 1994.
- Wright, N.T.. Desafiar César: O Evangelho e o Império Romano. Ultimato, 2008.
- Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Editora Vozes, 1972.
- Piper, John. Vivendo para a Glória de Deus. Editora Fiel, 2006.
- Keller, Timothy. Justiça Generosa: A graça de Deus e a Justiça Social. Vida Nova, 2012.
- Bonhoeffer, Dietrich. Discipulado. Editora Sinodal, 2015.
- Pinnock, Clark H.. O Fogo que Consome: Uma visão alternativa do inferno. Reflexão, 1997.
- Carson, D.A.. A Difícil Doutrina do Amor de Deus. Vida Nova, 2000.
- Packer, J.I.. Conhecimento de Deus. Cultura Cristã, 2005.
1. AVAREZA – APEGO EXCESSIVO AOS BENS MATERIAIS E FALTA DE GENEROSIDADE
Na parábola do Grande Julgamento em Mateus 25, a avareza se reflete nos “malditos” que ignoram as necessidades dos outros, sendo excessivamente apegados aos seus bens materiais. Essa característica é evidenciada pelo fato de que eles não compartilharam o que tinham com os necessitados, como os famintos, os sedentos e os marginalizados. A avareza é uma atitude egoísta que impede o fluxo de generosidade e de cuidado para com o próximo. Esses indivíduos falham em entender que a riqueza é um meio para servir aos outros e contribuir para o bem comum, e não um fim em si mesma. Jesus, portanto, aponta para esses indivíduos como malditos, pois a avareza os impede de viver de acordo com os princípios do Reino de Deus.
2. ENSINOS DE JESUS SOBRE A AVAREZA
Jesus ensina de maneira direta sobre a avareza, dizendo que “onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6:21). Ele alerta contra o amor ao dinheiro, afirmando que “ninguém pode servir a dois senhores. Ou odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro” (Mateus 6:24). Na parábola do rico insensato (Lucas 12:16-21), Jesus fala de um homem que acumulou riquezas e construiu celeiros maiores, mas não pensou em compartilhar nem em viver generosamente. Jesus destaca que a vida de uma pessoa não consiste na abundância de bens materiais, pois “a vida de uma pessoa não consiste na quantidade de bens que ela possui” (Lucas 12:15). Portanto, os ensinamentos de Jesus são claros: a avareza impede que o coração da pessoa se volte para o bem-estar dos outros e para a generosidade.
3. A TEOLOGIA BÍBLICA SOBRE A AVAREZA
A teologia bíblica adverte contra a avareza em várias passagens, considerando-a um vício perigoso. Segundo Wayne Grudem, em Teologia Sistemática (1994), a avareza é um desejo insaciável de riquezas, que leva à idolatria e ao afastamento de Deus. Em 1 Timóteo 6:9-10, Paulo escreve que “os que querem enriquecer caem em tentação e armadilha, e em muitos desejos tolos e prejudiciais, que afogam os homens na destruição e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males.” A avareza, portanto, é vista como uma idolatria do dinheiro, onde os bens materiais ocupam o lugar de Deus na vida da pessoa. A Bíblia afirma que é impossível servir a Deus e ao dinheiro, pois ambos competem pelo domínio do coração humano.
4. POR QUE JESUS TRATA OS AVAROS COMO MALDITOS?
Jesus, sendo o Deus de amor, trata os avarentos como malditos porque a avareza é uma forma de idolatria que rejeita o mandamento do amor ao próximo. Quando os indivíduos se apegam aos seus bens materiais e não compartilham com os necessitados, estão falhando no princípio fundamental do amor cristão. Como está escrito em Mateus 25:45, “o que vocês deixaram de fazer a um destes pequeninos, a mim o deixaram de fazer.” A falta de generosidade e de compaixão pelos necessitados revela um coração endurecido e desviado do verdadeiro amor de Deus. Assim, Jesus usa um julgamento severo para aqueles que priorizam suas riquezas em detrimento da vida em comunidade e do cuidado com os outros. A avareza é a antítese do amor, o que a torna condenável.
5. AVAREZA NOS DIAS ATUAIS ENTRE RELIGIOSOS
Nos dias de hoje, a avareza ainda se manifesta, inclusive entre religiosos que, muitas vezes, acumulam riquezas em nome de Deus. Embora pregue-se a generosidade, muitos líderes religiosos, como os fariseus no tempo de Jesus, acabam distorcendo os ensinamentos de Cristo para justificar a acumulação de bens materiais. Eles podem usar o nome de Deus para explorar os fiéis, prometendo riquezas em troca de ofertas generosas, mas sem um compromisso genuíno com o bem-estar dos outros. Essa avareza disfarçada de religiosidade pode levar à exploração de pessoas em situações vulneráveis, contrariando os princípios de Jesus de solidariedade e altruísmo.
6. O INFERNO QUE OS AVAROS JÁ VIVEM
A avareza leva as pessoas a viverem um inferno interno de insatisfação constante e medo. Apegados a suas riquezas, eles nunca se sentem plenos, pois estão sempre temendo a perda dos bens materiais, o que os afasta da verdadeira paz e do contentamento. A falta de generosidade cria um ciclo vicioso de solidão, já que a avareza impede o relacionamento saudável com os outros. Mesmo em sua religiosidade, essas pessoas permanecem distantes de Deus e da verdadeira alegria que vem de compartilhar e de servir. A avareza, assim, se torna um tormento espiritual e emocional, um “inferno” vivido aqui e agora, alimentado pela idolatria do dinheiro.
7. BIBLIOGRAFIA
- Stott, John. Cristianismo Básico. ABU Editora, 1958.
- Grudem, Wayne. Teologia Sistemática: Uma Introdução à Teologia Bíblica. Vida Nova, 1994.
- Wright, N.T.. Desafiar César: O Evangelho e o Império Romano. Ultimato, 2008.
- Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Editora Vozes, 1972.
- Piper, John. Vivendo para a Glória de Deus. Editora Fiel, 2006.
- Keller, Timothy. Justiça Generosa: A graça de Deus e a Justiça Social. Vida Nova, 2012.
- Bonhoeffer, Dietrich. Discipulado. Editora Sinodal, 2015.
- Pinnock, Clark H.. O Fogo que Consome: Uma visão alternativa do inferno. Reflexão, 1997.
- Carson, D.A.. A Difícil Doutrina do Amor de Deus. Vida Nova, 2000.
- Packer, J.I.. Conhecimento de Deus. Cultura Cristã, 2005.
1. ORGANIZAÇÃO PARA O MAL – CONSPIRAÇÃO PARA OPRIMIR E EXPLORAR OS OUTROS
Na parábola do Grande Julgamento, uma característica presente nos “malditos” é sua organização para o mal, ou seja, a disposição em conspirar para oprimir e explorar os vulneráveis. Esta característica se manifesta em um comportamento coletivo e intencional, que fere os princípios de justiça e compaixão. A cultura apocalíptica, tão popular naquela época, sugeria que os atos de injustiça e opressão atrairiam o julgamento divino. Esses “malditos” não apenas ignoravam os necessitados, mas ativamente se engajavam em atitudes que mantinham os outros em situações de opressão. Jesus os condena por agir contra o bem comum, preferindo organizar-se para tirar proveito de quem mais precisava de ajuda e apoio.
2. ENSINOS DE JESUS SOBRE A ORGANIZAÇÃO PARA O MAL
Jesus condena duramente aqueles que oprimem e exploram os outros, especialmente quando essa exploração é deliberada e organizada. Em Mateus 23:4, Ele denuncia os fariseus e mestres da lei por “atam fardos pesados e os põem sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos não os querem mover com um só dedo”. Jesus também menciona em Lucas 11:46 que estes líderes religiosos “impõem cargas que são difíceis de suportar”, o que revela um comportamento intencional de exploração. Em Mateus 18:6, Jesus declara que seria melhor que uma pessoa que causa dano aos outros “tivesse uma pedra de moinho pendurada ao pescoço e fosse afogada no mar.” Esses versículos mostram que Jesus condena não apenas a indiferença, mas qualquer tipo de organização maliciosa que prejudique outras pessoas, especialmente os mais fracos.
3. A TEOLOGIA BÍBLICA SOBRE A ORGANIZAÇÃO PARA O MAL
A teologia bíblica vê a opressão deliberada como uma forma grave de pecado, pois vai contra o princípio da justiça divina. Segundo Walter Brueggemann, em A Justiça Profética (1980), Deus se preocupa profundamente com a justiça social, e a organização intencional para o mal é uma violação direta dessa justiça. Isaías 10:1-2 condena aqueles que “fazem leis injustas” e privam os pobres de seus direitos, um exemplo claro de como a Bíblia considera oprimir e explorar um ato de grave injustiça. A organização para o mal é, portanto, uma afronta ao caráter de Deus, que é descrito como o Deus de justiça e defensor dos necessitados. A teologia bíblica alerta que tais comportamentos atraem o julgamento divino, pois desumanizam o próximo e desprezam os mandamentos de amor e justiça.
4. POR QUE JESUS TRATA OS ORGANIZADOS PARA O MAL COMO MALDITOS?
Jesus chama essas pessoas de “malditos” porque seu comportamento representa uma rejeição radical do amor e da justiça que Ele exige. Quando uma pessoa ou grupo se organiza intencionalmente para oprimir, eles demonstram uma total insensibilidade ao sofrimento do próximo, além de abusarem de sua posição de poder. Em Mateus 25:45, Jesus afirma que “tudo o que deixaram de fazer a um destes pequeninos, foi a mim que deixaram de fazer.” A opressão, então, é vista por Jesus como uma rejeição direta de Sua presença e de Seus ensinamentos. Em sua natureza de Deus amoroso, Jesus precisa condenar esses atos para que o mal não prospere e a justiça seja restabelecida.
5. ORGANIZAÇÃO PARA O MAL NOS DIAS ATUAIS
Hoje, vemos essa característica em diferentes contextos, inclusive entre religiosos que dizem agir em nome de Deus. Muitas organizações, até mesmo em nome de uma fé, acabam explorando financeiramente ou emocionalmente seus seguidores, prometendo benefícios que nunca entregam. Como os fariseus no tempo de Jesus, esses líderes muitas vezes utilizam sua influência para enriquecer às custas dos necessitados, manipulando-os para obter vantagem. A prática de oprimir ou explorar aqueles que buscam auxílio e orientação, ao invés de servir, é uma forma moderna de organização para o mal, e essa hipocrisia contradiz os ensinamentos de Jesus.
6. O INFERNO QUE ESSAS PESSOAS JÁ VIVEM
Aqueles que se organizam para oprimir e explorar já vivem em um tipo de “inferno” que alimenta sua ganância e egoísmo. Esse inferno é caracterizado por um ciclo constante de insatisfação, pois a exploração e o abuso nunca saciam verdadeiramente o vazio interno que essas pessoas sentem. Além disso, suas relações se tornam superficiais e baseadas em interesse, levando a uma solidão espiritual e emocional. Esse estado interno de tormento cresce, pois, embora possam se considerar “religiosos”, vivem em contradição direta com os valores de compaixão e de serviço ao próximo, o que acaba por aumentar ainda mais seu isolamento.
7. BIBLIOGRAFIA
- Brueggemann, Walter. A Justiça Profética. Vozes, 1980.
- Wright, N.T.. Surpreendido pela Esperança. Editora Ultimato, 2008.
- Stott, John. Cristianismo Básico. ABU Editora, 1958.
- Moltmann, Jürgen. O Deus Crucificado. Editora Vozes, 1972.
- Piper, John. Vivendo para a Glória de Deus. Editora Fiel, 2006.
- Keller, Timothy. Justiça Generosa: A graça de Deus e a Justiça Social. Vida Nova, 2012.
- Bonhoeffer, Dietrich. Discipulado. Editora Sinodal, 2015.
- Pinnock, Clark H.. O Fogo que Consome: Uma visão alternativa do inferno. Reflexão, 1997.
- Carson, D.A.. A Difícil Doutrina do Amor de Deus. Vida Nova, 2000.
- Packer, J.I.. Conhecimento de Deus. Cultura Cristã, 2005.
1. INJUSTIÇA – NÃO SE IMPORTAM COM A JUSTIÇA E EXPLORAM OS MAIS FRACOS
No Grande Julgamento em Mateus 25, Jesus aponta para os “malditos” que negligenciaram os necessitados, agindo de forma injusta e insensível. A injustiça, nesse contexto, é definida como a incapacidade de defender os mais vulneráveis e o uso de poder para explorar e subjugar os fracos. Ao ignorarem as necessidades dos famintos, sedentos, estrangeiros, doentes e presos, essas pessoas demonstraram um desprezo prático pela justiça. Na cultura apocalíptica da época, o juízo final era visto como o momento em que a justiça de Deus seria plenamente revelada e aqueles que perpetuaram a injustiça seriam severamente punidos.
2. ENSINOS DE JESUS SOBRE INJUSTIÇA
Jesus aborda frequentemente a questão da injustiça em seus ensinamentos. Ele condena a hipocrisia dos líderes religiosos que “devoram as casas das viúvas” enquanto fazem longas orações para aparecer (Marcos 12:40). Em Lucas 4:18-19, ao iniciar seu ministério, Jesus declara que veio para libertar os oprimidos e proclamar o “ano aceitável do Senhor,” destacando seu compromisso com a justiça social. A parábola do bom samaritano (Lucas 10:25-37) também ilustra como a verdadeira justiça implica ação em prol dos necessitados, independentemente das barreiras sociais.
3. A TEOLOGIA BÍBLICA SOBRE INJUSTIÇA
A teologia bíblica enfatiza que Deus é um defensor da justiça. O profeta Amós clama: “Corra a justiça como um rio, a retidão como um ribeiro perene” (Amós 5:24). Para Walter Brueggemann em A Mensagem Profética (1980), a justiça é o centro da missão divina e qualquer violação dela representa uma afronta direta ao caráter de Deus. O Antigo Testamento condena a exploração, especialmente de órfãos, viúvas e estrangeiros (Êxodo 22:22-24), enquanto no Novo Testamento, Tiago escreve que a religião pura e imaculada é “cuidar dos órfãos e das viúvas em suas dificuldades” (Tiago 1:27).
4. POR QUE JESUS TRATA OS INJUSTOS COMO MALDITOS?
Jesus chama os injustos de “malditos” porque suas ações ou omissões refletem um desprezo pelo próximo e pela presença de Deus neles. Em Mateus 25:45, Ele afirma que negligenciar os necessitados é negligenciar o próprio Cristo. O amor de Jesus é inseparável de sua justiça, e Ele não pode tolerar comportamentos que perpetuam a opressão. Jesus disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” (Mateus 5:6), deixando claro que aqueles que praticam a injustiça estão em oposição direta aos valores do Reino de Deus.
5. INJUSTIÇA NOS DIAS ATUAIS
Atualmente, a injustiça se manifesta de diversas maneiras, incluindo sistemas econômicos exploradores, discriminação social e religiosa, e negligência deliberada às necessidades dos marginalizados. Muitos líderes religiosos contemporâneos, como os fariseus do tempo de Jesus, utilizam sua posição para justificar práticas que exploram os mais fracos, alegando estar cumprindo a vontade divina. Casos de corrupção dentro de organizações religiosas e omissão em questões sociais, como a crise de refugiados e a desigualdade, refletem a continuidade dessa característica nos dias de hoje.
6. O INFERNO QUE OS INJUSTOS JÁ VIVEM
Os injustos vivem em um inferno existencial, marcado pela insensibilidade, ganância e alienação do amor ao próximo. Sua busca incessante por poder e riqueza os prende em um ciclo de ansiedade, isolamento e vazio espiritual. Embora possam demonstrar religiosidade, suas ações contradizem os princípios divinos, criando uma desconexão profunda com Deus e com a verdadeira paz interior. Esse estado de tormento interno é agravado por sua incapacidade de reconhecer e corrigir suas falhas, perpetuando uma existência desprovida de amor genuíno e significado.
7. BIBLIOGRAFIA
- Brueggemann, Walter. A Mensagem Profética: Justiça no Antigo Testamento. Vozes, 1980.
- Stott, John. O Discípulo Radical. Ultimato, 2010.
- Wright, N.T.. Surpreendido pela Esperança: Ressurreição e Justiça no Reino de Deus. Editora Ultimato, 2008.
- Piper, John. Vivendo para a Glória de Deus. Fiel, 2006.
- Bonhoeffer, Dietrich. Ética. Sinodal, 2005.
- Keller, Timothy. Justiça Generosa: Redescobrindo o Amor na Justiça Social. Vida Nova, 2012.
- Moltmann, Jürgen. Teologia da Esperança. Editora Vozes, 1964.
- Carson, D.A.. Cristianismo e Justiça. Vida Nova, 1995.
- Ellul, Jacques. A Subversão do Cristianismo. Sinodal, 1986.
- Hauerwas, Stanley. A Paz de Deus e a Justiça do Mundo. Loyola, 1983.
1. SOBERBA – ACHAM QUE SÃO SUPERIORES AOS OUTROS E DESPREZAM OS HUMILDES
No Grande Julgamento descrito em Mateus 25, a soberba é implícita na atitude dos “malditos” que falharam em reconhecer as necessidades dos marginalizados. A soberba, neste caso, os cegou para a importância do cuidado com os outros, especialmente com os mais humildes. Essa característica os levou a priorizar seu próprio status e conforto, acreditando que estavam acima dos desafios enfrentados pelos menos favorecidos. No contexto apocalíptico, a soberba era vista como uma barreira que separava as pessoas da justiça de Deus e as inclinava para a autossuficiência, desprezando a comunhão e a interdependência que Deus ordena.
2. ENSINOS DE JESUS SOBRE A SOBERBA
Jesus frequentemente condenou a soberba e exaltou a humildade. Em Lucas 18:9-14, Ele conta a parábola do fariseu e do publicano, mostrando que “quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.” Em Mateus 23:12, Jesus adverte contra a arrogância: “Qualquer que a si mesmo se exaltar será humilhado.” A soberba é também rejeitada no Sermão da Montanha, onde Jesus proclama: “Bem-aventurados os humildes, pois eles herdarão a terra” (Mateus 5:5). Esses ensinamentos sublinham a inversão de valores do Reino de Deus, onde a grandeza é encontrada na humildade e no serviço ao próximo.
3. A TEOLOGIA BÍBLICA SOBRE A SOBERBA
A teologia bíblica aponta a soberba como raiz de muitos pecados, sendo frequentemente mencionada em oposição direta ao caráter de Deus. Em Provérbios 16:18, lemos: “A soberba precede a destruição, e o espírito altivo, a queda.” Para Agostinho em Confissões (398 d.C.), a soberba é o pecado original que leva à separação de Deus. Karl Barth, em Dogmática Eclesiástica (1932), argumenta que a soberba humana reflete uma rejeição da soberania divina e uma tentativa de usurpar o lugar de Deus. Ela é condenada porque distorce a verdadeira relação entre Deus e os homens, colocando o ego humano no centro.
4. POR QUE JESUS TRATA OS SOBERBOS COMO MALDITOS?
Jesus trata os soberbos como malditos porque sua atitude de superioridade impede a prática do amor ao próximo e a submissão à vontade de Deus. Em Mateus 25:45, Ele afirma que os que negligenciam os necessitados rejeitam o próprio Cristo. A soberba é incompatível com o Reino de Deus, pois este é fundamentado na humildade e na dependência de Deus. O próprio Jesus demonstrou humildade ao lavar os pés dos discípulos (João 13:14-15), deixando claro que o serviço aos outros é um atributo essencial do amor divino.
5. SOBERBA NOS DIAS ATUAIS
Nos tempos atuais, a soberba se manifesta em atitudes de arrogância e superioridade, muitas vezes mascaradas por religiosidade. Líderes religiosos e fiéis que usam sua posição para julgar, condenar e excluir refletem a mesma soberba dos fariseus denunciados por Jesus. Práticas como discriminação social, moralismo extremo e a busca por reconhecimento público em atos religiosos evidenciam a prevalência dessa característica. Em muitos casos, essas atitudes são justificadas em nome de Deus, perpetuando injustiças e marginalizações.
6. O INFERNO QUE OS SOBERBOS JÁ VIVEM
Os soberbos vivem em um estado de alienação espiritual, marcado pelo vazio causado por sua incapacidade de reconhecer sua dependência de Deus e a necessidade de se conectar com os outros. Sua obsessão pelo status e autoimagem os aprisiona em um ciclo de insatisfação e isolamento. Esse inferno existencial é agravado pela ausência de humildade, que os impede de experimentar a verdadeira paz e alegria que vêm da comunhão com Deus e com o próximo. Mesmo em suas práticas religiosas, a soberba os mantém distantes do amor genuíno que transforma vidas.
7. BIBLIOGRAFIA
- Agostinho de Hipona. Confissões. Paulus, 2000.
- Barth, Karl. Dogmática Eclesiástica: A Revelação de Deus. Editora Sinodal, 1932.
- Lewis, C.S.. Cristianismo Puro e Simples. Martins Fontes, 2001.
- Keller, Timothy. A Cruz do Rei: A História do Evangelho e a Redefinição de Ambição. Vida Nova, 2012.
- Wright, N.T.. Desafios do Discipulado: A Cruz e o Reino de Deus. Vida Nova, 2006.
- Bonhoeffer, Dietrich. O Custo do Discipulado. Sinodal, 1995.
- Piper, John. Em Busca de Deus: A Plenitude da Alegria Cristã. Fiel, 1990.
- Yancey, Philip. Maravilhosa Graça. Vida, 1997.
- Brueggemann, Walter. A Espiritualidade do Antigo Testamento: A Paixão por Deus. Vozes, 1997.
- Ellul, Jacques. A Subversão do Cristianismo. Sinodal, 1986
1. ARROGÂNCIA – JULGAM-SE AUTOSSUFICIENTES E DESPREZAM O PRÓXIMO
No contexto de Mateus 25, a arrogância dos “malditos” é demonstrada pela indiferença em relação às necessidades dos outros. Eles negligenciaram alimentar os famintos, acolher os estrangeiros e visitar os doentes e presos, atitudes que revelam uma visão autossuficiente e desdenhosa em relação aos mais vulneráveis. Essa arrogância os impede de reconhecer o valor do próximo e, consequentemente, de agir em favor de quem está em necessidade. Na cultura apocalíptica da época, tal comportamento simbolizava rejeição aos princípios de justiça e compaixão exigidos por Deus.
2. ENSINOS DE JESUS SOBRE A ARROGÂNCIA
Jesus frequentemente advertiu contra a arrogância e a autossuficiência. Em João 15:5, Ele declara: “Sem mim nada podeis fazer,” enfatizando a dependência de Deus. Na parábola do fariseu e do publicano (Lucas 18:9-14), Jesus condena o orgulho do fariseu que se exalta e elogia o publicano que se humilha, ensinando que “quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado.” Além disso, em Mateus 11:29, Jesus chama seus seguidores a serem mansos e humildes de coração, em oposição à arrogância que separa o homem de Deus e do próximo.
3. A TEOLOGIA BÍBLICA SOBRE A ARROGÂNCIA
A teologia bíblica descreve a arrogância como um pecado que rompe a comunhão com Deus e os outros. Em Provérbios 16:18, lemos: “A soberba precede a destruição, e o espírito altivo, a queda.” Teólogos como Agostinho consideram a arrogância como uma forma de idolatria do ego, colocando o "eu" no lugar de Deus. Dietrich Bonhoeffer, em O Custo do Discipulado (1937), ressalta que a verdadeira fé exige humildade, pois a arrogância é uma negação prática da necessidade da graça divina. A arrogância também é tratada como antítese da virtude cristã do amor, que busca servir e não dominar.
4. POR QUE JESUS TRATA OS ARROGANTES COMO MALDITOS?
Jesus os chama de malditos porque sua arrogância contradiz os mandamentos centrais de amar a Deus e ao próximo (Mateus 22:37-39). Eles não apenas negligenciam os necessitados, mas também rejeitam a Cristo, pois, como Ele afirma, “sempre que deixaram de fazer a um destes pequeninos, foi a mim que deixaram de fazer” (Mateus 25:45). A arrogância impede a compaixão e o serviço, valores essenciais no Reino de Deus, levando à separação espiritual definitiva de Deus, simbolizada pela condenação eterna.
5. A ARROGÂNCIA EM NOSSOS DIAS
Atualmente, a arrogância se manifesta de diversas formas, inclusive entre líderes religiosos e fiéis. Muitos utilizam sua posição para impor julgamentos e desprezar os marginalizados, acreditando que estão acima das outras pessoas. Alguns religiosos demonstram arrogância ao usarem sua fé como justificativa para discriminação, opressão e exclusividade espiritual, ignorando os princípios de amor e igualdade ensinados por Jesus. Como os fariseus, agem em nome de Deus, mas contradizem o caráter do evangelho de compaixão e humildade.
6. O INFERNO VIVIDO PELOS ARROGANTES
A arrogância cria um estado de isolamento espiritual e emocional. Essas pessoas vivem um “inferno” interno, marcado pela constante necessidade de validação e a incapacidade de se relacionar genuinamente com Deus e com o próximo. Sua autossuficiência os impede de experimentar a alegria da comunhão e da solidariedade, deixando-os presos em uma existência vazia, apesar de qualquer fachada religiosa. Quanto mais se apegam à arrogância, mais se distanciam da verdadeira paz e propósito.
7. BIBLIOGRAFIA
- Agostinho de Hipona. Confissões. Paulus, 2000.
- Bonhoeffer, Dietrich. O Custo do Discipulado. Sinodal, 1995.
- Keller, Timothy. O Deus Pródigo: Redescobrindo a Essência da Fé Cristã. Vida Nova, 2008.
- Piper, John. A Supremacia de Deus na Pregação. Fiel, 1990.
- Yancey, Philip. Decepcionado com Deus. Vida, 1997.
- Lewis, C.S.. Mero Cristianismo. Martins Fontes, 2001.
- Wright, N.T.. Como Deus se Tornou Rei: A História Esquecida dos Evangelhos. Vida Nova, 2012.
- Barth, Karl. Dogmática Eclesiástica: Introdução à Teologia Evangélica. Sinodal, 1932.
- Ellul, Jacques. A Subversão do Cristianismo. Sinodal, 1986.
- Brueggemann, Walter. Teologia do Antigo Testamento: Testemunho, Disputa e Advocacia. Loyola, 1997.
1. DESPREZO PELOS POBRES – OLHAM COM DESDÉM PARA OS POBRES E OS MARGINALIZADOS
Em Mateus 25, Jesus revela que os “malditos” são condenados por negligenciarem os necessitados, como os famintos, sedentos, estrangeiros, enfermos e presos. Este desprezo pelos pobres não se trata apenas de inação, mas de uma atitude de desdém que desumaniza os vulneráveis. Na cultura apocalíptica da época, a responsabilidade de cuidar dos pobres era vista como um reflexo da fidelidade a Deus. Ao ignorarem os necessitados, essas pessoas rejeitaram o próprio Jesus, que se identificou com os oprimidos, dizendo: “Sempre que deixaram de fazer a um destes pequeninos, foi a mim que deixaram de fazer” (Mateus 25:45).
2. ENSINOS DE JESUS SOBRE O DESPREZO PELOS POBRES
Jesus consistentemente enfatizou a dignidade e o cuidado com os pobres. Em Lucas 4:18-19, Ele proclama que veio para “anunciar boas novas aos pobres.” Em Marcos 12:41-44, ao elogiar a viúva pobre por sua generosidade, Jesus demonstra que a espiritualidade autêntica é medida pelo sacrifício e pela compaixão, não pela aparência externa. Além disso, na parábola do rico e Lázaro (Lucas 16:19-31), Jesus adverte sobre as consequências eternas do desprezo pelos pobres, retratando o rico em tormento após ignorar as necessidades de Lázaro.
3. A TEOLOGIA BÍBLICA SOBRE O DESPREZO PELOS POBRES
A teologia bíblica aponta o cuidado com os pobres como um imperativo moral central. Em Deuteronômio 15:7-11, Deus ordena generosidade e compaixão para com os necessitados. Teólogos como Gustavo Gutiérrez, em Teologia da Libertação (1971), destacam que o cuidado com os pobres reflete a justiça de Deus. Martin Luther King Jr., em seus sermões, enfatiza que a verdadeira religião se expressa em amor prático, especialmente para com os marginalizados. A negligência aos pobres é vista como uma violação do caráter de Deus e de sua aliança com o povo.
4. POR QUE JESUS TRATA OS DESPREZADORES DOS POBRES COMO MALDITOS?
Jesus os considera “malditos” porque sua indiferença contradiz diretamente os mandamentos do amor. O desdém pelos pobres demonstra uma falta de empatia e um rompimento com a vontade divina. Isaías 58:6-7 reflete a ênfase de Deus em ações concretas de justiça social, como alimentar os famintos e abrigar os desabrigados. Ao ignorarem os pobres, essas pessoas rejeitam a Deus, que se identifica com os necessitados (Provérbios 19:17). A condenação é um reflexo da justiça divina, que protege os vulneráveis e responsabiliza os que desprezam seus semelhantes.
5. DESPREZO PELOS POBRES EM NOSSOS DIAS
Hoje, o desprezo pelos pobres é visível em sistemas econômicos que perpetuam a desigualdade e em atitudes individuais de indiferença. Muitos religiosos, como os fariseus da época de Jesus, justificam sua falta de compaixão usando interpretações distorcidas da fé, afirmando que pobreza é resultado de falta de esforço ou bênção divina. Essa postura alimenta exclusão e marginalização, muitas vezes disfarçadas de piedade. Organizações religiosas que acumulam riquezas enquanto ignoram os necessitados exemplificam essa contradição.
6. O INFERNO VIVIDO PELOS DESPREZADORES DOS POBRES
Quem despreza os pobres vive um inferno de isolamento emocional e espiritual. A busca incessante por riqueza e status muitas vezes resulta em vazio interior e desconexão com os outros. Essa indiferença desumaniza tanto os pobres quanto os próprios desprezadores, que perdem a capacidade de experimentar empatia e amor genuíno. Mesmo com práticas religiosas, esses indivíduos perpetuam sua miséria espiritual, alimentada por culpa reprimida e pela falta de propósito.
7. BIBLIOGRAFIA
- Gutiérrez, Gustavo. Teologia da Libertação: Perspectivas. Vozes, 1971.
- King Jr., Martin Luther. A Força de Amar. Zahar, 1963.
- Wright, N.T.. Desafios do Novo Testamento para a Igreja Hoje. Vida Nova, 2010.
- Brueggemann, Walter. A Justiça Poética no Antigo Testamento. Loyola, 1986.
- Ellul, Jacques. O Significado dos Pobres na Bíblia. Sinodal, 1973.
- Keller, Timothy. Justiça Generosa: A Graça de Deus e a Justiça Social. Vida Nova, 2010.
- Yancey, Philip. O Jesus que Eu Nunca Conheci. Vida, 1995.
- Bosch, David. Missão Transformadora: Mudando Paradigmas em Missiologia. Vida Nova, 1991.
- Piper, John. Vendo e Saboreando Jesus Cristo. Fiel, 2004.
- Barth, Karl. A Igreja e a Sociedade. Sinodal, 1949.
1. REJEIÇÃO DOS DESPREZADOS – NÃO ACOLHEM OS QUE SÃO REJEITADOS PELA SOCIEDADE
No grande julgamento descrito em Mateus 25, Jesus destaca a falta de acolhimento aos marginalizados como uma marca dos malditos. Estes ignoraram os estrangeiros, os doentes e os presos, grupos frequentemente desprezados pela sociedade da época. Tal rejeição reflete uma desconexão com o coração de Deus, que valoriza e se identifica com os excluídos. Jesus deixa claro que cuidar dos rejeitados equivale a cuidar do próprio Cristo, demonstrando que o acolhimento é uma expressão tangível do amor divino (Mateus 25:40).
2. ENSINOS DE JESUS SOBRE A REJEIÇÃO DOS DESPREZADOS
Jesus consistentemente desafiou a rejeição social dos marginalizados. Ele tocou os leprosos (Lucas 5:12-16), jantou com cobradores de impostos e pecadores (Mateus 9:10-13), e conversou com a mulher samaritana, quebrando tabus sociais e religiosos (João 4:7-26). Em Lucas 15, nas parábolas da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho pródigo, Ele revela o profundo valor que Deus dá aos que estão à margem. Essas ações e ensinamentos destacam que rejeitar os desprezados é contrário ao Reino de Deus.
3. A TEOLOGIA BÍBLICA SOBRE A REJEIÇÃO DOS DESPREZADOS
A teologia bíblica ensina que Deus se importa profundamente com os marginalizados. Em Isaías 58:6-7, Deus chama seu povo a libertar os oprimidos e acolher os necessitados. Miroslav Volf, em Exclusão e Abraço (1996), argumenta que a verdadeira reconciliação exige um acolhimento radical do outro, mesmo aqueles que são vistos como indignos. A rejeição dos desprezados é considerada uma violação do pacto de amor que Deus estabelece com a humanidade, especialmente com os vulneráveis.
4. POR QUE JESUS TRATA OS REJEITADORES DOS DESPREZADOS COMO MALDITOS?
Jesus os considera malditos porque rejeitar os marginalizados equivale a rejeitar o próprio Deus. Este julgamento é baseado na lógica do Reino de Deus, onde os últimos são os primeiros (Mateus 20:16). O desprezo pelos rejeitados contradiz o amor divino e perpetua sistemas de injustiça e exclusão. Em Provérbios 21:13, há um alerta claro: “Quem fecha os ouvidos ao clamor do pobre também clamará e não será ouvido.” Essa postura de rejeição é incompatível com o caráter de Deus, que é amor (1 João 4:8).
5. A PRÁTICA ATUAL DA REJEIÇÃO DOS DESPREZADOS
Nos dias de hoje, a rejeição dos desprezados se manifesta em discriminações contra imigrantes, pessoas em situação de rua, minorias raciais e sociais. Muitos religiosos justificam essa exclusão usando interpretações seletivas da fé, assim como os fariseus. Igrejas que rejeitam pessoas LGBTQIA+ ou estigmatizam dependentes químicos reproduzem essa característica. Assim, o que deveria ser um espaço de acolhimento e transformação torna-se local de exclusão e perpetuação de preconceitos.
6. O INFERNO VIVIDO PELOS REJEITADORES DOS DESPREZADOS
A rejeição dos desprezados gera um inferno interno, caracterizado por solidão, culpa e desconexão com Deus e com o próximo. Essas pessoas vivem presas a um ciclo de preconceitos e medo, que as impede de experimentar a verdadeira alegria do amor. Mesmo com práticas religiosas, sua dureza de coração as mantém afastadas da graça e da paz que vem de um relacionamento autêntico com Deus.
7. BIBLIOGRAFIA
- Volf, Miroslav. Exclusão e Abraço: Uma Teologia da Reconciliação. Paulus, 1996.
- Wright, N.T.. Surpreendido pela Esperança: Repensando o Céu, a Ressurreição e a Missão da Igreja. Vida Nova, 2008.
- Keller, Timothy. A Igreja Centrada: Como o Evangelho Transforma a Igreja e a Comunidade. Vida Nova, 2014.
- Gutiérrez, Gustavo. Teologia da Libertação: Perspectivas. Vozes, 1971.
- Piper, John. Deus é o Evangelho: Meditações sobre o Amor de Deus como Dom que Satisfaz a Alma. Shedd, 2006.
- Bonhoeffer, Dietrich. Vida em Comunhão. Sinodal, 1939.
- Brueggemann, Walter. Teologia do Antigo Testamento: Testemunho, Disputa, Advocacia. Loyola, 1997.
- Ellul, Jacques. A Subversão do Cristianismo. Vida Nova, 1984.
- Bosch, David. Transformando Missões: Mudando Paradigmas em Teologia de Missões. Vida Nova, 1991.
- Barth, Karl. Dogmática da Igreja. Sinodal, 1936.