investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
1ª Estrofe
Quando fui a vós, irmãos queridos,
Sem palavras sábias, nem brilhos fingidos.
Proclamei a Cristo, e a Ele crucificado,
Com temor no peito, e olhar amedrontado.
Minha força não era minha, mas do Senhor,
Que opera na fraqueza com imenso amor.
Não vim com sabedoria que se admira,
Mas com poder que do Espírito respira.
2ª Estrofe
Entre os maduros, falamos sabedoria,
Não deste século, que logo se esvazia.
Deus preparou antes do tempo a verdade,
Um mistério oculto em Sua eternidade.
Príncipes do mundo, em sua cegueira,
Não viram na cruz a vitória verdadeira.
Pois o que olho não viu, nem ouvido ouviu,
Foi revelado ao coração que Deus construiu.
3ª Estrofe
O Espírito sonda as profundezas divinas,
Mostra-nos as coisas que a graça ilumina.
O homem natural não as pode aceitar,
Pois são espirituais, difíceis de enxergar.
Quem conhece os pensamentos do Senhor?
Somente o Espírito revela Seu amor.
O discernimento é dado a quem confia,
E em Cristo encontra a sabedoria.
4ª Estrofe
Nós recebemos o Espírito que Deus nos deu,
Para conhecer a graça que em Cristo nasceu.
Palavras que o mundo jamais entenderia,
São ensinadas pelo Espírito que nos guia.
Quem julga espiritualmente está protegido,
Pois discerne o bem pelo Pai concedido.
Temos a mente de Cristo, fonte infinita,
E nela a verdade que a vida nos dita.
5ª Estrofe
Portanto, irmãos, sigamos com fé e amor,
Na sabedoria do Espírito Consolador.
Não nos deixemos pelo mundo enganar,
Mas com Cristo, o caminho sempre trilhar.
A cruz é loucura para quem não crê,
Mas para nós é poder que vem do viver.
O Espírito revela o que antes ocultou,
A glória de Deus, que o tempo anunciou.
1ª Estrofe
Não pude falar como a sábios ou fortes,
Mas como crianças em seus primeiros portes.
Leite vos dei, e não sólido alimento,
Pois não estavam prontos para o entendimento.
Ainda sois carnais, disputando razões,
Com invejas e brigas nas discussões.
Não é Paulo, nem Apolo quem vos salva,
É Cristo quem o verdadeiro alicerce lavra.
2ª Estrofe
Quem planta e quem rega são servos iguais,
Cada um recompensado por seus ideais.
Somos cooperadores na obra divina,
E vós sois edifício, construção que ilumina.
O fundamento é Cristo, ninguém pode mudar,
Edificai com cuidado o que irão encontrar.
O fogo provará o que cada um ergueu,
E o valor da obra será julgado por Deus.
3ª Estrofe
Não sabeis que sois o templo do Senhor?
E que o Espírito habita em vosso interior?
Se alguém destruir esse templo sagrado,
De Deus será por justiça condenado.
A sabedoria do mundo é vã e perdida,
Pois Deus apanha os sábios em sua descida.
Tudo é vosso, seja Paulo ou Apolo,
Mas sois de Cristo, e Cristo é de Deus no solo.
4ª Estrofe
A ninguém engane, pense ser o que não é,
Pois grandeza mundana é falácia e fé.
Somos mordomos de tudo, mas com humildade,
Guardando em Cristo a eterna verdade.
Que ninguém se glorie no que aqui tem,
Pois tudo é de Deus, o Senhor que mantém.
A sabedoria é Sua, e n'Ele confiamos,
Com Cristo ao centro, edificamos.
5ª Estrofe
O julgamento vem, e fogo provará,
Se a obra é firme ou se desabará.
Somos chamados a construir o bem,
Na rocha de Cristo que nunca vai além.
O campo é de Deus, somos seus trabalhadores,
Plantamos em amor, somos construtores.
Guardemos o templo com temor profundo,
Cristo é o alicerce, a luz para o mundo.
1ª Estrofe
Ousa algum de vós ir a juízo,
Contra outro irmão no tribunal?
Não sabeis que os santos do Altíssimo
Hão de julgar o mundo no final?
Se o mundo há de ser julgado por vós,
Não sois dignos de causas pequenas?
Não sabeis que julgaremos até os anjos,
E não podemos decidir entre cenas?
2ª Estrofe
Digo para vergonha de vocês,
Que entre vós não há um sábio,
Para julgar entre os irmãos de uma vez,
Ao invés de levar isso ao estágio?
Na verdade, vós mesmos fazeis injustiça,
E defraudais até os seus irmãos.
Não sabeis que os injustos jamais
Herdarão do Reino as mansões?
3ª Estrofe
Nem impuros, nem idólatras,
Nem ladrões, nem avarentos,
Nem bêbados, nem maldizentes,
Nem os que vivem de tormentos.
Tais fostes alguns de vós,
Mas agora sois santificados,
Pelo Espírito do nosso Deus,
Fostes lavados e justificados.
4ª Estrofe
Todas as coisas me são lícitas,
Mas nem tudo é proveitoso,
Não me deixarei ser dominado,
Por aquilo que é perigoso.
Vosso corpo é para o Senhor,
Não é para a corrupção.
O templo de Deus é sagrado,
Honrai a Ele com devoção.
5ª Estrofe
Fostes comprados por alto preço,
Glorificai a Deus no vosso ser.
Vivei em santidade e amor,
Para no Reino de Deus permanecer.
O corpo não é para impureza,
Mas para servir ao Salvador.
Que em vós resplandeça a beleza,
Da vida em Cristo, o Redentor.
1ª Estrofe
No que toca às coisas oferecidas,
Aos ídolos sem valor,
Sabemos que todos têm saber,
Mas o amor é o real favor.
O saber ensoberbece,
O amor edifica o irmão.
Se alguém julga saber tudo,
Nada aprendeu com o coração.
2ª Estrofe
Se alguém ama a Deus,
Esse é conhecido do Senhor.
Sobre os ídolos do mundo,
Nada há além do Criador.
Pois ainda que existam deuses,
Que na terra e no céu se diz,
Para nós há um só Deus vivo,
Pai de tudo, e é por Ele que se quis.
3ª Estrofe
Para nós há um só Senhor,
Jesus Cristo, Salvador fiel.
Mas nem todos têm esse conhecimento,
Vivem sob jugo cruel.
Ainda comem em sacrifício,
Como quem honra o vão altar.
E a consciência, sendo fraca,
Pode ao erro se entregar.
4ª Estrofe
Mas a comida não nos faz,
Mais próximos ou longe de Deus.
Nem se comemos, nem se deixamos,
O Pai nos torna seus.
Mas cuidado com a liberdade,
Para que o irmão não caia em erro.
Pois se ele fraquejar na fé,
Sua ruína pesa em desespero.
5ª Estrofe
Se alimento faz meu irmão tropeçar,
Jamais comerei a fim de não ferir.
Pois não é o estômago a julgar,
Mas o amor que deve servir.
Assim Cristo nos ensina,
Que o maior é quem se doa.
E na fraqueza de cada um,
A graça de Deus sempre ecoa.
1ª Estrofe
Não sou eu apóstolo, sou livre?
Não vi Jesus, nosso Senhor?
Não sois vós minha obra em Cristo,
Selo do meu labor?
Se a outros não sou apóstolo,
Para vós, certamente, sou.
Minha defesa está em vós,
Meu testemunho ressoou.
2ª Estrofe
Acaso não temos direito
De comer e também de beber?
Não temos direito a uma esposa
Como os irmãos podem ter?
Ou só eu e Barnabé
Não podemos trabalhar?
Quem planta e não colhe,
Quem luta sem esperar?
3ª Estrofe
Se nós semeamos em vós,
Das coisas de Deus tão bem,
Grande coisa colher de vós
O sustento que nos vem?
Se outros têm tal direito,
Não temos mais ainda nós?
Mas tudo sofremos calados,
Para não ser tropeço entre vós.
4ª Estrofe
O que serve ao templo,
Do templo se alimenta e vive.
E quem prega o evangelho,
Do evangelho tudo recebe.
Mas eu não fiz uso disto,
Para que ninguém me entristeça.
Melhor me fosse morrer,
Que alguém me tire esta promessa.
5ª Estrofe
Se anuncio o evangelho,
Não tenho de que me gloriar.
A mim é imposta esta graça,
Ai de mim se não pregar!
Por todos me fiz servo,
Para a muitos alcançar.
Corro para ganhar a coroa,
Para em Cristo me firmar.
1ª Estrofe
Nossos pais estiveram sob a nuvem,
E passaram pelo mar.
Em Moisés foram batizados,
Na nuvem e no mesmo altar.
Todos comeram do pão divino,
A mesma comida do céu.
Todos beberam da rocha viva,
E a rocha era Cristo, fiel.
2ª Estrofe
Não vos torneis idólatras,
Como alguns deles então.
Sentaram-se para comer e beber,
E ao pecado deram a mão.
Nem pratiquemos imoralidade,
Como alguns a praticaram.
Caíram num só dia milhares,
Por paixões que os enganaram.
3ª Estrofe
Não tentemos a Cristo,
Como alguns tentaram ali.
Pela serpente foram mortos,
Sem jamais poder fugir.
Não murmureis como eles,
Pois foram destruídos no deserto.
Tudo escrito nos serve de alerta,
Para mantermos Deus por perto.
4ª Estrofe
Aquele que está de pé,
Cuide para não cair.
Não vos veio tentação
Que não se possa resistir.
Fiel é Deus, vosso amparo,
Vos dará sempre a saída.
Fugi, pois, da idolatria,
Escolhei a fonte da vida.
5ª Estrofe
Tudo que fazeis, irmãos,
Seja beber ou comer,
Fazei sempre para a glória,
Para Deus engrandecer.
Não vos torneis tropeço
A judeus, gregos ou servos.
Sede imitadores de Cristo,
Assim como eu me entrego.
1ª Estrofe
Jesus, na noite da última ceia,
Tomou o pão e o repartiu,
Disse: "Meu corpo por vós entrego,
Para que tenham um novo existir."
Tomai e comei, fazei memória,
Pois é por vós que assim me dou.
No partir do pão há nova história,
O amor supremo que vos salvou.
2ª Estrofe
Depois tomou o cálice em mãos,
E ergueu o vinho a declarar:
"Este é Meu sangue, nova aliança,
Derramado para vos resgatar."
Bebei todos, pois é remissão,
Perdão dos pecados ao que crê.
Por muitos será redenção,
Um pacto eterno que não se vê.
3ª Estrofe
Todas as vezes que este pão comer,
E do cálice santo beberdes,
A morte do Senhor ides proclamar,
Até que Ele venha e o vejais.
Mas quem indigno assim tomar,
Sem examinar seu coração,
Será culpado e ao juízo irá,
Pois trata a cruz com traição.
4ª Estrofe
Examine, pois, o homem a si,
E coma então com fé e temor.
Pois quem participa sem discernir,
Bebe juízo e não o favor.
Muitos entre vós adoeceram,
E até mesmo já dormiram,
Pois sem respeito e sem zelo,
Ao Santo Corpo não ouviram.
5ª Estrofe
Se julgássemos a nós primeiro,
Não seríamos condenados,
Mas, pelo Senhor disciplinados,
Para não sermos dos ímpios achados.
Esperai uns pelos outros em paz,
Na mesa de Cristo há união.
Que reine entre vós o amor veraz,
Na comunhão e no partir do pão.
Ponte
Fazei isto em memória de Mim,
Na comunhão, encontrais a luz.
Meu corpo e sangue vos sustêm,
Pois vos remi ali na cruz.
1ª Estrofe
Acerca dos dons vos digo, irmãos,
Que outrora éreis sem direção,
Guiados por ídolos mudos,
Sem entendimento, sem visão.
Mas ninguém pode dizer, enfim,
Que Jesus é Senhor, em verdade,
Se não for pelo Santo Espírito,
Que dá vida e traz unidade.
2ª Estrofe
Há diversidade de dons, porém,
O mesmo Espírito os faz brotar.
Diversidade de ministérios há,
Mas é o Senhor a nos guiar.
As operações são muitas e vastas,
Mas Deus opera em cada ser.
A cada um é dada a graça,
Para que a todos possa enriquecer.
3ª Estrofe
Assim como o corpo é um só,
Mas muitos membros tem em si,
Todos formamos um só corpo,
Se em Cristo fomos redimidos ali.
Judeus ou gregos, não importa,
Livres ou servos, tanto faz,
Pois fomos todos batizados,
E pelo mesmo Espírito temos paz.
4ª Estrofe
Se um membro sofre, todos sentem,
Se um se alegra, há celebração.
Pois Deus uniu-nos em Seu corpo,
Com honra e graça em união.
Vós sois o corpo de Cristo, então,
E individualmente, membros sois.
Ele nos chama à comunhão,
Que nunca andemos sós depois.
5ª Estrofe
Uns foram feitos apóstolos,
Outros profetas a proclamar.
Mestres, milagres, curas, dons,
Todos chamados a edificar.
Mas buscai com zelo o dom maior,
Que em amor se faz perfeito.
Pois sem amor, de nada vale,
Mesmo que tudo tenha em peito.
Ponte
Não pode o olho dizer à mão:
"De ti, irmão, não tenho precisão."
Nem pode a cabeça aos pés falar:
"Deixarei de ti cuidar."
1ª Estrofe
Segui o amor, buscai com ardor
Os dons espirituais do alto.
O dom de profetizar é melhor,
Pois edifica, consola e exalta.
Quem fala em línguas não edifica,
Se a ninguém pode esclarecer.
Mas quem profetiza ilumina,
Faz a igreja compreender.
2ª Estrofe
Se eu falar sem interpretação,
Que proveito isso trará?
Palavras devem ser com razão,
Para a todos edificar.
O som da trombeta é confuso
Se não há quem o compreenda.
Que se diga algo de uso,
Que à verdade bem se estenda.
3ª Estrofe
Se eu orar só em espírito,
Como irei ao outro alcançar?
É preciso usar o dom bendito,
Para a igreja edificar.
Se tu bendizes sem sentido,
Como o irmão dirá “Amém”?
A palavra deve ter ouvido,
Para ser luz e ir além.
4ª Estrofe
Irmãos, falai com entendimento,
Para que tudo se compreenda.
Se alguém tem dom, fale a contento,
Com ordem que não se estenda.
Se houver revelação de um lado,
Que o outro então se cale.
Que o Espírito seja honrado,
E a palavra santa fale.
5ª Estrofe
As mulheres estejam em silêncio,
Como na lei se ordenou.
Se desejam ter conhecimento,
Aos maridos perguntem, então.
Mas tudo seja feito em amor,
Para edificação do Senhor.
Com ordem, paz e temor,
Vivamos em Cristo o esplendor.
Ponte
Tudo que se faça, então,
Seja feito para edificar.
Pois Deus não é de confusão,
Mas da paz que vem reinar.
1ª Estrofe
Irmãos, eu vos lembro, então,
Do evangelho que anunciei,
O qual recebestes com o coração,
E no qual firmes estais de pé.
Por ele sois salvos agora,
Se retiverdes como vos falei,
Se não creram em vão outrora,
Mas na verdade que vos ensinei.
2ª Estrofe
Primeiro Cristo por nós morreu,
Segundo as Escrituras diziam.
Ao terceiro dia reviveu,
Cumprindo o que já previam.
A Cefas, depois apareceu,
E aos doze se revelou.
A mais de quinhentos concedeu
A prova viva de quem ressuscitou.
3ª Estrofe
Pois se Cristo não ressuscitou,
Nossa fé seria vazia.
Mas Ele vive e nos salvou,
A morte já não tem valia.
Adão nos trouxe a condenação,
Mas Cristo trouxe a nova vida.
Ele é primícia da redenção,
Nossa esperança renascida.
4ª Estrofe
O corpo mortal se transformará,
Na glória eterna renascerá.
No último dia, então soará,
A trombeta que tudo mudará.
O corruptível incorrupto será,
E o perecível eterno será.
A morte vencida não mais reinará,
Pois em Cristo a vida brilhará!
5ª Estrofe
Portanto, irmãos, sede firmes,
Inabaláveis no Senhor.
Trabalhai sempre, não hesiteis,
Vosso labor tem grande valor.
Nada em Cristo será vão,
Pois Ele é a ressurreição.
A vitória nos dá em sua mão,
Vida eterna em comunhão.
Ponte
Onde está, ó morte, teu poder?
Onde está, inferno, tua dor?
Cristo venceu para nos viver,
Dando-nos graça e puro amor!
1ª Estrofe
Quanto à coleta, como ordenei,
Aos santos vossos de coração,
Assim também agora fazei,
Cada um conforme sua mão.
No primeiro dia guardai a oferta,
Conforme o quanto prosperou,
Para que sem pressa e de porta aberta,
Seja entregue o que o amor gerou.
2ª Estrofe
Quando eu for, levarei convosco,
Quem aprovardes com dedicação,
Com cartas que deem-lhes respaldo,
Para levar vossa doação.
E se for justo que eu vá também,
Junto com eles partirei,
Mas em Éfeso agora estou bem,
Pois grande obra encontrarei.
3ª Estrofe
Se Timóteo vier convosco,
Que esteja entre vós sem temor,
Pois ele cumpre o mesmo encargo,
Trabalhando fiel no Senhor.
A ninguém desprezeis seu zelo,
Antes encaminhai com paz,
Pois ao cumprir o santo anelo,
Ele em amor retornará.
Refrão
Vigiai e sede fortes,
Firmes na fé e no amor.
Com coragem e retidão,
Fortalecei-vos no Senhor!
4ª Estrofe
Rogo-vos, irmãos, com carinho,
A casa de Estéfanas honrai,
Pois sempre estão no bom caminho,
Servindo a todos sem olhar atrás.
Sujeitai-vos a tais obreiros,
Que no labor são leais,
Dai honra aos fiéis companheiros,
Que são colunas espirituais.
5ª Estrofe
Saudações vos trazem as igrejas,
De Ásia e irmãos no Senhor.
A paz esteja em vossas mesas,
A graça e o amor do Salvador.
Se alguém não ama a Cristo agora,
Seja anátema e apartado,
Mas a esperança já se aflora,
Pois Ele em breve há de ter chegado!
Refrão
Vigiai e sede fortes,
Firmes na fé e no amor.
Com coragem e retidão,
Fortalecei-vos no Senhor!
1ª Estrofe
Bendito seja o Deus de glória,
Pai de Cristo, nosso Senhor,
Que nos consola em toda história,
Em tempos duros de amargor.
Pois se as tribulações nos cercam,
É para n'Ele nos firmar,
E se a aflição nos desespera,
Ele nos vem confortar.
2ª Estrofe
Pois como em Cristo padecemos,
Assim também vem Seu cuidar.
Se nele a dor compartilhamos,
Com Ele vamos triunfar.
Se a esperança nos sustenta,
Se em vós cremos sem temor,
É porque a graça se apresenta,
Trazendo a vida em Seu amor.
3ª Estrofe
Não queremos que ignoreis,
Os sofrimentos que passamos.
Na Ásia fomos tão oprimidos,
Que a própria vida já entregamos.
Mas em Deus temos confiança,
Pois Ele é o que ressuscita.
Nos livra, nos guarda e alcança,
Dá-nos a fé que sempre habita.
4ª Estrofe
Em simplicidade caminhamos,
Na graça de Deus, nosso Pai.
Não foi no mundo que confiamos,
Mas na verdade que nos atrai.
Nosso sim é sempre um sim,
E Cristo é nossa direção.
Pois n’Ele há vida sem fim,
E firme está nossa missão.
5ª Estrofe
A Ele é o amém que confirmamos,
Que nos ungiu e nos selou.
E pelo Espírito que habitamos,
É Ele quem nos firmou.
Por isso, irmãos, nesta jornada,
Não vos entristeçais assim.
A alegria é sempre esperada,
Pois Deus consola até o fim.
Ponte
Consola, Senhor, o que chora,
Dá forças ao aflito a sofrer.
Pois Teu amor nunca demora,
E sempre vem nos socorrer.
1ª Estrofe
Mas resolvi isto comigo,
Que não iria outra vez,
Com tristeza entre os amigos,
Nem com palavras de altivez.
Pois se vos entristeço tanto,
Quem me alegrará então?
A não ser aquele santo,
A quem causei tal aflição?
2ª Estrofe
Escrevi para que ao chegar,
Não me entristecessem mais.
Pois minha alegria é amar,
Todos os santos e demais.
Pois vos afligi com grande dor,
Com muitas lágrimas no olhar.
Mas foi por imenso amor,
Que eu quis vos edificar.
3ª Estrofe
Se alguém causou amargura,
Não foi a mim, mas a vocês.
E essa pena já foi dura,
Pois todos já sofreram talvez.
Melhor agora é perdoar,
E o consolar em sua dor,
Para que o mal não vá esmagar,
Quem já chorou em desamor.
Refrão
Somos o bom perfume santo,
A fragrância do Senhor.
Que exala vida entre os santos,
E aos perdidos traz vigor.
4ª Estrofe
Graças a Deus que nos conduz,
Em triunfo e glória sem igual.
Por Cristo é revelada a luz,
E o Seu nome é imortal.
Somos o aroma da verdade,
Nos que se salvam e perecem.
Uns encontram eternidade,
Outros, na cegueira, esmorecem.
5ª Estrofe
E quem é idôneo para isso?
Pois não andamos a enganar.
Falamos em Cristo, por serviço,
Com sinceridade a ensinar.
Não vendemos Sua palavra,
Mas como Deus nos ensinou,
Fazemos a verdade clara,
Na presença de quem nos chamou.
Refrão
Somos o bom perfume santo,
A fragrância do Senhor.
Que exala vida entre os santos,
E aos perdidos traz vigor..
1ª Estrofe
Começamos outra vez,
A recomendar quem somos?
Ou precisamos de vocês,
Cartas vivas que formamos?
Sois nossa carta tão sincera,
Escrita em nosso coração,
Lida e sabida sem espera,
Por toda gente e nação.
2ª Estrofe
Manifestos fostes em Deus,
Como carta que vem de Cristo.
Escrita não por mãos dos teus,
Mas pelo Espírito imprevisto.
Não sobre tábuas, como outrora,
Mas em corações transformados.
A nova aliança já aflora,
Guiando os fiéis libertados.
3ª Estrofe
E tal confiança temos nós,
Pelo Senhor que nos chamou.
Não que sejamos por nós sós,
Mas Dele vem tudo o que sou.
Pois nos tornou ministros fiéis,
Da nova lei, que vida traz.
Não da letra dos infiéis,
Mas do Espírito que nos refaz.
Refrão
A glória antiga se desfaz,
A nova aliança é mais forte.
O véu caído nos refaz,
E nos conduz à eterna sorte.
4ª Estrofe
Se a letra mata, o Espírito aviva,
Se o ministério da morte brilhou,
Quanto mais luz se eleva e cativa,
A nova glória que Deus revelou.
Moisés cobria o rosto seu,
Pois a glória logo passaria.
Mas a do Cristo, que vem do céu,
Permanece em santa harmonia.
5ª Estrofe
Quando se lê Moisés de novo,
Um véu nos olhos ainda está.
Mas Cristo vem mudar o povo,
E a liberdade brilhará.
E ao contemplarmos o Senhor,
Na glória que nos transforma,
Somos guiados em Seu amor,
E sua imagem nos conforma.
Refrão
A glória antiga se desfaz,
A nova aliança é mais forte.
O véu caído nos refaz,
E nos conduz à eterna sorte.
1ª Estrofe
Não desfalecemos jamais,
Pois temos o ministério em luz.
A falsidade fica pra trás,
E a glória brilha em Jesus.
Não andamos em engano ou erro,
Nem adulteramos a verdade.
Mas pregamos em pleno desterro,
Com Deus por nossa lealdade.
2ª Estrofe
Se o evangelho se encontra velado,
É para os perdidos sem ver.
Pois o deus deste século tem cegado,
Os que não querem crer.
A luz do Cristo resplandece,
E ilumina os corações.
Pois em nós Sua graça aparece,
Mesmo em tempos de aflições.
3ª Estrofe
Tesouro em vasos frágeis somos,
Para que Deus seja exaltado.
Perseguidos, mas não caímos,
Feridos, mas não derrotados.
Levamos sempre o morrer do Mestre,
Para que Sua vida apareça.
Mesmo sofrendo, seguimos alegres,
Pois em nós Seu amor resplandeça.
Refrão
A fraqueza em nós se mostra,
Mas Seu poder nos faz vencer.
Nosso corpo é terra e pó,
Mas o Espírito nos faz viver.
4ª Estrofe
O que sofremos tem um peso,
Mas é leve quando olhamos além.
Pois o que é visto é passageiro,
E a eternidade logo vem.
O homem exterior se desgasta,
Mas por dentro somos refeitos.
Mesmo que o mundo nos arraste,
Deus nos conduz aos Seus preceitos.
5ª Estrofe
O que é visível se desfaz,
Mas o invisível é eterno.
Os dias passam para trás,
Mas o céu é nosso inverno.
A esperança nunca morre,
Mesmo na dor, no dia ruim.
Pois no final, quando a noite corre,
A glória sempre tem um fim.
Refrão
A fraqueza em nós se mostra,
Mas Seu poder nos faz vencer.
Nosso corpo é terra e pó,
Mas o Espírito nos faz viver.
1ª Estrofe
Se nossa casa terrestre se desfizer,
Temos de Deus um lar eterno.
Não feito por mãos, mas pra viver,
Na glória que rompe o inverno.
Gememos, ansiando o vestido,
Que vem do céu para nos cobrir.
E quando o mortal for despido,
A vida há de nos consumir.
2ª Estrofe
Quem nos preparou foi o Criador,
Nos selou com o Espírito Santo.
Por isso andamos sempre em valor,
Sem medo do tempo ou do pranto.
Pois mesmo ausentes do lar divino,
Vivemos por fé, não por vista.
Ansiamos o dia do destino,
Em que a morada será infinita.
3ª Estrofe
O amor de Cristo nos constrange,
Pois por nós Ele quis morrer.
E se por Ele o mundo se expande,
Vivamos pra Ele até renascer.
Quem está n’Ele é nova criatura,
O velho se foi, tudo novo ficou.
Na cruz, Ele fez nossa estrutura,
E em Seu perdão nos reconciliou.
Refrão
Fomos chamados em nova missão,
Embaixadores de amor e de luz.
Que nossa palavra e nossa ação,
Sejam reflexo da cruz de Jesus.
4ª Estrofe
Deus reconciliou o mundo em paz,
Não imputando culpa ou erro.
Confiou-nos a graça que satisfaz,
Nos fez luz em meio ao desterro.
Aquele que nunca provou o pecado,
Por nós se fez maldição.
Para que em Cristo, justificados,
Fôssemos parte da redenção.
5ª Estrofe
Embaixadores do reino eterno,
Luz para a terra que dorme na dor.
Que a glória brilhe, vencendo o inverno,
Que seja Cristo a voz do amor.
Não recebamos a graça em vão,
Pois o tempo da paz já chegou.
Quem n’Ele crê tem salvação,
E vida que nunca findou.
Refrão
Fomos chamados em nova missão,
Embaixadores de amor e de luz.
Que nossa palavra e nossa ação,
Sejam reflexo da cruz de Jesus.
1ª Estrofe
E nós, cooperando com Ele, rogamos,
Que a graça de Deus não seja em vão.
Porque Ele diz: no tempo aceitável chamamos,
No dia da salvação, eis nossa mão.
A ninguém jamais damos escândalo,
Para que o ministério não seja manchado.
Antes em tudo mostramos, sem ângulo,
Que somos servos de Deus, bem provados.
2ª Estrofe
Em muita paciência, tribulações,
Nas necessidades, nas angústias e dores.
Nos açoites, prisões, perseguições,
Nos trabalhos, vigílias e grandes clamores.
Na pureza, ciência e longanimidade,
No Espírito Santo, no amor verdadeiro.
Na palavra da verdade e fidelidade,
Pelo poder de Deus, o amor é inteiro.
3ª Estrofe
Com armas de justiça na esquerda e direita,
Por honra e desonra, por amor e temor.
Como enganadores, mas sendo perfeitos,
Como desconhecidos, mas cheios de ardor.
Morremos, mas eis que estamos vivos,
Somos castigados, mas não condenados.
Como entristecidos, mas sempre festivos,
Pobres, mas muitos sendo abençoados.
Refrão
Não vos prendais a jugo desigual,
Que há entre luz e a treva escura?
Temos a Cristo como sinal,
Nele há vida, verdade e cura.
4ª Estrofe
Que concórdia há entre Cristo e Belial?
Ou que parte há entre o fiel e infiel?
O templo de Deus é celestial,
Pois Deus habita e anda ao léu.
Ele será nosso Deus e Senhor,
Nós, povo Seu, para sempre viver.
Saiamos do mundo, em Seu esplendor,
Pois Ele nos quer para bem nos querer.
5ª Estrofe
E Ele nos diz: eu vou receber,
E serei vosso Pai com amor e verdade.
Meus filhos e filhas, eu quero acolher,
Pois n’Ele há toda felicidade.
Não vos prendais ao jugo mundano,
Mas sede santos e sem mancha.
Pois Deus nos chama ao Seu plano,
Na luz que jamais se cansa.
Refrão
Não vos prendais a jugo desigual,
Que há entre luz e a treva escura?
Temos a Cristo como sinal,
Nele há vida, verdade e cura.
1ª Estrofe
Tendo, pois, tais promessas em nós,
Purifiquemos de toda a impureza.
Santificando em temor nossa voz,
Vivendo em paz, sem a rude dureza.
A ninguém fizemos injustiça cruel,
A ninguém corrompemos o bem,
Não buscamos o que é infiel,
Pois em nossos corações há quem vem.
2ª Estrofe
Grande é minha confiança em vós,
Meu orgulho e alegria são fortes.
Em meio a tribulações, há uma voz,
Que conforta e muda as sortes.
Porque, quando chegamos a Macedônia,
Nenhum repouso tivemos então.
Por fora lutas, por dentro agonia,
Mas Deus consolou nosso coração.
3ª Estrofe
Com a vinda de Tito, alegria surgiu,
Pois vosso ardor nos deu alívio.
Vossa tristeza para o bem serviu,
E nossa fé se encheu de brio.
Não vos entristecemos em vão,
Mas para vosso bem e arrependimento.
O mundo entristece sem direção,
Mas em Deus há vida e crescimento.
Refrão
A tristeza que vem para o bem,
Traz vida, pureza e renovo.
Deixemos o erro que não nos convém,
Pois Deus nos chama de novo.
4ª Estrofe
Que cuidado gerou esse choro,
Que zelo e que indignação!
De toda injustiça há desgosto,
Mas Deus nos guia pela retidão.
Não vos escrevi para condenar,
Mas para provar vossa fidelidade.
O amor em Tito nos faz lembrar,
Do zelo e da sinceridade.
5ª Estrofe
Tito se alegra ao ver vosso amor,
E nossa confiança ainda cresce.
Por isso exulto sem temor,
Pois sei que o Senhor vos fortalece.
Na tristeza, o arrependimento brota,
E o Pai nos faz novos em Seu amor.
Sigamos na graça que nunca se esgota,
Pois nela há paz e puro esplendor.
Refrão
A tristeza que vem para o bem,
Traz vida, pureza e renovo.
Deixemos o erro que não nos convém,
Pois Deus nos chama de novo.
1ª Estrofe
Irmãos, vos damos a graça bendita,
Que Deus concedeu aos da Macedônia.
Em meio à prova, a fé foi erguida,
E a generosidade tornou-se insônia.
Pois na pobreza, a riqueza brilhou,
Na tribulação, sobrou alegria.
Com grande fervor, o povo ofertou,
Mais do que a força lhes permitia.
2ª Estrofe
Rogaram a nós o favor de ajudar,
De terem parte nessa missão.
E não apenas o esperado doar,
Mas deram-se a Deus em consagração.
Assim enviamos a Tito outra vez,
Para que em vós cresça essa graça.
Pois como em fé e amor sois fiéis,
Que a generosidade também vos abrace.
3ª Estrofe
Não falo em ordem, mas provo o amor,
Pois Cristo, sendo rico, se fez pobre.
Para que tivéssemos Seu esplendor,
E nossa miséria não nos descobre.
Assim digo: completai o intento,
Pois começastes com zelo e paixão.
Agora, na mesma força e alento,
Concluí com fervor essa doação.
Refrão
A graça não pesa, mas vem do amor,
Pois Deus provê ao coração sincero.
Não importa a quantia, mas o fervor,
De quem reparte sem medo e esmero.
4ª Estrofe
Se há prontidão, Deus tudo aceita,
Não pelo muito, mas pela intenção.
Não para o outro levar desfeita,
Mas para que haja justa divisão.
O maná que Deus fez descer,
A cada um deu o que bastava.
Quem muito colheu, não pôde reter,
Quem pouco tomou, não lhe faltava.
5ª Estrofe
Dou graças a Deus por Tito e seu zelo,
Que abraçou esta obra com emoção.
Pois não veio a mando, mas com anelo,
Desejoso de vossa comunhão.
Assim enviamos irmãos de valor,
Que nos assistem em plena verdade.
Para que tudo se faça em amor,
E vossa fé brilhe em generosidade.
Refrão
A graça não pesa, mas vem do amor,
Pois Deus provê ao coração sincero.
Não importa a quantia, mas o fervor,
De quem reparte sem medo e esmero.
1ª Estrofe
Quanto à ministração, desnecessário é,
Pois bem conheço vosso coração.
Com zelo e prontidão, a fé se reveste,
Vosso exemplo inspira a multidão.
Mas envio irmãos, pois não desejo,
Que em vão se exalte meu louvor.
Sei que prontos estais no ensejo,
Mas confirmo o dom com fervor.
2ª Estrofe
Quem pouco semeia, pouco há de colher,
Quem semeia com bênção, bênção terá.
Cada um dê, sem medo ou sofrer,
Pois Deus ama quem dá com alegria.
E poderoso é Deus para vos dar,
Toda graça em abundância.
Para que nunca vos venha faltar,
Nem em obras, nem em esperança.
3ª Estrofe
Como está escrito: ao pobre entregou,
Sua justiça permanece sem fim.
Quem dá a semente ao que semeou,
Multiplica o pão, aumenta o jardim.
Para toda boa obra sereis aumentados,
Em riquezas de amor e bondade.
E com generosidade, fortalecidos,
Louvarão a Deus com fidelidade.
Refrão
A quem planta com fé, Deus há de prover,
Abençoa o que dá com sincera alegria.
Multiplica o bem, faz o fruto crescer,
E retribui com justiça e harmonia.
4ª Estrofe
Porque a ministração deste serviço,
Não só supre os santos em suas dores.
Mas também transborda em benefício,
Multiplicando a Deus os louvores.
Pelo que vossa fé vem mostrando,
E pela obediência em comunhão.
Glorificam a Deus, louvando,
A graça que em vós se estende então.
5ª Estrofe
E rogarão por vós com amor profundo,
Por causa da graça que em vós resplandece.
Graças a Deus, por dom tão fecundo,
Que em Cristo Jesus nos enriquece.
Refrão
A quem planta com fé, Deus há de prover,
Abençoa o que dá com sincera alegria.
Multiplica o bem, faz o fruto crescer,
E retribui com justiça e harmonia.
1ª Estrofe
Rogo-vos pela mansidão de Cristo,
Que humilde e doce a todos veio.
Quando presente, sou bem modesto,
Mas ausente, sou forte em anseio.
Peço que eu não seja obrigado,
A usar do poder com rigor.
Pois armas de guerra eu não trago,
Mas armas de Deus e Seu favor.
2ª Estrofe
As armas que temos não são carnais,
Mas sim poderosas, de Deus, sem igual.
Derrubam muralhas, vencem sinais,
Desfazem enganos e todo o mal.
Levamos cativos os pensamentos,
À obediência de Cristo fiel.
Estamos prontos, a todo momento,
Para julgar o que não é d’Ele e do céu.
3ª Estrofe
Se alguém confia ser de Cristo,
Que a si mesmo bem observe.
Pois somos d’Ele, e em tudo visto,
Sem orgulho que nos conserve.
Não me envergonho se algo exalto,
Pois Deus me deu essa missão.
A fé não é laço que prende alto,
Mas dá liberdade ao coração.
Refrão
Que eu não me glorie além do chamado,
Mas no Senhor eu sempre me renda.
Se em algo me orgulho, que seja exaltado
O nome de Deus, que sempre me estenda.
4ª Estrofe
Quem se recomenda a si mesmo,
De entendimento pouco se guia.
Mas quem no Senhor encontra o apreço,
Esse é aprovado na luz e alegria.
Não para vanglória nem para o próprio nome,
Se faz o trabalho do Reino de Deus.
Pois a recompensa não é de homens,
Mas vem dos céus, vem lá dos céus.
5ª Estrofe
Não busco honras, não busco glória,
Pois minha vitória é Cristo em mim.
Se sou fraco, Ele é minha história,
Se sou nada, Ele é meu fim.
Refrão
Que eu não me glorie além do chamado,
Mas no Senhor eu sempre me renda.
Se em algo me orgulho, que seja exaltado
O nome de Deus, que sempre me estenda.
1ª Estrofe
Oxalá me suportásseis um pouco,
Na minha loucura, na minha verdade.
Ciumento sou, e com zelo louco,
Pois vos prometi ao Noivo em lealdade.
Não quero que a mente de vós se desvie,
Da simplicidade que há em Jesus.
Se alguém prega outro Cristo, eu grito: "Não fie!",
Se outro espírito traz, vos tira da cruz.
2ª Estrofe
Se sou inferior nos modos e fala,
No conhecimento não sou menor.
Se vos anunciei sem cobrar nada,
Por amor, fui eu que me fiz menor.
Roubei de outros para vos servir,
Fui sustentado por mãos fiéis.
Nada de vós eu quis exigir,
Para pregar sem grilhões cruéis.
3ª Estrofe
Mas há falsos mestres que se disfarçam,
Parecem apóstolos, mas não são.
Vestem-se de luz, mas logo se traçam,
São como o anjo da perdição.
Se ele engana, seus filhos também,
Operam na treva como ele faz.
Mas seu fim há de vir, e bem além,
O justo Senhor os julgará em paz.
Refrão
Não me glorio no que conquistei,
Mas no sofrer que me fez crescer.
Nas dores e quedas me aprofundei,
E nelas eu vi Deus me erguer.
4ª Estrofe
Fui açoitado, fui perseguido,
Açoites, naufrágios e fome vivi.
Em vigílias e aflições abatido,
Mas nunca do amor de Cristo saí.
Nas prisões, nas angústias e medo,
Na própria fraqueza, Deus me tornou
Mais forte, pois nele jamais me enredo,
E na minha dor, Seu poder brilhou.
5ª Estrofe
Se me é forçoso a mim gloriar,
Minhas fraquezas é que contarei.
O Deus bendito há de provar,
Que nEle apenas me sustentarei.
Não em riquezas, nem em renome,
Mas na pobreza e no caminhar,
Pois Sua graça sempre me consome,
E Ele há de me justificar.
Refrão
Não me glorio no que conquistei,
Mas no sofrer que me fez crescer.
Nas dores e quedas me aprofundei,
E nelas eu vi Deus me erguer.
1ª Estrofe
Importa gloriar-me? Ainda que não convém,
Mas eis que direi as visões do Senhor.
Vi o terceiro céu, a eternidade além,
Mas não direi mais, que não seja amor.
Foi em meu corpo ou fora? Não sei, só Deus,
Mas escutei coisas que ninguém pode falar.
Gloriar-me? Jamais! Pois só Deus é meu Deus,
E nele somente eu posso me exaltar.
2ª Estrofe
E para que eu não me exaltasse,
Foi-me dado um espinho cruel.
Três vezes roguei, pedi que passasse,
Mas Sua resposta desceu como mel:
"A minha graça te basta, pois é na dor
Que minha força mais resplandecerá!"
Se a fraqueza é o chão, Cristo é meu vigor,
E é Sua luz que me fortalecerá.
3ª Estrofe
Portanto, me alegro na tribulação,
Na dor e afronta, em tudo o que vem.
Pois é na fraqueza que a força então
Se manifesta e me sustém.
Sou nada, sou pó, sou servo só,
Mas o Senhor me faz ser mais.
Pois tudo que tenho, sem Ele é pó,
E nele descanso em paz.
Refrão
Quando sou fraco, Ele é forte,
E me sustenta na escuridão.
De Sua graça vem minha sorte,
Ele é meu chão e salvação.
4ª Estrofe
Por vós, Corinto, fui generoso,
E não vos fui pesado jamais.
Se amor é dívida, fui devedor zeloso,
Mas vos amei ainda mais.
Se alguém lucrar, não serei eu,
Pois minha riqueza não é daqui.
Meu maior ganho é o reino de Deus,
E nEle apenas desejo existir.
5ª Estrofe
Não busco vosso ouro ou prata,
Mas vossos corações em verdade.
Pois o que conta diante da graça
É uma fé que vive na liberdade.
Meu coração por vós se doa,
Nada peço além de amor.
E se sofro, que minha coroa
Seja Cristo, meu Senhor.
Refrão
Quando sou fraco, Ele é forte,
E me sustenta na escuridão.
De Sua graça vem minha sorte,
Ele é meu chão e salvação.
1ª Estrofe
Esta é a terceira vez que eu venho,
E pela boca de duas ou três,
Seja firme e justo o empenho,
E que se julgue com honradez.
Já disse e torno a dizer agora,
Aos que pecaram, e aos demais:
Se volto a vós, sem mais demora,
Não pouparei, serei veraz.
2ª Estrofe
Vós buscais prova de Cristo em mim,
Que não é fraco, mas forte em vós.
Foi crucificado, mas vive assim,
Pois é poder, é mais que voz.
Em fraqueza fomos também achados,
Mas nEle estamos em poder,
Vivemos nEle, restaurados,
Pois sua graça nos faz vencer.
3ª Estrofe
Examinai-vos, olhai a fé,
Vede se estais no bom caminho.
Cristo em vós, essa é a maré,
Que leva a alma ao céu sozinho.
Rogamos a Deus que não façais mal,
Nem que busqueis vanglória ou erro.
O bem se firma na senda leal,
Que nos conduz ao amor sincero.
Refrão
Alegrai-vos, fortalecei,
Sede unidos no Senhor.
E sua paz vos guiarei,
No amor, na graça e no fervor.
4ª Estrofe
Por isso escrevo antes de ir,
Para que ao chegar, não haja dor.
Pois Cristo em vós há de agir,
Com sua força e seu favor.
A autoridade que dEle vem,
Não é pra queda, mas pra erguer.
Se nela andamos, tudo convém,
E em Cristo sempre há de crescer.
5ª Estrofe
A graça esteja convosco, irmãos,
E o amor do Pai seja sem fim.
Comunhão e paz em vossos corações,
Em Cristo tudo é amor enfim.
Deixamos aqui nossa oração,
Para que Deus vos guarde sempre.
Que a fé vos guie na retidão,
E vos conduza eternamente.
Refrão
Alegrai-vos, fortalecei,
Sede unidos no Senhor.
E sua paz vos guiarei,
No amor, na graça e no fervor.