Johann Sebastian Bach 5

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Estudos recentes[editar | editar código-fonte]


Comemorações em Berlim do bicentenário de sua morte, 1950
O bicentenário de sua morte em 1950 estimulou uma renovada onda de estudos críticos. Entre as publicações que apareceram neste ano deve ser destacado o primeiro catálogo temático da sua obra completa, o Bach-Werke-Verzeichnis, fruto do esforço de Wolfgang Schmieder, de onde deriva a abreviatura "BWV" mais um número, que se encontram identificando todas as composições de Bach. Outra iniciativa da maior importância foi a decisão do Instituto Bach deGöttingen, juntamente com os Arquivos Bach de Leipzig, de se realizar outra edição crítica das suas obras completas, a Neue Ausgabe sämtlicher Werke, considerando que a edição antiga já não satisfazia os critérios acadêmicos mais recentes, e tendo como meta apresentar todas as suas composições em todas as versões e revisões autênticas disponíveis.[115] Uma década mais tarde Alfred Dürr e Georg von Dadelsenapresentaram uma nova cronologia das suas cantatas de Leipzig, exercendo um impacto revolucionário no entendimento de sua evolução estética, e nos anos subsequentes até os dias de hoje uma enorme quantidade de novo material analítico vem sendo produzida sobre o Kantor de São Tomás, muitas vezes revendo proposições consagradas e derrubando antigos mitos. Avolumando-se constantemente as novas descobertas e conclusões, a tarefa de escrever sobre Bach na contemporaneidade é, como disse Boyd, ainda mais formidável do que era em 1900 e mesmo em 1980.[116] É interessante assinalar, conforme pensa Geck, que as tentativas de desmontar os mitos que se agregaram ao redor de sua figura podem esclarecer algumas coisas em sua vida e carreira, mas por outro lado podem não fazer-lhe verdadeira justiça, já que é exatamente aos mitos que se deve boa parte da sua força histórica e da sua sobrevivência além de seu tempo.[117]
De qualquer forma, a posição de Bach como um dos mais brilhantes luminares da música ocidental parece definitivamente assegurada, sua produção é uma das bases do atual repertório de concertos e para muitos críticos ele é o maior compositor de todos os tempos. A lista de compositores notáveis ao longo dos séculos XIX e XX que demonstraram ter recebido sua influência é impressionante, incluindo mestres que por sua vez foram de imensa importância e eram alinhados a estéticas muito afastadas dos princípios barrocos.[1] [108] [118] Além dos já mencionados BeethovenHaydnMozart,MendelssohnSchumannWagner e Brahms, cite-se mais alguns: Chopin,[119] Liszt,Mahler,[120] RegerSaint-SaënsBusoniDebussyRavelFauréCasellaSchoenberg,BergHindemithMalipieroRespighiFranckHoneggerElgarWaltonBrittenCopland,HarrisPiston[108] [118] Villa-Lobos,[121] Reich[122] e Andriessen.[123]

Bach na cultura popular[editar | editar código-fonte]

Com tamanho prestígio entre os conhecedores, não admira que Bach tenha transbordado para a cultura popular e se tornado uma imagem icônica, chegando a ser incluído no rol dos santos da Igreja Luterana, comemorado no dia 28 de julho,[124] e homenageado como compositor ilustre no calendário da Igreja Episcopal dos Estados Unidos[125]
O impacto de sua música não mais se restringe à música erudita, e tem sido detectado também na música pop, como no rock progressivo,[126] e nos inúmeros arranjos que são feitos de sua música para atender ao gosto de outras plateias, no chamado gênerocrossover,[127] [128] [129] do qual é um exemplo notório a série de arranjos feitos porWendy Carlos para a trilha sonora do filme Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick.[130]Diversos famosos músicos populares também declararam ser de alguma forma seus devedores, como Nina Simone,[131] Dave Brubeck[132] e Keith Jarrett.[133]
Ele também se tornou personagem de vários filmes e documentários, entre eles Johann Sebastian Bachs vergebliche Reise in den Ruhm (direção de Victor Vicas, 1979/1980);[134] Johann Sebastian Bach (direção de Lothar Bellag, 1983/1984)[135] eMein Name ist Bach (direção de Dominique de Rivaz, 2002/2003).[136] Um asteroiderecebeu o seu nome (1814 Bach),[137] sua efígie já foi impressa em selos, moedas e medalhas, e os monumentos em sua honra se multiplicam pelo mundo.

Notas

  1. Ir para cima Que corresponde ao 31 de março do mesmo ano, no calendário gregoriano

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m no p q r s t u Emery & Marshall
  2. Ir para cima Geiringer, p. 21-24
  3. ↑ Ir para:a b Geiringer, p. 24
  4. ↑ Ir para:a b Smith
  5. Ir para cima Geiringer, p. 24-27
  6. Ir para cima Geiringer, p. 25-27
  7. Ir para cima Geiringer, p. 27-30
  8. Ir para cima Smith
  9. Ir para cima Geiringer, p. 32-34
  10. Ir para cima Geiringer, p. 32-35
  11. Ir para cima Geiringer, p. 34-39
  12. Ir para cima Geiringer, p. 42-43
  13. Ir para cima Geiringer, p. 46-50
  14. Ir para cima Geiringer, p. 46-51
  15. Ir para cima Geiringer, p. 51-53
  16. Ir para cima Geiringer, p. 55-57
  17. ↑ Ir para:a b c Smith
  18. ↑ Ir para:a b Smith
  19. ↑ Ir para:a b c Geiringer, p. 67-69
  20. Ir para cima Geiringer, p. 69-71
  21. Ir para cima Geiringer, p. 71-72
  22. ↑ Ir para:a b c d e f g h i j k l m no Grove
  23. ↑ Ir para:a b Geiringer, p. 96-102
  24. Ir para cima Geiringer, p. 72-73
  25. Ir para cima Geiringer, p. 87-91
  26. Ir para cima Geiringer, p. 103
  27. Ir para cima Geiringer, p. 103-105
  28. Ir para cima Wolff et al., p. 98-111
  29. Ir para cima Butt (2003), p. i-xii
  30. Ir para cima Hill, p. 162-163
  31. Ir para cima Yearsley, p. 211
  32. Ir para cima Williams (2004), p. 193
  33. Ir para cima Williams (2004), p. 194
  34. Ir para cima Towe
  35. Ir para cima Agência EFE
  36. Ir para cima Hindley, p. 198
  37. ↑ Ir para:a b c Hindley, p. 198-199
  38. ↑ Ir para:a b Butt (1992), p. 4
  39. Ir para cima Geck, p. 644-646; 670-573
  40. Ir para cima Geck, p. 143; 653
  41. Ir para cima Stone
  42. Ir para cima Goodall, p. 122
  43. Ir para cima Bruhn
  44. Ir para cima Palmer, p. 4
  45. Ir para cima Mobbs, p. 546-7
  46. Ir para cima Boyd, p. 104-108
  47. Ir para cima Boyd, p. 46-49
  48. Ir para cima Boyd, p. 50-56
  49. Ir para cima Geiringer, p. 241; 246
  50. Ir para cima Smith
  51. Ir para cima Boyd, p. 56
  52. Ir para cima Geiringer, p. 241-245
  53. Ir para cima Williams (1980), p. 103-106
  54. Ir para cima Geiringer, p. 253
  55. Ir para cima Williams (1980), p. 124-127
  56. Ir para cima Geiringer, p. 246-249
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  58. Ir para cima Lester, p. 3-11
  59. Ir para cima Breig, p. 123-128
  60. Ir para cima Stowel, p. 138
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  62. Ir para cima Geck, p. 604-605
  63. Ir para cima Geiringer, p. 296-297; 305
  64. Ir para cima Geiringer, p. 305-308
  65. Ir para cima Kohlhase, p. 1-2
  66. Ir para cima Wolff, p. 239-258
  67. Ir para cima Apel, p. 60-61
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  76. Ir para cima Carpeaux (1977), p. 79
  77. Ir para cima Melamed & Marissen, p. 112-113
  78. Ir para cima Melamed & Marissen, p. 115
  79. ↑ Ir para:a b Buelow, p. 533
  80. Ir para cima Chafe, p. ix-xv
  81. Ir para cima Buelow, p. 528-529
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  84. Ir para cima Arnold
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  91. Ir para cima Butt (1997)
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  93. Ir para cima Beck
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  98. Ir para cima Applegate, p. 200-206
  99. Ir para cima Geiringer, p. 339-340
  100. Ir para cima Applegate, p. 206-214
  101. Ir para cima Owen, p. 1-4
  102. Ir para cima Applegate, p. 228-230
  103. ↑ Ir para:a b Geiringer, p. 340-341
  104. Ir para cima Geck, p. 10-17
  105. Ir para cima Finscher, p. 1-6
  106. Ir para cima Apthorp, p. 61
  107. Ir para cima Finscher, p. 8
  108. ↑ Ir para:a b c Orledge, p. 249
  109. Ir para cima Apthorp, p. 59; 71
  110. Ir para cima Geck, p. 18-22
  111. Ir para cima Geiringer, p. 341-342
  112. Ir para cima Joy, p. 127-165
  113. Ir para cima Seaver, p. 20.
  114. Ir para cima Geiringer, p. 342
  115. Ir para cima Geiringer, p. 432-433
  116. Ir para cima Boyd, p. ix-x
  117. Ir para cima Geck, p. 17-18
  118. ↑ Ir para:a b Geiringer, p. 342-343
  119. Ir para cima Niecks, p. 196
  120. Ir para cima Frisch, p. 173; 182
  121. Ir para cima Piedade & Moreira, p. 1
  122. Ir para cima CMJ New Music Monthly, p. 49
  123. Ir para cima Trochimczyk, p. 37
  124. Ir para cima First English Lutheran Church of Dorset, MN
  125. Ir para cima Episcopal Church
  126. Ir para cima Romeo, p. 25
  127. Ir para cima New York Magazine, p. 85-86
  128. Ir para cima Bennett, p. 256
  129. Ir para cima Frijhoff & Spies, p. 415
  130. Ir para cima Bogdanov, p. 84
  131. Ir para cima BBC
  132. Ir para cima Garcia
  133. Ir para cima Coelho
  134. Ir para cima Vicas
  135. Ir para cima Bellag
  136. Ir para cima Rivaz
  137. Ir para cima JPL Small-Body Database Browser

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