Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Raimundo Correia | |
---|---|
Nascimento | 13 de maio de 1859 São Luís, Maranhão |
Morte | 13 de setembro de 1911 (52 anos) Paris, França |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Magistrado, professor, diplomata epoeta |
Escola/tradição | Parnasianismo |
Raimundo da Mota de Azevedo Correia (São Luís, 13 de maio de 1859 — Paris, 13 de setembrode 1911) foi um juiz e poeta brasileiro.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nasceu a bordo donavio São Luís, ancorado em águas maranhenses Referindo-se a seu nascimento sobre as águas, costumava Raimundo dizer de si, pilhericamente, "Sou um homem sem pátria; nasci no Oceano".[1] Filho de família de classe elevada, foram seus pais o desembargador José da Mota de Azevedo Correia e Maria Clara Vieira da Mota de Azevedo Corrêa,[2] ambos naturais do Maranhão. Seu pai descendia dos duques de Caminha e era filho de pais portugueses. Realizou o curso secundário no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro. Em 1882 formou-se advogado pela Faculdade de Direito de São Paulo, localizada no Largo de São Francisco, conhecida como Faculdade do Largo São Francisco, desenvolvendo uma bem-sucedida carreira como Juiz de Direito no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Neste Estado, foi o primeiro Juiz de Direito da comarca de São Gonçalo do Sapucaí.[3] Teve um sobrinho que levou seu nome, filho de seu tio José da Mota de Azevedo Correia, Raimundo Correia Sobrinho, formado em direito e poeta como o tio, que escreveu um livro de poesias "Oração aos Aflitos" publicado, em 1945, pela Livraria José Olympio Editora.
Raimundo Correia iniciou a sua carreira poética com o livro "Primeiros sonhos", revelando forte influência dos poetasromânticos Fagundes Varela, Casimiro de Abreu e Castro Alves. Em 1883 com o livro "Sinfonias", assume oparnasianismo e passa a integrar, ao lado de Alberto de Oliveira e Olavo Bilac, a chamada "Tríade Parnasiana".
Os temas adotados por Raimundo Correia giram em torno da perfeição formal dos objetos. Ele se diferencia um pouco dos demais parnasianos porque sua poesia é marcada por um forte pessimismo, chegando até a ser sombria. Ao analisar a obra de Raimundo Correia percebe-se que há nela uma evolução. Ele iniciou sua carreira como romântico, depois adotou o parnasianismo e, em alguns poemas aproximou-se da escola simbolista.
Faleceu em 13 de setembro de 1911, em Paris, onde foi tratar da saúde.
Obras[editar | editar código-fonte]
- Primeiros Sonhos (1879)
- Sinfonias (1883)
- Versos e Versões (1887)
- Aleluias (1891)
- Poesias (1898)
Academia Brasileira de Letras[editar | editar código-fonte]
Raimundo Correia foi um dos fundadores do Sodalício Brasileiro, onde ocupou a cadeira 5, que tem por patrono Bernardo Guimarães.
Referências
- ↑ Sequeira, Bueno (1942). Raimundo Correia - Sua Vida e Sua Obra (Rio de Janeiro: Publicações da Academia Brasileira).
- ↑ «Poeta maranhense - Raimundo Correia». UOL Educação. Consultado em 30 de junho de 2012.
- ↑ Noviello, Celeste (1995). Minha Terra (Três Corações: Excelsior Gráfica e Editora).
Ver também[editar | editar código-fonte]
Precedido por Bernardo Guimarães (patrono) | ABL - fundador da cadeira 5 1897 — 1911 | Sucedido por Osvaldo Cruz |
https://pt.wikipedia.org/wiki/Raimundo_Correia