O IDEAL DA BELEZA FEMININA NOS ÚLTIMOS 100 ANOS
O padrão ideal da beleza feminina… não existe. A prova – científica e histórica – de como os padrões estéticos mudam ao longo do tempo estão nestas fotos de mulheres que encarnaram, cada uma em sua época, as formas ideais em matéria de volumes e curvas.
17 DE ABRIL DE 2017 ÀS 19:28 // 247 NO TELEGRAM // 247 NO YOUTUBE
Por: Luis Pellegrini
Uma década as quis atléticas e andróginas, uma outra macias, redondas e cheias de carne. Nesta galeria de imagens, um resumo dos cânones estéticos que se alternaram durante o último século.
Em 1910, cinturinhas de vespa – Na primeira década do século 20 a silhueta dominante foi a das Gibson Girls: Penteados sofisticados, cintura de vespa, elegância natural e uma sólida educação dos modos e atitudes. O primeiro ideal de beleza feminina do século foi lançado pelo ilustrador norte-americano Charles Dana Gibson (1867-1944) que trabalhou para as mais importantes revistas dos Estados Unidos, como a Life e a Harper’s Weekly). A atriz teatral e modelo belga Camille Clifford (na foto), o encarnou perfeitamente.
Em 1920, as melindrosas. A fervente década de 20 trouxe à ribalta mulheres emancipadas, que cortam os cabelos bem curtos e ouvem jazz, fumam, bebem álcool em público e falam e se expressam com desenvoltura, abordando temas até então proibidos como o sexo. As saias curtas e com franjas permitem as danças ao som do Charleston. A palavra da moda nos países de língua inglesa é “flapper” (voadora), que indica uma mulher pouco mais que adolescente que começa a “bater as asas”. A estrela do cinema mudo Alice Joyce (na foto) é uma delas.
Em 1930, a mulher-sereia – Vestidos justos, muito tafetá, saltos altos, casacos e estolas de peles e, sobretudo, uma cabeleira platinum blonde: o da beleza ideal nessa década é o da atriz Jean Harlow, ícone do cinema norte-americano e uma das primeiras “vamps” de Hollywood.
Em 1940, as rainhas do cinema falado – Talvez por causa das agruras da Segunda Guerra, o look feminino nessa época torna-se mais discreto, de linhas mais retas, quase masculinas. Deixa-se de lado o tipo “mulher fatal”. É o momento de receber os homens que voltam dos combates. O exemplo mais perfeito desse estilo de mulher – elegante, firme, corajosa – é sem dúvida Katharine Hepburn.
Em 1950, as curvas retornam vitoriosas – É a década das chamadas “pin-ups”. As gostosonas que na década precedente alegravam os dormitórios dos soldados assumem o domínio da praça. São os anos dourados de Marilyn Monroe e Liz Taylor, para as quais os quilinhos a mais longe de ser escondidos, são valorizados e ressaltados.
Em 1960, dominam as meninas-graveto – Tudo é virado do avesso: chega a minissaia, as pernas são feitas para serem mostradas, e esse modeloo exige figuras pequenas, madrinhas e ágeis, como a da supermodelo inglesa Twiggy, que significa, exatamente “graveto”.
Em 1970, chegam as rainhas das discotecas – Nos anos da banda Abba e da disco-music ressurge o fenômeno das pin-ups, mas agora com cânones estéticos diferentes: ombros mais largos, quadris mais estritos e curvas que mostram um físico atlético, como o da atriz Farrah Fawcett (na foto).
Em 1980, chegam as supermodels – Inaugurando uma era que, de certa forma, perdura até hoje, surgem os batalhões de modelos da indústria fashion: altíssimas, frias como estátuas, inatingíveis. É a década das top models que ficarão na história, tais como Elle MacPherson (na foto).
Em 1990, exércitos de magrelas – Dizem que essa época coincide com uma verdadeira epidemia de anorexias ao redor do mundo desenvolvido. A magreza das moças chega a um limite preocupante, ressaltado pela pintura dos olhos, pelos lábios violáceos, o esmalte e o batom em tonalidades escuras que chegam ao negro. Há um fascínio andrógino que lembra aquele em voga na Londres de 1960. Kate Moss ( na foto) é uma supermodelo britânica que representa bem o período. Ela foi capa da revista Vogue 30 vezes ao longo de 25 anos de carreira.
No ano 2000, chegam as saradas – Bronzeadas, barrigas tanquinho, tudo nelas acontece ao ritmo de dança. Quem controla o imaginário estético feminino nesses anos são ícones pop como Britney Spears e Christina Aguilera.
Em 2010, curvas e classicismo – Curiosamente, na década atual, dois padrões de estética feminina se contrapõem e dominam a cena: O das abundantes, de seios fartos e nádegas enormes como as da atriz Kim Kardashian (na foto) e da cantora Nicki Minaj, e o das deusas clássicas perfeitas, como é o caso da nossa brasileiríssima Giselle Bündchen (na foto abaixo).
http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/290824/Corpo-de-mulher-O-ideal-da-beleza-feminina-nos-%C3%BAltimos-100-anos.htm