Vicente de Carvalho

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Vicente de Carvalho Academia Brasileira de Letras
Nome completoVicente Augusto de Carvalho
Nascimento5 de abril de 1866
Santos São Paulo
Morte22 de abril de 1924 (58 anos)
Santos São Paulo
Nacionalidade brasileiro
OcupaçãoAdvogadojornalistapolíticoabolicionistafazendeirodeputadomagistradopoetaparnasiano e contista
Vicente Augusto de Carvalho (Santos5 de abril de 1866 — Santos, 22 de abril de 1924) foi um advogadojornalistapolíticoabolicionistafazendeirodeputadomagistradopoeta e contista brasileiro.

Vida[editar | editar código-fonte]

Filho do major Higino José Botelho de Carvalho e de Augusta Carolina Bueno, descendente de Amador Bueno, o Aclamado.
Formou-se em 8 de novembro de 1886, com 20 anos de idade, da Faculdade de Direito de São Paulo, no curso de Ciências Jurídicas e Sociais (sendo que para matricular-se teve de obter licença especial da Assembleia Geral do Império, por não ter a idade mínima para cursar a cátedra de direito).[1]
Quando deputado, foi membro da comissão de redação da Constituição do Estado de São Paulo e secretário de Interior, tendo abandonado a política logo após.
Foi fazendeiro em Franca, entre 1896 e 1901, quando retornou a Santos e lá se estabeleceu como advogado.
Transferiu-se em 1907 para São Paulo, tendo sido nomeado juiz de direito no ano seguinte e, a partir de 1914, ministro do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Como jornalista, colaborou em vários jornais, como O Estado de S. Paulo e A Tribuna. Em 1889, fundou o Diário da Manhã, em Santos e, em 1905, O Jornal.
Serviu como redator das revistas Ideia e República. Tendo publicado verso, estreou na prosa numa polêmica com o poeta Dias da Rocha.[2]
Em 1885 publicou seu primeiro livro Ardentias. Três anos depois veio Relicário (1888). Quando voltou a Santos, fervia o movimento abolicionista. Em 1902 publicou o Rosa, rosa de amor.
A obra que marcou sua carreira poética, Poemas e Canções, foi primeiro publicada em 1908 com prefácio de seu amigo Euclides da Cunha. Teve dezessete edições.
Também se encontra colaboração da sua autoria na revista Branco e Negro[3] (1896-1898).
Casou-se em 1888 com Ermelinda Ferreira de Mesquita (Biloca), em Santos, com quem teve quinze filhos. Entre eles, Vicentina de Carvalho, poetisa, e Arnaldo Vicente de Carvalho, jornalista.

Curiosidades[editar | editar código-fonte]

Os jardins da orla de Santos se devem em parte a Vicente de Carvalho. Em 1921 escreveu, junto a Américo Martins dos Santos e Benedito Montenegro, uma Carta Aberta ao Presidente da República contra apropriações ilegais das áreas em frente à praia.


Obras[editar | editar código-fonte]

  • Ardentias 1885
  • Relicário 1888
  • Rosa, rosa de amor 1902
  • Poemas e canções 1908
  • Versos da mocidade 1909
  • Verso e prosa, incluindo o conto "Selvagem" 1909
  • Páginas soltas 1911
  • A voz dos sinos 1916
  • Luisinha, contos 1924

Lorbeerkranz.png Academia Brasileira de Letras[editar | editar código-fonte]

Foi o segundo ocupante da cadeira 29, que tem por patrono Martins Pena. Eleito em 1 de maio de 1909, na sucessão de Artur de Azevedo, foi recebido por carta na sessão de 7 de maio de 1910.

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Precedido por
Artur de Azevedo
Lorbeerkranz.png ABL - segundo acadêmico da cadeira 29
1910 — 1924
Sucedido por
Cláudio de Sousa
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