LIVRO: MUNDO SEM CRISTIANISMO

 

 



PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4


o conteúdo original que inclui este estudo está neste link aqui


este livro está em pesquisas
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ÍNDICE

001   APRESENTAÇÃO

002   PREFÁCIO           

003   INTRODUÇÃO

=========================

004   1. O MUNDO

015   2. RELIGIOSIDADES

028   3. TRIGO E JOIO

040   4. RELIGIÕES

053   5. CRISTIANISMO

068   6. ANTERIORMENTE

080   7. ANTIGUIDADE

100   8. MEDIANIDADE

117   9. MODERNIDADE

131   10. CONTEMPORANEIDADE

143   11. PROGRESSIDADE

156   12. ATUALIDADE

167   13. PERSEGUIÇÕES

180   14. EMBAIXADORES

194   EPÍLOGO




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APRESENTAÇÃO


Como seria o mundo sem a existência do Cristianismo?

Como seria o mundo sem esse Cristianismo que temos sido?

Pretendemos analisar estas questões

Pretendemos também, analisar as possíveis respostas

A uns, parece uma pregação negativa ao Cristianismo

Para outros é imitação bíblica ao revela erros de "homens de Deus"

Na verdade, é buscar ver com os olhos que o mundo nos vê

É, também, entender e explicar nossos erros grotescos

É dizer ao mundo que reconhecemos nossos erros e falhas

É explicar quem sonos nós quando damos tão maus testemunhos.



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PREFÁCIO


O autor

O tema

O objetivo

O reclame

O autoconhecimento

O respeito às outras religiões

A revisão sobre Bíblia e Revelação

O mundo sem o Cristianismo

Somos ainda piores do que o registrado aqui

Temos muito o que mudar e melhorar




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INTRODUÇÃO


O Cristianismo é mais uma religião na história da humanidade

Acertos e erros como qualquer outra religião no mundo

Vamos estudar esta religião em especial.

No estudo, analisaremos no aspecto espiritual, mas, também, existencial, científico e real.

Mas o que estudarmos no Cristianismo se aplica a qualquer outra religião.

Cada capítulo tem um significado em especial, para o Cristianismo e para nosso estudo.

Cada capítulo tem sua própria importância tanto para o Cristianismo quanto para nosso estudo.

Não pouparemos, sob hipótese nenhuma, o Cristianismo e suas mazelas temporais.

Acreditamos que não poupando, saberemos bem sobre o Cristianismo que praticamos.

Também saberemos quem somos nós ao vivermos e praticarmos esse Cristianismo.

Cremos que este livro não deve ser lido às pressas, mas com o máximo de atenção.

Não temos dúvidas que estaremos prestando grande serviço ao Reino de Deus.




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MUNDO

005   1.1. várias compreensões sobre o mundo

006   1.2. várias compreensões bíblicas sobre o mundo

007   1.3. nossas compreensões sobre o mundo

008   1.4. mundo é cada pessoa

009   1.5. mundo é grupo de pessoas

010    1.6.mundo é cada sociedade

011   1.7. o mundo globalizado

012   1.8. pessoas - mundo para Deus

013   1.9. coletivo - mundo para Deus

014   1.10. lugares onde todo mundo nasce




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1.1. várias compreensões sobre o mundo

É impressionante a riqueza deste termo para a comunicação.

Numa mesma cultura, a expressão mundo oferece muitos entendimentos.

Na antiguidade para os escritores bíblicos a riqueza era ainda maior.

"Mundo" já teve semântica se referindo ao universo.

"Mundo" ainda tem significado referente ao planeta terra.

"Mundo" também se refere a regiões específicas do planeta.

"Mundo" tem a ver com ambientes e habitats no planeta.

"Mundo" também tem a ver com a vivência de qualquer ser vivo, inclusive humano.

"Mundo" também expressa tacitamente, todas as pessoas vivas no planeta terra.

"Mundo" também fala de todas as pessoas vivas, de uma maneira geral.

"Mundo" informa também sobre um grupo grande ou pequeno de pessoas que se igualam em algum critério. Por exemplo: Todo mundo gosta de vestir branco.

"Mundo" é uma expressão rica e que, quando mencionada, ninguém discorda, embora pareça querer englobar tudo e todos na afirmativa que se está pronunciando. Por exemplo, quando se diz: Todo mundo mente; até quem não mente, não discorda, pois busca compreender o que realmente esteja se dizendo com a expressão "todo mundo".




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1.2. várias compreensões bíblicas sobre o mundo

A Bíblia em si, dá margens para se buscar compreender mais de um sentido para o termo.

A Bíblia traz dois mundos bem diferentes e tão marcantes para se compreender o que seja "mundo".

O Antigo Testamento exige a ideia de "mundo" como um espaço restrito pra habitação humana.

No mesmo sentido restrito apontado anteriormente, Moisés e seu tempo vislumbra um universo.

Os dominadores mundiais vindos do Norte, para a cultura bíblica do Antigo Testamento faz o povo hebreu alargar o sentido de "mundo" como sendo, também, espaço de habitação para inimigos poderosos e idólatras.

Quando o Reino de Israel, com as dez tribos rebeldes é dominado e espalhado pelos quatro cantos do mundo controlado pela Assíria, fez o texto bíblico entender "mundo" como espaço de castigo, inclusive, não só permitido por Deus, mas também resultado da operação condenatória dEle.

Babilônia e, posteriormente, os Persas contribuíram para que o chamado "povo de Deus" tivesse mais uma concepção sobre "mundo", foram dominadores pacíficos, porém, deveriam ser combatidos, da mesma forma como aconteceu em relação aos assírios.

O Novo Testamento, por sua vez, entendia o mundo de acordo com a concepção do Império Romano, num primeiro momento, quando, apesar da "Pax Romana" o Cristianismo, atrelado ao Judaísmo, na carência de inimigos para manter-se vivo e dedicado, sempre que podia, provocava os ódios romanos.

Após este tempo, o Cristianismo entendeu que "mundo" se resumia a uma arena de batalha entre a fé cristã e o mundo idólatra não cristão. Isso inclui a visão de que não foram os não cristãos que promoveram isto, mas a influência do judaísmo rebelde sobre os cristãos.

Num pensamento geral, a Bíblia, somando o Velho Testamento com o Novo, compreende o "mundo" como um espaço criado por Deus, maior do que se possa imaginar naqueles tempos, ocupado por um número enorme de pessoas não conhecidas nem amadas por Deus que são capazes de tudo para agirem contra Deus e Suas vontades para com "Seu povo", cristãos e judeus e todo o resto do mundo.

No entanto, diferente deste posicionamento, a própria Bíblia, nos Evangelhos, apesar dos preconceitos e intolerâncias dos seus escritores, mostra a visão divina em relação ao que seja "mundo". Para Deus, o termo "mundo" não é só um lugar ou espaço criado por Ele, mas isto e tudo mais que envolva todo o contingente de pessoas que Ele considere como amados Seus, cristãos ou não, judeus ou não.




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1.3. nossas compreensões sobre o mundo

Não há problemas de o termo indicar significado como universo, planeta, região do planeta, ou o que seja dentro desta visão.

O primeiro semblante desta palavra nos remete a um sentido que vai além de gente e de multidão de gente. 

Mundo seria o todo formado por todos ou por grande parte das pessoas.

Porém, mais que isto, o termo tem a ver com o ambiente cultural, social e até biológico que o contingente de todas ou muitas das pessoas da terra, formam.

Falar em "mundo" é fazer semântica para um meio termo do resultado conseguido pelo conglomerado das pessoas no planeta terra.

Conglomerado este que sofre, sim, influência poderosa do conglomerado do passado, e até o que se tem em mente sobre o futuro.

O termo "mundo" tem muito a ver com a ideia do "inconsciente coletivo", não exatamente as imagens herdadas, mas toda uma herança que gerações passadas concretizaram e que ainda marcam muito a construção das heranças presentes que estão sendo preparadas para serem passadas para frente.

Podemos entender que o termo "mundo" vai muito mais além do que possamos imaginar em nosso universo particular. 

Da mesma forma que "mundo" abrange todo mundo, mesmo que não chegue a ser todo o mundo, é natural sabermos que a definição dever recorrer ao entendimento de todos estes envolvidos.

Para frente, neste estudo, vamos analisar aspectos diversos e até muito parecidos sobre o que seja "mundo" e com isto contribuiremos mais para compreender o que dizemos sobre queria "mundo sem Cristianismo".




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1.4. mundo é cada pessoa


Em "Mundo Sem Cristianismo", o que seria o termo "mundo"?

Primeiro podemos pensar sobre a semântica mais simples, o mundo de cada pessoa.

Mais simples, mas, também, talvez, a mais complicada de todas.

Talvez, também, não só a mais simples e complicada, mas a mais desprezada pelo mundo.

Assim sendo, é, também, a mais submetida espontaneamente, aos conceitos e definições já estabelecidos.

Cada pessoa é um mundo, o mais importante mundo para cada pessoa.

Este mundo é totalmente coerente com todos os sentidos que a Bíblia menciona sobre o mundo, pois é o que toda pessoa vê, compreende, tem em mente sobre tudo mais no mundo.

São muitos mundos no mundo de cada pessoa, principalmente quando cada um entende e respeita esta existência de tantos mundos.

Mas, ao mesmo tempo, é um  mundo só, pois por mais que cada pessoa lide com vários mundos até diferentes, para sobrevivência e boa convivência, este mundo deve organizar-se para ajustes com todo mundo ao seu redor.

O Cristianismo em si, deve considerar o que cada mundo pessoal compreende sobre sua existência e atuação.

É neste sentido que Paulo afirma sobre a questão do escândalo, mesmo em relação a tudo que o Cristianismo pense ser possível, permitível: "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém, pois nem tudo é edificante para o meu mundo ou o mundo dos outros.



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1.5. mundo é grupo de pessoas


É uma outra conceção pra o termo "mundo" que deve ser considerado.

Alguém olha para um grupo grande ou pequeno de pessoas e pergunta: Todo mundo pensa da mesma forma?

Há casos até em que a maioria de um grupo pequeno ou grande, é chamado de "todo mundo".

é verdade ou mentira quando se expressa dessa forma num grupo assim?

Todas as pessoas presentes compreendem o que está sendo dito? Será que há alguém que pense estar sendo ludibriada, contando que o "todo mundo" mencionado está se referindo a multidões fora do grupo?

A questão a se pensar é se a comunicação está desonesta, se há, propositalmente, interesse em promover enganos nos ouvintes.

Quando alguém afirma que todo mundo que estava numa determinada loja, estava comprando, ele está sendo bem entendido; ele está afirmando categoricamente que aconteceu exatamente assim?

Sem dúvida há uma força de expressão a se considerar diante de algumas afirmativas quando se usa esse tal de "todo mundo".

Em João 3:17 o texto afirma que "Jesus veio ao mundo (=planeta), não para condenar o mundo (=humanidade), mas para que o mundo (=nascido de novo) fosse salvo por Ele.

O mundo nascido de novo é um grupo menor que o mundo humano.

Então, o termo "mundo" como grupo pequeno ou grande da humanidade, tem tudo a ver com os propósitos de Deus.




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1.6.mundo é cada sociedade


Jerusalém era um "mundo", como também, qualquer outra cidade ou povoado.

Nesse sentido, "mundo" é um contexto social

Também, "mundo" é um contexto cultural de uma sociedade.

Não precisa exatamente ser pessoas

Mas é o conjunto de contribuições que as pessoas, em grupo, produzem para a formação de uma sociedade, mais ou menos, homogênea.

Nesse sentido, também, tem a ver com a orientação de João, em sua carta, quando diz que não se deve amar o mundo.

Para João escritor da carta, é natural que o salvo ame o mundo formado por pessoas, mas não o mundo que seja resultado maléfico e pecaminoso da convivência humana.

Lembrando que os costumes culturais, em si mesmos, não são pecados, mas sim os motivos que levam as pessoas a promovê-las e com elas conviver.

Considerando esta questão cultural, há de se admitir que a sociedade também pode se constituir num significado importante, também, para "mundo"

Assim, as pessoas de uma sociedade se tornam o mundo de determinadas vivências culturais que esta mesma sociedade produz.




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1.7. o mundo globalizado

No geral, qual o maior e melhor sentido de "mundo" no texto bíblico?

Seria o mesmo sentido que o que podemos vislumbrar na Revelação divina?

O Deus de Jesus entende o mundo da mesma forma que o Deus dos escritores bíblicos?

Para Jesus, o "mundo" não se resumia a Israel, ou ao judaísmo

Podemos afirmar até que o "mundo, para Jesus, ia muito além do cristianismo iniciante.

O mundo, como um todo, é o mundo que interessa a ós, quando falamos sobre Cristianismo.

Nisto inclui o mundo globalizado que é o total da humanidade mais a cultura que, de uma forma ou outra, de um jeito ou outro, se concretiza no planeta terra.

O mundo globalizado equivale não só ao que há de comum entre as nações e seu comportamento cultural, mas, também, o que se difere entre uma e outra experiência verificada na terra.

É muito certo se crer na importância que as diferenças exercem sobre os fatores que mais se assemelham.

Talvez, num estudo antropológico mais sério, e, também, sociológico com mais profundidade, cheguemos a perceber que as diferenças são mais importantes que as semelhanças.

Muitas vezes, as diferenças é que determinam a existência e o significado das semelhanças.

Na visão espiritual da Revelação divina, é possível que as diferenças entre as culturas, e, portanto, entre os comportamentos humanos, sejam mais significativas para os propósitos amorosos de Deus, do que as semelhanças, mesmo aquelas que mais pareçam com os ideais de Jesus.




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1.8. pessoas - mundo para Deus


Um aspecto importante para avaliar sobre o que seja mundo, quando tratamos do Cristianismo no mundo.

A Bíblia afirma que para cada pessoa, a alma dele vale mais que o mundo inteiro.

Não adianta ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma para o inferno.

Isso tem muito a ver com as riquezas e o que esta coisa pode fazer contra a eternidade de uma pessoa.

Se é prejuízo eterno para uma pessoa, também é para Deus.

Muitos estarem salvos, não tira a tristeza de Deus por uma alma que se perde.

Deus ama a todo mundo igualmente, e isto gera prejuízo para Ele e Seu reino, quando uma só alma se perde condenada na eternidade.

Jesus chega a contar a parábola das noventa e nove ovelhas deixadas no aprisco e a busca pela ovelha perdida.

Uma pessoa é todo um mundo; muitas pessoas são muitos mundos para Deus e Seus propósitos.

Cada pessoa tem seu significado singular para Deus, cada mundo é a mesma coisa para Ele.

Sim, neste aspecto importante para o amor de Deus, uma alma vale mais que o mundo inteiro.



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1.9. coletivo - mundo para Deus


Na compreensão da Revelação de Deus, ainda mais fundamentados em Jesus, é óbio que o sentido mais completo para Deus é o da individualidade, não o mundo por atacado, mas no varejo.

Porém há um sentido coletivo que deve ser compreendido também, nos propósitos de Deus para com a humanidade.

Não há uma maneira particular de Deus agir com cada pessoa. Há um processo que se direciona a todos, sem exceção.

Toda a Graça é assim, é um plano só para todo mundo, sem exceção. Nesse sentido podemos perceber os olhos de Deus para o coletivo.

A aplicação de cada passo da Graça, que todos devem passar, tem um jeito particular do Espírito operar em cada pessoa, respeitando a individualidade de cada um.

Por exemplo todo mundo é convencido de pecado, isso tem um sentido coletivo desta ação. Este momento da Graça é para todo ser humano.

Porém, quando o Espírito vai operar isto, Ele não age da mesma forma com todos, pois sabe bem que agindo assim, o número de conversão cairá muito.

Para esta ação coletiva, o Espírito age singularmente com cada indivíduo, considerando cada um, respeitando cada pessoa.

Um dos motivos para isto, é que sendo criados à imagem e semelhança de Deus, um dos privilégios disto é o do respeito do Senhor para com a pessoalidade de cada um.

Deus não obriga ninguém a nada, assim sendo, o Espírito, na Graça, é que está escalado para operar o convencimento segundo a particularidade de cada indivíduo alcançado.

É por isto que pode-se afirmar que todo mundo, sem exceção, está convencido de sua situação de pecado contra Deus, todo mundo, de um jeito ou outro, está convicto disto, mesmo que rejeite ou busque se justificar ou ignorar.

Nesse sentido, para Deus, a semântica de "mundo" tem a ver com o coletivo, o todo.

Por este sentido, é que a Bíblia afirma que "todos pecaram e todos estão destituídos da glória de Deus"

A pergunta é: "Todos" pecaram? sim, todo são pecadores contagiados em Adão. Mas, "Todos" estão destituídos da glória de Deus? Não. Um percentual muito grande de gente não está nesta condição, graças à visão e atuação de Deus entendendo o "mundo" como coletivo, e como individual.



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1.10. lugares onde todo mundo nasce


Há, por fim uma outra compreensão sobre o que seja mundo, dentro da visão de Deus e da afirmativa sobre "o mundo sem Cristianismo".

Primeiro, é o lugar onde todo mundo nasce.

Segundo, são os lugares onde todo mundo, ou cada um nasce.

Considerando tudo que já vimos até agora, podemos misturar tudo, lugar e pessoas, lugares e pessoas.

Sem Cristianismo? É a questão que move este estudo e pesquisa.

Vamos analisar a história e até a falsa história que nos tem sido contada.

De muitas formas, o Cristianismo é quem triunfou e tem modelado a história

Isso acontece como religião, principalmente na Idade Média como já vimos anteriormente

Isso acontece como política, quando países, reis e guerreiros alcançaram vitórias e, naturalmente, passa a contar sua versão do acontecido, ao seu jeito, ao seu entendimento, tudo muito favorável a si.

O mundo sem Cristianismo busca, primeiro compreender o que seja mundo, para então buscar saber como seria esse mundo ou esses munso sem esse tal Cristianismo que temos assistido em todos os tempos.



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RELIGIOSIDADES


016   2.1. Religiosidade e Religião são condições diferentes

017   2.2. Religiosidade é uma resposta de todo ser humano

018   2.3. Resposta a um Convencimento que todos passam

019   2.4. Antes da fundação do mundo Deus quis criar pessoas

020   2.5. Pessoas e não robôs

021   2.6. Soube da "Queda" e suas consequências em tudo e todos

022   2.7. Estudou e planejou a Graça salvadora

023   2.8. Revelação e Convencimento pelo plano da Graça

024   2.9. Três respostas consciente ou não, das pessoas

025   2.10. A formação das religiões

026   2.11. Os livros sagrados unificadores

027   2.12. Três tipos de religiosidades em cada religião



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2.1. Religiosidade e Religião são condições diferentes

É muito interessante a observação destes dois conceitos.

É preciso ter estes conceitos bem vivos para melhor compreensão deles e do todo que eles se evidenciam.

Antes de tudo, devemos lembrar de dois atos essenciais do plano da Graça.

Um primeiro ato é a existência atuante da Revelação de Deus a todo ser humano.

Um segundo ato é a operacionalidade do Espírito Santo em Sua Trifunção.

Nesta Trifunção do Espírito, o primeiro de todos é o Convencimento.

A partir destes primeiros atos, vem a resposta consciente ou não, do ser humano.

A primeira resposta, então, é a pessoal, individual, é a resposta de cada pessoa a este  convencimento.

Essa primeira resposta gera uma religiosidade própria a cada pessoa, e podem se manifestar em três níveis bem definidos.

Primeiro são os indiferentes que estão convencidos de sua situação pecaminosa contra Deus, mas não dá a devida importância e segue como se nada tivesse acontecendo.

Segundo são aqueles que desejam mudanças diante do convencimento do Espírito, mas sem dar permissão ao mesmo Espírito para operar o necessário nisto; estes são o Joio.

Terceiro é a resposta do Trigo, diante do convencimento do Espírito, é o querer mudanças em relação a Deus, permitindo que o Espírito opere estas mudanças.

E o que é religião?

Religião é o juntar de religiosidades, as mais diversas possíveis, que aceitem a harmonização de todas elas sob a uma mesma crença




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2.2. Religiosidade é uma resposta de todo ser humano


Mais especificamente, vamos analisar melhor o que seja esta expressão: "religiosidade"

Primeiro de tudo, devemos afirmar e levar em consideração que se trata de uma experiência individual, muito pessoal, é algo tão particular quanto a digital singular de cada pessoa.

Nenhuma religiosidade é igual a outra, cada uma tem sua particularidade

Ao mesmo tempo, nenhuma é maior ou melhor que a outra, principalmente diante de Deus.

Observando uma religiosidade, não se deve considerar o presente, o momento da observação, mas o passado do indivíduo, o processo do desenvolvimento, a maturidade em que se encontra.

Outra consideração importante, é o fato de que todo mundo, sem exceção, tem alguma religiosidade

Realmente a religiosidade é uma resposta automática que todo ser humano oferece, como que, a Deus, consciente ou inconsciente, voluntário ou não.

Não há como um ser humano não ter essa resposta.

Tendo sido criado à Imagem e Semelhança de Deus, não há como ficar sem dar esta resposta.

Tendo sido questionado com o "Convencimento" operado pelo Espírito Santo, não há como alguém ficar sem dar esta resposta.

Trata-se de uma resposta espiritual, mas envolve aspectos existenciais, emocionais, sociais, psíquicos, biológicos e outros tantos marcadamente antropológicos.




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2.3. Resposta a um Convencimento que todos passam


O convencimento operado pelo Espírito na vida de uma pessoa tem características muito interessantes a serem sempre consideradas para melhor compreensão do que realmente seja.

Primeiro de tudo, é algo que todos passam, mas não de maneira impositiva, como algo que tem que acontecer de qualquer forma.

Há um enorme respeito de Deus em relação a todo ser humano, nunca obrigando ninguém a nada.

Mas, com tudo isto, todos passam por esta situação de convencimento do Espírito.

É muito mais que um conselho, um alerta, um aviso importante que todos devem ter.

Está mais para uma placa informativa ao lado de uma estrada, do que uma blitz com o intuito de passar alguma informação.

Segunda grande característica é a efetividade do convencimento.

Quando Jesus afirma que o Espírito convence o homem do pecado, não está dizendo que Ele avisa e alerta como uma placa no lado de uma estrada, mas que Ele realmente convence.

Ai temos a sabedoria e onisciência do Espírito nesta efetividade.

Por isso não é papel de homens, pastores, líderes religiosos, nem da igreja ou de qualquer religião, convencer ninguém, pois não conseguiria, é fundamental que, para isto, para esta efetividade, haja uma perfeita sincronização amorosa entre sabedoria e onisciência, o que o Espírito tem de sobra.

Todo ser humano, desde o primeiro até o último a nascer, está ou esteve, ou estará convencido plenamente de seu estado de pecado contra Deus.

Assim, há uma terceira característica a se considerar: A efetividade exige, naturalmente, espontaneamente, inconsciente ou não, voluntario ou não, uma resposta de todo ser humano.

Lembrando que esta exigência é algo muito espontâneo, natural diante da sabedoria e onisciência, pois de outra forma não aconteceria, pois Deus nunca obriga ninguém a nada, inclusive não obriga a uma resposta tão séria e tão esperada por Ele, quanto esta.

Uma resposta natural, bem comum, é a indiferença, é quando o indivíduo adia uma resposta, ou busca encontrar justificativas para não dar uma resposta, ou qualquer coisa semelhante a isto.

Neste primeiro tipo de resposta, está incluídos os ateus quando se tornam mestres em buscar e encontrar argumentos para não darem uma resposta pelo fato de "provarem" que não existe esse Deus com quem estão em desarmonia.

Um segundo tipo de resposta ao convencimento do Espírito, é o desejar mudanças em sua relação com Deus, porém sem muita profundidade neste querer, buscando, assim, jeitinhos para só abrir mão de alguns aspectos de sua vida, no que for entendido como conveniente. Estas pessoas não permitem que o Espírito faça esta mudança aparentemente desejada.

Esta maneira de responder, gera uma religiosidade, porém é a que Jesus chamou de "joio", parecem trigo, mas não são; parecem ovelhas, mas são bodes, naturezas bem diferentes no meio de ovelhas.

Por fim, um terceiro tipo de resposta, que promove também considerável religiosidade, é a das pessoas que desejam mudar suas vidas diante de Deus, buscando agradar a Ele, e entendendo que por si só não conseguem, permitem a ajuda miraculosa do Espírito Santo.

Esses, por suas vezes, são os que Jesus afirmou como "Trigo", verdadeiro trigo, verdadeiras ovelhas. verdadeiros seguidores de Jesus.... os verdadeiros salvos.

Estamos aqui utilizando linguagem do cristianismo, mas podemos afirmar que tudo isto aconteceu também em outras religiões como o judaísmo, a religião de Melquisedeque, de Jetro, e outros antes e depois do dilúvio.

Da mesma forma podemos afirmar que acontece em outras religiões depois de Cristo, como Ele mesmo disse de seus outros rebanhos fora daquele aprisco onde estavam seus apóstolos.




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2.4. Antes da fundação do mundo Deus quis criar pessoas


O que a Bíblia chama de "fundação do mundo". Há algumas controvérsias sobre isto, porém o mais aceito é de que se trata do período da criação do universo, começando com a declaração "Haja luz".

Assim sendo, antes da fundação do mundo, são "momentos" eternos, sem limites de tempo, antes da declaração criadora inicial para a formação do universo.

Quando o Senhor tomou esta primeira iniciativa, já tinha tudo estabelecido quanto ao que faria, quanto ao que sofreria, e tudo que haveria de fazer para reconquistar suas perdas.

Para termos esta visão, é essencial relembrarmos que Deus é onisciente, onipotente e onipresente.

Sabemos que a onisciência é o atributo divino que concede a Ele a capacidade de saber tudo em detalhes em relação a passados, presentes e futuros, 

Além disto, onisciência também é saber muito bem e com detalhes, sobre como seria se cada opção, aceita ou rejeitada, por Ele próprio e por cada criatura, inclusive cada ser humano, fosse concretizada em relação a cada situação bem como em relação ao todo sistêmico e ecológico, em que cada opção esteja ligado direta e indiretamente.

Sabemos também que a onipotência é o atributo divino que permite a Ele poder absoluto para o que quiser que aconteça ou não.

Normalmente este atributo é afirmado como Deus podendo qualquer coisa, o que não é verdade. Mesmo que se quisesse, Ele não teria como pensar, querer, realizar ou atrapalhar qualquer coisa, se isso fere direta ou indiretamente a Sua essência, que inclui os atributos dEle ser Amor, Justiça e Santidade.

Sabemos que que a onipresença é um atributo divino que dá a Ele a condição de estar completamente, ao mesmo tempo, em todos os lugares. 

Neste sentido precisamos estar atentos para não confundir a questão de "lugar" como espaço físico, já que Deus é totalmente espírito, não tem nada a ver com matéria, e esta é que precisa de tempo e espaço para existir.

Com tudo isto, podemos entender que, por Sua onisciência, ao iniciar a criação do universo, Ele já sabia tudo com antecedência sobre o que criaria, como criaria e as consequências de tudo que estava para criar.

Foi assim que antes da fundação do mundo, Ele quis criar o ser humano à Sua imagem e semelhança, sabendo em detalhes mínimos tudo que isto traria aos Seus planos



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2.5. Pessoas e não robôs


Deus queria pessoas, com livre arbítrio.

Não queria robôs, pessoas sem vontade própria.

Robôs equivalem aos animais irracionais dirigidos pelo instinto de cada um.

Robôs equivalem, também, a outros tipos de seres vivos que atendem somente à natureza que cada um tem.

Há algum tempo atrás eram só três reinos admitidos pela natureza; um era o Animal, que incluía os seres humanos e demais animais.

Um segundo reino, naqueles tempos, era o vegetal, o qual é um tipo diferente de ser vivo, porém dirigido por esquema predeterminado sem nenhuma opção de mudança.

Um terceiro reino, também naqueles tempos, era o reino mineral, reconhecido, naquelas oportunidades, como não sendo formado por seres vivos, mas seres inanimados.

Depois aconteceu o reconhecimento científico de algo equivalente a outro reino. Vírus e bactérias passaram a serem reconhecidos como outra forma de vida, porém, totalmente sem livre arbítrio.

Atualmente a ciência já reconhece que o tal reino mineral, também tem vida, porém, também, sem livre arbítrio.

Somente o ser humano é capacitado a escolher, inclusive o que seja contrário ao seu instinto.

Era exatamente isto que Deus pretendia ao criar o ser humano.



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2.6. Soube da "Queda" e suas consequências em tudo e todo


Onisciência é um dos atributos de Deus, já vimos isto.

Antes da fundação do mundo, ficou sabendo da "Queda" de Adão e Eva.

A "Queda" é registrada entre os textos tomados por Moisés, de outras culturas, que deu uma roupagem monoteísta segundo o entendimento mosaico.

A "Queda" equivale a uma desobediência específica contra Deus.

Esta desobediência poderia ser qualquer desobediência contra Deus, realizada por Adão ou Eva, os pais de todo mundo, segundo este texto interpretado por Moisés.

Esta desobediência pode ser também, não uma determinada desobediência ou qualquer desobediência, mas o espírito que leva pessoas a usarem mau o seu livre arbítrio, contra si, contra os outros, e principalmente, contra deus e Seus propósitos amorosos.

Nada é sozinho em si mesmo, a essa tal queda também produziu consequências por ter acontecido.

Podemos considerar resultados espirituais na vida dos autores, de suas descendências e, até das maneiras como Ele própria ama e age em relação a todo mundo.

Podemos considerar também, resultados existenciais contra os autores, os descendentes e também em relação ao próprio Deus .

Podemos, também, considerar os resultados em relação ao universo, ao mundo, à natureza

Consideremos também o fato de que tudo tem efeitos positivos e negativos, só que os efeitos advindos da queda do ser humano diante de Deus, traz mais prejuízos em todos os sentidos, do que vantagens.



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2.7. Estudou e planejou a Graça salvadora


Relembrando que tudo está acontecendo antes da fundação do mundo.

Depois que quis criar o ser humano com livre arbítrio

Depois de saber que para tanto, teria que criar cada pessoa com Sua imagem e semelhança, o que quer dizer saber e escolher o bem e do mal, ser respeitado na escolha.

Depois, também, e principalmente, de decidir que iria encontrar meios, um plano, para salvar o máximo de pessoas que se perderia com o mal uso do livre arbítrio.

Depois disto tudo, Deus, em Sua soberania, em sua onisciência e sabedoria, passou a estudar minunciosamente, todas as possibilidades para que alcançasse e salvasse o maior número possível pessoas que existiriam no mundo.

Estudou cada opção, quais os momentos certos para fazer acontecer algumas coisas; o melhor argumento para que este grande e maravilhoso objetivo fosse alcançado.

Foi nesse estudo que aconteceu a vinda de Jesus no que a Bíblia chama de "Plenitude dos tempos", que na verdade é um termo totalmente fundado na cultura apocalíptica.

Assim, Jesus veio no melhor momento, diante das mais perfeitas condições para que sua pregação chegasse ao maior número possível de pessoas.

Após tais estudos em detalhes, o plano foi arquitetado, não somente em relação aos tempos, aos locais, às pessoas e a tudo mais, mas, também, em relação à poderosa ação do Espírito no que estamos chamando de Trifunção: Convencer, Converter e Santificar.

Voltamos a lembrar, tudo isto com uma só coisa em mente, tanto nos estudos pormenorizados, quanto na estruturação do plano salvador da Graça: O anseio divino de alcançar todo mundo, sem exceção, e salvar o maior número possíveis destes alcançados.



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 2.8. Revelação e Convencimento pelo plano da Graça


A Revelação divina traz em si, muitas considerações importantes para compreendemos o amor de Deus.

A Revelação demonstra um Deus totalmente comprometido com Sua vontade em salvar o maior número possível de pessoas.

A Revelação é totalmente universal, é para todo mundo, sem exceção. Não há privilégios a ninguém, todo mundo deve ser alcançado.

Além do interesse de uma revelação a mais simples possível, para baixar o nível mais tranquilo a qualquer pessoa.

A Bíblia chega a afirmar que até os loucos seriam alcançados de todas as formas.

Outro fator importante neste projeto da Graça, é o convencimento operado pelo Espírito.

Não se trata de uma forma só para este convencimento, buscando pessoas que se adequem a isto.

O Espírito, em Sua sabedoria e onisciência, assume a responsabilidade de atuar convencendo todo mundo, cada um a um jeito específico.

Esta atuação divina é acompanhada do maior amor divino, da maior misericórdia possível.

Revelação divina e o convencimento do Espírito é, então, o maior representante da Graça do Senhor em relação ao mundo, a todas as pessoas, sem nenhuma exceção.



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2.9. Três respostas consciente ou não, das pessoas


A Revelação tem a função de mostrar Deus a todas as pessoas, sem exceção.

O convencimento do Espírito tem a função de mostrar o ser humano em relação ao Deus revelado.

Esse convencimento equivale ao que Paulo menciona em Romanos 3:10 a 18

Esse convencimento e tão adequado a cada pessoa, que ninguém fica de fora dos seus objetivos.

Todo mundo tem certeza absoluta de que é totalmente condenável diante do Senhor.

Com isto, são três as respostas encontradas nos seres humanos, diante de Deus.

Como todo mundo desenvolve alguma religiosidade, então cada resposta é um tipo de religiosidade diferente.

Uma resposta é a do ímpio, segundo a linguagem do Judaísmo e do Cristianismo.

Esta resposta equivale à indiferença diante da gravidade já exposta pelo convencimento.

Outra resposta é a do joio com sua religiosidade egocêntrica e narcisista

A outra resposta é a do trigo, com sua religiosidade altruísta, esvaziada de si.



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2.10. A formação das religiões


Depois de conhecer o suficiente sobre Deus, através da Revelação universal

Depois de todo mundo convencido de seu estado de pecado contra Deus

A partir da resposta do joio e do trigo, destes dois tipos de religiosidade

Naturalmente, espontaneamente, os que pensam, acreditam e praticam religiosidades semelhantes, vão se juntando em muitos aspectos sociais, familiares e religiosamente.

Chega o momento de terem a necessidade da formalização, buscando harmonizar as poucas ou muitas diferenças que individualmente tenham.

Uma pessoa ou um grupo começa a instituir as primeiras linhas na formatização de uma religião.

Outras formatizações vão continuar surgindo durante o tempo e as experiências que forem se somando na tal religião já instituida.

É assim que em todo o mundo, nos lugares mais remotos, as religiões foram se concretizando.

Uma mais evoluídas que outras, com mais preceitos que outras, com mais rituais que outras, com atuações mais complexas ou não.

É certo que na observação de todas as religiões, apesar de suas distancias e históricos, num todo, elas possuem mais semelhanças que diferenças entre si



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2.11. Os livros sagrados unificadores


A evolução de cada religião, aos poucos, foi exigindo atitudes e formalizações essenciais para irem atendendo às necessidades que sempre surgiam.

Reuniões, adorações, rituais, fraternidades e outros tantos itens, num tempo ou outro, numa condição ou outra, de uma em uma das religiões, foram instituídos para formatizar cada religião.

É claro que a cultura de cada situação, de cada região, de cada sociedade onde as religiões se estruturam, foram fatores essenciais para esta formatização religiosa.

um dos itens importantes em grande parte das religiões instituídas, foram os livros sagrados, os textos considerados inspirados pela divindade ou o plural dela em cada experiência.

Religiões que não promoveram seu livro sagrado, paralelo a isto, desenvolveu símbolos e significados que pudessem substituir o mesmo papel de textos específicos.

Há livros que passaram muitos séculos para serem escritos e reconhecidos, como é o caso da Bíblia do Cristianismo.

Por outro lado, há livros sagrados que foram escritos num só momento histórico e em nenhum momento, como é o caso do Alcorão.

Os livros sagrados sempre mostraram valor inestimável em todo o tempo de sua vigência.

É sempre fundamental que em qualquer desses livros e textos um critério deve ser estabelecido para se identificar o que seja coerente com a Revelação universal de Deus, e o que seja propriamente cultural  e adequado ao seu escritor ou escritores.

Sem nenhum problema para todas as religiões, Jesus, Sua vida e exemplos, Seus ensinos e orientações são, perfeitamente adequados, como critério de excelência para se identificar, em qualquer livro ou texto sagrado, o que seja da divindade e o que seja da boa vontade religiosa dos escritores.



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2.12. Três tipos de religiosidades em cada religião


Em geral, podemos afirmar que cada religião é uma resposta da humanidade à Revelação universal de Deus, quando nisto o Senhor se mostra com Seu amor, em benefício aos Seus amados.

Também, em geral, podemos afirmar que cada religião é uma resposta da humanidade ao Convencimento do Espírito, quando este revela a cada pessoa, a sua situação pecaminosa contra a vontade do Senhor, também em benefício de Seus amados.

Diante do que já avaliamos anteriormente, cada religião, por sua vez, é uma resposta direta da religiosidade que as pessoas desenvolvem.

De todas as formas possíveis e conhecidas e reconhecidas de religiosidades ante a Revelação de Deus e o Convencimento do Espírito, podemos classificar todas em três grupos bem definidos.

Um grupo é dos indiferentes ao convencimento. Estão convencidos suficientemente, mas se mostram indiferentes, sem dar a devida importância situação que vivem.

Este grupo, até, se coloca indiferente não só à situação, o que já é muito sério, já que compreendem estar ofensivo, desobediente, totalmente indigno para com o Senhor Deus.

O segundo grupo é o Trigo. Estão convencidos e desejosos de mudanças. Entendem que tais mudanças não serão completas se não tiverem a ajuda do próprio Deus. 

Por causa desta compreensão, além de convencidos e desejosos, este segundo grupo aceita o ansio do Espírito em atuar com a Graça de Deus.

Na verdade podemos definir que o Espírito, em Sua obra de convencer, não somente chama a atenção de cada pessoa sobre sua situação em relação à santidade de Deus, mas também se oferece para ajudar na operação destas mudanças.

O terceiro grupo, é o Joio. Estes estão convencidos e desejosos de mudanças na relação com Deus, compreendendo a seriedade da situação em que se encontram. Mas, ao contrário do segundo grupo, este, por vários motivos e fatores, termina não deixando que o Espírito opere tais mudanças.

Neste terceiro grupo poderíamos apontar fatores como teimosia, resistência, mais apego ao pecado, e outras razões para que queiram as mudanças, mas não permitam que o Espírito faça o que deseja e precisa fazer para atender às exigências do Convencimento.



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TRIGO E JOIO


029   3.1. A Parábola contada por Jesus

030   3.2. Em toda religião, e em todas as entidades humanas

031   3.3. O que Jesus estava afirmando com a parábola

032   3.4. O que Jesus estava ensinando com a parábola

033   3.5. Como pessoas se definem como trigo ou joio espiritual

034   3.6. Como podemos definir o que seja trigo

035   3.7. Como podemos definir o que seja joio

036   3.8. Trigo e Joio definem diferentes se uma religião é boa ou ruim

037   3.9. A liderança direta e indireta do joio nas religiões

038   3.10. O joio usa a religião (neutra) contra si, os outros e o mundo

039   3.11. O céu e o inferno para trigo e joio



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3.1. A Parábola contada por Jesus


Acredita-se que parábolas foram muito usadas pela cultura helênica nos tempos de Jesus

Parábolas são, essencialmente, ilustrações muito importantes facilmente usadas e facilmente compreendidas 

Parábolas são maneiras poderosas de fazer uma afirmativa se tornar bem entendida por quem ouve, e até, por quem fala.

Jesus tinha uma facilidade grande de usar bem uma parábola.

O único motivo para se usar uma parábola é tão somente, facilitar a compreensão de algo que se está dizendo ou afirmando.

Jesus usou o que podemos chamar de parábolas simples, aquelas que curtas ou longas, tinham a pretensão de ilustrar somente um ensino, até por que não haveria como usar tal estorieta para outros mais ensinos, sem forçar a situação.

Jesus, também, usou parábolas que podemos apontar como semi-complexas, ou seja, embora Ele tenha usado para um só ensino, com muita facilidade e verdade, nelas se pode tirar ilustrações para outros tantos ensinos até mesmo do próprio Jesus.

Em terceiro lugar, Jesus usou parábolas complexas, as quais podemos denotá-las assim, pelo fato de que sendo uma parábola, o próprio Jesus ilustrou com elas, vários ensinos os quais, ele mesmo indicou e está relatado no texto bíblico.

Por fim, Jesus usou parábolas muito complexas. São parábolas que foram usadas por Ele para ensinos que Ele próprio mencionou, e além disto, outros muitos ensinos podemos tirar delas; ensinos estes que coincidem bem com outros ensinos do próprio Jesus.

Porém, devemos entender que uma parábola não deve ser compreendida além do que foi indicado por quem a usou, ou seja, se Jesus mencionou uma parábola como simples, não se tem autorização para compreendê-la como complexa ou muito complexa.

Da mesma forma, quando Jesus mencionou uma parábola como complexa, não temos o direito e autoridade para mencioná-la, em nome dEle como sendo muito complexa.

Toda parábola exige fidelidade, nestes sentidos, de quem a ouve e de quem a estuda.



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3.2. Em toda religião, e em todas as entidades humanas


Trigo e Joio tem em todo lugar e em toda situação

Tem em todas as religiões, tem também no Cristianismo.

Quanto maior a religião, maior é a parcela de cada um destes tipos  numa religião

É interessante uma avaliação para se compreender o que produz um ou outro tipo de gente.

Em qualquer situação, Trigo é o tipo de gente altruísta, esvaziada de si mesma, na busca de beneficiar todo mundo ao redor, entendendo que sai ganhando pelo que faz ou deixa de fazer nesse sentido, e no resultado coletivo que tudo isto produz e todos ganham, inclusive ela.

Da mesma forma, em qualquer situação, Joio é o tipo de gente egoísta, egocêntrica, narcisista, cheia de si, na busca de usar tudo e todos em seu benefício, entendendo, erroneamente, que ganha muito não só com a satisfação do que faz por ser assim, como também ganha com o fato de outros perderem como resultado do que ele prefere e faz.

O que é tudo isto nas religiões? Quando todas são resultado de respostas humanas à Revelação divina que mostra Deus e Seu imenso amor, e também resposta ao convencimento operado pelo Espírito em relação à situação pecaminosa de todos contra a santidade do Senhor?

Por serem religiões, todas baseadas no interesse de agradar a divindade, como entender a presença e atuação do joio na existência e caracterização de cada religião no mundo todo.

O instinto humano é voltado à violência, como todo animal irracional, e para isto, tudo pode ser, para o joio, em qualquer nível de sua maturidade, um bom motivo para se alimentar do ódio e violência, e excelente argumento para justificar esse anseio animalesco. 

Assim, o joio, em qualquer situação, inclusive na religião, é um ser inferior que diz usar da violência para obter boas causas, mas, que na verdade, a violência, nele e para ele, é o fim que o leva a usar qualquer causa como pretexto.

O trigo é o manso, é o que se incomoda com a violência, é o que se interessa pelo bem de todos, e a depender do nível de maturidade, é o que até paga o preço do prejuízo, para que o coletivo saia ganhando. 

No contexto religioso, este joio, encontra motivos para este seu altruísmo, não só no prazer que, consciente ou inconsciente, ele experimenta e reconhece, mas também, no fato de crer que esteja afinado com a vontade da divindade, o que lhe é ainda mais caro e motivador.



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3.3. O que Jesus estava afirmando com a parábola


A parábola conta um relato sobre alguém que plantou trigo em sua área agrícola, e, depois disto, a plantação de joio no mesmo espaço, como ação de um inimigo para prejudicar o dono daquele campo.

Quando os empregados daquele proprietário perceberam a ação inimiga, avisaram a ele, o qual teria a opção de mandar arrancar o joio, mas ele orientou que deixasse tudo crescer juntos e então, pelos frutos, poderiam notar o que era joio e então arrancá-lo.

Esta parábola, segundo os evangelistas Mateus e Lucas, aconteceu num dia em que Jesus tirou para contar várias parábolas ao mesmo tempo.

Todas estas parábolas estavam visando ilustrar, de muitas formas, sob muitos pontos de vista, sobre o Reino de Deus.

Nestas parábolas, o Reino de Deus é apresentado como os propósitos de Deus no intuito de amar, abençoar e atrair o maior número possível de pessoas.

Outro aspecto considerado nas parábolas, é o de que o Reino de Deus, também, tem a ver com todos os atos de Deus para alcançar Seus propósitos em relação ao mundo todo.

Também, um outro aspecto do Reino de Deus, na soma de todas as parábolas, é a de que também se trata da somatória de pessoas que, direta indiretamente, estão comprometidas com estes propósitos do Senhor para com todo o mundo.

Em especial, a parábola do Trigo e do Joio oferece ilustração para a verdade de que o Reino de Deus não é formado por ovelha e bode, mas que considera muito a situação que esse tal bode proporciona desfavorável ao Reino do Senhor.

A parábola também, na realidade do Reino de Deus, demonstra que podem até se parecerem, mas que observando a produção de frutos, de vivência, de testemunho, fica fácil entender quem seja joio e quem seja trigo.

Outra interessante ilustração da parábola, é a orientação de que não cabe a ninguém dispensar pessoas que julgue ser joio no convívio do trigal.

Por fim, a parábola se interessa em ilustrar o fato de que todo mundo deve saber que trigo é trigo, e joio é joio, e os dois existem e convivem e atuam como se fossem o cristianismo.



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3.4. O que Jesus estava ensinando com a parábola


Alguns ensinos são muito claros para o mais simples observador

Lembrando que, na parábola, como em outros tipos de ilustrações, o ensino não está no que se conta na ilustração, mas na afirmativa que se faz precisar da ilustração.

Jesus, como já mencionamos, está ensinando com esta e outras parábolas, sobre o Reino de Deus e características que marcam a sua existência e sua atuação nos propósitos do Senhor.

Um primeiro ensino, através da parábola, é que o Reino de Deus é formado só por trigo, porém é muito atazanado pela presença e atuação do joio.

Um segundo ensino, é a lembrança que não pode ser esquecida, nem pelos que fazem parte do Reino, nem pelos que estão fora, de que há joio ativo no meio do que o mundo pode ver como sendo o Reino do Senhor.

Um terceiro ensino é que, com tudo isto, faz parte dos propósitos amorosos do Senhor, que o joio seja mantido no meio do trigal, até o último momento.

Um quarto ensino é a atenção ao fruto que o joio produz, ou não produz. Se não parece com Jesus e continua não parecendo, então é joio, mesmo que nenhum trigo está autorizado a fazer julgamentos e condenações diante destes que se comportam e continuam se comportando como joio.

Um quinto ensino é que o joio, por si só, por seus frutos ou falta deles, pagam algum preço por serem e agirem como são e agem.

O trigo por ser quem é, atrai pessoas, atrai mais trigo e termina, até, afastando o joio quando quer se comportar como joio, é como aqueles que fogem da luz quando querem se comportar como trevas. Isso traz muitos resultados positivos espirituais, existenciais, sociais, emocionais para o trigo, isso contribui para que viva a vida eterna já no mundo.

O joio, por sua vez, atrai mais joio, ambienta ainda mais a maldade em seus ambientes, o que afasta o trigo que, por sua vez, por ser quem é, busca a luz, busca outros iguais para viverem e praticarem o bem. Para o joio isso é infernal, ruim, doentio, e quanto mais envolvido nesse mundo de trevas, mais amarga será sua vida, mais isolada e perigosa, mais triste e depressiva.



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3.5. Como pessoas se definem como trigo ou joio espiritual


Para uma pessoa se auto definir neste contexto religioso, não é muito complicado, vamos dar aqui algumas diretrizes essenciais, baseadas no ensino bíblico.

Para promover o julgamento de outras pessoas, é desaconselhável o uso destes mesmos princípios.

Nesta visão de evitar julgamentos alheios, podemos compreender a afirmativa de Jesus de que pelos frutos se conhece uma árvore, não com o interesse de condenação de pessoas, mas de haver prudência e manter-se afastado de quem produz tais frutos.

Não é difícil uma pessoa se descobrir "arreligioso". Embora tenha algum tipo de religiosidade, qualquer que seja ela, não há nenhum interesse em mudanças na relação com a divindade.

Também não é difícil perceber-se religioso, mesmo pessoas que, por qualquer motivo, não tenha uma religião definida, praticada ou frequentada, com muito ou pouca diferença do comum a cada cultura.

Esse grupo religioso se subdivide em dois grupos bem definidos, e até reconhecidos por Jesus, os quais Ele chamou de Trigo e Joio.

Os dois estão convencidos de suas condições de pecado contra Deus, como resultado da ação do Espírito Santo, o que realiza desde os tempos de Adão, e em relação a todo ser humano no mundo.

Assim, também, tanto o joio quanto o trigo, estão como que interessados em mudanças na relação com Deus, desejam melhorias em si mesmos, no anseio de agradar ao Senhor.

Assim, a diferença entre trigo e joio só aparece depois destas duas considerações já mencionadas.

O joio, convencido e querendo mudar-se pra Deus, cria estratégias pessoais para operar estas mudanças desejadas; com isto, por limites individuais e falta de bom senso espiritual, exageros são assumidos em relação a si mesmos e aos outros. Um excelente exemplo sãos os fariseus no judaísmo dos tempos de Jesus.

O trigo, também convencido pelo Espírito, querendo mudanças pra Deus e percebendo que não consegue fazer isto satisfatoriamente, permite que o Espírito assuma a direção e a operação das transformações necessárias.



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3.6. Como podemos definir o que seja trigo


São três questões a seguir para concretizar esta definição tão importante nesta altura do nosso estudo.

Uma primeira questão é a definição cultural sobre o que seja trigo e o papel dele no contexto popular.

Neste contexto, trigo é um produto agrícola, muito útil para alimentação, não só naqueles tempos, mas em todos os tempos, inclusive nos dias de hoje, quando é base para muitos tipos de alimentos.

Essencialmente, o trigo em si mesmo, é tomado por Jesus e seus ouvintes, como uma das coisas mais importantes e essenciais, já que é muito útil para o alimento coletivo.

A segunda questão para se definir o trigo, na parábola de Jesus, é o sentido que o próprio Jesus está dando ao contar a historieta.

O trigo, é pois, pessoas abençoadas, que são feitas bênçãos aos dos seus convívios, e que buscam se fazerem abençoadoras, provocadoras de abençoamentos a outras tantas pessoas.

Trigo são os salvos, guiados pelo Espírito, bem-aventuradas por causa disto, que, naturalmente, são sal da terra e luz do mundo.

A terceira questão para se compreender a melhor definição para trigo, é a compreensão do próprio joio sobre quem seja o tal trigo.

Para este joio, então, trigo é quase tudo que o joio gostaria de ser, e  para isto, é, paradoxalmente, seu modelo a imitar, e também, seu modelo a criticar.

É quase tudo a ser imitado, para o joio, pois, apesar da admiração espiritual, o joio não deseja se entregar totalmente às mudanças que o Espírito opera na vida de quem se submete, como o trigo.

Assim, sendo o modelo a se quase imitar, ao mesmo tempo é o modelo a se criticar, pois o joio entende que seguir Jesus não é amar todos, mas intransigir com todos, crendo que tendo a verdade deve agir com mão dura, para o bem de todos.



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3.7. Como podemos definir o que seja joio


Para definir o que Jesus pretendia ao mencionar o joio em sua parábola, deve seguir os mesmos parâmetros na definição do trigo.

É certo que, ao mencionar a parábola, Jesus estava muito mais interessado em aclarar o que fosse o joio, do que o trigo, no Reino de Deus.

As demais parábolas contadas na mesma oportunidade, voltou-se a outros aspectos do Reino, inclusive sobre o trigo lembrando também como ovelha, moeda perdida e outras figuras apropriadas.

O que era o joio na cultura judaica naquele momento histórico de Jesus?

Na verdade, para a vida social dos judeus, o joio era não mais que um mato, um vegetal inútil e trabalhoso, pois era como nascido para prejudicar a excelente atenção devida ao trigo que se plantasse.

Para Jesus, o joio tinha todas estas características sociais, mas ia além, não se tratava de simples inutilidade, mas de motivo de prejuízos para o próprio Reino do Senhor.

Equivalente ao trigo, o joio se apresenta como o oposto, o oponente, a banda podre do cristianismo.

Em resumo, o joio representa o cristão que não tem nada com Cristo, o declarado cristão que se destaca como péssimo imitador de Jesus.

Ainda em resumo, o joio é retratado como cristão que não sendo cristão, se esforça pra ser, e, por falta do senso normal a verdadeiros cristãos, exagera em atitudes que contrariam Jesus e Seus ensinos.

O joio não é salvo, não é cristão, não é nada, é apenas um mato inútil que nasce e perturba o bem do trigo.



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3.8. Trigo e Joio definem diferentes se uma religião é boa ou ruim


Qualquer coisa no mundo, em si mesma, é neutra, pois pode ser útil para o bem como também para o mal.

Na verdade o ser humano, quando utiliza alguma coisa, é que vai definir se qualquer coisa será bom ou ruim.

Deve-se considerar ainda, que algo pode até ser bom para uma ou algumas pessoas, mas se não for benéfica para o coletivo, então não será algo bom.

Uma ilustração muito boa é a faca; ela pode ser ótima para providenciar segurança e alimento, mas, ao mesmo tempo, pode ser muito útil para ferir pessoas ou prejudicar ambientes.

Podemos lembrar aqui, e agora, o caso da religião; qualquer uma delas muitas, em si mesma, é neutra, nem é boa, nem é ruim, em si mesma.

Devemos considerar também, nisto, o fato de que toda religião é uma ou algumas das concepções que homens tiveram, e ainda continuam tendo, sobre Deus diante da Revelação divina sobre Si e Seu amor para com todas as pessoas.

Porém, a religião sendo neutra, quando está sendo usada pelo joio, é normal que ela se torne perniciosa, perigosa, maléfica, diabólica para o próprio joio envolvido, como também para o trigo e todo resto do mundo, cada um num nível de periculosidade diferente.

Neste sentido e em outros tantos, pois uma coisa puxa a outra, o joio é como o rei Midas, como que, se auto amaldiçoa maleficiando tudo que põe sua mão. 

Ao contrário disto, o trigo, com seu jeito de ser, com seu caráter trabalhado e operado pelo Espírito, em qualquer religião do mundo, usa sua religião para o bem de si mesmo, do trigo ao redor, também do joio endemoninhado, e , mais ainda, para o mundo que Deus ama e também quer salvar.

É neste sentido que Jesus afirma que o trigo é o sal da terra e a luz do mundo que sendo bênção para tudo e todos ao redor, faz com todo mundo se alegre com sua convivência abençoadora e glorifique a Deus que está nos céus.



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3.9. A liderança direta e indireta do joio nas religiões


O Cristianismo, como qualquer outra religião, é formada por trigo e joio.

Em qualquer religião, há uma facilidade enorme de o joio assumir a liderança influenciadora nas comunidades locais e denominacionais em qualquer religião.

Assim, há uma facilidade também muito grande, de o joio assumir a liderança influenciadora nas religiões.

O joio, espontaneamente, é dirigido por duas forças, uma é a religiosidade, o anseio de querer estar agradando a Deus, mesmo que não seja do jeito que ele sabe que Deus quer, por isso não permite que o Espírito assuma a direção e os rumos desta mudança.

A outra força que dirige a vida e as ações, as atitudes e as atuações do joio, no convívio com a comunidade religiosa ou qualquer outra, é a carne que, naturalmente, produz suas obras, aquelas mencionadas por Paulo aos Gálatas, e outras tantas.

Com estas duas forças lhe dirigindo, o joio influencia direta e indiretamente as comunidades locais, as denominacionais e a própria religião da qual faz parte.

Indiretamente, esta influência se verifica quando não é o joio que está na liderança, então se deixa usar propositadamente por seu espírito belicoso, violento e intransigente, para impor, com os argumentos mais espirituais possíveis ao seu entendimento, as suas vontades, a sua determinação, forçando as lideranças a cederem em seu favor, no mínimo, para promover a paz entre seus liderados. 

Seguindo a orientação de Jesus, em situações assim, as lideranças que não são joio, muitas vezes, preferem deixar de agradar ao que sabe ser a vontade Deus, para agradar aos anseios dessa liderança valente e determinada negativamente.

Diretamente, acontece muitas e muitas vezes, pois os liderados, preferindo naturalmente, a paz e a tranquilidade da comunidade, cede muito a ponto até de eleger tais indivíduos, mesmo compreendendo o mal que estão fazendo para o bem coletivo.

Nisto fica visível como Deus age com a humanidade e com os Seus salvos. Respeitando o imagem e semelhança, especificamente o livre arbítrio, Ele respeita as escolhas e falhas humanas, mesmo que Ele próprio e Seus propósitos possam pagar alto preço. É claro que com Sua sabedoria e onisciência, com Seu amor e a atuação de Sua Graça, atue diretamente, ainda respeitando a individualidade de cada pessoa, para amenizar esse alto preço que tenha a pagar, no seu anseio de salvar o maior número possível de pessoas.



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3.10. O joio usa a religião (neutra) contra si, os outros e o mundo


Já mencionamos que a religião, em si mesma, é neutra, porque se trata apenas de uma estrutura instituída sem capacidade de tomar qualquer iniciativa.

Além disto, em toda religião, há o interesse pela paz, a harmonia, o bem viver, até mesmo com as divergências e diversidades. No geral, esse é o espírito de toda religião. Nenhuma religião sobrevive se não tiver este espírito.

Já vimos que são as pessoas que fazem com que uma religião seja benéfica ou maléfica, 

Assim é que, também, já afirmamos que, um dos maus, conscientes ou não, do joio, é o uso a religião, aproveitando dessa neutralidade.

Naturalmente, com seu espírito carnal, o joio toma posse da religião, e, é claro, se torna uma vítima de si mesmo.

É disto que nasceu os fariseus em toda religião, inclusive o cristianismo: O uso da religião para a autocastração em todos os sentidos possíveis.

Se o joio, toma para si a religião para seu próprio prejuízo, quanto mais isso será realidade em relação aos seus correligionários, àqueles que compartilham as crenças e as práticas de uma determinada religião.

Ainda mais, o joio toma a religião que é neutra, e transforma numa arma contra pessoas de outras religiões. Querem ser respeitados, mas não conseguem oferecer respeito a outros, em outras crenças e práticas. Muitas vezes isso é involuntário, mas espontâneo num coração joio.

Fechando essa guerra insana do joio contra si e contra todo mundo ao redor, a gente lembra que, também, este mesmo joio toma posse da religião e sua forte instituição social, para atuar contra os que não são de suas fileiras ou de qualquer fileira outra, religiosa.

É certo que não há como exigirmos um comportamento diferente desses, da parte do joio. Ele é doente, não é o que gostaria de ser, nem o que é na verdade



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3.11. O céu e o inferno para trigo e joio


Quem precisa de lugar para existir e estar, é "carne e sangue", corpo material.

Na verdade, somos espírito que usa um corpo material. O corpo volta ao pó e o espírito é quem vai para o céu ou para o inferno.

Sendo assim, é certo que tanto o céu quanto o inferno não são lugares, a não ser num sentido figurado para melhor compreensão das pessoas sobre tudo isto.

Céu é eternidade com Deus, é estar com Ele, é estar em permanente comunhão cotidiana com Ele. 

Isso tem a ver com o fato de que somos imagem e semelhança de Deus, nossa felicidade espiritual tem a ver com isto, assim, céu é esta comunhão intensa com o Senhor.

Ao contrário disto, inferno é o que Paulo disse em 1Tessalonicenses, é estar banido da face do Senhor. Isso é inferno.

Outro termo usado por Jesus para falar do inferno também ilustra bem esta situação eterna: "cátaro", tormento eterno.

Tormento eterno tem a ver com depressão profunda, o pior nível possível.

Depressão é aquela situação de alguém estar entre pessoas felizes, lugar feliz, motivação feliz, e ainda assim estar profundamente triste, amargurado, atormentado irremediavelmente.

O pior dessa depressão, é que esta patologia, de forma comum, contempla a morte como uma luz de solução no horizonte, enquanto no inferno, esta solução não existe, e é o que o Apocalipse, em sua linguagem metafórica, informa.



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RELIGIÕES

041   4.1. Começa com o Convencimento do Espírito, no plano da Graça

042   4.2. Religiosidade é muito diferente de religião

043   4.3. Trigo e Joio em todas as religiões

044   4.4. Há várias vantagens na instituição de uma religião

045   4.5. Há várias desvantagens numa qualquer religião

046   4.6. Alguns fatores que exigem a formação de uma religião

047   4.7. As convergências das religiões ante a Revelação de Deus

048   4.8. As divergências das religiões ante a Revelação de Deus

049   4.9. As religiões e seus preconceitos

050   4.10. As religiões e suas intolerâncias

051   4.11. As religiões e suas prepotências

052   4.12. Religião e seus crimes sociais







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4.1. Começa com o Convencimento do Espírito, no plano da Graça


Na verdade, na verdade, tudo começa com o plano de criar o ser humano à imagem e semelhança de Deus, entendendo as consequências disto.


Assim é que, mesmo antes de criar Adão, Deus estabeleceu o plano da Graça, o melhor plano para alcançar todo mundo e salvar o maior número possível de pessoas.


Neste plano, os dois primeiros e importantes passos é a Revelação a respeito de Deus e Seu amor, e o Convencimento do Espírito a todo ser humano sobre a condição de cada um, como pecadores ante a santidade do Senhor.


Mas, ainda assim, sobre a formatização da existência e da atuação existencial das religiões, podemos afirmar que tudo começa com este convencimento do Espírito na vida de toda pessoa no mundo.


No convencimento, o Espírito opera algo que ele consegue em toda pessoa, por mais diferentes que elas sejam.


Para obter este resultado concreto e perfeito em toda pessoa, o Espírito usa de Seu amor divino, de Sua sabedoria divina, de Sua onisciência divina e da Sua vontade profunda de salvar o maior número possível de pessoas.


É extremamente ideal que para cada indivíduo, um jeito próprio, específico, pessoal, particular, de operar o convencimento.


Esse jeito particular de atuar para convencer, tem a ver com o imenso interesse divino de salvar o maior número possível de pessoas.


Outro fator importante neste ponto, é que Deus respeita cada pessoa em sua diversidade e individualidade, e isso é suficiente para justificar o prazer dEle em ser paciente e carinhoso no papel de convencimento.


É certo que o melhor convencimento possível a cada indivíduo, acontece, agora tudo vai depender de cada indivíduo, o que fará diante desse convencimento vivido, mesmo que inconscientemente.




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4.2. Religiosidade é muito diferente de religião


Essa diferença se mostra por causa de muitos fatores e é realidade de muitas maneiras, podemos destacar algumas interessantes e essenciais para esta verdade.


Toda religião é formada por muitas religiosidades, mas nem toda religiosidade pertence a uma religião.


Religião, em si mesma, não salva ninguém; mas, religiosidade, de alguma forma, sim, salva.


Religiosidade é uma resposta de cada pessoa à Revelação universal de Deus a todas as pessoas no mundo, desde Adão até a última pessoa no mundo.


Porém, a religiosidade é uma resposta, mais ainda, ao convencimento que o Espírito opera na vida de todo ser humano; Ele atua convencendo todo ser humano de sua situação condenada em relação à santidade do Senhor Deus.


Já vimos que religiosidade é própria a todo ser humano, e nisto inclui os indiferentes em relação ao convencimento do Espírito.


Também, a religiosidade tem a ver com o joio, aqueles que buscam mudanças em suas relações com Deus, mas não ao jeito do Espírito pela conversão, mas ao jeito pessoal de cada um.


Por fim, também, a religiosidade é própria ao trigo, aos salvos, aos que se abrem, permissivamente, para o Espírito Santo operar a conversão, as mudanças necessárias do jeito apropriado à Graça do Senhor.


Religião, é, pois, a reunião de religiosidades que mais se pareçam, que mais se satisfaçam sob a orientação de um corpo doutrinário e de práticas e rituais.


Outros mais fatores também são determinantes para as diferenças entre religiosidade e a religião.



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4.3. Trigo e Joio em todas as religiões


Já vimos que religiões são instituições de religiosidades que são ou se fazem semelhantes em torno de um conjunto de doutrinas e práticas que, razoavelmente atendem à necessidade das religiosidades envolvidas.


Já vimos também que há três tipos de religiosidades: Uma simples que é a das pessoas que se mostram indiferentes à Revelação de Deus e ao convencimento do Espírito.


Um segundo tipo de religiosidade é complexo, é a que, ajudada pelo Espírito Santo, por permissão de cada pessoa beneficiada com isto.


Este segundo tipo é simples e complexo ao mesmo tempo. Complexo por que encarrega a pessoa a atitudes e comportamentos contrários à sua zona de conforto, como é o caso do primeiro tipo, o simples. Esta é a condição do Trigo.


Este segundo tipo é, ao mesmo tempo, simples, por ser o resultado da ação do Espírito que, paulatinamente, vai conduzindo o indivíduo, sem esforço deste, à condição complexa, sem cobrança nenhuma, sem exigir esforço nenhum.


O terceiro tipo de religiosidade é o mais complexo. É o Joio. Este tipo de religiosidade vive uma luta pessoal intensa para se mostrar agradável ao Senhor, e isto, por vário motivos, sem permitir a ajuda do Espírito.


Este terceiro tipo o mais complexo, não só por este empenho pessoal para ser agradável, mas por que, por isto, faz o indivíduo ser pernicioso dentro e fora de sua religião, com intransigências e intolerâncias até mesmo, doentias contra si e contras as outras pessoas, o que, por isso, faz ser contra o próprio Deus.


Assim, Trigo e Joio, com todas as suas características, estão presentes em todas as religiões no mundo.


Afirmamos isso, pelo fato de que a Revelação divina e o Convencimento do Espírito acontece com todas as pessoas; o que gera religiosidades em todos os tempos e em todos os cantos do mundo; e, com isto, produz religiões com divergências e mais convergências entre si; com tudo isto, joio e trigo estão em todas as religiões.


Por último, podemos considerar o nível de maturidade que joio e trigo podem ter em suas convivências religiosas; maturidade que estão diretamente dependentes de cultura, temperamento, personalidade, circunstâncias e outros fatores.



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4.4. Há várias vantagens na instituição de uma religião


Tudo no mundo, tem aspectos positivos e outros negativos.


Qualquer decisão, qualquer escolha, exige que comparações sejam feitas, considerando o que, realmente, satisfaz a pessoa que está diante de alguma coisa.


Até a Bíblia que tomamos como algo sublime, tem suas vantagens e desvantagens. 


Para isto, temos que levar em conta que há coerências e incoerências com a real Revelação de Deus que podem ser conferidas no próprio Jesus Cristo.


Então, podemos, também afirmar que mesmo a Bíblia, no que seja coerente com o ensino de Jesus, confirmadamente Revelação de Deus, tem aspectos positivos e negativos.


Obedecer a Jesus equivale a desobedecer a si mesmo e suas inclinações instintivas ou carnais; muitas vezes isso é um preço que se paga por se deixar dirigir pelo Espírito Santo do Senhor.


A Religião, como um todo, como uma instituição que junta a si, grande quantidade de religiosidades, tem oferecido vantagens e desvantagens não só aos que se filiam a ela, mas, também ao mundo ao redor. Não precisa muita observação para se notar e anotar isto.


As religiões em si mesmas, com suas divergências, mas com muito mais convergências em relação a tantas outras, ou em relação a Jesus que é a maior e melhor Revelação de Deus, é, reconhecidamente, um fator que agrega mais do que desagrega pessoas e um coletivo qualquer.


É claro que o trigo usa bem estas virtudes de qualquer religião que faça parte; porém o joio usa, sempre mau, estas virtudes, visando atender seus entendimentos carnais, mesmo que voluntariamente ou não seja prejudicial aos indivíduos ou ao coletivo envolvido.


Quanto às desvantagens, o joio usa muito bem para seus propósitos instintivos, mesmo que tenha que dar roupagens aparentemente espirituais, místicas, para que pareçam justificáveis, se não diante do social, mas, pelos menos aos pseudo interesses da divindade que diz estar obedecendo.


Por sua vez, o trigo, com seu espírito maleável e benfeitor, por estar sendo guiado pelo Espírito, em qualquer religião, quando usa estas desvantagens da religião ou de sua própria religião, dá uma roupagem altruísta, amenizando os prejuízos que isto possa provocar para o seu bem ou o bem da coletividade envolvida.



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4.5. Há várias desvantagens numa qualquer religião


Como já mencionamos antes, é certo que tudo no mundo tem vantagens e desvantagens.


Religião, qualquer uma delas, são a mesma coisa, vantagens e desvantagens


Como religião é assim, e, cada uma em particular, dependendo da cultura em que está inserida, muitas vezes, mais desvantagens que outras.


Há outros fatores, além da cultura, que determina isto, tanto nas crenças e práticas internas, quanto no envolvimento com outras religiões ou em relação ao mundo ao redor.


Sendo religião, uma primeira e clássica desvantagem, é o fato de que na religiosidade você só responde à divindade, enquanto na religião você responde sua fé em relação às lideranças, e às pessoas de dentro e de fora da religião em que faz parte.


A religião cobra satisfação imposta ou voluntária do religioso em relação a muita gente; em outras palavras exerce sua vida e religiosidade, de forma a buscar satisfazer a si mesmo, à divindade, e também em relação a outras muitas pessoas.


Outra séria desvantagem é a limitação que lhe é exigida em relação à religião e religiosidade dos outros, de outras pessoas, dentro e fora da sua religião.


Do mesmo jeito que você deve satisfação de sua prática religiosa para com os outros, há, naturalmente, uma necessidade de exigir o mesmo dos outros.


Normalmente, piorando isto, as próprias religiões, em sua maioria, cobra que seus adeptos estejam atentos, vigilantes, em relação aos outros, dentro ou fora de sua comunidade.


É nisto que, naturalmente, acontece o julgamento e condenação dos outros.


Esta situação vai determinar, sem que ninguém atue diretamente nisto, o fechar ou diminuir muito a relação com outras pessoas, tanto pela parte de quem julga, quando da pessoa que sempre se sente julgada e condenada.


Com tudo isto, muitas outras desvantagens vão, naturalmente, surgir, mesmo sem que sejam percebidas, o que é muito pior nisto tudo.


Como resultado cabal, todos estes fatores vão contribuir para que se limite, cada vez mais, o que se possa compreender o que seja o amor de Deus, e como age, até mesmo, em relação à própria pessoa manipulada em tudo isto.



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4.6. Alguns fatores que exigem a formação de uma religião


A Revelação divina e o Convencimento do Espírito, em si mesmos, no contato com as pessoas, por mais diversas que sejam, exigem, de cada pessoa, uma religiosidade qualquer, coerente com a individualidade de cada uma.


Esse é um primeiro e essencial fator, para a formação de uma religião, o atender o ambiente propício que promete às religiosidades de cada um dos seus participantes.


Há uma carência muito forte nas pessoas, em suas religiosidades, motivadas pelo senso social que todo ser humano tem, até mesmo para sobrevivência.


Assim é que a cultura, qualquer que seja ela, participa como um dos fatores, neste sentido.


Esta questão cultural é tão importante, que até quando a pessoa prefere e assume ser ateu, ele está afirmando uma religião a si mesmo e aos contextos culturais que tiver que enfrentar.


Há outro fator que se deve considerar neste momento, é o de que, em si mesma, a religião, sendo neutra, favorece o interesse do trigo em ser ovelha com Deus, e sal e luz para o mundo.


Por outro lado, a religião, sendo neutra, beneficia o interesse do joio em, mesmo sem querer, ser bode em relação a Deus, e mau testemunha de fé, em relação ao mundo.


Outro fator que exige a formação de religiões, é o fato de que a religião institui mais um rótulo que as pessoas têm para estarem integradas numa sociedade.


Este rótulo social é cobrado pela própria sociedade, de uma forma ou outra, como forma de facilitar a aceitação ou rejeição de um indivíduo num determinado contexto.


Por outro lado, sendo parte de uma cultura social, e cobrando este rótulo de alguém, mesmo que inconscientemente, as pessoas se sentem obrigadas a estarem vinculados a uma instituição assim.


Outros fatores podem ser somados a estes, mas, na grande maioria dos casos, estariam sendo provocados por estes já mencionados.



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4.7. As convergências das religiões ante a Revelação de Deus


Todo mundo, em todos os tempos, olhar e ver a Revelação de Deus, é natural, pois é um dos frutos do Imagem e Semelhança em todas as pessoas.


Além disto, é natural também, porque é uma das atuações do Espírito Santo na Sua função de Convencer todas as pessoas de sua situação de pecado, e, para isto, é essencial que saibam um mínimo sobre Deus e Sua santidade, Justiça e Amor.


Também é natural que todo ser humano, não só esteja sempre atento à realidade da Revelação, como também, convirjam muitíssimo sobre aspectos dessa Revelação, tenham muitíssimas semelhanças no que percebam nesta Revelação.


Isso se faz natural, pelo fato de que, o Espírito, além de direcionar a atenção de todo ser humano para a tal Revelação, ainda conceda o que a teologia chama de "Iluminação", melhor compreensão sobre o que estão vendo, o que estão percebendo sobre Deus e Seus atributos.


Uma otimista estimativa dá conta que todas religiões têm no mínimo 60% de ensinos parecidos sobre Deus, sobre Seu amor e Seu modus operandi.


Isso quer dizer que todas as religiões, inclusive o Cristianismo, tem, em média, 90% do ensino que Jesus exibiu, sendo Ele a melhor e mais perfeita Revelação de Deus à humanidade.


Como esses ensinos são anteriores a Jesus encarnado, eles vêm desde os tempos de Adão, então outros tantos viveram e ensinaram semelhantemente, já que nenhum, por serem totalmente humanos, não tinham a autoridade espiritual que o Deus encarnado tinha e viveu.


Da mesma forma, esta mesma estimativa declara que todas as religiões, inclusive o Cristianismo, em média, tem 60% da prática presente em jesus e no Seu ensino.


Em questão doutrinária, todas as religiões tem muito mais convergências, muito mais semelhanças com Jesus e seus ensinos, do que temos percebido.


O que mais impedem as religiões, inclusive o Cristianismo, de saber, entender, aceitar e respeitar estas convergências, é o preconceito, a intolerância e a prepotência que cada uma desenvolve.


Estes três fatores que cegam as religiões, quando observam umas às outras, são mais evidentes em umas mais que outras das religiões existentes.


Quanto mais uma religião conhece o Deus que professa, menos preconceituosa, menos intolerante e menos prepotente ela é. Portanto estes três diabólicos fatores, quanto maiores são, mais demonstram o quanto menos aquela religião conhece o seu Deus.



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4.8. As divergências das religiões ante a Revelação de Deus


Já vimos que muitos fatores contribuem para que as religiões, tenham muitas convergências em relação a Jesus, Seus ensinos e Seus exemplos.


Mas, ao mesmo tempo, as religiões tem muitas divergências entre si, em relação à Revelação de Deus.


A quantidade destas divergências é bem menor que as convergências que existem, em todas, em relação à Revelação.


Estas divergências são espontâneas, tanto em relação às doutrinas assumidas, também em relação ao entendimento das suas doutrinas, quanto em relação à sua prática religiosa.


Todas as religiões assumem, pelo menos, 90% dos ensinos que Jesus instruiu, como já mencionamos antes, a partir de uma estimativa otimista.


Porém, como cada uma de todas as religiões, são formadas por pessoas limitadas, humanas, em muitos sentidos, além de não chegarem a assumir 100% dos ensinos de Jesus, ainda criaram, segundo seus limites carnais, outros ensinos e práticas contraditórios.


Também, considerando o fato de todas terem um bom percentual de joio que, de alguma forma, direta e indireta, sempre estão na liderança de tais religiões, os 100% dos ensinos de Jesus não poderiam ser alcançados, bem como, por causa disto, outros ensinos totalmente carnais e humanos foram criados por este tipo enfermo, tão influente.


Com tudo isto, um número grande de divergências entre as religiões, e em relação à Revelação universal de Deus, sempre constituíram a realidade de cada uma destas instituições humanas.


A ação da Graça através do Espírito é que faz com que, por varias situações, as convergências sejam sempre em quantidade maior e em qualidade importante.


Porém, por causa do joio sempre imperativo e a infantilidade do trigo, a prepotência, a intolerância, são sempre mantidos vivos na prática de cada religião, fundamentado nas divergências, a ponto de uma considerar as outras como falsas, erradas, contrárias a Deus.


Dentre as religiões mais intolerantes, desde os tempos de seu início, o Cristianismo se destaca como a mais perigosa, violenta, e irreconciliável. Lamentavelmente a história testemunha esta realidade.



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4.9. As religiões e seus preconceitos


Uma definição comum e muito apropriada, diz que preconceito é sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio.


Em outras palavras, preconceito é tudo que significa desrespeito a pessoas, justificando isto a partir do que a outra pessoa pensa, acredita, faz ou deixa de fazer.


Num aspecto geral, nenhuma religião é, em si mesma, preconceituosa, pois isto seria uma condição contrária ao geral dos 90% dos ensinos concordantes com a Revelação de Deus em Jesus.


O que acontece, é que, quando uma religião assume ser preconceituosa, está dentro da margem humana, quando o seu joio impõe ensino ou prática que demonstre ou gere preconceitos em seus adeptos, e até entre eles.


Outro acontecido possível, é o fato de que a religião não oferece nem ensino, nem prática que gere preconceitos, porém o espírito de seu joio, na liderança ou não, promove este mal, contrário a Jesus.


O preconceito em si é uma enfermidade espiritual, que gera sintomas profundos na questão emocional, psíquica, física e biológica, chegando, assim, à questão social.


O preconceito, como mencionamos, primeiro prejudica a pessoa preconceituosa, e isto faz com que a pessoa tenha muitas perdas em si mesma.


Perdendo assim, a relação desta pessoa com sua religião passa a ser negativa, doentia, e isto vai gerar mais preconceito ainda, contra si mesmo. A religião que poderia ser bênção para esta pessoa, torna-se mais um peso para ela carregar.


Tendo perdas pessoais, e sofrendo ainda mais perdas assim, é natural que este indivíduo vá usar a religião que lhe pesa, como instrumento de peso para outras pessoas também.


Se esta pessoa usa a religião neste sentido, então estará fazendo o mesmo, com outros fatores e circunstâncias, como peso para outras pessoas e se sentirá tranquilo com isto.



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4.10. As religiões e suas intolerâncias


Na rasteira de tudo que mencionamos sobre o preconceito nas religiões, podemos entender a intolerância como um resultado natural.


Além da compreensão já definida, podemos também entender a intolerância como para atender a um interesse carnal do joio.


O raciocínio do joio é o de que sua crença só pode ser destacada, respeitada, priorizada, se as demais forem diminuídas, desvalorizadas, destituída de qualquer crédito.


Neste raciocínio muito distante de jesus, mais importante do que fazer suas crenças e práticas conhecidas, qualquer religião precisa primeiro desmerecer as outras religiões.


Da mesma forma, muito longe de Jesus, a ideia é não juntar, é não cultuar junto a outras religiões, é não permitir as mesmas oportunidades para outras, e assim por diante.


O cristianismo, desde a Antiguidade, passando pela Idade Média e Moderna, trás péssimos registros de convivência desrespeitosa com outras religiões, e, por conseguinte, até entre suas próprias denominações.


Assim, podemos perceber que há muito de preconceito, porém há muito mais de uma necessidade carnal, egoísta, egocêntrica.


Neste sentido, o joio não está interessado na hegemonia de sua religião, mas sim na imposição do que ele considera dele sobre o de outras pessoas. O joio faz isto, estando em qualquer religião.


Para que isto aconteça, então, o fundamento principal está baseado nas divergências que se mostram visíveis em cada religião, mesmo que hajam muito e muito mais convergências em relação à Revelação de Deus.


Tudo isto se agrava no cristianismo por ser muitíssima influenciada pelo capitalismo, que em si só, é altamente egoísta, ganancioso e maléfico em todos os sentidos.


A Bíblia diz que o amor ao capital, ao lucro, à riqueza, ao dinheiro, é a causa de todos os males; e isto tem a ver com a expressão dita no verso, "todos" os males.


É por este caminho que o Cristianismo, liderado pelo joio, trilhou, em toda sua história, para ser a religião mais perniciosa em toda história da humanidade, em relação a matar, violentar, escravizar, explorar, mentir, competir deslealmente, e etc.



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4.11. As religiões e suas prepotências


Já vimos muito sobre religiões, até aqui, em nosso estudo.


Recentemente estudamos sobre o desenvolvimento do preconceito na vida e atuação das religiões.


Inclusive, já estudamos sobre os principais responsáveis, o joio, que com seu espírito carnal, egoísta e ausente da ajuda do Espírito Santo, mais contribui, direta e indiretamente, para que esta atitude maligna seja sempre muito contemplada no meio de qualquer religião.


Por causa disto tudo, o próprio preconceito desenvolvido vai promover e criar espaços para que toda religião desenvolva outro mal perverso, a intolerância. 


Quanto maior é a influência do capitalismo em tudo isto, maior será esta intolerância no seio de uma determinada religião. 


O Cristianismo, como nenhuma outra, é quem mais sofre com isto, pois o espírito competitivo do capitalismo faz isto ser realidade.


Neste ambiente maligno é que surge a importância da prepotência, que num nível ou outro, está presente em toda religião.


A prepotência permeia todas as condições maléficas de uma religião, tanto incentivando, criando e formatando intolerâncias e preconceitos, bem como, depois, alimentando bem todos estes filhotes diabólicos.


Prepotência se origina, principalmente no que aconteceu com o judaísmo, quando acreditavam e acreditam ser o povo único, escolhido, abençoado e beneficiado por Deus.


Esta situação, no judaísmo, como em qualquer religião, é fator determinante para a cegueira, a limitação sobre conhecer bem a respeita da divindade. Semelhante ao que aconteceu quando não reconheceram Jesus como sendo o próprio Deus.


Essa cegueira espiritual gera todas as enfermidades que surgem em religiões, e esta situação doentia é que vai gerar os preconceitos, as intolerâncias internas e externas, e a prepotência, mais ainda.


É neste sentido que Jesus diz ao judaísmo que eles, como nação e religião, não eram povo de Deus, não eram filhos de Deus, mas do diabo. Isso no bom sentido, no mesmo sentido que, com amor, disse em relação a Pedro e a Judas.



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4.12. Religião e seus crimes sociais


Como temos lembrado sempre, as religiões são neutras, nem são boas, nem são ruins. ela têm potenciais para uma coisa ou outra.


Quem determina quando as religiões ão boas ou ruins, são as pessoas que fazem parte dela, mais especialmente o joio e o trigo.


Já vimos que o trigo usa a religião neutra para benefício pessoal e do coletivo.


Por outro lado, o joio usa a religião neutra para malefício seu, pessoal, e do coletivo ao seu redor.


É como uma corda, neutra, serve tem potencial para ser uma forca, ou para ser instrumento para apanhar água e matar a sede de muita gente. Quem usa é que faz a diferença.


Neste entendimento é que podemos afirmar que toda religião sempre cometeu crimes sociais, contra seu próprio povo quanto aos que vivem em seu derredor.


Mais especificamente, o joio de cada religião tem usado a sua vivência religiosa para prejudicar a si mesmo, os que são seus correligionários, e o todo mundo ao redor, de um jeito ou outro.


A história está repleta de exemplos destes tais crimes.


Basicamente, o preconceito, a intolerância e a prepotência, têm sido os grandes motivadores para que o joio tenha esta malignidade inconsciente ou não.


O cristianismo, mais do que as outras, além destes fatores, tem mais um poderoso que em si mesmo já alimenta mais ainda estes fatores diabólicos: O capitalismo.


A Bíblia sabiamente afirma que o amor ao dinheiro, ao lucro, ao capital, é a causa de todos, absolutamente, todos os males, de todos os crimes, de todas as injustiças sobre a face da terra.


O que ingrossa, ainda mais, os crimes do cristianismo contra a humanidade, em toda sua história, desde a Antiguidade, é o fato de ter se tornado a maior religião em relação à quantidade de gente que se diz cristã.


Por fim, para nós aqui, outro fator infernal para tudo isto, é o de ter se juntado ao poder, desde o imperador Constantino, e assim, usando o poder para se impor e se deixando usar pelo mesmo poder para impor políticos doentes e malignos, o Cristianismo se tornou, e isso até hoje, um dos maiores, se não o maior, perigo para a raça humana, com potencial, hoje, muito maior que na Idade Média para esta maldade cancerígena.



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CRISTIANISMO

054   5.1. Jesus e o Cristianismo

055   5.2. O que é e significa o Cristianismo para outras religiões

056   5.3. O que é e significa o Cristianismo para suas denominações

057   5.4. Quem realmente é Jesus Cristo

058   5.5. O Cristianismo para Jesus

059   5.6. O Cristianismo para João Batista

060   5.7. O Cristianismo para os apóstolos

061   5.8. O Cristianismo para os seguidores de Jesus

062   5.9. O Cristianismo para o apóstolo João

063   5.10. O Cristianismo para Paulo

064   5.11. O Cristianismo para os cristãos posteriores

065   5.12. O Cristianismo para a Liga Católica Romana

066   5.13. O Cristianismo para as Teologias que se sucederam

067   5.14. O Cristianismo nas Teologias mais recentes





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5.1. Jesus e o Cristianismo


O Cristianismo é, apenas, mais uma religião no mundo; nada mais que isto.


Podemos crer em Jesus como o sendo o próprio Deus, mas isto não dá mais verdade ao Cristianismo, em relação a outras muitas religiões.


Na verdade, Jesus não foi criador de uma nova religião.


Jesus, também, não foi um fundamentador do Judaísmo ou qualquer outra religião.


Jesus era o próprio Deus que veio exemplificar o que sempre ensinou na Revelação de todos os tempos.


Como fez no judaísmo, com Moisés e seu entendimento sobre a Revelação, fazendo consertos e confirmando ensinos, Jesus veio para fazer o mesmo em relação a toda religião.


A partir de Jesus e do judaísmo vigente, o Cristianismo foi estabelecido, fundado pelos apóstolos e o próprio Paulo e sua sistematização teológica.


Jesus, como fizeram outros mestres religiosos, especialmente no judaísmo, juntou discípulos e viveu seus ensinos.


Ele nunca estabeleceu uma igreja, uma organização religiosa, um conjunto de doutrinas a serem atendidas por um organismo religioso.


Ele nunca desfez de qualquer ensino de outra religião, para estabelecer uma nova e superior à demais.


Ele nunca proibiu qualquer pessoa a seguir o judaísmo ou qualquer outra religião, inclusive aquelas voltadas à cultura grega ou romana em seu tempo e entre os judeus.



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5.2. O que é e significa o Cristianismo para outras religiões


No contexto religioso, umas religiões se sentem mais prepotentes que outras, e, por isto, se sentem mais intolerantes que outras.


Um dos fatores para esta realidade em cada religião, é o tempo; quanto mais antiga uma instituição religiosa é, menos prepotente, mais tolerante, mais respeitosa ela é em relação a outras religiões.


Esse é um dos fatores que explica porque, no Cristianismo, o catolicismo é muito mais tolerante com outras denominações e religiões, do que o protestantismo. Uma tem quase 2 mil anos de organização, e a outra tem pouco mais de 500 anos.


Assim, nesse panorama geral, para as demais religiões, o Cristianismo é mais uma religião existente no mundo.


Para as religiões tão antigas ou mais do que o Cristianismo, ela, em suas limitações humanas, é tão importante e valorosa quanto qualquer outra religião.


Para as religiões não antigas, o Cristianismo é uma heresia, é uma seita maligna contrária a tudo que entendem em suas crenças e práticas.


Nisto se junta a situação perversa e sanguinária que o Cristianismo, por seu joio, assumiu, e tem assumido, na história da humanidade; isso tem contribuído mais ainda para se tornar o próprio diabo na visão de tais religiões.


Um bom exemplo para entendermos o que pensam as religiões mais novas, em relação ao Cristianismo, é só observarmos o que pensam os protestantes, em relação às demais denominações cristãs, e em relação a outras religiões.


Uma exceção interessante entre os protestantes, são algumas denominações como os anglicanos, luteranos e outros poucos, quando, mesmo com pouco tempo de existência, se comportam com maior tolerância e menor prepotência; na verdade o motivo disto, é a crítica que recebem das demais denominações que os chamam de "católicos mansos", ou seja, se beneficiaram muito da experiência católica e por isto se apresentam ao mundo como mais maduros, também neste sentido.


Muito pior que as denominações protestantes não influenciadas pelo catolicismo, são os evangélicos que têm menos tempo ainda de existência, uns 300 anos; e ainda piores, neste sentido de maturidade, as denominações cristãs surgidas no século XIX, estes são ainda mais intolerantes e prepotentes.


Para as religiões ainda mais antigas que o Cristianismo, a prepotência e a intolerância quase que não existe, até mesmo entre o joio de cada uma destas antigas religiões.


Neste ponto de vista, considerando o tempo, uma das pouquíssimas exceções, é o judaísmo. Varios fatores contribuem para que a mesma prepotência que tinham no Antigo Testamento a pondo de rejeitarem Jesus, quase que é ainda a mesma em nossos dias, a pondo de continuarem sendo uma das poucas religiões a não reconhecerem Jesus como alguém especial da parte de Deus, à humanidade.



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5.3. O que é e significa o Cristianismo para suas denominações


Como em todos os coletivos religiosos ou não, há joio e trigo formando as denominações de qualquer religião no mundo.


Denominações, pois, são os grupos, em cada religião, que, crendo em muitas semelhanças entre si, buscam enfatizar diferenças para que possam existir como uma outra melhor opção.


É um fenômeno menos acirrado do que entre as religiões, as denominações de cada religião também buscam se apresentar como alguma diferença dentre tantas semelhanças com outras denominações.


Então, é assim, em média, as religiões tem 90% de semelhanças com a Revelação de Deus a todo mundo, ou seja, 90% assemelhados com o ensino de Jesus.


Assim, para que existam estas diferenças entre as denominações, estes 90% permanecem entre elas, só que com linguagens, práticas, significados, entendimentos e focos diferentes. Mas é tudo a mesma coisa.


Em todas elas, o joio é o mesmo, como também a infernização produzida por este joio, é o mesmo, só que com níveis e roupagens diferentes, a depender da maturidade e temperamento de cada um.


Em todas elas, o trigo é o mesmo, como também o excelente aproveitamento da religião em benefício de si mesmo e dos outros, mesmo que com roupagens diferentes, a depender da maturidade e temperamento de cada um.


Com tudo sito que já mencionamos neste capítulos, podemos afirmar melhor o que o Cristianismo é e significa para cada uma de suas denominações.


Para esta resposta, então, independe da denominação em si, mas do trigo e do joio que compõe cada uma.


Para o joio, o Cristianismo é a melhor religião do mundo, ou, talvez, a única verdadeira religião em todo o mundo, em todos os tempos.


Para este joio, o Cristianismo significa um poderoso fundamento para se deixar de ser luz do mundo e sal da terra, acreditando que agindo e sendo assim, será a melhor luz e o melhor sal do mundo para o Reino do Senhor.


Para o trigo, é tudo ao contrário, quanto mais maduro e dominado pelo Espírito, mais entendimento sobre entender que o Cristianismo é, com outras religiões, um poderoso meio de Deus abençoar e salvar muitas e muitas pessoas.


Também, para o trigo, o Cristianismo significa um poderoso meio, como também outras religiões, de cada pessoa ser uma maravilhosa luz do mundo, um maravilhoso sal para a terra, um especial meio de Deus abençoar ricamente a si mesmo e a todos que estão ao seu redor.




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5.4. Quem realmente é Jesus Cristo


Jesus Cristo foi o único que veio ao mundo e se declarou como sendo o próprio Deus encarnado.


Para afirmar isto, muitos afirmaram ou afirma que Ele era louco, o que não pareceu ser nem em sua época ou posteriormente, aos olhos e entendimento de todos.


Quando Marcos menciona que a família de Jesus o tomou como louco, ou fora de si, apenas era uma maneira de dizer, pois a loucura naqueles tempos era apenas para aquelas pessoas totalmente sem controle mental.


Para a maioria, Ele estava falando a verdade, o que foi notório em seu ensino coerente em Seu tempo e na posteridade.


Outro fator importante para acreditar nas afirmativas de Jesus, é que o Seu ensino combinava perfeitamente com a Revelação de Deus compreendida por todas as religiões e seus fundadores, em todo o mundo.


Jesus, da mesma forma como combinou com o Cristianismo, em Seu tempo e no futuro, combinaria e ainda combina com toda e qualquer religião em todo o mundo, e em todos os tempos.


Com isto, todas as religiões entendem Jesus como alguém iluminado, vindo de Deus, mesmo que, por vários motivos monoteísta ou não, não o percebam como sendo o próprio Senhor Deus.


O judaísmo é uma das religiões que resistem a entender Jesus como sendo o próprio Deus, mas, na observação adequada, pode-se perceber que há alguma aceitação desta verdade, apontando-O como alguém enviado ou usado por Deus em Suas iniciativas de vida e ensino.


Quem é realmente Jesus Cristo? Ele é o próprio Deus, que, por amor, encarnou-se, tornou-se homem, desceu ao mundo para viver, pessoalmente o seu desejo de salvar a todos, pelo menos o máximo possível de pessoas.


Na parábola da vinha, Ele conta que o dono da vinha mandou seus servos de confiança para receberem o arrendamento, e foram mortos, então manou Seu filho, que também foi morto.


Podemos entender esta parábola, afirmando que os líderes religiosos, fundadores ou não de qualquer religião, são os servos que foram e continuam sendo enviados pelo Senhor, em vários momentos da história humana, e em vários cantos do mundo.


Da mesma forma, dentro deste projeto apresentado na parábola, chega o momento em que o dono da vinha envia Seu filho, não privilegiando um povo em, ou uma religião como seria o caso do cristianismo, mas Ele veio para todas as religiões, independente de elas O reconhecerem ou não. 



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5.5. O Cristianismo para Jesus


A princípio, como homem que era também, Jesus não conheceu o Cristianismo como religião; foi algo que se concretizou depois de Sua morte.


Podemos afirmar que não era "Vontade de Deus", mas tornou-se "Permissão dEle".


Nos planos de salvar o maior número possível de pessoas, a vontade real de Deus, não era fundar uma nova religião, mas aperfeiçoar as já existentes, trazendo, no melhor momento da história da humanidade, nas melhores circunstâncias possíveis, ao mundo um exemplo vivo e promoter da Sua eterna Revelação.


Em Seu ministério, Jesus nunca fundou uma religião, nunca produziu alguma sistematização para formalizar algo assim.


Em relação ao judaísmo como religião, Jesus mostrou erros doutrinários, mas não usou isto para formatizar uma religião nova.


Da mesma forma, em relação ao judaísmo, Jesus viveu e praticou aqueles princípios e rituais religiosos, mas isso não pode ser usado em apoio a tal religião como modelo coerente e único em relação ao agrado de Deus.


Então, para o Senhor Jesus, o Cristianismo pode ser entendido em dois pontos de vista, um é o dEle como homem, e o outro é o dEle como sendo o próprio Deus.


Sendo 100% homem, Deus encarnado, embora não conhecesse o Cristianismo, não demonstrou que, a princípio, era da Sua intenção que viesse a acontecer.


Em momento algum Ele reuniu gente no sentido de formar sua congregação; em momento algum Ele fez, como Paulo, indo de cidade em cidade organizando igrejas.


Como 100% Deus, amando todo o mundo, respeitando todo mundo, entendendo todo mundo e se disponibilizando a todo mundo, três afirmativas podem ser ditas como o entendimento dEle para com o Cristianismo.


Um entendimento de Jesus, sendo Deus, é que toda religião é "religare", é resposta de pessoas à Sua Revelação e ao Convencimento do Espírito Santo a todo mundo, sem exceção.


Um segundo entendimento, é que toda religião, formada por pessoas com todos os seus limites, em todos os sentidos, tem acertos e erros, como era o caso do Judaísmo


Um terceiro entendimento, é que toda religião é fundamental para que todas as pessoas, de um jeito ou outro tenham a oportunidade de serem alcançadas, convencidas, abençoadas e tenham toda oportunidade para serem salvas.


Com esta compreensão, podemos entender o que Paulo diz em Filipenses 1:15 a 18, afirmando, com seu contexto cristão, que muita gente, ao jeito de cada um, tem sido usado por Deus para salvar o máximo possível de pessoas, atendendo a Sua Graça.



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5.6. O Cristianismo para João Batista


O Cristianismo não existia para João ter alguma consideração a respeito, porém, provavelmente, ele compreendia que Jesus, como ele próprio fez, atuaria sem sair da denominação que fazia parte, os batizadores.


Dentro do judaísmo haviam denominações, como em todas as religiões, cada uma com seu formato apropriado e adequado às suas doutrinas e práticas.


Entre as denominações do judaísmo, haviam as mais conhecidas, por serem maiores em quantidade de adeptos, e, por isto também, por se fazerem presentes na liderança política administrativa do povo, no Sinédrio, segundo permissão e estrutura romana de administrar os povos vencidos, que, neste caso, eram os judeus.


Assim conhecemos bem a respeito dos Saduceus, principalmente quanto ao fato de estarem relacionados aos sacerdotes que eram funções religiosas e políticas, herdadas, compradas ou delegadas pelas autoridades romanas.


Sabemos também sobre os Fariseus como sendo aqueles ultra religiosos que, também pela quantidade de adeptos, e pela força política exercida num povo e numa religião altamente prepotente e intolerante, faziam parte ativa e até hegemônica no Sinédrio.


Entre os grupos não muito conhecidos, estavam os Essênios que, por suas religiosidades, se faziam ausentes na política e na vida social, preferindo cantos e recantos em montanhas, e lugares mais afastados de tudo e de todos.


Haviam outros grupos menos ou nada conhecidos como denominações no judaísmo, e aí se inclui os Batistas de onde aparece João chamado de batizador, e, mesmo, Jesus e Seus discípulos.


O Cristianismo, por causa essencialmente de Jesus, imita João na questão da importância e no significado do batismo, com um bom número de denominações imitando, inclusive, na prática, na necessidade de imersão nas águas.


Para João, até por sua própria experiência e vivência religiosa, o Cristianismo nem existiria, não só com o entendimento de que Jesus veio, da parte de Deus, para salvar Israel, como também estava vindo para o mundo todo.


Sendo assim, João compreendia, na sua visão messiânica, que Jesus não veio fundar uma nova denominação judaica, ou mesmo uma nova religião além do judaísmo, mas estava vindo de Deus para consertos essenciais a todo mundo e a toda religião no mundo.


Para João, onde de entender alguma coisa sobre o que poderia ser Cristianismo, Jesus estava vindo ao mundo para ser universal, para ser de todo mundo



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5.7. O Cristianismo para os apóstolos


Como já mencionamos antes, o Cristianismo não existia no entendimento de Jesus, não era a Vontade de Deus, mas se tornou Permissão dEle, já que respeita o livre arbítrio do ser humano, por causa do Imagem e Semelhança.


Inicialmente, no entendimento dos apóstolos, eles continuariam no judaísmo, só que com uma nova visão que ia além da original, a dos Batizadores do qual faziam parte.


Mas foram rejeitados pelo judaísmo, e possivelmente, pelos próprios Batizadores, forçando-os a assumirem não só uma nova seita como eram antes, mas uma nova religião.


Isso não foi de uma hora para outra, houve muita resistência entre os cristãos, neste sentido de serem entendidos como fora do judaísmo, não só por uma questão cultural e social, mas também por uma questão mística, medrosa de não se sentirem "povo único de Deus" como a prepotência judaica se proclamava.


O Cristianismo, assim, passou a existir e, aos poucos, a ser sistematizado pelas lideranças da igreja em Jerusalém, após a morte de Jesus.


Esta primeira sistematização se caracterizou como muito intolerante em relação aos chamados gentios, e muito favorável à admissão de princípios e rituais do judaísmo.


Este fundamentalismo religioso ficou muito claro no Concílio que, em Jerusalém, tentou limitar a pregação e a teologia pregada e desenvolvida por Paulo.


Os defensores deste fundamentalismo, passaram a ser chamados de cristãos judaizantes, os quais eram muito agressivos e intolerantes, inclusive, entre eles mesmos.


Esta é a gênese do Cristianismo, algo ainda muito desarrumado, ainda muito imitante ao judaísmo, ainda muito rudimentar, afinal de contas era formado por pessoas que, até, rejeitavam os intelectuais religiosos, como sendo advogados do mundanismo no seio da nóvel religião.


Quando Tiago e outros poucos foram mencionados como "Colunas" da igreja em Jerusalém, isso expressava a realidade da organização e da teologia do Cristianismo supra-primitivo; era só o que eles diziam e viviam, e nada mais.


Outro fator que muito contribuia para este primitivismo no Cristianismo, era o pensamento da volta iminente de Jesus para ser aquilo que não conseguiu ser, segundo o pensamento e a pregação deles, o messias libertador; esse entendimento louco que se misturava com a cultura apocalíptica do judaísmo, que foi muito usado para forçar os judeus a reconhecerem a função de Jesus entre os homens; o que não adiantou de nada, nem durante, nem depois de Jesus.



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5.8. O Cristianismo para os seguidores de Jesus


Há quatro tipos de seguidores de Jesus; considerando que seguidores são as pessoas que se beneficiam com o feito dEle na cruz, dentro do plano da Graça.


Há os seguidores anteriores a Jesus que nunca souberam nada, exatamente, sobre Cristo, mas se tornaram seguidores, imitadores de Jesus, pela ação do Espírito Santo pelo processo da santificação operado em toda pessoa que, passando pelo novo nascimento, foi convertido por este mesmo Espírito. 


Dentro e fora do Judaísmo, antes ou depois do dilúvio e Abraão; e nestes inclui Melquisedeque e outros.


Para este primeiro tipo de seguidores, o Cristianismo é algo inexistente e não considerado sob hipótese nenhuma.


O segundo tipo de seguidores de Jesus, são os que estiveram com Ele, aprenderam e seguiram diretamente, fisicamente, ou não; nisto inclui, também, os que creram nele não só intelectualmente, mas espiritualmente com a ajuda do Espírito, pela Graça, com a fé que é dom de Deus aos Seus salvos. 


Para estes seguidores, o Cristianismo, também, não tinha nenhum sentido, pois Jesus nunca esteve pregando uma religião além daquela que já fazia parte da vivência deles. Por exemplo, em muitos casos, Ele até mandava que seus seguidores fossem ter com os sacerdotes ou outras lideranças espirituais.


O terceiro tipo de seguidores de Jesus são aqueles mais próximos, inclusive os apóstolos, considerando que conheciam mais Jesus, sua vida, sua pessoa e tudo mais sobre Ele.


Para este terceiro tipo, o Cristianismo ainda não tinha nenhum sentido; da mesma forma como aqueles do segundo tipo, Jesus nunca mandou que abandonassem o judaísmo e suas práticas, mesmo que, por vários momentos, Ele, pessoalmente fez consertos sérios, e ainda informou que se tratava de uma religião não de filhos de Deus, mas de filhos do diabo. É claro que esta afirmativa tinha um sentido amoroso, não desmerecendo aquele povo, mas colocando todos no mesmo patamar de qualquer outro povo e de qualquer outra religião.


O quarto tipo de seguidores de Jesus Cristo, são os que conheceram ou não a Jesus, que são ou não de alguma religião, e que tenham passado pelo novo nascimento operado pelo Espírito, mesmo que sob o entendimento de cada um, ou de cara teologia em si. 


Este quarto tipo se parecem com Melquisedeque, gente de outra religião, de outras conceituações, fora do judaísmo ou do cristianismo, mas que passaram pelo novo nascimento e se tornaram novas criaturas pela atuação do Espírito de Deus na vida de cada um.


Para estes, variando de religião para religião, de cultura para cultura, de sofrimentos maiores ou menores que passaram ou passam com o Cristianismo e seus filhotes malignos como o Capitalismo moderno, a religião dita ser de jesus é apenas uma outra religião, tão benéfica ou tão maléfica como qualquer outra que não a de cada uma dessas pessoas.


Ghandi ilustra bem esta situação, quando ele tinha grande admiração, inclusive espiritual, em relação ao Cristianismo, mas por suas péssimas experiências com pessoas ditas cristãs, ele abominava o mesmo Cristianismo em sua prática hipócrita, que diz e canta uma coisa e vive intensamente o contrário.



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5.9. O Cristianismo para o apóstolo João


O apóstolo João tem sido entendido como alguém muito específico, com qualidades muito especiais para a excelente compreensão a respeito do Cristianismo como uma religião.


João é reconhecido, desde há muito tempo, na teologia protestante e católica, como o Apóstolo do Amor, e ele fez jus a este título, pela maneira muito cristã de escrever seu evangelho e suas cartas, bem como, de alguma forma o Apocalipse.


É claro que temos que considerar que João não escreveu nada, ele era analfabeto, como a grande maioria dos apóstolos e da população em geral, tanto entre os judeus quanto em relação a todo o império romano.


O que pode ter acontecido é que o que ele ditou, ou o que o seu escriba escreveu, não faz diferença, deu esta conotação amorosa para os textos que foram preparados em seu nome.


Não faz diferença pelo fato de que quem escreveu, ao escrever, claro, leu para ele e assim ficou para a posteridade.


Agora, devemos considerar que João, com tudo isto, em seu tempo com Jesus, não tinha compreensão de uma religião diferente e separada do judaísmo. Acreditava que Jesus veio para ser mantenedor daquilo que já existia em seu tempo e em seu povo.


Após a morte de Jesus, também, esta mesma compreensão lhe ocorria, conforme acontecia com o pensamento dos demais apóstolos, e com isto, produziram, também, os chamados cristãos judaizantes.


Após a morte de Jesus, até mais ou menos, o ano 70, com a destuição de Jerusalém pelo general Tito, e a expulsão dos judeus da Palestina, houve uma certa transformação dessa ideia de uma só religião, pois os judeus, enquanto sofriam a perseguição romana, como resposta à sua rebeldia constante, também passaram a perseguir e negar o cristianismo, forçando os cristãos a tomarem novos rumos em sua teologia.


Nos anos posteriores, lá pelos idos dos anos 80 e 90, diante de outras perseguições aos judeus, mas, também sofridas pelos cristãos que não se livraram ainda do judaísmo, João, em suas cartas e principalmente no Apocalipse, demonstra grande envolvimento com a religião judaica, mostrando grande dependência prática e teológica.


Com tudo isto, mesmo vivendo o ensino e o exemplo amoroso de Jesus em seus textos, indo muito além da prática preconceituosa, intolerante e prepotente do judaísmo, João morreu, muito depois dos demais apóstolos, e não havia vislumbrado a existência de um Cristianismo independente, embora, desde o Concílio de Jerusalém, uma religião organizada e em sistematização doutrinária.



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5.10. O Cristianismo para Paulo


Desde sua conversão, o apóstolo Paulo sempre foi meio averso ao Cristianismo que estava se institucionalizando na compreensão dos judeus cristãos, principalmente entre os apóstolos.


Os apóstolos estavam misturados entre a ignorância teológica e com outras conotações, e a imitação barata e bajulante do judaísmo com todos seus defeitos reconhecidos por eles.


Paulo compreendeu toda ignorância vigente naquele Cristianismo inicial, quando se defrontou com as lideranças da igreja em Jerusalém, no Concílio ocorrido  nos anos 48 ou 49.


Assim, estava estabelecida a primeira sistematização da religião cristã, através de todas estas limitações dos apóstolos.


Esta primeira sistematização era, então, um mínimo de diferenciação da nova religião com o judaísmo, como se fosse apenas mais uma denominação dentro da religião judaica.


A segunda sistematização foi feita e assumida pelo apóstolo Paulo, resultado da desobediência deste em relação ao concílio que tentaram lhe impor em Jerusalém.


A carta aos romanos demonstra uma sistematização livre do judaísmo, por parte de Paulo, embora fosse judeu e membro do sinédrio


Paulo morreu no final dos anos 60 e, até este tempo, deu, muito mais que os demais apóstolos, subsídios fundamentais para que, no correr de outros tempos, o Cristianismo fosse aperfeiçoado em sua teologia.


Tem sido entendido, que, na verdade, o Cristianismo se tornou uma religião independente e suficientemente estruturada, a partir do apóstolo Paulo.


Também se tem entendido que o máximo oferecido por Paulo sobre a institucionalização desta nova religião, em comparação com os avanços já estabelecidos até o final do século XX, chegou a 40% quanto à doutrina, e quanto à prática religiosa, consequente.



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5.11. O Cristianismo para os cristãos posteriores


Entende-se como cristãos posteriores, aqueles que vieram nos tempos resultantes da destruição de Jerusalém e da expulsão dos judeus e cristãos da Palestina, no ano 70, pelo General Tito.


Este período se estende até os anos de 150 dC, quando já se inicia uma organização de igrejas, mais tarde reconhecida como uma liga cristão que se tornará a gênese da Igreja Católica Romana.


Para os cristãos deste período a influência do judaísmo é menor que no período anterior, porém a influência da Cultura Apocalíptica ainda é razoavelmente forte.


Um dos fatores para que a Cultura Apocalíptica ainda tenha esta pujança, é a cobrança que os não cristãos faziam ante a pregação de que Jesus era o Cristo esperado pelo judaísmo.


Os cristãos precisavam explicar, o tempo todo, o fato de Ele ter sido apresentado como Messias, mas ter morrido como um homem normal, crucificado numa cruz de criminosos.


Os cristãos eram tão cobrados, que nunca conseguiam se livrar desta situação.


Um dos argumentos utilizados, era aquele que Pedro mencionou em uma de suas cartas, de que a demora para ser o Messias, é que está dando chance para mais pessoas se voltarem para Deus.


O Apocalipse escrito e atribuído a João, é outro instrumento de defesa dos cristãos neste período.


Com tudo isto, o Cristianismo para estes cristãos já estava desvinculado do Judaísmo, embora considerasse esta religião ainda, como aquela outra agradável a Deus.


Com o passar do tempo, pelos idos de 130 dC, quando o Cristianismo já estava espalhado pelo mundo, mais que os próprio judeus, expulsos da Palestina, em 70 dC, o Cristianismo já é uma religião não judaica, muito distante do judaísmo, já mais baseada na teologia paulina.



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5.12. O Cristianismo para a Liga Católica Romana


É chamado de Liga, aquele movimento, por volta de 150 dC, quando várias igrejas cristãs entenderam que deveriam se organizar para, em favor da religião, institucionalizar critérios que harmonizassem melhor o universo de igrejas que se auto-declaravam cristãs.


Realmente aqueles momentos históricos exigiam essa determinação, pois era grande o leque de crenças e práticas promovidas em meios ditos cristãos, que, em extensão, chegavam a o reconhecimento social ou não, sobre quem era e quam não era realmente, cristão.


Na verdade, o mundo romano, centralizado em Roma, impetrava esta organização, essa instituição que se oficializasse até para os devidos julgamentos do Império romano sobre a religião que crescia demasiada em seu território.


Esta liga católica, portanto, entendia que o Cristianismo existia, mas era como se não existisse, pois embora em franco desenvolvimento numérico, era um grande celeiro de todo tipo de prática, muitas vezes até, contrários ao cristianismo em si.


Um excelente exemplo disto, são os escritos de João, no final do primeiro século, mencionando direta e indiretamente os gnósticos, os nicolaítas e outros tantos grupos esdrúxulos e até aversos aos princípios cristãos.


Para esta liga em formação, o Cristianismo era algo que se poderia entender como religião, até por que já estava, a esta altura, bem divorciada do judaísmo como outra religião.


Enquanto nos tempos de Nero, o Cristianismo era tomado como um seita judaica, rebelde ao Estado, e por isto fácil de ser culpada pelo incêndio de Roma, uns 90 anos depois o Estado já percebia que uma coisa não tinha a ver com a outra, Judaísmo era ainda a religião rebelde que deveria manter-se sob controle próximo, e o Cristianismo já era algo mais amigável ao Estado, o que vai culminar, tudo isto, nos tempos de Constantino.


Sendo assim, com tudo isto, a liga, que mais tarde será chamada de Igreja Católica Romana, compreende a necessidade de tomar as rédeas da religião cristã, e, como se declarando maioria, deveria determinar as doutrinas e as práticas que deveriam ser assumidas como o verdadeiro cristianismo, por todo Império Romano, e até, entre os bárbaros, em seus respectivos reinos.


Assim é que esta liga iniciou, com um motivo e outro, por um motivo e outro, a formular princípios teológicos e doutrinários que foram se alterando e, dentro da visão da própria liga e das carências que iam surgindo, se aperfeiçoando, o que vai culminar com a existência de um Papa.


A princípio este Papa não tinha conotação universal, mas seu papel foi se tornando tão relevante dentro e fora dos limites desta liga, que, espontaneamente, esse título se tornou mundial, e até necessário para que o mundo fosse liderado pela religião cristã, quando o Império romano foi, paulatinamente, ruindo.



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5.13. O Cristianismo para as Teologias que se sucederam


Jesus era toda a Revelação de Deus que todo e qualquer ser humano poderia compreender; e, ao mesmo tempo, era tudo que o ser humano precisava saber, dentro do planejado pela Graça de Deus.


Assim, Jesus era toda a teologia necessária, na linguagem mais popular e fácil para, até um louco, entender.


Após Sua morte, os apóstolos, não confiando muito bem na Trifunção do Espírito, entendeu que precisava ensinar e escrever princípios teológicos que promovesse convencimento, conversão e santificação de pessoas.


O próprio Paulo caiu nesta armadilha, e com isto, com aconteceu com os demais, misturou-se o que era realmente Revelação, e o que era compreensão humana, mesmo que recheada de boa intenção.


O segundo século trouxe outra gama de teologias particulares, o que forçou, em meados do séulo a se instituir e oficializar as primeiras formatizações teológicas, como que, mais reconhecidas  como cristãs.


A partir de Constantino, pelos idos de 320 dC, uma nova teologia, tutelada pelo Estado, se torna como que definitiva, e o Cristianismo assume um papel formal e prepotente em relação ao mundo romano, como era o judaísmo mosaico para a nação israelita em seus tempos áureos.


Nas repetições dos Concílios, para atender as tendências e necessidades práticas, a Igreja Católica foi sucedendo a uma série de teologias que tornava o Cristianismo, cada vez mais, um projeto humano com interesses voltados ao divino, do que aquela continuação simples da teologia centrada na vida e ensino de Jesus.


Em paralelo à Igreja Católica Romana, haviam os vários grupos anabatistas, os rebatizadores, que se caracterizavam por ampla variação de crenças e práticas ditas como cristãs.


As teologias dos anabatistas radicais chegavam a extremos insuportáveis e inacreditáveis ao bom senso. Chegavam a guerras, matanças, perseguições e outras atrocidades mais ignorantes que as de Moisés ao compreender errôneamente a vontade de Deus em relação aos considerados seus inimigos.


As teologias dos anabatistas propriamente ditos, mais pacatos e pacíficos, refletia um meio termo entre a teologia católica que era resultante de discussões filosóficas nos concílios e a dos radicais, resultante da imposição religiosa e mística dos mais impetuosos entre eles.



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5.14. O Cristianismo nas Teologias mais recentes


As teologias mais recentes equivalem àquelas que surgiram a partir da Reforma Protestante.


Então, esta reforma iniciada, basicamente, com Lutero é, em si mesma uma primeira teologia recente, embora ela não seja totalmente harmônica, com os reformadores, antes e depois dele. Nesta teologia o Cristianismo se encontrava em orientação totalmente fora dos princípios cristãos, mas bem adequado ao poder sobre todos os poderes no mundo.


É bom lembrar que os reclames deste movimento, não eram novidades, os anabatistas já proclamavam há séculos, mas os reformadores deram vida pujante, juntamente com os detentores do poder econômico na Europa. 


Isto vai justificar o porque o Cristianismo, que agora é protegido e assegurado pelo capitalismo, depois vai receber total proteção e bênção do capitalismo, o que vai perdurar até nossos dias, e ainda dará reforço para as teologias que surgirão e o comportamento colonialista predador das nações ditas cristãs.


A Contra Reforma católica, por sua vez, veio como resposta apressada ao que o movimento protestante reclamava, tanto em relação à teologia e a prática religiosa, bem como quanto à tentativa de sufocar as insurreições já postas e aquelas que poderiam surgir.


Por volta de século 17 e 18, surge a teologia evangélica, formada pelos anabatistas que não se juntaram aos protestantes, vendo e entendendo neles pretensos erros continuados do catolicismo, e que, por sua vez, vai justificar erros também graves nas crenças, nas práticas e na exploração capitalista, o que justificou os genocídios na América do Norte e na África, em nome da ganância do enriquecimento sob violência. Para estes, o Cristianismo era um excelente pretexto para conquistas abençoadas por Deus, e alívio de suas consciências maldosas e insensíveis.


No século 19 chega a vez de algumas teologias voltadas ao enfrentamento da ciência e seu desenvolvimento. Mórmons, Adventistas, Testemunhas de Jeová e os Pentecostais são as principais teologias bem diferentes entre si, mas com muitas semelhanças como o sectarismo e a negação total de toda prática e teologia do Cristianismo já existente. Para estes, o Cristianismo era um poderoso meio de impor o fundamentalismo como verdade absoluta e como fidelidade para com Deus e a Bíblia contra a ciência e tudo mais que surgisse questionando os dogmas já tomados como defesa de Deus.


Todas estas teologias surgidas no tempo trazem uma marca grave de muito preconceito, muita intolerância e muita prepotência.


Inclusive todas estas marcas são verdadeiras em relação aos membros de suas congregações e, principalmente, em relação a membros de outras denominações.


É possível que, em nossos dias, embora bem distantes do judaísmo e da Idade Média, a intolerância e a perseguição consequente, sejam piores que naquelas fontes distantes, mesmo que com metodologias e significados diferentes.


Há três fatores que contribuem muito para que o Cristianismo de hoje, nestas teologias mais recentes, seja tão prepotente e intolerante: Um é a intensa ligação que ainda se alimenta, com o judaísmo prepotente; outro fator é a afirmativa de ser "povo de Deus" com aquele mesmo espírito prepotente naquele judaísmo bíblico; e, também, o fator demográfico-vaidoso de ser a maior religião do mundo.



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ANTERIORMENTE

069   6.1. Cronologia e os períodos bíblicos

070   6.2. A Revelação e o Convencimento

071   6.3. Pré-História do início até a Torre de Babel

072   6.4. Até a Revolução Agrícola, 9 mil anos a.C.

073   6.5. Até o fim da Pré-História, 4 mil anos a.C.

074   6.6. Situações emblemáticas neste período

075   6.7. Religiões, Sobrevivência e Convivência

076   6.8. Religiões favorecem o capitalismo

077   6.9. Criacionismo e Evolucionismo

078   6.10. O que realmente interessa à Revelação

079   6.11. O joio já fazia muito mal ao mundo




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6.1. Cronologia e os períodos bíblicos


"Anteriormente" equivale aos tempos antes do nascimento de Jesus.


Esse tempo anterior, tem a ver com toda história classificada como pré-histórica, ou seja, tudo que aconteceu antes da criação da escrita.


Também, este tempo anterior, tem a ver com o período histórico entre o Cuneiforme sumério e o nascimento de jesus.


Por sua vez, os períodos bíblicos equivalem  aos tempos mencionados no Antigo Testamento.


No histórico bíblico, pode-se destacar os tempos pré-diluvianos como o primeiro. Nele, a Bíblia relata acontecimentos que, primeiramente, estavam mencionados em culturas de outros povos e que Moisés conheceu pelas bibliotecas do Egito, dando uma roupagem conformada com sua crença hebreia.


Um segundo período bíblico, é o que aconteceu a partir do dilúvio até chegar a Abraão, por volta de 2000 aC.


O terceiro período, dura uns 500 anos, e vai de Abraão até Moisés e o êxodo hebreu pelo deserto.


O quarto período, dura outros 500 anos, iniciando em Moisés e chegando a Davi e o seu reinado.


O quinto período bíblico, vai de Davi até Esdras, um pouco mais de 500 anos.


E, por último, no Antigo Testamento, o sexto período é o chamado Interbíblico, quando o cânon está fechado, e segue-se uns 400 anos até o nascimento de Jesus.




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6.2. A Revelação e o Convencimento


Outro fator importante para iniciarmos o aprofundamento do histórico pré-cristianismo, é relembrarmos a questão do plano divino da Graça


Este plano pode ser resumido nestas duas palavras: Revelação e Convencimento.


Revelação é o fenômeno onde Deus, por Sua Graça, se mostra como Senhor e como amor aos seres humanos,


Esta Revelação se estende por todo o tempo que seres humanos existam sobre a face da terra.


Esta Revelação é a única fonte que, distribuída a todo ser humano, gera e qualifica cada religiosidade, em cada pessoa. Religiosidade que se juntam e se instituem, formando as religiões.


Também, atendendo a este plano da Graça, acontece o Convencimento operado pelo Espírito Santo em todo ser humano.


Junto com este Convencimento, acontece também as outras duas funções do Espírito, a Conversão em quem aceita esta direção e milagre do Espírito, e a Santificação que é o processo que ocorre logo após a Conversão.


É importante relembrarmos que estes dois fenômenos, além de serem partes integrantes e essenciais do plano da Graça, são operações divinas continuadas desde os tempos de Adão até a última pessoa que venha existir no mundo.


Sendo assim, estes fatores que determinam a Graça, em todos os tempos, e em relação a todas as pessoas, devem ser entendidos como os mesmos da parte do Senhor, na demonstração do Seu amor.


É óbvio que embora sejam as mesmas em qualquer tempo, considerando cada época, cada pessoa, cada cultura, cada nível de maturidade e outros considerandos, o Espírito Santo atua adequadamente e, nisto, sabiamente opera diversidades nestas ações.



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6.3. Pré-História do início até a Torre de Babel


Se trata de um tempo indeterminado, impossível de ser firmado cronologicamente, por vários motivos, inclusive por não se haver contagem de tempo, e não haver registros que favoreçam esta contagem.


Podemos afirmar que inicia antes da fundação do mundo e se estendeu até o que a Bíblia chama de Torre de Babel.


Este tempo é registrado na Bíblia nos capítulos 1 a 11 de Gênesis, nos relatos que se misturam entre o literal e o mitológico, entre o real e o parabólico.


O Cristianismo não existia como religião instituída, mas, é claro, já estava presente como religião que nasceria a partir do contato com a Revelação divina.


Então já podemos lembrar que a Revelação já era real e completa, como em qualquer outro momento da história humana.


Desde Adão e Eva, e por todas as pessoas que nasceram e viveram na terra, neste período, Deus, por Seu plano salvador da Graça, já se mostrava como Deus, como Amor, e como o grande interessado na salvação de todo ser humano vivo.


Outro aspecto também importante neste sentido da ação da Graça, é a Trifunção do Espírito, começando pelo Convencimento em todo ser humano, também a partir do próprio Adão e da Eva.


O que acontece neste período inicial da raça humana, demonstra claramente que o Cristianismo, em si mesmo, como religião instituída, era perfeitamente superável, sumamente desnecessário para os propósitos de Deus no mundo.


Todo mundo foi alcançado pela Revelação e pelo Convencimento do Espírito, isso aconteceu naturalmente, principalmente através do Imagem e Semelhança, esta condição que Deus usou para criar todo e qualquer ser humano.


O Espírito atuou, como sempre atuaria, com o máximo de amor, sabedoria, sensibilidade e tudo mais necessário para convencer todo ser humano de sua situação pecaminosa contra Deus, e oferecer-se para que cada um aceitasse sua atuação nas devidas mudanças que gostariam de promover, diante desta situação pecaminosa já convencida.




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6.4. Até a Revolução Agrícola, 9 mil anos a.C.


Este período tem sido entendido como controverso, principalmente porque não se tem certezas sobre qual a data da Torre de Babel na história da humanidade.


Alguns historiadores afirmam que a Torre de Babel tem a ver com Etemenanki, um zigurate em Babilônia, entre 1.300 a.C. e 1.900 a.C. em homenagem a Marduk, o deus criador.


No contexto bíblico, segundo informações pesquisadas por Moisés, a Torre de Babel é anterior a Abraão, que por sua vez, era de 2.000 aC., então não se trata do Etemenanki.


Segundo os relatos colhidos por Moisés, o relato da Torre de Babel está num período antigo, próximo aos tempos do dilúvio, mesmo que esta nomeação equivalha a um monumento mais recente, construído por religiosos com motivação religiosa, e, por isto, compreendida, pela intolerância hebreia, como ofensiva a Deus.


É mais um episódio que não é salutar se estabelecer datas, mas que podemos determinar como anterior ao sedentarismo humano, quando se inicia a revolução agrícola.


Até chegar a este ponto histórico, os povos se notabilizavam por duas características, vínculos familiares e nomadismo


Neste tempo não havia como se determinar harmonização para a formação de uma religião, para isto é essencial que houvesse estabelecimento territorial, para que as pessoas se achegassem a ela, num endereço certo.


Havia muita religiosidade, havia muitas crenças de um lado para outro, muitas vezes até se misturando por uma ou outra causa.


Da mesma forma, com estas crenças, se formalizavam muitas práticas religiosas, mas não mais que isto.


A Revelação de Deus era atuante, bem como o Convencimento do Espírito, e, com tudo isto, todo mundo era alcançado por Deus e sua pregação de amor, e todo mundo era alcançado pelo Espírito e Seu Convencimento de pecado... Estas duas ações, eram suficientes para a existência das religiosidades, as mais variadas, por todos os lados do mundo.




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6.5. Até o fim da Pré-História, 4 mil anos a.C.


O fim da Pré-História é marcado pela invenção da escrita, por volta de 4000 aC. pelos Sumérios


Desde a Revolução Agrícola, uns 5 mil anos se passaram em franco progresso.


O principal fator para o desenvolvimento verificado na história da humanidade, foi o sedentarismo, motivado pela plantação do alimento necessário para a sobrevivência de famílias, grupos de famílias, e de cidades que passaram a se organizar em Cidades-Estados.


Esse sedentarismo vai obrigar os seres hmanos a se organizarem, a criarem leis de convivência, a torcarem ideias, a se comunicarem melhor, e, por fim, para este período, a criarem escritas que registrassem seu cotidiano, tanto para eles mesmos quanto para os nasceriam depois deles.


Nestes 5000 anos, também, houve o desenvolvimento da religiosidade, o que veio formar as religiões que fossem apropriadas a cada cultura desenvolvida em cada grupamento.


Acredita-se que dois foram os principais motivos para a organização das religiões nestes grupamentos sedentários.


Um motivo forte foi a harmonização possível para que as várias religiosidades pudessem conviver em paz e respeitosamente entre seus membros.


Um segundo motivo, foi político. Foi necessário usar da religiosidade das pessoas, para fazê-las obedientes e pacíficas na convivência social, e na submissão às autoridades constituídas.


É muito comum encontrar estudiosos que afirmam este segundo motivo como primário em todos os sentidos, em relação ao primeiro motivo. 


Karl Marx é dos grandes pensadores em sociologia e economia, que compreendem que o segundo motivo mencionado é que gerou o primeiro. as riquezas acumuladas desde a Revolução Agrícola é que sentiu necessidade de criar a religião para manter-se explorador, enquanto os explorados descansassem de que seriam recompensados no futuro ou na eternidade.


Nisto está outro grande motivo para se apressar a invenção da escrita, para divulgar esta crença sem ter que ficar repetindo em todo tempo, mantendo a alienação.




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6.6. Situações emblemáticas neste período


Antes de tudo, o desenvolvimento natural ante dois fatores: Um é o sedentarismo de grupos e famílias para produziram seus alimentos vegetal e animal, sem ter que saírem mundo a fora disputando com outros na mesma situação.


Outro fator importante que se junta a este primeiro, e que é dará normalidade ao desenvolvimento daquela época, é o encontro entre populações sedentárias, por vários motivos, como por exemplo, disputas, solação exagerada e etc. Ocorrem o encontro de duas ou mais culturas, que se somam e produzem acréscimos substantivos nos conhecimentos e tecnologias já absorvidas.


Outra situação emblemática, natural numa terra de ninguém, como era aquelas, é o desenvolvimento da arte da guerra, da defesa propriamente dita, ou do ataque a grupamentos mais fracos ou mesmo, mais fortes.


Nestes fatores, civilizações foram se organizando, foram se estruturando, tomando corpo, e, ao mesmo tempo, com isto, tomando territórios, riquezas acumuladas de outros, promovendo escravidão e vassalagens.


Aparecem os Sumérios, que para serem quem foram, mataram e esquartejaram muita gente, muitos fracos, muitos desprotegidos, e, até, possivelmente, civilizações anteriores que nada sobraram para registros de suas existências.


Da mesma forma, e com os mesmos ímpetos perversos e gananciosos, surgiram os acadianos.


Muito provavelmente, não foram os criadores de seus status de civilização, mas, sendo bestiais e violentos, se apossaram de conhecimentos, tecnologias e vivências de seus vencidos, para então, em nossos dias, podermos vê-los como os desenvolvidos de seus tempos.


A escrita cuneiforme, com todos seus avanços para aquele período histórico, com certeza, foi a mesma coisa, fruto de roubo, quando cremos que pessoas ou sociedades só são violentas quando não são inteligentes, usam uma prática para superar as deficiências que a falta de inteligência produz. Quem não ganha no convencimento, deseja ganhar no grito.


Sumérios e Acadianos, assim, com toda a versão poética que são contados, traz manchas doentias e iniciais contra o espírito humano na história da humanidade.


O capitalismo começa a colocar os dentes de fora e percebe que não é o trabalho que produz riquezas, mas a exploração de quem trabalha. Descobre que quanto mais alguém trabalha, menos tempo tem para refletir sua situação, e os caminhos da riqueza.




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6.7. Religiões, Sobrevivência e Convivência


Este período, já sabemos, a humanidade estava em ascenção, em franco desenvolvimento, mesmo que num canto ou outro do mundo, os grupamentos ainda estavam nas cavernas e, muitos deles, ainda eram nômades.


Mas, num geral histórico, a sobrevivência já estava, quase que muito melhor, e mais segura, do que nos tempos mais antigos.


A plantação e criação de animais, oferecia condições e variedades muito valorosas para este desenvolvimento coletivo que já atingia um número enorme de pessoas.


Outro fator que se deve considerar, são as tecnologias empregadas para os muitos hábitos e costumes na vida familiar, social, e nas melhorias para a cultura agrícola e pastoril.


Embora este desenvolvimento muito registrado à posteridade, tenha trazido novos problemas de convivência, como, por exemplo, a escravidão de muitas formas, inclusive a exploração violenta de artesãos e outros mais, as civilizações estabeleceram condutas que trouxeram mais tranquilidade aos tais exploradores, e, também, a outros mais.


Quanto mais o tempo passava, até a convivência em relação aos vários tipos de escravos, naquelas civilizações, passaram a serem menos desumanas.


Em relação à religião, esta foi passando a atender outras funções além daquela prática de juntar religiosidades mais parecidas.


Paulatinamente, a religião passou de uma instituição passiva, para assumir comportamentos mais ativos, visando o bem estar de todos, a paz na convivência social, mesmo que, de uma forma ou outra, favorecendo os exploradores na nobreza, nos governos ou na força militar.


Assim, desde aqueles tempos, a religião passa a ser um instrumento poderoso de fomentar a ganância capitalista, fazendo com que, até os explorados por aquele sistema econômico, se tornasse aliados e ultra protetores de seus algozes.


O pensamento teológico daquelas religiões era o de que o sistema era a vontade de Deus, e os explorados submetidos, bem como os exploradores considerados bons para a religião, receberiam muito galardão na vida após a morte.




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6.8. Religiões favorecem o capitalismo


Há muitos fatores, conscientes e inconscientes que favorecem as religiões promoverem o capitalismo.


Este favorecimento podem ser percebidos em todas as épocas, de forma voluntária ou involuntária.


Neste período, a partir da Revolução Agrícola, mais ainda, quando o acúmulo de alimentos e riquezas, estavam em evidência e, com isto, alienando as pessoas e as religiões a respeito da exploração, de todas as formas, que passou a existir.


Assim, a religião tem a função de aproveitar todo potencial de religiosidade existente numa comunidade, e canalizar para o devido religamento coletivo com a divindade, ou divindades.


A Revelação divina, em qualquer tempo, sempre ensinou que uma das maneiras de agradar a divindade, é a boa convivência com o próximo; 


Boa convivência tem a ver com viver em harmonia, tem a ver com respeito ao outro, do jeito que o outro é; tem  ver com a adaptação.


Boa convivência tem a ver com o ensino de Jesus, quando orientou que devemos dar a outra face a quem nos ofende; devemos andar a segunda milha para quem nos obriga a andar uma; que devemos querer aos outros, o que queremos para nós.


Um primeiro crime cometido pela religião e que favorece ao capitalismo de qualquer época, é a plena aceitação da exploração, não só como algo a se respeitar e a se aprender a conviver em paz, mas também, até defender esta situação inusta como sendo algo da parte de Deus.


A religião, muitas vezes, com este espírito, entende que se Deus permite, é porque Ele concorda, aceita, aprova; e, se Ele aprova, tem que ser vivido e até exaltado por isto, mesmo que tanta gente sofra duramente com esta situação injusta e maléfica pra todo mundo.


Além destas condições e mal entendimentos, a religião ainda sofre um outra problema: O explorado, o injustiçado não tem como sustentar a religião, com o quase nada que possui, deixando para que os exploradores assim faça, e, com isto, a religião se inclina a amar, proteger, defender e até inspirar os tais exploradores a continuarem o que são, sem serem devidamente incomodados, até mesmo, entendendo que são quase bênçãos especiais de Deus para todo mundo e para a própria religião.




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6.9. Criacionismo e Evolucionismo


Este foi um período curto para se verificar qualquer mudança que definisse esta questão.


Foram, mais ou menos, 5 mil anos de história a ser contada; de 9 mil aC. a 4 mil aC.


Mas, cremos que é um bom momento para refletirmos sobre este assunto tão importante, tão atual, e emblemático.


A teoria da Evolução da raça humana, surgiu no século 19, e reflete o pensamento da ciência a respeito da vida sobre a face da terra.


Neste período histórico, percebe-se uma grande evolução social, cultural, individual, política, econômica e, é certo que também, na ciência, na medicina e em outros muitos campos da existência, sobrevivência e convivência humana.


O sedentarismos obrigou o ser humano a sair das cavernas ou das improvisações momentâneas de seu nomadismo, para condições sedentárias adaptadas às suas necessidades cotidianas. Surgem as casas que foram sendo melhoradas e se tornando aconchegantes em vários sentidos, como bem estar, segurança, e demais adaptações familiares.


O criacionismo em si, não considera os tempos anteriores, nomadistas, e se notabiliza como Deus criando as pessoas com todos os avanços que neste período começa a construir.


O criacionismo não aceita a ideia que Deus criou o ser humano sem a capacidade de falar ou escrever , com todas as características promovedoras e consequentes do nomadismo.


Inclusive, o criacionismo defende que, desde Adão e Eva, o ser humano já se comportava como pessoas neste período da história, entre a formação das primeiras civilizações até o aparecimento da escrita.


Com tudo isto, o criacionismo defende que a existência do ser humano sobre a terra não muito mais que uns 5 mil anos antes de Cristo, exatamente o que equivale a este período.


Pessoalmente acreditamos que as duas teorias são verdadeiras dentro do seguinte critério: O criacionismo, por ser teológico, só pode informar que é o criador; enquanto o evolucionismo, por ser ciência, só pode informar como a criação aconteceu. Nenhum destes dois lados tem condição de afirmar nada sobre a área um do outro.




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6.10. O que realmente interessa à Revelação


Muita coisa aconteceu, muita evolução foi proporcionada, neste período, inclusive na questão religiosa e na formação das religiões.


Diante disto tudo que o período promoveu para o desenvolvimento da humanidade, o que interessa, realmente, à Revelação divina, e, especialmente, à Graça de Deus, razão para a existência e atuação desta Revelação?


Antes de tudo, a certeza de que, como em todas as outras épocas passadas, o Espírito Santo operou adequadamente para que todo mundo percebesse e absorvesse as muitas maneiras de Deus explicar sobre Si e sobre Seu amor para com todas as pessoas, sem nenhuma distinção.


Outra coisa que interessa à Revelação, é que os resultados foram excelentes, não como Deus gostaria, mas muito além do que a humanidade realmente merecia.


Assim, valeu a pena tudo que foi feito no sentido de alertar o mundo sobre o Senhor Deus e a situação de todos em relação a Ele.


Juntando  à realidade da Revelação, podemos lembrar a atuação do Espírito Santo, não só iluminando, fazendo todo mundo entender, no mínimo possível, sobre a Revelação, mas operando o Convencimento de que todos estão em estado de pecado e carentes da intervenção divina para a salvação.


Este fator também foi determinante para os resultados colhidos pelo amor de Deus para com a humanidade.


Esta atuação do Espírito, convencendo todas as pessoas nascidas neste período, contribuiu muito com os objetivos de Deus em planejar a Graça.


Podemos até acreditar que, proporcionalmente ao tempo e às condições de cada época, grande foi o número de pessoas salvas, gente que passou pelo novo nascimento através da ajuda aceita e permitida, do Espírito na vida destes.


Mesmo sem a existência do judaísmo e do cristianismo, através das religiões existentes, através, principalmente da religiosidade de todo mundo, Deus agiu com Seu amor, pela Graça, com a Revelação e o Convencimento, e todos foram alcançados e abençoados de muitas maneiras, e, destes, muita e muita gente foi salva para a eternidade com Deus.




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6.11. O joio já fazia muito mal ao mundo


Primeiro vamos identificar quem é o joio, dentro ou fora das religiões.


Relembrando que Deus, por Sua Graça, empenhou-se em Sua Revelação a todo mundo, e, como Espírito Santo, empenhou-se no Convencimento de todo ser humano quanto à sua condição pecaminosa em relação a Deus.


Relembrando também, que por causa destes dois fatores baseados na Graça, cada ser humano tomou uma de três respostas, e cada uma destas sendo um tipo de religiosidade.


A resposta mais difícil, em todos os sentidos, foi a de ser indiferente, não dar importância. A grande dificuldade está no fato de todos serem criados à imagem e semelhança, e ainda assim, conseguirem manter-se indiferente por algum tempo ou por toda a vida.


A segunda é uma resposta menos difícil, é a de ser joio, pessoas que reconhecem-se pecadoras, querem mudanças nesta situação com Deus, mas não permitem, por vários fatores carnais, a ajuda do Espírito em suas religiosidades.


A terceira resposta é a mais fácil, muito fácil, é o trigo, pessoas que reconhecem-se pecadoras, querem mudanças nesta situação contra Deus, e permitem que o Espírito intervenha e opere todas as metamorfoses necessárias em si.


Embora o joio esteja entre os dois extremos, por ser religioso, por achar-se melhor ante seu esforço para manter-se num status privilegiado, sua arrogância o faz perigoso, malvado, pernicioso em muitos sentidos, para todo mundo.


Esse tipo joio de gente, com esta religiosidade particular, pessoal, se encontra em todo canto, em todas as religiões, em todas as comunidades, em todas as instituições, em todo canto praticando sua maldade bem intencionada.


Naquele período também havia esse tipo de gente, na mesma proporção que em qualquer outra época da história humana.


Essa gente é que usou todos os desenvolvimentos tecnológicos e outros, para o mal, para seus interesses, ou para os interesses daqueles que os dominavam espontaneamente ou não.




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ANTIGUIDADE

081   7.1. A Idade Antiga

082   7.2. O marco histórico da escrita

083   7.3. A escrita para as religiões pelo mundo

084   7.4. A escrita para o desenvolvimento das civilizações

085   7.5. A Revelação e o Convencimento

086   7.6. Os livros sagrados das religiões

087   7.7. A formação do Pentateuco judaico 

088   7.8. A história até o nascimento de Jesus Cristo

089   7.9. Os livros do Antigo Testamento

090   7.10. A Teologia e a Filosofia

091   7.11. Os livros do Novo Testamento

092   7.12. O Cristianismo judaizante e outros

093   7.13. O Cristianismo e outras religiões

094   7.14. O Cristianismo até a queda do Império Ocidental

095   7.15. O Cristianismo oficial

096   7.16. O Cristianismo anabatista

097   7.17. A Igreja Católica e os Bárbaros

098   7.18. As Religiões pelos continentes

099   7.19. Os principais crimes do Cristianismo



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7.1. A Idade Antiga


Neste tempo, a partir da escrita, quando o cuneiforme se destaca na experiência humana, tem início a História.


Este período tem sido apresentado em dois momentos com diferenças interessantes, como aconteceu com a Alta Idade Média e a Baixa Idade Média.


O primeiro momento é o tempo de 4 mil anos, que nasce na formulação da escrita pelos sumérios e acadianos, chegando ao tempo do nascimento de Jesus, quando o Império Romano está em franca ascenção pelo mundo.


O segundo momento abrange o tempo do domínio do Império Romano sobre o mundo.


Para o significado histórico da humanidade, o primeiro momento foi mais extenso e muito mais importante que o segundo.


Neste tempo anterior a Jesus, o mundo conheceu novas escritas, incluindo o egípcio, o fenício, o grego, e outros pelo mundo a dentro.


Neste tempo, também, outras civilizações foram se sucedendo em tempos curtos e longos.


Tanto o número de escritos, quanto o número de civilizações que assumiram o controle do mundo, demandam a riqueza enorme que este período trouxe para a vivência da humanidade.


Temos que evidenciar o fato de que a existência da sucessão de impérios, também revela o quanto sombrio e perverso este período foi. Quanto de insegurança, injustiças e maldades este período fez mundo passar.


Outro fator importante a ser lembrado, e que veio do período anterior, foi o capitalismo desenfreado como ganância movedora para que, em sua perversidade maligna, levasse o mundo ao que o próprio capitalismo chama de progresso, o surgimento das escritas, e dos impérios nefastos.




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7.2. O marco histórico da escrita


A escrita mais antiga e conhecida é a cuneiforme. Ela foi assim chamada por por ser produzida em tábuletas de argila com um equipamento de cunha.


Na verdade foram várias escritas que atendiam grupos diferentes, mas que seguiam as mesmas práticas, por serem bem fáceis e muito úteis para registros e mensagens.


Poucas pessoas eram capazes de escrever de um jeito que outros lessem, e também, poucos eram os que liam e compreendiam o que tinha diante de si.


O tempo passou, e duas marcas se aperfeiçoaram: Uma foi a melhoria da escrita com mais sinais, com mais significados, com mais condições para registros de variadas situações e mensagens; e a segunda foi o maior número de pessoas envolvidas na produção e na interpretação.


Um outro fator neste primeiro momento deste período, em relação à escrita, foi a continuada harmonização, quando mais gente, mais territórios, mais povos passaram a ter contato e a usar tais símbolos.


É compreendido que a escrita e seu desenvolvimento, e até as transformações produzidas por outros povos, foi resultado do muito desenvolvimento das civilizações que a própria escrita contribuiu de muitas formas e para atender às mais variados carências de cada momento.


Consultando uma Inteligência Artificial, sobre este marco da escrita, obtive as respostas que menciono a seguir:


"O desenvolvimento da escrita é um marco importante na história da humanidade, pois permite a preservação da informação de geração em geração."


"Na antiguidade, vários sistemas de escrita surgiram em diferentes regiões do mundo, cada um com seu próprio conjunto de caracteres ou símbolos. Alguns dos mais importantes incluem as seguintes:"


"Escrita cuneiforme: Desenvolvida na Mesopotâmia (atual Iraque) aproximadamente no ano 4000 a.C., a escrita cuneiforme consistia em pressionar uma ferramenta afiada em argila molhada para formar símbolos que representavam palavras ou ideias. É considerada a primeira escrita do mundo."


"Hieróglifos egípcios: A escrita hieroglífica foi desenvolvida no Egito por volta de 3000 a.C. e consistia em representar palavras e ideias por meio de símbolos gráficos, muitos dos quais eram imagens de animais, objetos e conceitos."


"Escrita Linear B: Esta escrita linear, desenvolvida na Grécia em torno de 1450 a.C., era usada para registrar registros comerciais e administrativos na cidade-estado micênica."


"Escrita chinesa: A escrita chinesa, que ainda é usada hoje, teve suas raízes na antiguidade, quando símbolos pictográficos eram usados para registrar informações sobre agricultura e negócios. A escrita evoluiu ao longo do tempo para incluir caracteres complexos que representam ideias e conceitos."


"Estes são apenas alguns exemplos dos sistemas de escrita que surgiram na antiguidade, e cada um deles marcou uma etapa importante na evolução da escrita e na preservação da história e da cultura humana."




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7.3. A escrita para as religiões pelo mundo


A existência de qualquer escrita dá muito fôlego a qualquer religião em relação  ao passado, o presente e favorecendo sua existência histórica e doutrinária, no futuro.


Em relação ao passado, as religiões se beneficiaram muito com a escrita, ao tornar mais público os seus históricos reais ou mitológicos, o que abre mais alimento para o fortalecimento de suas crenças e práticas.


Sobre o passado, ainda se entende outras virtudes da escrita para as religiões, mesmo nos tempos iniciais de tais escritas, pois os textos que serão considerados sagrados num futuro breve, já começam a ser escritos, mesmo que posteriormente venham a ser melhorados, aperfeiçoados para as necessidades de cada situação a surgir.


No presente de cada tempo, a escrita é usada como textos doutrinários, ou mesmo, textos explicando relatos que fortaleciam suas crenças e práticas.


Uma função que não era possível naqueles tempos, mas que vieram se tornar essenciais para os cultos, pois no futuro esta função será essencial.


Um excelente exemplo no futuro que serve para estes tempos, é o início do cristianismo, quando a princípio, até meados dos anos 40, depois de Cristo, nada conhecido estava escrito sobre Jesus e Seus ensinos, até por que entendia-se que Sua volta era iminente, não havia necessidade de escrever sobre o assunto.


Quando surgem os primeiros escritos, não é para formatação religiosa, mas, apenas, para transmissão de mensagens com efeitos exclusivos aos destinatários. Para os cristãos, o entendimento é que foram escritos para uma pessoa ou um grupo ou igreja, mas, excedendo alguns aspectos particulares a cada situação, as mensagens servem para qualquer época.


Em relação ao futuro, naqueles tempos anteriores a Jesus, as escritas serviram como registros intencionais, no sentido de manutenção histórica das realidades já acumuladas.


Por fim, podemos afirmar que a escrita foi muito útil para o desenvolvimento das civilizações, infelizmente até, foram facilitadoras para toda violência que determinaram suas hegemonias, e, com isto, até trouxeram muitas mentiras sobre o que realmente aconteceu nestes tempos.


Da mesma forma, a escrita, também, foi instrumento de benefícios, em muitos sentidos, para as religiões em todos os cantos do mundo onde passaram a utilizar esta realidade naqueles tempos.




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7.4. A escrita para o desenvolvimento das civilizações


Estudos afirmam que nunca haveria qualquer civilização, no mundo, se não houvesse a escrita.


Por outro lado, também há afirmação que nunca haveria a escrita se não houvesse algum embrião de civilização.


Este embrião está diretamente comprometido com a realidade da Revolução Agrícola.


Assim, pode-se afirmar que estes três fatores estão tão ligados um ao outro que são, sem dúvida, um fator só: Revolução + escrita +civilização.


Nisto já temos a primeira importância da escrita para a civilização, no sentido de todas elas desde aqueles tempos até hoje em dia.


Conhecer o passado que está registrado e disponível para muitos, equivale a aprender o que ser ou fazer e evitar o que errou e as circunstâncias para tal situação. Isto favorece o florescimento de uma civilização qualquer.


A escrita, também, contribui para o desenvolvimento de uma civilização, no seu presente, quanto ao que se deseja, se planeja; quanto ao que informa, recomenda ou o que se comanda.


Da mesma forma, a escrita contribui com o legado que se pretende deixar para o futuro, o que dizer sobre o presente, e o que se espera e orienta para o futuro, qualquer que seja ele, a curto, médio ou longo prazo.


Por fim, a escrita contribui em relação ao futuro propriamente dito, quando se sabe o que pode-se esperar pela frente. Quando mais uma sociedade sabe da origem e harmonização que ocorrerá no futuro, mais tranquilo ela vive seu presente.


Uma das compreensões de que não há civilização sem escrita, e vice-versa, são as contribuições que a escrita oferece em relação ao passado, presente e em relação ao futuro.




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7.5. A Revelação e o Convencimento



Já temos refletido sobre o plano da Graça de Deus, e, nisto, o que seja a Revelação de Deus, e o que seja o Convencimento do Espírito.


Neste período, com todas estas transformações, com todas as ganâncias que surgem ou se desenvolvem a partir dos benefícios da escrita e das tecnologias que se somam mais ainda, o plano da Graça se manteve atuante e cumpridor de seus objetivos.


Proporcionalmente, os resultados não foram diferentes em relação a outras épocas, quanto a esta Graça e seus resultados na vida das pessoas: A religiosidade individual e a Religião coletiva.


É claro que surgem, mais ainda, fatores que vão diminuir a dependência dos seres humanos em relação à divindade que acreditam, tais como conhecimentos, riquezas e tecnologias.


Mas, ainda assim, o Espírito Santo, muito conhecedor do espírito humano, teve os Seus jeitos sábios para contornar as consequências destes fatores, conseguindo, assim, seus objetivos de revelar Deus, e de convencer todo ser humano de sua situação de pecado contra a santidade de Deus.


Assim, mesmo com todo a arroxo do momento, podemos dizer, de novo, que os resultados de alcançar o coração de todo ser humano, foi atingido, ninguém ficou de fora, e, com isto, todo mundo foi abençoado.


Além disto, e o principal, tanto a Revelação, quanto o Convencimento também cumpriram seu papel em todo ser human, assim, como em outras épocas, todo mundo desenvolveu sua própria religiosidade em resposta a estas duas ações da Graça.


Com tudo isto, o número de salvos foi bem maior do que pudéssemos imaginar, se naqueles tempos estivéssemos vivendo.


Porém na visão e desejo de Deus, o número de salvos foi muito menor do que estaria querendo.


"Mutatis mutandis" o número de alcançados e de salvos não foi diferente do que em qualquer época, considerando o espaço de tempo a se levar em conta.



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7.6. Os livros sagrados das religiões


Segundo entendimentos históricos, a escrita, também foi inventada para atender interesses religiosos, em muitas necessidades.


Normalmente, a religião se caracterizava como a terceira força, o terceiro poder nas civilizações deste período.


Sendo a terceira força, sofrendo o domínio do rei pelas armas, e da nobreza pelas riquezas, a religião carecia da escrita para se manter como força nas sociedades onde existiam.


Uma das principais funções era proteger tanto o rei quanto a nobreza dos ódios da população oprimida.


Quanto mais haviam revoltas, mais as religiões se fortaleciam como poder mediador, e organização beneficiada pelos favores do rei e da nobreza.


A escrita era fundamental no cumprimento desta função, aparentemente, abençoada pela divindade. Em nome da paz requerida por Deus, a religião prometia recompensas de tranquilidade no mundo, e benefícios no depois da morte.


Nesta situação é que os livros sagradas passaram a ser úteis em três sentidos  Um era o de ser a "Palavra da Divindade", usando essa expressão que será tão comum no judaísmo e no cristianismo. É a questão mística locada num objeto e numa escrita.


Um segundo sentido é o de alimentar autoridade aos que escrevem, no presente e no futuro, quando são tratados como intermediários direto de Deus, dando a cada um uma áurea de poder sobre os demais.


Um terceiro sentido é o de delegar poder divino para outras pessoas autorizadas, as lideranças da religião, espalhadas pelos territórios de suas influências. Ser capaz de ter o texto, ler o texto e interpretar o texto para os demais, concedia poderes celestes a qualquer um que assim fosse permitido.


Religião sempre existiu, mesmo sem escritos nenhum, mas com estes escritos, a religião, em todos os cantos do mundo, subiu para um patamar maior, mais alto, mais reconhecido e com fundamentos inigualáveis em suas histórias.




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7.7. A formação do Pentateuco judaico 



Sim, há uma possibilidade de que Moisés não tenha existido como uma pessoa histórica real. Embora haja algumas referências históricas a Moisés na Bíblia e outros textos antigos, muitos estudiosos questionam a sua existência como uma figura histórica com base em evidências arqueológicas e históricas limitadas (=inteligência artificial GPT)


Alguns estudiosos argumentam que a história de Moisés pode ser uma lenda ou mito que se desenvolveu ao longo do tempo para transmitir ensinamentos e valores religiosos. Além disso, há evidências de que partes da história de Moisés foram influenciadas por histórias e tradições de outras culturas antigas.  (=inteligência artificial GPT)


No entanto, a questão da existência histórica de Moisés continua sendo um assunto de debate e controvérsia entre estudiosos e religiosos. É importante lembrar que a crença ou a falta de crença na existência histórica de Moisés não necessariamente afeta a importância e o significado da história e dos ensinamentos associados a ele.  (=inteligência artificial GPT)


Diante disto, vamos partir do pressuposto que ele tenha existido historicamente, mesmo que sem toda a proeminência que lhe é atribuída pelo judaísmo.


Assim, o Pentateuco foi sendo esculpido de acordo as necessidades que iam surgindo; atendendo a questionamentos e a necessidade de organizar.


Jetro, também conhecido como Reuel, foi um sacerdote de Midiã e sogro de Moisés, de acordo com a narrativa bíblica. Jetro desempenhou um papel significativo na liderança religiosa de Moisés, fornecendo conselhos sábios e práticos que ajudaram Moisés a melhorar sua liderança e governança do povo de Israel.  (=inteligência artificial GPT)


De acordo com a Bíblia, Jetro aconselhou Moisés a estabelecer um sistema judicial eficiente, no qual líderes sábios seriam responsáveis por resolver disputas menores e questões cotidianas, liberando Moisés para se concentrar em questões mais importantes. Isso ajudou Moisés a delegar responsabilidades e se concentrar em liderar a nação como um todo.  (=inteligência artificial GPT)


Jetro também aconselhou Moisés a estabelecer líderes capazes e confiáveis em posições de autoridade, em vez de tentar fazer tudo sozinho.  (=inteligência artificial GPT)


Além disso, ele aconselhou Moisés a ser um mediador entre Deus e o povo, trazendo as leis e ensinamentos de Deus para o povo e representando os interesses do povo diante de Deus.  (=inteligência artificial GPT)


O conselho de Jetro foi extremamente valioso para Moisés e ajudou a estabelecer um modelo eficaz de liderança que influenciou a tradição religiosa judaica e cristã até hoje. Além disso, o exemplo de Moisés e Jetro demonstra a importância de buscar conselhos sábios e ouvir outras perspectivas para melhorar a liderança e governança.  (=inteligência artificial GPT)


É neste contexto que o Gênesis surge para explicar, segundo a compreensão prepotente de Moises, as origens de tudo, inclusive da vontade de Deus em Israel ser o Seu povo no mundo, diante de outras nações.


Da mesma forma, o Êxodo, para registrar e explicar os fatos, segundo o entendimento prepotente de Moisés, sobre a saída do povo que estava sob o domínio do Egito.


Depois o livro de Levítico como um código de condutas civis e religiosas, segundo Moisés entendia que fosse a vontade de Deus, embora tivesse muito de outros códigos, em outras nações.


Depois o livro de Números, basicamente para estabelecer os limites territoriais de cada tribo, como sendo a vontade de Deus, evitando todo tipo de briga entre elas, neste sentido.


E, por último, o livro de Deuteronômio que, pode não ter sido escrito por Moisés, em parte ou no seu todo, mas contem muitos dos discursos que foram atribuídos a ele, em seu tempo ou no futuro, principalmente nos tempos do exílio babilônico.



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7.8. A história até o nascimento de Jesus Cristo


Muitos acontecimentos marcaram este período na história da humanidade.


Invenção da escrita cuneiforme na Mesopotâmia por volta de 3500 a.C. Este grande primeiro marco, não só permitiu evoluções em seu desenvolvimento por um bom tempo, entre as primeiras civilizações, como abriu inspiração para outras escritas que serão conhecidas no futuro, ou não.


Desenvolvimento da escrita hieroglífica no Egito Antigo por volta de 3200 a.C. Comparando esta escrita com a cuneiforme, percebe-se a evolução, e nisto, a riqueza do conteúdo que passou-se a fazer parte dos registros. 


Outro fator favorável aos hieróglifos do Egito, é que foram mais espalhados pelo mundo, pelo menos foram encontrados textos em muitos cantos, como parte do cotidiano de outras nações, mesmo que subordinadas ao império egípcio.


Construção das primeiras pirâmides no Egito por volta de 2600 a.C.. Este fato vai além de um monumento a um faraó, traz a necessidade de deixar um reconhecimento para o futuro daquela nação, como do próprio mundo.


O mundo assiste atônito a expansão do império assírio, com suas sutilezas perversas como estratégia de guerra e domínio sobre seus vencidos.


A maldade dos assírios sobre o mundo, para chegarem ao domínio que chegaram, vai ser o diferencial da Babilônia, para arregimentar os povos rebeldes em favor de sua vitória sobre os dominadores perversos. Nabucodonosor assume o papel de dominador simpático à vida, à política e à cultura de seus vencidos.


Expansão do Império Persa sob o reinado de Ciro, o Grande, o unificador dos reinos dos medos e dos persas, no século VI a.C. Domínio que se mostrou ainda mais simpático aos povos dominados, que o babilônio.


Expansão do Império macedônio, de Alexandre, o Grande, no século IV a.C. que se notabiliza por seu território conquistado e pela propagação da cultura grega por todos os cantos do mundo.


Desenvolvimento da filosofia na Grécia Antiga por volta do século VI a.C., incluindo as escolas de pensamento de Platão e Aristóteles.




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7.9. Os livros do Antigo Testamento


A escrita dos livros do Antigo Testamento é um assunto complexo e, vários fatores, inclusive quanto a autorias e datas, e envolve um grande número de fatores históricos e religiosos que influenciaram o judaísmo no mundo antigo. 


Acredita-se que os livros do Antigo Testamento foram escritos em um período que se estendeu por mais de mil anos, do século XIII a.C. ao século II a.C. Isso significa que muitas das tradições e crenças que são descritas nesses livros evoluíram ao longo desse tempo.


Os livros do Antigo Testamento foram escritos em hebraico antigo, uma língua que não era mais falada nos tempos de Jesus. Isso significa que a tradução desses livros para outras línguas pode ser complicada por vários motivos óbvios.


Muitos dos livros do Antigo Testamento, mais do possamos imaginar, foram escritos durante o período do exílio babilônico, quando muitos judeus foram deportados da Judéia para a Babilônia. Durante esse período, os judeus estavam em contato com outras culturas e religiões, o que pode ter influenciado a forma como os livros foram escritos.


A tradição judaica afirma que Moisés escreveu os primeiros cinco livros do Antigo Testamento, conhecidos como Pentateuco, ou a Torá. No entanto, muitos estudiosos modernos acreditam que esses livros foram escritos por vários autores ao longo do tempo, em nome de Moisés, o que sempre foi uma prática muito comum naquela cultura.


O livro de Gênesis, que descreve a criação do mundo e os primeiros dias da humanidade, é considerado por muitos estudiosos como uma coleção de mitos e lendas de origens diversas. 


O livro de Jó, que descreve a história de um homem justo que sofre provações terríveis, é considerado por muitos estudiosos como uma reflexão teológica sobre a natureza do sofrimento humano; porém retrata bem o período hebreu quando se deixava de crer que o mal era promovido por Deus, , e passava-se a crer que era apenas permitido por Ele, com limites impostos por Ele.


Os livros dos profetas, como Isaías, Jeremias e Ezequiel, foram escritos durante um período de grande turbulência política e social na Judéia. Esses livros refletem as lutas e preocupações dos profetas com relação à justiça social, o papel de Israel no mundo e a relação entre Deus e o povo judeu, afirmando que o povo sofria tais dificuldades por causa apenas da rebeldia contra Deus.


Os livros dos Salmos, Provérbios e Eclesiastes são conhecidos como literatura sapiencial. Esses livros refletem a sabedoria e a ética judaicas e são frequentemente citados como fonte de inspiração em muitas tradições religiosas. 


A Septuaginta é uma tradução grega do Antigo Testamento que foi feita no século III a.C. Essa tradução foi feita para ajudar os judeus que viviam na diáspora, e que não falavam mais o hebraico, a ler e entender as Escrituras Sagradas. 


O Talmude é uma coleção de leis e ensinamentos rabínicos que foi compilada entre os séculos II e V d.C. O Talmude é considerado uma fonte importante de conhecimento sobre a religião e a cultura judaicas. Pode ser compreendido como uma atualização sempre revisada, dos textos e conteúdos antigos contidos no Antigo Testamento.


A literatura apócrifa e pseudepígrafa, que inclui livros como Enoque, Jubileus e 1 e 2 Macabeus, foi escrita durante o período do Segundo Templo e reflete a diversidade de crenças e práticas religiosas do judaísmo na época.


A escrita dos livros do Antigo Testamento no contexto histórico do judaísmo no mundo é um assunto complexo e fascinante. Através do estudo desses livros e das tradições religiosas e culturais que os cercam, podemos aprender muito sobre a história e a evolução do judaísmo e sobre a natureza humana em geral.




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7.10. A Teologia e a Filosofia


A filosofia grega antiga teve suas raízes na cidade de Mileto, no século VI a.C., com a escola de pensamento de Tales, que propôs que a água era o elemento primordial do universo.


Sócrates, um dos filósofos mais famosos da história, segundo estudiosos, nasceu em Atenas, por volta de 470 a.C., e foi fundamental para o desenvolvimento da filosofia moral e ética.


Platão, discípulo de Sócrates, fundou a Academia em Atenas, que se tornou a mais importante instituição de ensino filosófico do mundo antigo. Ele é famoso por suas obras diálogos, incluindo "A República".


Aristóteles, outro discípulo de Sócrates, fundou o Liceu em Atenas e é considerado o pai da lógica e da filosofia ocidental. Ele influenciou muitos filósofos posteriores, incluindo Tomás de Aquino.


A filosofia estoica, que enfatiza a virtude, a razão e a conformidade com a natureza, foi fundada por Zenão de Cítio, no século IV a.C.


A teologia grega antiga, muito orientada pelo pensamento filosófico da época, foi influenciada pelos mitos e lendas dos deuses olímpicos. Os poetas Homero e Hesíodo desempenharam um papel importante na formação da teologia grega.


Os mistérios de Elêusis eram rituais religiosos que aconteciam na cidade de Elêusis, na Grécia Antiga, e que envolviam a crença em Deméter, a deusa da agricultura, e sua filha Perséfone.


A religião egípcia antiga era politeísta e acreditava em muitos deuses e deusas. Os faraós eram considerados deuses vivos e acreditava-se na vida após a morte.


A religião hindu antiga é uma das mais antigas do mundo e acredita na reencarnação e no karma, que são centrais para a vida humana.


A filosofia chinesa antiga foi influenciada pelos ensinamentos de Confúcio e Laozi. Confúcio acreditava na importância da moralidade e do comportamento correto, enquanto Laozi enfatizava a importância do equilíbrio e da harmonia.


A filosofia indiana antiga incluiu o Vedanta, que enfatizava a unidade do eu com o universo, e o Sankhya, que acreditava na dualidade entre o espírito e a matéria.


A religião persa antiga era zoroástrica e acreditava na existência de um deus supremo, Ahura Mazda, e na luta entre o bem e o mal.


A religião judaica antiga acreditava em um Deus único e criador do universo. A Torá é o livro sagrado do judaísmo e contém a lei divina.


A filosofia e teologia greja antiga, influenciou muito a filosofia romana, que se desenvolveu a partir do contato dos romanos com a cultura grega. Filósofos romanos como Cícero e Sêneca foram influenciados pela filosofia grega e desenvolveram suas próprias teorias.


A filosofia e a teologia na Idade Antiga tiveram um grande impacto na cultura e no pensamento ocidental. Muitas das ideias e conceitos desenvolvidos pelos filósofos e teólogos antigos continuam a influenciar o pensamento e a cultura ocidentais até hoje.




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7.11. Os livros do Novo Testamento


Os livros do Novo Testamento foram escritos em grego koiné, uma língua franca da época, entre os anos 45 e 95 d.C.


A maioria dos livros foi escrita por apóstolos ou associados próximos a Jesus ou aos próprios apóstolos, como Paulo, Pedro, Tiago, Judas e João.


A autoria do livro Hebreus é desconhecida, mas há sugestões de que pode ter sido escrito por um associado de Paulo, pois mostra uma forte presença paulina, embora os argumentos não sejam familiares àquele apóstolo.


Os primeiros livros do Novo Testamento a serem escritos foram as cartas de Tiago e de Paulo, entre os anos 45  e 69 d.C.


As cartas de Paulo foram escritas para as comunidades cristãs que ele fundou em suas viagens missionárias pela Grécia e Ásia Menor.


O Evangelho de Marcos foi escrito por volta do ano 51d.C. e é considerado o mais antigo dos quatro evangelhos canônicos.


O Evangelho de Mateus foi escrito entre os anos 70 e 80 d.C. e foi destinado a uma comunidade judaica-cristã.


O Evangelho de Lucas foi escrito por volta do ano 60 d.C. e foi destinado a uma audiência gentia.


O Evangelho de João foi escrito entre os anos 90 e 95 d.C. e apresenta uma teologia mais elaborada do que os outros evangelhos.


Os Atos dos Apóstolos, escrito por Lucas, narra a história da igreja primitiva desde a ascensão de Jesus até a chegada de Paulo a Roma, por volta do ano 60 dC.


As cartas gerais (Tiago, Pedro, João e Judas) foram escritas. e foram dirigidas a comunidades cristãs específicas.


As cartas de Pedro foram escritas para encorajar as comunidades cristãs que estavam sofrendo perseguição principalmente por parte dos judeus, ou dos romanos por causa da rebeldia judaica..


As cartas de João enfatizam o amor fraterno e a importância da verdadeira fé, em relação aos próprios cristãos, e na relação com com os não cristãos..


O livro do Apocalipse, escrito por João, é uma obra apocalíptica que apresenta uma visão do fim dos tempos e a vitória final de Cristo. Esta crença é um dos resultados nefasto da intensa influência do judaísmo sobre o cristianismo.


O reconhecimento universal destes livros e cartas, como parte do cânon do Novo Testamento, foi acontecendo em várias etapas desde os anos 70 até 400 dC.


Os livros do Novo Testamento são fundamentais para a compreensão do cristianismo e da vida e ensinamentos de Jesus, além de serem uma fonte importante para o estudo da história e cultura do mundo antigo.




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7.12. O Cristianismo judaizante e outros


O cristianismo inicial teve uma forte influência teológica e vivencial do judaísmo, já que Jesus e seus discípulos eram judeus.


A maioria dos primeiros seguidores de Jesus era judeu, que acreditavam que ele era o Messias prometido nas Escrituras judaicas.


Os primeiros cristãos acreditavam que Jesus havia cumprido as profecias do Antigo Testamento sobre o Messias e que ele havia sido ressuscitado dos mortos.


Os primeiros cristãos continuavam a observar muitas das práticas e crenças judaicas, como a circuncisão e a observância do sábado.


No entanto, os primeiros cristãos começaram a divergir dos judeus quando começaram a pregar que a salvação não era alcançada através da obediência à lei judaica, mas sim pela fé em Jesus Cristo.


Essa crença foi baseada na ideia de que Jesus era o sacrifício final pelo pecado e que sua morte e ressurreição permitiram que a humanidade tivesse acesso à salvação.


Os primeiros cristãos também começaram a desenvolver seus próprios ritos e práticas religiosas, como o batismo e a Eucaristia.


A Eucaristia é um ritual em que o pão e o vinho são consagrados e consumidos como o corpo e o sangue de Cristo, e é considerado um dos mais importantes ritos do cristianismo.


Os primeiros cristãos também acreditavam na existência de um Deus único e onipotente, que criou o universo e governava o mundo com justiça e misericórdia.


Essa crença em um Deus único era uma das principais diferenças entre o cristianismo e a religião politeísta predominante na época.


Os primeiros cristãos também acreditavam na existência de anjos e demônios, que eram seres espirituais que podiam influenciar a vida das pessoas.


A Bíblia, que é composta pelo Antigo e Novo Testamento, era a principal fonte de ensinamentos religiosos para os primeiros cristãos.


Os primeiros cristãos enfrentaram perseguição e hostilidade por parte das autoridades romanas, que viam o cristianismo como uma ameaça à estabilidade do império.


No entanto, a mensagem do cristianismo continuou a se espalhar, e muitos romanos acabaram se convertendo à nova religião.


A influência do judaísmo no cristianismo continuou mesmo após a separação entre as duas religiões, com muitas tradições e crenças judaicas sendo incorporadas à fé cristã.


Por exemplo, a celebração do Natal e a crença na segunda vinda de Cristo têm suas raízes na tradição judaica.


No entanto, o cristianismo também desenvolveu suas próprias crenças e práticas únicas ao longo dos séculos, tornando-se uma das maiores religiões do mundo.




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7.13. O Cristianismo e outras religiões


O cristianismo surgiu na Idade Antiga como uma religião minoritária, em um contexto em que a religião greco-romana dominava grande parte do mundo conhecido.


A religião greco-romana era politeísta e contemplava a adoração de diversos deuses e deusas, que eram personificações de fenômenos naturais e atributos humanos.


O cristianismo, por sua vez, era uma religião monoteísta que afirmava a existência de um único Deus, criador do universo e governante de todas as coisas.


A difusão do cristianismo na Idade Antiga foi impulsionada pelos apóstolos e pelos primeiros cristãos, que pregavam a mensagem de Jesus Cristo.


A religião cristã enfrentou forte resistência por parte das autoridades romanas, que viam os cristãos como uma ameaça à ordem pública e à religião tradicional, isto por causa do grande envolvimento que o cristianismo apresentava em relação ao judaísmo, nação sempre muito rebelde aos seus dominadores.


A partir do século IV, no entanto, o cristianismo foi oficialmente reconhecido pelo Império Romano e tornou-se a religião dominante no mundo ocidental, pelas preferências e determinações do imperador Constantino.


Enquanto isso, outras religiões prosperavam em outras partes do mundo, como o judaísmo em vários lugares, por ter sido expulso da Palestina, e o zoroastrismo na Pérsia e regiões vizinhas.


Na Ásia Menor, o cristianismo enfrentou a concorrência de religiões como o mazdeísmo e o maniqueísmo, que combinavam elementos do zoroastrismo e do budismo. 


Na Europa, por sua vez, o cristianismo competia com religiões pagãs que ainda eram praticadas por diversas tribos, como os celtas, os germânicos e os eslavos.


A conversão desses povos ao cristianismo foi muitas vezes resultado de um processo imposto pelo império romano, e  gradual de assimilação cultural e religiosa, que combinava a pregação dos missionários cristãos com a incorporação de elementos locais nas práticas religiosas. 


A religião cristã na Idade Antiga era marcada por uma forte ênfase na vida após a morte e na importância da salvação da alma.


As crenças cristãs eram expressas em uma série de credos e dogmas que eram defendidos pelos líderes da igreja e pelos teólogos.


A hierarquia da igreja cristã era composta por bispos, presbíteros e diáconos, que tinham diferentes funções na administração dos sacramentos e na orientação espiritual dos fiéis.


A arte e a arquitetura cristãs eram frequentemente usadas como meio de expressão da religiosidade, com a construção de catedrais, basílicas e mosteiros em todo o mundo cristão.


A influência do cristianismo na Idade Antiga foi imensa, moldando profundamente a cultura, a filosofia, a política e a arte do mundo ocidental e influenciando outras religiões e culturas ao longo dos séculos.




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7.14. O Cristianismo até a queda do Império Ocidental


A morte de Jesus, seguida pela ressurreição e ascensão, foram os principais eventos que levaram ao início da propagação do Cristianismo.


A perseguição de cristãos pelos romanos, especialmente durante o reinado de Nero, levou à propagação do Cristianismo por todo o império romano.


A conversão, pelo menos política, do imperador romano Constantino ao Cristianismo, em 312 d.C., foi um marco importante na história do Cristianismo. Ele legalizou o Cristianismo e deu liberdade religiosa aos cristãos.


O Concílio de Niceia, em 325 d.C., foi uma reunião importante de líderes da igreja cristã para estabelecer e harmonizar a doutrina oficial e tentar fechar um cânone das Escrituras.


A divisão do Império Romano em dois, em 395 d.C., levou à divisão da Igreja Cristã. A Igreja do Oriente adotou o Cristianismo Ortodoxo, enquanto a Igreja do Ocidente adotou o Cristianismo Católico.


O Papado foi estabelecido em Roma, e o Papa, paulatinamente, tornou-se o líder espiritual da Igreja Católica.


A queda do Império Romano Ocidental, em 476 d.C., teve um impacto significativo na Igreja Cristã. A igreja emergiu como uma das principais instituições da Europa e teve um papel importante na formação das sociedades medievais.


O cristianismo começou como uma religião minoritária e perseguida no Império Romano, mas a situação começou a mudar no início do século IV. A partir desse momento, o cristianismo começou a se expandir rapidamente pelo império.


Com o cristianismo se tornando a religião oficial do Império Romano, os imperadores passaram a exercer uma influência significativa na igreja. 


Os imperadores convocaram concílios e tomaram decisões sobre questões teológicas e eclesiásticas, como a escolha de bispos e o estabelecimento de doutrinas.


Ao mesmo tempo, o cristianismo também exerceu influência sobre os imperadores e sua governança. 


A ética cristã, influenciou as leis romanas e as políticas governamentais em relação aos pobres e aos doentes. 


O cristianismo também desempenhou um papel importante na defesa dos interesses, principalmente políticos, do Império Romano contra invasões bárbaras.


Com a queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C., muitos dos povos bárbaros que invadiram o império já estavam convertidos ao cristianismo. 


Os missionários cristãos trabalharam entre esses povos, convertendo líderes bárbaros e influenciando a cultura e a política desses povos.


O próprio cristianismo, em alguns casos, e de algumas forma, até incentivaram povos bárbaros que se tornassem propícios à nova religião.




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7.15. O Cristianismo oficial


O Império Romano adotou o Cristianismo como religião oficial em 380, durante o reinado do Imperador Teodósio.


Antes disso, a religião cristã foi perseguida pelos romanos, o que resultou em muitos mártires e perseguições.


O imperador Constantino foi o primeiro imperador romano a se dizer convertido ao cristianismo, no início do século IV.


A dita conversão de Constantino foi um marco na história da Igreja Cristã, já que ele deu início a um processo de tolerância e proteção aos cristãos.


Constantino construiu muitas igrejas e templos cristãos em toda Roma, o que ajudou a estabelecer o Cristianismo como uma religião importante no império.


Durante o reinado de Teodósio, a Igreja Cristã tornou-se oficialmente a religião do Estado Romano, e as outras religiões foram proibidas.


Com a consolidação do Cristianismo como a religião oficial do império, a Igreja ganhou grande poder político e influência sobre a sociedade.


A Igreja desempenhou um papel importante na manutenção da ordem social e na promoção de valores morais durante o período romano.


O cristianismo ajudou a unir o império romano sob uma religião comum e a promover a coesão social.


Durante o período romano, a Igreja Cristã se desenvolveu em várias correntes teológicas e surgiram muitos líderes religiosos influentes.


A Igreja foi fundamental na disseminação do conhecimento e da cultura, com o estabelecimento de escolas e universidades cristãs em todo o império.


A Igreja também foi responsável por importantes obras de caridade e assistência social, especialmente durante as crises e desastres naturais.


Com a queda do Império Romano em 476, a Igreja Cristã tornou-se uma das poucas instituições que sobreviveu à crise e continuou a exercer influência na Europa.


A Igreja cristã influenciou e incentivou os povos bárbaros a invadirem o Império Romano, convertendo muitos deles ao Cristianismo, prometendo vantagens políticas e, assim, ajudaram a difundir a religião em toda a Europa.


Ao longo dos séculos, a Igreja Cristã se desenvolveu em várias denominações e teve um papel importante na história europeia, influenciando a política, a cultura e a sociedade em geral.



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7.16. O Cristianismo anabatista


Durante o período entre 200 e 476 dC, houveram vários movimentos cristãos que se opuseram à Igreja Católica, em grande parte devido a questões teológicas e políticas.


Um desses movimentos foi o gnosticismo, que enfatizava a importância do conhecimento espiritual e da gnose (ou conhecimento) como uma forma de alcançar a salvação.


Outro movimento foi o montanismo, que surgiu no século II e foi liderado por Montano, que acreditava que a segunda vinda de Cristo estava próxima e que ele era um profeta divinamente inspirado.


O donatismo foi outro movimento que surgiu no norte da África no início do século IV. Ele questionou a validade dos sacramentos administrados pelos sacerdotes que haviam renunciado à fé durante a perseguição.


O arianismo, que se desenvolveu no século IV, rejeitava a doutrina da Trindade e a divindade de Cristo. Ele acreditava que Cristo era um ser criado, inferior ao Pai.


O pelagianismo, que surgiu no início do século V, afirmava que os seres humanos tinham a capacidade inata de escolher o bem e a virtude, sem a ajuda da graça divina.


O monofisismo, que surgiu no século V, acreditava que Cristo tinha apenas uma natureza, divina, em vez de duas naturezas, divina e humana.


O nestorianismo, que também surgiu no século V, afirmava que Cristo era duas pessoas distintas, uma divina e outra humana, em vez de uma pessoa com duas naturezas.


O arianismo e o nestorianismo foram condenados como heréticos pelos concílios ecumênicos da Igreja Católica, como o Concílio de Niceia em 325 e o Concílio de Éfeso em 431, respectivamente.


No entanto, muitos desses movimentos cristãos persistiram, mesmo depois de serem declarados heréticos pela Igreja Católica.


Algumas dessas heresias foram combatidas por figuras importantes da Igreja, como Santo Agostinho, que lutou contra o donatismo e o pelagianismo.


Outros líderes cristãos, como Jerônimo e Atanásio, também desempenharam papéis importantes na defesa da ortodoxia cristã contra heresias destes movimentos.


Alguns dos movimentos cristãos que se opuseram à Igreja Católica, como o gnosticismo e o montanismo, foram eventualmente extintos.


No entanto, outros, como o arianismo, sobreviveram por séculos, especialmente em regiões como a Germânia e a Inglaterra.


Esses movimentos cristãos dissidentes forneceram um desafio significativo à autoridade da Igreja Católica durante o período entre 200 e 476 dC, e muitos de seus ensinamentos continuam a influenciar a teologia cristã até os dias atuais.




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7.17. A Igreja Católica e os Bárbaros



O catolicismo é uma das religiões mais antigas do mundo, tendo surgido nos primeiros séculos da era cristã.


Durante o período anterior à queda do Império Romano do Ocidente em 476 dC, o catolicismo desempenhou um papel importante no estabelecimento e manutenção da ordem e da coesão social.


Na época, muitos povos bárbaros começaram a migrar para as fronteiras do Império, ameaçando sua integridade territorial e cultural.


Os missionários católicos foram responsáveis ​​por levar o cristianismo para muitas dessas tribos bárbaras, com o objetivo de converter e civilizá-las.


Um exemplo disso foi a missão de São Patrício na Irlanda, que acabou convertendo toda a ilha ao catolicismo e estabelecendo uma forte presença da Igreja Católica no país.


Outro exemplo foi a missão de São Bonifácio, que levou o cristianismo para a Alemanha e estabeleceu uma forte presença católica no país.


A Igreja Católica também desempenhou um papel importante na união dos povos bárbaros e romanos, promovendo a paz e a cooperação entre eles.


O Papa Gregório Magno, por exemplo, enviou missionários para a Inglaterra para converter os anglo-saxões e, assim, unificar a ilha sob o cristianismo.


Além de converter os bárbaros, a Igreja Católica também os influenciou na adoção de hábitos e costumes romanos, como o uso do latim na liturgia e a adoção de uma hierarquia clerical.


Através do uso dessas estratégias, a Igreja Católica conseguiu impor uma influência significativa nos povos bárbaros e estabelecer uma forte presença na Europa Ocidental.


No entanto, a relação entre a Igreja Católica e os povos bárbaros não foi sempre harmoniosa. Muitos líderes bárbaros resistiram à conversão forçada e aos esforços de romanização, o que levou a conflitos com a Igreja.


Um exemplo notável foi a resistência do rei visigodo Alarico II à imposição do catolicismo em seu reino, que levou à perseguição de bispos católicos e a tensões entre a Igreja e o governo visigodo.


Outro exemplo foi a adoção do arianismo pelos ostrogodos, que rejeitaram a doutrina católica e criaram uma divisão religiosa dentro do Império Romano do Ocidente.


Em geral, no entanto, a influência da Igreja Católica nos povos bárbaros ajudou a estabelecer uma base para a unidade religiosa e cultural na Europa Ocidental, que acabou sendo um fator importante no desenvolvimento da civilização ocidental.


Assim é que, em nome da paz e da boa convivência, e também em nome das crises com imperadores rebeldes às orientações das lideranças cristãs, a Igreja Católica chegou a incentivar invasões por parte dos bárbaros subservientes, oferecendo, até, promessa de proteção e bênção espiritual diante de outras nações também cristãs.


A influência da Igreja Católica nos povos bárbaros continuou a crescer após a queda do Império Romano do Ocidente em 476 dC, tornando-se uma das instituições mais poderosas e influentes da Europa medieval.



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7.18. As Religiões pelos continentes



A religião na Idade Antiga era extremamente diversa, variando de civilização para civilização e região para região.


A religião era uma parte integrante da vida cotidiana e permeava todas as áreas da sociedade.


Na Antiga Mesopotâmia, o politeísmo era a crença predominante, com deuses e deusas sendo adorados em templos e casas.


O Egito Antigo tinha uma religião complexa, com uma grande variedade de deuses e deusas sendo venerados e rituais elaborados sendo realizados.


Os gregos antigos tinham uma religião politeísta com deuses e deusas que personificavam as forças naturais e humanas.


A religião romana antiga também era politeísta, com deuses e deusas sendo adorados e com uma grande variedade de rituais e festivais religiosos.


Na Índia antiga, o hinduísmo era a religião predominante, com uma série de deuses e deusas sendo venerados e uma ampla gama de textos religiosos sendo escritos.


O zoroastrismo, originário da Pérsia antiga, era uma das religiões monoteístas mais antigas, com um único deus sendo adorado.


O judaísmo era outra religião monoteísta antiga, com um único deus sendo adorado e um conjunto de escrituras religiosas sendo seguidas.


O cristianismo, originário da Palestina, surgiu no século I e se espalhou rapidamente pelo Império Romano.


O islamismo, fundado pelo profeta Maomé no século VII, é uma das religiões monoteístas mais jovens e é uma das maiores do mundo hoje em dia.


Na China antiga, o confucionismo era uma filosofia que enfatizava a importância da moralidade, da sabedoria e do respeito pelos ancestrais.


O taoísmo, outra filosofia chinesa antiga, enfatizava a harmonia com o universo e a importância da busca da imortalidade.


O budismo, originário da Índia, surgiu no século VI a.C. e se espalhou por toda a Ásia, tornando-se uma das religiões mais amplamente praticadas do mundo.


Na América do Sul, as civilizações pré-colombianas, como os maias e os incas, tinham suas próprias religiões complexas e rituais elaborados.


O animismo, a crença de que todos os objetos, animais e seres têm uma alma, era uma religião comum entre as tribos indígenas de todo o mundo.


A religião era frequentemente usada como meio de justificar a dominação política e social em todas as culturas e nações.


As religiões também eram frequentemente usadas como meio de controle social, com as pessoas sendo incentivadas a seguir certas regras e normas.


As religiões também eram frequentemente usadas para explicar fenômenos naturais, como terremotos e trovões, que as pessoas não podiam compreender de outra forma.


As religiões na Idade Antiga desempenharam um papel importante na formação da cultura, da arte, da filosofia e da ética de cada sociedade. Os ensinamentos religiosos influenciaram a visão de mundo, os valores e as tradições de cada povo.


As religiões também foram responsáveis pela criação de instituições sociais, como templos,e lugares de estudos e vivências religiosas que se tornaram importantes centros de aprendizado, caridade e assistência social.


A religião também teve um papel significativo na história política de cada povo.


O sincretismo religioso, ou a mistura de diferentes religiões, era comum na Idade Antiga, especialmente durante a expansão e a troca de culturas entre civilizações.


A religião também foi responsável por muitos conflitos e guerras.


A religião também foi usada como meio de dominação colonial.


As religiões na Idade Antiga muitas vezes eram patriarcais e excluíam mulheres e outras minorias de posições de liderança ou acesso ao conhecimento religioso.


A religião também tinham efeitos positivos ou negativos na saúde mental e física das pessoas, dependendo de como era praticada e ensinada, em qualquer parte do mundo.


A Idade Antiga foi um período de grande inovação religiosa, com o surgimento de novas crenças e práticas.


O declínio do Império Romano, que ocorreu em 476 d.C., teve um impacto significativo na história religiosa da Europa, levando a mudanças na organização e na prática em todas as culturas.


Embora as religiões tenham mudado ao longo do tempo, a importância da espiritualidade e da busca por um significado mais profundo na vida tem sido uma constante na história da humanidade.



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7.19. Os principais crimes do Cristianismo


Durante os primeiros séculos da Era Cristã, a religião cristã foi perseguida pelo Império Romano e seus líderes religiosos, acusados de subverter a ordem social e desafiar a autoridade do Estado.


No entanto, após a conversão do imperador Constantino ao cristianismo no século IV, a religião passou a ser favorecida pelo Estado e seus líderes, que viram nela uma ferramenta de controle social e política.


A partir desse momento, os imperadores romanos começaram a usar a religião cristã para consolidar seu poder, perseguindo e suprimindo outras religiões e crenças, bem como dissidências políticas.


Por exemplo, o imperador Constantino ordenou a destruição de templos pagãos e a proibição de práticas religiosas não cristãs, enquanto incentivava a construção de igrejas e a disseminação da nova religião.


O imperador Teodósio, que governou no final do século IV, decretou que o cristianismo seria a única religião oficial do Império, proibindo outras crenças e perseguindo seus praticantes.


Além disso, os líderes religiosos cristãos também se tornaram aliados dos imperadores romanos, usando sua influência e poder para apoiar o regime em troca de favores e proteção.


Por exemplo, o bispo de Roma (mais tarde conhecido como papa) se tornou uma figura importante na política romana, usando sua autoridade religiosa para influenciar as decisões dos imperadores.


No entanto, essa aliança entre líderes religiosos e políticos muitas vezes levou a abusos de poder, como o uso da religião para justificar a violência e a opressão contra grupos considerados inimigos do Estado ou da igreja.


Um exemplo famoso foi a perseguição contra os montanistas, os novacianos e os donatistas, nos séculos II e IV, que foram movimentos religioso considerados heréticos pela Igreja cristã que se organizava, os quais foram perseguidos com violência e crueldade.


Outro exemplo foi o início da ideia sobre Inquisição, um tipo tribunal criado para definir e orientar perseguição e punição a hereges e dissidentes religiosos, que muitas vezes resultaram em torturas e mortes.


Além disso, os líderes religiosos também usaram a religião para justificar a escravidão, a colonização e a conquista de outros povos e territórios, por parte do império, muitas vezes com o objetivo de espalhar a fé cristã.


Em resumo, a religião cristã foi usada por imperadores e líderes religiosos para cometer crimes contra a população e outras religiões, contra inimigos do imperador e dos líderes religiosos, e contra povos vencidos a serem conquistados, muitas vezes com violência e crueldade


Esses abusos de poder foram possíveis porque a religião cristã foi vista como uma ferramenta de controle social e política pelos líderes romanos e religiosos, permitindo que eles usassem a fé como justificativa para seus atos.


Em última análise, a história da religião cristã é complexa e multifacetada, marcada por momentos de grande beleza e de grandes tragédias. É importante lembrar que a religião é uma ferramenta poderosa, que pode ser usada tanto para o bem quanto para o mal, dependendo de quem a usa e como ela é aplicada.


BIBLIOGRAFIA


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MEDIANIDADE

101   8.1. A Idade Média

102   8.2. A Alta Idade Média

103   8.3. A Baixa Idade Média

104   8.5. O Cristianismo pelo mundo

105   8.5. O Cristianismo pelo mundo

106   8.6. A Super Igreja Católica Romana

107   8.7. A Igreja Católica e os Bárbaros

108   8.8. Principais doutrinas católicas provocativas

109   8.9. O Cristianismo Anabatista

110   8.10. A Teologia e a Filosofia

111   8.11. A Santa Inquisição

112   8.12. O Cristianismo anabatista radical

113   8.13. As Cruzadas

114   8.14. O Renascentismo Cultural

115   8.15. As Religiões pelos continentes

116   8.16. Os principais crimes do Cristianismo






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8.1. A Idade Média


A Idade Média é um período da história europeia que se estende desde o século V até o século XV. Foi um período marcado por muitas mudanças, incluindo a ascensão do cristianismo como a religião dominante, a expansão do Império Romano, a disseminação do feudalismo e a peste negra. A Idade Média é frequentemente vista como um período de trevas e atraso, mas na verdade foi um período de grande desenvolvimento cultural e intelectual.


Uma das principais influências culturais da Idade Média foi a Igreja Católica. A Igreja dominou a vida religiosa e intelectual da Europa durante a maior parte da Idade Média, e muitos dos grandes pensadores da época eram monges ou clérigos. A Igreja também foi responsável por grande parte do desenvolvimento da arte e da arquitetura da época, incluindo as famosas catedrais góticas.


Outra influência importante da Idade Média foi a filosofia escolástica. A escolástica foi um sistema filosófico desenvolvido pelos teólogos cristãos medievais, que procuraram conciliar a fé com a razão. A escolástica teve uma grande influência sobre a filosofia ocidental posterior, incluindo o trabalho de filósofos como São Tomás de Aquino.


Um dos desenvolvimentos mais importantes da Idade Média foi o renascimento carolíngio. O renascimento carolíngio foi um período de renovação cultural que ocorreu no Império Franco no século VIII e IX. Durante este período, os reis francos, como Carlos Magno, promoveram a educação e a cultura, resultando em um renascimento da arte, da literatura e da filosofia.


A ciência também teve um papel importante na Idade Média. Muitos dos grandes cientistas da época eram monges ou clérigos, e fizeram importantes contribuições para a matemática, a astronomia e a medicina. Um dos maiores cientistas da Idade Média foi Roger Bacon, um frade franciscano que foi pioneiro em experimentação científica.


A Idade Média também foi um período de grandes conflitos e guerras, incluindo as Cruzadas e as guerras entre reinos e senhores feudais. Estes conflitos tiveram um grande impacto sobre a cultura e a sociedade da época, incluindo o desenvolvimento da cavalaria e da cultura do torneio.


A literatura também teve um papel importante na Idade Média, incluindo obras como a Chanson de Roland, a Divina Comédia de Dante e as obras de Geoffrey Chaucer. A literatura medieval muitas vezes lidava com temas religiosos e morais, bem como com a vida na corte e as aventuras de cavaleiros.


A Idade Média também foi um período marcado por grandes mudanças na sociedade. Durante este período, o feudalismo surgiu como um sistema de organização social e política, no qual os senhores feudais tinham controle sobre a terra e seus habitantes. O feudalismo teve um grande impacto sobre a vida das pessoas na época, incluindo a estrutura da família e as relações sociais.


A arte também teve um papel importante na Idade Média, com muitos estilos distintos surgindo durante este período. A arte românica, por exemplo, era um estilo que enfatizava a simplicidade e a espiritualidade, com muitas igrejas e mosteiros sendo construídos neste estilo. Já a arte gótica, que surgiu no final do período medieval, era caracterizada por suas formas esbeltas e detalhadas, com muitas catedrais sendo construídas neste estilo.


A música também teve um papel importante na Idade Média, com a música sacra sendo especialmente valorizada. A música vocal era a forma mais comum de música na época, com muitas peças sendo compostas para serem cantadas em coro. Além disso, muitos instrumentos musicais foram desenvolvidos durante a Idade Média, incluindo o alaúde, a flauta doce e o cravo.


A Idade Média também foi um período marcado pela exploração e descobertas. Durante este período, os europeus expandiram seu conhecimento sobre o mundo, com muitos exploradores e comerciantes viajando para o Oriente e o Novo Mundo. Além disso, a invenção da bússola e a melhoria da tecnologia de navegação permitiram que os europeus se aventurassem cada vez mais longe de casa.


A queda do Império Romano do Ocidente, no século V, foi um dos principais acontecimentos que marcaram o início da Idade Média. A partir deste período, a Europa passou por uma série de transformações políticas, sociais, culturais e religiosas que moldaram o continente até o final do século XV. Durante este período, muitos países e reinos europeus se formaram, incluindo a França, a Inglaterra e a Espanha.


Alguns dos eventos mais importantes da Idade Média incluem as Cruzadas, uma série de expedições militares organizadas pelos cristãos europeus para recuperar a Terra Santa dos muçulmanos; a Peste Negra, uma pandemia que matou milhões de pessoas na Europa no século XIV; e a Guerra dos Cem Anos, uma série de conflitos entre a França e a Inglaterra que durou de 1337 a 1453.


Há uma série de livros importantes sobre a Idade Média que podem ser úteis para aqueles que desejam aprender mais sobre este período da história. Algumas das obras mais influentes incluem "A História das Cruzadas", de Steven Runciman; "O Declínio e a Queda do Império Romano", de Edward Gibbon; "A Divina Comédia", de Dante Alighieri; e "Os Contos de Canterbury", de Geoffrey Chaucer. Além disso, existem muitos livros didáticos sobre a Idade Média que podem fornecer uma visão geral da época, incluindo "A Europa Medieval", de Chris Wickham, e "O Mundo Medieval", de Robert Bartlett.



BIBLIOGRAFIA


RUNCIMAN, Steven. A História das Cruzadas. São Paulo: Editora Globo, 2005.


GIBBON, Eduardo. O Declínio e a Queda do Império Romano. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.


ALIGHIERI, Dante. A Divina Comédia. São Paulo: Martin Claret, 2019.


CHAUCER, Godofredo. Os Contos de Canterbury. São Paulo: Pinguim-Companhia, 2017.


WICKHAM, Chris. Uma Europa Medieval. São Paulo: Editora Zahar, 2014.


BARTLETT, Roberto. O Mundo Medieval. São Paulo: Editora Contexto, 2014.


BLOCH, Marc. A Sociedade Feudal. Lisboa: Edições 70, 1987.


DUBY, Georges. Ano 1000, Ano 2000: Na pista de nossos medos. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.


LE GOFF, Jacques. A Idade Média explicada aos jovens. Rio de Janeiro: Editora Agir, 2007.


CANTIMORI, Délio. Heresia e Utopia: O pensamento político de dois hereges do Renascimento. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.


DAVIS, R. H. C. O Renascimento: Uma breve história. São Paulo: Editora Unesp, 2001.


ROTHENBERG, Molly. A Historiografia Medieval. São Paulo: Edusp, 2016.


BROWN, Pedro. O mundo ocidental na época das Cruzadas. São Paulo: Edusp, 2009.


CARDINI, Franco. A Idade Média: O nascimento do Ocidente. São Paulo: Martins Fontes, 2016.


LADERO QUESADA, Miguel Ángel. Inquisición y sociedad en España: 1478-1834. Madrid: Ediciones Temas de Hoy, 1994.



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8.2. A Alta Idade Média


A Alta Idade Média, também conhecida como período medieval, é um período histórico que se estendeu do século V ao século XI na Europa. É chamada de "alta" porque marcou o início da formação dos estados modernos e o desenvolvimento da cultura europeia. Durante este período, o cristianismo desempenhou um papel significativo na política, economia, sociedade e cultura, tanto na Europa como em outras partes do mundo.


O cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano no século IV, sob o imperador Constantino, e isto vai dar todo respaldo para o cristianismo exercer um papel preponderante logo após a queda o Império Romano do Ocidente, em 476 dC.


O bispo de Roma, conhecido como o Papa, tornou-se uma figura importante na Europa medieval, desempenhando um papel significativo na política e na religião.


No século V, os bárbaros começaram a invadir o Império Romano, resultando na queda do Império do Ocidente em 476 d.C. Estes episódios foram muito incentivados pelo cristianismo para que ocorresse, por vários motivos, inclusive morais e religiosos, e assegurado quando ocorreram.


A Igreja Católica tornou-se a instituição mais poderosa na Europa medieval, controlando terras e riquezas significativas.


Durante a Alta Idade Média, as Cruzadas foram lançadas, pelo menos como ideia a ser promovida, pelos cristãos europeus, visando recuperar a Terra Santa das mãos dos muçulmanos.


A Reforma Gregoriana, liderada pelo Papa Gregório VII, fortaleceu o poder do Papa e da Igreja Católica na Europa.


O monasticismo, ou seja, o estilo de vida dos monges e das freiras em comunidades religiosas, tornou-se popular durante a Alta Idade Média.


O império bizantino, localizado no leste da Europa, manteve a tradição cristã ortodoxa, o que deu motivo para os vários movimentos distanciadores em relação ao ocidente.


A influência do cristianismo se espalhou para a Irlanda e a Inglaterra no século VI, com a chegada de missionários como São Patrício e São Agostinho.


A Igreja Ortodoxa Russa foi fundada no século X, com o príncipe Vladimir da Rússia se convertendo ao cristianismo.


O Papa Leão III coroou o rei franco Carlos Magno como imperador do Sacro Império Romano em 800 d.C., unindo a Igreja Católica e a política europeia.


A disputa pelas investiduras entre o Papa e o imperador alemão Henrique IV no século XI levou a uma crise na Igreja Católica.


Durante a Alta Idade Média, a arte e a arquitetura cristãs floresceram, com a construção de catedrais e outras estruturas religiosas impressionantes. Por outro lado, todo tipo de arte não aprovada pela igreja católica foi perseguida de muitas formas.


Nesta situação é que as artes fora do domínio católico, floresceram grandemente no mundo, principalmente aquelas entre os muçulmanos e outros povos.


A filosofia cristã se desenvolveu durante a Alta Idade Média, com pensadores como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino. porém, da mesma forma, o que foi considerado não cristão sofreu grande perseguição, dando espaço para o que fosse produzido em culturas fora do domínio católico.


A Inquisição foi criada mais drástica, pela Igreja Católica no século XIII para investigar e punir hereges e outros dissidentes religiosos. Mas já era praticada, de muitas formas mais amenas, sem tanto rigor, durante esta Alta Idade Média.


BIBLIOGRAFIA


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8.3. A Baixa Idade Média


A Baixa Idade Média é um período histórico que compreende aproximadamente os séculos XII ao XV. Nessa época, ocorreram diversas transformações no mundo europeu, tais como o desenvolvimento do comércio, o fortalecimento dos reinos nacionais e a crise da Igreja Católica. Neste texto, abordaremos alguns dos principais fatos ocorridos em relação ao cristianismo, as artes, a filosofia, as ciências, a política, os feudos, o capitalismo, os países e o renascimento durante a Baixa Idade Média.



Cristianismo:

Durante a Baixa Idade Média, a Igreja Católica passou por um período de crise, conhecido como cisma do Ocidente, que durou de 1378 a 1417. Nesse período, havia dois papas, um em Roma e outro em Avinhão, o que causou divisão e enfraquecimento da Igreja. Além disso, houve a Reforma Gregoriana, que buscava reforçar a autoridade da Igreja sobre os reis e senhores feudais. Houve também o surgimento de novas ordens religiosas, como os franciscanos e os dominicanos, que buscavam uma maior aproximação com as pessoas comuns.



Artes:

A Baixa Idade Média foi um período de grande desenvolvimento das artes, especialmente na arquitetura, com a construção de grandes catedrais góticas, como a Catedral de Notre-Dame em Paris e a Catedral de Colônia na Alemanha. Na pintura, destaca-se a obra do italiano Giotto di Bondone, considerado um dos fundadores do Renascimento. Na literatura, surgiu a poesia trovadoresca, com seus temas amorosos e corteses.



Filosofia:

Na Baixa Idade Média, a filosofia foi marcada pelo desenvolvimento da escolástica, que buscava conciliar a fé cristã com a razão. O principal representante da escolástica foi Tomás de Aquino, que elaborou uma síntese entre a filosofia de Aristóteles e a doutrina cristã. Além disso, surgiram os místicos, que buscavam uma experiência direta com Deus, como Meister Eckhart e João da Cruz.



Ciências:

Na Baixa Idade Média, a ciência estava intimamente ligada à filosofia e à religião. No campo da medicina, destaca-se a obra de Avicena, médico e filósofo muçulmano que influenciou a medicina europeia. Na astronomia, a obra de Cláudio Ptolomeu foi amplamente difundida, influenciando o desenvolvimento da navegação.



Política:

Durante a Baixa Idade Média, houve um processo de enfraquecimento dos feudos e de fortalecimento dos reinos nacionais. Surgiram novas dinastias reais, como os Plantagenetas na Inglaterra e os Valois na França. Além disso, ocorreu a Guerra dos Cem Anos entre França e Inglaterra, que durou de 1337 a 1453, e que teve grande impacto no desenvolvimento político e econômico desses países.



Feudos:

Os feudos, que eram a base da organização social e política da Baixa Idade Média, sofreram mudanças significativas nesse período. Com o enfraquecimento dos senhores feudais, houve um aumento do poder dos reis e das cidades. Além disso, surgiram novas classes sociais, como a burguesia, que enriqueceu com o comércio e se tornou uma força política importante.



Capitalismo:

O capitalismo teve suas raízes na Baixa Idade Média, com o desenvolvimento do comércio e das cidades. Nesse período, surgiram as primeiras corporações de ofício, que regulavam a produção e o comércio de produtos artesanais. Além disso, houve o desenvolvimento do sistema bancário, com a criação das primeiras casas de câmbio e dos bancos de depósito.



Países:

A Baixa Idade Média foi um período de formação das nações europeias. Com o enfraquecimento dos feudos, os reis conseguiram unificar seus territórios e formar Estados nacionais mais poderosos. Na Inglaterra, por exemplo, houve a unificação dos condados sob a dinastia dos Plantagenetas. Na França, os reis conseguiram enfraquecer os senhores feudais e consolidar seu poder centralizado.



Renascimento:

O Renascimento teve suas raízes na Baixa Idade Média, com o surgimento de uma nova mentalidade que valorizava a razão, a ciência e as artes. Nesse período, surgiram os humanistas, que buscavam resgatar o conhecimento clássico e valorizar o ser humano como centro do universo. Além disso, houve o desenvolvimento da técnica de impressão, que permitiu a difusão das ideias renascentistas e a democratização do conhecimento.



Em resumo, a Baixa Idade Média foi um período de grandes transformações na Europa. A crise da Igreja, o desenvolvimento do comércio, o fortalecimento dos reinos nacionais e o surgimento da burguesia foram alguns dos principais fatores que contribuíram para o surgimento de uma nova mentalidade, que valorizava a razão, a ciência e as artes. Essa nova mentalidade, por sua vez, foi a base para o surgimento do Renascimento e para a formação das nações europeias modernas.



NOMES 

A Baixa Idade Média foi um período marcado por importantes personalidades que deixaram um legado significativo para a história do mundo. Entre os nomes mais influentes desse período, destacam-se:


Santo Agostinho - Filósofo e teólogo cristão que influenciou profundamente a Igreja Católica e a filosofia ocidental.


São Francisco de Assis - Fundador da Ordem Franciscana, que se tornou uma das mais importantes da Igreja Católica.


Tomás de Aquino - Filósofo e teólogo cristão que conciliou a filosofia aristotélica com a doutrina católica.


Guilherme de Ockham - Filósofo e teólogo que propôs o princípio da navalha de Ockham, que afirma que a explicação mais simples para um fenômeno é geralmente a mais provável.


Dante Alighieri - Poeta italiano que escreveu a Divina Comédia, uma das obras literárias mais importantes da história.


Geoffrey Chaucer - Poeta inglês que escreveu Os Contos de Canterbury, uma obra que se tornou uma das mais importantes da literatura inglesa.


Joana D'Arc - Heroína francesa que liderou as tropas francesas na Guerra dos Cem Anos contra os ingleses.


Leonardo Fibonacci - Matemático italiano que introduziu o sistema numérico indo-arábico na Europa.


Giotto di Bondone - Pintor italiano que é considerado um dos precursores do Renascimento.


Johannes Gutenberg - Inventor alemão que desenvolveu a técnica de impressão com tipos móveis, que revolucionou a produção de livros.


Marco Polo - Viajante italiano que escreveu sobre suas aventuras na Ásia, contribuindo para o conhecimento europeu sobre o Oriente.


Ibn Khaldun - Historiador, filósofo e político tunisiano que é considerado um dos fundadores da sociologia.


William Wallace - Líder escocês que lutou contra a ocupação inglesa durante a Guerra da Independência Escocesa.


Ricardo Coração de Leão - Rei da Inglaterra que liderou as Cruzadas e é conhecido por suas habilidades militares.


Marco Polo - Viajante italiano que escreveu sobre suas aventuras na Ásia, contribuindo para o conhecimento europeu sobre o Oriente.


Esses são apenas alguns dos nomes mais influentes da Baixa Idade Média, que deixaram um legado duradouro para a história da humanidade. Cada um desses indivíduos contribuiu de maneira única para o desenvolvimento da filosofia, da religião, da literatura, da ciência, das artes e da política da época.



BIBLIOGRAFIA

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8.4. As religiões pelo mundo


A religião islâmica na Alta Idade Média: o expansionismo muçulmano e o choque com o cristianismo


Durante a Alta Idade Média, a religião islâmica se expandiu rapidamente, conquistando vastos territórios e estabelecendo-se como uma das principais religiões do mundo. O choque entre a expansão muçulmana e o cristianismo levou a guerras sangrentas e à construção de fortalezas cristãs em toda a Europa.



O budismo na Ásia: um sistema de crenças em constante evolução


O budismo é uma das principais religiões da Ásia, com raízes na Índia e na China. Durante a Idade Média, o budismo passou por uma série de mudanças e adaptações, incluindo a incorporação de elementos do xamanismo e do confucionismo.



A religião hindu na Baixa Idade Média: a influência da religião na sociedade indiana


Na Baixa Idade Média, a religião hindu continuou a desempenhar um papel fundamental na sociedade indiana, moldando a cultura e a política. As castas hindus foram um exemplo claro da influência da religião na vida das pessoas.



A religião judaica na Europa: a perseguição e a diáspora


Durante a Idade Média, os judeus foram perseguidos em toda a Europa, culminando na diáspora judaica e na criação de comunidades judaicas em todo o mundo.



O confucionismo na Ásia: uma filosofia que moldou a sociedade chinesa


O confucionismo é uma filosofia chinesa que influenciou a sociedade chinesa por mais de dois mil anos. Durante a Idade Média, o confucionismo foi um fator importante na criação do sistema de exames imperial e na formação da elite governante chinesa.



A religião xintoísta no Japão: a veneração dos ancestrais


O xintoísmo é uma religião japonesa que venera os ancestrais e os espíritos da natureza. Durante a Idade Média, o xintoísmo desempenhou um papel fundamental na cultura japonesa, influenciando a arte, a política e a vida cotidiana.



O taoísmo na Ásia: uma filosofia que enfatiza a harmonia com a natureza


O taoísmo é uma filosofia chinesa que enfatiza a harmonia com a natureza e a busca da paz interior. Durante a Idade Média, o taoísmo foi um fator importante na cultura chinesa, influenciando a arte, a literatura e a medicina.



A religião animista na África: a veneração dos espíritos da natureza


A religião animista é praticada em toda a África, venerando os espíritos da natureza e os ancestrais. Durante a Idade Média, a religião animista desempenhou um papel fundamental na cultura africana, influenciando a arte, a música e as práticas de cura.



O hinduísmo na Índia: uma religião rica em mitos e rituais


O hinduísmo é uma religião complexa e diversa que se desenvolveu na Índia há milhares de anos. Durante a Idade Média, o hinduísmo se expandiu para além das fronteiras da Índia, influenciando outras culturas e religiões ao longo do caminho. Com uma rica mitologia e uma variedade de rituais, o hinduísmo desempenhou um papel fundamental na cultura indiana.



A religião budista na Baixa Idade Média: a disseminação do Dharma


Durante a Baixa Idade Média, o budismo se espalhou para além das fronteiras da Ásia, alcançando países como o Sri Lanka e o Tibete. Com sua ênfase na busca da verdade e da iluminação pessoal, o budismo se tornou uma das principais religiões do mundo.



O xamanismo na Ásia e nas Américas: a conexão com o mundo espiritual


O xamanismo é uma prática religiosa que existe em muitas culturas ao redor do mundo, incluindo a Ásia e as Américas. Com sua ênfase na conexão com o mundo espiritual e a natureza, o xamanismo desempenhou um papel fundamental na vida das pessoas que o praticam.



A religião islâmica na África: a expansão dos impérios islâmicos


Durante a Idade Média, a religião islâmica se espalhou por toda a África, influenciando a cultura e a política de muitos países. Com a criação de impérios islâmicos como o Império de Gana e o Império de Mali, o islã desempenhou um papel fundamental na história africana.



O hinduísmo nas Américas: a influência dos indianos americanos


Apesar de sua origem na Índia, o hinduísmo também se espalhou para as Américas, graças à imigração de indianos americanos. Com sua ênfase na espiritualidade e na busca da verdade, o hinduísmo se tornou uma parte importante da cultura e da religião das Américas.



A religião budista no Tibete: a influência do lamaísmo


O budismo tibetano, também conhecido como lamaísmo, é uma forma única de budismo que se desenvolveu no Tibete. Com sua ênfase na meditação e na iluminação pessoal, o lamaísmo desempenhou um papel fundamental na cultura tibetana e na religião do país.



A religião islâmica na Europa: a influência do califado de Córdoba


Durante a Idade Média, o califado de Córdoba se tornou um dos principais centros islâmicos da Europa, influenciando a arte, a arquitetura e a cultura em geral. Com sua tolerância religiosa e intelectualidade avançada, o califado de Córdoba foi um exemplo de convivência pacífica entre diferentes religiões.



A religião xintoísta nas Américas: a influência da cultura japonesa


A cultura japonesa e sua religião, o xintoísmo, também tiveram uma influência significativa nas Américas, especialmente no Havaí, onde o xintoísmo é uma das principais religiões. Com sua ênfase na reverência pelos ancestrais e na harmonia com a natureza, o xintoísmo se tornou uma parte importante da cultura havaiana.



O zoroastrismo na Pérsia: a influência do profeta Zaratustra


O zoroastrismo é uma religião antiga que se originou na Pérsia, no século VI a.C. Fundada pelo profeta Zaratustra, o zoroastrismo teve uma influência significativa na cultura e na religião persas. Com sua ênfase na dualidade entre o bem e o mal, o zoroastrismo também influenciou outras religiões, como o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.



O confucionismo na China: a influência da filosofia confuciana


Embora não seja estritamente uma religião, o confucionismo teve uma influência significativa na cultura e na religião chinesas. Com sua ênfase na ética, na moralidade e na educação, o confucionismo desempenhou um papel fundamental na sociedade chinesa, influenciando a política, a literatura e a arte.



A religião vodu no Haiti: a mistura de tradições africanas e cristãs


O vodu é uma religião que se originou na África Ocidental e foi trazida para o Haiti durante o período colonial. Com sua mistura de tradições africanas e cristãs, o vodu se tornou uma parte importante da cultura e da religião haitianas, influenciando a música, a dança e as práticas religiosas do país.



A religião taoísta na China: a busca pela harmonia com o universo


O taoísmo é uma religião que se originou na China e se baseia nos ensinamentos do filósofo Laozi. Com sua ênfase na busca pela harmonia com o universo e na prática da meditação, o taoísmo desempenhou um papel fundamental na cultura e na religião chinesas, influenciando a literatura, a arte e a medicina tradicional chinesa.



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8.5. O Cristianismo pelo mundo


Durante a Idade Média, a Europa foi fortemente influenciada pelo cristianismo, que era a religião dominante na região.


A Igreja Católica era a instituição religiosa mais poderosa da Europa medieval, exercendo uma grande influência sobre a vida política, social e cultural das pessoas.


O cristianismo na Europa medieval era marcado por uma forte crença na salvação da alma e na vida após a morte, o que levou a um grande aumento da religiosidade na época.


Durante a Idade Média, muitas ordens religiosas foram fundadas na Europa, como os franciscanos, dominicanos e beneditinos, que buscavam viver de acordo com os ensinamentos cristãos.


A Igreja Católica exerceu um grande controle sobre a educação na Europa medieval, criando muitas escolas e universidades que se concentravam em ensinar teologia e filosofia cristã.


O cristianismo também influenciou a arte e a arquitetura da Europa medieval, com muitas catedrais e igrejas sendo construídas durante esse período.


Durante a Idade Média, a Europa passou por várias cruzadas, que foram expedições militares lideradas pela Igreja Católica para recuperar a Terra Santa do domínio muçulmano.


O cristianismo também teve um grande impacto na política da Europa medieval, com muitos governantes sendo coronados por líderes da Igreja Católica e governando com base em princípios cristãos.


Durante a Idade Média, o cristianismo passou por uma série de reformas e mudanças, como a Reforma Gregoriana e a Reforma Protestante, que tiveram um grande impacto na história da Europa.


Na Europa medieval, a religião era uma parte central da vida das pessoas, e muitas festas e celebrações religiosas eram realizadas ao longo do ano, como o Natal e a Páscoa.


O cristianismo na Europa medieval também teve um papel importante na medicina, com muitos médicos sendo padres e monges que buscavam curar doenças de acordo com os ensinamentos da Igreja Católica.


Durante a Idade Média, muitas heresias surgiram na Europa, com pessoas questionando ou desafiando os ensinamentos da Igreja Católica e sendo frequentemente perseguidas ou punidas por isso.


A Inquisição foi uma instituição da Igreja Católica que foi criada na Europa medieval para perseguir e punir os hereges, muitas vezes usando métodos brutais e violentos.


O cristianismo também influenciou a literatura e a poesia da Europa medieval, com muitas obras importantes, como a Divina Comédia de Dante, sendo profundamente enraizadas na tradição cristã.


Durante a Idade Média, o cristianismo na Europa estava dividido em duas principais denominações: a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa, que tinham diferenças significativas em suas práticas e ensinamentos.


A Igreja Católica também teve um grande papel na educação das mulheres na Europa medieval, com muitas mulheres se tornam freiras e monas, dedicando suas vidas à oração e aos serviços religiosos.


Durante a Idade Média, a religião cristã também teve um papel importante na vida cotidiana das pessoas, com muitas crenças e superstições relacionadas à fé cristã, como a crença em santos e relíquias sagradas.


A música religiosa também desempenhou um papel importante na vida religiosa da Europa medieval, com muitos hinos e cantos sendo compostos para serem cantados nas missas e serviços religiosos.


A arte sacra também foi uma forma importante de expressão religiosa na Europa medieval, com muitas pinturas, esculturas e vitrais representando cenas bíblicas e santos cristãos.


Em resumo, o cristianismo teve uma grande influência na Europa medieval, moldando a vida política, social e cultural das pessoas, e influenciando a arte, a literatura, a música e a educação da época. A Igreja Católica exerceu um grande controle sobre a vida religiosa e a educação, e o cristianismo permeou todas as esferas da vida da Europa medieval, desde a política até as crenças e superstições populares.



BIBLIOGRAFIA


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8.6. A Super Igreja Católica Romana


A igreja católica tinha o controle sobre o ensino e a educação, o que permitia a disseminação de valores cristãos e éticos. Consequência positiva: formação de uma sociedade mais justa e moralmente correta. Consequência negativa: diminuição da liberdade de pensamento e da diversidade cultural.


A igreja católica tinha o monopólio da salvação, o que gerava uma grande influência sobre a população. Consequência positiva: incentivo à prática religiosa e à caridade. Consequência negativa: manipulação das massas e exploração da fé.


A igreja católica controlava a produção e o comércio de arte e literatura, o que permitia a difusão de mensagens religiosas e culturais. Consequência positiva: enriquecimento da cultura europeia. Consequência negativa: limitação da liberdade artística e censura de ideias divergentes.


A igreja católica tinha o poder de excomungar e exilar aqueles que não se adequavam às suas normas. Consequência positiva: manutenção da ortodoxia e da unidade da igreja. Consequência negativa: perseguição e exclusão de indivíduos e grupos que pensavam diferente.


A igreja católica era a principal instituição de caridade e assistência social da época, o que ajudava a combater a pobreza e a desigualdade. Consequência positiva: alívio do sofrimento humano. Consequência negativa: dependência dos pobres em relação à igreja e falta de incentivo para soluções políticas e econômicas mais estruturais.


A igreja católica tinha o poder de convocar cruzadas, o que permitia a mobilização de exércitos para combater o infiel. Consequência positiva: expansão da fé cristã e combate ao islamismo. Consequência negativa: violência e massacre de povos não cristãos.


A igreja católica era uma das principais fontes de produção de conhecimento e ciência, o que permitia avanços nas áreas de medicina, astronomia, matemática, entre outras. Consequência positiva: desenvolvimento da ciência europeia. Consequência negativa: limitação da pesquisa científica pela ortodoxia religiosa.


A igreja católica era uma das principais fontes de poder político, o que permitia influenciar a tomada de decisões dos governantes. Consequência positiva: defesa dos valores cristãos na esfera pública. Consequência negativa: corrupção e manipulação da política.


A igreja católica tinha o poder de conceder indulgências, o que permitia o perdão dos pecados em troca de dinheiro. Consequência positiva: incentivo à prática religiosa e à caridade. Consequência negativa: exploração financeira dos fiéis e deturpação dos valores cristãos.


A igreja católica tinha o poder de criar e controlar as universidades, o que permitia a formação de uma elite intelectual. Consequência positiva: desenvolvimento da filosofia e da teologia cristãs. Consequência negativa: limitação do acesso à educação e ao conhecimento apenas para os privilegiados.


A igreja católica tinha o poder de proibir e censurar livros e ideias que fossem considerados heréticos ou perigosos para a fé. Consequência positiva: proteção da ortodoxia e da pureza da fé cristã. Consequência negativa: limitação da liberdade de expressão e pensamento crítico.


A igreja católica tinha o poder de impor o celibato aos padres, o que permitia a manutenção da pureza e da santidade sacerdotal. Consequência positiva: incentivo à vida religiosa e espiritualidade. Consequência negativa: repressão da sexualidade e propagação de escândalos de abuso sexual.


A igreja católica tinha o poder de canonizar santos e mártires, o que permitia a criação de modelos de santidade e inspiração para a população. Consequência positiva: valorização da vida espiritual e imitação dos santos. Consequência negativa: mitificação dos santos e incentivo à idolatria.


A igreja católica tinha o poder de realizar julgamentos e condenações por heresia, o que permitia a manutenção da ortodoxia e da unidade da igreja. Consequência positiva: defesa da pureza da fé cristã. Consequência negativa: perseguição e exclusão de indivíduos e grupos que pensavam diferente.


A igreja católica tinha o poder de impor a confissão e a penitência aos fiéis, o que permitia a purificação espiritual e a reconciliação com Deus. Consequência positiva: incentivo ao arrependimento e à vida espiritual. Consequência negativa: exploração da culpa e da penitência exagerada.


A igreja católica tinha o poder de impor as festas religiosas e os rituais, o que permitia a celebração da vida espiritual e a formação de uma identidade cultural. Consequência positiva: fortalecimento da identidade cristã e celebração da fé. Consequência negativa: imposição de rituais e celebrações desnecessárias e caras.


A igreja católica tinha o poder de criar as ordens religiosas, o que permitia a formação de comunidades de vida religiosa e espiritualidade. Consequência positiva: incentivo à vida religiosa e à busca da santidade. Consequência negativa: excesso de controle e submissão das ordens religiosas.


A igreja católica tinha o poder de impor a lei canônica, o que permitia a regulação da vida religiosa e social dos fiéis. Consequência positiva: incentivo à vida moral e ética dos cristãos. Consequência negativa: imposição de normas rígidas e inflexíveis.


A igreja católica tinha o poder de criar as dioceses e paróquias, o que permitia a organização da vida religiosa e pastoral dos fiéis. Consequência positiva: atendimento pastoral e espiritual aos fiéis.Consequência negativa: excesso de poder e controle das dioceses e paróquias sobre a vida dos fiéis.


A igreja católica tinha o poder de realizar a celebração da missa, o sacramento da Eucaristia, que era considerado o ápice da vida cristã. Consequência positiva: incentivo à vida sacramental e à participação na vida da igreja. Consequência negativa: excesso de formalismo e ritualismo na celebração da missa, que poderia afastar os fiéis menos devotos.


Em resumo, a igreja católica se tornou uma igreja poderosa na Idade Média por diversos motivos, como sua organização hierárquica, sua influência sobre a política e a cultura, seu papel na educação e na formação espiritual dos fiéis, entre outros. No entanto, esses poderes também tiveram consequências negativas, como a limitação da liberdade de pensamento e expressão, a exclusão de grupos dissidentes, a exploração da culpa e da penitência, entre outras. Portanto, é importante reconhecer que a história da igreja católica na Idade Média é complexa e multifacetada, com aspectos positivos e negativos que devem ser analisados com cuidado e discernimento.



BIBLIOGRAFIA


Caso você queira se aprofundar mais sobre o assunto, aqui vão algumas sugestões de livros que podem ser úteis:


Duffy, Eamon. Santos e pecadores: uma história dos papas. New Haven: Yale University Press, 2002.


Le Goff, Jacques. O Nascimento do Purgatório. Chicago: Universidade de Chicago Press, 1986.


Oakley, Francisco. A Igreja Ocidental na Idade Média. Londres: Methuen, 1980.


Rouse, Richard H. e Mary A. Rouse. Pregadores, Florilegia e Sermões: Estudos sobre o Manipulus Florum de Tomás da Irlanda. Toronto: Pontifício Instituto de Estudos Medievais, 1979.


Sul, Richard W. A Construção da Idade Média. New Haven: Yale University Press, 1953.



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8.7. A Igreja Católica e os Bárbaros


A Igreja Católica Romana e os Bárbaros na Alta Idade Média: Uma Introdução


Durante a Alta Idade Média, a Igreja Católica Romana desempenhou um papel fundamental na evangelização dos bárbaros que invadiram a Europa. A Igreja trabalhou arduamente para converter os bárbaros ao cristianismo e expandir o seu poder e influência em toda a Europa Ocidental.



A Conversão de Constantino e o Início da Proteção Política da Igreja


A Igreja Católica Romana começou a se tornar uma potência política durante o reinado de Constantino, que se converteu ao cristianismo em 312 d.C. A partir de então, a Igreja recebeu proteção política e legal do Império Romano, o que lhe permitiu expandir a sua influência e converter os bárbaros que invadiam o império.



São Patrício e a Evangelização da Irlanda: Um dos Maiores Trabalhos Missionários da Igreja


São Patrício, o padroeiro da Irlanda, foi um dos maiores missionários da Igreja Católica Romana durante a Alta Idade Média. Ele evangelizou a Irlanda e converteu grande parte da população irlandesa ao cristianismo. São Patrício também estabeleceu mosteiros em toda a Irlanda, que se tornaram centros de aprendizado e evangelização.



A Conversão dos Reis Bárbaros: Clóvis, o Rei dos Francos


Um dos mais importantes líderes bárbaros a se converter ao cristianismo foi Clóvis, o rei dos francos. Ele se converteu ao cristianismo em 496 d.C. e estabeleceu o cristianismo como a religião oficial do reino franco. A conversão de Clóvis foi um marco na história da Igreja Católica Romana e abriu o caminho para a conversão de outros líderes bárbaros.



A Expansão Territorial do Papado: Os Estados Papais na Itália


Durante a Alta Idade Média, a Igreja Católica Romana expandiu seu poder e influência na Europa Ocidental. A Igreja estabeleceu os Estados Papais na Itália, que se tornaram um importante centro de poder e influência na região. Os Estados Papais permitiram que a Igreja exercesse influência política sobre os governantes da região.



A Relação entre a Igreja e o Império Carolíngio: A Influência de Carlos Magno


O Império Carolíngio, fundado por Carlos Magno no século VIII, foi um importante aliado da Igreja Católica Romana. Carlos Magno foi coroado imperador pelo papa Leão III em 800 d.C. e, em troca, ele protegeu a Igreja e promoveu a conversão dos povos germânicos ao cristianismo.



A Questão das Investiduras: O Conflito entre Papado e Monarquia


Durante a Baixa Idade Média, a Igreja Católica Romana enfrentou um conflito com a monarquia sobre a nomeação de bispos e outros cargos eclesiásticos



A Ordem dos Cavaleiros Templários: O Papado e a Guerra Santa


Durante a Baixa Idade Média, a Igreja Católica Romana apoiou a criação da Ordem dos Cavaleiros Templários, uma ordem militar que defendia a cristandade e lutava nas cruzadas. A Ordem dos Cavaleiros Templários foi uma das mais poderosas organizações militares da época e desempenhou um papel importante na defesa dos interesses da Igreja.



A Inquisição: A Igreja Católica Romana e a Luta contra a Heresia


Durante a Baixa Idade Média, a Igreja Católica Romana criou a Inquisição para combater a heresia e a dissidência religiosa. A Inquisição foi responsável pela perseguição de muitos grupos religiosos, incluindo os cátaros e os valdenses. A Inquisição se tornou uma das mais temidas instituições da Igreja Católica Romana.



A Reforma Gregoriana: O Papado e a Reforma da Igreja


No século XI, a Igreja Católica Romana passou por uma reforma liderada pelo papa Gregório VII. A Reforma Gregoriana buscou reformar a Igreja, aumentar a autoridade do papado e combater a simonia (a venda de cargos eclesiásticos) e o nicolaísmo (o casamento de padres).



A Ordem dos Beneditinos: A Importância da Vida Monástica


Durante a Idade Média, a vida monástica foi uma das formas mais importantes de serviço à Igreja Católica Romana. A Ordem dos Beneditinos foi uma das mais importantes ordens monásticas da época e contribuiu para a evangelização e a educação na Europa.



A Influência da Igreja na Arte e na Arquitetura: As Catedrais Góticas


A Igreja Católica Romana foi uma importante patrocinadora da arte e da arquitetura durante a Idade Média. As catedrais góticas, como a de Notre-Dame em Paris e a de Chartres na França, foram construídas com o apoio da Igreja e se tornaram símbolos da sua influência e poder.



A Escola de Salamanca: A Igreja Católica Romana e a Teologia Moral


Durante a Baixa Idade Média, a Escola de Salamanca surgiu como um importante centro de teologia moral e filosofia. A escola foi fundada por teólogos católicos e contribuiu para o desenvolvimento da teologia moral na Igreja Católica Romana.



A Reforma Protestante: O Papado e a Perda de Influência


No século XVI, a Igreja Católica Romana enfrentou uma grande crise com a Reforma Protestante. A Reforma Protestante questionou a autoridade do papado e levou à divisão do cristianismo em várias denominações. A Igreja Católica Romana perdeu parte de sua influência e poder na Europa.



A Companhia de Jesus: A Igreja Católica Romana e a Educação


No século XVI, a Igreja Católica Romana criou a Companhia de Jesus, uma ordem religiosa dedicada à educação e ao apostolado. A Companhia de Jesus desempenhou um papel importante na expansão do catolicismo em todo o mundo, estabelecendo escolas e universidades em várias regiões.



A Contrarreforma: O Papado e a Reafirmação do Catolicismo


Após a Reforma Protestante, a Igreja Católica Romana iniciou um movimento conhecido como Contrarreforma. A Contrarreforma visava reafirmar os ensinamentos católicos e combater as ideias protestantes. A Igreja Católica Romana promoveu mudanças significativas na liturgia, na arte e na arquitetura para reafirmar sua autoridade.



O Papado e a Colonização da América Latina


Durante a era colonial, a Igreja Católica Romana desempenhou um papel importante na colonização da América Latina. Os missionários católicos ajudaram a converter muitos povos indígenas ao catolicismo e contribuíram para a expansão territorial dos países europeus na região.



A Inquisição Espanhola: A Igreja Católica Romana e o Controle Social


No século XV, a Igreja Católica Romana apoiou a criação da Inquisição Espanhola para combater a heresia e a dissidência religiosa na Espanha. A Inquisição Espanhola se tornou um instrumento poderoso de controle social, perseguindo pessoas consideradas uma ameaça à ortodoxia católica.



O Concílio de Trento: O Papado e a Reforma da Igreja


No século XVI, a Igreja Católica Romana convocou o Concílio de Trento para reformar a Igreja e combater os desafios da Reforma Protestante. O Concílio de Trento resultou em mudanças significativas na liturgia, na teologia e na organização da Igreja Católica Romana.



A Igreja Católica Romana Hoje: O Papado e a Contemporaneidade


Hoje, a Igreja Católica Romana continua sendo uma das instituições religiosas mais influentes do mundo. O papa é reconhecido como um líder global e a Igreja Católica Romana desempenha um papel importante na defesa dos direitos humanos, na promoção da justiça social e na defesa da paz mundial.



BIBLIOGRAFIA


Duffy, E. (2006). Santos e pecadores: uma história dos papas. Imprensa da Universidade de Yale.


Le Goff, J. (1984). Civilização Medieval 400-1500. Editora Blackwell.


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8.8. Principais doutrinas católicas provocativas


Introdução


A Igreja Católica foi a instituição religiosa mais poderosa durante a Idade Média. No entanto, sua autoridade e doutrinas frequentemente foram contestadas e debatidas, levando a discordâncias e divisões entre os fiéis. Neste texto, vamos explorar 20 doutrinas e práticas católicas que foram alvo de controvérsias e disputas durante a Idade Média.



A Questão das Imagens


A prática de veneração de imagens e relíquias foi um ponto de discórdia na Igreja Católica medieval. Alguns consideravam a adoração de imagens como uma forma de idolatria, enquanto outros acreditavam que elas eram uma parte importante da prática religiosa.



A Controvérsia Iconoclasta


A Controvérsia Iconoclasta foi um conflito sobre o uso de imagens religiosas na Igreja Católica do Império Bizantino. Os iconoclastas argumentavam que as imagens eram uma forma de idolatria, enquanto os iconófilos acreditavam que elas eram uma forma importante de veneração.



A Questão da Transubstanciação


A doutrina da Transubstanciação ensina que o pão e o vinho usados na Eucaristia são transformados no corpo e no sangue de Cristo. Essa doutrina foi objeto de muita discussão durante a Idade Média.



A Questão da Graça Divina


A doutrina da Graça Divina ensina que a salvação é concedida pela graça de Deus, independentemente das ações do indivíduo. No entanto, havia diferentes interpretações sobre a natureza da graça e como ela era concedida.



A Controvérsia das Investiduras


A Controvérsia das Investiduras foi um conflito entre a Igreja Católica e o Sacro Império Romano-Germânico sobre quem tinha o direito de nomear bispos e outros líderes religiosos. O conflito durou vários séculos e causou muita tensão entre a Igreja e o Estado.



A Questão da Autoridade Papal


A autoridade do Papa era frequentemente contestada durante a Idade Média. Alguns líderes religiosos e políticos acreditavam que o Papa tinha poder absoluto sobre a Igreja, enquanto outros argumentavam que ele deveria ter limitações em sua autoridade.



A Questão da Simonia


A prática de Simonia era a venda de cargos eclesiásticos, relíquias ou outras formas de favor divino. Essa prática era considerada uma forma grave de corrupção na Igreja Católica medieval e levou a muitos debates e conflitos.



A Questão da Usura


A usura é a cobrança de juros sobre empréstimos, e era frequentemente condenada pela Igreja Católica medieval. No entanto, havia diferentes interpretações sobre a natureza da usura e quando ela era aceitável.



A Questão da Inquisição


A Inquisição foi um movimento dentro da Igreja Católica para combater a heresia. No entanto, muitas pessoas foram injustamente acusadas de heresia e torturadas ou executadas durante a Inquisição, o que gerou muita controvérsia e divisão na Igreja e na sociedade em geral.



A Questão da Reforma Gregoriana


A Reforma Gregoriana foi um movimento liderado pelo Papa Gregório VII para reformar a Igreja Católica e restaurar sua autoridade. Isso incluiu medidas como a proibição da Simonia e da investidura leiga, mas também gerou muitas críticas e oposição.



A Questão das Cruzadas


As Cruzadas foram uma série de guerras santas lideradas pela Igreja Católica para recuperar a Terra Santa dos muçulmanos. No entanto, muitas pessoas criticaram as Cruzadas como uma forma de violência desnecessária e imperialismo.



A Questão da Scholasticism


A Scholasticism era uma abordagem filosófica e teológica que buscava conciliar a fé e a razão. No entanto, houve muitas críticas à Scholasticism, especialmente por parte dos místicos e dos céticos.



A Questão do Papado Avignonense


O Papado Avignonense foi um período em que o papado foi sediado em Avignon, na França, em vez de Roma. Isso gerou muita controvérsia e divisão na Igreja Católica, já que muitas pessoas acreditavam que o Papa deveria estar em Roma.



A Questão da Reforma Protestante


A Reforma Protestante foi um movimento que surgiu no século XVI como uma resposta à corrupção e às práticas questionáveis na Igreja Católica. Isso incluiu figuras como Martinho Lutero e João Calvino, que questionaram doutrinas como a salvação pela graça e a autoridade papal.



A Questão do Concílio de Trento


O Concílio de Trento foi uma série de reuniões da Igreja Católica que ocorreram entre 1545 e 1563. O objetivo do concílio era responder às críticas da Reforma Protestante e reformar a Igreja Católica. No entanto, muitas pessoas se opuseram às decisões do concílio e suas implicações para a Igreja.



A Questão do Jansenismo


O Jansenismo era um movimento teológico que enfatizava a importância da graça divina na salvação. No entanto, o Jansenismo foi condenado pela Igreja Católica como herético, levando a muitas disputas e divisões entre os fiéis.



A Questão do Galicanismo


O Galicanismo era uma doutrina que defendia a autoridade do Estado sobre a Igreja Católica. Isso levou a muitos conflitos entre a Igreja e o Estado francês durante a Idade Média.



A Questão dos Cismas


Os cismas foram divisões na Igreja Católica em que havia dois ou mais papas rivais. Isso ocorreu várias vezes ao longo da Idade Média, causando muita tensão e confusão entre os fiéis.



Conclusão


Essas foram apenas algumas das muitas questões e disputas que surgiram na Igreja Católica durante a Idade Média. Essas discordâncias e divisões muitas vezes levaram a conflitos violentos, como guerras religiosas e inquisições, e afetaram profundamente a sociedade e a política da época.


No entanto, é importante notar que nem todas as divergências levaram a conflitos sangrentos. Muitas vezes, as disputas doutrinárias e teológicas foram resolvidas por meio de concílios e debates pacíficos. Além disso, muitas dessas questões continuaram a ser debatidas e reinterpretadas ao longo dos séculos, e algumas ainda são assuntos de controvérsia na Igreja Católica atual.


Apesar das tensões e conflitos que surgiram na Igreja Católica durante a Idade Média, a Igreja permaneceu uma força unificadora na Europa e em outras partes do mundo. Seu papel como uma instituição religiosa e política influente continuou a moldar a história e a cultura ocidental até os dias de hoje.



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8.9. O Cristianismo Anabatista


Motivos que geraram rebeldias contra a Igreja Católica


Os movimentos rebeldes contra a Igreja Católica durante a Idade Média surgiram por diversos motivos. Um dos principais foi a insatisfação com o comportamento da hierarquia religiosa, que muitas vezes se envolvia em luxos e excessos em vez de viver de acordo com os princípios cristãos de humildade e simplicidade. Além disso, muitas pessoas questionavam as doutrinas e dogmas da Igreja, que nem sempre eram claros ou concordavam com as experiências cotidianas dos fiéis. Alguns movimentos também surgiram em resposta às injustiças sociais e econômicas do período, como a pobreza e a exploração da classe camponesa. Por fim, muitos desses movimentos encontraram terreno fértil entre as pessoas que procuravam um sentido mais pessoal e íntimo de conexão com Deus, em contraposição ao ritualismo formal da Igreja.



O Renascimento


O Renascimento foi um movimento cultural e intelectual que surgiu na Europa no século XIV e se estendeu até o século XVII. Esse período foi marcado por uma crescente valorização da razão e do conhecimento empírico em contraposição à autoridade da Igreja Católica. O Renascimento trouxe consigo uma nova visão do mundo, baseada no humanismo, na ciência e na arte, que levou a um aumento do pensamento crítico e da busca pela verdade. Esse ambiente intelectual fértil foi fundamental para o surgimento de movimentos rebeldes contra a Igreja Católica, que passou a ser vista como uma instituição opressora e conservadora. Além disso, a disseminação da imprensa e a tradução da Bíblia para as línguas vernáculas permitiram que as pessoas tivessem acesso direto às Escrituras e começassem a questionar as interpretações da Igreja. Esses fatores foram cruciais para o surgimento da Reforma Protestante no século XVI e a subsequente fragmentação do cristianismo no Ocidente.



Os cátaros: uma heresia na região de Languedoc


Os cátaros eram um movimento religioso dissidente que emergiu na região de Languedoc, na França, no século XI. Eles rejeitavam muitos dos dogmas da Igreja Católica e pregavam uma vida simples e humilde. Os líderes cátaros foram perseguidos pela Igreja Católica e pela Inquisição, que os consideravam uma ameaça à ordem estabelecida.



João Hus e a Reforma da Boêmia


João Hus foi um teólogo e reformador religioso que viveu na Boêmia, no século XV. Ele pregava a necessidade de reformar a Igreja Católica e acabar com a corrupção que permeava a instituição. Suas ideias influenciaram a Reforma Protestante, mas ele foi condenado à morte na fogueira pela Igreja Católica em 1415.



Os valdenses: uma comunidade rebelde nos Alpes


Os valdenses eram um grupo de cristãos que viviam nos Alpes, na França e na Itália, no século XII. Eles rejeitavam muitos dos dogmas da Igreja Católica e pregavam uma vida simples e humilde. Os valdenses foram perseguidos pela Igreja Católica, mas conseguiram se manter como uma comunidade rebelde por muitos anos.



John Wycliffe e a Reforma Inglesa


John Wycliffe foi um teólogo e reformador religioso que viveu na Inglaterra, no século XIV. Ele pregava a necessidade de reformar a Igreja Católica e traduziu a Bíblia para o inglês, para que mais pessoas pudessem lê-la. Suas ideias influenciaram a Reforma Protestante e ele foi considerado um herege pela Igreja Católica.



Os hussitas e a Guerra dos 30 anos


Os hussitas eram um grupo de cristãos que se inspiraram nas ideias de João Hus e lutaram por reformas na Igreja Católica na Boêmia, no século XV. Eles foram perseguidos pela Igreja Católica e pela nobreza local, mas conseguiram se manter como uma comunidade rebelde por muitos anos. A Guerra dos 30 anos foi um conflito religioso que envolveu os hussitas e outras facções religiosas na Europa, no século XVII.



O cisma do Oriente: a divisão da Igreja Ortodoxa


O cisma do Oriente foi um evento histórico que ocorreu no século XI e que levou à divisão da Igreja Ortodoxa e da Igreja Católica. As diferenças teológicas e culturais entre as duas igrejas culminaram em um conflito que resultou na separação definitiva. Os líderes da Igreja Ortodoxa rejeitaram a autoridade do papa e alegaram que a igreja deveria ser liderada pelos bispos.



Os lollardos: uma seita rebelde na Inglaterra


Os lollardos foram um movimento religioso dissidente que emergiu na Inglaterra, no século XIV. Eles rejeitavam muitos dos dogmas da Igreja Católica e pregavam uma vida simples e humilde. Os líderes lollardos foram perseguidos pela Igreja Católica e pelo Estado, que consideravam a seita uma ameaça à ordem estabelecida.



Os cátaros: uma seita dissidente na França


Os cátaros foram um movimento religioso dissidente que emergiu no sul da França, no século XII. Eles rejeitavam muitos dos dogmas da Igreja Católica e pregavam uma vida simples e ascética. Os líderes cátaros foram perseguidos pela Igreja Católica e pelo Estado, que consideravam a seita uma ameaça à ordem estabelecida.



Os valdenses: uma seita dissidente na Itália


Os valdenses foram um movimento religioso dissidente que emergiu no norte da Itália, no século XII. Eles rejeitavam muitos dos dogmas da Igreja Católica e pregavam uma vida simples e humilde. Os líderes valdenses foram perseguidos pela Igreja Católica e pelo Estado, que consideravam a seita uma ameaça à ordem estabelecida.



Os hussitas: uma seita rebelde na Boêmia


Os hussitas foram um movimento religioso dissidente que emergiu na Boêmia, no século XV. Eles seguiam as ideias do reformador religioso Jan Huss, que criticava muitos dos dogmas e práticas da Igreja Católica. Os líderes hussitas foram perseguidos pela Igreja Católica e pelo Estado, mas conseguiram manter uma presença significativa na região.



Os irmãos morávios: uma seita radical na Europa central


Os irmãos morávios foram um movimento religioso dissidente que emergiu na Europa central, no século XV. Eles pregavam uma vida simples e humilde, baseada na comunidade e na partilha de bens. Os líderes morávios foram perseguidos pela Igreja Católica e pelo Estado, mas conseguiram manter uma presença significativa na região.



Os waldenses: uma seita dissidente na Itália


Os waldenses foram um movimento religioso dissidente que emergiu no norte da Itália, no século XII. Eles rejeitavam muitos dos dogmas da Igreja Católica e pregavam uma vida simples e humilde. Os líderes waldenses foram perseguidos pela Igreja Católica e pelo Estado, que consideravam a seita uma ameaça à ordem estabelecida.



Os muçulmanos: uma religião dissidente na Arábia


O Islã foi um movimento religioso que emergiu na Arábia, no século VII. Ele foi fundado pelo profeta Maomé, que pregava a unidade de Deus e a submissão à sua vontade. SO seguidos pelos líderes religiosos de Meca e enfrentaram muita resistência no início, mas eventualmente conseguiram conquistar a península arábica e espalhar sua religião pelo mundo.



Em resumo, a Idade Média foi um período de grande conflito entre a Igreja Católica e os movimentos religiosos dissidentes que surgiram em toda a Europa e no Oriente Médio. Muitos desses movimentos rejeitavam os dogmas e práticas da Igreja e pregavam uma vida simples e humilde, o que os colocava em conflito com a hierarquia religiosa e o Estado. Alguns desses movimentos foram violentamente reprimidos, enquanto outros conseguiram sobreviver e até mesmo prosperar apesar da perseguição. Em muitos casos, esses movimentos ajudaram a lançar as bases para a Reforma Protestante, que mudou radicalmente a paisagem religiosa da Europa no século XVI.




BIBLIOGRAFIA


  • Duffy, E. (1992). O despojamento dos altares: Religião tradicional na Inglaterra, 1400-1580. Imprensa da Universidade de Yale
  • Le Goff, J. (1984). Civilização medieval, 400-1500. Wiley-Blackwell.
  • Moody, T. W., Martin, F. X., & Byrne, F. J. (2005). Uma Nova História da Irlanda: Volume II, Irlanda Medieval 1169-1534. Oxford University Press.
  • Runciman, S. (1990). A manequia medieval: Um estudo da heresia dualista cristã. Imprensa da Universidade de Cambridge.
  • Runciman, S. (2005). As Cruzadas através dos olhos árabes. Saqi Livros.
  • Sul, R. W. (1990). A sociedade ocidental e a Igreja na Idade Média. Penguin Livros.
  • Sumpção, J. (1999). A Cruzada Albigense. Faber & Faber.
  • Verbruggen, J. F. (1999). A arte da guerra na Europa Ocidental durante a Idade Média: Do século VIII a 1340. Boydell Imprensa.
  • Walsham, A. (2011). A Reforma e "O Desencanto do Mundo" Reavaliados. História da Igreja, 80(4), 675-695.



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8.10. A Teologia e a Filosofia


A FILOSOFIA NA IDADE MÉDIA:


Introdução à filosofia na Idade Média: A Idade Média foi um período de transição da Antiguidade para a modernidade, marcado por profundas transformações culturais e religiosas. A filosofia desse período tem como característica principal a união entre fé e razão, representada pela Escolástica.


A Escolástica e a união entre fé e razão: A Escolástica foi um movimento intelectual que dominou a filosofia na Idade Média. Sua principal característica foi a tentativa de conciliar a fé cristã com a razão filosófica, usando principalmente a filosofia de Aristóteles.


Santo Agostinho e a filosofia cristã: Santo Agostinho foi um dos filósofos mais influentes da Idade Média, que desenvolveu uma filosofia cristã baseada na noção de que a verdadeira felicidade só pode ser encontrada em Deus.


Tomás de Aquino e a Síntese Tomista: Tomás de Aquino foi um filósofo e teólogo que procurou unificar a filosofia de Aristóteles com a teologia cristã, criando a Síntese Tomista, que se tornou uma das mais importantes doutrinas da Igreja Católica.


A influência de Avicena e Averróis na filosofia medieval: Avicena e Averróis foram dois filósofos árabes que influenciaram profundamente a filosofia medieval, especialmente no que diz respeito à relação entre a fé e a razão.


Guilherme de Ockham e o nominalismo: Guilherme de Ockham foi um filósofo medieval que desenvolveu a teoria do nominalismo, que questionava a existência de entidades abstratas e defendia que só podemos conhecer coisas concretas e individuais.


A influência da filosofia islâmica na Idade Média: A filosofia islâmica teve uma grande influência na filosofia medieval, especialmente no que diz respeito à lógica e à metafísica.


A crise do final da Idade Média: No final da Idade Média, a filosofia escolástica entrou em crise, devido ao surgimento de novas correntes filosóficas, como o humanismo e o nominalismo, que questionavam as bases da filosofia medieval.


A importância da filosofia medieval para a filosofia contemporânea: A filosofia medieval teve uma grande importância para o desenvolvimento da filosofia contemporânea, especialmente no que diz respeito à ética, à teoria do conhecimento e à metafísica.


Conclusão: A filosofia medieval foi um período de grande riqueza e complexidade, que deixou um legado importante para a filosofia ocidental.




TEOLOGIA NA IDADE MÉDIA:


Introdução à teologia na Idade Média: A teologia na Idade Média teve uma importância fundamental para a cultura e a compreensão da fé cristã durante esse período. A teologia medieval foi marcada por debates e disputas teológicas, bem como por uma forte influência da filosofia escolástica.


A patrística e a formação da teologia medieval: A teologia medieval teve suas raízes na patrística, período em que os primeiros teólogos cristãos buscaram desenvolver uma compreensão da doutrina cristã baseada nos textos bíblicos e nos ensinamentos dos pais da Igreja.


A importância da teologia agostiniana na Idade Média: Santo Agostinho foi um dos principais teólogos da Idade Média, e sua obra teve uma grande influência no pensamento teológico desse período, especialmente na doutrina da graça divina.


A teologia escolástica e a síntese entre fé e razão: A teologia escolástica surgiu no século XII e buscou conciliar a fé cristã com a razão filosófica, principalmente por meio da obra de Tomás de Aquino e sua Síntese Tomista.


O papel da teologia no desenvolvimento da filosofia medieval: A teologia medieval teve um papel fundamental no desenvolvimento da filosofia desse período, influenciando e sendo influenciada pelas correntes filosóficas que surgiram durante a Idade Média.


O surgimento das ordens mendicantes e sua influência na teologia: As ordens mendicantes, como os franciscanos e dominicanos, tiveram um papel fundamental na teologia medieval, com seus membros se dedicando ao estudo da teologia e à pregação da fé.


A disputa sobre as indulgências e a Reforma Protestante: A disputa sobre as indulgências, que prometiam a remissão de pecados em troca de doações à Igreja, foi um dos fatores que levaram à Reforma Protestante, marcando um momento de ruptura na teologia e na Igreja cristã.


A influência da teologia islâmica na Idade Média: A teologia islâmica teve uma grande influência na teologia medieval, especialmente no que diz respeito à filosofia e à metafísica.


O surgimento da teologia mística e sua importância na Idade Média: A teologia mística surgiu na Idade Média como uma corrente que buscava uma experiência direta com Deus, e teve uma grande importância para a espiritualidade cristã desse período.


Conclusão: A teologia na Idade Média foi um período de grande riqueza e complexidade, que deixou um legado importante para a teologia e a cultura ocidental como um todo.



Bibliografia:


  • McGrath, A. (2007). Teologia sistemática: História e doutrina da fé cristã. Shedd Publicações.
  • Pelikan, J. (1988). A tradição cristã: Uma história das doutrinas da Igreja. Editora Vozes.
  • Ratzinger, J. (1996). Introdução ao cristianismo. Herder.
  • Schmitt, J. C. (2002). Teologia medieval. Editora Unisinos.
  • Souza, R. C. de. (2017). Teologia e filosofia: Perspectivas medievais. Editora Vozes.



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8.11. A Santa Inquisição


A Santa Inquisição foi um tribunal eclesiástico estabelecido pela Igreja Católica na Idade Média, com o objetivo de perseguir e punir aqueles que eram considerados hereges. Ela começou no século XIII e durou até o século XIX, embora tenha atingido seu pico no século XVI.

A Inquisição tinha como objetivo principal combater a heresia, que era vista como uma ameaça à fé e à ordem social. Acreditava-se que os hereges estavam corrompendo as pessoas com suas ideias e que isso poderia levar à perda da salvação eterna. A Inquisição também visava promover a unidade da Igreja Católica e fortalecer o poder do Papa.

No entanto, a Inquisição também teve consequências terríveis. Milhares de pessoas foram presas, torturadas e executadas, muitas vezes com base em acusações falsas ou infundadas. Aqueles que eram considerados hereges incluíam judeus, muçulmanos, protestantes e outras pessoas que não seguiam a ortodoxia católica.

Além disso, a Inquisição teve um impacto negativo na sociedade como um todo. A perseguição e a intolerância geraram medo e desconfiança entre as pessoas, o que levou a um clima de violência e ódio. A Inquisição também foi usada como uma ferramenta política para controlar e reprimir dissidentes, o que levou à limitação da liberdade de expressão e à censura.

Em resumo, a Santa Inquisição foi um período sombrio da história da humanidade, marcado pela intolerância, violência e opressão. Embora tenha sido justificada como uma tentativa de preservar a ortodoxia católica, a Inquisição causou mais mal do que bem, e suas consequências negativas ainda são sentidas até hoje.


BIBLIOGRAFIA 

  • "A Inquisição: Um Estudo Histórico" de Henry Charles Lea
  • "História da Inquisição na Espanha" de Marcelino Menéndez y Pelayo
  • "O Tribunal da Santa Inquisição" de António Baião
  • "Inquisição: O Reinado do Medo" de Toby Green
  • "A Inquisição: Uma História" de Edward Peters
  • "Inquisição: Tortura e Morte no Labirinto da Justiça" de Robert Muchembled
  • "A Inquisição: Um Tribunal de Misericórdia e Piedade" de John Edwards
  • "A Inquisição: O Papado e as Heregias na Idade Média" de Jean Guiraud
  • "O Tribunal do Santo Ofício da Inquisição em Portugal: Sua Origem e Estatutos" de António Borges Coelho.



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8.12. O Cristianismo anabatista radical


Os Anabatistas radicais foram um movimento religioso surgido durante a Reforma Protestante do século XVI na Europa. Eles se separaram dos reformadores luteranos e calvinistas, criticando a igreja estatal e defendendo a separação completa entre igreja e estado.


Os Anabatistas radicais acreditavam na necessidade de uma reforma mais profunda e radical da igreja, que incluía a rejeição do batismo infantil, a exigência de um batismo adulto consciente e a adoção do pacifismo e da não resistência ao mal.


Esse movimento teve início na cidade suíça de Zurique, liderado por Conrad Grebel e seus seguidores, mas rapidamente se espalhou para outras partes da Europa, como a Alemanha e a Holanda. Eles também tiveram antecessores, como os Waldenses, Hussitas e os Irmãos Boêmios.


Os Anabatistas radicais foram perseguidos por sua fé e práticas religiosas. A igreja estatal e as autoridades civis viam seus ensinamentos como uma ameaça à ordem social e política, considerando-os hereges e rebeldes. Eles foram submetidos a uma série de perseguições, incluindo prisões, torturas e execuções.


Apesar das perseguições, os Anabatistas radicais conseguiram estabelecer comunidades de fiéis em várias partes da Europa, onde viviam de forma pacífica e comunitária, ajudando uns aos outros e aos necessitados. Alguns desses grupos, como os menonitas e os amish, ainda existem atualmente em várias partes do mundo.



NA IDADE MÉDIA


Durante a Idade Média, os cristãos não católicos eram frequentemente chamados de "hereges" pela Igreja Católica. A Igreja considerava que esses grupos desviavam dos ensinamentos da doutrina católica e, portanto, eram considerados ameaças à autoridade e à ortodoxia da Igreja.


Entre os movimentos que estabeleceram durante a Idade Média, mesmo sob a perseguição católica, podemos citar:


Os valdenses: um movimento surgido no século XII na França que pregava uma vida de simplicidade e pobreza e a rejeição do luxo e da corrupção da Igreja.


Os cátaros: um movimento surgido no século XII no sul da França que rejeitava a autoridade da Igreja e defendia a dualidade entre o bem e o mal, o espiritual e o material.


Os hussitas: um movimento surgido no século XV na Boêmia que se opunha à corrupção e à riqueza da Igreja, defendia a comunhão sob as duas espécies e a tradução da Bíblia para as línguas vernáculas.


Os albigenses: um movimento surgido no sul da França no século XIII que rejeitava o luxo e a corrupção da Igreja e defendia uma vida simples e pobre.


Os lollardos: um movimento surgido na Inglaterra no século XIV que pregava a reforma da Igreja e a tradução da Bíblia para as línguas vernáculas.


Os waldenses: um movimento surgido no século XII na Itália que pregava a vida simples e a pobreza e a rejeição do luxo e da corrupção da Igreja.


Os irmãos boêmios: um movimento surgido no século XIV na Boêmia que rejeitava a riqueza e a corrupção da Igreja e defendia uma vida simples e pobre.


Os beguinos: um movimento surgido no século XII na Bélgica que defendia uma vida simples e comunitária, semelhante a um monastério, mas sem votos religiosos.


Os fraticelli: um movimento surgido no século XIII na Itália que rejeitava a autoridade papal e defendia uma vida de pobreza e simplicidade.


Os arnoldistas: um movimento surgido no século XII na Alemanha que defendia a reforma da Igreja e uma vida simples e pobre.


Os iogues da Boêmia: um movimento surgido no século XIV na Boêmia que defendia a vida simples e a pobreza, a prática da oração e a contemplação.


Os gibelinos: um movimento surgido na Itália no século XIII que rejeitava a autoridade papal e defendia o poder dos reis e príncipes seculares.


Os lulistas: um movimento surgido na Holanda no século XV que rejeitava a autoridade papal e defendia a interpretação individual da Bíblia.


Os apostólicos: um movimento surgido na Itália no século XIII que rejeitava a Igreja Católica e defendia uma vida simples e pobre, a igualdade entre os sexos e a comunhão sob as duas espécies.


Os brüderhofs: um movimento surgido no século XVI na Alemanha que defendia a vida comunitária e a igualdade entre todos os membros da comunidade, além da rejeição do mundo e do luxo.


Esses movimentos enfrentaram a perseguição e a repressão da Igreja Católica, que considerava esses grupos como uma ameaça à sua autoridade e à sua ortodoxia. Muitos membros desses movimentos foram presos, torturados e executados pela Inquisição, que foi criada pela Igreja para combater a heresia. No entanto, apesar da perseguição, muitos desses movimentos conseguiram sobreviver e deixar um legado importante para a história da igreja e da sociedade.


BIBLIOGRAFIA 

  • Lea, Henry Charles. A History of the Inquisition of the Middle Ages. Harper & Brothers, 1888.
  • McGinn, Bernard. Heresy and Authority in Medieval Europe. University of Pennsylvania Press, 1980.
  • Wakefield, Walter L. Heresy, Crusade and Inquisition in Southern France, 1100-1250. University of California Press, 1974.
  • Hamilton, Bernard. The Medieval Inquisition. Holmes & Meier Publishers, 1981.
  • Kieckhefer, Richard. Repression of Heresy in Medieval Germany. University of Pennsylvania Press, 1979.
  • Hsia, R. Po-chia. The World of Catholic Renewal, 1540-1770. Cambridge University Press, 2005.
  • Kamen, Henry. The Spanish Inquisition: A Historical Revision. Yale University Press, 1999.
  • Le Roy Ladurie, Emmanuel. Montaillou: The Promised Land of Error. George Braziller, 1978.
  • Peters, Edward. Inquisition. University of California Press, 1989.
  • Russell, Jeffrey Burton. Dissent and Reform in the Early Middle Ages. University of California Press, 1965.



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8.13. As Cruzadas


As Cruzadas Católicas foram uma série de expedições militares iniciadas no século XI com o objetivo de recuperar a Terra Santa (Jerusalém e a região circundante) dos muçulmanos e expandir a influência cristã na região. Elas foram realizadas sob a bandeira da Igreja Católica Romana, que promoveu as cruzadas como uma forma de proteger os cristãos do Oriente e defender a fé cristã contra os infiéis.


A primeira cruzada foi convocada pelo Papa Urbano II em 1095 e durou de 1096 a 1099. Seu objetivo principal era recuperar a cidade sagrada de Jerusalém das mãos dos muçulmanos. A cruzada foi liderada por vários líderes, incluindo Godofredo de Bouillon, Roberto II da Normandia, Boemundo de Taranto e Raimundo IV de Toulouse. A cruzada foi bem-sucedida em capturar Jerusalém em 1099.


A segunda cruzada ocorreu de 1147 a 1149 e foi convocada pelo Papa Eugênio III. Ela foi liderada pelo rei Luís VII da França e pelo imperador Conrado III da Alemanha. O objetivo era recuperar Edessa, que havia sido perdida para os muçulmanos em 1144. No entanto, a cruzada foi um fracasso e Edessa permaneceu sob controle muçulmano.


A terceira cruzada ocorreu de 1189 a 1192 e foi liderada por três monarcas europeus: Ricardo I da Inglaterra, Filipe II da França e Frederico I da Alemanha. O objetivo era recuperar Jerusalém, que havia sido capturada pelo sultão Saladino em 1187. A cruzada terminou em um acordo de paz que permitiu o acesso de cristãos a Jerusalém, mas a cidade permaneceu sob controle muçulmano.


A quarta cruzada ocorreu de 1202 a 1204 e foi convocada pelo Papa Inocêncio III. O objetivo era recuperar Jerusalém, mas a cruzada acabou se desviando para Constantinopla, que foi saqueada pelos cruzados. Isso resultou na divisão da Igreja Ortodoxa e na criação do Império Latino.


Além dessas quatro cruzadas principais, houve outras menores, incluindo a cruzada das crianças em 1212 e a cruzada dos pastores em 1320. As cruzadas foram caracterizadas por uma mistura de motivações religiosas e políticas, bem como por uma série de atrocidades cometidas contra muçulmanos, judeus e cristãos ortodoxos.


Em resumo, as Cruzadas Católicas foram uma série de expedições militares convocadas pela Igreja Católica Romana com o objetivo de recuperar a Terra Santa dos muçulmanos e expandir a influência cristã na região. Elas ocorreram principalmente entre os séculos XI e XIII e foram lideradas por vários líderes, incluindo monarcas europeus e nobres. As cruzadas foram caracterizadas por uma mistura de motivações religiosas e políticas, bem como por uma série de atrocidades cometidas contra muçulmanos, judeus e cristãos ortodoxos.



MOTIVAÇÕES PRIMÁRIAS OU SECUNDÁRIAS


Os motivos primários para as Cruzadas foram, em grande parte, motivos religiosos. A Igreja Católica acreditava que a recuperação da Terra Santa era um dever sagrado dos cristãos, e que a guerra santa era uma forma de expiação dos pecados. Além disso, a Igreja estava preocupada com a expansão do Islã e via as Cruzadas como uma forma de limitar seu avanço e expandir a influência cristã na região.


No entanto, os historiadores apontam que havia muitos motivos secundários para as Cruzadas, incluindo:


Motivações políticas: muitos líderes europeus viram as Cruzadas como uma forma de consolidar seu poder e ampliar seus territórios, ao mesmo tempo em que aumentavam sua reputação e prestígio. Além disso, as Cruzadas ofereciam a oportunidade de se livrar de nobres e cavaleiros indesejáveis, enviando-os para longe em busca de aventuras na Terra Santa.


Motivações econômicas: as Cruzadas também foram impulsionadas por razões econômicas, como a busca por novos mercados e rotas comerciais, bem como a esperança de obter riquezas através do saque de cidades e territórios inimigos.


Motivações sociais: as Cruzadas também tiveram um forte apelo para muitos camponeses e pobres, que viram a oportunidade de melhorar suas vidas através do saque e pilhagem das cidades e territórios inimigos. Além disso, muitos cavaleiros e nobres viram as Cruzadas como uma forma de escapar da monotonia da vida feudal e buscar aventuras emocionantes.


Motivações religiosas internas: as Cruzadas também foram motivadas por questões religiosas internas da Europa, como a necessidade de unir as várias igrejas cristãs e acabar com as heresias e cismas. As Cruzadas também foram usadas como uma forma de afastar a atenção das tensões internas e conflitos na Europa.


Em resumo, os historiadores apontam que as Cruzadas foram motivadas por uma série de fatores, incluindo motivações religiosas, políticas, econômicas e sociais. No entanto, a religião foi, sem dúvida, o principal fator que impulsionou a convocação e a realização das Cruzadas.


BIBLIOGRAFIA 

  • "As Cruzadas: Uma História" de Jonathan Phillips - Este livro oferece uma visão geral das Cruzadas e discute as motivações, líderes e eventos chave que ocorreram durante as cruzadas.
  • "As Cruzadas Contadas Para Quem Não Sabe Nada Sobre Elas" de Christopher Tyerman - Este livro é uma introdução acessível e informativa às Cruzadas e explora os principais temas e personagens envolvidos nessas campanhas militares.
  • "As Cruzadas Através das Fontes" de Maureen Purcell e Mary Purcell - Este livro é uma coleção de fontes históricas primárias, incluindo diários, cartas e relatos de testemunhas oculares, que oferecem uma visão autêntica e vívida das Cruzadas.
  • "Os Templários: História e Mito" de Michael Haag - Este livro se concentra na história dos Templários, a ordem militar que desempenhou um papel significativo nas Cruzadas, e explora as muitas lendas e mitos que cercam essa ordem.
  • "O Oriente Médio e as Cruzadas" de Benjamin Z. Kedar - Este livro é uma análise detalhada dos aspectos políticos, sociais e culturais das Cruzadas e seu impacto duradouro na região do Oriente Médio.



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8.14. O Renascentismo Cultural


O Renascimento foi um movimento cultural e intelectual que ocorreu na Europa entre os séculos XIV e XVI. Ele foi caracterizado por uma retomada do interesse pelas artes, ciências, filosofia e literatura da Antiguidade clássica, especialmente a grega e a romana.


As principais causas que promoveram o Renascimento foram a recuperação de obras clássicas e a disseminação de novas ideias por meio da imprensa. O contato com o mundo árabe, a expansão do comércio e o florescimento das cidades também foram fatores que contribuíram para o Renascimento.


O Renascimento teve importantes consequências culturais, políticas, econômicas e religiosas. Culturalmente, ele promoveu um novo ideal de humanismo, que valorizava a razão, a ciência e a arte. Os artistas renascentistas buscavam retratar a realidade de forma mais precisa e naturalista, e desenvolveram novas técnicas e estilos artísticos, como a perspectiva, o claro-escuro e a anatomia.


Politicamente, o Renascimento foi marcado pelo surgimento dos Estados nacionais e pela centralização do poder. Os governantes passaram a patrocinar artistas e intelectuais para promover sua imagem e legitimidade. Economicamente, o Renascimento foi um período de intensificação do comércio e do desenvolvimento das atividades manufatureiras, especialmente na Itália.


Religiosamente, o Renascimento foi um período de questionamento e reforma. A Igreja Católica perdeu parte de sua influência, e surgiram novos movimentos religiosos, como o protestantismo. O humanismo renascentista também enfatizava a importância da razão e da liberdade de pensamento, o que contribuiu para a secularização da sociedade.


Em resumo, o Renascimento foi um período de grande transformação na cultura europeia, que influenciou profundamente a arte, a ciência, a filosofia e a política. Ele marcou a transição da Idade Média para a Idade Moderna e deixou um legado duradouro na cultura ocidental.



NOMES NA CULTURA E POLÍTICA


Existem muitos nomes que são considerados essenciais ao Renascimento na arte, cultura, política e social. Abaixo estão alguns dos mais importantes:


Arte:

Leonardo da Vinci: pintor, escultor, inventor, engenheiro e cientista, que é considerado um dos maiores gênios do Renascimento.

Michelangelo: escultor, pintor, arquiteto e poeta, que é famoso por suas obras-primas, como a estátua de Davi e a Capela Sistina.

Rafael: pintor e arquiteto, que é conhecido por suas obras de arte clássicas e harmoniosas, como a "Escola de Atenas".

Sandro Botticelli: pintor que é famoso por suas obras de arte mitológicas e religiosas, como "O Nascimento de Vênus" e "A Primavera".


Cultura:

Francesco Petrarca: poeta e humanista italiano, que é conhecido como o pai do Humanismo e um dos primeiros a promover a redescoberta das obras clássicas.

Desiderius Erasmus: humanista holandês, que foi um dos principais líderes do movimento humanista do norte da Europa.

William Shakespeare: dramaturgo inglês, que é considerado o maior escritor da língua inglesa e um dos mais importantes da literatura ocidental.


Política:

Maquiavel: filósofo, escritor e político italiano, que é conhecido por seu livro "O Príncipe", que analisa a natureza do poder político e as estratégias de governança.

Thomas More: filósofo e escritor inglês, que é conhecido por seu livro "Utopia", que apresenta um modelo ideal de sociedade e governo.


Social:

Galileu Galilei: físico e astrônomo italiano, que é conhecido por suas descobertas revolucionárias na ciência, incluindo a lei da queda dos corpos e o uso do telescópio para observar o espaço.

Martinho Lutero: monge e teólogo alemão, que liderou a Reforma Protestante e promoveu a liberdade religiosa e a tradução da Bíblia para a língua vernácula.

Esses são apenas alguns dos principais nomes que foram essenciais ao Renascimento na arte, cultura, política e social. Há muitos outros artistas, escritores, cientistas, filósofos e líderes que tiveram um papel importante nesse período de grande mudança e transformação na história ocidental.



NOMES NA RELIGIÃO


O Renascimento foi um período de transformação e mudança em muitos aspectos, incluindo na religião. Abaixo estão alguns nomes importantes na religião durante o Renascimento:


Desiderius Erasmus: humanista holandês e teólogo, que questionou a autoridade da Igreja Católica e defendeu uma interpretação mais pessoal e individual da Bíblia.

Martinho Lutero: monge alemão e teólogo, que liderou a Reforma Protestante e questionou as práticas da Igreja Católica, como a venda de indulgências.

João Calvino: teólogo francês, que foi um dos líderes da Reforma Protestante e fundou a Igreja Reformada.

Teresa de Ávila: mística espanhola e escritora, que foi uma das mais importantes reformadoras do Carmelo e promoveu uma vida religiosa mais contemplativa e espiritual.

Ignácio de Loyola: sacerdote espanhol e fundador da Companhia de Jesus, que promoveu a defesa da fé católica e a expansão do cristianismo por meio da educação e da missão.

Esses são apenas alguns dos nomes mais importantes na religião durante o Renascimento. É importante notar que este período foi marcado por uma grande diversidade de pensamento e crença, e muitos outros teólogos, escritores e líderes religiosos tiveram um papel significativo nesse contexto.


BIBLIOGRAFIA 

  • "O mundo do Renascimento" (J. R. Hale)
  • "Renascimento" (Paul Johnson)
  • "A civilização do Renascimento na Itália" (Jacob Burckhardt)
  • "A era dos prodígios" (Johan Huizinga)
  • "Leonardo da Vinci" (Walter Isaacson)
  • "Michelangelo e a arte da anatomia" (Cristina Acidini)
  • "O Príncipe" (Maquiavel)
  • "Utopia" (Thomas More)
  • "A rebelião das massas" (José Ortega y Gasset)
  • "A Reforma Protestante" (Carlos E. Cardoza-Orlandi)



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8.15. As Religiões pelos continentes



Durante o período do Renascimento (séculos XIV a XVII), as principais religiões do mundo estavam passando por diferentes transformações e desafios. Na Europa, o cristianismo era a religião predominante e estava dividido em duas principais vertentes: o catolicismo e o protestantismo. A Reforma Protestante, liderada por figuras como Martinho Lutero e João Calvino, questionou muitas das doutrinas e práticas da Igreja Católica e levou a uma série de conflitos religiosos na Europa.


No Oriente Médio, o Islã era a religião dominante e estava passando por um período de expansão sob o Império Otomano. No entanto, o islamismo também estava dividido em diferentes escolas de pensamento, e havia tensões entre os sunitas e os xiitas. Além disso, havia uma série de minorias religiosas, como os cristãos e judeus, que viviam sob o domínio muçulmano.


Na Ásia, havia uma variedade de religiões, incluindo o hinduísmo, o budismo e o taoísmo. Na Índia, o hinduísmo estava se desenvolvendo sob o domínio dos impérios Mogol e Maratha, mas também havia conflitos religiosos entre hindus e muçulmanos. O budismo, que havia sido a religião dominante em muitas partes da Ásia, estava em declínio, mas ainda era praticado em muitos países, como China, Japão e Tailândia.


Na África, havia uma variedade de religiões animistas e tribais, que eram praticadas por diferentes grupos étnicos. No entanto, a chegada dos europeus ao continente levou a uma série de conflitos religiosos e tentativas de conversão forçada ao cristianismo.


Na América, havia uma variedade de religiões indígenas, que estavam sendo suprimidas pelos colonizadores europeus. No entanto, a chegada dos europeus também trouxe o cristianismo para o continente, e havia uma variedade de denominações cristãs sendo praticadas em diferentes países, como a Igreja Católica na América Latina e o puritanismo nas colônias inglesas da América do Norte.



BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

  • Brotton, Jerry. O Renascimento: Uma Introdução Muito Curta. Oxford University Press, 2006.
  • Armstrong, Karen. Islã: Uma Breve História. Biblioteca Moderna, 2002.
  • Singh, Upinder. Uma História da Índia Antiga e Medieval Primitiva: Da Idade da Pedra ao Século 12. Pearson Educação, 2008.
  • Ebrey, Patrícia Buckley. A História Ilustrada de Cambridge da China. Cambridge University Press, 2010.
  • Trimingham, J. Spencer. A Influência do Islã sobre a África. Edinburgh University Press, 2002.
  • Hobsbawm, Eric J. A Era da Revolução: Europa 1789-1848. Ábaco, 2008.
  • Gonzalez, Justo L. A História do Cristianismo: A Igreja Primitiva até os Dias Atuais. HarperOne, 2010.
  • Gatilho, Bruce G. Uma História do Pensamento Arqueológico. Cambridge University Press, 2006.
  • Boahen, A. Adu. África sob dominação colonial 1880-1935. Editora da Universidade da Califórnia, 1985.
  • Pohl, J. Otto. A Reforma Católica. Routledge, 2005.


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8.16. Os principais crimes do Cristianismo


  1. A Inquisição: Um dos crimes mais conhecidos da baixa idade média foi a Inquisição, um tribunal criado pela Igreja Católica para perseguir e punir aqueles que supostamente não seguiam os dogmas da religião. Muitas pessoas foram torturadas, condenadas à morte ou queimadas vivas durante esse período.

  2. Cruzadas: Outro exemplo de violação dos direitos humanos foi a Cruzada, que envolveu a invasão e a conquista de territórios não cristãos. Os líderes cristãos usaram a religião como justificativa para a guerra, matando e escravizando milhares de pessoas.

  3. Antissemitismo: O antissemitismo também foi uma forma de violação dos direitos humanos durante a baixa idade média, especialmente nos períodos de Páscoa e Natal. Judeus eram acusados de crimes, perseguidos e mortos por serem considerados inimigos de Deus.

  4. Perseguição aos cátaros: Os cátaros eram uma seita religiosa que se opunha ao dogma da Igreja Católica. Eles foram perseguidos e mortos em massa pelos líderes cristãos, que viam os cátaros como uma ameaça à sua autoridade.

  5. Guerra dos Camponeses: Durante a baixa idade média, ocorreram muitas revoltas camponesas contra a nobreza e a Igreja. A Guerra dos Camponeses foi uma dessas revoltas, em que muitos líderes cristãos mataram e torturaram os camponeses que se rebelaram contra eles.

  6. Perseguição às mulheres: As mulheres foram frequentemente perseguidas durante a baixa idade média, especialmente aquelas que eram consideradas bruxas ou hereges. Elas eram acusadas de crimes que não haviam cometido e sofriam punições cruéis.

  7. Apropriação indébita de bens: A Igreja Católica frequentemente se apropriava indevidamente de bens e propriedades que pertenciam a outras pessoas, justificando essa prática com base em sua autoridade religiosa.

  8. Perseguição aos judeus na Espanha: Durante o período da Inquisição na Espanha, muitos judeus foram forçados a se converterem ao cristianismo, sob ameaça de punição ou morte.

  9. Condenação de Galileu Galilei: O cientista italiano Galileu Galilei foi condenado pela Igreja Católica por defender a teoria heliocêntrica, que ia contra a visão geocêntrica da Igreja.

  10. Escravidão: Muitos líderes cristãos na baixa idade média mantinham escravos, o que era uma clara violação dos direitos humanos.

  11. Punição pela prática de outras religiões: Os líderes cristãos frequentemente puniam aqueles que praticavam outras religiões, considerando-as heresias e uma ameaça ao poder da Igreja.

  12. Perseguição às mulheres acusadas de bruxaria: As mulheres acusadas de bruxaria eram frequentemente torturadas e mortas durante a baixa idade média

  13. Expulsão dos mouros da Espanha: Durante o período da Reconquista na Espanha, muitos mouros foram expulsos do país pelos líderes cristãos, que os consideravam uma ameaça à sua autoridade e religião.

  14. Uso da tortura: A tortura era frequentemente usada pelos líderes cristãos para obter confissões ou punir aqueles que consideravam culpados de crimes.

  15. Perseguição aos hereges: Os líderes cristãos perseguiam e puniam aqueles que consideravam hereges, muitas vezes usando a tortura e a morte como forma de punição.

  16. Abuso sexual de crianças por padres: Houve muitos casos de abuso sexual de crianças por padres da Igreja Católica durante a baixa idade média, um crime terrível que violou os direitos humanos das vítimas.

  17. Pilhagem e destruição de territórios não cristãos: Durante as Cruzadas, os líderes cristãos pilharam e destruíram muitos territórios não cristãos, causando grande sofrimento e violando os direitos humanos das pessoas que viviam lá.

  18. Punição por blasfêmia: A blasfêmia era considerada um crime grave pelos líderes cristãos, que frequentemente puniam aqueles que a praticavam com tortura e morte.

  19. Punição por adultério: O adultério era considerado um crime pelos líderes cristãos, que frequentemente puniam os acusados com tortura e morte.

  20. Perseguição aos povos indígenas nas Américas: Durante a colonização das Américas pelos europeus, muitos povos indígenas foram perseguidos e mortos pelos líderes cristãos, que os consideravam pagãos e inferiores. Essa perseguição violou gravemente seus direitos humanos.



BIBLIOGRAFIA

  • "A Inquisição" de Edward Peters
  • "A Guerra Santa" de Geoffrey Hindley
  • "O Conflito das Cruzadas" de Thomas Asbridge
  • "História das Cruzadas" de Steven Runciman
  • "A Cidade Antiga" de Fustel de Coulanges
  • "O Trivium: As Artes Liberais da Lógica, Gramática e Retórica" de Irmã Miriam Joseph
  • "As Cruzadas Vistas Pelos Árabes" de Amin Maalouf
  • "A Cruz e a Espada: Uma História dos Templários" de Alan Butler e Stephen Dafoe
  • "Inquisição: O Reinado do Medo" de Toby Green
  • "A Grande Heresia" de Michael Frassetto



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MODERNIDADE

118   9.1. Idade Moderna

119   9.2. Renascimento Moderno

120   9.3. As Religiões pelo mundo

121   9.4. A Europa e o Capitalismo

122   9.5. A Europa e a Religião: Reforma Protestante e a Contrarreforma 

123   9.6. A Europa e os descobrimentos colonizadores

124   9.7. A Inglaterra mais que a Europa

125   9.8. O Cristianismo europeu

126   9.9. A expansão Protestante

127   9.10. As Treze Colônias americanas

128   9.11. O Cristianismo americano

129   9.12. As Religiões pelos continentes

130   9.13. Os principais crimes do Cristianismo







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Idade Moderna


A Idade Moderna é um período da história que se estendeu do século XV ao século XVIII e é marcada por uma série de avanços e retrocessos em várias áreas. Neste período, houve uma grande evolução na ciência, na política, na economia e na cultura, mas também houve guerras, conflitos religiosos, escravidão e desigualdade social.


Um dos aspectos positivos mais marcantes da Idade Moderna foi o Renascimento, um movimento cultural que floresceu na Europa no século XV e que marcou uma época de grandes transformações artísticas e intelectuais. Durante este período, os artistas e escritores procuraram inspiração na cultura clássica, dando origem a novas formas de arte e literatura que influenciaram profundamente a cultura ocidental.


Outro aspecto positivo foi o surgimento do Iluminismo, no século XVIII. Este movimento filosófico e cultural defendia o uso da razão e da ciência para a resolução dos problemas da sociedade, e defendia ideias como a igualdade, a liberdade e a tolerância. O Iluminismo teve um grande impacto na política e na cultura, contribuindo para o surgimento das democracias modernas.


No entanto, nem tudo foram avanços na Idade Moderna. A colonização da América, África e Ásia pelos europeus teve consequências terríveis para as populações locais, que foram subjugadas e exploradas pelos colonizadores. A escravidão também foi um aspecto muito negativo deste período, já que milhões de africanos foram sequestrados e vendidos como escravos para trabalhar nas plantações de açúcar e tabaco nas Américas.


Outro aspecto negativo da Idade Moderna foi a intolerância religiosa, que levou a conflitos sangrentos como as Guerras de Religião na Europa, que ocorreram principalmente no século XVI. As disputas entre católicos e protestantes levaram a massacres, perseguições e destruição de patrimônio cultural e religioso, deixando um legado de divisões e conflitos que ainda são sentidos hoje.


Por fim, outro aspecto negativo foi a desigualdade social. Embora a Idade Moderna tenha sido marcada por grandes avanços econômicos e tecnológicos, as pessoas mais pobres muitas vezes foram deixadas para trás. A desigualdade social e a pobreza eram problemas endêmicos que afetavam a maioria da população, especialmente nas cidades, onde muitos viviam em condições insalubres e precárias.


Em resumo, a Idade Moderna foi um período de grandes avanços e retrocessos em várias áreas. Embora tenha havido grandes progressos na ciência, na política e na cultura, também houve conflitos sangrentos, intolerância, escravidão e desigualdade social. É importante lembrar que a história é complexa e multifacetada, e que é importante aprender com as lições do passado para construir um futuro melhor.



BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

  • BURKE, Pedro. A cultura popular na Idade Moderna: Europa, 1500-1800. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
  • BRAUDEL, Fernando. Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
  • DAVIS, Natalie Zemon. O retorno de Martin Guerre. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.
  • FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
  • HOBSBAWM, Eric J. A Era das Revoluções: 1789-1848. São Paulo: Paz e Terra, 2010.
  • PERRY, Marvin. Civilização ocidental: uma história concisa. São Paulo: Martins Fontes, 2008.
  • SAID, Edward W. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
  • SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
  • TILLY, Carlos. Coerção, capital e os Estados europeus: 990-1990. São Paulo: Edusp, 2000.
  • WALLERSTEIN, Emanuel. O sistema mundial moderno. São Paulo: Contexto, 2011.




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Renascimento Moderno


O Renascimento foi um movimento cultural, artístico e científico que surgiu na Europa no final do século XIV e se estendeu até o século XVII. É considerado uma das principais transformações culturais da história ocidental. Abaixo estão listados 10 aspectos que caracterizaram o Renascimento na Idade Moderna, juntamente com datas e nomes importantes envolvidos.


Humanismo - O Humanismo foi um movimento que se desenvolveu durante o século XIV e XV. Os humanistas enfatizavam a importância da educação clássica e da literatura, e acreditavam que a razão e a investigação científica poderiam melhorar a sociedade.


Obras de Arte - Durante o Renascimento, a arte tornou-se mais realista e naturalista. Os artistas, como Leonardo da Vinci e Michelangelo, retrataram o corpo humano de forma mais realista e representaram cenas da vida cotidiana em suas obras.


Filosofia - A filosofia do Renascimento enfatizava a importância da razão e do livre-arbítrio. Filósofos como Niccolò Machiavelli e Giordano Bruno acreditavam que a razão e a investigação científica poderiam levar ao progresso humano.


Ciência - Durante o Renascimento, a ciência tornou-se cada vez mais importante. O desenvolvimento da imprensa, como a invenção da tipografia por Johannes Gutenberg, permitiu a disseminação rápida de ideias e informações científicas.


Humanismo Secular - Durante o Renascimento, houve um crescente interesse pela cultura secular. Os artistas e intelectuais começaram a se concentrar na vida cotidiana e na natureza, em vez de se concentrar exclusivamente em temas religiosos.


Reforma Religiosa - O Renascimento também foi um período de reforma religiosa, com a Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero na Alemanha em 1517 e a Reforma Católica liderada pelo Concílio de Trento em 1545.


Descobrimentos - Durante o Renascimento, ocorreram importantes descobrimentos geográficos, como a descoberta da América por Cristóvão Colombo em 1492, e a circum-navegação do globo por Fernão de Magalhães em 1522.


Literatura - A literatura do Renascimento foi marcada pela ênfase na linguagem e na retórica. Autores como William Shakespeare, Miguel de Cervantes e Johann Wolfgang von Goethe criaram obras literárias que ainda são consideradas clássicas.


Arquitetura - Durante o Renascimento, a arquitetura tornou-se mais grandiosa e monumental. Arquitetos como Andrea Palladio e Filippo Brunelleschi criaram edifícios que ainda são admirados hoje em dia.


Música - A música do Renascimento foi caracterizada pela polifonia e harmonia. Compositores como Giovanni Pierluigi da Palestrina e William Byrd criaram obras musicais que ainda são ouvidas hoje em dia.


Esses são apenas alguns dos aspectos que caracterizaram o Renascimento na Idade Moderna, e existem muitos outros eventos, personalidades e tendências que contribuíram para esse movimento cultural.




BIBLIOGRAFIA 

  • O Renascimento, de Walter Pater
  • O Mundo de Sofia, de Jostein Gaarder
  • A Civilização do Renascimento na Itália, de Jacob Burckhardt
  • Leonardo da Vinci, de Walter Isaacson
  • Michelangelo, de Diane Cole Ahl
  • A História da Arte, de E. H. Gombrich
  • A Cidade Antiga, de Fustel de Coulanges
  • O Príncipe, de Nicolau Maquiavel
  • Os Ensaios, de Michel de Montaigne
  • A Reforma Protestante, de Carlos E. A. Lopes.




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As Religiões pelo mundo


Durante a Idade Moderna, que teve início no século XV e terminou no século XVIII, houve uma grande diversidade de religiões e crenças em todo o mundo. As religiões mais proeminentes na época eram o Cristianismo, o Islamismo e o Hinduísmo. No entanto, muitas outras religiões também existiam e influenciavam a vida dos povos em diferentes continentes. Abaixo estão algumas informações mais detalhadas sobre como estavam as religiões pelo mundo, pelos continentes:


Europa: O Cristianismo era a principal religião da Europa na Idade Moderna, com a Igreja Católica Romana sendo a instituição religiosa mais poderosa. No entanto, também havia uma série de denominações protestantes emergentes, como Luteranismo, Calvinismo e Anglicanismo. Além disso, havia uma presença significativa de religiões não cristãs, como o Judaísmo, o Islamismo e o Paganismo.


Ásia: Na Ásia, o Islamismo e o Hinduísmo eram as principais religiões. O Islamismo era predominante no sudoeste e no sudeste da Ásia, enquanto o Hinduísmo era a religião predominante na Índia. Além disso, havia uma grande variedade de religiões minoritárias na Ásia, como o Budismo, o Xintoísmo, o Taoísmo, o Confucionismo e o Sikhismo.


África: A África era uma região diversa em termos de religião, com muitas crenças e práticas religiosas diferentes. No entanto, o Islamismo e o Cristianismo estavam ganhando terreno no continente durante a Idade Moderna. O Islamismo foi introduzido na África através do comércio com o Oriente Médio, enquanto o Cristianismo foi trazido pelos europeus durante a colonização do continente.


América do Norte: O Cristianismo era a principal religião da América do Norte durante a Idade Moderna, com a Igreja Anglicana sendo a principal denominação na Inglaterra e as igrejas protestantes sendo predominantes nas colônias americanas. Os povos indígenas das Américas mantiveram suas próprias crenças e práticas religiosas, embora muitos tenham sido forçados a se converter ao Cristianismo pelos colonizadores europeus.


América do Sul: Na América do Sul, o Catolicismo Romano era a religião predominante durante a Idade Moderna, graças à colonização espanhola e portuguesa do continente. No entanto, muitas outras religiões também eram praticadas na região, incluindo o Protestantismo, o Islamismo, o Judaísmo e religiões indígenas.


Em resumo, durante a Idade Moderna, as religiões pelo mundo eram diversas e influenciavam a vida dos povos em diferentes continentes de maneiras únicas. O Cristianismo, o Islamismo e o Hinduísmo foram as principais religiões, mas muitas outras crenças também desempenharam papéis importantes na história e na cultura da humanidade.



BIBLIOGRAFIA 

  • "A Era da Reforma, 1250-1550" de Steven Ozment
  • "O Protestantismo como Movimento" de H. Richard Niebuhr
  • "A História das Religiões" de Mircea Eliade
  • "A História das Religiões no Mundo" de Brian Smith
  • "O Islã no Mundo Moderno" de Seyyed Hossein Nasr
  • "Hinduísmo: Uma Introdução à Maior Fé Mundial" de Huston Smith
  • "Religiões da Ásia: Tradições, Diversidade e Mudança" de John Whalen-Bridge e Gary Storhoff
  • "Enciclopédia de Religiões do Mundo" editado por Lindsay Jones.




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A Europa e o Capitalismo


Na idade moderna, os países da Europa estavam em um período de transição política e econômica que deu origem ao capitalismo. A economia estava se tornando cada vez mais baseada em trocas comerciais e financeiras, ao invés de produção agrícola, e o comércio de bens manufaturados estava se tornando cada vez mais importante. As colônias europeias também estavam fornecendo uma grande quantidade de matérias-primas e recursos naturais que eram necessários para a produção desses bens manufaturados.


Com o crescimento do comércio, surgiram as primeiras empresas comerciais na Europa, que forneciam capital para financiar as expedições comerciais. Essas empresas foram a base do sistema econômico capitalista, que se baseia na produção e no comércio de bens e serviços para gerar lucro. A partir disso, a economia europeia começou a se tornar cada vez mais orientada para o mercado e para a acumulação de capital.


A política também estava passando por mudanças significativas na idade moderna. A era do feudalismo estava chegando ao fim, e os governos europeus estavam se tornando cada vez mais centralizados e poderosos. As monarquias absolutistas estavam em ascensão, e os governantes estavam buscando consolidar seu poder e expandir seus territórios. Esses governos absolutistas frequentemente utilizavam o poder militar e o controle econômico para alcançar seus objetivos políticos.


O capitalismo se desenvolveu em um ambiente político em que as elites governantes estavam interessadas em aumentar a riqueza e o poder do Estado. A busca pelo lucro foi incentivada pelos governos europeus, que ofereceram subsídios e incentivos fiscais para as empresas comerciais. Isso ajudou a criar um ambiente em que as empresas poderiam crescer e se tornar mais lucrativas, o que por sua vez levou a um aumento da produção e do comércio.


O capitalismo também se beneficiou da Revolução Industrial, que começou no final do século XVIII. A invenção de novas máquinas e tecnologias permitiu que as fábricas produzissem bens em grande escala, o que reduziu os custos e aumentou a eficiência. Isso permitiu que as empresas expandissem ainda mais, gerando mais empregos e mais lucros.


No entanto, nem todos os europeus se beneficiaram do capitalismo e da industrialização. Os trabalhadores das fábricas muitas vezes trabalhavam em condições precárias e recebiam salários baixos. Muitas pessoas se mudaram das áreas rurais para as cidades em busca de trabalho, criando superpopulação e problemas de saneamento. A desigualdade social e a exploração dos trabalhadores foram frequentemente denunciadas por reformadores e revolucionários, que lutaram por mudanças sociais e políticas para proteger os direitos dos trabalhadores e dos pobres.





BIBLIOGRAFIA 

  • "The Age of Capital: 1848-1875" de Eric Hobsbawm
  • "The Wealth of Nations" de Adam Smith
  • "Capital in the Twenty-First Century" de Thomas Piketty
  • "The Making of the English Working Class" de E.P. Thompson
  • "The Communist Manifesto" de Karl Marx e Friedrich Engels
  • "The Protestant Ethic and the Spirit of Capitalism" de Max Weber
  • "The Rise of the West: A History of the Human Community" de William H. McNeill
  • "The Origins of Capitalism: A Longer View" de Ellen Meiksins Wood
  • "The Great Transformation: The Political and Economic Origins of Our Time" de Karl Polanyi
  • "The Industrial Revolution" de T.S. Ashton




'122<<< >>> ÍNDICE     


A Europa e a Religião: 
Reforma Protestante e a Contrarreforma


A Reforma Protestante foi um movimento religioso que surgiu na Europa no início do século XVI. Em 1517, Martinho Lutero, um monge alemão, publicou suas 95 teses contra as práticas da Igreja Católica. Lutero argumentava que a salvação não poderia ser comprada com dinheiro, e sim alcançada pela fé e pela graça divina. Essa visão contrariava o ensinamento da Igreja Católica, que vendia indulgências aos fiéis. A Reforma Protestante espalhou-se rapidamente por toda a Europa, e logo surgiram outras correntes protestantes, como calvinistas e anglicanos.


A Reforma Protestante teve um grande impacto na sociedade e na política da época. Muitos líderes políticos viram na Reforma uma oportunidade de fortalecer seu poder e independência em relação à Igreja Católica. A Reforma também levou a conflitos violentos entre católicos e protestantes em diversas regiões da Europa. Na França, por exemplo, ocorreu o massacre de São Bartolomeu, em 1572, no qual milhares de protestantes foram assassinados.


Em resposta à Reforma Protestante, a Igreja Católica promoveu a chamada Contra-Reforma. Esse movimento tinha como objetivo reafirmar o poder e a autoridade da Igreja Católica, além de corrigir algumas das práticas consideradas inadequadas pelos reformadores. Um dos principais líderes da Contra-Reforma foi o Papa Paulo III, que convocou o Concílio de Trento em 1545. O Concílio estabeleceu novas diretrizes para a Igreja Católica, incluindo a proibição da venda de indulgências e a necessidade da educação dos clérigos.


As guerras religiosas na Europa continuaram mesmo após a Contra-Reforma. Na Alemanha, ocorreu a Guerra dos Trinta Anos, entre 1618 e 1648, que envolveu católicos e protestantes. A guerra causou milhões de mortes e destruição em grande parte da Europa Central. Na França, ocorreu a Guerra das Religiões, entre 1562 e 1598, que foi marcada por massacres e conflitos sangrentos entre católicos e protestantes.


Apesar dos conflitos, a Reforma Protestante teve um impacto duradouro na sociedade e na religião. Ela contribuiu para a disseminação da educação e da leitura, uma vez que os reformadores defendiam o acesso direto à Bíblia pelos fiéis. A Reforma também enfatizou a importância da liberdade religiosa e da autonomia individual em relação às instituições religiosas. Alguns dos princípios da Reforma, como a importância da leitura da Bíblia e da salvação pela fé, influenciaram a cultura e a religião em todo o mundo.





BIBLIOGRAFIA 

  • "Reforma e Contra-Reforma" de Ciro Flamarion S. Cardoso.
  • "A Reforma Protestante" de Carlos E. L. B. Junior.
  • "Contra-Reforma e Barroco" de Walter Benjamin.
  • "A Guerra dos Trinta Anos" de C.V. Wedgwood.
  • "A Guerra das Religiões" de André Encrevé.
  • "História das Reformas Religiosas" de Emílio A. Campos.
  • "História da Igreja: Desde a Origem até o Século XXI" de Jean Comby.
  • "A Reforma: Uma História" de Diarmaid MacCulloch.
  • "História do Cristianismo" de Justo L. Gonzalez.
  • "Martinho Lutero: Uma Biografia" de Martin E. Marty.




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A Europa e os descobrimentos colonizadores


Título: O início dos descobrimentos europeus

Os descobrimentos europeus começaram no final do século XV com a expansão marítima dos portugueses e espanhóis. Os europeus buscavam novas rotas comerciais para chegar às Índias e contornar o monopólio árabe. Nesse contexto, Cristóvão Colombo, em 1492, descobriu a América ao buscar um caminho para as Índias, iniciando uma corrida entre os países europeus pela exploração das novas terras.


Título: A conquista da América

Os europeus que chegaram à América, em sua maioria, eram colonos que buscavam riquezas e terras para cultivar. A colonização resultou na morte de milhões de indígenas, através de guerras e doenças trazidas pelos europeus. Além disso, a colonização também resultou na escravidão de africanos que foram levados à América para trabalhar nas plantações.


Título: A influência europeia na América

A influência europeia na América foi enorme e abrangeu desde a língua, religião e cultura até a organização política. Os colonos europeus estabeleceram governos, construíram cidades e trouxeram sua tecnologia para as novas terras. Além disso, os europeus trouxeram novas culturas e hábitos alimentares que influenciaram profundamente as populações locais.


Título: A exploração dos recursos naturais

Os europeus também exploraram intensamente os recursos naturais das novas terras, principalmente a prata e o ouro, que foram enviados para a Europa. Essa exploração resultou na destruição do meio ambiente e no esgotamento dos recursos naturais, além de ter contribuído para a concentração de riquezas na Europa.


Título: A resistência dos povos colonizados

Apesar da dominação europeia, os povos colonizados resistiram e lutaram pela sua liberdade e independência. Os conflitos foram frequentes e resultaram em movimentos de independência em várias partes da América, como a Revolução Americana, liderada pelos colonos norte-americanos, e a independência do Haiti, liderada pelos escravos africanos.


Título: O legado dos descobrimentos e da colonização

Os descobrimentos e a colonização europeia deixaram um legado complexo nas novas terras. Por um lado, a Europa expandiu suas fronteiras, enriqueceu-se e adquiriu novas culturas. Por outro lado, a colonização resultou na morte de milhões de indígenas e na escravidão de milhões de africanos. A influência europeia na América também deixou marcas profundas, como a língua, a religião e a cultura, que ainda são visíveis nos dias de hoje.




BIBLIOGRAFIA 

  • BOXER, C. R. O império marítimo português: 1415-1825. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
  • LARA, S. B. A expansão marítima portuguesa e o sistema colonial brasileiro. São Paulo: Alameda, 2017.
  • GOMES, F. A. Colonização e escravidão na América portuguesa. São Paulo: Contexto, 2010.
  • SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil, 1870-1930. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
  • BETHELL, L. (org.). História da América Latina: da independência até 1870. São Paulo: Edusp, 2010.
  • KARNAL, L. Conversas com um historiador. São Paulo: LeYa, 2016.




'124<<< >>> ÍNDICE     


A Inglaterra mais que a Europa



A Inglaterra, mais do que outros países europeus, foi extremamente empenhada em expandir seus territórios e estabelecer um império colonial durante a Idade Moderna. Esse processo começou no final do século XVI e se estendeu até o início do século XX. Abaixo, seguem seis parágrafos que explicam a razão e o desenvolvimento do empenho inglês com o colonialismo.


A necessidade de recursos e o surgimento do comércio mundial

A Inglaterra, como outros países europeus, necessitava de recursos para expandir sua economia e aumentar seu poder. A partir do século XV, com o surgimento do comércio mundial, a Inglaterra viu a oportunidade de explorar novas regiões e estabelecer rotas comerciais para obter lucro. A expansão dos territórios coloniais permitiria à Inglaterra o acesso a matérias-primas, produtos tropicais, escravos e metais preciosos, além de garantir mercados consumidores para seus produtos manufaturados.


A rivalidade com a Espanha

A Espanha já havia estabelecido um grande império colonial na América Central e do Sul, e a Inglaterra se sentiu desafiada pela supremacia espanhola. A Inglaterra viu na colonização uma forma de competir com a Espanha e fortalecer sua posição no cenário internacional. As conquistas da Espanha e de Portugal despertaram o interesse da Inglaterra em explorar o Novo Mundo e estabelecer suas próprias colônias.


A criação da Companhia das Índias Orientais

Em 1600, foi fundada a Companhia das Índias Orientais, com o objetivo de explorar e comercializar especiarias, seda e outros produtos da Ásia. A Companhia das Índias Orientais foi a primeira grande empresa comercial da Inglaterra, e sua criação marcou o início da expansão colonial inglesa na Índia e no Sudeste Asiático. A Companhia tinha o monopólio do comércio com a Índia e, ao estabelecer bases na costa da Índia, começou a exercer um poder político significativo na região.


A colonização da América do Norte

A colonização da América do Norte começou no final do século XVI, com as primeiras tentativas de colonização da Virgínia e de Roanoke. A colônia da Virgínia foi estabelecida em 1607 e, ao longo do século XVII, outras colônias foram fundadas, como Massachusetts, Maryland, Pensilvânia e Carolina do Norte. A colonização da América do Norte foi impulsionada pela busca de recursos naturais, pela possibilidade de estabelecer colônias agrícolas e pela vontade de expandir a fé protestante.


A expansão para o Caribe

No século XVII, a Inglaterra expandiu seus territórios coloniais para o Caribe, onde estabeleceu colônias como a Jamaica, a Barbados e as Ilhas Virgens Britânicas. A expansão para o Caribe foi motivada pela busca de terras férteis para o cultivo de açúcar e tabaco, que se tornaram produtos de grande importância na economia inglesa. A mão-de-obra escrava foi fundamental para a produção desses produtos, e milhares de africanos foram trazidos para as colônias caribenhas como escravos.


A consolidação do império britânico

Durante o século XVIII, a Inglaterra consolidou seu império colonial, expandindo-se para a Índia, África e Austrália. A Companhia das Índias Orientais foi a principal responsável pela expansão britânica na Índia, e a colonização da Austrália e da Nova Zelândia foi motivada pela busca de novas terras para a colonização. A exploração da África foi impulsionada pela busca de matérias-primas, como o ouro e os diamantes, e a Inglaterra estabeleceu colônias em regiões como a África do Sul e o Egito.

Em resumo, a Inglaterra foi um dos países mais empenhados na expansão colonial durante a Idade Moderna. A necessidade de recursos e a rivalidade com outros países europeus, especialmente a Espanha, impulsionaram a Inglaterra a estabelecer colônias em várias regiões do mundo. A criação da Companhia das Índias Orientais e a colonização da América do Norte foram alguns dos eventos mais significativos nesse processo. A consolidação do império britânico no século XVIII consolidou a posição da Inglaterra como uma das potências coloniais mais importantes da história.




BIBLIOGRAFIA 

  • Black, J. (1999). A History of the British Isles. Palgrave Macmillan.
  • Marshall, P. J. (1998). The Cambridge Illustrated History of the British Empire. Cambridge University Press.
  • Schama, S. (2001). A History of Britain: At the Edge of the World? 3000 BC - AD 1603. BBC Worldwide.
  • Tombs, R. (2015). The English and their History. Penguin UK.
  • Williams, N. (2000). The Penguin History of Britain: A Monarchy Transformed, Britain 1630-1714. Penguin UK.
  • Woodward, C. V. (1998). The Age of Reform, 1815-1870. Oxford University Press.




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O Cristianismo europeu


Durante a Idade Moderna, a Europa estava em um período de grandes transformações, tanto sociais quanto políticas e econômicas. O cristianismo era a principal religião na região e desempenhou um papel crucial nesse contexto. Uma das principais mudanças que ocorreram no cristianismo durante esse período foi a Reforma Protestante, que começou no início do século XVI. Esse movimento teve como objetivo reformar a Igreja Católica Romana, que estava se tornando cada vez mais corrupta e distante dos fiéis.


A Reforma Protestante foi liderada por figuras como Martinho Lutero, que criticavam a venda de indulgências e outros abusos cometidos pela Igreja. A Reforma Protestante também levou à formação de novas denominações cristãs, como o luteranismo e o calvinismo. Essas novas denominações tiveram um impacto significativo na Europa, levando a conflitos religiosos e políticos que duraram décadas.


Outra mudança importante que ocorreu no cristianismo durante a Idade Moderna foi a expansão do cristianismo para outras partes do mundo, principalmente através da colonização. Os missionários cristãos viajaram para as Américas, África e Ásia, convertendo povos indígenas e escravos africanos ao cristianismo. Essa expansão também levou a conflitos culturais, já que os missionários muitas vezes tentaram suprimir as tradições religiosas locais.


A Idade Moderna também viu a consolidação da Igreja Católica como uma instituição global. A Igreja Católica continuou a exercer uma grande influência na Europa, mesmo após a Reforma Protestante. Além disso, a Igreja Católica expandiu-se para outras partes do mundo, como a América Latina, e tornou-se uma importante força política e cultural.


A Ilustração, um movimento intelectual que enfatizava a razão e o progresso, também teve um impacto significativo no cristianismo durante a Idade Moderna. Muitos intelectuais iluministas criticavam a religião como superstição e irracionalidade, o que levou a conflitos entre a Igreja Católica e os defensores da Ilustração. No entanto, alguns teólogos cristãos adotaram as ideias da Ilustração, argumentando que a razão e a religião eram compatíveis.


Por fim, a Idade Moderna também foi marcada pela secularização da sociedade europeia. À medida que a ciência e a tecnologia avançaram, muitas pessoas começaram a questionar a autoridade da religião. A secularização levou à diminuição do papel da Igreja Católica na sociedade e a um declínio geral na frequência às igrejas. No entanto, o cristianismo ainda é uma das principais religiões da Europa e continua a desempenhar um papel importante na cultura e na política da região.





BIBLIOGRAFIA 

  • Duffy, Eamon. Saints and Sinners: A History of the Popes. Yale University Press, 2011.
  • González, Justo L. The Story of Christianity: The Early Church to the Present Day. HarperOne, 2010.
  • MacCulloch, Diarmaid. Christianity: The First Three Thousand Years. Penguin Books, 2011.
  • Pelikan, Jaroslav. The Christian Tradition: A History of the Development of Doctrine, Vol. 4: Reformation of Church and Dogma (1300-1700). University of Chicago Press, 1985.
  • Spitz, Lewis W. The Protestant Reformation: 1517-1559. Harper & Row, 1984.
  • Stark, Rodney. The Rise of Christianity: How the Obscure, Marginal Jesus Movement Became the Dominant Religious Force in the Western World in a Few Centuries. HarperOne, 1997.




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A expansão Protestante


A expansão protestante na Europa e no mundo durante a Idade Moderna foi marcada por uma série de mudanças significativas na sociedade, política e religião. A Reforma Protestante, liderada por Martinho Lutero, foi o movimento que inaugurou essa expansão, que se espalhou por toda a Europa e, posteriormente, para outros continentes. O surgimento do protestantismo marcou o fim da hegemonia da Igreja Católica Romana na Europa Ocidental e levou a uma série de conflitos e guerras religiosas que duraram séculos.


A expansão protestante foi caracterizada por um forte desejo de reformar a Igreja Católica, que era considerada corrupta e decadente. A Reforma Protestante contestou a autoridade papal e propôs uma nova interpretação da Bíblia e uma forma mais simples e direta de culto, que colocava mais ênfase na leitura e interpretação pessoal da Escritura. Esse movimento rapidamente se espalhou pela Alemanha, onde Lutero viveu, e se espalhou para outras partes da Europa, incluindo a Suíça, Escandinávia, Inglaterra e Holanda.


Uma das consequências mais significativas da expansão protestante foi o surgimento de novas denominações religiosas, cada uma com suas próprias crenças e práticas. Os luteranos, calvinistas e anglicanos foram as denominações mais importantes, mas também houve outros grupos menores, como os anabatistas. Essas divisões religiosas levaram a uma fragmentação da sociedade e à formação de novas comunidades, muitas vezes com conflitos entre elas.


A expansão protestante também teve implicações políticas significativas. Em muitos países, a Reforma foi adotada pelos governantes como uma forma de enfraquecer a Igreja Católica e fortalecer sua própria autoridade. Na Inglaterra, por exemplo, a Reforma foi liderada por Henrique VIII, que se tornou o chefe da Igreja Anglicana e usou a religião para justificar sua separação do Papa e seu divórcio. Na Escócia, o movimento reformista liderado por John Knox foi um importante fator na luta pela independência do país da Inglaterra.


A expansão protestante também teve um impacto significativo na cultura e na educação. A ênfase na leitura da Bíblia e na interpretação pessoal levou ao aumento da alfabetização e do pensamento crítico. Muitos líderes protestantes, incluindo Lutero e Calvino, fundaram universidades e escolas para treinar ministros e professores. A Reforma também influenciou a arte, a literatura e a música, com muitos artistas e escritores protestantes expressando suas crenças e ideias em suas obras.


Finalmente, a expansão protestante teve um impacto significativo no mundo em geral. As missões protestantes se espalharam por todo o mundo, incluindo a África, a Ásia e as Américas, levando a um aumento da conversão ao protestantismo em muitos lugares. Isso também levou a conflitos e tensões entre diferentes grupos religiosos em muitos países. O protestantismo também influenciou a política e a sociedade em




BIBLIOGRAFIA 

  • MacCulloch, D. (2005). A Reforma. São Paulo: Companhia das Letras.
  • Hillerbrand, H. J. (Ed.). (2009). The Oxford Encyclopedia of the Reformation (4 vol.). Oxford: Oxford University Press.
  • McGrath, A. E. (2011). Reformation Thought: An Introduction. 4th ed. West Sussex: Wiley-Blackwell.
  • Pelikan, J. (1996). The Reformation of the Bible, the Bible of the Reformation. New Haven: Yale University Press.
  • Spitz, L. W. (2003). The Protestant Reformation: 1517-1559. Missouri: Concordia Publishing House.




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 As Treze Colônias americanas


Durante a Idade Moderna, as Treze Colônias americanas se estabeleceram ao longo da costa leste da América do Norte. Embora fundadas com diferentes motivações, a maioria delas foi estabelecida como uma forma de escapar da opressão religiosa na Europa. No entanto, muitas dessas colônias usaram a religião como justificativa para impor políticas opressivas e promover malefícios para as pessoas que viviam nelas.


Uma das colônias que mais utilizou a religião como justificativa para promover a opressão foi a Colônia da Baía de Massachusetts. Liderada por puritanos, a colônia se viu como um modelo de sociedade cristã e impôs suas crenças aos habitantes, muitas vezes por meio de perseguições religiosas. Isso incluía o julgamento e a execução de pessoas acusadas de bruxaria e outras práticas consideradas "heréticas".


A Colônia de Rhode Island, por outro lado, foi fundada por dissidentes religiosos que buscavam liberdade religiosa. No entanto, a colônia também sofreu com conflitos religiosos, com diferentes grupos religiosos lutando pelo poder e impondo suas crenças aos outros.


A religião também foi usada como justificativa para o comércio de escravos nas colônias. Os colonos justificavam a escravidão citando passagens bíblicas que supostamente aprovavam a prática. Isso resultou em um sistema escravocrata brutal, que promovia a opressão de milhares de pessoas.


Além disso, a religião também foi usada para justificar a violência contra os povos indígenas que viviam na América do Norte. Os colonos acreditavam que os povos indígenas eram "pagãos" e, portanto, mereciam ser convertidos ou eliminados. Isso resultou em massacres e na destruição de culturas inteiras.


A religião também foi usada como justificativa para a segregação racial nas colônias. Os colonos acreditavam que os negros eram uma raça inferior e, portanto, não mereciam os mesmos direitos e privilégios que os brancos. Isso levou à criação de leis discriminatórias que limitavam os direitos dos negros e perpetuavam a escravidão.


Por fim, a religião também foi usada como justificativa para a guerra e a conquista de terras. Os colonos acreditavam que Deus lhes havia dado a terra e, portanto, tinham o direito de conquistar as terras dos povos indígenas e expandir seus territórios. Isso resultou em conflitos violentos e na perda de terras e direitos dos povos indígenas.


Em resumo, as Treze Colônias americanas na Idade Moderna usaram a religião como justificativa para promover uma série de políticas opressivas e promover malefícios para as pessoas que viviam nelas. Isso incluiu perseguições religiosas, comércio de escravos, violência contra povos indígenas, segregação racial, guerra e conquista de terras. Embora algumas colônias tenham sido fundadas com o objetivo de promover a liberdade religiosa, muitas delas acabaram se tornando opressivas e discriminatórias em relação a pessoas que não compartilhavam suas crenças.


O uso da religião como justificativa para políticas opressivas e para a promoção de malefícios nas Treze Colônias americanas reflete uma tendência mais ampla na história humana de usar a religião como uma forma de exercer poder e controle sobre outras pessoas. A história das Treze Colônias nos lembra da importância de garantir a liberdade religiosa e de combater o uso da religião como uma ferramenta de opressão e discriminação.


Felizmente, muitas das políticas opressivas e discriminatórias promovidas pelas Treze Colônias foram eventualmente superadas. A abolição da escravidão, a luta pelos direitos civis e a busca pela igualdade racial e religiosa são algumas das lutas que foram travadas e continuam a ser travadas em todo o mundo para promover a liberdade e a justiça para todos.


No entanto, ainda há muito trabalho a ser feito para combater o uso da religião como uma ferramenta de opressão e discriminação em todo o mundo. A história das Treze Colônias americanas é um lembrete poderoso de que a liberdade religiosa não pode ser tomada como garantida e que devemos estar sempre vigilantes em relação àqueles que buscam usar a religião para promover sua própria agenda política e para oprimir outros.



BIBLIOGRAFIA 

  • "A People's History of the United States" de Howard Zinn
  • "American Colonies: The Settling of North America" de Alan Taylor
  • "God, War, and Providence: The Epic Struggle of Roger Williams and the Narragansett Indians against the Puritans of New England" de James A. Warren
  • "Mayflower: A Story of Courage, Community, and War" de Nathaniel Philbrick
  • "The Puritan Dilemma: The Story of John Winthrop" de Edmund S. Morgan
  • "The Religious Crisis of the 1960s" de Hugh McLeod




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O Cristianismo americano


O cristianismo nos Estados Unidos desempenhou um papel significativo na história do país, tanto para o bem quanto para o mal. Durante a Idade Moderna, os colonizadores americanos usaram o cristianismo como uma ferramenta para justificar suas ações contra os povos nativos americanos. Os colonizadores acreditavam que os índios eram pagãos que precisavam ser convertidos ao cristianismo para serem salvos. Essa mentalidade levou a décadas de violência e injustiça contra os povos nativos americanos, culminando no genocídio de muitas tribos e na remoção forçada de milhares de índios de suas terras.


Em relação à escravidão, o cristianismo também desempenhou um papel controverso. Muitos proprietários de escravos nos Estados Unidos eram cristãos devotos que usavam a Bíblia para justificar a escravidão. Eles acreditavam que Deus havia dado aos brancos o direito de possuir e governar os negros. No entanto, também havia cristãos que lutavam contra a escravidão e argumentavam que ela era moralmente errada. Esses abolicionistas baseavam sua luta na ideia de que todos os seres humanos eram iguais perante Deus e que a escravidão era uma violação dos direitos humanos.


As guerras com países vizinhos durante a Idade Moderna também foram influenciadas pelo cristianismo nos Estados Unidos. Durante a Guerra Mexicano-Americana, muitos americanos viram a guerra como uma forma de espalhar o cristianismo para o México. Eles acreditavam que o México era um país pagão que precisava ser convertido ao cristianismo. No entanto, a guerra foi também uma forma de expansão territorial e de aumento da influência política e econômica dos Estados Unidos.


Outra guerra importante que foi influenciada pelo cristianismo foi a Guerra Civil Americana. Embora as raízes da guerra fossem complexas, a escravidão foi um dos principais fatores que levaram ao conflito. Os estados do sul, que eram predominantemente cristãos, acreditavam que a escravidão era justificada pela Bíblia e que era um direito concedido por Deus. Os estados do norte, por outro lado, argumentavam que a escravidão era moralmente errada e que ia contra os valores cristãos de igualdade e liberdade.


Em conclusão, o cristianismo nos Estados Unidos durante a Idade Moderna foi uma força poderosa e controversa. Embora muitos americanos tenham usado o cristianismo para justificar a violência e a injustiça contra os povos nativos americanos e os escravos, também havia cristãos que lutavam contra essas injustiças. Além disso, as guerras com países vizinhos foram frequentemente justificadas pelo desejo de espalhar o cristianismo para outras nações. Em última análise, a história do cristianismo nos Estados Unidos é uma mistura complexa de bem e mal, e é importante entender como essas forças moldaram a história do país.






BIBLIOGRAFIA 

  • "A People's History of the United States" de Howard Zinn
  • "Native American Religions: An Introduction" de Denise Lardner Carmody e John Tully Carmody
  • "Slavery and Christianity" de John W. Robbins
  • "American Civil Religion: What Americans Hold Sacred" de Peter Gardella
  • "God's Continent: Christianity, Islam, and Europe's Religious Crisis" de Philip Jenkins




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As Religiões pelos continentes


Durante a Idade Moderna, as religiões tiveram um papel fundamental em muitos aspectos da sociedade nos diferentes continentes. No continente europeu, a Igreja Católica Romana continuou sendo a religião dominante, embora tenha enfrentado desafios significativos com a Reforma Protestante, que se iniciou no século XVI. Esse movimento religioso liderado por Martinho Lutero e outros reformadores, questionou a autoridade da Igreja e resultou na criação de muitas denominações protestantes, incluindo luteranos, calvinistas e anglicanos.


Na América, a chegada dos europeus trouxe uma mistura de religiões e culturas. Os colonos espanhóis trouxeram o cristianismo católico, enquanto os colonos ingleses trouxeram o protestantismo. Os povos indígenas já possuíam suas próprias religiões, que incorporavam crenças animistas e espirituais. À medida que as populações cresceram, houve conflitos religiosos entre colonos e nativos, e muitos povos indígenas foram forçados a abandonar suas crenças em favor do cristianismo.


Na Ásia, as religiões tradicionais, como o hinduísmo, budismo e confucionismo, continuaram a ser praticadas. O Islã também se espalhou para muitas partes da Ásia, particularmente no subcontinente indiano e no sudeste asiático. O contato com os europeus também levou ao crescimento do cristianismo em muitas partes da Ásia.


Na África, muitas religiões tradicionais foram praticadas, incluindo o animismo e o culto aos ancestrais. No entanto, o Islã também se espalhou para muitas partes do continente, especialmente ao longo da costa leste e oeste da África. A colonização européia do continente, que começou no final do século XIX, trouxe o cristianismo para muitas partes da África.


Na Oceania, muitas das religiões tradicionais dos povos indígenas foram perdidas devido à colonização européia. O cristianismo se tornou a religião dominante em muitas partes da Oceania, especialmente nas ilhas do Pacífico. No entanto, muitas comunidades indígenas conseguiram preservar suas crenças e práticas religiosas.


Em resumo, a Idade Moderna foi marcada por uma mistura de religiões em todos os continentes, com algumas religiões dominando em certas áreas e outras sendo introduzidas por meio de conquistas ou migrações. As tensões religiosas muitas vezes levaram a conflitos violentos, enquanto as interações religiosas também levaram à troca e ao compartilhamento de crenças e práticas.






BIBLIOGRAFIA 

  • Bainton, Roland H. The Reformation of the Sixteenth Century. Boston: Beacon Press, 1952.
  • Burleigh, Michael. Earthly Powers: The Clash of Religion and Politics in Europe, from the French Revolution to the Great War. New York: HarperCollins, 2005.
  • Cohen, Mark R., ed. The Oxford Handbook of the History of Islam. Oxford: Oxford University Press, 2014.
  • DeMello, Margo. Encyclopedia of Race and Racism. New York: Macmillan Reference USA, 2008.
  • Erickson, Mark. A History of Anthropological Theory. Toronto: University of Toronto Press, 2004.
  • Goffman, Erving. Stigma: Notes on the Management of Spoiled Identity. New York: Simon & Schuster, 1963.
  • Mbiti, John. African Religions and Philosophy. London: Heinemann, 1990.
  • Pals, Daniel L. Eight Theories of Religion. New York: Oxford University Press, 2006.
  • Todorov, Tzvetan. The Conquest of America: The Question of the Other. New York: HarperCollins, 1984.
  • Turner, Victor. The Forest of Symbols: Aspects of Ndembu Ritual. Ithaca: Cornell University Press, 1967.




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Os principais crimes do Cristianismo



Antes de abordar a questão dos crimes do cristianismo durante a Idade Moderna, é importante destacar que o cristianismo como uma religião não pode ser responsabilizado pelos atos de indivíduos ou grupos que se identificam como cristãos. Da mesma forma, não é justo generalizar a conduta de todos os cristãos com base nas ações de alguns.


Dito isto, durante a Idade Moderna, houve momentos em que o cristianismo foi utilizado como justificativa para a prática de crimes e violências em diversas partes do mundo. Aqui estão alguns exemplos:


A Conquista das Américas: Quando os exploradores europeus chegaram às Américas no final do século XV e início do século XVI, eles muitas vezes usavam a religião como pretexto para subjugar as populações indígenas. Muitos missionários cristãos acreditavam que tinham a obrigação de converter os nativos ao cristianismo, e alguns líderes coloniais acreditavam que tinham o direito de explorar e dominar os povos indígenas em nome de Deus. Como resultado, milhares de pessoas foram mortas, escravizadas ou forçadas a abandonar suas tradições culturais em nome do cristianismo.


As Guerras de Religião na Europa: Durante os séculos XVI e XVII, houve uma série de conflitos religiosos na Europa, envolvendo principalmente católicos e protestantes. Milhares de pessoas foram mortas em batalhas e massacres, muitas vezes em nome da defesa da verdadeira fé cristã. Essas guerras deixaram cicatrizes profundas na sociedade europeia e foram responsáveis por uma grande quantidade de sofrimento humano.


A Inquisição: A Inquisição foi uma instituição da Igreja Católica que foi criada para combater a heresia e a apostasia, ou seja, para identificar e punir aqueles que não seguiam a doutrina católica. Durante a Idade Moderna, a Inquisição foi responsável pela perseguição e execução de milhares de pessoas em toda a Europa e nas colônias espanholas. Muitas vezes, as acusações eram baseadas em rumores ou suspeitas, e os prisioneiros eram frequentemente submetidos a torturas para confessar crimes que não haviam cometido.


Esses são apenas alguns exemplos dos crimes e violências que foram cometidos em nome do cristianismo durante a Idade Moderna. É importante notar, no entanto, que essas práticas não eram endossadas por todos os cristãos da época e que muitos líderes religiosos e comunidades cristãs trabalhavam ativamente para promover a justiça e a paz em suas sociedades.



BIBLIOGRAFIA 

  • "A Conquista da América: a questão do outro", de Tzvetan Todorov.
  • "As Guerras de Religião", de Georges Bordonove.
  • "Inquisição: o reinado do medo", de Toby Green.
  • "A Inquisição: um tribunal de misericórdia?", de Céline Béraud.
  • "A História das Cruzadas", de Steven Runciman.
  • "Os Papas e a Cruzada contra o Islã", de Jonathan Phillips.
  • "A história da Igreja", de Hubert Jedin.
  • "A Inquisição: um estudo crítico", de Henry Charles Lea.




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CONTEMPORANEIDADE

132   10.1. Idade Contemporânea

133   10.2. A Europa Protestante

134   10.3. A Europa Católica

135   10.4. Iluminismo

136   10.5. Revolução Francesa

137   10.6. Capitalismo a todo vapor

138   10.7. Revoluções Industriais

139   10.8. Escravidão Africana

140   10.9. Avivamentos Evangélicos

141   10.10. Religiões pelos Continentes

142   10.11. Os principais crimes do Cristianismo






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 Idade Contemporânea



A Idade Contemporânea é o período histórico que se inicia no final do século XVIII com a Revolução Francesa e estende-se até os dias atuais. É um período de transformações significativas que afetaram a política, a economia, a ciência e outros aspectos da vida humana. Neste contexto, é possível destacar a política como um dos aspectos mais impactados pela Idade Contemporânea.


A política na Idade Contemporânea é caracterizada por diversos movimentos e eventos que alteraram a organização do poder em várias partes do mundo. A Revolução Francesa, por exemplo, influenciou a ascensão do liberalismo, que defendia a liberdade individual e econômica, e o surgimento do socialismo, que preconizava a igualdade social e a intervenção do Estado na economia.


Em relação à economia, a Idade Contemporânea é marcada pela transição do feudalismo para o capitalismo. A Revolução Industrial foi um dos fatores que impulsionaram essa mudança, promovendo o surgimento de novas formas de produção e o aumento da produtividade. Com a globalização, que se intensificou na segunda metade do século XX, a economia mundial tornou-se cada vez mais interdependente, com fluxos intensos de comércio e investimentos entre os países.


A ciência também foi profundamente afetada pela Idade Contemporânea, com avanços significativos em diversas áreas do conhecimento. A física, por exemplo, teve um grande impulso com a Teoria da Relatividade de Einstein e a Mecânica Quântica. Na medicina, foram desenvolvidas vacinas, antibióticos e outras terapias que permitiram o controle de diversas doenças.


Além desses aspectos, a Idade Contemporânea também foi marcada por transformações sociais, culturais e tecnológicas significativas. A urbanização e a industrialização mudaram profundamente a forma como as pessoas viviam e trabalhavam. A cultura de massa, com a popularização do cinema, da televisão e da internet, transformou a maneira como as pessoas se relacionam e se informam. A tecnologia, por sua vez, teve um impacto decisivo em várias áreas da vida humana, desde a comunicação até a produção e distribuição de bens e serviços.


Em resumo, a Idade Contemporânea é um período de mudanças e transformações profundas em diversos aspectos da vida humana. A política, a economia, a ciência, a cultura e a tecnologia foram afetados de maneiras significativas, moldando a sociedade que conhecemos hoje.






BIBLIOGRAFIA 

  • HOBSBAWM, Eric. A Era dos Extremos: o breve século XX, 1914-1991. Companhia das Letras, 1995.
  • GIDDENS, Anthony. As Consequências da Modernidade. Unesp, 1991.
  • CHALHOUB, Sidney. A Força da Escravidão: ilegalidade e costume no Brasil oitocentista. Companhia das Letras, 2012.
  • TOURAINE, Alain. Crítica da Modernidade. Vozes, 1994.
  • CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. Paz e Terra, 1999.




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A Europa Protestante



A Europa Protestante teve seu início no século XVI, com a Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero na Alemanha. Esse movimento religioso buscava reformar a Igreja Católica, que era vista como corrupta e desviada dos ensinamentos de Jesus Cristo. Lutero e outros líderes protestantes defendiam a ideia de que a salvação vinha pela fé em Jesus Cristo, e não pelas boas obras e pelo cumprimento de rituais religiosos, como a confissão e a penitência.


Durante o século XVI e XVII, a Europa foi palco de conflitos religiosos entre católicos e protestantes, como a Guerra dos Trinta Anos, que ocorreu na Alemanha entre 1618 e 1648. Nesse período, os países europeus se dividiram entre os que adotaram o protestantismo e os que permaneceram católicos, e muitas vezes houve perseguições religiosas e guerras entre esses grupos.


No início da Idade Contemporânea, no século XVIII, a Europa Protestante já estava consolidada e havia se espalhado para outros continentes, como a América do Norte e do Sul. Nesse período, surgiram novas denominações protestantes, como o metodismo e o pentecostalismo, que se diferenciavam das igrejas luteranas e calvinistas.


Atualmente, a Europa Protestante é composta por diversas igrejas e denominações, como a Igreja Anglicana na Inglaterra, a Igreja Evangélica na Alemanha e a Igreja Presbiteriana na Escócia. Embora o protestantismo tenha perdido espaço na Europa Ocidental nas últimas décadas, em países como o Brasil e a África do Sul, o número de fiéis protestantes tem crescido significativamente.


Hoje em dia, as igrejas protestantes têm uma atuação importante na sociedade, seja na área da educação, da assistência social ou da política. Muitas organizações protestantes são engajadas em causas como a luta contra a pobreza e a injustiça social, a defesa dos direitos humanos e a preservação do meio ambiente. Além disso, as igrejas protestantes têm contribuído para o diálogo inter-religioso e para a promoção da paz em diversas partes do mundo.






DIFICULDADES PROTESTANTES


A resistência da Europa em relação ao protestantismo pode ser explicada por diversos fatores históricos e culturais. Primeiramente, a Reforma Protestante provocou uma profunda divisão no cristianismo, gerando conflitos e guerras religiosas que deixaram marcas profundas na sociedade europeia. Muitos países, como a Espanha, a Itália e a França, permaneceram fortemente católicos e resistiram ao avanço do protestantismo.


Além disso, a Europa passou por um processo de secularização ao longo dos últimos séculos, com o surgimento da ciência moderna, do iluminismo e da Revolução Francesa. Esse processo enfraqueceu a influência da religião na vida pública e privada, o que pode ter contribuído para o declínio do protestantismo na Europa.


Por fim, o aumento da imigração de pessoas de outras religiões, como o islamismo, para a Europa nas últimas décadas também tem contribuído para a diversificação religiosa do continente. Além disso, o ateísmo e o agnosticismo têm crescido significativamente entre os jovens europeus, que têm se distanciado cada vez mais das tradições religiosas de seus países.


Diante desses fatores, as igrejas protestantes na Europa têm enfrentado grandes desafios para manter e expandir sua influência. Muitas têm buscado se reinventar, adotando novas estratégias para se aproximar de novos públicos e renovando sua mensagem religiosa para dialogar com as mudanças sociais e culturais da contemporaneidade.






BIBLIOGRAFIA 

  • MacCulloch, D. (2003). A Reforma: uma história. São Paulo: Companhia das Letras.
  • Hillerbrand, H. J. (2009). A Reforma Protestante. São Paulo: Edições Loyola.
  • Latourette, K. S. (2009). A História do Cristianismo. São Paulo: AST Editorial.
  • Bruce, S. (2010). Deus é morto: o declínio da religião ocidental. São Paulo: Editora UNESP.
  • Martin, D. (2003). Ateísmo: uma introdução. São Paulo: Editora Loyola.
  • Harvey, G. (2000). Religião na Europa. Londres: Routledge.
  • Casanova, J. (2012). A secularização na Europa: uma abordagem comparativa. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.




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A Europa Católica


A Europa Católica no início da Idade Moderna era um continente profundamente marcado pelo poder da Igreja Católica. A Reforma Protestante, iniciada por Martinho Lutero em 1517, trouxe uma forte ruptura na unidade religiosa europeia, mas a Igreja Católica permaneceu como uma instituição poderosa e influente, com a figura do Papa exercendo uma grande autoridade sobre os governantes e a sociedade em geral. As artes e a cultura eram fortemente influenciadas pela religião católica, com a produção de obras de arte sacra e o estabelecimento de universidades e escolas católicas.


No entanto, ao longo do tempo, a Igreja Católica enfrentou diversos desafios que afetaram sua posição de influência na Europa. A Reforma Protestante provocou uma divisão no cristianismo que gerou conflitos e guerras religiosas que deixaram marcas profundas na sociedade europeia. O Iluminismo e a Revolução Francesa trouxeram uma forte crítica ao poder da Igreja e à sua relação com a monarquia e o Estado. A secularização da sociedade e a emergência de novas correntes filosóficas, como o positivismo, também enfraqueceram a influência da Igreja Católica.


Atualmente, a Igreja Católica na Europa enfrenta uma série de desafios, como o declínio do número de fiéis, o envelhecimento do clero, a crise de vocações sacerdotais, a queda de receitas e a crise de confiança em relação à instituição. A secularização e o aumento da diversidade religiosa também têm afetado a influência da Igreja Católica na vida pública europeia.


No entanto, a Igreja Católica continua a exercer uma influência importante em diversas áreas da vida social e política, especialmente em países como a Itália, Espanha e Polônia, onde o catolicismo é a religião predominante. A Igreja Católica tem se engajado em diversos debates sociais, como a imigração, a luta contra a pobreza e a justiça social. Além disso, o Papa Francisco tem buscado renovar a mensagem da Igreja Católica, com uma maior ênfase nas questões sociais e na proteção do meio ambiente.


Assim, a Europa Católica é um continente marcado pela influência da Igreja Católica ao longo da história, mas que tem enfrentado desafios crescentes para manter sua posição de poder e influência. A Igreja Católica tem buscado se adaptar às mudanças sociais e culturais da contemporaneidade, mas seu futuro na Europa é incerto e dependerá de sua capacidade de se reinventar e dialogar com as transformações em curso na sociedade.



BIBLIOGRAFIA 

  • D'Agostino, G. (2017). A Igreja Católica e a Modernidade: História e Desafios Contemporâneos. São Paulo: Paulus Editora.
  • Johnson, P. (2005). Uma História do Cristianismo. Rio de Janeiro: Ediouro.
  • Laursen, J. C. (2017). Catolicismo e a Europa: Mudança e Continuidade desde 1945. São Paulo: Editora Unesp.
  • Chauvet, L. M. (2019). Igreja e sociedade na Europa contemporânea. São Paulo: Paulinas Editora.
  • Delumeau, J. (2002). O que Sobrou do Paraíso: O Fim das Mentalidades Medievais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.
  • Durand, J. Y. (2012). O catolicismo na Europa contemporânea. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.
  • McManners, J. (2010). A Grande História do Cristianismo: Como a Fé Cristã Moldou o Mundo. São Paulo: Cultrix.




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Iluminismo


Introdução ao Iluminismo: Origens e Definições

O Iluminismo foi um movimento cultural e intelectual que teve seu auge na Europa durante o século XVIII, que buscava difundir a razão e a ciência como formas de combater o obscurantismo e as superstições. A filosofia iluminista defendia a liberdade, a igualdade e a fraternidade, a tolerância religiosa e a democracia, influenciando profundamente a história da humanidade.


Os principais pensadores do Iluminismo

O Iluminismo teve em seus principais pensadores sua principal fonte de inspiração. Destacam-se nomes como Voltaire, Montesquieu, Rousseau e Diderot. Cada um deles defendeu ideias que revolucionaram o pensamento da época, promovendo a liberdade de pensamento e expressão.


A Revolução Científica e o Iluminismo

A Revolução Científica foi um movimento de renovação da ciência ocorrido no final do século XVI, que trouxe grandes avanços para a humanidade. O Iluminismo aproveitou-se desses avanços para propagar a ideia de que a razão é a principal forma de se entender o mundo. Isso influenciou a criação de novos campos do conhecimento, como a psicologia, a sociologia e a história.


A religião e a moral no Iluminismo

A religião e a moral foram temas bastante explorados pelos iluministas. Muitos deles criticaram a Igreja Católica e a religião em geral, acusando-as de promover a superstição e a intolerância. Eles propuseram a tolerância religiosa e a liberdade de crença como formas de combater a intolerância.


A influência do Iluminismo na Revolução Americana

O Iluminismo teve grande influência na Revolução Americana, que resultou na independência dos Estados Unidos da América. As ideias de liberdade e igualdade defendidas pelos iluministas inspiraram a declaração de independência e a constituição dos Estados Unidos, que se tornaram modelos para muitos países.


A influência do Iluminismo na Revolução Francesa

O Iluminismo também teve grande influência na Revolução Francesa, que ocorreu alguns anos depois da Revolução Americana. As ideias de igualdade, liberdade e fraternidade defendidas pelos iluministas foram fundamentais para o movimento revolucionário que derrubou a monarquia francesa.


A Ilustração e a produção cultural no Iluminismo

A Ilustração foi um movimento cultural que ocorreu durante o Iluminismo, que buscava difundir o conhecimento e a cultura por meio da produção de livros, enciclopédias e outros materiais educativos. A Ilustração foi importante para a disseminação das ideias iluministas e para a formação de uma sociedade mais culta e esclarecida.


A arte e a arquitetura no Iluminismo

A arte e a arquitetura também foram influenciadas pelo Iluminismo. O estilo neoclássico, que buscou resgatar os valores da Grécia e de Roma, foi muito utilizado na produção artística e arquitônica da época. A arte e a arquitetura neoclássicas eram consideradas símbolos de beleza, ordem e harmonia, que refletiam a razão e a proporção.


O legado do Iluminismo na contemporaneidade

O legado do Iluminismo é imenso e pode ser sentido até os dias de hoje. Suas ideias e valores foram fundamentais para a formação da sociedade moderna e para a consolidação da democracia e dos direitos humanos. A busca pelo conhecimento e pela razão ainda é uma característica importante da sociedade contemporânea, que se baseia na ciência e na tecnologia para evoluir.


Críticas e desafios do Iluminismo na contemporaneidade

Apesar de suas contribuições, o Iluminismo também tem sido criticado por alguns aspectos, como o racismo, a discriminação e o eurocentrismo. Algumas correntes críticas argumentam que o Iluminismo, ao promover a razão, teria desvalorizado a emoção e a subjetividade, além de ter dado pouca atenção aos problemas sociais e políticos enfrentados pelas populações mais vulneráveis. Ainda assim, o Iluminismo continua sendo um marco na história da humanidade, que influenciou profundamente a forma como pensamos e agimos.





BIBLIOGRAFIA 

  • "O século das luzes" de Alejo Carpentier
  • "O iluminismo como negócio" de Jonathan Israel
  • "Voltaire" de Ian Davidson
  • "Montesquieu: a política e a história" de Rodrigo de Castro Lopes
  • "O contrato social" de Jean-Jacques Rousseau
  • "Enciclopédia ou dicionário raciocinado das ciências, das artes e dos ofícios" de Denis Diderot e Jean le Rond d'Alembert
  • "A filosofia das luzes" de Cassirer
  • "A história da civilização em 50 vidas" de Nigel Spivey (contém capítulos sobre pensadores iluministas)
  • "A era das revoluções" de Eric Hobsbawm (contém capítulo sobre a influência do Iluminismo na Revolução Francesa)



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Revolução Francesa


Parágrafo 1 - Introdução à Revolução Francesa

A Revolução Francesa foi um evento que ocorreu na França entre 1789 e 1799, que alterou significativamente a estrutura política e social da França. O movimento foi impulsionado por uma série de fatores, incluindo a insatisfação com o absolutismo monárquico, as disparidades sociais e econômicas entre as classes e as influências da Ilustração. A Revolução Francesa foi um dos eventos mais significativos da história moderna e teve um impacto profundo não apenas na França, mas em todo o mundo.


Parágrafo 2 - Antecedentes da Revolução Francesa

Os antecedentes da Revolução Francesa incluem a ascensão da classe média, que ficou descontente com a dominação política da nobreza e da monarquia. A crise financeira da França, resultante de anos de guerras e despesas extravagantes da corte, também contribuiu para a insatisfação popular. Além disso, a influência dos filósofos da Ilustração, como Voltaire e Rousseau, que defendiam os direitos individuais e a igualdade, também alimentou a ideia de mudança política.


Parágrafo 3 - Principais Personagens da Revolução Francesa

Dentre os principais personagens da Revolução Francesa destacam-se Maximilien de Robespierre, líder da fase radical da revolução, Napoleão Bonaparte, que emergiu da turbulência da Revolução para se tornar o líder da França, e Louis XVI, o último rei da França, que foi deposto e executado pela guilhotina.


Parágrafo 4 - As Fases da Revolução Francesa

A Revolução Francesa ocorreu em três fases principais. A primeira fase, conhecida como a Revolução Liberal, foi marcada pela convocação dos Estados Gerais, que levou à formação da Assembleia Nacional Constituinte e à promulgação da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. A segunda fase, conhecida como a Revolução Radical, foi liderada por Robespierre e a Convenção Nacional, e caracterizou-se pela violência e pela instabilidade política. A terceira fase, conhecida como a Revolução Termidoriana, foi liderada pela burguesia e levou ao estabelecimento do Diretório e à ascensão de Napoleão Bonaparte.


Parágrafo 5 - Eventos Importantes da Revolução Francesa

Dentre os eventos mais importantes da Revolução Francesa destacam-se a Queda da Bastilha, um símbolo do descontentamento popular, a criação da Assembleia Nacional Constituinte, que estabeleceu a primeira constituição da França, a execução de Louis XVI e a ascensão de Napoleão Bonaparte.


Parágrafo 6 - As Consequências da Revolução Francesa

A Revolução Francesa teve consequências significativas em todo o mundo. Na França, a revolução eliminou a monarquia e estabeleceu a Primeira República Francesa. Além disso, a revolução aboliu os privilégios da nobreza e criou uma nova classe média




BIBLIOGRAFIA 

  • Doyle, W. (2001). The Oxford History of the French Revolution. Oxford University Press.
  • Schama, S. (1989). Citizens: A Chronicle of the French Revolution. Vintage Books.
  • Soboul, A. (1975). The French Revolution, 1787-1799: From the Storming of the Bastille to Napoleon. Vintage Books.
  • Lefebvre, G. (1962). The French Revolution: From Its Origins to 1793. Columbia University Press.
  • Palmer, R.R. (1959). The Age of the Democratic Revolution: A Political History of Europe and America, 1760-1800. Princeton University Press.




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 Capitalismo a todo vapor


Título 1: A origem do capitalismo e suas características principais

O capitalismo é um sistema econômico que se baseia na propriedade privada dos meios de produção e na busca pelo lucro através da venda de mercadorias no mercado. Surgiu na Europa no final da Idade Média e se consolidou como modo de produção dominante a partir da Revolução Industrial no século XVIII. Entre suas características principais estão a livre concorrência, a acumulação de capital, a divisão social do trabalho e a exploração da força de trabalho.


Título 2: A expansão do capitalismo e o imperialismo

No final do século XIX, as potências capitalistas europeias iniciaram um processo de expansão imperialista, buscando novos mercados consumidores, matérias-primas e áreas para investimento de capital. Esse processo gerou conflitos entre as potências e culminou na Primeira Guerra Mundial, que deixou milhões de mortos e mudou a configuração política e econômica da Europa.


Título 3: O capitalismo na era pós-guerra e o fordismo

Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos se consolidaram como potência mundial e difundiram seu modelo econômico, baseado no fordismo. Esse modelo se caracteriza pela produção em massa de bens padronizados, pela divisão do trabalho e pela expansão do consumo, estimulado pelo crédito. Esse período foi marcado por uma relativa estabilidade e prosperidade, mas também por conflitos sociais e políticos, como a Guerra Fria e os movimentos de contestação do sistema.


Título 4: O neoliberalismo e a globalização

A partir da década de 1970, o capitalismo entrou em uma nova fase, marcada pela ascensão do neoliberalismo e pela globalização. O neoliberalismo se caracteriza pela defesa da livre concorrência, pela redução do papel do Estado na economia e pela flexibilização dos direitos trabalhistas e sociais. A globalização se refere à intensificação das relações econômicas, financeiras e culturais entre os países, mediadas pelas corporações transnacionais e pelos mercados financeiros.


Título 5: A financeirização da economia e a crise de 2008

Uma das principais características da globalização foi a crescente importância do setor financeiro na economia mundial. Isso gerou uma intensa especulação e uma desregulação que culminou na crise financeira de 2008, que teve repercussões globais e provocou uma série de medidas de austeridade e de precarização do trabalho.


Título 6: As desigualdades sociais e a exclusão

Apesar do crescimento econômico e da melhoria de indicadores sociais em muitos países, o capitalismo também gerou profundas desigualdades sociais e exclusão. Milhões de pessoas vivem na pobreza extrema, sem acesso a serviços básicos como saúde, educação e moradia. As desigualdades entre países e dentro deles são cada vez mais acentuadas, gerando conflitos e tensões sociais.


Título 7: A crise ambiental e a degradação do planeta

Outra consequência perversa do capitalismo é a crise ambiental e a degradação do planeta. As atividades econômicas baseadas no uso intensivo de recursos naturais, na produção e no consumo em massa geraram impactos ambientais que ameaçam a sobrevivência da vida na Terra. O aquecimento global, a perda da biodiversidade, a poluição do ar e da água são alguns dos problemas que exigem uma resposta urgente por parte das sociedades e dos governos.


Título 8: A cultura do consumismo e o individualismo

O capitalismo também gerou uma cultura do consumismo e do individualismo, em que a felicidade e o sucesso são associados ao consumo de bens e serviços. Isso gerou uma sociedade de consumo em que as pessoas são incentivadas a buscar a satisfação de suas necessidades e desejos através do consumo, em detrimento de valores como a solidariedade, o cuidado com o outro e o meio ambiente.


Título 9: As resistências e as alternativas ao capitalismo

Apesar das consequências perversas do capitalismo, há resistências e alternativas sendo construídas por movimentos sociais, organizações populares e governos que buscam transformar as relações sociais e econômicas em direção a um modelo mais justo, sustentável e democrático. Essas resistências e alternativas se manifestam em diversas áreas, como a agricultura familiar, a economia solidária, o cooperativismo, a educação popular, entre outras.


Título 10: O futuro do capitalismo e a luta por um mundo melhor

O futuro do capitalismo é incerto e depende das ações que as sociedades e os governos adotarão para enfrentar os desafios e as contradições desse sistema. A luta por um mundo melhor exige a construção de novos paradigmas e alternativas que permitam superar as desigualdades, a exclusão e a degradação ambiental e construir uma sociedade baseada em valores como a solidariedade, a justiça e a liberdade.


BIBLIOGRAFIA

  • Marx, K. O Capital. Boitempo, 2017.
  • Harvey, D. O Enigma do Capital e as Crises do Capitalismo. Boitempo, 2011.
  • Piketty, T. O Capital no Século XXI. Intrínseca, 2014.
  • Klein, N. A Doutrina do Choque: A Ascensão do Capitalismo de Desastre. Companhia das Letras, 2018.
  • Santos, B. S. A Coragem da Utopia. Cortez, 2017.




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Revoluções Industriais


A primeira revolução industrial (1760-1840) - a introdução das máquinas e do uso de carvão como fonte de energia transformou a produção têxtil, a agricultura e o transporte, impulsionando a economia e o crescimento populacional. Entretanto, o trabalho em condições desumanas nas fábricas, a poluição ambiental e o aumento da desigualdade social foram algumas das consequências perversas.


Os pioneiros da primeira revolução industrial - James Watt, Richard Arkwright, Samuel Crompton, Eli Whitney e outros inventores e empreendedores foram fundamentais para a inovação e a expansão da indústria têxtil, de máquinas a vapor, de locomotivas e outros avanços tecnológicos.


A segunda revolução industrial (1850-1914) - a eletrificação, o petróleo, a produção em massa, o telégrafo e outras inovações transformaram ainda mais a produção e a vida urbana, gerando riqueza e progresso, mas também aumentando a exploração do trabalho infantil, a concentração de poder e a instabilidade política.


Os barões do aço e do petróleo - Andrew Carnegie, John D. Rockefeller, J.P. Morgan, Cornelius Vanderbilt e outros magnatas da indústria e finanças dos Estados Unidos foram responsáveis pela criação de grandes impérios empresariais e pelo fortalecimento do capitalismo, mas também enfrentaram críticas por sua exploração dos trabalhadores e do meio ambiente.


A terceira revolução industrial (1945-1970) - a eletrônica, a aviação, o plástico, a televisão, o computador e outros avanços tecnológicos mudaram a forma como as pessoas trabalham, consomem e se comunicam, gerando prosperidade, mas também desigualdade e conflitos.


A corrida espacial e a Guerra Fria - a competição entre Estados Unidos e União Soviética para dominar a exploração espacial e a tecnologia nuclear refletiu a busca por poder e prestígio, mas também gerou gastos excessivos e riscos de conflito global.


A quarta revolução industrial (a partir de 2010) - a digitalização, a inteligência artificial, a robótica, a biotecnologia e outras tecnologias disruptivas prometem mudar radicalmente a economia, a sociedade e a própria natureza humana, mas também suscitam preocupações sobre o futuro do trabalho, da privacidade e da ética.


A era dos bilionários do Vale do Silício - Jeff Bezos, Elon Musk, Mark Zuckerberg, Bill Gates e outros líderes do setor de tecnologia são os novos protagonistas da economia global, criando novas formas de produção, comunicação e interação social, mas também enfrentando críticas por sua concentração de poder e impacto negativo no meio ambiente.


A crise climática e a necessidade de uma transição verde - o aumento da temperatura média da Terra, o derretimento das geleiras, o aumento do nível do mar e outras consequências das mudanças climáticas representam uma ameaça à sobrevivência da humanidade e exigem uma mudança radical nos padrões de consumo e produção, com a adoção de fontes de energia limpa e a redução das emissões de gases de efeito estufa.


O desafio da governança global na era da revolução tecnológica - a crescente interdependência econômica, ambiental e política entre os países exige uma cooperação internacional efetiva para lidar com problemas globais como a pobreza, a desigualdade, as guerras e as ameaças à segurança cibernética. Ao mesmo tempo, a competição entre as potências e as divisões ideológicas e culturais dificultam a criação de uma ordem global justa e estável. A história das revoluções industriais mostra que a busca por progresso e prosperidade não pode ignorar os desafios éticos, sociais e ambientais, e que é preciso encontrar um equilíbrio entre a inovação tecnológica e o respeito à dignidade humana e à natureza.



BIBLIOGRAFIA 

  • The Industrial Revolution: A Very Short Introduction, por Robert C. Allen (Oxford University Press, 2017)
  • The Second Industrial Revolution, 1870-1914, por Pat Hudson (Palgrave Macmillan, 1992)
  • The New Industrial Revolution: Consumers, Globalization and the End of Mass Production, por Peter Marsh (Yale University Press, 2012)
  • The Fourth Industrial Revolution, por Klaus Schwab (World Economic Forum, 2016)
  • The Age of Surveillance Capitalism: The Fight for a Human Future at the New Frontier of Power, por Shoshana Zuboff (PublicAffairs, 2019)
  • Climate Crisis and the Global Green New Deal: The Political Economy of Saving the Planet, por Noam Chomsky e Robert Pollin (Verso, 2020)
  • The Governance of Global Competition: Competence Allocation in International Competition Policy, por Joachim Zekoll e Richard Whish (Cambridge University Press, 2018)




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Escravidão Africana



Parágrafo 1:

A escravidão africana na Idade Contemporânea foi um dos capítulos mais sombrios da história da humanidade, caracterizado pela captura, venda e exploração de milhões de africanos pelos europeus. Essa prática desumana teve consequências devastadoras para os indivíduos escravizados e suas comunidades.


Parágrafo 2:

Personagens-chave nesse contexto incluem traficantes de escravos europeus e africanos, governantes africanos colaboracionistas, comerciantes de escravos e os próprios escravizados. Os traficantes europeus, por exemplo, exploraram o comércio transatlântico de escravos para obter lucro, enquanto os traficantes africanos muitas vezes participavam ativamente da captura e venda de seus próprios compatriotas.


Parágrafo 3:

O evento central da escravidão africana na Idade Contemporânea foi a chamada "diáspora africana", que ocorreu entre os séculos XVI e XIX. Durante esse período, milhões de africanos foram arrancados de suas terras natais e transportados à força para as Américas, especialmente para as plantações de açúcar, tabaco e algodão.


Parágrafo 4:

A brutalidade e as condições deploráveis durante a travessia do Atlântico, conhecida como "passagem do meio", deixaram um rastro de morte e sofrimento. Os escravizados eram amontoados em navios superlotados, onde muitos morriam de doenças, desnutrição e maus-tratos. Essa jornada representou um dos aspectos mais desumanos da escravidão africana.


Parágrafo 5:

As consequências perversas da escravidão africana foram vastas e de longo prazo. Para os africanos escravizados, a perda da liberdade, a violência física e psicológica, a separação de suas famílias e a privação cultural foram algumas das consequências mais imediatas e devastadoras. Além disso, as comunidades africanas sofreram um enfraquecimento significativo, com a perda de jovens e líderes.


Parágrafo 6:

A influência do ocidente cristão nesse contexto foi marcada pelo silêncio conveniente e pela hipocrisia. Embora a religião cristã pregue valores de amor, igualdade e justiça, muitos cristãos ocidentais ignoraram ou justificaram a escravidão africana com base em argumentos racistas e econômicos, desconsiderando a humanidade dos escravizados.


Parágrafo 7:

A mentalidade eurocêntrica e o sistema colonialista perpetuaram a desumanização dos africanos, retratando-os como inferiores e justificando sua exploração. Essa visão distorcida contribuiu para a criação de estereótipos e preconceitos arraigados que persistem até hoje.


Parágrafo 8:

A escravidão africana também moldou profundamente a história das Américas, com impactos duradouros nas estruturas sociais, econômicas e culturais dessas regiões. A mão de obra escrava foi fundamental para o desenvolvimento de indústrias, plantações e comércio nas Américas, fornecendo uma base econômica sólida para o crescimento dessas sociedades.


Parágrafo 9:

Além disso, a escravidão africana contribuiu para a construção de estruturas de poder desiguais e perpetuou a discriminação racial. O legado da escravidão ainda é visível nas desigualdades sociais, econômicas e educacionais enfrentadas pelas comunidades afrodescendentes até os dias de hoje.


Parágrafo 10:

Embora o silêncio conveniente do ocidente cristão em relação à escravidão africana seja um fato triste e vergonhoso, é importante reconhecer que, ao longo do tempo, houve movimentos e indivíduos que se levantaram contra a escravidão, lutando pela abolição e pelos direitos humanos. A conscientização sobre os horrores da escravidão africana na Idade Contemporânea serve como um lembrete doloroso, mas necessário, do passado da humanidade e nos incentiva a buscar justiça, igualdade e inclusão para todos.


Esses parágrafos fornecem uma visão geral dos principais aspectos da escravidão africana na Idade Contemporânea, desde os personagens envolvidos até os eventos e consequências perversas que moldaram a história da humanidade. Embora o silêncio conveniente do ocidente cristão tenha sido lamentável, é importante reconhecer e aprender com esse capítulo sombrio, a fim de promover uma sociedade mais justa e igualitária para todos.






BIBLIOGRAFIA 

  • "Caucasia: A História do Comércio de Escravos entre a África e o Oriente Médio" por Laila Lalami
  • "A Escravidão Moderna: História e Legado" por Gad Heuman
  • "Africanos Livres: A Abolição do Tráfico de Escravos no Brasil" por João José Reis
  • "O Genocídio do Negro Brasileiro: Processo de um Racismo Mascarado" por Abdias do Nascimento
  • "Servidão à Escravidão: A Conquista do Brasil" por Stuart B. Schwartz
  • "A Escravidão no Brasil: Guia de Fontes" por Robert Slenes
  • "A Escravidão Negra no Brasil e as Resistências Possíveis" por Manolo Florentino e João Fragoso
  • "O Atlântico Negro: Modernidade e Dupla Consciência" por Paul Gilroy
  • "Capitalismo e Escravidão: Estudos sobre a Escravidão Transatlântica" por Eric Williams
  • "Africanos no Brasil: A Construção da Escravidão no Novo Mundo" por John Thornton




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Avivamentos Evangélicos


Título: Introdução aos Avivamentos Evangélicos e sua influência na Idade Contemporânea


Parágrafo 1: Definição e contexto histórico

Os avivamentos evangélicos referem-se a períodos de renovação e fervor religioso dentro do movimento cristão evangélico. Eles ocorreram em diferentes momentos da história, especialmente na Idade Contemporânea, desde o século XVIII até os dias atuais. Esses avivamentos foram caracterizados por um desejo intenso de revitalização espiritual, conversão em massa e um foco renovado na fé e prática cristã.


Parágrafo 2: Personagens-chave dos avivamentos

Dentre os personagens notáveis ​​dos avivamentos evangélicos estão líderes religiosos como George Whitefield, Jonathan Edwards, Charles Finney, Dwight L. Moody, Billy Graham e muitos outros. Esses líderes desempenharam papéis significativos ao pregar, ensinar e mobilizar as pessoas para se voltarem a Deus, resultando em movimentos de avivamento em várias partes do mundo.


Parágrafo 3: Eventos e características dos avivamentos

Os avivamentos evangélicos foram marcados por eventos como reuniões de avivamento, pregações intensas, oração fervorosa, testemunhos poderosos, música inspiradora e a ênfase na conversão e transformação pessoal. Esses eventos geralmente atraíam grandes multidões e despertavam um senso de urgência espiritual nas comunidades.


Parágrafo 4: O impacto dos avivamentos na sociedade

Os avivamentos evangélicos tiveram um impacto profundo nas sociedades em que ocorreram. Eles influenciaram áreas como a moralidade, o engajamento social, a educação e a política. Por exemplo, os avivamentos do século XIX nos Estados Unidos desempenharam um papel importante no movimento abolicionista e no fortalecimento dos valores democráticos.


Parágrafo 5: Consequências perversas dos avivamentos

Embora os avivamentos evangélicos tenham trazido benefícios significativos, também houve consequências perversas. Em alguns casos, houve extremismo religioso, intolerância e perseguição contra aqueles que não compartilhavam das mesmas crenças. Além disso, em certos momentos, a ênfase no avivamento espiritual pode ter levado a negligenciar questões sociais e políticas importantes.


Parágrafo 6: Impacto na história da humanidade

Na história da humanidade, os avivamentos evangélicos desempenharam um papel relevante na formação de movimentos sociais e políticos. Por exemplo, nos Estados Unidos, os avivamentos evangélicos influenciaram o movimento dos direitos civis e o ativismo em prol da justiça social. No entanto, também é importante reconhecer que houve momentos em que o silêncio ou a omissão por parte de algumas partes do ocidente cristão foram prejudiciais para a sociedade.


Parágrafo 7: O silêncio conveniente do ocidente cristão (continuação)

Em alguns casos, o ocidente cristão falhou em se posicionar diante de questões morais e sociais cruciais durante períodos de avivamentos evangélicos. Embora os avivamentos tenham trazido renovação espiritual e fervor religioso, houve momentos em que o cristianismo ocidental se absteve de abordar questões sociais importantes, como a escravidão, o colonialismo e a discriminação racial.


Parágrafo 8: Impacto histórico do silêncio conveniente

O silêncio conveniente do ocidente cristão em relação a essas questões teve consequências perversas sobre a história da humanidade na Idade Contemporânea. Por exemplo, durante o período da escravidão, alguns líderes religiosos evangélicos justificaram a prática com base em interpretações distorcidas da Bíblia, enquanto outros simplesmente se calaram, permitindo que a injustiça continuasse.


Parágrafo 9: Desafios atuais e reflexão

É importante reconhecer que nem todos os avivamentos evangélicos ou o ocidente cristão foram cúmplices do silêncio conveniente. Muitos líderes e movimentos cristãos desempenharam papéis significativos no ativismo social e na defesa dos direitos humanos. No entanto, a história mostra que há momentos em que o fervor religioso pode ser desviado ou negligenciado em detrimento de questões cruciais para a justiça e a dignidade humana.


Parágrafo 10: A importância do aprendizado e mudança

Para evitar as consequências perversas do silêncio conveniente, é essencial aprender com a história e buscar um engajamento ativo e responsável com os desafios sociais e morais do nosso tempo. Os avivamentos evangélicos podem servir como lembretes poderosos da importância da renovação espiritual e do zelo religioso, mas também devem nos inspirar a agir com compaixão, justiça e empatia em relação aos outros.


Ao examinar a história dos avivamentos evangélicos, é essencial fazer uma análise abrangente, reconhecendo tanto suas contribuições positivas quanto suas consequências negativas. Somente através do aprendizado e da reflexão podemos trabalhar para construir um futuro mais justo e compassivo, onde a fé religiosa seja um catalisador para a transformação positiva na sociedade, sem ceder ao silêncio conveniente ou à omissão diante das injustiças.



BIBLIOGRAFIA 

  • Marsden, George M. "The Outrageous Idea of Christian Scholarship." Oxford University Press, 1998.
  • Noll, Mark A. "The Rise of Evangelicalism: The Age of Edwards, Whitefield, and the Wesleys." InterVarsity Press, 2003.
  • Bebbington, David W. "Evangelicalism in Modern Britain: A History from the 1730s to the 1980s." Routledge, 1993.
  • Balmer, Randall. "Mine Eyes Have Seen the Glory: A Journey into the Evangelical Subculture in America." Oxford University Press, 1993.
  • Wacker, Grant. "Heaven Below: Early Pentecostals and American Culture." Harvard University Press, 2001.
  • Carpenter, Joel A. "Revive Us Again: The Reawakening of American Fundamentalism." Oxford University Press, 1997.
  • Kidd, Thomas S. "The Great Awakening: The Roots of Evangelical Christianity in Colonial America." Yale University Press, 2009.
  • Noll, Mark A. "The Scandal of the Evangelical Mind." Eerdmans, 1994.
  • Ahlstrom, Sydney E. "A Religious History of the American People." Yale University Press, 2004.
  • Breen, T. H. "The Marketplace of Revolution: How Consumer Politics Shaped American Independence." Oxford University Press, 2004.




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Religiões pelos Continentes




Parágrafo 1: O Continente Europeu e a Cristandade: A expansão do cristianismo no continente europeu desempenhou um papel fundamental na história da humanidade. Desde a conversão de Constantino ao cristianismo, a Igreja Católica Romana ganhou poder político significativo. Isso resultou em eventos como as Cruzadas, onde milhares de pessoas foram mortas em nome da fé cristã. Um exemplo notável é a Quarta Cruzada, que levou ao saque de Constantinopla em 1204 e à divisão entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa.


Parágrafo 2: O Islamismo e suas Consequências no Continente Asiático: O islã, surgido na Arábia no século VII, espalhou-se rapidamente pela Ásia. Eventos como a expansão do Império Otomano e o estabelecimento do Califado de Bagdá tiveram consequências perversas. A conquista islâmica da Índia resultou em tensões religiosas duradouras entre muçulmanos e hindus, culminando na divisão do subcontinente em 1947, com a criação do Paquistão e da Índia, acompanhada de violência e migração em massa.


Parágrafo 3: A África e suas Crenças Tradicionais Sob o Domínio Colonial: A colonização europeia na África trouxe consigo o cristianismo, que muitas vezes suprimiu as crenças tradicionais africanas. A imposição de uma religião estrangeira teve consequências negativas na identidade cultural africana, causando conflitos e divisões sociais. Além disso, missionários cristãos frequentemente colaboraram com os colonizadores na exploração dos recursos e na subjugação dos povos locais.


Parágrafo 4: O Xintoísmo e o Budismo no Extremo Oriente: No Extremo Oriente, o xintoísmo e o budismo têm desempenhado papéis significativos. No entanto, mesmo nessas religiões aparentemente pacíficas, eventos históricos mostraram suas consequências perversas. Durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão, influenciado pelo xintoísmo, realizou atrocidades em nome de sua nação divina, como os massacres de Nanquim e os experimentos em seres humanos nas Unidades 731. Esses eventos mostram como mesmo as religiões aparentemente mais pacíficas podem ser corrompidas em certas circunstâncias.


Parágrafo 5: O Judaísmo e o Estado de Israel no Oriente Médio: O judaísmo desempenha um papel central no conflito no Oriente Médio. A criação do Estado de Israel em 1948 gerou tensões e conflitos com as nações árabes vizinhas. O sionismo, movimento político judaico, reivindicou uma terra historicamente considerada sagrada pelos judeus, resultando em décadas de conflito, guerras e má convivência, em todos os sentidos, em relação aos árabes em geral.


Parágrafo 6: O Hinduísmo e o Nacionalismo na Índia: O hinduísmo é a religião majoritária na Índia e tem sido usado como base para o nacionalismo hindu. Essa união entre religião e política levanta preocupações sobre os direitos das minorias religiosas, como muçulmanos e cristãos, que enfrentam discriminação e violência. Os conflitos entre hindus e muçulmanos, como os ocorridos durante a Partição, evidenciam as consequências perversas dessa interseção.


Parágrafo 7: A Colonização Cristã nas Américas: A colonização das Américas pelos europeus trouxe consigo a disseminação do cristianismo. Enquanto os missionários alegavam trazer salvação e converter os povos nativos, houve também o genocídio e a opressão de comunidades indígenas em nome da expansão religiosa e territorial. Os exemplos incluem a destruição de civilizações mesoamericanas e a repressão dos rituais religiosos indígenas.


Parágrafo 8: O Budismo e o Extremismo na Ásia: Embora o budismo seja frequentemente associado à paz e à compaixão, também há casos em que foi utilizado para justificar violência e discriminação. Na Birmânia (atual Mianmar), monges budistas extremistas têm perseguido minorias étnicas, como os rohingyas, causando um dos piores conflitos humanitários da atualidade. Essas ações contraditórias mostram como até mesmo religiões tidas como pacíficas podem ser manipuladas para fins nefastos.


Parágrafo 9: A Religião na América Latina e suas Consequências Sociais: Na América Latina, o catolicismo foi amplamente difundido pelos colonizadores espanhóis e portugueses. A Igreja Católica exerceu influência política e social, muitas vezes mantendo as populações indígenas e afrodescendentes em condições de marginalização e pobreza. A Teologia da Libertação surgiu como uma tentativa de confrontar essas desigualdades, mas enfrentou resistência da hierarquia da Igreja.


Parágrafo 10: O Silêncio Conveniente do Ocidente Cristão: Ao longo da história, o ocidente cristão muitas vezes permaneceu silencioso diante das consequências perversas das religiões em diferentes continentes. O uso da religião como justificativa para a opressão e a violência muitas vezes foi ignorado ou até mesmo apoiado, perpetuando a subjugação de povos e a manutenção de poder por parte das instituições religiosas. Essa omissão levanta questões sobre a responsabilidade do ocidente cristão na promoção de valores universais de direitos humanos e paz.


Embora seja importante reconhecer as consequências perversas que algumas religiões tiveram ao longo da história, também é fundamental ressaltar que essas ações não representam a totalidade das tradições religiosas em questão. As religiões podem ser fontes de conforto, moralidade e inspiração para muitos indivíduos e comunidades, e é ess





BIBLIOGRAFIA 

  • "A História das Religiões" - Mircea Eliade
  • "A Era das Revoluções: Europa 1789-1848" - Eric Hobsbawm
  • "O Oriente Médio: das Origens aos Nossos Dias" - Bernard Lewis
  • "Oriente Médio Contemporâneo" - Gilbert Achcar
  • "Religião e Política" - Jürgen Habermas
  • "Religião e Dominação Social" - Max Weber
  • "Violência e Religião: Estudos de História das Religiões" - Reimund Bieringer e Jean Zumstein
  • "A Invenção da Tradição" - Eric Hobsbawm e Terence Ranger
  • "Guerras de Religião" - Philippe Erlanger
  • "Religião e Conflito: Um Olhar Interdisciplinar" - Scott W. Hibbard e David G. Horrell (eds.)



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Os principais crimes do Cristianismo


Título: Introdução ao mau uso do cristianismo e seus crimes contra a humanidade


Parágrafo 1:

Nos últimos séculos, o cristianismo tem sido alvo de críticas em relação ao seu mau uso por países e lideranças religiosas, que têm sido atribuídos a crimes contra a humanidade. Esses eventos têm gerado consequências perversas ao longo da história, especialmente na Idade Contemporânea. É importante ressaltar que tais ações não representam a essência do cristianismo, mas sim uma manipulação e distorção de seus princípios.


Parágrafo 2:

Um exemplo marcante é a Inquisição Espanhola, que ocorreu durante os séculos XV e XVI. Liderada pela Igreja Católica, ela tinha como objetivo eliminar a heresia e promover a ortodoxia. Milhares de pessoas foram torturadas, condenadas e executadas, como foi o caso dos judeus e muçulmanos convertidos forçadamente ao cristianismo.


Parágrafo 3:

Outro exemplo é o genocídio dos povos nativos americanos durante a colonização das Américas. Liderados por exploradores e missionários cristãos, muitos povos indígenas foram dizimados, tendo suas terras e recursos usurpados. O missionário Bartolomé de las Casas denunciou essas atrocidades, mas elas persistiram por séculos.


Parágrafo 4:

A escravidão também teve uma conexão com o mau uso do cristianismo. Durante a expansão colonial europeia, muitos países e líderes religiosos justificavam a escravidão africana com base em interpretações distorcidas da Bíblia. A crença na superioridade racial e a exploração dos escravizados eram promovidas, causando inúmeros sofrimentos e injustiças.


Parágrafo 5:

Na Idade Contemporânea, um exemplo é o apartheid na África do Sul. O regime segregacionista baseado em raça e etnia foi defendido por líderes religiosos brancos, que usaram interpretações distorcidas da Bíblia para justificar a discriminação e a opressão contra a maioria negra. Isso resultou em décadas de violência e desigualdade.


Parágrafo 6:

No contexto mais recente, podemos citar os abusos sexuais cometidos por líderes religiosos, principalmente na Igreja Católica. Casos de pedofilia e acobertamento de crimes abalaram a confiança dos fiéis, revelando a corrupção e a impunidade que permearam algumas instituições religiosas.


Parágrafo 7:

Outra questão relevante é o papel desempenhado por líderes religiosos em conflitos políticos e guerras. A instrumentalização da religião para incitar ódio, justificar violência e promover o terrorismo tem sido uma realidade em várias partes do mundo, como vimos em grupos extremistas como o Estado Islâmico.


Parágrafo 8:

O silêncio conveniente do ocidente cristão diante desses eventos também é uma questão crítica. Muitas vezes, governos e líderes religiosos ocidentais se abstêm de condenar abertamente essas violações dos direitos humanos, seja por interesses políticos, medo de conflitos ou uma interpretação seletiva da religião. Esse silêncio conveniente contribui para perpetuar a impunidade e permite que tais crimes se perpetuem ao longo do tempo.


Parágrafo 9:

É importante ressaltar, no entanto, que esses exemplos não representam toda a história do cristianismo. Existem inúmeras comunidades e líderes religiosos que se dedicam verdadeiramente aos princípios de amor, paz, justiça e compaixão ensinados por Jesus Cristo. O cristianismo tem sido uma força motivadora para ações de caridade, ajuda humanitária e defesa dos direitos humanos.


Parágrafo 10:

Concluir que o cristianismo em si é responsável pelos crimes contra a humanidade seria uma generalização simplista e injusta. É essencial separar a mensagem original do cristianismo de sua interpretação e manipulação por indivíduos e instituições ao longo da história. Ao analisar os eventos históricos e suas consequências perversas, é necessário considerar a complexidade dos fatores políticos, econômicos e sociais envolvidos, bem como a responsabilidade individual dos perpetradores.


Em última análise, é fundamental promover uma compreensão crítica e contextualizada do mau uso do cristianismo, reconhecendo tanto suas falhas quanto suas contribuições positivas, a fim de buscar um futuro de respeito mútuo, tolerância religiosa e construção de uma sociedade mais justa e equitativa para todos.






BIBLIOGRAFIA 


González, J. L. (1985). A História do Pensamento Cristão. Editora Vida Nova.

Este livro oferece uma visão abrangente da história do pensamento cristão, incluindo uma discussão sobre eventos históricos controversos.


Pagels, E. (2018). Os Evangelhos Gnósticos. Editora Cultrix.

Nesta obra, a autora explora os evangelhos gnósticos, que fornecem uma perspectiva alternativa sobre o cristianismo primitivo e podem ajudar a compreender as diferentes interpretações da fé cristã ao longo do tempo.


Johnson, P. (2011). História do Cristianismo. Editora Vida Nova.

Este livro abrangente oferece uma visão geral da história do cristianismo, incluindo eventos históricos significativos e seus impactos na sociedade.


McGrath, A. E. (2010). O Cristianismo em uma Era Científica. Editora Shedd Publicações.

O autor explora a relação entre cristianismo e ciência ao longo da história, discutindo também questões éticas e morais associadas ao mau uso da religião.


Ellul, J. (1988). A Subversão do Cristianismo. Editora Vozes.

Neste livro, o autor analisa a relação entre poder político e religião, examinando como o cristianismo tem sido cooptado e distorcido por líderes e governos para promover seus interesses.


Casanova, J. (1994). Public Religions in the Modern World. University of Chicago Press.

Este livro discute o papel das religiões na esfera pública e como a religião pode ser usada para fins políticos e ideológicos, incluindo exemplos relacionados ao cristianismo.




'143<<< >>> ÍNDICE     



PROGRESSIVIDADE

144   11.1. Idade do Progresso

145   11.2. Guerra Civil Capitalista americana

146   11.3. Auge das Ciências

147   11.4. A nova Filosofia

148   11.5. Deus está morto

149   11.6. O Cristianismo emergente

150   11.7. O mormonismo

151   11.8. O adventismo

152   11.9. Os Testemunhas de Jeová

153   11.10. O Pentecostalismo

154   11.11. Religiões pelos Continentes

155   11.12. Os principais crimes do Cristianismo





'144<<< >>> ÍNDICE     


Idade do Progresso


Título: O Século 19: Uma Era de Transformação e Consequências Obscurecidas pelo Ocidente Cristão


Parágrafo 1: Introdução ao Século 19

O século 19 foi marcado por mudanças significativas em várias áreas, como política, economia, tecnologia e cultura. Essa época presenciou a Revolução Industrial, a ascensão do imperialismo e o avanço do pensamento iluminista. No entanto, muitos eventos e personagens importantes dessa era foram obscurecidos pelo silêncio conveniente do ocidente cristão.


Parágrafo 2: Personagens do Século 19

Diversos personagens notáveis surgiram no século 19, incluindo líderes políticos como Napoleão Bonaparte, Otto von Bismarck e Abraham Lincoln. Pensadores influentes como Karl Marx, Charles Darwin e Friedrich Nietzsche também emergiram nessa época, contribuindo para transformações intelectuais e sociais.


Parágrafo 3: Eventos Significativos

Eventos históricos cruciais ocorreram durante o século 19. A Revolução Francesa, ocorrida no final do século 18, estendeu-se para as décadas seguintes e influenciou profundamente a Europa. A Revolução Industrial desencadeou uma rápida industrialização e urbanização, levando a mudanças na estrutura social e nas condições de trabalho.


Parágrafo 4: Imperialismo e Colonização

O século 19 foi marcado pelo surgimento do imperialismo europeu, no qual potências ocidentais exploraram e colonizaram vastas áreas da África, Ásia e América Latina. O controle político, econômico e cultural exercido pelas nações europeias teve consequências devastadoras para as populações nativas, resultando em exploração, escravidão e perda de identidade cultural.


Parágrafo 5: Silêncio do Ocidente Cristão

Durante o século 19, o ocidente cristão, em grande parte, manteve um silêncio conveniente sobre as consequências perversas desses eventos. Muitos cristãos ocidentais estavam envolvidos na colonização e no tráfico de escravos, ignorando os princípios éticos e humanitários defendidos pelo cristianismo.


Parágrafo 6: Abolição da Escravidão

Embora o movimento abolicionista tenha ganhado força no século 19, muitos cristãos ocidentais ainda perpetuaram a escravidão, principalmente nas colônias. A escravidão de africanos e seus descendentes foi uma das maiores injustiças da história, mas o ocidente cristão falhou em denunciar veementemente essa prática.


Parágrafo 7: Consequências do Silêncio

O silêncio conveniente do ocidente cristão sobre as atrocidades cometidas durante o século 19 teve consequências perversas. A desumanização de povos colonizados, a opressão sistemática e a exploração econômica continuaram, perpetuando ciclos de desigualdade e injustiça que afetam a humanidade até os dias atuais.


Parágrafo 8: Racismo e Discriminação

A ideia de superioridade racial, enraizada nas práticas coloniais do século 19, deixou um legado duradouro de racismo e discriminação. O ocidente cristão, ao não confrontar essas ideologias prejudiciais, contribuiu para a perpetuação desses sistemas de opressão, que ainda são evidentes nos dias de hoje.


Parágrafo 9: Exploração dos Recursos Naturais

Durante o século 19, o ocidente cristão também se beneficiou da exploração desenfreada dos recursos naturais em suas colônias. A busca por matérias-primas, como o algodão, o ouro e o petróleo, levou a uma devastação ambiental e à degradação de ecossistemas inteiros. Mais uma vez, o silêncio conveniente permitiu que essas ações destrutivas ocorressem sem questionamentos éticos ou morais.


Parágrafo 10: Legado do Silêncio Conveniente

O silêncio conveniente do ocidente cristão em relação às consequências perversas do século 19 deixou um legado de injustiça, desigualdade e exploração. Esse período histórico foi fundamental para moldar o mundo em que vivemos hoje, e é crucial reconhecer a responsabilidade que o ocidente cristão teve nesse processo. A consciência histórica e o confronto honesto com as consequências desses eventos são essenciais para promover a justiça social e construir um futuro mais inclusivo e equitativo para toda a humanidade.



BIBLIOGRAFIA 

"The Making of the Modern World: Europe, 1750-1914" de C.A. Bayly

"The Age of Revolution: Europe, 1789-1848" de Eric Hobsbawm

"The Age of Capital: 1848-1875" de Eric Hobsbawm

"The Age of Empire: 1875-1914" de Eric Hobsbawm

"A Era das Revoluções: Europa 1789-1848" de Eric J. Hobsbawm

"A Era do Capital: 1848-1875" de Eric J. Hobsbawm

"A Era dos Impérios: 1875-1914" de Eric J. Hobsbawm

"Colonialismo e Neocolonialismo" de Jean-Paul Sartre

"O Capital: Crítica da Economia Política" de Karl Marx

"A Origem das Espécies" de Charles Darwin

"Assim Falou Zaratustra" de Friedrich Nietzsche

"Bury the Chains: Prophets and Rebels in the Fight to Free an Empire's Slaves" de Adam Hochschild

"Capital in the Twenty-First Century" de Thomas Piketty

"The Wretched of the Earth" de Frantz Fanon

"King Leopold's Ghost: A Story of Greed, Terror, and Heroism in Colonial Africa" de Adam Hochschild




'145<<< >>> ÍNDICE     


Guerra Civil Capitalista americana


A Guerra Civil Capitalista Escravagista Americana, também conhecida como Guerra Civil Americana, ocorreu nos Estados Unidos entre 1861 e 1865. Foi um conflito armado marcado pela luta entre o Norte industrializado, favorável à abolição da escravidão, e o Sul agrário, que dependia do trabalho escravo para sua economia baseada na produção de algodão. A guerra teve consequências profundas para a história da humanidade no século 19, e o silêncio conveniente do ocidente cristão diante dessa realidade é notável.


Título: Contexto histórico e econômico


A Guerra Civil Capitalista Escravagista Americana teve suas raízes no sistema escravista que prevaleceu no Sul dos Estados Unidos. A economia do Sul era baseada no trabalho escravo nas plantações de algodão, enquanto o Norte se industrializava rapidamente. Esse contraste econômico e social gerou tensões crescentes entre as regiões.


Título: Personagens-chave


Abraham Lincoln: presidente dos Estados Unidos durante a guerra, ele se opunha à expansão da escravidão e promulgou a Proclamação de Emancipação, que declarou a liberdade dos escravos nos estados rebeldes.

Jefferson Davis: presidente da Confederação, a facção sulista que defendia a secessão e a manutenção da escravidão.

Ulysses S. Grant: general da União, liderou as forças do Norte e foi fundamental para a vitória final.

Robert E. Lee: general confederado, comandou as tropas do Sul e se tornou um ícone da causa escravagista.

Título: Eventos principais


Seccessão: em 1860, após a eleição de Lincoln, sete estados do Sul se separaram da União para formar a Confederação.

Batalha de Fort Sumter: em 1861, o conflito começou quando as forças confederadas atacaram esse forte no litoral da Carolina do Sul, marco inicial da guerra.

Proclamação de Emancipação: em 1862, Lincoln declarou a libertação de todos os escravos nos estados rebeldes, alterando o objetivo da guerra para incluir a abolição da escravidão.

Batalha de Gettysburg: em 1863, foi uma das batalhas mais sangrentas e decisivas da guerra, com a vitória da União.

Queda de Richmond: em 1865, a capital confederada caiu perante as forças da União, sinalizando o fim iminente do conflito.

Título: Consequências perversas


A Guerra Civil Capitalista Escravagista Americana teve consequências perversas sobre a história da humanidade no século 19. Além do enorme custo humano em termos de vidas perdidas, essa guerra evidenciou as profundas divisões sociais e raciais que assolavam os Estados Unidos.


Título: Legado e impacto


O legado da Guerra Civil Americana foi profundo e duradouro. A abolição da escravidão marcou um avanço significativo na luta pelos direitos humanos e na busca pela igualdade racial. A vitória da União estabeleceu a autoridade federal sobre os estados e reafirmou a importância da união nacional. Além disso, a guerra trouxe mudanças políticas, sociais e econômicas que moldaram a história dos Estados Unidos.


Uma das consequências perversas da Guerra Civil foi o enorme número de vidas perdidas. Estima-se que mais de 600 mil soldados morreram durante o conflito, tornando-se uma das guerras mais mortais da história dos EUA. Além disso, a guerra deixou muitos feridos e traumatizados, afetando famílias e comunidades por gerações.


Outra consequência perversa foi o sofrimento dos escravos e dos afro-americanos. Embora a Proclamação de Emancipação tenha declarado a liberdade dos escravos nos estados rebeldes, a igualdade de direitos ainda estava longe de ser alcançada. Após a guerra, os estados sulistas promulgaram as chamadas leis de Jim Crow, que institucionalizaram a segregação racial e negaram direitos básicos aos afro-americanos.


O silêncio conveniente do ocidente cristão diante da Guerra Civil Escravagista pode ser atribuído a vários fatores. Muitos líderes religiosos no Sul eram favoráveis à escravidão e usavam interpretações da Bíblia para justificar essa prática. Além disso, o interesse econômico e a crença na supremacia branca também influenciaram o silêncio ou a justificação da escravidão.


A Guerra Civil Americana também teve um impacto significativo na industrialização do país. Durante o conflito, o Norte desenvolveu uma economia industrial mais forte, enquanto o Sul ficou devastado pela guerra. Isso levou a uma maior disparidade econômica entre as regiões e contribuiu para o crescimento do poder industrial nos Estados Unidos.


Em termos políticos, a guerra fortaleceu o poder do governo federal e estabeleceu a primazia da União sobre os estados. A vitória da União reforçou a ideia de que a soberania do país reside no governo central e não nos estados individuais.


No final das contas, a Guerra Civil Capitalista Escravagista Americana deixou um legado complexo e contraditório. Embora tenha levado à abolição da escravidão e fortalecido a União, as consequências perversas do conflito continuaram a afetar a sociedade americana por décadas. A luta pelos direitos civis e a busca pela igualdade racial ainda são questões importantes nos Estados Unidos atualmente, destacando a importância de compreender e confrontar os eventos e as consequências da Guerra Civil Escravagista.






BIBLIOGRAFIA 

"A People's History of the United States" por Howard Zinn

"Battle Cry of Freedom: The Civil War Era" por James M. McPherson

"The Fiery Trial: Abraham Lincoln and American Slavery" por Eric Foner

"American Slavery, American Freedom: The Ordeal of Colonial Virginia" por Edmund S. Morgan

"Stamped from the Beginning: The Definitive History of Racist Ideas in America" por Ibram X. Kendi

"The Half Has Never Been Told: Slavery and the Making of American Capitalism" por Edward E. Baptist

"The Civil War: A Narrative" por Shelby Foote

"The Slave Ship: A Human History" por Marcus Rediker

"Lies My Teacher Told Me: Everything Your American History Textbook Got Wrong" por James W. Loewen

"Frederick Douglass: Prophet of Freedom" por David W. Blight




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Auge das Ciências



Título: O Auge das Ciências e a Transformação do Conhecimento no Século 19


Parágrafo 1: Introdução ao Auge das Ciências no século 19

O século 19 foi marcado por um intenso desenvolvimento científico, onde diversas áreas do conhecimento floresceram. Esse período, conhecido como o Auge das Ciências, trouxe avanços revolucionários que moldaram a história da humanidade.


Parágrafo 2: Os Personagens do Auge das Ciências

Vários cientistas e pesquisadores se destacaram nesse período. Charles Darwin, por exemplo, desenvolveu a teoria da evolução, que revolucionou a biologia e a compreensão da origem e diversidade das espécies. Louis Pasteur, por sua vez, fez descobertas fundamentais no campo da microbiologia, o que levou ao desenvolvimento de vacinas e técnicas de esterilização.


Parágrafo 3: A Influência da Revolução Industrial

A Revolução Industrial, que ocorreu paralelamente ao Auge das Ciências, proporcionou avanços tecnológicos que impulsionaram as pesquisas científicas. A mecanização das indústrias e o surgimento de novos materiais possibilitaram experimentos e descobertas inovadoras.


Parágrafo 4: A Teoria da Evolução e suas Consequências

A teoria da evolução de Darwin teve impactos profundos na compreensão da biologia e da história da vida na Terra. Essa teoria desafiou as concepções religiosas sobre a criação e gerou controvérsias, principalmente entre os defensores do criacionismo. A disputa entre o pensamento religioso e o científico gerou debates acalorados que perduram até os dias de hoje.


Parágrafo 5: A Descoberta da Energia Elétrica

Outro avanço científico significativo no século 19 foi a descoberta e o estudo da energia elétrica. Pesquisadores como Michael Faraday e Thomas Edison contribuíram para o desenvolvimento das teorias e tecnologias relacionadas à eletricidade, possibilitando a invenção de dispositivos como a lâmpada elétrica e o motor elétrico, que revolucionaram a sociedade.


Parágrafo 6: A Teoria da Relatividade de Einstein

No início do século 20, mas com suas bases desenvolvidas no final do século 19, Albert Einstein propôs a Teoria da Relatividade, que revolucionou a física e a compreensão do espaço, tempo e gravidade. Essa teoria teve implicações profundas na ciência e na filosofia, abrindo caminho para novas descobertas e desafios ao pensamento tradicional.


Parágrafo 7: O Desenvolvimento da Química

No século 19, a química avançou significativamente. Dmitri Mendeleev criou a tabela periódica, uma ferramenta essencial para organizar e compreender os elementos químicos. A química orgânica também se desenvolveu, com a descoberta de compostos e reações químicas fundamentais para a indústria farmacêutica e outras aplicações


Parágrafo 8: A Medicina e a Cirurgia Moderna

No século 19, houve avanços significativos na medicina e na cirurgia, impulsionados pelo Auge das Ciências. Surgiram técnicas cirúrgicas mais seguras e eficazes, como a anestesia e a técnica asséptica de Joseph Lister, que reduziram a mortalidade durante os procedimentos. Além disso, pesquisas sobre microorganismos e a transmissão de doenças levaram a importantes descobertas no campo da medicina preventiva.


Parágrafo 9: A Revolução da Comunicação

No século 19, ocorreram avanços significativos na área da comunicação. A invenção do telégrafo por Samuel Morse possibilitou a transmissão rápida de mensagens à distância, encurtando as fronteiras geográficas e acelerando a troca de informações. Posteriormente, o desenvolvimento do telefone por Alexander Graham Bell revolucionou a forma como as pessoas se comunicavam, encurtando as distâncias ainda mais.


Parágrafo 10: Consequências e Desafios do Auge das Ciências

O Auge das Ciências no século 19 trouxe inúmeras consequências para a história da humanidade. Por um lado, houve avanços tecnológicos e científicos que impulsionaram o progresso e melhoraram a qualidade de vida das pessoas. Por outro lado, essas descobertas e teorias desafiaram as crenças estabelecidas, gerando conflitos e tensões entre a comunidade científica e os setores conservadores da sociedade.


A violência do ocidente cristão se manifestou em confrontos ideológicos e religiosos, como o embate entre criacionismo e teoria da evolução. Além disso, algumas descobertas científicas foram mal utilizadas, como a energia elétrica, que foi empregada em armas e instrumentos de guerra. Essa violência também se estendeu a populações colonizadas ou subjugadas, onde os avanços científicos muitas vezes foram utilizados para justificar a exploração e opressão.


Em suma, o Auge das Ciências no século 19 representou uma transformação fundamental na história da humanidade. Através de avanços científicos e tecnológicos, personagens icônicos e eventos marcantes, a humanidade testemunhou uma revolução intelectual que moldou o mundo como o conhecemos hoje. No entanto, essa transformação também foi acompanhada por desafios e conflitos, incluindo a violência decorrente de confrontos entre o pensamento científico e as crenças religiosas dominantes.





BIBLIOGRAFIA 

"A Era da Ciência: Ciência e Cultura no Século XIX" de Antonina Vallentin

"História da Ciência: Uma Introdução ao Estudo da Filosofia da Ciência" de Helge Kragh

"A Evolução da Ciência no Século XIX" de Peter J. Bowler

"A Química no Século XIX: Avanços, Descobertas e Aplicações" de Rui Fausto

"A Medicina no Século XIX: Avanços, Desafios e Transformações" de Jacalyn Duffin

"Darwin's Dangerous Idea: Evolution and the Meanings of Life" de Daniel C. Dennett

"The Age of Edison: Electric Light and the Invention of Modern America" de Ernest Freeberg

"Einstein: Sua Vida, Seu Universo" de Walter Isaacson

"The Industrial Revolution: A Very Short Introduction" de Robert C. Allen

"The Making of the Modern World: Visions from the West and East" de Christopher Bayly




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A nova Filosofia


Parágrafo 1:

A Nova Filosofia surge como um movimento intelectual no século 19, desafiando as estruturas tradicionais de pensamento e promovendo uma abordagem radicalmente diferente em relação à realidade. Os filósofos dessa época buscavam questionar e reavaliar conceitos estabelecidos, como a religião e a moral, e explorar novas formas de compreender o mundo.


Parágrafo 2:

Entre os principais personagens da Nova Filosofia estão Friedrich Nietzsche, Søren Kierkegaard e Arthur Schopenhauer. Nietzsche, por exemplo, propôs a ideia do "além do bem e do mal", questionando os valores morais tradicionais e promovendo a ideia de que o ser humano deve se libertar das amarras da moralidade convencional.


Parágrafo 3:

Um dos eventos marcantes relacionados à Nova Filosofia foi a publicação da obra "Assim Falou Zaratustra", de Nietzsche. Nesse livro, ele apresenta a figura do "super-homem", um ser humano que transcende as limitações impostas pela moralidade comum e vive de acordo com sua própria vontade. Essa ideia teve consequências significativas ao desafiar os princípios éticos estabelecidos.


Parágrafo 4:

A Nova Filosofia também teve influência sobre a psicologia, com a obra de Sigmund Freud. Ele desenvolveu a teoria do inconsciente e da sexualidade reprimida, questionando as noções tradicionais de comportamento humano. Freud abalou as estruturas sociais ao afirmar que o ser humano é impulsionado por desejos e impulsos inconscientes, em vez de uma vontade consciente.


Parágrafo 5:

Uma consequência perversa da Nova Filosofia foi a sua exploração por regimes totalitários no século 20. Por exemplo, Nietzsche foi apropriado pelo nazismo, distorcendo suas ideias originais e usando-as para justificar a superioridade racial e a opressão de minorias. Essa deturpação resultou em enormes atrocidades durante a Segunda Guerra Mundial.


Parágrafo 6:

Outra consequência negativa da Nova Filosofia foi o aumento do niilismo e do relativismo moral. A rejeição dos valores tradicionais e a ênfase na autonomia individual levaram a uma falta de referências éticas compartilhadas. Isso pode levar a uma sociedade fragmentada, na qual cada indivíduo cria sua própria moralidade, sem considerar o bem comum.


Parágrafo 7:

O silêncio conveniente do Ocidente cristão em relação à Nova Filosofia no século 19 pode ser entendido como uma tentativa de manter a ordem social estabelecida. A filosofia tradicional cristã e os valores religiosos foram desafiados pelas ideias da Nova Filosofia, e a resposta da Igreja e das instituições cristãs foi muitas vezes ignorar ou rejeitar essas novas perspectivas.


Parágrafo 8:

No entanto, o silêncio do Ocidente cristão no século 19 em relação à Nova Filosofia teve consequências significativas. Ao não enfrentar essas novas ideias de frente, a igreja perdeu a oportunidade de se envolver em debates filosóficos e de influenciar a direção do pensamento intelectual. Isso levou a um afastamento entre a religião cristã e a filosofia moderna, resultando em um vácuo moral e espiritual em muitos aspectos da sociedade.


Parágrafo 9:

O silêncio conveniente do Ocidente cristão em relação à Nova Filosofia também permitiu que ideias perigosas se espalhassem sem o devido escrutínio. O niilismo, por exemplo, ganhou popularidade entre os intelectuais da época, questionando o sentido da existência e a validade de qualquer sistema de valores. Essa falta de uma resposta sólida da igreja e da comunidade cristã permitiu que ideologias corrosivas se desenvolvessem, minando os alicerces éticos e espirituais da sociedade.


Parágrafo 10:

Em resumo, a Nova Filosofia do século 19 trouxe desafios significativos para a história da humanidade. Seus personagens influentes, como Nietzsche, Kierkegaard e Schopenhauer, propuseram ideias radicais que questionaram e subverteram os valores tradicionais. Embora tenha havido consequências perversas, como a apropriação nazista e o niilismo resultante do relativismo moral, o silêncio conveniente do Ocidente cristão também desempenhou um papel no desenvolvimento dessas ideias e na falta de uma resposta adequada. A Nova Filosofia desafiou as estruturas estabelecidas, abrindo caminho para mudanças significativas na forma como entendemos e interpretamos o mundo.






BIBLIOGRAFIA 

Nietzsche, Friedrich. "Assim Falou Zaratustra". Editora Companhia das Letras, 2001.

Kierkegaard, Søren. "O Desespero Humano". Editora Vozes, 2008.

Schopenhauer, Arthur. "O Mundo como Vontade e Representação". Editora Unesp, 2005.

Freud, Sigmund. "A Interpretação dos Sonhos". Editora Imago, 2012.

Kaufmann, Walter. "Nietzsche: Filosofo Psicólogo Anticristo". Editora Globo, 2005.

Barrett, William. "Irracionalismo: Um Estudo sobre Schopenhauer e Nietzsche". Editora Perspectiva, 2009.

Grondin, Jean. "Introdução à Metafísica: Das Noções Fundamentais da Filosofia Ocidental". Editora Vozes, 2017.

Camus, Albert. "O Homem Revoltado". Editora Record, 2018.

Arendt, Hannah. "A Condição Humana". Editora Forense Universitária, 2019.

Russel, Bertrand. "História da Filosofia Ocidental". Editora Edições 70, 2009.





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Deus está morto



Título: A Morte de Deus: Um Olhar sobre o Silêncio Conveniente do Ocidente Cristão no Século 19


Parágrafo 1: Introdução

No século 19, uma nova corrente filosófica emergiu, levantando questões profundas sobre a existência de Deus. O conceito de "Deus está morto" foi popularizado por Friedrich Nietzsche, que argumentava que a sociedade moderna havia rejeitado a crença em Deus. Esse pensamento teve personagens-chave, eventos e consequências perversas que afetaram a história da humanidade.


Parágrafo 2: Friedrich Nietzsche

Friedrich Nietzsche foi um dos principais filósofos que defendeu a ideia da morte de Deus. Em suas obras, como "Assim Falou Zaratustra", ele afirmava que a sociedade moderna havia abandonado a crença religiosa tradicional e, consequentemente, Deus havia perdido sua relevância. Nietzsche argumentava que a ausência de uma autoridade divina resultava na busca de novos valores e significados.


Parágrafo 3: Charles Darwin e a Teoria da Evolução

Outro personagem importante nessa discussão foi Charles Darwin, cuja teoria da evolução desafiou diretamente a narrativa religiosa da criação divina. A ideia de que os seres humanos compartilham um ancestral comum e que a vida se desenvolveu através de processos naturais contradizia as crenças religiosas tradicionais.


Parágrafo 4: Revolução Industrial e Urbanização

A Revolução Industrial e o subsequente crescimento das cidades também tiveram um papel significativo na morte de Deus. O rápido avanço da tecnologia e a urbanização levaram a um afastamento das práticas religiosas tradicionais, uma vez que a vida urbana se tornou cada vez mais secularizada.


Parágrafo 5: Movimentos Culturais e Artísticos

Movimentos culturais e artísticos do século 19, como o Romantismo e o Realismo, também questionaram e desafiaram as crenças religiosas. Artistas e escritores começaram a retratar a realidade humana de forma mais crua e desprovida de um olhar divino, o que contribuiu para a crescente secularização da sociedade.


Parágrafo 6: A Revolução Científica

A Revolução Científica, com avanços significativos em áreas como física, química e medicina, também minou a visão de Deus como a explicação última para os fenômenos naturais. A compreensão científica dos processos naturais proporcionou uma alternativa racional às narrativas religiosas.


Parágrafo 7: Consequências Sociais e Políticas

A morte de Deus teve consequências sociais e políticas significativas. Com o declínio da religião como fonte de moralidade e legitimidade política, novas ideologias e sistemas de pensamento surgiram, como o materialismo, o socialismo e o niilismo. Essas ideologias, muitas vezes, buscaram substituir o papel da religião na organização da sociedade.


Parágrafo 8: Desafio ao Consenso Moral

A morte de Deus também desafiou o consenso moral estabelecido pelo cristianismo ao longo dos séculos. Com a perda da autoridade divina, surgiram questionamentos sobre a natureza da moralidade e da ética. Sem uma base religiosa para fundamentar os valores morais, a sociedade enfrentou debates acalorados e uma fragmentação de princípios éticos.


Parágrafo 9: A Crise do Sentido e o Vazio Existencial

A morte de Deus também teve repercussões individuais, resultando em uma crise do sentido e um vazio existencial para muitos indivíduos. A ausência de uma entidade divina como referência para dar significado à vida deixou muitas pessoas em busca de propósito e significado em um mundo aparentemente vazio e sem sentido.


Parágrafo 10: Silêncio Conveniente do Ocidente Cristão

Um aspecto notável desse período foi o silêncio conveniente do ocidente cristão em relação à morte de Deus. Embora as ideias e questionamentos filosóficos sobre a existência de Deus estivessem em efervescência, as instituições cristãs, em sua maioria, optaram por ignorar ou rejeitar essas discussões, muitas vezes se agarrando a dogmas tradicionais e lutando para manter sua influência sobre a sociedade.





Bibliografia :


Nietzsche, Friedrich. Assim Falou Zaratustra.

Darwin, Charles. A Origem das Espécies.

Taylor, Charles. A Secular Age.

Kierkegaard, Søren. O Desespero Humano.

Clark, Elizabeth A. History, Theory, Text: Historians and the Linguistic Turn.

Weber, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo.

Nietzsche, Friedrich. Genealogia da Moral.

Tarnas, Richard. The Passion of the Western Mind: Understanding the Ideas that Have Shaped Our World View.

Freud, Sigmund. O Futuro de uma Ilusão.

Hobsbawm, Eric. A Era das Revoluções: Europa 1789-1848.




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O Cristianismo emergente


Título: O Cristianismo Emergente: Uma Visão Detalhada de seus Personagens, Eventos e Consequências no Século 19 sob o Silêncio Conveniente do Ocidente Cristão


Parágrafo 1: Introdução ao Cristianismo Emergente

O Cristianismo Emergente refere-se a um movimento teológico que ganhou destaque no século 19, buscando reinterpretar e adaptar a fé cristã às mudanças sociais e culturais da época. Os teólogos emergentes acreditavam que a Igreja precisava se envolver mais com os problemas do mundo, abraçando a ciência, a razão e uma abordagem mais inclusiva. Esse movimento gerou tensões dentro do cristianismo tradicional e teve consequências significativas.


Parágrafo 2: Personagens do Cristianismo Emergente

Alguns dos principais personagens do Cristianismo Emergente incluem teólogos e líderes religiosos como Friedrich Schleiermacher, Albrecht Ritschl e Adolf von Harnack. Esses pensadores desafiaram as interpretações ortodoxas da fé cristã e buscaram uma abordagem mais racional e histórica para entender as escrituras e a figura de Jesus Cristo.


Parágrafo 3: Eventos que Moldaram o Cristianismo Emergente

Diversos eventos históricos contribuíram para o surgimento do Cristianismo Emergente. Um deles foi a Revolução Industrial, que trouxe mudanças sociais e econômicas profundas, levando a uma nova consciência dos problemas enfrentados pelas classes trabalhadoras. Além disso, o Iluminismo e os avanços científicos influenciaram os teólogos emergentes a questionarem as doutrinas tradicionais e a buscar uma compreensão mais secularizada do cristianismo.


Parágrafo 4: A Reinterpretação das Escrituras Sagradas

Uma das principais características do Cristianismo Emergente foi a reinterpretação das escrituras sagradas. Os teólogos emergentes adotaram uma abordagem mais histórica e crítica para entender a Bíblia, reconhecendo os aspectos culturais e contextuais presentes nos textos. Essa abordagem desafiou interpretações literais e dogmáticas, enfatizando a importância da hermenêutica e da contextualização.


Parágrafo 5: Consequências Sociais e Políticas

O Cristianismo Emergente teve consequências sociais e políticas significativas. Por um lado, influenciou movimentos de justiça social e reformas sociais, como o movimento abolicionista e o movimento pelos direitos das mulheres. Por outro lado, também gerou divisões dentro das igrejas estabelecidas, com alguns fiéis tradicionais resistindo às mudanças propostas pelos teólogos emergentes.


Parágrafo 6: Consequências para a Relação entre Religião e Ciência

O Cristianismo Emergente também teve implicações na relação entre religião e ciência. Ao abraçar abordagens mais científicas e racionais, os teólogos emergentes buscaram reconciliar a fé cristã com os avanços científicos da época. Eles acreditavam que a fé cristã não deveria entrar em conflito com a ciência, mas sim dialogar com ela e encontrar pontos de convergência. Isso significava questionar interpretações literais de eventos descritos na Bíblia à luz das descobertas científicas.


Por exemplo, os teólogos emergentes estavam dispostos a reconsiderar a narrativa da criação encontrada no livro de Gênesis à luz das evidências científicas sobre a evolução. Eles argumentavam que a história da criação na Bíblia deveria ser entendida como uma narrativa teológica e simbólica, em vez de uma descrição literal e científica.


Essa abordagem mais aberta e integrativa entre religião e ciência por parte do Cristianismo Emergente teve implicações significativas. Por um lado, permitiu uma reconciliação entre a fé cristã e os avanços científicos, possibilitando que os fiéis cristãos se engajassem de forma mais positiva com a ciência moderna.


Por outro lado, essa abordagem também gerou controvérsias e críticas por parte de setores mais conservadores da igreja. Muitos fiéis consideravam a aceitação de certas descobertas científicas como uma ameaça à sua fé e à autoridade da Bíblia. Isso resultou em tensões e divisões dentro das comunidades cristãs, com alguns rejeitando os ensinamentos dos teólogos emergentes e preferindo manter uma postura mais fundamentalista em relação à relação entre religião e ciência.


Em última análise, o Cristianismo Emergente influenciou a forma como muitos cristãos compreendem e se relacionam com a ciência. Embora as consequências dessas mudanças tenham sido diversas e por vezes conflitantes, a abertura ao diálogo entre religião e ciência trouxe uma nova perspectiva que buscou superar o antagonismo entre esses dois campos e promover uma compreensão mais ampla e integrada do mundo.


Parágrafo 7: Silêncio Conveniente do Ocidente Cristão

Uma das facetas mais perturbadoras do Cristianismo Emergente no século 19 foi o silêncio conveniente por parte do ocidente cristão estabelecido. Enquanto o movimento emergente desafiava as interpretações tradicionais da fé e buscava uma abordagem mais inclusiva e socialmente engajada, muitos líderes e instituições cristãs estabelecidas resistiram a essas mudanças e se mantiveram em silêncio. Essa falta de apoio e diálogo por parte do establishment cristão limitou o impacto e a disseminação do Cristianismo Emergente, perpetuando a rigidez e o conservadorismo dentro da igreja.


Parágrafo 8: Consequências Perversas sobre a História da Humanidade

O silêncio conveniente do ocidente cristão em relação ao Cristianismo Emergente teve consequências perversas sobre a história da humanidade no século 19. Enquanto os teólogos emergentes buscavam uma fé cristã mais inclusiva e comprometida com a justiça social, a resistência e a falta de apoio por parte das instituições cristãs estabelecidas contribuíram para a perpetuação de desigualdades sociais, injustiças e discriminação.




Bibliografia 


McKnight, Scot. The Emerging Church: Vintage Christianity for New Generations. Zondervan, 2007.

McLaren, Brian D. A New Kind of Christian: A Tale of Two Friends on a Spiritual Journey. Jossey-Bass, 2008.

Jones, Tony. The New Christians: Dispatches from the Emergent Frontier. Jossey-Bass, 2008.

Ritschl, Albrecht. The Christian Doctrine of Justification and Reconciliation: The Positive Development of the Doctrine. Edinburgh: T&T Clark, 2001.

Harnack, Adolf von. History of Dogma. Dover Publications, 1961.




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O mormonismo


Título: Introdução ao Mormonismo

O mormonismo é uma religião fundada por Joseph Smith Jr. em meados do século 19 nos Estados Unidos. Seus ensinamentos e práticas são baseados no Livro de Mórmon, que Smith afirmou ter traduzido de placas de ouro enterradas por um antigo profeta americano chamado Morôni. O movimento mórmon teve personagens centrais que desempenharam papéis importantes em sua formação e expansão, como Joseph Smith, Brigham Young e outros líderes subsequentes.


Título: Joseph Smith e a Restauração

Joseph Smith, considerado o profeta fundador do mormonismo, alegou ter recebido visitas divinas de Deus e Jesus Cristo. Ele afirmou que todas as igrejas cristãs da época estavam em apostasia e que ele foi escolhido para restaurar o verdadeiro evangelho. Smith organizou a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias em 1830 e atraiu seguidores através de suas visões e ensinamentos.


Título: O Livro de Mórmon

O Livro de Mórmon é um texto sagrado fundamental no mormonismo. Segundo a crença mórmon, ele contém a história de antigas civilizações no continente americano, bem como ensinamentos religiosos. Os mórmons acreditam que o livro foi traduzido por Joseph Smith com a ajuda de instrumentos divinos, como as "Pedras Videntes". O livro se tornou uma base para a fé mórmon e um símbolo de identidade para seus seguidores.


Título: Êxodo para o Oeste

Após a morte de Joseph Smith em 1844, Brigham Young assumiu a liderança dos santos dos últimos dias e conduziu o êxodo mórmon para o oeste, em busca de um lugar onde pudessem praticar sua religião livremente. Eles estabeleceram a cidade de Salt Lake City, no atual estado de Utah, e construíram um próspero assentamento pioneiro. Esse movimento desempenhou um papel importante na colonização do oeste americano.


Título: Poligamia e Controvérsias

Uma das características distintivas do mormonismo no século 19 foi a prática da poligamia, ou seja, ter múltiplas esposas. Embora tenha sido uma prática controversa, os líderes mórmons a justificavam como um mandamento divino. Essa prática gerou muita controvérsia e perseguição aos mórmons por parte das autoridades governamentais dos Estados Unidos, culminando na promulgação do Ato de Edmunds-Tucker em 1887, que aboliu a poligamia.


Título: Massacre de Mountain Meadows

Um evento trágico associado ao mormonismo é o Massacre de Mountain Meadows em 1857. Um grupo de colonos mórmons, em colaboração com nativos americanos aliados, atacou e matou aproximadamente 120 emigrantes não-mórmons que estavam de passagem pelo território de Utah. Esse massacre é considerado uma das consequências perversas do fervor religioso e das tensões entre mórmons e não-mórmons na época. O ataque foi motivado por questões religiosas e hostilidades existentes entre os mórmons e os emigrantes, resultando em uma tragédia que manchou a imagem dos mórmons e gerou grande repercussão na história do século 19.


Título: Expansão e Influência do Mormonismo

Apesar das controvérsias e desafios enfrentados, o mormonismo continuou a se expandir ao longo do século 19 e além. Sob a liderança de Brigham Young e seus sucessores, os mórmons estabeleceram comunidades em vários estados dos EUA e até mesmo em outros países, como o México e o Canadá. Sua influência social, econômica e política foi notável, especialmente no território de Utah.


Título: Oposição e Perseguição

A expansão e a influência dos mórmons também geraram resistência e perseguição por parte de diversos grupos e instituições. Muitos cristãos ocidentais viam o mormonismo como uma heresia e uma ameaça à ortodoxia religiosa. Os mórmons enfrentaram violência e discriminação, sendo alvo de expulsões, intimidações e ataques a suas comunidades. Essa oposição resultou em um clima de hostilidade e desconfiança em relação ao mormonismo.


Título: Transformação e Modernização

No final do século 19 e início do século 20, o mormonismo passou por um processo de transformação e modernização. A prática da poligamia foi oficialmente abandonada em 1890, na tentativa de melhorar a imagem da igreja e se adequar às leis dos Estados Unidos. Os mórmons também adotaram mudanças sociais e culturais, tornando-se mais integrados à sociedade americana e buscando se estabelecer como uma religião respeitada.




Bibliografia 


"Rough Stone Rolling: A Biography of Joseph Smith" de Richard Lyman Bushman.

"No Man Knows My History: The Life of Joseph Smith" de Fawn M. Brodie.

"The Mormon People: The Making of an American Faith" de Matthew Bowman.

"American Crucifixion: The Murder of Joseph Smith and the Fate of the Mormon Church" de Alex Beam.

"Mormonism: A Very Short Introduction" de Richard Lyman Bushman.

"Mormonism: A Historical Encyclopedia" de W. Paul Reeve e Ardis E. Parshall.

"Massacre at Mountain Meadows" de Ronald W. Walker, Richard E. Turley Jr. e Glen M. Leonard.

"The Mormon Question: Polygamy and Constitutional Conflict in Nineteenth-Century America" de Sarah Barringer Gordon.

"The Persistence of Polygamy: Joseph Smith and the Origins of Mormon Polygamy" de Newell G. Bringhurst.

"The Mormon Experience: A History of the Latter-Day Saints" de Leonard J. Arrington e Davis Bitton.




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O adventismo


Título: Introdução ao Adventismo e sua importância histórica


Parágrafo 1:

O adventismo é um movimento religioso cristão que surgiu no século 19, com ênfase na crença de que a segunda vinda de Jesus Cristo estava próxima. Essa convicção foi baseada na interpretação de profecias bíblicas, principalmente o livro de Daniel e o Apocalipse. O adventismo ganhou destaque por sua ênfase na guarda do sábado como dia de descanso e adoração, além de sua ênfase na saúde e estilo de vida saudável.


Parágrafo 2:

Um dos personagens centrais do adventismo foi William Miller, um fazendeiro e pregador batista que começou a estudar a Bíblia intensivamente na década de 1830. Ele chegou à conclusão de que a segunda vinda de Cristo ocorreria em 1844. Seus ensinamentos ganharam muitos seguidores e esse período ficou conhecido como o Movimento Millerita.


Parágrafo 3:

O Grande Desapontamento foi um evento marcante na história do adventismo. Em 22 de outubro de 1844, data prevista para a segunda vinda de Cristo, nada aconteceu conforme as expectativas dos seguidores de Miller. Esse evento levou a uma revisão das crenças e à formação de grupos adventistas dissidentes.


Parágrafo 4:

Um desses grupos dissidentes foi liderado por Ellen G. White, uma das figuras mais influentes do adventismo. White foi uma escritora e profetisa que teve um papel crucial na consolidação e expansão do movimento. Suas visões e escritos foram considerados autoritativos pelos adventistas e ajudaram a moldar suas crenças e práticas.


Parágrafo 5:

Uma das consequências perversas do adventismo foi o desenvolvimento de um clima de expectativa apocalíptica, que levou a atitudes extremas por parte de alguns seguidores. Em algumas comunidades adventistas, houve casos de abandono de empregos e responsabilidades, além de uma ênfase excessiva no ascetismo e na negação dos prazeres mundanos.


Parágrafo 6:

Outra consequência do adventismo foi a formação de várias denominações e organizações adventistas ao redor do mundo. A Igreja Adventista do Sétimo Dia é uma das maiores e mais conhecidas. Além disso, o adventismo influenciou outras correntes do movimento adventista, como a Igreja Adventista do Sétimo Dia Reformada e o Movimento de Reforma Adventista.


Parágrafo 7:

O adventismo também teve um impacto significativo na área da saúde. A ênfase adventista na saúde e estilo de vida saudável levou ao desenvolvimento de instituições médicas adventistas, como hospitais e clínicas, que são reconhecidos por sua excelência em cuidados de saúde.


Parágrafo 8 


O silêncio conveniente do ocidente cristão em relação ao adventismo no século 19 teve consequências significativas para a história da humanidade. Ao considerar as crenças e práticas adventistas como heréticas ou extremistas, o mundo cristão ocidental contribuiu para a marginalização do adventismo e sua exclusão das discussões teológicas e do cenário religioso dominante.


Esse silêncio também impediu um diálogo mais aberto e frutífero entre o adventismo e outras tradições cristãs. A falta de interação e compreensão mútua entre o adventismo e o ocidente cristão limitou as oportunidades de aprendizado e troca de ideias. Como resultado, o adventismo seguiu seu próprio caminho, desenvolvendo suas próprias instituições e estruturas sem uma influência significativa do mundo cristão ocidental.


Além disso, o silêncio do ocidente cristão sobre o adventismo reforçou a tendência de polarização e fragmentação dentro do cristianismo. A rejeição e marginalização dos adventistas contribuíram para um isolamento maior do movimento e para uma sensação de exclusão por parte de seus seguidores. Isso também pode ter levado a uma maior rigidez doutrinária e uma ênfase na identidade adventista como um meio de preservar sua coesão interna.


No entanto, é importante notar que, ao longo do tempo, o adventismo conseguiu superar a marginalização inicial e se estabelecer como uma denominação cristã reconhecida e respeitada em muitas partes do mundo. Sua ênfase na saúde, estilo de vida saudável e cuidados médicos contribuíram para seu reconhecimento positivo em várias esferas da sociedade.


Concluindo, o silêncio conveniente do ocidente cristão em relação ao adventismo no século 19 teve consequências perversas, contribuindo para a marginalização do movimento e limitando suas oportunidades de interação e diálogo com outras tradições cristãs. No entanto, o adventismo conseguiu superar esses desafios e se tornar uma denominação cristã significativa e influente, deixando um legado duradouro no campo da saúde e da espiritualidade.


Parágrafo 9:

O silêncio conveniente do ocidente cristão em relação ao adventismo no século 19 teve implicações significativas na história da humanidade. Ao ignorar ou rejeitar as crenças e práticas adventistas, o mundo cristão ocidental perdeu a oportunidade de compreender e dialogar com um movimento religioso que estava se expandindo rapidamente. Esse silêncio contribuiu para a exclusão dos adventistas do cenário religioso dominante, limitando seu impacto e influência.




BIBLIOGRAFIA


"The Great Second Advent Movement: Its Rise and Progress" - de John N. Loughborough.

"The Prophetic Faith of Our Fathers" - de Le Roy Froom.

"The Adventist Crisis of Spiritual Identity" - de George R. Knight.

"Ellen G. White: A Brief Biography" - de Arthur L. White.

"Seeking a Sanctuary: Seventh-day Adventism and the American Dream" - de Malcolm Bull e Keith Lockhart.




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Os Testemunhas de Jeová


Título: Introdução aos Testemunhas de Jeová


Os Testemunhas de Jeová são uma denominação religiosa cristã fundada no final do século XIX por Charles Taze Russell nos Estados Unidos. Eles se destacam por suas crenças distintas, como a rejeição do serviço militar, a recusa em receber transfusões de sangue e a ênfase na pregação e no estudo da Bíblia. No entanto, sua história também está marcada por eventos controversos e consequências perversas.



Título: Fundador e Doutrinas Iniciais


Charles Taze Russell, o fundador dos Testemunhas de Jeová, começou a estudar a Bíblia por conta própria em meados do século XIX. Ele desenvolveu interpretações teológicas únicas, rejeitando doutrinas como a Trindade e o inferno eterno. Russell acreditava que estava restaurando o verdadeiro cristianismo e fundou a Sociedade Torre de Vigia para disseminar suas crenças. Essas doutrinas iniciais estabeleceram as bases para a teologia dos Testemunhas de Jeová.



Título: Eventos Significativos e Crescimento


Após a morte de Russell em 1916, Joseph Rutherford assumiu a liderança e implementou mudanças significativas. Ele renomeou a organização para "Testemunhas de Jeová" em 1931, enfatizando a crença na proclamação do nome divino. Durante o século XIX, os Testemunhas de Jeová passaram por perseguições e discriminação em vários países devido às suas crenças e práticas religiosas. Esses eventos incluem a proibição na Rússia soviética, a perseguição na Alemanha nazista e a exclusão social em alguns lugares.



Título: Ativismo e o Silêncio do Ocidente Cristão


Os Testemunhas de Jeová são conhecidos por seu ativismo na pregação e divulgação de suas crenças. Durante o século XIX, eles enfrentaram hostilidade e resistência por parte de outras denominações cristãs. No entanto, o ocidente cristão em geral adotou uma postura de silêncio conveniente em relação às perseguições sofridas pelos Testemunhas de Jeová. Isso ocorreu em parte devido a diferenças teológicas e, em alguns casos, pelo preconceito e intolerância religiosa.



Título: Recusa do Serviço Militar


Uma das crenças distintivas dos Testemunhas de Jeová é a recusa do serviço militar. Desde o século XIX, eles se opõem à participação em guerras e não estão dispostos a servir nas forças armadas. Essa postura tem levado a consequências perversas em diferentes épocas e países, com muitos Testemunhas de Jeová enfrentando prisão, tortura e até mesmo morte por se recusarem a pegar em armas.



Título: A Questão das Transfusões de Sangue (continuação)


Outra crença polêmica dos Testemunhas de Jeová é a recusa em receber transfusões de sangue, com base na interpretação de passagens bíblicas que proíbem o consumo de sangue. Essa postura tem gerado controvérsias e consequências perversas, especialmente em casos envolvendo crianças ou indivíduos incapazes de tomar decisões médicas por si mesmos. Em alguns casos, os tribunais têm sido chamados a decidir sobre o direito dos pais de recusarem tratamentos com transfusões de sangue para seus filhos, levantando questões éticas e legais.



Título: Pregação Intensiva e Impacto nas Comunidades


Os Testemunhas de Jeová são conhecidos por seu trabalho de pregação e proselitismo, caracterizado por visitas domiciliares e distribuição de literatura religiosa. Durante o século XIX, essa abordagem intensiva de evangelização levou a interações tensas e conflitos com comunidades locais em alguns lugares. O impacto social e cultural dessas atividades de proselitismo gerou consequências perversas, como o surgimento de preconceitos e estigmas contra os Testemunhas de Jeová em certos contextos.



Título: O Papel das Mulheres e Restrições de Gênero


Os Testemunhas de Jeová possuem uma estrutura hierárquica em que os homens ocupam a liderança e as mulheres têm papéis mais limitados na organização. Durante o século XIX, as restrições de gênero dentro dos Testemunhas de Jeová refletiam normas sociais da época, o que gerava consequências perversas para as mulheres que desejavam ter maior participação e liderança na comunidade religiosa. Nos últimos anos, houve mudanças graduais nessa dinâmica, com mais oportunidades sendo abertas para as mulheres exercerem papéis de liderança.



Título: Desenvolvimento de Práticas de Desassociação e Exclusão


Os Testemunhas de Jeová desenvolveram práticas de desassociação, que envolvem a exclusão de membros que se desviaram das crenças e práticas estabelecidas. Durante o século XIX, esse sistema de desassociação gerou consequências perversas, como a separação de famílias e a exclusão social daqueles que não se conformavam com as normas da comunidade religiosa. Essa prática controversa tem sido objeto de críticas por violar direitos individuais e restringir a liberdade de pensamento.



Bibliografia 

"Jehovah's Witnesses: Continuity and Change" por George D. Chryssides.

"The Jehovah's Witnesses and the Nazis: Persecution, Deportation, and Murder, 1933-1945" por Michel Reynaud e Nicole Edelman.

"Apocalypse Delayed: The Story of Jehovah's Witnesses" por M. James Penton.




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O Pentecostalismo


Título: Introdução ao Pentecostalismo: Origens e Características

O Pentecostalismo é um movimento cristão que surgiu no século 19 e teve um impacto significativo na história da humanidade. Originado nos Estados Unidos, esse movimento foi marcado por uma ênfase na experiência do batismo no Espírito Santo e nos dons espirituais descritos no livro de Atos dos Apóstolos. Essa nova forma de religiosidade se espalhou rapidamente por diversas partes do mundo, trazendo consigo uma série de personagens influentes, eventos marcantes e consequências perversas.


Título: Principais Personagens do Pentecostalismo

Dentre os personagens-chave do Pentecostalismo, destaca-se Charles Parham, um pastor americano que fundou a escola bíblica onde ocorreu o evento conhecido como "Ato de Azusa Street". Nesse evento, liderado por William Seymour, um pastor afro-americano, houve uma manifestação intensa do Espírito Santo, com falar em línguas e outros dons espirituais. Outro personagem influente é Aimee Semple McPherson, uma evangelista que fundou a Igreja do Evangelho Quadrangular, difundindo o movimento pentecostal nos Estados Unidos e em outras partes do mundo.


Título: Eventos Marcantes no Pentecostalismo

O evento de Azusa Street, ocorrido em Los Angeles em 1906, é considerado um marco para o Pentecostalismo. A partir desse encontro, a mensagem do batismo no Espírito Santo se espalhou rapidamente, resultando no crescimento de igrejas pentecostais ao redor do mundo. Além disso, a realização de cruzadas evangelísticas e campanhas de cura divina, lideradas por figuras como Oral Roberts e Kathryn Kuhlman, também tiveram grande impacto na propagação do movimento.


Título: Consequências Perversas do Pentecostalismo no Século 19

Embora o Pentecostalismo tenha trazido esperança e transformação para muitas pessoas, também é importante reconhecer que houve consequências perversas ligadas a esse movimento no século 19. O foco excessivo em práticas carismáticas e experiências emocionais muitas vezes levou a abusos e manipulações dentro das igrejas pentecostais. Além disso, a ênfase na teologia da prosperidade, que promove a ideia de que a fé pode garantir riqueza material, contribuiu para a exploração financeira de fiéis mais vulneráveis.


Título: Silêncio Conveniente do Ocidente Cristão

Durante o século 19, o Pentecostalismo não recebeu grande atenção do ocidente cristão estabelecido. As igrejas protestantes tradicionais, por exemplo, geralmente desprezavam e ignoravam os movimentos pentecostais, considerando-os como desvios da ortodoxia. Esse silêncio conveniente pode ser atribuído ao medo de desafiar a ordem estabelecida e ao desconforto com as práticas pentecostais, que muitas vezes eram vistas como "excessivas" ou "radicais".


Título: Bibliografia 


"The Azusa Street Mission and Revival" de Cecil M. Robeck Jr.

Este livro é uma referência fundamental para entender o evento de Azusa Street e seu impacto no movimento pentecostal. Robeck apresenta uma análise detalhada das origens, desenvolvimento e influência desse marco histórico.


"The Century of Holy Spirit: 100 Years of Pentecostal and Charismatic Renewal, 1901-2001" de Vinson Synan.

Nesta obra, Synan oferece uma visão abrangente da história do pentecostalismo ao longo do século 20. Ele explora as diferentes ramificações do movimento e discute os principais eventos, líderes e impacto global.


"The Holiness-Pentecostal Tradition: Charismatic Movements in the Twentieth Century" de Vinson Synan.

Este livro examina as raízes do pentecostalismo e sua relação com o movimento de santidade no século 19. Synan destaca as figuras-chave e os desenvolvimentos teológicos que levaram ao surgimento do pentecostalismo.


"Healing in the History of Christianity" de Amanda Porterfield.

Porterfield aborda o tema da cura divina no contexto do cristianismo, explorando sua presença ao longo da história. O livro analisa as campanhas de cura no pentecostalismo e as implicações religiosas e sociais dessas práticas.


"Pentecostalism: Origins and Developments Worldwide" de Walter J. Hollenweger.

Esta obra clássica é uma referência importante para entender o pentecostalismo em seu contexto global. Hollenweger examina o desenvolvimento do movimento em diferentes regiões do mundo e suas implicações culturais, políticas e sociais.




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Religiões pelos Continentes


Título: A Diversidade Religiosa nos Continentes: Uma Análise do Século 19


Parágrafo 1: Introdução às Religiões no Século 19

O século 19 testemunhou uma grande diversidade religiosa em diferentes continentes. Neste período, diversas crenças e sistemas de fé coexistiram e moldaram a história da humanidade. Religiões como o Cristianismo, Islamismo, Hinduísmo, Budismo, Judaísmo e muitas outras tiveram um impacto significativo nos eventos desse período.


Parágrafo 2: O Cristianismo e suas Variações

O Cristianismo, especialmente as diferentes denominações protestantes e católicas, desempenharam um papel importante no século 19. No entanto, o sectarismo entre as diferentes correntes cristãs resultou em conflitos e tensões em várias partes do mundo. Por exemplo, na Irlanda, a rivalidade entre católicos e protestantes levou a conflitos violentos conhecidos como "The Troubles" (Os Problemas).


Parágrafo 3: Islã e o Colonialismo

No contexto do colonialismo europeu, o Islã desempenhou um papel significativo, tanto como religião dos povos colonizados quanto como uma força mobilizadora contra o domínio ocidental. A revolta dos cipaios na Índia em 1857 foi em parte motivada por tensões religiosas entre muçulmanos e hindus, exacerbadas pela interferência britânica nos costumes religiosos.


Parágrafo 4: Hinduísmo e a Reforma Social

O século 19 foi marcado por um movimento de reforma social dentro do Hinduísmo. Líderes como Raja Ram Mohan Roy e Swami Vivekananda trabalharam para combater práticas sociais prejudiciais, como o sistema de castas e o sati (autoimolação de viúvas). Esses esforços tiveram consequências profundas para a sociedade indiana, questionando tradições antigas e buscando uma abordagem mais inclusiva.


Parágrafo 5: Budismo e sua Revitalização

O século 19 viu um ressurgimento do Budismo, especialmente na Ásia. Líderes como Anagarika Dharmapala no Sri Lanka e Takayama Ukon no Japão trabalharam para revitalizar a prática budista e combater o impacto do colonialismo ocidental. Esses esforços levaram a um renascimento cultural e religioso em várias sociedades budistas.


Parágrafo 6: Judaísmo e o Sionismo

Durante o século 19, o Judaísmo enfrentou desafios significativos, incluindo perseguições e discriminação em várias partes do mundo. Como resposta, desenvolveu-se um movimento conhecido como sionismo, liderado por figuras como Theodor Herzl, que defendia o estabelecimento de um Estado judeu. Essa ideia eventualmente levou à criação de Israel em 1948.


Parágrafo 7: Religiões Africanas e Sincretismo

Na África, o século 19 testemunhou a influência do cristianismo e do islamismo, mas também a continuidade e adaptação das crenças e práticas religiosas tradicionais. Muitas comunidades africanas praticavam suas próprias religiões, que envolviam a adoração de divindades ancestrais e a conexão com a natureza. No entanto, com o avanço do colonialismo, houve uma imposição do cristianismo e do islamismo, levando a um sincretismo religioso, onde elementos das religiões africanas se mesclaram com os ensinamentos das religiões estrangeiras.


Parágrafo 8: Religiões Indígenas nas Américas

Nas Américas, as religiões indígenas continuaram a ser praticadas no século 19, apesar dos esforços missionários para convertê-las ao cristianismo. Na América do Norte, as tradições espirituais dos povos nativos, como os nativos americanos, foram suprimidas e reprimidas, resultando na perda de muitas práticas religiosas e culturais tradicionais. O mesmo ocorreu na América Latina, onde as crenças indígenas foram marginalizadas e incorporadas ao catolicismo em formas sincréticas.


Parágrafo 9: Consequências Perversas e o Silêncio do Ocidente Cristão

As consequências perversas das diferentes religiões no século 19 são evidentes em eventos como a colonização, a escravidão, a marginalização de minorias religiosas e a perseguição religiosa. O silêncio conveniente do ocidente cristão diante desses abusos é notável. Por exemplo, o colonialismo europeu, muitas vezes justificado em nome da difusão do cristianismo, resultou na exploração de povos colonizados e na imposição cultural e religiosa.





Parágrafo 10: Bibliografia 


Armstrong, Karen. "Uma História das Religiões". Editora Companhia das Letras, 2015.

Asad, Talal. "Formações de secularismo". Editora Terceiro Nome, 2019.

Casanova, José. "Religion, European secular identities, and European integration". Journal of Religion in Europe, 2011.

King, Richard. "O Oriente Médio: uma história". Editora Edusp, 2020.

Smith, Huston. "As Religiões do Mundo". Editora Cultrix, 2017.

Verger, Pierre. "O Islã no Espelho". Editora Unesp, 2019.




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Os principais crimes do Cristianismo


Título: Introdução ao estudo dos principais crimes do Cristianismo no século 19


Parágrafo 1: Contextualização histórica

No século 19, o Cristianismo desempenhou um papel significativo na história da humanidade, com suas várias denominações e movimentos. No entanto, embora muitas vezes seja associado a princípios de amor, caridade e paz, o Cristianismo também esteve envolvido em uma série de crimes e ações questionáveis que tiveram consequências perversas para a humanidade.


Parágrafo 2: A Inquisição

Um dos principais crimes cometidos pelo Cristianismo no século 19 foi a continuação da Inquisição, que começou séculos antes. A Inquisição era um tribunal eclesiástico que buscava suprimir qualquer crença ou prática considerada herética. Os processos inquisitoriais frequentemente envolviam tortura, confisco de propriedades e até mesmo a execução de indivíduos acusados de heresia. Um exemplo notório é o caso do filósofo italiano Giordano Bruno, queimado na fogueira em 1600.


Parágrafo 3: Escravidão e evangelização forçada

Durante o século 19, o Cristianismo esteve envolvido na exploração e escravização de povos indígenas e africanos. Os colonizadores cristãos justificaram a escravidão e a exploração como parte de seu "fardo civilizador", usando a religião como uma ferramenta para subjugar e converter essas populações. O exemplo mais marcante é o comércio transatlântico de escravos, que se baseava em grande parte nas colônias cristãs nas Américas.


Parágrafo 4: Missionários coloniais e destruição cultural

Os missionários cristãos também foram responsáveis pela destruição de culturas indígenas e tradicionais em várias partes do mundo. Sob o pretexto de espalhar a palavra de Deus, eles suprimiram as tradições nativas, proibiram rituais religiosos e tentaram impor valores ocidentais aos povos colonizados. Isso resultou na perda de línguas, costumes e conhecimentos ancestrais que eram essenciais para a identidade dessas comunidades.


Parágrafo 5: Apropriação de terras e despojamento de povos nativos

O Cristianismo no século 19 também esteve envolvido na apropriação de terras pertencentes a povos indígenas e nativos. Os colonizadores cristãos frequentemente usavam a justificativa religiosa de "terra prometida" para legitimar a ocupação de territórios habitados por esses povos. A consequência disso foi o deslocamento forçado, a desintegração de comunidades e o genocídio de populações nativas em várias partes do mundo.


Parágrafo 6: Conquista e colonização das Américas

A chegada dos colonizadores cristãos à América resultou na conquista e colonização de vastas áreas, causando enormes danos às populações nativas. Um exemplo trágico é o caso dos astecas e incas, que foram subjugados e explorados pelos conquistadores cristãos. Milhões de indígenas foram mortos ou escravizados, suas terras foram confiscadas e sua cultura foi suprimida. Os espanhóis, por exemplo, impuseram o sistema de encomienda, que obrigava os nativos a trabalhar nas plantações e minas dos colonizadores, resultando em condições de trabalho extremamente cruéis e na morte de muitos indígenas.


Parágrafo 7: Colonização da África

No século 19, o Cristianismo também desempenhou um papel significativo na colonização da África pelos países europeus. Sob o disfarce da missão civilizadora e evangelizadora, as potências coloniais exploraram os recursos naturais e subjulgaram as populações africanas. Muitas vezes, as missões cristãs colaboraram com os colonizadores, facilitando a ocupação de terras e a exploração dos povos africanos.


Parágrafo 8: Intolerância religiosa e conflitos sectários

Ao longo do século 19, o Cristianismo também foi marcado por conflitos sectários e intolerância religiosa. Diferentes denominações cristãs muitas vezes se enfrentaram em disputas violentas, causando mortes e divisões nas comunidades. Um exemplo notável é a Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), que foi um conflito religioso devastador na Europa, com católicos e protestantes lutando por influência política e religiosa.


Parágrafo 9: Omissão diante de abusos e violações dos direitos humanos

Em muitos casos, o Cristianismo no século 19 também se mostrou conivente ou omissivo diante de abusos e violações dos direitos humanos. Apesar das evidências de escravidão, exploração e genocídio, líderes cristãos e instituições religiosas falharam em condenar ou agir contra essas práticas. O silêncio conveniente do ocidente cristão diante dessas injustiças contribuiu para perpetuar as consequências perversas desses crimes.





Parágrafo 10: Bibliografia 

"A Inquisição: Um Estudo Histórico" por Edward Peters

"The Slave Trade: The Story of the Atlantic Slave Trade, 1440-1870" por Hugh Thomas

"The Missionary Movement in Colonial America" por George W. Pierson

"The Conquest of America: The Question of the Other" por Tzvetan Todorov

"The Scramble for Africa: White Man's Conquest of the Dark Continent from 1876 to 1912" por Thomas Pakenham

"Religion and the Decline of Magic" por Keith Thomas

"The Thirty Years' War" por Geoffrey Parker

"The Dark Side of Christian History" por Helen Ellerbe

"The Oxford History of the British Empire: Volume IV: The Twentieth Century" editado por Judith M. Brown e Wm. Roger Louis

"The Oxford Handbook of African Christianity" editado por Thomas John Hastings




'156<<< >>> ÍNDICE     



ATUALIDADE

157   12.1. Idade Atual

158   12.2. O Cristianismo Fascista

159   12.3. Segunda Guerra Mundial

160   12.4. O Cristianismo Capitalista

161   12.5. O imperialismo cristão

162   12.6. Guerra Fria

163   12.7. Corrida Espacial

164   12.8. O novo Cristianismo fascista

165   12.9. Religiões pelos Continentes

166   12.10. Os principais crimes do Cristianismo



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Idade Atual


O século 20 foi marcado por uma série de eventos que moldaram a história mundial de maneira significativa. Desde avanços tecnológicos revolucionários até conflitos devastadores, este período testemunhou uma incrível diversidade de acontecimentos e personagens icônicos. Vamos explorar alguns dos eventos-chave que marcaram o século 20 e discutir seu significado.


Primeira Guerra Mundial (1914-1918): A Primeira Guerra Mundial foi um conflito global que teve um impacto imenso. O assassinato do arquiduque Franz Ferdinand, em 1914, levou à eclosão da guerra. As trincheiras, como exemplo emblemático, mostraram a brutalidade e a futilidade da guerra. Além disso, a criação da Liga das Nações após a guerra estabeleceu as bases para a cooperação internacional.


Revolução Russa (1917): A Revolução Russa foi um evento fundamental que derrubou a monarquia czarista e estabeleceu a União Soviética. Liderada por Vladimir Lênin e os bolcheviques, a revolução teve um impacto duradouro na geopolítica global, levando ao surgimento de um Estado socialista e à disseminação de ideias revolucionárias em todo o mundo.


Crise de 1929 e Grande Depressão: A quebra da bolsa de valores de Wall Street em 1929 desencadeou uma crise econômica global conhecida como a Grande Depressão. Milhões de pessoas perderam seus empregos, e a economia mundial entrou em colapso. Este evento destacou a necessidade de regulamentação financeira e estabeleceu a importância do papel do Estado na economia.


Segunda Guerra Mundial (1939-1945): A Segunda Guerra Mundial foi o conflito mais devastador da história, envolvendo nações de todo o mundo. Adolf Hitler, líder da Alemanha nazista, e sua ideologia expansionista desencadearam o conflito. O Holocausto, o uso da bomba atômica em Hiroshima e Nagasaki, bem como a criação da ONU após a guerra, foram eventos que mudaram a face do mundo.


Guerra Fria (1947-1991): A Guerra Fria foi um período de tensão política e militar entre os Estados Unidos e a União Soviética. Essa rivalidade ideológica e geopolítica se desdobrou em competição tecnológica, corrida armamentista e conflitos indiretos, como a Guerra do Vietnã e a Guerra da Coreia. A Guerra Fria teve um impacto global, dividindo o mundo em dois blocos e estabelecendo o medo da guerra nuclear.


Movimentos de descolonização: Ao longo do século 20, muitos países colonizados conquistaram sua independência. Movimentos de descolonização ocorreram em diferentes partes do mundo, como a independência da Índia em relação ao Império Britânico, liderada por Mahatma Gandhi, e a luta de Nelson Mandela contra o apartheid na África do Sul.


Revolução Cultural Chinesa (1966-1976): Liderada por Mao Tsé-Tung, a Revolução Cultural Chinesa teve como objetivo revitalizar o comunismo na China e eliminar elementos considerados burgueses. Esse movimento levou a um período de caos social, repressão política e perseguição de intelectuais e dissidentes. A Guarda Vermelha, formada por jovens fanáticos seguidores de Mao, desempenhou um papel central na implementação das políticas revolucionárias.


Queda do Muro de Berlim (1989): A queda do Muro de Berlim em 1989 simbolizou o colapso do sistema comunista na Europa Oriental e marcou o fim da Guerra Fria. O evento teve um impacto simbólico poderoso, representando a reunificação da Alemanha e o início de uma era de transformação política na Europa.


Revolução Digital e Tecnológica: O século 20 também foi marcado por avanços tecnológicos significativos que mudaram a sociedade. A invenção do computador pessoal, da internet e dos dispositivos móveis revolucionou a forma como nos comunicamos, trabalhamos e acessamos informações. Exemplos notáveis ​​incluem a criação da World Wide Web por Tim Berners-Lee e o lançamento do iPhone pela Apple.


Movimentos pelos direitos civis: Durante o século 20, ocorreram movimentos sociais significativos em busca da igualdade e dos direitos civis. Exemplos notáveis ​​incluem o movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, liderado por figuras como Martin Luther King Jr., que lutou contra a segregação racial e pela igualdade de direitos para os afro-americanos.


BIBLIOGRAFIA

  • "História do Século 20" de Eric Hobsbawm
  • "A Era dos Extremos: O breve século XX" de Eric Hobsbawm
  • "O Século dos Extremos: O breve século XX, 1914-1991" de Eric Hobsbawm
  • "Ordem e Caos no Século XX" de George Soros
  • "Breve História do Século XX" de Geoffrey Blainey
  • "As Portas da Percepção: Uma Visão do Século XX" de Arthur Schlesinger Jr.
  • "Século XX: O Tempo das Crises" de Jean-François Sirinelli
  • "História do Mundo Contemporâneo" de José Jobson de Andrade Arruda e Jean Marcel Carvalho França
  • "História Mundial Contemporânea" de Marco Antonio Villa
  • "The Century Trilogy" (Trilogia do Século) de Ken Follett (ficção histórica que retrata os acontecimentos do século 20).




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O Cristianismo Fascista



Parágrafo 1: Introdução ao tema

Durante o século 19 e a Segunda Guerra Mundial, o Cristianismo foi usado para justificar e promover atitudes fascistas em diferentes partes do mundo, especialmente na Alemanha. Nesta análise, exploraremos os personagens, eventos e consequências perversas que marcaram essa relação entre o Cristianismo e o fascismo, bem como o silêncio conveniente do ocidente cristão.


Parágrafo 2: A influência de figuras cristãs no contexto fascista

Durante a Segunda Guerra Mundial, líderes cristãos como Adolf Hitler e outros membros do Partido Nazista alemão manipularam a religião para promover seus ideais fascistas. Eles utilizaram elementos do Cristianismo, distorcendo suas mensagens originais, para justificar a superioridade racial e a guerra em nome da Alemanha.


Parágrafo 3: O papel da Igreja Católica

A Igreja Católica, por sua vez, também teve uma relação complexa com o fascismo na Alemanha. O Vaticano, sob o papado de Pio XI, assinou o Tratado de Latrão em 1929 com Mussolini, líder fascista italiano, o que trouxe benefícios para a Igreja. No entanto, alguns membros da Igreja, como o bispo Clemens von Galen, criticaram publicamente as ações nazistas, especialmente em relação ao programa de eutanásia.


Parágrafo 4: O silêncio conveniente do ocidente cristão

Apesar das evidências cada vez mais claras das atrocidades cometidas pelo regime nazista, muitos líderes e comunidades cristãs do ocidente optaram por um silêncio conveniente. O medo de retaliação, o antissemitismo arraigado e a falta de solidariedade em relação às vítimas contribuíram para essa atitude.


Parágrafo 5: Consequências perversas sobre a história da humanidade

A relação entre o Cristianismo e o fascismo resultou em consequências perversas para a história da humanidade. O Holocausto, o genocídio de milhões de judeus e outros grupos marginalizados, foi um dos exemplos mais nefastos dessa conexão. O apoio tácito ou o silêncio da comunidade cristã permitiu que tais atrocidades acontecessem.


Parágrafo 6: A instrumentalização das escrituras sagradas

Os líderes fascistas distorceram as escrituras sagradas cristãs para se adequarem aos seus objetivos políticos. Passagens bíblicas foram interpretadas de maneira seletiva e manipuladas para justificar a discriminação racial, a guerra e a supremacia de determinados grupos.


Parágrafo 7: A busca por uma identidade nacionalista

O fascismo frequentemente procura criar uma identidade nacionalista unificada, e o Cristianismo, em suas várias formas, foi utilizado como uma ferramenta para promover esse objetivo. O apelo à tradição religiosa e à cultura nacionalista foi uma estratégia comum para atrair seguidores e justificar ações fascistas.


Parágrafo 8: O despertar da consciência e a resistência cristã

Apesar do silêncio conveniente de muitos líderes e comunidades cristãs durante a Segunda Guerra Mundial, também houve indivíduos e grupos que se opuseram ao fascismo e suas ideologias discriminatórias. Corajosos líderes religiosos, como Dietrich Bonhoeffer, um teólogo alemão, e Bartolomeu de Constantinopla, um líder da Igreja Ortodoxa, foram exemplos de resistência e defesa dos valores cristãos verdadeiros.


Parágrafo 9: Reflexões pós-guerra e reavaliação

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, o mundo cristão começou a refletir sobre seu envolvimento e silêncio durante o período fascista. As igrejas e líderes religiosos passaram por um processo de reavaliação e autocrítica, buscando compreender como sua fé foi usada e manipulada para fins nefastos.




Bibliografia 

"The Catholic Church and Nazi Germany" - Guenter Lewy

"The Barmen Theses: Eight Theses Adopted by the Confessing Church in Germany" - Karl Barth

"Bonhoeffer: Pastor, Martyr, Prophet, Spy" - Eric Metaxas

"The Cross and the Swastika: The Catholic Church and Nazi Germany" - F. Paul Brady

"Christianity and Fascism: The Problem of Christian Anti-Semitism" - Zygmunt Bauman




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Segunda Guerra Mundial


Título 1: Origens e Contexto da Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial teve suas raízes nas tensões políticas, econômicas e territoriais do período entreguerras, após a Primeira Guerra Mundial. As condições do Tratado de Versalhes, que impuseram pesadas reparações à Alemanha e reduziram suas fronteiras, geraram um sentimento de humilhação e ressentimento no país, pavimentando o caminho para o surgimento do nazismo. Adolf Hitler e o Partido Nazista aproveitaram esse descontentamento e, em 1933, assumiram o poder na Alemanha.


Título 2: Ascensão de Adolf Hitler e o Nazismo

Adolf Hitler, líder carismático e ideológico do Partido Nazista, impulsionou a Alemanha em uma direção agressiva e expansionista. Sua busca por Lebensraum (espaço vital) levou à anexação da Áustria e da Tchecoslováquia, e finalmente ao início da Segunda Guerra Mundial em setembro de 1939, quando a Alemanha invadiu a Polônia.


Título 3: Alianças e Frentes de Batalha

A Segunda Guerra Mundial foi marcada por várias alianças militares e frentes de batalha. As principais potências do Eixo foram a Alemanha, Itália e Japão, enquanto os Aliados incluíam Estados Unidos, Reino Unido, União Soviética, China e outras nações. As batalhas ocorreram em várias frentes, como Europa, África, Ásia e Oceania.


Título 4: Holocausto e Genocídio

Durante a Segunda Guerra Mundial, os nazistas realizaram o Holocausto, um ato de genocídio sem precedentes na história moderna. Milhões de judeus e outras minorias étnicas foram perseguidos e exterminados em campos de concentração, como Auschwitz e Treblinka, causando uma das maiores tragédias humanitárias da história.


Título 5: Enigma e Bletchley Park

Durante a guerra, a criptografia desempenhou um papel crucial. Os alemães usaram a máquina de codificação Enigma, mas os esforços de decodificação em Bletchley Park, liderados por Alan Turing, contribuíram significativamente para a vitória dos Aliados, permitindo que eles interceptassem comunicações inimigas.


Título 6: Batalha de Stalingrado

A Batalha de Stalingrado foi um ponto de virada crucial na guerra. O exército alemão sofreu uma derrota devastadora em Stalingrado (hoje Volgogrado) durante o inverno de 1942-1943, com cerca de 2 milhões de mortes, feridos e desaparecidos. Isso enfraqueceu consideravelmente a Alemanha e marcou o início da recuperação soviética.


Título 7: Dia D e o Teatro Europeu

Em 6 de junho de 1944, ocorreu o Dia D, uma das maiores operações anfíbias da história, quando as forças aliadas desembarcaram na Normandia para retomar a França ocupada pelos alemães. Essa invasão abriu uma segunda frente na Europa e foi um passo importante rumo à derrota do Eixo.


Título 8: Bombardeios de Hiroshima e Nagasaki

Para acabar com a guerra no Pacífico, os Estados Unidos lançaram bombas atômicas sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki em agosto de 1945. Esses ataques resultaram em mortes instantâneas e posteriores de centenas de milhares de pessoas, tendo um impacto terrível e traumático sobre o Japão.


Título 9: Consequências e Legado da Segunda Guerra Mundial

A Segunda Guerra Mundial teve consequências profundas. As potências europeias emergiram enfraquecidas, e a hegemonia global passou para os Estados Unidos e a União Soviética. A criação da ONU buscou evitar futuros conflitos globais. Além disso, o Holocausto lançou luz sobre a importância dos direitos humanos e levou à criação do conceito de crimes contra a humanidade.


Título 10: O Silêncio Conveniente do Ocidente Cristão

Apesar das atrocidades cometidas pelos nazistas, muitos no Ocidente cristão permaneceram em silêncio por muito tempo, antes de entrar na guerra. Esse silêncio pode ser atribuído a várias razões, incluindo o desejo de evitar conflitos adicionais após a Primeira Guerra Mundial, o isolacionismo em alguns países e a hesitação em lidar com a dimensão do Holocausto.


Bibliografia sugerida:


Beevor, Antony. "A Segunda Guerra Mundial." Editora Record, 2012.

Gilbert, Martin. "A Segunda Guerra Mundial: Uma História Completa." Editora HarperCollins, 2018.

Evans, Richard J. "A Terceira Reich em Guerra." Editora Zahar, 2010.

Hastings, Max. "Inferno: O Mundo em Guerra 1939-1945." Editora Intrínseca, 2013.

Burleigh, Michael. "Moral Combat: Good and Evil in World War II." Editora HarperCollins, 2011.




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O Cristianismo Capitalista


Título 1: O Surgimento do Cristianismo Capitalista

O cristianismo capitalista é uma ideologia que combina os princípios do cristianismo com os valores do sistema econômico capitalista. No século 19, especialmente após a Revolução Industrial, houve uma crescente influência da busca por riqueza e acumulação de bens materiais entre os cristãos, em contraste com os ensinamentos de simplicidade e desapego presentes nas escrituras sagradas. Esse fenômeno teve início com o desenvolvimento da burguesia, que viu no capitalismo uma oportunidade de expansão dos seus negócios e poder.


Título 2: A Teologia da Prosperidade

Um dos pilares do cristianismo capitalista é a chamada "teologia da prosperidade", que defende que a riqueza material é um sinal da bênção divina e da fé dos indivíduos. Essa interpretação distorcida das escrituras foi usada para justificar a busca desenfreada por lucros, ignorando os apelos à solidariedade e à partilha presentes na mensagem de Jesus Cristo. Alguns pregadores e líderes religiosos passaram a promover a ideia de que, ao doar dinheiro à igreja, os fiéis seriam recompensados financeiramente por Deus.


Exemplo: A teologia da prosperidade ganhou força nos Estados Unidos no século 19 e influenciou diversos televangelistas e megachurches que acumularam enormes fortunas por meio das doações de fiéis.


Título 3: A Exploração do Trabalho e o Capitalismo Selvagem

O casamento entre o cristianismo e o capitalismo também resultou em consequências perversas para os trabalhadores. A busca por lucro e a competição acirrada levaram ao surgimento de condições de trabalho desumanas, com longas jornadas, salários baixos e falta de proteção social. No entanto, o discurso capitalista cristão frequentemente defendia a ideia de que os empresários estavam cumprindo um propósito divino ao gerar riqueza, o que acabava por justificar a exploração.


Exemplo: A Revolução Industrial na Inglaterra do século 19 trouxe consigo condições de trabalho extremamente precárias nas fábricas, onde homens, mulheres e crianças eram submetidos a jornadas exaustivas e insalubres.


Título 4: A Desigualdade Social e a Responsabilidade Individual

O cristianismo capitalista também propagou a ideia de que a desigualdade social era resultado da habilidade individual e do esforço próprio de cada pessoa. Essa perspectiva ignorava as estruturas sociais e econômicas que mantinham certas pessoas presas à pobreza e outras em posição privilegiada. O conceito de responsabilidade individual foi usado para justificar a falta de assistência social e políticas de inclusão.


Exemplo: No século 19, era comum a crença de que os pobres eram responsáveis por sua própria condição, ignorando a falta de oportunidades e os desafios enfrentados por quem estava em situação desfavorável.


Título 5: O Imperialismo e a "Missão Civilizadora"

A ideologia do cristianismo capitalista foi instrumentalizada para justificar o imperialismo e a colonização de territórios em outras partes do mundo. Muitos países ocidentais viam-se como portadores da "missão civilizadora", impondo sua cultura, religião e sistemas econômicos aos povos colonizados. Essa mentalidade expansionista teve consequências devastadoras para diversas sociedades e culturas nativas.


Exemplo: O imperialismo europeu na África, Ásia e Américas foi justificado com base no suposto dever cristão de levar a "civilização" e o cristianismo a povos considerados "inferiores".


Título 6: A Exploração dos Recursos Naturais e o Consumismo Desenfreado

O cristianismo capitalista também contribuiu para a exploração irresponsável dos recursos naturais do planeta. A crença de que a Terra foi criada para o benefício humano e que o crescimento econômico era sinal de bênção divina levou a uma mentalidade de consumo desenfreado, ignorando os impactos ambientais e a sustentabilidade.


Exemplo: A exploração excessiva de recursos naturais, como o desmatamento e a extração de minérios, para atender às demandas da indústria e do mercado consumidor, levou a danos ambientais significativos.


Título 7: A Cumplicidade do Ocidente Cristão

Muitas vezes, o cristianismo do século 19 no ocidente foi conivente ou mesmo apoiou ativamente práticas capitalistas desumanas, seja através de líderes religiosos que legitimavam essas ações ou pelo silêncio diante das injustiças cometidas em nome do lucro.


Exemplo: A Igreja Católica Romana, por exemplo, manteve relações próximas com governos e monarquias europeias, frequentemente ignorando as atrocidades cometidas durante a expansão colonial.


Título 8: O Fundamentalismo Religioso e o Conservadorismo Social

O casamento entre o cristianismo e o capitalismo também deu origem a movimentos fundamentalistas e conservadores, que resistiam a mudanças sociais e avanços em direção à igualdade. Esses grupos frequentemente se opunham a movimentos sociais, como o feminismo e os direitos civis, sob a alegação de que essas mudanças eram contrárias aos ensinamentos religiosos.


Exemplo: Nos Estados Unidos do século 19, grupos cristãos fundamentalistas eram contra o movimento abolicionista e se opunham à igualdade de direitos para as mulheres.


Título 9: Impacto Contínuo na Sociedade Moderna

As ideias do cristianismo capitalista do século 19 continuam a influenciar a sociedade moderna, refletindo-se em políticas econômicas, atitudes sociais e desigualdades persistentes.


Exemplo: A desigualdade de renda e a busca por lucro a qualquer custo ainda são desafios presentes em muitas sociedades contemporâneas, resultado de uma mentalidade enraizada no cristianismo capitalista.





TBibliografia 

"The Protestant Ethic and the Spirit of Capitalism" - Max Weber

Clássico da sociologia, "The Protestant Ethic and the Spirit of Capitalism" escrito por Max Weber, oferece uma análise detalhada da relação entre a ética protestante e o desenvolvimento do capitalismo. Weber argumenta que certas crenças e valores protestantes, especialmente as da doutrina calvinista, promoveram o crescimento do capitalismo ao incentivar a acumulação de riqueza como um sinal de eleição divina. Esse livro oferece insights valiosos sobre a influência da religião no desenvolvimento do sistema econômico capitalista.


"Teologia da Prosperidade: A Religião do Sucesso" - Maria Laura Cavalcanti

Este livro explora a teologia da prosperidade e suas origens, mostrando como ela se tornou popular nos Estados Unidos e em outras partes do mundo. A autora analisa como essa interpretação distorcida do cristianismo afetou a vida dos fiéis e suas percepções sobre riqueza e sucesso, assim como suas implicações sociais e econômicas.


"God and Gold: Britain, America, and the Making of the Modern World" - Walter Russell Mead

Essa obra examina a relação entre religião e capitalismo, focando na trajetória dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha como potências dominantes no cenário global. O autor explora como os ideais religiosos e a busca por riqueza moldaram a política e a economia dessas nações, além de impactar outras culturas ao redor do mundo.


"Orientalismo" - Edward Said

Embora não se concentre especificamente no cristianismo capitalista, "Orientalismo" é uma leitura relevante para entender como o Ocidente cristão, em sua relação com o Oriente, construiu e perpetuou narrativas de superioridade cultural e justificou formas de exploração e dominação em contextos coloniais.


"The Scandal of Evangelical Politics: Why Are Christians Missing the Chance to Really Change the World?" - Ronald J. Sider

Neste livro, o autor aborda o envolvimento político dos cristãos evangélicos nos Estados Unidos, analisando como a adesão ao capitalismo e ao conservadorismo social tem impactado a abordagem dos cristãos em relação a questões sociais e políticas importantes.




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O imperialismo cristão


Título: Introdução ao Imperialismo dos Países Cristãos no Século 19

O século 19 foi marcado por um período de expansão imperialista liderada por países cristãos ocidentais que buscavam expandir seus territórios, recursos e influência global. Essas nações, impulsionadas por motivos econômicos, políticos e ideológicos, exploraram regiões distantes através de conquistas militares, estabelecimento de colônias e dominação econômica. Embora muitos ocidentais cristãos apoiaram e se beneficiaram dessas ações, o lado sombrio desse imperialismo trouxe consequências perversas para a história da humanidade, silenciadas convenientemente por parte do ocidente cristão.


Título: Personagens do Imperialismo Cristão

Os principais protagonistas do imperialismo cristão foram nações como a Inglaterra, França, Alemanha, Bélgica, Espanha e Portugal. Esses países buscavam territórios em diferentes partes do mundo, desde a África até a Ásia e América Latina. Líderes políticos, como a Rainha Vitória do Reino Unido e o imperador Napoleão III da França, estiveram envolvidos em decisões e políticas que fomentaram a expansão imperialista.


Título: A Corrida pela África

No século 19, a África foi amplamente explorada pelos países cristãos europeus. A Conferência de Berlim em 1884-1885 foi um evento-chave, no qual as nações europeias se reuniram para dividir o continente africano entre si, sem levar em conta as fronteiras culturais e étnicas existentes. Isso resultou em um caos social e político nas áreas colonizadas, com comunidades indígenas oprimidas e exploradas em nome do progresso cristão.


Título: A Guerra do Ópio na China

A Inglaterra, com apoio de outros países cristãos, envolveu-se na Guerra do Ópio (1839-1842) contra a China para proteger seus interesses comerciais e forçar a abertura dos mercados chineses ao comércio ocidental. O comércio desigual e a ocupação de portos chineses levaram a consequências devastadoras para o povo chinês, resultando em conflitos, miséria e enfraquecimento do Império Chinês.


Título: Exploração nas Américas

Países cristãos como Espanha e Portugal já haviam explorado e colonizado grande parte das Américas antes do século 19. No entanto, no século 19, houve esforços contínuos para subjugar e assimilar povos indígenas, além de expandir suas colônias na região. A exploração dos recursos naturais também teve um impacto negativo nas populações locais e na ecologia.


Título: A Cruzada Missionária

Uma faceta peculiar do imperialismo cristão foi a chamada "Cruzada Missionária", em que missionários cristãos eram enviados para as colônias com o objetivo de converter as populações indígenas ao cristianismo. Embora alguns missionários pudessem ter boas intenções, muitas vezes essa conversão forçada resultava na destruição das crenças e culturas nativas, provocando traumas intergeracionais nas sociedades colonizadas.


Título: O Genocídio Armênio

Um dos capítulos mais sombrios do imperialismo cristão foi o genocídio armênio durante a Primeira Guerra Mundial. O Império Otomano, dominado por muçulmanos, perpetrava uma limpeza étnica contra os armênios cristãos, resultando em centenas de milhares de mortes e um impacto duradouro na comunidade armênia.


Título: A Era das Guerras do Ópio na Índia

Além da China, a Índia também foi vítima do imperialismo cristão. A Companhia Britânica das Índias Orientais travou uma série de guerras contra os estados indianos e impôs sua supremacia sobre a região, explorando recursos e devastando economias locais. O resultado foi uma série de consequências perversas para a sociedade indiana, incluindo pobreza generalizada e dependência econômica.


Título: O Peso do Colonialismo

O imperialismo cristão estabeleceu um sistema colonial global, no qual as nações cristãs exploravam e governavam regiões distantes com base em suas próprias vantagens. Essa colonização gerou desigualdades econômicas, sociais e raciais, perpetuando a exploração e a opressão de povos nativos por séculos. Muitos dos problemas enfrentados por nações e comunidades em desenvolvimento atualmente têm raízes no legado do colonialismo.


Título: O Silêncio Conveniente do Ocidente Cristão

Apesar das atrocidades cometidas durante o período de imperialismo cristão, houve um silêncio conveniente do ocidente cristão sobre esses eventos. Muitas vezes, os abusos e a violência foram justificados como parte de uma "missão civilizadora" ou como uma suposta responsabilidade de levar a palavra de Deus a outras partes do mundo. Esse silêncio encobriu as verdadeiras motivações e consequências do imperialismo, permitindo que a história fosse contada de uma perspectiva eurocêntrica e romantizada.




Bibliografia 

  • "A Idade do Capital: 1848-1875" - Eric Hobsbawm
  • "África e os africanos na formação do mundo atlântico (1400-1800)" - John Thornton
  • "Orientalismo" - Edward Said
  • "O declínio do homem público: as tiranias da intimidade" - Richard Sennett
  • "Orientalismo Ocidental: A imagem do Oriente nas sociedades ocidentais" - Ian Buruma e Avishai Margalit




'162<<< >>> ÍNDICE     


Guerra Fria






'163<<< >>> ÍNDICE     


Corrida Espacial






'164<<< >>> ÍNDICE     


O novo Cristianismo fascista






'165<<< >>> ÍNDICE     


Religiões pelos Continentes






'166<<< >>> ÍNDICE     


Os principais crimes do Cristianismo






'167<<< >>> ÍNDICE     



PERSEGUIÇÕES

168   13.1. Considerando o que seja perseguição

169   13.2. Trigo não dá motivo para nenhuma perseguição

170   13.3. Joio dá todos os motivos para perseguição

171   13.4. Toda religião sofre perseguição interna e externa

172   13.5. Quanto maior forem os preconceitos nas religiões

173   13.6. Quanto maior forem as intolerâncias nas religiões

174   13.7. Quanto maior forem as prepotências nas religiões

175   13.8. Cristo não deu motivos para perseguição

176   13.9. Perseguições do judaísmo

177   13.10. Perseguições ao judaísmo

178   13.11. Perseguições ao cristianismo

179   13.12. Perseguições do cristianismo



'168<<< >>> ÍNDICE     


13.1. Considerando o que seja perseguição






'169<<< >>> ÍNDICE     


13.2. Trigo não dá motivo para nenhuma perseguição






'170<<< >>> ÍNDICE     


13.3. Joio dá todos os motivos para perseguição






'171<<< >>> ÍNDICE     


13.4. Toda religião sofre perseguição interna e externa






'172<<< >>> ÍNDICE     


13.5. Quanto maior forem os preconceitos nas religiões






'173<<< >>> ÍNDICE     


13.6. Quanto maior forem as intolerâncias nas religiões






'174<<< >>> ÍNDICE     


13.7. Quanto maior forem as prepotências nas religiões






'175<<< >>> ÍNDICE     


13.8. Cristo não deu motivos para perseguição






'176<<< >>> ÍNDICE     


13.9. Perseguições do judaísmo






'177<<< >>> ÍNDICE     


13.10. Perseguições ao judaísmo






'178<<< >>> ÍNDICE     


13.11. Perseguições ao cristianismo






'179<<< >>> ÍNDICE     


13.12. Perseguições do cristianismo






'180<<< >>> ÍNDICE     



EMBAIXADORES

181   14.1. Embaixador

182   14.2. Embaixador do Reino de Deus

183   14.3. Novas Criaturas

184   14.4. Amor ao próximo

185   14.5. Imagem e Semelhança

186   14.6. Fruto do Espírito

187   14.7. Bem aventurados

188   14.8. Luz do Mundo

189   14.9. Sal da Terra

190   14.10. Dar a outra face

191   14.11. Andar a segunda milha

192   14.12. Obediência às autoridades

193   14.13. Dar a César o que é de César



'181<<< >>> ÍNDICE     


14.1. Embaixador






'182<<< >>> ÍNDICE     


14.2. Embaixador do Reino de Deus






'183<<< >>> ÍNDICE     


14.3. Novas Criaturasx






'184<<< >>> ÍNDICE     


14.4. Amor ao próximo






'185<<< >>> ÍNDICE     


14.5. Imagem e Semelhança






'186<<< >>> ÍNDICE     


14.6. Fruto do Espírito






'187<<< >>> ÍNDICE     


14.7. Bem aventurados






'188<<< >>> ÍNDICE     


14.8. Luz do Mundo






'189<<< >>> ÍNDICE     


14.9. Sal da Terra





'190<<< >>> ÍNDICE     


14.10. Dar a outra face






'191<<< >>> ÍNDICE     


14.11. Andar a segunda milha






'192<<< >>> ÍNDICE     


14.12. Obediência às autoridades






'193<<< >>> ÍNDICE     


14.13. Dar a César o que é de César






'194<<< >>> ÍNDICE     



EPÍLOGO

195   O Cristianismo que mostramos ao mundo

196   Prejudicial em muitos sentidos

197   Prejudicial como religião

198   Prejudicial como capitalista

199   Já temos matado mais que qualquer outra causa no mundo

200   Mais vinculados com Jeová do que com Jesus

201   Não é o Cristianismo de Jesus



'195<<< >>> ÍNDICE     


O Cristianismo que mostramos ao mundo






'196<<< >>> ÍNDICE     


Prejudicial em muitos sentidos






'197<<< >>> ÍNDICE     


Prejudicial como religião






'198<<< >>> ÍNDICE     


Prejudicial como religião






'199<<< >>> ÍNDICE     


Já temos matado mais que qualquer outra causa no mundo






'200<<< >>> ÍNDICE     


Mais vinculados com Jeová do que com Jesus





'201<<< >>> ÍNDICE    



Não é o Cristianismo de Jesus









2XX- LinkB

3XX- LinkC

4XX- XLinkD

5XX- LinkE

6XX- LinkF

7XX- LinkG

8XX- LinkH

9XX- LinkI

10XX- LinkJ


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C<<< >>>                             ÍNDICE
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E<<< >>>                             ÍNDICE
F<<< >>>                             ÍNDICE
G<<< >>>                             ÍNDICE
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