Livro "A Cidade Antiga" - Fustel de Coulanges - 1864.

  







 


PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4


o resumo completo deste livro da Biblioteca, neste link aqui



Livro "A Cidade Antiga" - Fustel de Coulanges - 1864.



Autor: Fustel de Coulanges
Fustel de Coulanges foi um historiador e acadêmico francês nascido em 1830. Ele é conhecido principalmente por sua obra "A Cidade Antiga", publicada em 1864. Coulanges era um estudioso renomado e especialista em história antiga e sociologia. Ele teve uma influência significativa no campo da história e seus trabalhos continuam sendo estudados e referenciados até os dias de hoje.

Data e contexto histórico
"A Cidade Antiga" foi publicado em 1864, um momento em que a França estava passando por grandes transformações políticas e sociais. A Revolução Francesa, ocorrida algumas décadas antes, havia abalado as estruturas da sociedade francesa e gerado um interesse renovado no estudo da história e das instituições sociais. Nesse contexto, Coulanges procurou entender as origens e os fundamentos das instituições políticas e religiosas da Grécia e de Roma, a fim de compreender melhor a sociedade contemporânea.

Resumo do livro
"A Cidade Antiga" é uma obra que analisa as instituições sociais, religiosas e políticas da Grécia e de Roma na antiguidade clássica. Coulanges utiliza uma abordagem histórica e sociológica para examinar as crenças religiosas, as leis e as estruturas de poder dessas sociedades. Ele argumenta que a religião desempenhou um papel fundamental na organização social e política das antigas cidades-estado gregas e romanas. Coulanges também explora a transição da religião doméstica para a religião pública nessas sociedades, bem como as mudanças nas instituições políticas ao longo do tempo.

Considerações, informações e afirmações que motivaram o livro:

A religião doméstica era o núcleo da vida social nas antigas cidades-estado gregas e romanas, e suas práticas e rituais influenciavam todas as esferas da vida cotidiana.

O culto aos antepassados e a crença na existência de espíritos ancestrais eram aspectos fundamentais da religião doméstica.

A religião doméstica era caracterizada por rituais realizados dentro das casas das famílias, que envolviam oferendas e orações aos antepassados.

A religião pública, em contraste, estava associada aos deuses e deusas da cidade, e seus rituais eram realizados em templos públicos.

A transição da religião doméstica para a religião pública refletiu mudanças sociais e políticas nas antigas cidades-estado.

O surgimento da cidade-estado grega trouxe consigo a formação de um governo centralizado, leis escritas e uma nova estrutura social.

A democracia ateniense, embora tenha sido uma inovação política, era restrita a uma parte da população e excluía mulheres, estrangeiros e escravos.

A religião desempenhou um papel crucial na coesão social das antigas cidades-estado, unindo os cidadãos em torno de uma identidade compartilhada e de um conjunto comum de crenças e valores. Os rituais religiosos, festivais e cerimônias eram eventos centrais na vida da comunidade, proporcionando um senso de pertencimento e solidariedade entre os indivíduos.

A religião também desempenhou um papel importante na definição de normas morais e éticas nas antigas sociedades grega e romana, estabelecendo regras de conduta e punições para transgressões.

Coulanges argumenta que a religião era vista como uma força unificadora, que promovia a coesão social e mantinha a ordem dentro da comunidade.

O autor explora a evolução das instituições políticas nas antigas cidades-estado gregas e romanas, desde a monarquia inicial até a república e, posteriormente, o império.

Coulanges destaca a importância das leis e da administração da justiça nas sociedades antigas, mostrando como elas eram fundamentais para a manutenção da ordem e da estabilidade social.

O autor enfatiza a influência da religião na formulação das leis e nas práticas judiciais, argumentando que os deuses e a vontade divina eram considerados fundamentais na tomada de decisões legais.

Coulanges também discute o surgimento e a influência das instituições sacerdotais, mostrando como os sacerdotes desempenhavam um papel de destaque na sociedade antiga, tanto na esfera religiosa quanto política.

O livro aborda as mudanças ocorridas na sociedade e na religião com a chegada do cristianismo, descrevendo o processo de transição de uma religião politeísta para o monoteísmo.

Coulanges ressalta que a introdução do cristianismo levou a uma reconfiguração das estruturas sociais e políticas, assim como das crenças e práticas religiosas nas antigas cidades.

O autor também examina as influências da Grécia e de Roma na formação da cultura e da civilização ocidental, mostrando como os legados dessas antigas sociedades ainda são perceptíveis na sociedade contemporânea.

Coulanges critica a tendência de idealizar e romantizar as antigas civilizações, argumentando que é necessário um estudo rigoroso e imparcial para compreender verdadeiramente essas sociedades.

O autor defende a importância do estudo da história para compreender as origens e os fundamentos da sociedade contemporânea, destacando a relevância da análise das instituições sociais, políticas e religiosas.

Por fim, "A Cidade Antiga" de Coulanges busca lançar luz sobre as origens e os mecanismos sociais das antigas cidades-estado gregas e romanas, oferecendo uma análise profunda e detalhada das instituições que moldaram essas sociedades e deixaram um impacto duradouro na história da humanidade.