Livro "A Produção do Espaço" - Henri Lefebvre - 1974

  





 


PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4


o resumo completo deste livro da Biblioteca, neste link aqui




"A Produção do Espaço" - Henri Lefebvre - 1974




Autor: Henri Lefebvre
Henri Lefebvre (1901-1991) foi um filósofo, sociólogo e geógrafo francês. Ele é conhecido por suas contribuições teóricas na análise do espaço urbano e do papel da produção do espaço na sociedade. Lefebvre foi uma figura importante no movimento marxista e suas ideias influenciaram significativamente os estudos urbanos e a geografia crítica.

Data: 1974
O livro "A Produção do Espaço" foi publicado em 1974, representando um dos trabalhos mais influentes de Lefebvre. Foi escrito em um período de agitação social e transformação urbana, durante o qual o urbanismo modernista e a ideologia capitalista estavam remodelando o espaço das cidades.

Contexto que influenciou a obra:
O contexto social, político e urbano da época influenciou fortemente a obra de Lefebvre. A década de 1960 foi marcada por movimentos sociais, protestos estudantis e lutas por direitos civis em todo o mundo. Esses eventos refletiram-se nas cidades, que passaram por transformações radicais devido ao desenvolvimento urbano acelerado, à especulação imobiliária e à segregação socioespacial.

Lefebvre buscou compreender as dinâmicas que moldam o espaço urbano e como elas estão relacionadas às relações de poder e à lógica do capitalismo. Ele criticou o urbanismo modernista, que considerava alienante e desprovido de participação democrática, e defendeu uma abordagem mais humanista e emancipatória para o planejamento urbano.

Resumo do livro:
"A Produção do Espaço" é uma obra densa e abrangente em que Lefebvre propõe uma análise crítica da produção do espaço urbano. Ele argumenta que o espaço não é apenas um produto físico, mas também um resultado de relações sociais, políticas e econômicas. Lefebvre examina o espaço urbano em suas múltiplas dimensões, incluindo o espaço cotidiano, o espaço simbólico e o espaço representado.

O autor discute a influência do capitalismo na produção do espaço, explorando a mercantilização das cidades, a segregação socioespacial, a alienação e a perda de controle sobre o ambiente construído. Ele propõe uma abordagem crítica que busca resgatar o direito à cidade e à participação ativa na criação do espaço urbano.

Ao longo do livro, Lefebvre também examina as contradições do espaço urbano, a luta de classes no espaço, a importância do espaço na construção de identidades e a necessidade de uma prática revolucionária que transforme a produção do espaço.

Considerações, informações e afirmações que motivaram o livro:

  1. A produção do espaço é uma expressão das relações sociais e econômicas de uma sociedade.
  2. O espaço urbano é cada vez mais dominado pelo capitalismo e pela especulação imobiliária.
  3. O urbanismo modernista aliena as pessoas e reduz a cidade a meros objetos funcionais, ignorando as necessidades e desejos dos habitantes.
  4. O espaço urbano é um campo de luta de classes, onde a segregação socioespacial reflete as desigualdades e as relações de poder na sociedade.
  5. A mercantilização do espaço transforma as cidades em centros de consumo, onde o lucro é priorizado em detrimento das necessidades e do bem-estar da população.
  6. A produção do espaço não é apenas uma questão técnica, mas também política, cultural e social, envolvendo conflitos e negociações de poder.
  7. A falta de participação democrática na produção do espaço leva à exclusão e à marginalização de certos grupos sociais.
  8. A cidade moderna é fragmentada, segregada e desigual, com espaços privilegiados destinados apenas a determinados grupos e classes sociais.
  9. A produção do espaço deve ser pensada de forma integrada, considerando as dimensões físicas, simbólicas e sociais do ambiente urbano.
  10. É necessário superar a visão utilitarista e funcionalista da cidade, buscando uma abordagem mais holística que valorize a qualidade de vida e a diversidade.
  11. A democratização do espaço requer a participação ativa dos cidadãos na tomada de decisões sobre o ambiente construído.
  12. A criação de espaços públicos acessíveis e inclusivos é fundamental para a construção de uma cidade mais democrática e igualitária.
  13. A produção do espaço não deve ser dominada apenas pelos interesses econômicos, mas também pela promoção do bem comum e da justiça social.
  14. O direito à cidade implica no direito de todos os cidadãos de participarem da produção, uso e transformação do espaço urbano.
  15. A dimensão simbólica do espaço é fundamental na construção de identidades individuais e coletivas, influenciando a forma como nos relacionamos com a cidade.
  16. A produção do espaço não é fixa ou determinada, mas está em constante transformação, sujeita a processos sociais, culturais e políticos.
  17. O espaço público desempenha um papel crucial na promoção da vida social, do encontro e da interação entre os cidadãos.
  18. A produção do espaço deve levar em conta a sustentabilidade ambiental, buscando soluções que minimizem o impacto no meio ambiente e promovam a qualidade de vida das pessoas.
  19. A valorização do patrimônio histórico e cultural é essencial para preservar a identidade e a memória das cidades em meio às transformações urbanas.
  20. A produção do espaço é uma arena de luta e resistência, onde movimentos sociais e coletivos podem reivindicar seus direitos e redefinir a cidade de acordo com suas necessidades e aspirações.