Livro "A Ideologia Alemã" - Karl Marx e Friedrich Engels - 1846

  





 


PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4


o resumo completo deste livro da Biblioteca, neste link aqui




Livro "A Ideologia Alemã" - Karl Marx e Friedrich Engels - 1846


Autor:
"A Ideologia Alemã" foi escrito por Karl Marx e Friedrich Engels. Ambos eram filósofos, economistas e teóricos políticos alemães, conhecidos por seu trabalho no campo do socialismo científico. Marx é amplamente considerado o fundador da teoria marxista, enquanto Engels foi seu colaborador próximo e coautor em várias obras.

Data:
O livro foi escrito em 1846, mas só foi publicado postumamente em 1932, muitos anos após a morte de Marx e Engels. Foi um dos primeiros trabalhos importantes desses autores, mas sua publicação tardia limitou seu impacto imediato.

Contexto:
"A Ideologia Alemã" foi escrito durante um período de agitação política e intelectual na Europa do século XIX. Marx e Engels estavam respondendo às correntes intelectuais dominantes da época, particularmente a filosofia de Hegel e as correntes políticas do socialismo utópico. Eles buscaram desenvolver uma nova abordagem que combinasse a crítica filosófica com uma análise materialista da história e da sociedade.

Resumo do livro:
O livro é uma crítica abrangente da filosofia alemã contemporânea, principalmente em relação aos pensadores conhecidos como os "jovens hegelianos". Marx e Engels argumentam que esses filósofos haviam desviado o pensamento filosófico da realidade material e o transformado em um mero idealismo abstrato. Em contrapartida, propõem uma abordagem materialista, baseada na relação entre as condições materiais de existência e as formas sociais e políticas.

Em "A Ideologia Alemã", Marx e Engels também apresentam sua concepção de história e luta de classes, destacando a importância dos fatores econômicos na formação e transformação da sociedade. Eles argumentam que as ideias e as instituições são moldadas pelas condições materiais e pelas relações de produção em uma determinada sociedade. A obra também introduz o conceito de alienação, explorando como o trabalho assalariado e a divisão social do trabalho alienam os indivíduos de seu verdadeiro potencial humano.

Considerações, informações e afirmações do livro:

Marx e Engels afirmam que a base material da sociedade, ou seja, a forma como a produção é organizada e controlada, é o principal determinante das relações sociais e políticas.

Eles argumentam que a história humana é caracterizada por uma série de modos de produção, como o feudalismo e o capitalismo, cada um com suas próprias contradições e conflitos internos.

Marx e Engels consideram a luta de classes como uma força motriz fundamental da história, afirmando que a luta entre a classe trabalhadora e a classe capitalista é inerente ao capitalismo e levará à sua superação.

Eles criticam os socialistas utópicos por propor soluções idealistas e irrealizáveis para os problemas sociais, em vez de se basearem em uma análise científica da sociedade e das relações de produção.

Marx e Engels argumentam que a propriedade privada dos meios de produção é a fonte fundamental da desigualdade social e da exploração capitalista.

Eles afirmam que o sistema capitalista é caracterizado pela alienação dos trabalhadores, pois estes se tornam meros instrumentos de produção, separados do produto final e alienados de sua própria essência humana.

Os autores discutem a importância do trabalho coletivo na transformação social, enfatizando a necessidade de uma revolução proletária para superar o capitalismo e estabelecer uma sociedade sem classes.

Eles criticam a filosofia hegeliana por sua abordagem idealista, argumentando que a realidade material e as condições materiais de existência são primordiais em relação às ideias abstratas.

Marx e Engels destacam a importância da luta política e da organização dos trabalhadores para a conquista de seus direitos e para a transformação revolucionária da sociedade.

Eles apontam a contradição inerente ao sistema capitalista, em que a busca do lucro e a acumulação de capital entram em conflito com as necessidades e interesses da maioria da população.

Marx e Engels criticam a divisão social do trabalho, argumentando que ela leva à especialização alienante e à perda da visão holística do processo produtivo.

Eles enfatizam a importância da conscientização da classe trabalhadora sobre sua posição na sociedade e a necessidade de se unirem em busca de objetivos comuns.

Marx e Engels afirmam que a abolição da propriedade privada e a socialização dos meios de produção são passos necessários para a criação de uma sociedade comunista.

Eles argumentam que o Estado é uma instituição que surge para proteger os interesses da classe dominante e que, no socialismo, o Estado deve ser transformado em uma ditadura do proletariado para defender os interesses da classe trabalhadora.

Marx e Engels defendem a ideia de que a emancipação da classe trabalhadora não é apenas uma questão política, mas também envolve uma transformação radical das condições materiais de existência.

Eles criticam o pensamento filosófico anterior por sua ênfase na contemplação teórica, argumentando que é necessário ir além da filosofia para a ação prática e a transformação social.

Marx e Engels rejeitam a ideia de uma natureza humana fixa e argumentam que a natureza humana é moldada pelas condições materiais e pelas relações sociais em uma determinada sociedade.

Eles analisam as formas históricas de propriedade, como a comunidade primitiva, o feudalismo e o capitalismo, destacando como cada uma delas moldou as relações sociais e a consciência das pessoas.

Marx e Engels enfatizam a necessidade de uma crítica radical da sociedade existente, questionando as instituições e estruturas de poder estabelecidas, a fim de revelar suas contradições internas e suas bases materiais.

Eles concluem que a transformação social não pode ocorrer por meio de reformas superficiais, mas requer uma mudança fundamental nas relações de produção e na estrutura econômica da sociedade.

Marx e Engels defendem a abolição do sistema de salários e a substituição do trabalho assalariado pela associação livre de produtores, em que a produção seria organizada de forma cooperativa e com o objetivo de atender às necessidades de todos.

Eles destacam a importância da solidariedade internacional da classe trabalhadora, argumentando que o proletariado deve se unir além das fronteiras nacionais para combater o sistema capitalista globalmente.

Marx e Engels argumentam que a ideologia dominante em uma sociedade é geralmente a ideologia da classe dominante, e que a classe trabalhadora deve desenvolver sua própria consciência de classe e lutar por seus próprios interesses.

Eles enfatizam a importância da educação e da difusão do conhecimento entre a classe trabalhadora, a fim de capacitá-la a compreender sua posição na sociedade e lutar por sua emancipação.

Marx e Engels rejeitam a visão de que as ideias e as instituições têm uma existência independente e autônoma, argumentando que elas são produtos das relações sociais e das condições materiais em uma determinada sociedade.

Eles destacam a necessidade de uma crítica materialista da religião, argumentando que a religião é uma forma de alienação que desvia a atenção das pessoas das condições reais de sua existência e perpetua a opressão.

Marx e Engels defendem a necessidade de uma revolução socialista como meio de transcender o sistema capitalista e estabelecer uma sociedade em que os meios de produção sejam controlados coletivamente.

Eles reconhecem a importância das lutas políticas e sociais imediatas da classe trabalhadora para melhorar suas condições de vida, mas enfatizam que essas lutas devem estar conectadas a uma luta mais ampla pela transformação revolucionária da sociedade.

"A Ideologia Alemã" é uma obra complexa que estabelece as bases do pensamento marxista, abordando uma ampla gama de temas, desde a crítica filosófica até a análise econômica e política. Suas considerações e afirmações desempenharam um papel significativo no desenvolvimento do pensamento socialista e influenciaram inúmeras correntes de pensamento ao longo do século XX.