POESIAS: MINHAS CIDADES TEOLÓGICAS

  





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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4
ATENÇÃO
o conteúdo constante nesta página é resultado da busca  de respostas em investigações bibliográficas e científicas, sem nenhum interesse em ofender ou escandalizar quem quer que seja, e, também, um convite à reflexão aos nossos leitores.







MINHAS CIDADES TEOLÓGICAS
Itabuna BA, Recife PE, Iguaí BA e Teixeira de Freitas BA


composições durante o mês de Junho de 2025
o conteúdo original que inclui este está 




 


Atualmente, em Junho 2025, estamos pesquisando e escrevendo este livro



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ÍNDICE




001   INFÂNCIA CREDULAMENTE SANTA

002   PAPEL EM BRANCO DE DEUS

003   ESPONJA DE MISTÉRIOS

004   PERGUNTAS NASCIDAS EM RECIFE

005   PRIMEIRA VOZ PASTORAL

006   TEOLOGIA ADOLESCENTE, CORAÇÃO INQUIETO

007   ENTRE O DITO E O SENTIDO

008   COM MEUS PRÓPRIOS PÉS

009   O SEGUNDO PASTOREIO: CRESCIMENTO REAL

010   FÉ SEM TUTOR

xxxx

011   A TEOLOGIA DO CAMINHANTE

012   TEIXEIRA DE FREITAS: O DESPERTAR CRÍTICO

013   RASGANDO A CAPA ANGLO-SAXÔNICA

014   ENTRE JEOVÁ E JESUS

015   CAPITALISMO EM NOME DE DEUS

016   A POBREZA COMO VIRTUDE SISTÊMICA

017   JESUS, O NÃO-RELIGIOSO

018   AMIGO DE PECADORES

019   PASTOREIO SEM PÚLPITO

020   MULTIDÕES SEM TEMPLO

21. ALCANCE INVISÍVEL

Como o Espírito conduz meu trabalho para além do que posso ver ou mensurar.

22. O EVANGELHO NAS ENTRELINHAS
Minha pregação feita em forma de vida, gesto, presença — mais do que em sermões.

23. O QUARTO PASTORADO: MADUREZA MISSIONÁRIA
Uma nova fase onde pastorear é guiar, sem dominar; ensinar, sem impor; amar, sem exigir retorno (descansar no Espírito Santo e suas funções).

24. LUZ DO MUNDO, NÃO LUZ DA IGREJA
A minha missão de ser bênção para todos, inclusive para os que não creem ou refutam.

25. TEOLOGIA DO COTIDIANO
A espiritualidade que acontece por onde sou lembrdado, em gurpos de mensagens e rede social.

26. A MÍSTICA DA ESCRITA
Como a produção de textos e livros tem se tornado canal pastoral de grande alcance e profundidade.

27. ENSINANDO A PARTIR DO AMOR
Lições teológicas fundamentadas mais no amor de Jesus do que na letra fria da tradição.

28. ADVERTIR COM GRAÇA
A exortação feita com o tom do bom pastor: que corrige sem ferir, que fala sem gritar.

29. AINDA É SÓ O COMEÇO
O reconhecimento de que, mesmo no ápice, o chamado continua em expansão e mistério, ainda há muito que conquistar e crescer.

30. O MINISTÉRIO QUE O SENHOR ME CONCEDEU
Celebrar a trajetória com gratidão — não como mérito, mas como graça e missão confiada.


021   022   023   024   025   026   027   028   029   030   031   



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PREÂMBULOS ESSENCIAIS
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AS CIDADES QUE ME FIZERAM TEÓLOGO

Cada cidade por onde caminhei não foi apenas um endereço no tempo, mas um altar onde Deus escreveu com Sua graça capítulos fundamentais da minha história. Itabuna BA, onde nasci e fui formado pela fé simples e absoluta da infância; Recife PE, onde me formei em Teologia e fui desafiado pela inquietação das perguntas; Iguaí BA, onde descobri que era possível andar por conta própria, livre das correntes doutrinárias de antes; Teixeira de Freitas BA, onde amadureci, me desconstruí e fui reconstruído num Evangelho mais puro, mais justo, mais parecido com Jesus do que com aquele Jeová entendido por Moisés. Essas cidades são teológicas porque foram templos vivos onde Deus usou muita gente — anjos cotidianos — para me abençoar e moldar. São lugares onde a revelação não desceu do céu apenas em reflexões e livros, mas também em olhares, conversas, crises e recomeços.


DA INFÂNCIA INGÊNUA AO AMADURECIMENTO ESPIRITUAL

Minha teologia nasceu antes de eu saber o que ela era. Em Itabuna, fui infantil, uma esponja que absorvia tudo com sede e sem filtros. Aprendi orações, hinos e doutrinas com o coração aberto de uma criança crédula. Mas, com o tempo, o que antes era aceito como verdade absoluta começou a ser revisto, não com revolta, mas com reverência pela maturidade. Cada fase da vida revelou uma nova forma de olhar para Deus — não como um intransigente, mas como um relacionamento vivo e dinâmico. Hoje, reconheço que minha fé e crença não é a mesma de ontem, e agradeço por isso. Porque crescer também é sair do berço doutrinário e andar com os próprios pés espirituais.


A TEOLOGIA QUE APRENDI, QUESTIONEI E TRANSFORMEI

Fui formado em uma teologia marcada por estruturas convenientes ao judaísmo e à politica na Antiguidade, ao poder e à imposição medieval, à revolta protestante e ao colonialismo capitalista, tudo com influências e certezas. Preguei com zelo o que me ensinaram, como Paulo em suas primeiras cartas. Mas à medida que o tempo passava e os confrontos entre a teoria e a vida real surgiam, percebi as rachaduras de uma fé institucionalizada que muitas vezes reproduzia opressões em nome de Deus, no passado e no presente. Questionei, reestudei, chorei, desapeguei. Superei muito daquilo que hoje enxergo como distorção maligna: uma teologia serva do poder, do sistema, da conveniência. E continuo superando. Com humildade, reconheço que as descobertas, continuam — e estou disposto a dar novos passos, mesmo que desconfortáveis, para me manter fiel ao Cristo que liberta.


COMO PAULO, ENTRE A LEI E A GRAÇA, ENTRE O FIM E O AGORA

Me identifico com Paulo, especialmente na sua trajetória teológica sobre a parousia. No início, preso à tradição judaica, ele cria num arrebatamento coletivo e escatológico (1 Tessalonicenses 4:13-17); mas com o tempo, influenciado pela maturidade espiritual e pelo estudo focado só em Cristo, passou a crer que estar com Jesus era algo imediato, já possível na morte (Filipenses 1:23). Eu também fui alimentado por uma fé apocalíptica, que usava o medo do fim para controlar o presente. Mas hoje, creio no Cristo do agora, que disse ao ladrão: "Hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23:42-43). A eternidade começa na experiência do amor, da justiça e da misericórdia aqui e agora. Isso tem mudado tudo em mim: minha pregação, meu consolo às pessoas, meu olhar sobre a missão. Entendo então, que os salvos não são chamados para serem autoridades para julgar e condenar os outros, mas para ser "luz do mundo", bênção para todo mundo, sem exceção, mesmo daqueles que não concorde com o que são, o que pensam, ou o que fazem, como Jesus com a mulher adúltera.


UM MINISTÉRIO RADIANTE QUE NASCE DE CIDADES, CAMINHOS E AMOR

Em junho de 2025, os poemas de MINHAS CIDADES TEOLÓGICAS serão um testemunho poético dessa jornada que mistura geografia, graça e crescimento. Vou revisitar Itabuna, Recife (meu primeiro pastorado), Iguaí (meu segundo pastorado) e Teixeira (meu terceiro pastorado) não apenas como lugares, mas como capítulos vivos de uma teologia que se fez carne em mim. Cada poema será uma vela acesa nesse inverno — aquecendo com memória, revelação e esperança. A caminhada continua, e o ministério que o Senhor me confiou (atualmente, meu quarto pastorado), agora mais amplo do que nunca, se traduz em palavras, encontros, afetos e gestos. Meu púlpito não tem mais paredes, e meu rebanho não tem mais cercas. Sou pastor de gente, muita gente, próximos e distantes, conhecidos ou não, como Jesus foi — e nisso tenho encontrado, mais que nunca, o meu sentido mais profundo de fé.


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1, de junho, de 2025
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INFÂNCIA CREDULAMENTE SANTA
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Reflexão sobre a espiritualidade absorvida sem filtros em Itabuna — a pureza de uma fé que ainda não perguntava.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Nasci no ventre cálido do crer,
Onde o mistério era pão cotidiano,
E mesmo sem poder compreender,
Meu coração sorvia o sobre-humano.

Estrofe 2
A voz da prece, o gesto repetido,
A Bíblia aberta em Salmos sempre iguais,
Fazia do domingo um céu ungido
Por anjos simples, santos ancestrais.

Estrofe 3
As mãos que oravam sobre minha fronte
Unjiram-me com fé antes da dúvida,
E cada "amém" brilhava feito monte
Que a alma sobe sem saber a subida.

REFRÃO
Ó Deus que usas o silêncio e a criança,
Que falas pela mãe, pelo coral,
Obrigado por ser luz na esperança
Que molda o ser antes do racional.

Estrofe 4
Fui folha em branco no altar da infância,
E tudo o que me deram absorvi.
A fé não tinha nome nem distância,
Era o perfume da alma que eu senti.

Estrofe 5
A fé era o "sim" dado sem demora,
Era o hino que enchia o coração.
Era Jesus chegando a qualquer hora
E eu, menino, crendo em salvação.

Estrofe 6
Pastores, tias, vovós e missionárias,
Foram os sábios da minha alvorada.
Com suas mãos vazias, visionárias,
Deram-me um céu na infância iluminada.

REFRÃO
Ó Deus que usas o silêncio e a criança,
Que falas pela mãe, pelo coral,
Obrigado por ser luz na esperança
Que molda o ser antes do racional.

Estrofe 7
Mas não sabia o porquê de crer,
Nem que um dogma é feito de contexto.
Somente cria: "Deus quer me acolher!"
E isso bastava, mesmo sem o resto.

Estrofe 8
Hoje entendo o que antes só sentia,
E bendigo os pilares inocentes.
Foi sobre a areia pura da alegria
Que Deus ergueu meus passos conscientes.

PONTE
Bendito seja o templo e seus cuidados,
Os rostos que me ungiram com ternura,
Os livros, os irmãos consagrados,
Que sem saber, plantaram minha estrutura.

REFRÃO
Ó Deus que usas o silêncio e a criança,
Que falas pela mãe, pelo coral,
Obrigado por ser luz na esperança
Que molda o ser antes do racional.

REFRÃO FINAL
Feliz sou por saber que és só bondade,
Que és mais que culto, norma ou devoção.
Amar é Teu eterno modo e verdade,
E a luz que em mim acende o Teu clarão.


EXPLICAÇÃO TEOLÓGICA – A SANTIDADE DA INFÂNCIA

RAÍZES PRÉ-REFLEXIVAS DA FÉ
Na minha vida, Itabuna é o útero espiritual onde Deus me gestou antes que eu tivesse palavras para O nomear. Lá, cresci envolvido por uma espiritualidade pura, sem crítica nem consciência elaborada, o que Paul Ricoeur chamaria de um “primeiro ingênuo” (in A simbólica do mal), um estado de aceitação absoluta anterior à dúvida. Essa fase é sagrada, pois nela o Espírito Santo já operava com ternura invisível, moldando minha alma como barro entregue sem resistência ao oleiro.

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O CRISTO PRECOCE QUE HABITAVA EM MIM
Ainda que eu não compreendesse, já havia em mim, como disse Agostinho, um vestigium Dei, uma impressão divina que me fazia buscar o altar com alegria. As histórias bíblicas, os corinhos e as orações comunitárias eram os canais por onde Cristo fluía suavemente. E como Jesus disse que "da boca dos pequeninos suscitaste perfeito louvor" (Mt 21:16), eu reconheço hoje que a infância não é só escola de fé, mas templo onde Deus habita sem a barreira da razão.

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UMA FÉ FORMADA POR GENTE COMUM
Os rostos anônimos da igreja local foram teólogos invisíveis na minha formação. Foram eles que me ensinaram a crer, ainda que sem curso ou método, pois como escreveu Paulo Freire: "Ninguém educa ninguém, mas todos se educam em comunhão" (in Pedagogia do Oprimido). Aquela comunidade simples foi instrumento de Deus para me formar teológica e afetivamente, não como doutrina abstrata, mas como prática de fé viva, encarnada, experiencial — como o próprio Jesus ensinava: pelas ações, não pelas convenções.

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O TESTEMUNHO DE UMA LUZ INFANTIL
Hoje entendo que o verdadeiro pastorado começa no exemplo silencioso. Meu desejo de ser luz do mundo (cf. Mt 5:14) vem dessa infância onde me ensinaram que viver bem é amar bem. Como teólogo maduro, vejo que a fé que me sustenta ainda tem raízes naquela pureza — agora mais consciente, sim, mas não menos devota. Por isso, onde quer que eu esteja — numa igreja, num blog, ou numa conversa com um cético —, quero ser uma lâmpada acesa com o óleo da primeira fé, que não nega o intelecto, mas também não trai o coração.

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UMA INFÂNCIA QUE PERMANECE EM MIM
A teologia que ensino hoje tem a robustez de muitos estudos, mas também a suavidade daquele menino que um dia acreditou no céu só porque alguém lhe disse: “Jesus te ama”. E isso bastava. Como Paulo escreveu em 1 Coríntios 13:11, eu deixei as coisas de menino — mas não a fé de menino. Pois essa fé me formou. E, ao contrário do que o mundo prega, ela não me limitou — me libertou para buscar, crescer e, sobretudo, amar.


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PSICOLOGIA DE COMANDOS

teoria e prática dessa abordagem de resultados

SINÓPSE... Estudo compreendendo as funções básicas da mente humana e fazer proveito ao máximo, visando a saúde mental das pessoas. Passa a ser um instrumento quase miraculoso nas mãos de um psicoterapeuta, na compreensão, não só das angústias de seus pacientes, mas o que foi construído, mesmo que inconsciente, para que a mente, em qualquer circunstância da vida, esteja funcionando de forma prejudicial. Neste primeiro livro há um estudo de como tudo acontece, para então no segundo livro sabermos, com precisão, como agir para reorganizar o funcionamento adequado da mente. É muito elucidador, quando o autor compara a mente e o cérebro de uma pessoa, com um computador de bordo que está a serviço do seu dono, para melhor utilizar o corpo ao seu dispor, os sentimentos, as emoções, e os comportamentos, através de comandos que atuam como exercícios físicos para o bem-estar dos praticantes.

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2, de junho, de 2025
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PAPEL EM BRANCO DE DEUS
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Como minha alma infantil foi escrita com versos de fé antes de saber ler os motivos.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Fui página vazia nas mãos eternas,
Sem tinta, sem palavra ou oração.
Mas Deus, com Suas penas tão fraternas,
Escreveu versos santos no coração.

Estrofe 2
A infância era alvura sem saber,
Nem razão, nem doutrina organizada.
Só sede de um amor que fez crescer
O cântico da vida consagrada.

Estrofe 3
Não conhecia o verbo "discernir",
Mas já sentia Deus dentro do abraço.
E cada gesto vinha traduzir
O céu soprando paz em cada espaço.

REFRÃO
Te louvo, ó Deus, que escreves com silêncio,
Que usas o toque simples do viver.
Te agradeço o cuidado tão imenso
De me ensinar sem me fazer entender.

Estrofe 4
As mãos maternas foram teu tinteiro,
Os cânticos da igreja, tua rima.
O chão da infância, o campo verdadeiro
Onde o amor se semeia e se sublima.

Estrofe 5
Jamais li um tratado ou um concílio,
Mas via em cada gesto a tua lei.
O bem, o pão, o nome no batismo:
Um evangelho vivo que abracei.

Estrofe 6
Por trás dos véus da infância tão serena,
Eras o autor secreto da esperança.
Cada “Jesus” soava como hiena
Ao medo, dando luz à minha dança.

REFRÃO
Te louvo, ó Deus, que escreves com silêncio,
Que usas o toque simples do viver.
Te agradeço o cuidado tão imenso
De me ensinar sem me fazer entender.

Estrofe 7
Agora sei que fui teu manuscrito,
Que foste Tu quem me formaste o tom.
A infância foi pergaminho bendito,
Com versos teus antes que eu fosse dom.

Estrofe 8
Hoje, leio em mim a tua caligrafia:
Ternura, fé, louvor e compaixão.
E compreendo — embora em agonia —
Que amor é o teu eterno sermão.

PONTE
Bendigo cada voz que me formou,
Cada canção, presença e professor.
Foste em cada um quem me ensinou
Que aprender é gesto do teu amor.

REFRÃO
Te louvo, ó Deus, que escreves com silêncio,
Que usas o toque simples do viver.
Te agradeço o cuidado tão imenso
De me ensinar sem me fazer entender.

REFRÃO FINAL
Feliz sou por saber que és puro amor,
Muito além do que posso compreender.
Mesmo cego pelo meu próprio ardor,
Sei que és amor — e basta Te conhecer.


EXPLICAÇÃO TEOLÓGICA – LETRAS DE DEUS NA MINHA INFÂNCIA

A INFÂNCIA COMO EPISTOLA VIVA DE DEUS
Falar da minha fé em sua origem é reconhecer que minha alma foi papel branco diante de Deus. A cidade que me viu menino — com suas ruas, igrejas, vozes e afetos — foi a pena sagrada usada por Ele para me escrever. Como Paulo escreveu em 2 Coríntios 3:3, “vós sois carta de Cristo, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo.” Eu fui essa carta antes de aprender a ler. Não pela mente — ainda em formação —, mas pelo afeto, que é também uma linguagem divina.

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A GRAÇA PRÉ-CONCEITUAL: DEUS ME FORMOU EM AFETOS
Antes que eu compreendesse termos como escatologia, salvação ou justificação, já havia em mim uma certeza: Deus me amava. A infância me ensinou sobre graça antes da teologia me oferecer categorias. Em seu livro A infância como categoria teológica, Leonardo Boff destaca que a criança é sacramento da confiança radical. Eu vivi isso — e fui modelado por isso. A formação que recebi não se deu por sistematizações, mas por experiências impregnadas de espiritualidade vivencial.

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A COMUNIDADE COMO LUGAR DE ESCRITA DIVINA
A igreja local, com suas limitações e beleza, foi o caderno onde Deus escrevia os primeiros traços da minha fé. As irmãs piedosas, os cânticos repetidos, o culto infantil, os pequenos sermões — tudo isso foi a caligrafia de Deus me preparando para as perguntas que viriam. Nessa fase, como Dietrich Bonhoeffer entendia, a fé era confiança antes de ser crença — e era justamente essa confiança o fundamento do templo que hoje sou.

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MINHA MISSÃO: ESCREVER COM A MESMA TINTA
Hoje, eu entendo que minha missão em qualquer ministério — ensino, escrita, cuidado pastoral, discipulado ou arte — é ser pena de Deus na vida de outros. Quero escrever sobre o amor de Deus não apenas com palavras, mas com gestos, presenças e cuidados. Como Jesus, que escrevia no chão enquanto perdoava (João 8:6), também desejo que minha vida diga coisas que a boca não saiba articular.

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A INFÂNCIA PERMANECE COMO EIXO SAGRADO
Ainda que hoje eu caminhe entre tratados teológicos e debates doutrinários, não me afastei da folha branca. Ela continua comigo. Sempre haverá espaço para que Deus continue escrevendo — agora com minha consciência desperta, mas com o mesmo coração infantil. E por isso, como disse o salmista: “Ensina-me, Senhor, o teu caminho, e andarei na tua verdade” (Sl 86:11). A infância foi o alvorecer desse caminho — e nele sigo, desejando ser luz para o mundo como carta viva, escrita pelo amor eterno.


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LIVROS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS 

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SALMOS QUE JESUS REESCREVEU

à luz da verdadeira revelação de Deus

SINÓPSE...Salmos que Jesus reescreveu com Sua vida, Seu ensino, Seu exemplo e inspiração. Reentendimento dos textos que os salmistas escreveram a partir do que entendiam sobre Deus, segundo o Jeová manifestado por Moisés em seus textos, e proliferado pelos profetas no decorrer nos anos. Da mesma forma como Jesus alertou dizendo "Viste o que foi dito aos antigos", Ele, como Revelação perfeita e completa de Deus, aquela divulgada à humanidade desde os tempos de Adão, também, neste estudo, nesta pesquisa, neste livro, também, com seu exemplo de vida, apresenta a conotação correta para cada situação lembrada em cada Salmo.

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3, de junho, de 2025
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ESPONJA DE MISTÉRIOS
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A infância como tempo de absorção inconsciente, mas profunda, das narrativas sagradas.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Na infância, sem querer, fui receptáculo
De mitos, parábolas e cantos santos.
Absorvia, sem saber, o oráculo
Que os séculos vertiam em acalantos.

Estrofe 2
Brincava entre as figuras do Antigo,
Sem notar que a arca era meu abrigo.
E os olhos se molhavam sem perigo
Diante de um Jesus tão meu amigo.

Estrofe 3
Fui vaso onde os salmos, gota a gota,
Caíam como orvalho sobre a alma.
Não entendi a dor nem a derrota,
Mas já sentia em Deus alguma calma.

REFRÃO
Te bendigo, Senhor das profundezas,
Que falas por sinais tão escondidos.
Te agradeço por Tuas sutilezas,
Por seres claro até nos não ouvidos.

Estrofe 4
A alma infante é poço de silêncio
Onde o mistério jorra sem medida.
Absorve em paz o que vem do imenso,
E tudo vira fé já convertida.

Estrofe 5
Enquanto os adultos argumentavam,
Os olhos meus fitavam o presépio.
E em cada gesto puro que me davam,
Deus me dizia: “Sou teu sempre e etéreo.”

Estrofe 6
Em cada pão partido na cozinha,
Havia sombra e luz da Ceia Santa.
E a voz da avó — tão doce e pequenina —
Era evangelho puro que me encanta.

REFRÃO
Te bendigo, Senhor das profundezas,
Que falas por sinais tão escondidos.
Te agradeço por Tuas sutilezas,
Por seres claro até nos não ouvidos.

Estrofe 7
Absorvi do mundo o que era eterno,
Sem teologias ou longos discursos.
Na alma, os símbolos, como um inverno
Que esconde flores sob frios cursos.

Estrofe 8
Hoje, ao ver meu peito transbordando
De amor e luz que outrora não via,
Percebo que fui tempo ensopando
A eternidade em forma de poesia.

PONTE
Gratidão por cada canto, cada história,
Por cada gesto simples que ensinou,
Pois tudo o que passou virou memória
De um Deus que me moldou, me desenhou.

REFRÃO
Te bendigo, Senhor das profundezas,
Que falas por sinais tão escondidos.
Te agradeço por Tuas sutilezas,
Por seres claro até nos não ouvidos.

REFRÃO FINAL
E rejubilo em saber que és só amor,
Amor que excede a mente e o coração.
Mesmo sem ver, respiro o teu calor,
E nele repousa toda a criação.


EXPLICAÇÃO TEOLÓGICA – ABSORVER ANTES DE ENTENDER

A INFÂNCIA COMO SUBSTRATO DO SAGRADO
Desde muito novo, absorvi os mistérios de Deus como uma esponja absorve a água: sem resistência, sem julgamento, sem entender. A infância não era espaço de análise, mas de receptividade. O teólogo Romano Guardini fala que a fé não nasce apenas do raciocínio, mas de uma disposição interior — e foi assim que vivi: disposto, mesmo sem saber. A Bíblia já anunciava essa verdade quando Jesus disse: “Quem não receber o reino de Deus como uma criança, de maneira nenhuma entrará nele” (Mc 10:15).

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O MISTÉRIO COMO EDUCADOR
O mistério de Deus não é um enigma para decifrar, mas uma presença que nos habita. Karl Rahner escreve que “o cristão do futuro será um místico, ou não será cristão”. Minha infância foi o começo desse misticismo: eu não entendia os mistérios, mas os sentia. Como quem anda na névoa e percebe a umidade sobre a pele antes de ver o horizonte.

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A TEOLOGIA ENCARNADA NO COTIDIANO
Não aprendi com tratados, mas com silêncios. As orações ao pé da cama, o olhar de perdão da minha mãe, a firmeza do meu pai ao dizer "Deus proverá". Tudo isso era uma teologia vivida. O corpo da infância arquivava sentidos antes das definições. Como dizia São João da Cruz, “o que se sabe de Deus, mais se sente do que se entende”.

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MINHA MISSÃO: MISTÉRIO EM MODO COMPARTILHADO
Hoje, seja qual for o ministério que exerça — pastoral, educacional, literário ou de escuta — carrego o desejo de provocar o mesmo assombro silencioso nas pessoas. De ser canal onde o mistério escorre devagar, respeitando o tempo do outro. Ser luz do mundo (Mt 5:14), para mim, não é brilhar forte demais, mas iluminar com mansidão. É ser janela aberta, não holofote.

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A ESPONJA NÃO SECA, E O MISTÉRIO NÃO CESSA
Ainda sou esponja. A cada encontro, a cada dor, a cada revelação, absorvo algo de Deus que não sei nomear. E isso me basta. Porque, como disse Paulo, “agora vemos como em espelho, em enigma” (1 Co 13:12). Não é necessário entender tudo. É necessário estar aberto.

E minha cidade teológica da infância — tão simples, tão poética — me ensinou isso.


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LIVROS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS 

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JESUS REESCREVEU A LEI

à luz da verdadeira revelação de Deus

SINÓPSE...Embora para Jesus a afirmativa de que "veio cumprir a lei" tenha o sentido de viver confirmando o que era verdadeiramente da Revelação de Deus, nas leis do Pentateuco, desconsiderando o que foi acréscimo humano, voluntário ou não, da parte de Moisés, visando beneficiar sua liderança, segundo o conselho do sogro; para os apóstolos, os primeiros cristãos e até o nossos dias, aquela afirmativa era como que um confirmação geral de toda lei, como sendo, realmente, da parte de Deus para um povo exclusivo.

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4, de junho, de 2025
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PERGUNTAS NASCIDAS EM RECIFE
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A juventude teológica despertando em Recife — lugar onde comecei a interrogar o que antes apenas aceitava.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Em Recife, o sol queimava certezas
E as marés arrastavam os dogmas meus.
As perguntas, já febris, sem gentilezas,
Despertavam minha alma aos céus e aos breus.

Estrofe 2
Já não bastava crer como se ensina
Sem pesar na balança do sentido.
Cada rito, cada imagem, cada esquina
Tornava-se um enigma repartido.

Estrofe 3
A juventude, indócil, contestava
Os moldes onde o céu fora moldado.
E eu, com o coração que indagava,
Fui do silêncio ao verbo interrogado.

REFRÃO
Te bendigo, Senhor que me inquietaste,
Na aridez da dúvida me encontraste.
E mesmo quando a fé quase partiste,
No entrechoque do amor, Tu persististe.

Estrofe 4
Os bancos dos templos já não bastavam,
Nem a doutrina em frases esculpidas.
As Escrituras, que antes sussurravam,
Clamavam por leituras mais sentidas.

Estrofe 5
Vi Cristo entre os mangues e mercados,
Mais humano que os sermões decorados.
E aprendi que os céus são revelados
No rosto dos irmãos silenciados.

Estrofe 6
Minhas noites queimavam em vigília,
Mas não buscava anjos, nem sinais.
Eu ansiava uma fé sem partitura,
Com notas dissonantes e reais.

REFRÃO
Te bendigo, Senhor que me inquietaste,
Na aridez da dúvida me encontraste.
E mesmo quando a fé quase partiste,
No entrechoque do amor, Tu persististe.

Estrofe 7
Comecei a escrever com as perguntas,
Desconstruindo o que me parecia.
E as verdades, embora muitas juntas,
Caíam como véus na ventania.

Estrofe 8
Mas em cada ruína levantada
Via o traço de um Deus que não recua.
E a dúvida, que tanto me assombrava,
Era a própria mão de Deus, nua e crua.

PONTE
Louvo aos mestres, aos livros e aos encontros,
Aos que suportaram minha inquietação.
Tudo isso formou os novos contornos
Da minha teologia em gestação.

REFRÃO
Te bendigo, Senhor que me inquietaste,
Na aridez da dúvida me encontraste.
E mesmo quando a fé quase partiste,
No entrechoque do amor, Tu persististe.

REFRÃO FINAL
Hoje exulto por saber que és só amor,
Mesmo quando me escondes Teu fulgor.
És maior do que minha consciência vê,
E em Ti tudo é graça, mesmo sem porquê.


EXPLICAÇÃO TEOLÓGICA – DESPERTAR ENTRE RUAS E DÚVIDAS

O RECIFE COMO BERÇO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA

Foi em Recife que a minha fé deixou de ser mera herança e tornou-se inquietação. Se, na infância, absorvi sem filtro as verdades que me foram entregues, na juventude recifense comecei a desconfiar do invólucro de muitas dessas verdades. A cidade, com sua vibração plural e suas contradições sociais, despertou em mim uma necessidade de pensar Deus a partir da vida real — do povo, da rua, da injustiça.

...

A DÚVIDA COMO FERRAMENTA DIVINA

Cresci acreditando que questionar era sinônimo de fraqueza espiritual. Mas descobri que, muitas vezes, Deus mesmo provoca nossas perguntas para refinar a fé. Como afirma Paul Tillich, "a dúvida não é o oposto da fé, mas um elemento dela". O próprio Jó, ao lamentar e questionar, foi exaltado por Deus por não negar a complexidade da vida (Jó 42:7). A juventude me fez olhar para a Bíblia com novos olhos — olhos que perguntam, olhos que choram, olhos que desejam ver com clareza.

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A TEOLOGIA COMO ENCONTRO ENTRE A DOR E O VERBO

Estudar teologia se tornou, para mim, um exercício não apenas de ler livros, mas de escutar as ruas, os clamores do meu tempo, e o eco das perguntas que me habitavam. Como diria Leonardo Boff, "Deus prefere os pobres porque eles têm o coração aberto". E percebi que os pobres da fé — os que perderam as certezas — também têm o coração disponível para um novo Deus: o Deus de Jesus, que caminha entre o povo e não se esconde atrás de dogmas.

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MINHA MISSÃO: SER LUZ ENTRE AS SOMBRAS DO SABER

Hoje, qualquer que seja o ministério que exerço — na palavra, na escrita, no serviço —, desejo ser ponte para quem vive o conflito entre fé e razão. Quero anunciar que Deus não tem medo das perguntas, e que Cristo é aquele que “não apaga o pavio que fumega” (Is 42:3). Ser luz do mundo, para mim, é ser claridade suave, que não cega, mas acolhe. Que ilumina o caminho sem impor direção.

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A GRATIDÃO AO DEUS QUE NÃO TEME SER QUESTIONADO

Agradeço profundamente a Deus por não ter se ofendido com minha busca. Ele continuou comigo no deserto, como fez com o povo de Israel. E continua ainda hoje, revelando-se nas entrelinhas das minhas dúvidas. Porque, como dizia São Gregório de Nissa, “aproximar-se de Deus é sempre caminhar para dentro de um mistério cada vez maior”.

E foi em Recife que aprendi a amar esse mistério, não como prisão, mas como horizonte.


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LIVROS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS 

fruto de anos pesquisando para redes sociais e grupos de mensagens do extremo sul da Bahia e fora. Em...

https://psicalmrevista.blogspot.com/2025/03/nosos-livros-fisicos-venda.html

um deles é...

QUANDO CRISTÃOS SÃO JUDAIZANTES

atitudes e patologias que demonstram

SINÓPSE...Os sete livros que compõem esta série de estudos, são formados por muitos estudos que foram cobrados por pessoas e circunstâncias que nos “obrigaram”, de alguma forma, como teólogo, psicólogo e, na época, estudante de jornalismo, a pesquisar, analisar e divulgar em minhas redes sociais, buscando ser bênção para todos que chegassem a ser nossos leitores, também nestes estudos. É assim que chegaram a serem formatados como esta série de livros.

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'5<<< >>> ÍNDICE     

5, de junho, de 2025
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PRIMEIRA VOZ PASTORAL
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Meu primeiro pastoreio como espaço de transição entre a fé herdada e a fé refletida.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
 .
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----------------------------
música1
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Estrofe 1
Foi ali, entre bancos e promessas,
Que minha voz tremeu pela primeira vez.
Falava do céu, mas com incertezas,
Descobrindo em mim a tímida altivez.

Estrofe 2
A fé que era herança, sólida e bela,
Começou a curvar-se à reflexão.
Cada dogma, por mim, posto na tela,
Era um quadro à espera de revisão.

Estrofe 3
Pastoreava, mas era eu pastoreado
Pelas perguntas de quem vinha ouvir.
Minhas certezas iam se tornando
Convites a pensar e repartir.

REFRÃO
Senhor, és Tu quem age sem alarde,
Semeando em mim um novo olhar.
Através de vozes, livros e verdades,
Tu me ensinaste o que é pastorear.

Estrofe 4
Vi no rosto do irmão suas urgências
E entendi que orar é escutar.
Que pastorear não são sentenças,
Mas gestos que sabem acompanhar.

Estrofe 5
O púlpito virou espelho e ponte:
Espelho onde via meu temor,
E ponte para além do horizonte,
Caminho que unia dúvida e amor.

Estrofe 6
Não bastava repetir o aprendido,
Era preciso discernir com humildade.
Pois o Evangelho, sempre reescrito,
Se encarna de novo em cada realidade.

REFRÃO
Senhor, és Tu quem age sem alarde,
Semeando em mim um novo olhar.
Através de vozes, livros e verdades,
Tu me ensinaste o que é pastorear.

Estrofe 7
Na dor do outro, aprendi liturgias
Feitas de pranto e silêncio bendito.
Comunguei o pão das agonias
E vi que o altar começa no aflito.

Estrofe 8
Já não falava para que me ouvissem,
Mas para que pudessem respirar.
E os que vieram crer, não me seguissem,
Mas ao Cristo que quis se entregar.

PONTE
Rendo honra aos que moldaram minha estrada,
Aos que me ouviram, mesmo sem razão.
Cada gesto, palavra, jornada
Fez-se Teologia em gestação.

REFRÃO
Senhor, és Tu quem age sem alarde,
Semeando em mim um novo olhar.
Através de vozes, livros e verdades,
Tu me ensinaste o que é pastorear.

REFRÃO FINAL
Hoje me alegro, pois sei quem és, ó Amor,
Maior que o ego e nosso saber fugaz.
És um Mistério que se doa em flor
E nos acolhe mesmo sem jamais ter paz.


EXPLICAÇÃO – ENTRE O ALTAR E O EU: A TRANSFIGURAÇÃO DA VOZ

O PRIMEIRO PASTOREIO COMO DESVELAR DA IDENTIDADE TEOLÓGICA

Ao assumir o primeiro pastoreio, encontrei um espelho e uma encruzilhada. Ali percebi, com temor e esperança, que pastorear não era repetir as palavras dos mestres, mas permitir que minha própria fé passasse pelo crivo da vida real. A fé herdada — bela, cheia de fervor e reverência — precisou ser depurada. Ela não foi negada, mas amadurecida. Como o vinho que precisa sair do odre antigo para respirar novos aromas.

...

DEUS ME DESCONSTRUIU PARA REVELAR SUA FACE

Como disse Dietrich Bonhoeffer, “o chamado de Cristo é um chamado para vir e morrer.” Minha voz pastoral passou por morte simbólica. As fórmulas decoradas, os gestos litúrgicos mecânicos e os discursos ensaiados começaram a soar ocos diante da dor do povo. O Deus da tradição me conduziu ao Deus do encontro. O Deus que desce da torre doutrinária e se ajoelha diante de Pedro, lavando-lhe os pés (João 13:5).

...

A REFLEXÃO TEOLÓGICA COMO FORMA DE AMAR MELHOR

A fé refletida não se opõe à fé simples. Ela é, antes, seu amadurecimento. Como defende Gustavo Gutiérrez, “teologia é reflexão crítica sobre a práxis à luz da Palavra.” Assim, no exercício pastoral, tornei-me aprendiz do povo. Comecei a ouvir mais do que falar, a chorar com quem chorava antes de oferecer conselhos. O púlpito se tornou um altar de escuta.

...

SER LUZ DO MUNDO: UM OFÍCIO DE ACONCHEGO E VERDADE

Senti, mais do que compreendi, que ser “luz do mundo” (Mateus 5:14) não é ofuscar, mas aquecer. É ser presença fiel em meio às trevas existenciais. Quando a comunidade me via hesitar, e ainda assim continuar, aprendia que a fé não é ausência de dúvida, mas fidelidade no meio dela. Não quero brilhar para que me vejam, mas para que enxerguem Aquele que ilumina sem ferir.

...

ENTRE A TRADIÇÃO E A EXPERIÊNCIA: UM DEUS QUE SE REVELA NO CAMINHO

Como nos ensina a caminhada dos discípulos de Emaús (Lucas 24), Cristo não se impôs no início. Caminhou junto, escutou, partilhou o pão e, então, foi reconhecido. A primeira voz pastoral que emiti não foi um trovão teológico. Foi um sussurro com temor e amor. E nisso, agradeço ao Deus que sussurra. Que me permitiu, com compaixão e paciência, descobrir que sua verdade não habita nos extremos, mas no gesto que se debruça para amar.


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LIVROS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS 

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QUANDO CRISTÃOS SÃO JUDAIZANTES

atitudes e patologias que demonstram

SINÓPSE...Os sete livros que compõem esta série de estudos, são formados por muitos estudos que foram cobrados por pessoas e circunstâncias que nos “obrigaram”, de alguma forma, como teólogo, psicólogo e, na época, estudante de jornalismo, a pesquisar, analisar e divulgar em minhas redes sociais, buscando ser bênção para todos que chegassem a ser nossos leitores, também nestes estudos. É assim que chegaram a serem formatados como esta série de livros.

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'6<<< >>> ÍNDICE     

6, de junho, de 2025
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TEOLOGIA ADOLESCENTE, CORAÇÃO INQUIETO
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Como a fase adolescente de minha teologia tentou conciliar tradição e consciência crítica.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
 .
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música1
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Estrofe 1
A adolescência em mim fez rebeldia,
Não contra a cruz, mas contra o engessar.
Quis entender o que antes repetia,
Questionar sem deixar de acreditar.

Estrofe 2
Os dogmas vinham como herança antiga,
Mas meu pensar clamava por razão.
E a tradição, que tanto me abriga,
Sofria em mim leve erosão.

Estrofe 3
No púlpito interno, o juízo ardia:
“Por que assim?” — minha alma interpelava.
Mas cada dúvida trazia energia
De uma fé que aos poucos se firmava.

REFRÃO
Ó Deus, Tu és a força que não grita,
És o silêncio que ensina a crescer.
Usaste mestres, quedas e visitas
Pra que eu pudesse mais Te conhecer.

Estrofe 4
Lia Tomás e Nietzsche no intervalo,
E orava aos pés da cruz com reverência.
Não via nisso qualquer grande abalo,
Mas ponte entre saber e experiência.

Estrofe 5
Às vezes quis partir do teu aprisco,
Mas voltava, sedento por verdade.
Era Tua graça, sem nenhum risco,
Que me cercava com fidelidade.

Estrofe 6
Fiz do conflito um campo de cultivo,
E da tensão, uma mesa a discernir.
Pois sei que só se pensa o que é vivo,
E é vivo o Deus que insiste em me ouvir.

REFRÃO
Ó Deus, Tu és a força que não grita,
És o silêncio que ensina a crescer.
Usaste mestres, quedas e visitas
Pra que eu pudesse mais Te conhecer.

Estrofe 7
E mesmo quando a ira me cegava
Contra os muros de um pensar fechado,
Teu Espírito em mim sussurrava:
“Não é o saber, mas o amor encarnado.”

Estrofe 8
Então abracei com mais ternura
Os que em mim plantaram Teu querer.
E vi que a dúvida é também abertura
Para a fé que aprende a florescer.

PONTE
Rendo louvor aos que me sustentaram,
Com seus saberes e com seu viver.
Nas suas mãos, os céus me ofertaram
Mil modos novos de Te compreender.

REFRÃO
Ó Deus, Tu és a força que não grita,
És o silêncio que ensina a crescer.
Usaste mestres, quedas e visitas
Pra que eu pudesse mais Te conhecer.

REFRÃO FINAL
Exulto em Ti, Amor que se demora,
Mesmo quando a mente se dispersa e foge.
És sempre mais do que a razão explora,
E és sempre amor, mesmo se tudo foge.


EXPLICAÇÃO – NA BIFURCAÇÃO DO PENSAR: ENTRE O ALTAR E A BIBLIOTECA

INTUIÇÃO E DISSIDÊNCIA: A FASE ADOLESCENTE DO MEU ENCONTRO TEOLÓGICO

Minha fase teológica adolescente foi marcada pela inquietação. Não se tratava de descrença, mas de sede. Uma sede que os manuais já não saciavam, pois eu queria mais do que repetir: eu queria compreender. Como Santo Agostinho escreve nas Confissões — “Inquieto está o nosso coração, enquanto não repousa em Ti” —, assim também se agitava o meu espírito diante das verdades recebidas.

...

UM CAMINHO ENTRE AGOSTINHO E FREIRE

Comecei a reconhecer, como Paulo Freire, que "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou construção." A tradição, embora rica, não podia ser engessada em mim. Precisava ser metabolizada, refletida, e às vezes contradita. Como discípulo crítico da fé herdada, não destrui seus alicerces, mas ergui andares que dialogavam com o mundo que me interpelava.

...

UMA BÍBLIA ABERTA ENTRE DEUS E A DÚVIDA

Na leitura bíblica, a adolescência teológica me mostrou que as Escrituras não são um catálogo de respostas, mas um convite à jornada. Como os salmistas, aprendi a orar com perguntas. Como Jó, ousei levantar a voz. Como os profetas, percebi que a Palavra de Deus questiona também o povo de Deus. E como o próprio Cristo adolescente no templo (Lucas 2:46-47), entendi que fazer perguntas é parte da obediência.

...

DEUS NÃO SE OFENDE COM QUEM PENSA

Compreendi, então, que fé e razão não se opõem. Se o Deus que amo é verdadeiro, então toda busca honesta por verdade é, no fim, uma forma de buscá-Lo. Karl Barth me ensinou a respeitar a revelação. Rudolf Bultmann me mostrou que toda linguagem é limitada. Leonardo Boff me ensinou que Deus se revela no clamor dos pobres. E todos esses mestres, ainda que divergentes, foram bússolas da minha adolescência teológica.

...

UM CHAMADO À LUZ SINGELA QUE ILUMINA SEM CEGAR

Hoje, nos ministérios que exerço, trago em mim esse coração adolescente: inquieto, vigilante, comprometido com a verdade e com a ternura. Quero ser luz que aquece, não que fere. Quero que cada ensino que eu compartilhe seja fruto de uma fé pensada, amadurecida e enraizada no amor — pois o amor é, afinal, a única teologia que permanece (1 Coríntios 13:13).


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LIVROS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS 

fruto de anos pesquisando para redes sociais e grupos de mensagens do extremo sul da Bahia e fora. Em...

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um deles é...

FOLCLORE DA MINHA CIDADE

lendas urbanas contadas pelo antigos

SINÓPSE...Este livro aborda o “folclore da minha cidade”, referindo-se a Teixeira de Freitas, e traz uma rica experiência cultural que dialoga com outras cidades. Ele apresenta uma coletânea de crônicas que retratam personagens locais, revelando os significados explícitos e implícitos de uma história marcada pela coragem e pelo sacrifício na construção de um município forte e engajado com o desenvolvimento de seu povo. A obra é fruto da escuta atenta do autor, que durante muitos anos de pastoreio na cidade, colecionou relatos e fantasias populares que o fizeram amar e se identificar com o lugar.

Durante sua convivência com os teixeirenses, o autor não apenas se engajou com as lutas e conquistas diárias das famílias locais, mas também passou a se sentir parte da cidade, sendo reconhecido como cidadão honorário. Movido por curiosidade e espírito jornalístico, anotou inúmeros causos que compõem a narrativa deste livro. Entre as várias personalidades e histórias folclóricas destacadas, algumas se sobressaem e representam de forma exemplar os objetivos propostos pelo autor nesta obra de valor histórico e cultural.

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'7<<< >>> ÍNDICE     

7, de junho, de 2025
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ENTRE O DITO E O SENTIDO
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Quando as palavras repetidas da infância passaram a exigir sentido no meu coração adulto.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Ouvi de cor as frases decoradas,
No berço santo da oral tradição.
Palavras doces, fórmulas seladas,
Firmaram cedo a minha convicção.

Estrofe 2
Mas veio o tempo em que o coração,
Já não se aplaca só com repetência.
Pedia luz, pedia encarnação,
De cada verbo em sua real essência.

Estrofe 3
Pois o que diz a boca sem saber,
Um dia clama por viver sentido.
E foi assim que vi-me a refazer
A fé que nunca fora um só ouvido.

REFRÃO
Ó Deus que agiste sem fazer alarde,
Na infância e no pensar amadurecido:
Usaste a vida, o erro e o estandarte
Pra me ensinar Teu nome no sentido.

Estrofe 4
Dizer “Jesus” já não bastava mais,
Se o Cristo vivo não ardia em mim.
Chamar de Pai sem gesto e nunca em paz
Fazia a infância soar por um fim.

Estrofe 5
“Cordeiro” era apenas metáfora,
Até que a dor me mostrou o Calvário.
E só então ganhei outra aurora:
Na cruz, o dito virou santuário.

Estrofe 6
“Amor” já fora apenas catecismo,
Mas vi-o enfim num gesto, num olhar.
Palavra antiga rompeu o abismo
E fez-se carne no meu caminhar.

REFRÃO
Ó Deus que agiste sem fazer alarde,
Na infância e no pensar amadurecido:
Usaste a vida, o erro e o estandarte
Pra me ensinar Teu nome no sentido.

Estrofe 7
“Glória”, “salvação”, “eternidade”:
Ecoavam no templo, sem notar.
Mas, quando o tempo roeu a vaidade,
Tais termos começaram a pulsar.

Estrofe 8
E quando vi que tudo é linguagem,
Pedi silêncio à alma pra escutar
O Deus que habita além da imagem
E fala mais no ser do que no falar.

PONTE
Bendigo os mestres, cultos ou anônimos,
Que me ensinaram a decifrar a voz.
Também louvo os tropeços harmônicos
Que me trouxeram Deus falando em nós.

REFRÃO
Ó Deus que agiste sem fazer alarde,
Na infância e no pensar amadurecido:
Usaste a vida, o erro e o estandarte
Pra me ensinar Teu nome no sentido.

REFRÃO FINAL
Agora canto em santa liberdade:
Teu amor é vasto, pleno, irrestrito.
Não cabe inteiro em minha humanidade,
Mas transborda em mim, bendito e infinito.


EXPLICAÇÃO – DO RITO AO SENTIDO: MEU PEREGRINAR SEMÂNTICO NA TEOLOGIA

A VOZ INFANTIL QUE MORA EM MIM

Desde cedo fui formado no seio de uma fé verbalizada. Versículos decorados, cânticos repetidos, orações modeladas — tudo compunha uma musicalidade da devoção. Porém, como Eclesiastes 3 me ensinaria mais tarde, “há tempo de calar e tempo de falar” — e chegou o tempo em que eu quis calar o eco para ouvir a essência.

...

A RECONFIGURAÇÃO DO SAGRADO PELA INTERROGAÇÃO

Como Paul Ricoeur sugere em A Interpretação dos Textos, o sentido não reside na intenção de quem fala, mas na recepção de quem escuta. Passei, então, a escutar com outro ouvido, com a escuta da alma. Palavras como “redenção”, “santidade” e “salvação” não podiam mais habitar em mim como fórmulas sem forma. Precisavam ser traduzidas pela vida, sentidas no amor, pesadas nas dores do mundo.

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DA MEMÓRIA À ENCANAÇÃO: O VERBO VIVE EM MIM

A Bíblia, especialmente o Evangelho de João 1:14, sussurrou-me que “o Verbo se fez carne”. E esse versículo me desafiou. O que em mim era só palavra, deveria agora virar gesto. O que era letra morta, deveria renascer em justiça e compaixão. Karl Rahner dizia: “O cristão do futuro será um místico, ou não será nada.” Compreendi que a mística não é fuga, mas encarnação.

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UMA GRAMÁTICA DA LUZ NOS MINISTÉRIOS DO COTIDIANO

Hoje, seja ensinando, pregando ou apenas ouvindo alguém em lágrimas, desejo que as palavras que uso sejam carregadas de alma. Que “graça” soe como alívio. Que “paz” seja uma promessa vivida. E que “Deus” jamais seja dito em vão, mas sempre com reverência e calor. Porque, como diz Tiago (1:22), quero ser praticante da Palavra — não apenas seu repetidor.

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UMA TEOLOGIA QUE NÃO DISPENSA A INFÂNCIA, MAS A TRADUZ

Por fim, percebo: a fé da infância não era falsa — era apenas semente. Hoje, sou jardim. A palavra ainda é o início, mas o sentido é o fruto. Que eu nunca abandone o dito, mas que sempre o atravesse, até alcançar o Deus que habita no silêncio após o som.


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LIVROS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS 

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FOLCLORE DA MINHA CIDADE

lendas urbanas contadas pelo antigos

SINÓPSE...Este livro aborda o “folclore da minha cidade”, referindo-se a Teixeira de Freitas, e traz uma rica experiência cultural que dialoga com outras cidades. Ele apresenta uma coletânea de crônicas que retratam personagens locais, revelando os significados explícitos e implícitos de uma história marcada pela coragem e pelo sacrifício na construção de um município forte e engajado com o desenvolvimento de seu povo. A obra é fruto da escuta atenta do autor, que durante muitos anos de pastoreio na cidade, colecionou relatos e fantasias populares que o fizeram amar e se identificar com o lugar.

Durante sua convivência com os teixeirenses, o autor não apenas se engajou com as lutas e conquistas diárias das famílias locais, mas também passou a se sentir parte da cidade, sendo reconhecido como cidadão honorário. Movido por curiosidade e espírito jornalístico, anotou inúmeros causos que compõem a narrativa deste livro. Entre as várias personalidades e histórias folclóricas destacadas, algumas se sobressaem e representam de forma exemplar os objetivos propostos pelo autor nesta obra de valor histórico e cultural.

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'8<<< >>> ÍNDICE     

8, de junho, de 2025
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COM MEUS PRÓPRIOS PÉS
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Iguaí, a caminhada autônoma na fé — um tempo de minhas descobertas teológicas livres de tutela.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Parti sem guias, sem bastões, sem trilhos,
Apenas com a sede e com a vontade.
Buscando o céu sem cercas, sem sarilhos,
Nem sombras que impusessem a verdade.

Estrofe 2
Era Iguaí — e em mim, o campo aberto,
Do pensamento a erguer suas colinas.
O verbo antigo já soava mais perto,
Mas livre agora das vozes tão doutrinas.

Estrofe 3
Andei com dúvidas sem vil condena,
Pois cada interrogação me era altar.
Na dor de não saber, rompi a pena
De crer sem antes Deus experimentar.

REFRÃO
Ó Deus que andaste ao lado, sem fazer-se
Mandato, peso ou voz de dominação,
Teu zelo, sempre oculto, fez-me ver-se
Na fé que cresce em santa expansão.

Estrofe 4
Na solidão da mente em chama acesa,
Pensei o Cristo em mais que sua figura.
Vi sua dor, sua rixa com a nobreza,
E entendi: a fé não é moldura.

Estrofe 5
O Livro, antes fechado por respeito,
Abriu-se em mim por sede e por espanto.
O Espírito soprou no meu conceito
E a letra se rendeu ao novo canto.

Estrofe 6
Fui descobrindo, então, uma beleza
Que habita a fé não pela obediência,
Mas pela liberdade — essa clareza
Que une o mistério à consciência.

REFRÃO
Ó Deus que andaste ao lado, sem fazer-se
Mandato, peso ou voz de dominação,
Teu zelo, sempre oculto, fez-me ver-se
Na fé que cresce em santa expansão.

Estrofe 7
Fui aprendendo a orar sem obrigação,
A crer com mais do que palavras vãs.
A solidão foi minha congregação
E as estrelas, as primeiras irmãs.

Estrofe 8
Hoje, compreendo: tudo foi chamado.
A ausência de tutores, meu sinal.
O caminhar sem mapa foi traçado
Por Tua mão que rege o essencial.

PONTE
Louvo os silêncios, os livros e os tropeços,
Louvo também quem quis me limitar...
Pois no contraste, encontrei os começos
Do Deus que quis em mim se revelar.

REFRÃO
Ó Deus que andaste ao lado, sem fazer-se
Mandato, peso ou voz de dominação,
Teu zelo, sempre oculto, fez-me ver-se
Na fé que cresce em santa expansão.

REFRÃO FINAL
E hoje eu canto em paz e maravilhado:
Teu amor, que escapa ao meu juízo,
É vasto, é alto, é fundo e encarnado —
É tudo o que sou e tudo o que preciso.


EXPLICAÇÃO – IGUAÍ, O LUGAR EM QUE FUI MESTRE DE MIM

UMA TRILHA SEM TUTELA, UMA FÉ SEM MUROS

Foi em Iguaí que a minha alma teológica deixou de ser conduzida por outrem para ser conduzida por Deus — na mais pura forma da liberdade espiritual. Quando fui, como escreve Kierkegaard em Temor e Tremor, “diante de Deus, absolutamente só”, compreendi que a fé verdadeira não é herança, mas conquista. E essa conquista passa, inevitavelmente, pela autonomia.

...

A LIBERDADE COMO PEDAGOGA DA FÉ

Comecei, então, a ler as Escrituras com sede, não por dever. Elas deixaram de ser manual para tornarem-se rio. Como João 7:38 anuncia, “do interior correrão rios de água viva.” E esses rios só correm quando o leito é escavado pelo desejo. A fé que cresce sob tutela tende à estagnação. Mas quando a alma tem espaço para perguntar, o Espírito pode, enfim, soprar.

...

UMA TEOLOGIA ENCORPADA PELA EXPERIÊNCIA

Em Iguaí, entendi o que Rubem Alves quis dizer ao afirmar: “Teologia é poesia comprometida.” Comecei a viver a fé não como discurso, mas como poesia escrita no corpo — nas decisões, nos riscos, nas quedas. A oração deixou de ser fórmula. Tornou-se desabafo. E Deus, que antes parecia juiz ou professor, revelou-se como Presença, Paciência e Caminho.

...

O DEUS QUE CAMINHA COMIGO, NÃO EM MEU LUGAR

Essa experiência ressoou em mim com a voz de Lucas 24:32 — “Porventura não ardia o nosso coração, quando Ele nos falava pelo caminho?” Esse caminho era meu, mas Ele estava ali. Não mais para me impedir de cair, mas para me ensinar a levantar com sentido.

...

UM MUNDO A SER ILUMINADO COM A LUZ DA LIBERDADE

Hoje, todo ministério que exerço — seja o da palavra, da escuta ou da presença — traz em si o perfume dessa autonomia espiritual. Quero ser luz do mundo (Mateus 5:14), mas não como lâmpada imposta sobre outros. Quero ser vela acesa pelo amor, soprando liberdade e consciência onde houver sombras de doutrina sem vida.

...

Assim, Iguaí não foi um exílio — foi o Éden reencontrado. O lugar em que caminhei com Deus na viração da tarde... com meus próprios pés.


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LIVROS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS 

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um deles é...

JORNALISMO CRÍTICO BIBLIOGRÁFICO

matérias em várias áreas de ação humana

SINÓPSE...Atualidade, Biblismo, Capitalismo, Ciência, Cristianismo, Democracia, Psicologia, Religião, Sionismo, Sociedade... Nos quatro livros desta série, estão várias pesquisas jornalísticas abrangendo estas áreas de vivência humana. Investigações profundas sem compromisso com religião ou qualquer outro fator ideológico. O jornalismo é tratado ao pé da letra, obrigando o autor a averiguar, inclusive e principalmente, historicamente, as razões e os imperativos que faz a humanidade colher frutos amargos em suas convivências reais. Trata-se de uma crítica aberta aos fatores que têm imperado cabalmente no cotidiano dos povos, das pessoas e das condições que permeiam a verdade humana. Estas obras, com estas marcas e lisuras, são resultado de alguns anos de ação jornalística do autor, em canais de notícias, em redes sociais e em grupos de mensagens. É percebível a evolução dos temas e dos brios investigativos, e torcemos para que traga luzes aos leitores em cada uma destas áreas de fascinante estudo.

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'9<<< >>> ÍNDICE     

9, de junho, de 2025
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O SEGUNDO PASTOREIO: CRESCIMENTO REAL
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Quando meu ministério encontrou raízes mais profundas em experiências e decisões pessoais.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Já não bastava o zelo aprendido,
Nem a doutrina em veste reluzente.
Era preciso um chão mais absorvido,
Uma seiva nascida do presente.

Estrofe 2
Pastor outrora por missão alheia,
Hoje pastoreio-me com consciência.
O que era norma, agora se incendeia
Na luz de um Cristo vivo em experiência.

Estrofe 3
As decisões, outrora delegadas,
Ganharam carne e oração vivida.
Não há mais fé de fórmulas seladas —
Há cruz e chão na alma convertida.

REFRÃO
Senhor que age em cada decisão,
Mesmo no erro, nunca me deixaste.
Plantaste em mim raiz e direção
E em tudo, até no silêncio, falaste.

Estrofe 4
Não falo mais por voz emprestada —
A minha fala vem do meu sofrer.
Pois só quem já gritou de alma rasgada
É digno de ensinar o que é viver.

Estrofe 5
Cada batismo, cada funeral,
Fez-me aprender da vida o seu mistério.
E entendi que o ofício pastoral
É ser humano antes de ser ministério.

Estrofe 6
A Bíblia abriu-se em mim como uma estrada,
E não mais como cerca ou cercania.
Em cada verso, a dor revelada
Tornava o Verbo fonte e poesia.

REFRÃO
Senhor que age em cada decisão,
Mesmo no erro, nunca me deixaste.
Plantaste em mim raiz e direção
E em tudo, até no silêncio, falaste.

Estrofe 7
Deixei de ser profeta por contrato
E assinei com o céu um novo pacto:
De viver a verdade em cada ato,
Mesmo que isso me custe o exato.

Estrofe 8
Hoje pastoreio com mais compaixão,
Pois conheci os vales do cansaço.
E sei que o amor é mais que pregação —
É caminhar com o outro no mesmo passo.

PONTE
Gratidão às mãos que me moldaram,
Aos olhos que viram meu porvir,
Aos mestres que, mesmo sem saber, plantaram
Em mim a sede eterna de servir.

REFRÃO
Senhor que age em cada decisão,
Mesmo no erro, nunca me deixaste.
Plantaste em mim raiz e direção
E em tudo, até no silêncio, falaste.

REFRÃO FINAL
Hoje sou pleno em saber e esperança:
Teu amor vence tudo, sem pressão.
Nosso ego é um véu — mas a bonança
De Tua graça rasga a escuridão.


EXPLICAÇÃO – PASTOREANDO COM RAÍZES PROFUNDAS

UM MINISTÉRIO SEM MÁSCARAS, UMA FÉ COM PELOS NOS OLHOS

Em determinado ponto da minha jornada ministerial, percebi que as vestes pastorais que eu usava já não me serviam — não por estarem erradas, mas por estarem incompletas. Como escreve Henri Nouwen em O Sofredor como Caminho para Deus, descobri que “um ministro não é um solucionador de problemas, mas um companheiro de dores.” O segundo pastoreio começou quando deixei de representar a fé e comecei a vivê-la de dentro pra fora.

...

A FÉ QUE BROTA DAS ESCOLHAS DIFÍCEIS

Foi nesse estágio que as decisões — antes tomadas em nome de uma tradição ou estrutura — passaram a brotar da escuta interna, onde o Espírito Santo sussurra. Como em Atos 15:28: “Pareceu bem ao Espírito Santo e a nós…” — essa cooperação divina com a consciência amadurecida tornou-se o novo solo da minha fé. Agora, eu escolho, discernindo. Não reajo; respondo.

...

O PASTOREIO ENCARNADO

Pastorear não é instruir. É habitar. Jesus, como escreve Eugene Peterson em O Pastor Contemplativo, “fez-se carne e sangue e veio viver entre nós.” Esse é o modelo que escolhi seguir. Ser um pastor que conhece o nome do sofrimento humano, que ouve mais do que fala, que acolhe sem precisar enquadrar. E, sobretudo, que ensina a fé como um processo e não como pacote.

...

O DEUS QUE HABITA MINHA DOR

O Deus que descobri nesse segundo pastoreio não está nos manuais — está nos fracassos. Em 2 Coríntios 12:9, quando Paulo ouve “Minha graça te basta”, percebi que esse é o fundamento do crescimento real: não é a força que nos sustenta, é a fraqueza habitada pela graça. Crescer, nesse contexto, é descer. E pastorear é descer com os outros, para subir com todos.

...

A LUZ QUE QUERO SER EM TODO MINISTÉRIO

Hoje, onde quer que eu exerça um ministério — pregando, escutando, escrevendo, aconselhando —, quero ser luz. Mas uma luz sem arrogância, sem teatralidade. Como propõe Mateus 5:14, ser cidade sobre o monte é assumir que o mundo nos observa. E que o amor pastoral mais verdadeiro é aquele que continua quando o culto termina, quando o aplauso cessa, e quando só resta caminhar com o outro no escuro.

...

Esse segundo pastoreio foi meu renascimento — não em credenciais, mas em profundidade. E em cada decisão, sigo pedindo: “Senhor, planta-me mais fundo, para que eu cresça mais alto.”


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LIVROS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS 

fruto de anos pesquisando para redes sociais e grupos de mensagens do extremo sul da Bahia e fora. Em...

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um deles é...

SALMOS SERTANEJOS NORDESTINOS

odes baseados nos Salmos bíblicos, do mundo sertanejado do nordeste brasileiro

SINÓPSE...Salmos Sertanejos Nordestinos é um toque teológico num cotidiano social vivido diretamente experiencialmente por muitas e muitas famílias que sofrem as dores das tempestades secas e ensolaradas que a natureza tem reservados por anos para os rincões nordestinos. Este livro traduz-se como um hinário de odes cantarolados por gente de verdade, gente que vive e sobrevive voltados para uma fé incansável em torno do amor e misericórdia de Deus. Nos salmos que aqui se cantam, e no coração das almas envolvidas, é sabido que não é propósito de Deus a mudança, embora Ele pudesse, muito bem, mas é confiado que Ele está presente com cada nordestino, não para assistir, não para criar situações que os tragam à Sua comunhão, mas para viver com eles, para sofrer com eles. É sabido que nunca os abandona, qualquer que seja a crença de cada um, qualquer que seja o anseio de cada um, qualquer que seja, inclusive, a decepção que qualquer um venha a ter. Estes salmos baseados nos salmos bíblicos, encerram, com muita clareza, a bem-aventurança do sentir a presença e a atenção divina que cada sertanejo desfruta conscientemente ou não. Diferente de muitos salmos bíblicos, estes não exigem nada de Deus, não busca qualquer barganha nas dedicações pessoais dos envolvidos, somente cantam a confiança em todo tipo de providência que o Senhor promete em Seu amor; somente cantam o prazer dos indivíduos em descansar na misericórdia dEle, por mais que as previsões climáticas alimente os pânicos de sempre.

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'10<<< >>> ÍNDICE     

10, de junho, de 2025
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FÉ SEM TUTOR
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Como foi assumir minha própria fé sem que outros decidissem por você.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Assumi meu altar sem mediadores,
Sem as vozes que julgavam minha trilha.
Rompi com dogmas, templos, ditadores,
E a alma fez-se luz, ainda que em centelha.

Estrofe 2
Deixei de lado os filtros da infância,
A fé imposta em tom de obediência.
Busquei em mim a viva consonância
Entre o mistério e a consciência.

Estrofe 3
Já não bastava crer porque mandaram,
Nem repetir o que me recitaram.
De dentro as águas novas me brotaram —
As que jamais por homens se calaram.

REFRÃO
Senhor que agiste onde ninguém guiava,
Em cada dúvida, foste direção.
Teu sopro em mim, silencioso, moldava
O meu crescer em santa solidão.

Estrofe 4
Fui chão de mim, nasci da própria escolha,
Como Isaque sem pai sobre o altar.
Decidir é carregar a cruz sem folha
De regras prontas para aliviar.

Estrofe 5
Entendi que a fé que mais Te exalta
É a que ousa crer mesmo sem certeza.
Pois quem decide a alma, e não a falta,
Conhece o Deus da mais profunda mesa.

Estrofe 6
E cada “não” que disse à velha voz
Foi um “sim” ao Cristo mais real.
Pois só quem anda livre, mesmo a sós,
Descobre o que é seguir o essencial.

REFRÃO
Senhor que agiste onde ninguém guiava,
Em cada dúvida, foste direção.
Teu sopro em mim, silencioso, moldava
O meu crescer em santa solidão.

Estrofe 7
Não desprezei quem antes me formou,
Mas dei à fé meu nome e minha história.
Como Jacó que em Peniel lutou,
Fiz da batalha a minha trajetória.

Estrofe 8
Hoje sou teu, não por tradição,
Mas porque ouço tua voz em minha.
E nessa união de dor e redenção,
Sou o discípulo da própria vinha.

PONTE
Gratidão aos que me deram os alicerces,
Mesmo sem saber que me prendiam...
Foram mestres nos meus próprios reveses,
Pois suas molduras em mim se diluíam.

REFRÃO
Senhor que agiste onde ninguém guiava,
Em cada dúvida, foste direção.
Teu sopro em mim, silencioso, moldava
O meu crescer em santa solidão.

REFRÃO FINAL
E sou feliz, pois sei que o Teu amor
É mais que regra, rito ou parecer.
É sol que nasce em cada interior,
Mesmo onde a fé mal sabe o que é crer.


EXPLICAÇÃO – UM CAMINHAR SEM TUTOR, UM ENCONTRO SEM MEDIAÇÃO

AUTONOMIA COMO MATURIDADE ESPIRITUAL

Minha caminhada teológica encontrou em certo ponto um divisor de águas: deixar que outros decidissem por mim o que é “verdade” deixou de ser coerente com a sede de um Deus pessoal. Como escreve Paul Tillich, “a fé é o ato mais pessoal do ser humano, e não se impõe.” Foi preciso abandonar o conforto de ter tutores da crença para abraçar o risco de uma fé construída na liberdade.

...

A FÉ CONSTRUÍDA NO DESERTO DA ESCOLHA

Como em Gálatas 1:16-17, onde Paulo afirma que, ao receber sua vocação, “não consultei carne nem sangue,” também eu precisei aprender a discernir a voz de Deus sem depender de oráculos humanos. E isso me ensinou que uma fé viva não é a que decoramos, mas a que decidimos com temor e tremor — conscientes de nossa responsabilidade diante d’Aquele que é o Autor e Consumador da fé (Hebreus 12:2).

...

DESCOBRI UM DEUS SEM INTERMEDIÁRIOS AUTORIZADOS

Ao assumir minha fé, percebi que Deus nunca esteve distante, nem inacessível — mas que foram os ruídos e os protocolos religiosos que tentaram interditá-Lo. Como disse Bonhoeffer em Discipulado, “quando Cristo chama um homem, Ele o chama para morrer.” Essa morte é a do conformismo, da tutela espiritual, da terceirização da fé. E o que renasce é um discipulado autêntico.

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LUTAR COM DEUS PARA ENCONTRÁ-LO EM MIM

A experiência de fé sem tutor é como o embate de Jacó com o Anjo (Gênesis 32:24-30): a bênção está na luta, e o novo nome só vem depois de enfrentar-se. Minha espiritualidade amadureceu no choque entre o que me ensinaram e o que vivi, entre o que disseram ser certo e o que o Espírito revelou como justo. E nesse conflito, meu coração ganhou musculatura.

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SER LUZ QUE NÃO OFUSCA, MAS ILUMINA CAMINHOS

Agora, onde quer que exerça meu ministério — com ou sem púlpito —, desejo que minha fé sem tutor seja uma luz serena, que estimula o outro a também buscar seu próprio caminho com Deus. Como ensina Jesus em João 10:27: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz.” Quero, portanto, ser apenas um eco dessa voz — nunca um substituto.

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Fé sem tutor não é rebeldia — é maturidade espiritual. É o novo nascimento de uma alma que, tendo aprendido a obedecer, agora aprende a ouvir. E a seguir.


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PAUTAS DA ESQUERDA 

QUE SÃO COERENTES COM JESUS

bandeiras vividas por Ele

SINÓPSE...Este livro é uma resposta séria e sincera, a muitos queridos amigos e colegas, bem como outras pessoas que, com a mesma dúvida, me levaram a consultar a Bíblia (claro, com os olhos de Jesus e Seus ensinos), sobre as muitas pautas declaradas como esquerdistas, tanto para os que deste lado militam incansavelmente, cada um ao seu jeito, quanto, também, e com muito respeito, os que se dizem do outro lado, os que se apregoam de Direita. Com o estudo, ficou patenteado, no todo, principalmente quando respaldado em Jesus, o quanto é muito humano e divino, tudo e todo que se coloque ao lado de quem quer que seja, por pior culpa que tenha, como fez o próprio Jesus com a mulher adúltera, sem no entanto, concordar ou apoiar o que ela era ou fazia (João 8). Ele era o próprio Deus conosco, e por pregar e viver o Seu ensino, foi chamado de “amigo de pecadores” pelos que, em nome de “Deus” buscava apedrejar aquela mulher. Este livro é uma pesquisa-resposta, focada em Jesus, não nos seguidores dele, nãos nos apóstolos, e muito menos no Jeová entendido por Moisés e todo o Antigo Testamento. Convidamos você a desfrutar deste estudo que tem a ver com tudo na existência de qualquer pessoa, que seja você ou outrem ao seu redor.

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'11<<< >>> ÍNDICE     

11, de junho, de 2025
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A TEOLOGIA DO CAMINHANTE
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Minha reflexão sobre a espiritualidade que se faz no percurso, em movimento.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Na poeira dos dias sigo atento,
Sem mapa fixo nem destino exato.
Cada passo é um breve sacramento,
Cada encruzilhada, um novo trato.

Estrofe 2
A fé não é morada de cimento,
Mas tenda aberta ao sopro do Espírito.
Sou caminhante em santo movimento,
Guiado mais por fé do que por rito.

Estrofe 3
Na estrada, as perguntas são amigas,
E a dúvida já não me desatina.
Pois sei que até as sombras mais antigas
Se curvam ante a luz que me ilumina.

REFRÃO
Senhor que move os astros e o andarilho,
Em Ti caminho mesmo sem saber.
Tua presença é ponte e é trilho,
És estrada antes mesmo de eu viver.

Estrofe 4
Não busco mais certeza em linha reta,
Mas nas curvas da graça cotidiana.
A alma inquieta, o passo que interpreta
As epifanias da manhã urbana.

Estrofe 5
De Teixeira a Itabuna me revejo —
Cada cidade, um verso do Teu canto.
E mesmo quando não Te reconheço,
Estás no chão que piso e nos meus prantos.

Estrofe 6
A Bíblia é estrada em mim encarnada,
Palavra que se faz carne no viver.
Não mais lida apenas, mas trilhada
Em cada gesto simples de querer.

REFRÃO
Senhor que move os astros e o andarilho,
Em Ti caminho mesmo sem saber.
Tua presença é ponte e é trilho,
És estrada antes mesmo de eu viver.

Estrofe 7
Quem caminha aprende a reverência
Ao que escapa ao dogma e à moldura.
Descobri que o amor é consciência
Que se curva ante a humana estrutura.

Estrofe 8
Por isso, vou: discípulo do vento,
Pastoreando até quem não me espera.
A teologia é verbo em movimento,
É luz que se deita sobre a esfera.

PONTE
Gratidão aos mestres do silêncio,
Às vozes mansas, aos que não julgaram.
Foram estrelas no céu do meu início,
Que sem querer, meus passos iluminaram.

REFRÃO
Senhor que move os astros e o andarilho,
Em Ti caminho mesmo sem saber.
Tua presença é ponte e é trilho,
És estrada antes mesmo de eu viver.

REFRÃO FINAL
E sou feliz por crer com liberdade,
Por ver amor onde antes vi temor.
Teu Reino é chão, é pão, é claridade —
E Tua Lei maior é puro amor.


EXPLICAÇÃO – A FÉ É PEREGRINA, NÃO ESTÁTUA

O MOVIMENTO COMO MÉTODO TEOLÓGICO

Descobri que minha espiritualidade não tem sede fixa. Como os discípulos no caminho de Emaús (Lucas 24), minha fé amadurece nos trajetos, nos encontros casuais, nas conversas entre o já e o ainda não. Inspirado por Rubem Alves, que afirma que “a teologia é mais poesia do que lógica,” compreendo que o que me sustenta é a capacidade de caminhar, mesmo sem compreender tudo.

...

DA FÉ COMO ESTRUTURA PARA A FÉ COMO VIAGEM

Minha jornada teológica passou por fases estruturadas, firmes como colunas. Mas hoje, ela é mais como uma estrada. Não porque perdi firmeza, mas porque ganhei leveza. Como dizia Abraham Joshua Heschel: “A fé é um caminhar constante, não uma chegada.” E essa fé peregrina me obriga a abandonar o controle e a permitir que o Espírito me surpreenda em cada estação.

...

DEIXAR AS PEDRAS E BUSCAR A AREIA DO TEMPO

Ser caminhante é também aceitar a transitoriedade. Não fixar-se em formas, mas em conteúdos. Não sacralizar doutrinas, mas discernir a vida. Jesus mesmo não escreveu livros, nem ergueu templos — mas caminhou. E cada passo Dele foi revelação. É esse modelo que desejo viver: um pastor que caminha, que acompanha, que se curva com os que caem e prossegue.

...

A VOCAÇÃO COMO DESLOCAMENTO AMOROSO

A “teologia do caminhante” é, para mim, a mais autêntica. Porque ela se adapta sem perder a essência, acolhe sem negociar princípios, ama antes de avaliar. Como em Hebreus 11:13-16, sou “estrangeiro e peregrino” — e minha pátria está no horizonte de Deus, não nos marcos terrenos. Isso me dá coragem para ministrar fora dos púlpitos, fora das catedrais, onde o chão da vida clama por graça.

...

A LUZ QUE SEGUE EM MIM PARA ALÉM DO DESTINO

A cada novo ministério, a cada nova cidade, levo em mim essa convicção: caminhar é revelar. E se a minha teologia ainda não chegou a todas as respostas, que ela chegue ao coração dos que caminham comigo. Que minha vida seja estrada aberta para o amor de Deus passar — suave, firme, inegociável, como luz que insiste, mesmo na noite.


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PAUTAS ANTICRISTÃS NO CRISTIANISMO

crenças e práticas contra Jesus

SINÓPSE...Diariamente, por muitas semanas e meses, o autor esteve nas redes sociais, e em grupos de mensagens, disponibilizando este conteúdo que aqui juntamos e convertemos num livro de pesquisas teológicas e profundamente social. Esta obra explica porque uma banda podre do cristianismo se juntou ao imperador Constantino, fez a Idade Média ser chamada de “Idade das Trevas” em muitos sentidos, usou a Reforma Protestante para sustentar e bajular o maldito capitalismo, promoveu os perversos colonialismos na África e Américas, contribuiu para o extermínio de nações indígenas, enriqueceu-se com a escravidão, usou o trabalho missionário como instrumento político imperialista, abençoou e justificou o nazismo de Hitler, e hoje em dia anseia pela volta de todos estes males do passado. Esta pesquisa demonstra o quão longe o cristianismo sempre esteve e continua afastado do Cristo, Seus ensinos, Seus exemplos e Suas preferências.

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'12<<< >>> ÍNDICE     

12, de junho, de 2025
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O DESPERTAR CRÍTICO
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A cidade de Teixeira de Freitas, onde passei a questionar teologias colonizadoras e convenientes ao sistema.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Em Teixeira, vi ruir a armadura
Do Deus que veste a cor do opressor.
Lá compreendi: há fé que é censura,
E há doutrina moldada ao dominador.

Estrofe 2
Foi ali que o altar perdeu seu véu,
E vi o Cristo, sem dogma e sem coroa.
Descobri que o trono é mais fiel
Ao servo que não busca a vida boa.

Estrofe 3
Abandonei discursos confortáveis,
Onde o céu legitima desigualdade.
Percebi que os textos inflexíveis
Servem mais ao império que à verdade.

REFRÃO
Senhor dos pobres, Deus que se agacha,
Foste em silêncio a minha rebelião.
Tua justiça em mim rompe a carcaça
Das velhas teologias da opressão.

Estrofe 4
Ressurretas surgiram minhas dúvidas,
Tombaram as certezas anglo-cristas.
A cruz não é patente de estruturas,
Mas denúncia das forças tão letais.

Estrofe 5
Teologias de mercado e conveniência
Bendizem o lucro, negam compaixão.
Mas Teu amor não pactua com violência,
Nem com bênção comprada à prestação.

Estrofe 6
Vi que a missão virou colônia,
E que o altar servia ao capital.
Mas Teu Reino é revolta sem vergonha
Do que insiste em parecer normal.

REFRÃO
Senhor dos pobres, Deus que se agacha,
Foste em silêncio a minha rebelião.
Tua justiça em mim rompe a carcaça
Das velhas teologias da opressão.

Estrofe 7
Rasguei, com dor, as vestes do fariseu
Que em mim morava sem me interrogar.
Agora, sigo nu diante do Teu
Evangelho que me chama a escutar.

Estrofe 8
Teixeira me ensinou que questionar
É parte da liturgia mais sincera.
Hoje, pastoreio sem negociar
O Jesus que ainda expulsa os da esfera.

PONTE
Louvo os mestres, mesmo sem saber,
Que ao me calarem, mais me despertaram.
Na censura, pude renascer
Para um Cristo que os fracos libertaram.

REFRÃO
Senhor dos pobres, Deus que se agacha,
Foste em silêncio a minha rebelião.
Tua justiça em mim rompe a carcaça
Das velhas teologias da opressão.

REFRÃO FINAL
Feliz sou, pois em Ti meu ser repousa,
E mesmo entre ruínas sei Te amar.
Teu amor é a verdade mais lousa
Que jamais se permite escravizar.


EXPLICAÇÃO – A FÉ DESCOLONIZADA: MEU ENCONTRO COM O CRISTO DE TEIXEIRA

UMA VIRADA RADICAL DE PERSPECTIVA

Em Teixeira de Freitas, não apenas amadureci como teólogo — fui profundamente desconstruído. Ali, confrontado com as realidades da luta social, da opressão estruturada e da miséria justificada em nome da fé, vi ruir boa parte da teologia que havia absorvido. Como Gustavo Gutiérrez afirmou em Teologia da Libertação, "o amor preferencial pelos pobres não é um sentimentalismo, mas uma exigência do Evangelho."

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O ENCONTRO COM UM JESUS NÃO EUROCENTRADO

Deixei de me alimentar de uma teologia forjada em moldes coloniais — aquela que exaltava a obediência à ordem, a passividade como virtude, e o enriquecimento como bênção divina. Em seu lugar, encontrei o Jesus da Galileia: um mestre popular, subversivo, compassivo e crítico, como o descrito em Lucas 4:18-19: “o Espírito do Senhor está sobre mim... para libertar os oprimidos.”

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ROMPENDO COM UMA FÉ MERCANTILIZADA

Em Teixeira, compreendi a raiz mercantil da fé que tanto me cercava. Vi que muitos púlpitos se curvavam ao mercado — espiritualizando privilégios e naturalizando a desigualdade. Como denunciou Dorothee Sölle em Teologia do Deus Sofredor, um deus domesticado para sustentar o sistema é ídolo, não divindade. Foi preciso, então, discernir o Deus que sofre com o mundo.

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A DOR DO QUESTIONAMENTO COMO GRAÇA

Não foi fácil. Questionar é sempre perder segurança. Mas como Paulo escreveu em 1 Coríntios 13:11, “quando eu era menino, falava como menino... mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.” Eu precisava acabar com as repetições estéreis. Hoje, sigo caminhando com menos respostas e muito mais compromisso.

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A LUZ QUE AGORA ILUMINA COM JUSTIÇA

Hoje, como pastor de um rebanho sem rótulo fixo — espalhado entre redes, ruas, textos, áudios e cafés —, anuncio esse Cristo que não coloniza, mas liberta. Quero ser luz do mundo (Mateus 5:14), mas não luz que cega, e sim luz que denuncia e aquece, que expõe e cura. A teologia do sistema ficou para trás. O Reino de Deus, como fermento na massa, me move adiante.


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APOCALIPSE E SUAS INCOERÊNCIAS COM JESUS

entendimentos sobre o livro

SINÓPSE... Depois de anos em pesquisas diretas e indiretas, o autor, continuou seus estudos, em divulgação pelas redes sociais e grupos de mensagens. Questionando ou respondendo, considerando pontos de vista com argumentos seguros, o conteúdo do livro foi se formando, e agora, de forma “Definitiva & Completa”, o livro se concretiza. O leitor é respeitado em sua maneira de entender o Apocalipse, e é convidado a conhecer as teorias mais lúcidas sobre o assunto. Com certeza, é uma caminhada longa e interessante, quando os “quadros apocalípticos” desenhados no conteúdo do livro, estão sendo analisados individualmente e também no conjunto contextual. O leitor estuda como desejar, ou de forma contínua, ou como um comentário bíblico, sabendo os entendimentos existentes e aceitáveis, sobre cada trecho que desejar analisar, em particular. Por fim, depois de toda esta riqueza para qualquer tipo de pesquisa séria que se queira fazer, ao final do livro há um vasto conteúdo, que por si só é um livro dentro deste livro, o glossário completo, muito completo sobre tudo que esteja vinculado ao assunto explanado pelo Apocalipse, em sua relação com jesus. Inclusive, coerências e incoerências que o livro bíblico oferece em suas trajetórias “proféticas”.

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'13<<< >>> ÍNDICE     

13, de junho, de 2025
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RASGANDO A CAPA ANGLO-SAXÔNICA
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Desconstrução das teologias que vestem Jesus com roupagens imperialistas e econômicas.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Teceram em Jesus o manto império,
De seda fria, bordado com poder.
Mas vi nos Evangelhos outro critério:
Um Cristo nu, disposto a se perder.

Estrofe 2
Citaram Paulo em tom de conveniência,
E Calvino tornou-se capital.
O Reino foi vendado pela ciência
Do lucro, da moral neoliberal.

Estrofe 3
Com cruz dourada e púlpito brilhante,
Fizeram-no patrão de quem oprime.
Mas o que lia em cada andarilho errante
Era um Messias que ninguém define.

REFRÃO
Senhor dos pobres, das crianças, dos caídos,
Rompeste os véus das cúpulas sem chão.
Teu gesto é mais que ritos repetidos,
É o Evangelho em forma de perdão.

Estrofe 4
Não há nos Evangelhos linho fino,
Nem tronos para o Filho de Maria.
Jesus andou nas margens do destino
E fez da lama a própria liturgia.

Estrofe 5
Rompi com os teólogos da potência,
Que dão a César mais que o permitido.
O Deus que amei, em santa consciência,
Jamais fundou um templo protegido.

Estrofe 6
Não é Jesus o sócio de banqueiro,
Nem gerente das bênçãos do mercado.
Mas é o amigo fiel do prisioneiro,
O justo em cada grito sufocado.

REFRÃO
Senhor dos pobres, das crianças, dos caídos,
Rompeste os véus das cúpulas sem chão.
Teu gesto é mais que ritos repetidos,
É o Evangelho em forma de perdão.

Estrofe 7
Dei nome à dor: teologia imperial,
Com rosto branco e verbo estrangeirado.
Mas Deus me achou em solo marginal,
E em português, sorriu do meu fardo.

Estrofe 8
Rasguei a capa anglo-saxônica
Que cobria Cristo com esplendor alheio.
Agora sigo a fé mais harmônica,
Que vê no outro o rosto do anseio.

PONTE
Louvo quem, sem ter diploma nem poder,
Foi quem me deu Jesus em pão e abraço.
Esses anjos que me ensinaram a crer
Com mais ternura e menos embaraço.

REFRÃO
Senhor dos pobres, das crianças, dos caídos,
Rompeste os véus das cúpulas sem chão.
Teu gesto é mais que ritos repetidos,
É o Evangelho em forma de perdão.

REFRÃO FINAL
Agora sei: Teu amor é sem medida,
Tão alto e largo quanto o próprio céu.
É graça eterna, é cura para a vida,
Amor que foge ao nosso carrossel.


EXPLICAÇÃO – O DESMONTE DO DEUS DO SISTEMA

UMA FÉ DESCOLONIZADA PELO EVANGELHO

Em minha trajetória teológica, especialmente amadurecida em Teixeira de Freitas, compreendi que havia um pano espesso encobrindo o verdadeiro rosto de Jesus — o pano da dominação anglo-saxônica, que transformou o Nazareno em símbolo da ordem, da riqueza e da moral conservadora. Como afirma Leonardo Boff em Jesus Cristo Libertador, “há um Cristo da fé e um Cristo do sistema.” Decidi seguir o primeiro, e desobedecer o segundo.

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CRISTO NÃO VESTE O MANTO DA ELITE

A lógica de um Jesus protetor do capital, que recompensa o fiel com prosperidade, não resiste ao confronto com o Evangelho. Ali, o Filho de Deus nasce numa estrebaria, anda a pé, toca leprosos, e termina assassinado pelo Estado romano com a cumplicidade religiosa. Isso está em Marcos 10:45 — "o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos."

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MINHA CONVERSÃO AO CRISTO DESPOSSUÍDO

Fui ensinado, em muitos púlpitos e páginas, a crer em um Deus austero, meritocrático, regulador de comportamentos. Mas quando rasguei essa capa importada e vi Jesus de Nazaré — sem luxos, sem títulos, sem hierarquia — algo em mim mudou para sempre. Passei a olhar a fé como resistência, como compaixão, como denúncia. E a denunciar uma teologia fabricada para justificar o sistema.

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DO DEUS DA TEOLOGIA AO DEUS DA VIDA

Em Filipenses 2:7, Paulo descreve Cristo como quem “esvaziou-se a si mesmo, assumindo a forma de servo.” Esse esvaziamento é oposto à teologia que enche templos, cofres e palácios. Meu chamado agora é anunciar esse Cristo vulnerável, peregrino, silencioso, cujo Reino não é dos que vencem pela força, mas dos que amam até a morte.

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SER LUZ DO MUNDO, NÃO FACHADA DO IMPÉRIO

Quero ser luz que denuncia os disfarces da religião aliada ao poder. Luz que ilumina os rostos que foram ignorados pela fé colonizada. Luz que revela o Jesus de pés empoeirados e mãos feridas, que escolheu viver com os últimos. E se isso custar o conforto dos aplausos teológicos, que seja. Pois hoje sei: entre o Cristo do sistema e o Cristo do Evangelho, escolhi seguir Aquele que morreu por amor e ressuscitou para nos libertar.


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LIVROS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS 

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TEORIAS PSICOLÓGICAS E PSIQUIÁTRICAS E JESUS CRISTO

as terapias coerentes entre os três

Este livro é uma conversa rica e interessante, quando o autor se aprofunda numa pesquisa iluminada sobre muitas teorias vividas na Psicologia e na Psiquiatria, voltadas a terapias adequadas a tipos específicos de patologias muito comuns em nossos dias. Nestes estudos, 50 delas são vislumbradas em suas histórias e importância, nas situações que mais se mostram eficazes e no significado de cada uma para os pacientes e profissionais que as usam em sua atuação cotidiana. Com estas descobertas e reflexões, o autor, pastor protestante, que é atuante na Psicologia “escrafuncha” o nível que cada uma das teorias se avizinha ao ensino pragmático de Jesus em seus muitos contatos com tanta gente doente, principalmente em suas angústias pessoais, sociais, religiosas e espirituais. É assim que a melhor conclusão para esta pequena e profunda obra investigativa, é a de que Jesus antecipou-se e usou, naturalmente, todas estas e tantas outras teorias tão comprometidas com a melhor saúde mental das pessoas que se deixaram viver as terapias que Ele, de muitas formas, fez acontecer em Seus anos de ministério.

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'14<<< >>> ÍNDICE     

14, de junho, de 2025
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ENTRE JEOVÁ E JESUS
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Contraste entre a imagem do Deus da guerra que aprendi, e o Deus do amor revelado em Cristo.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Fui doutrinado num templo de temor,
Onde o trovão era voz de mandamento,
Jeová, em fúria, brandia o terror,
E o castigo era o fim do pensamento.

Estrofe 2
Falava-se em guerras, em fogo, em espada,
Em honra lavada no sangue alheio.
A fé marchava, cerrada e armada,
Sob o estandarte de um santo anseio.

Estrofe 3
Mas, aos poucos, a cruz me interrogava,
Pois nela não vi cetro, nem vingança.
Era amor que, de braços, se entregava,
E o olhar do Cristo trazia esperança.

REFRÃO
Oh Deus que, em silêncio, se revelou,
Entre os fracos, feridos e vencidos,
Teu amor, que da guerra me salvou,
Fez cair meus escudos erguidos.

Estrofe 4
Já não combato com versos da lei,
Nem invoco maldição sobre os maus.
Prefiro a graça que outrora neguei
Por querer justiça igual à dos tribunais.

Estrofe 5
Vi que Jesus não matava inimigos,
Mas os chamava à mesa do perdão.
Rasgava os muros, rompia castigos,
E curava ao toque da compaixão.

Estrofe 6
O Deus da guerra em mim silenciou,
Deu lugar ao Servo que lava pés.
Meu coração, que antes endureceu,
Aprendeu o caminho da altivez.

REFRÃO
Oh Deus que, em silêncio, se revelou,
Entre os fracos, feridos e vencidos,
Teu amor, que da guerra me salvou,
Fez cair meus escudos erguidos.

Estrofe 7
Fiz as pazes com minha consciência,
Pois seguir Jesus é desobedecer
À vingança vestida de reverência,
E amar, quando o mundo quer ferver.

Estrofe 8
Entre Jeová e Jesus, caminhei.
Mas foi o Cristo quem me salvou da ira.
Na ternura da cruz, compreendi
Que o amor é a única justiça que inspira.

PONTE
Sou grato a quem me ensinou a temer,
Pois a reverência foi minha semente.
Mas bendigo quem ousou me dizer
Que amar é o dom mais coerente.

REFRÃO
Oh Deus que, em silêncio, se revelou,
Entre os fracos, feridos e vencidos,
Teu amor, que da guerra me salvou,
Fez cair meus escudos erguidos.

REFRÃO FINAL
E sou feliz por crer no Deus que abraça,
Que vence o ódio sem ferir ninguém.
Seu amor, que a lógica ultrapassa,
É luz que se espalha e sempre vem.


EXPLICAÇÃO – ENTRE A ESPADA E O ABRAÇO: MEU ÊXODO INTERIOR

UMA TRANSIÇÃO DA TEOLOGIA DA FÚRIA PARA A TEOLOGIA DO AMOR

Minha formação teológica começou sob o peso de uma imagem severa de Deus — o Deus dos exércitos, o Senhor dos trovões, o juiz implacável dos profetas do Antigo Testamento. Era o Deus de Elias contra os profetas de Baal, o Deus de Josué, que mandava queimar cidades inteiras. Essa imagem, por muito tempo, habitou meu ministério e meu modo de ver a fé.

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JESUS COMO RUPTURA RADICAL

Mas em Teixeira de Freitas, num ponto de inflexão profunda da minha caminhada teológica, fui confrontado pelo escândalo do Evangelho. Jesus não era a extensão branda de Jeová, mas uma subversão amorosa. Ele próprio disse: “Ouvistes que foi dito... Eu, porém, vos digo” (Mateus 5). Em vez da espada, a outra face. Em vez de maldição, a bênção. Em vez de exclusão, banquete.

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DA JUSTIÇA RETRIBUTIVA À MISERICÓRDIA RESTAURADORA

Como disse Walter Wink, em A Terceira Via, Jesus rompeu com a lógica da dominação. Ele não respondeu à violência com violência, nem legitimou a guerra santa. Sua cruz foi ato de desarmamento — moral, espiritual e histórico. Como seguidor d’Ele, não posso mais evocar os salmos imprecativos para justificar minha ira, nem usar o Antigo Testamento como manual de poder.

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A DESMILITARIZAÇÃO DO MEU DEUS

Percebi que a fé armada produz igrejas blindadas, líderes violentos, e espiritualidade bélica. Por isso, tomei a cruz como contracultura. Em vez do “Deus dos exércitos”, hoje proclamo o Deus da reconciliação (2 Coríntios 5:18). Em vez de invocar fogo do céu, clamo por água viva. Em vez de chamar Jesus de “Senhor da guerra”, o vejo como Príncipe da Paz (Isaías 9:6).

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LUZ QUE DESARMA, CAMINHO QUE CURA

Hoje, minha missão é anunciar esse Cristo desarmado, que venceu o mundo sem espadas, que morreu orando por seus algozes, e que me ensinou que todo poder sem amor é usurpação. Minha fé amadureceu para além do medo e chegou à confiança. Sou, enfim, discípulo d’Aquele que reina do alto de uma cruz, coroado de espinhos, e que ressuscita para mostrar que o amor sempre vence — ainda que crucificado.


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VÁRIOS TÍTULOS DE LIVROS

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'15<<< >>> ÍNDICE     

15, de junho, de 2025
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CAPITALISMO EM NOME DE DEUS
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Minha crítica à teologia que justifica a desigualdade com argumentos espirituais.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Vendi-me um Cristo dono de empresas,
Com cifras no altar e dividendos.
Chamaram “bênção” as grandes fortunas,
E os pobres? Eram erros ou desmandos.

Estrofe 2
A cruz virou logotipo sagrado,
Do templo ao banco, tudo bem-vestido.
Teólogos brindando ao mercado,
Com versículos sobre o “merecido”.

Estrofe 3
Mas o Jesus que lia nas Escrituras
Andava ao lado de quem não tinha nada.
Falava contra injustas estruturas,
E em sua boca a fome era sagrada.

REFRÃO
Ó Deus que habita o campo e o cortiço,
Rejeitas tronos, bajulando o chão.
Tu me tiraste do engano submisso,
E me chamaste à tua revolução.

Estrofe 4
Não cabe o Cristo em cifras e planilhas,
Nem em discursos de meritocracia.
Pois seu sermão foi feito nas veredas
E sua lei é pão, não heresia.

Estrofe 5
Rejeito a fé que prega opressão
Com salmos lidos sob o capital.
Pois sei que o Reino não tem divisão
De castas, lucros, tronos nem mural.

Estrofe 6
Ouvi que “Deus ajuda quem trabalha”,
Mas Cristo disse: “Ajudem quem cair.”
Seu Reino é dom, não é medalha —
É mesa farta sem ninguém fugir.

REFRÃO
Ó Deus que habita o campo e o cortiço,
Rejeitas tronos, bajulando o chão.
Tu me tiraste do engano submisso,
E me chamaste à tua revolução.

Estrofe 7
Não quero a teologia do sucesso,
Nem quero orar com cálculo e cifrão.
Prefiro a cruz, o gesto e o acesso
A toda gente feita de perdão.

Estrofe 8
E se disserem que estou louco ou cego,
Que ignoro o “dom divino de vencer”,
Direi: o Cristo que em mim carrego
Não se vende — veio pra devolver.

PONTE
Grato sou pelos que me ensinaram
A ver o ouro sem ser seu refém.
Mas muito mais por quem me mostraram
Que o Rei dos reis veio como ninguém.

REFRÃO
Ó Deus que habita o campo e o cortiço,
Rejeitas tronos, bajulando o chão.
Tu me tiraste do engano submisso,
E me chamaste à tua revolução.

REFRÃO FINAL
Feliz estou por crer no amor que invade,
Sem preço, sem contrato, sem barganha.
O teu amor é pura liberdade,
É pão partido em toda a campanha.


EXPLICAÇÃO – A DESCONSTRUÇÃO DO EVANGELHO DO LUCRO

CRISTO NÃO É CAPITAL

Durante boa parte da minha formação teológica, especialmente nos contextos eclesiásticos mais tradicionais, ouvi — e por vezes repeti — que a prosperidade era sinal inequívoco da bênção divina. Argumentava-se com textos como Deuteronômio 28, onde os obedientes seriam “cabeça e não cauda.” Mas fui percebendo que esse discurso, aliado à mentalidade capitalista, promovia uma distorção da mensagem de Jesus: transformava o Reino de Deus em sistema de mérito, e o pobre em culpado.

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JESUS NÃO VEIO FUNDAR O MERCADO RELIGIOSO

O Cristo dos Evangelhos jamais justificou a desigualdade. Pelo contrário, denunciou-a com veemência. Em Lucas 6:24, Ele afirma: “Ai de vós, os ricos, porque já tendes a vossa consolação.” E em Mateus 25, deixa claro que sua avaliação final envolve como tratamos os famintos, sedentos, nus e encarcerados — não como multiplicamos os talentos do capital.

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A HERANÇA TÓXICA DA TEOLOGIA DA PROSPERIDADE

Inspirado por textos como Teologia da Libertação de Leonardo Boff e Gustavo Gutiérrez, comecei a ver que a boa nova do Evangelho não é um prêmio aos competentes, mas uma ruptura com o sistema que explora. O discurso da prosperidade que tenta cobrir desigualdade com oração é, na verdade, um disfarce para o neoliberalismo travestido de fé.

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SER LUZ CONTRA O CÁLCULO

Meu chamado, hoje, é denunciar essa “fé contábil” que prega que Deus está nos que sobem, nos que vencem, nos que se destacam financeiramente. Em contraponto, quero ser luz entre os invisíveis, sal entre os amargurados, ponte entre os que foram excluídos pela fé empresarial. Como diz Tiago 2:5: “Não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé?”

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A FÉ NÃO SE COMPRA, O AMOR NÃO SE VENDE

A espiritualidade que abracei em maturidade é a que vive a partilha. Entendo hoje que seguir Jesus é entregar-se, não acumular. É servir, não subir. É repartir, não investir. E minha missão — como pastor, escritor e teólogo — é propagar esse Cristo que expulsou os mercadores do templo, e que ainda hoje chora por uma igreja que o vende em nome do lucro.


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PSICOLOGIA DE COMANDOS

teoria e prática dessa abordagem de resultados

SINÓPSE... Estudo compreendendo as funções básicas da mente humana e fazer proveito ao máximo, visando a saúde mental das pessoas. Passa a ser um instrumento quase miraculoso nas mãos de um psicoterapeuta, na compreensão, não só das angústias de seus pacientes, mas o que foi construído, mesmo que inconsciente, para que a mente, em qualquer circunstância da vida, esteja funcionando de forma prejudicial. Neste primeiro livro há um estudo de como tudo acontece, para então no segundo livro sabermos, com precisão, como agir para reorganizar o funcionamento adequado da mente. É muito elucidador, quando o autor compara a mente e o cérebro de uma pessoa, com um computador de bordo que está a serviço do seu dono, para melhor utilizar o corpo ao seu dispor, os sentimentos, as emoções, e os comportamentos, através de comandos que atuam como exercícios físicos para o bem-estar dos praticantes.

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'16<<< >>> ÍNDICE     

16, de junho, de 2025
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A POBREZA COMO VIRTUDE SISTÊMICA
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Minha reflexão sobre a romantização da pobreza e como ela é usada como ferramenta de opressão religiosa.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Pregaram que a escassez era virtude,
Que a miséria era sinal de eleição,
Enquanto os ricos erguem sua amplitude
Com bênçãos compradas em oração.

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Estrofe 2
Fizeram do sofrer um nobre hino,
E ao pobre impuseram a resignação.
Mas o Cristo que tocava o peregrino
Jamais exaltou a humilhação.

...

Estrofe 3
Diziam: “É plano divino o fardo,”
Para que o povo não clamasse pão.
Mas onde está no evangelho sagrado
Essa teologia da submissão?

...

REFRÃO
Ó Deus que age por entre as ruínas,
Na sombra dos templos e palácios,
Foste sopro em minhas oficinas,
Soprando vida nos teus espaços.

...

Estrofe 4
Não creio que o desamparo seja santo,
Nem que o jugo da fome seja altar.
Pois se o Reino é justiça em cada canto,
Então pobreza não é lugar.

...

Estrofe 5
Aprendi que cruz não é grilhão,
E que carregar não é calar.
O silêncio imposto à multidão
É pecado que o poder quer sustentar.

...

Estrofe 6
Fingem que Deus quer o pobre quieto,
Conformado com migalhas no chão.
Mas a mesa do Reino é projeto reto,
Onde partilha é a consagração.

...

REFRÃO
Ó Deus que age por entre as ruínas,
Na sombra dos templos e palácios,
Foste sopro em minhas oficinas,
Soprando vida nos teus espaços.

...

Estrofe 7
Não aceito a bênção seletiva,
Nem a glória vendida em culto caro.
Pois quem diz “amém” à dor passiva
Distorce a cruz e venera o avaro.

...

Estrofe 8
Prefiro o Cristo de sandálias gastas,
Que sentava onde ninguém queria ir.
Foi Ele que rasgou as castas
E fez do pobre um porvir.

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PONTE
Agradeço aos mestres e caminhos
Que me mostraram o engano e a prisão.
Hoje desfaço os véus mesquinhos
Com a força da encarnação.

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REFRÃO
Ó Deus que age por entre as ruínas,
Na sombra dos templos e palácios,
Foste sopro em minhas oficinas,
Soprando vida nos teus espaços.

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REFRÃO FINAL
Rejubilo por saber do teu amor,
Tão livre, tão vasto, tão sem preço.
Nem a pobreza é favor, nem o favor
É mercadoria no teu endereço.


EXPLICAÇÃO – DEUS NÃO ROMANTIZA A CARESTIA

A IDEOLOGIA DA FOME VESTIDA DE FÉ

O que me fez refletir profundamente foi perceber como a religião pode se tornar cúmplice da opressão ao transformar a pobreza em virtude estática. A teologia da resignação — presente tanto no discurso popular quanto em púlpitos e tratados devocionais — afirma que o sofrimento do pobre é querido por Deus, ignorando que o Evangelho de Jesus é escândalo justamente porque o pobre é chamado à plenitude, e não à resignação.

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UMA FÉ QUE DESMONTA ESTRUTURAS

Com o auxílio de leituras como “A Pobreza: Uma Riqueza?” de Jung Mo Sung e “Teologia da Libertação” de Gustavo Gutiérrez, compreendi que a pobreza não é uma vocação individual, mas uma violência coletiva. E o papel da fé cristã não é espiritualizar o sofrimento dos pobres, mas desmascarar as causas da pobreza e combatê-las. Jesus não disse: “Felizes os miseráveis que se calam,” mas “Bem-aventurados os pobres em espírito,” isto é, os que sabem que o Reino é um dom de graça — não de escassez.

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QUANDO DEUS É USADO PARA LEGITIMAR A EXCLUSÃO

Já vi igrejas citarem Filipenses 4:12 para justificar a passividade: “Sei estar contente em toda e qualquer situação.” Mas esquecem que Paulo está falando de uma vivência em missão, não de uma norma universal de resignação. A espiritualidade cristã não pode ser instrumento de manutenção da injustiça. Como escreveu Rubem Alves: “A teologia que acomoda o povo à fome não é boa nova, mas velha escravidão com nome sagrado.”

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MINHA LUZ É DENÚNCIA E ESPERANÇA

Hoje, nos ministérios que exerço, sou chamado a denunciar essa ideologia travestida de fé. Mas também sou chamado a anunciar uma espiritualidade libertadora — que reconhece o valor da vida do pobre, não por ele sofrer, mas por ele ser imagem de Deus. Quero ser luz onde a religião obscurece, e profecia onde ela tenta se tornar sedativa.

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CONTRA A VIRTUDE SISTÊMICA, A BONDADE DIVINA

Recuso-me a espiritualizar estruturas de exploração. Prefiro evangelizar com os pés no chão, com o pão na mão, e com o amor que não exige silêncio para se derramar. A pobreza é escândalo para o Reino. E como disse Jesus, “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (João 10:10). Essa é a teologia que carrego no peito.


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LIVROS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS 

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SALMOS QUE JESUS REESCREVEU

à luz da verdadeira revelação de Deus

SINÓPSE...Salmos que Jesus reescreveu com Sua vida, Seu ensino, Seu exemplo e inspiração. Reentendimento dos textos que os salmistas escreveram a partir do que entendiam sobre Deus, segundo o Jeová manifestado por Moisés em seus textos, e proliferado pelos profetas no decorrer nos anos. Da mesma forma como Jesus alertou dizendo "Viste o que foi dito aos antigos", Ele, como Revelação perfeita e completa de Deus, aquela divulgada à humanidade desde os tempos de Adão, também, neste estudo, nesta pesquisa, neste livro, também, com seu exemplo de vida, apresenta a conotação correta para cada situação lembrada em cada Salmo.

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'17<<< >>> ÍNDICE     

17, de junho, de 2025
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JESUS, O NÃO-RELIGIOSO
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A espiritualidade escandalosa e libertadora de Jesus, tão diferente das regras eclesiásticas que aprendi.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Jesus passou sem púlpito ou toga,
Nem ritos, nem castas, nem altar.
Pisou o chão que a regra desdenhoga
E fez da margem seu lugar.

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Estrofe 2
Não pediu véus, nem sacrifício santo,
Nem templos cheios de liturgia.
Fez-se descanso ao coração em pranto
E verbo vivo em cada rebeldia.

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Estrofe 3
Enquanto a lei punha peso em feridas,
Ele trazia alívio em forma de toque.
Reformulava as doutrinas contidas
Com gestos ternos, sem dogma, sem choque.

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REFRÃO
Ó Deus que sopra além dos templos velhos,
Que faz do escândalo a nova lei,
A Ti eu canto, entre os teus espelhos:
Tua liberdade me refaz o rei.

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Estrofe 4
Jesus não era um líder de costume,
Nem cabia em cláusulas clericais.
Amava o humano com divino lume
E afrontava os ritos “morais”.

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Estrofe 5
Curou no sábado, afrontou o dízimo,
Chamou de filhos os desprezados.
Seu coração, do mundo o sismo,
Sacudiu os tronos canonizados.

...

Estrofe 6
Não usava livros com dogmas fixos,
Nem cadeiras de poder eclesial.
Usava olhos — os olhos dos aflitos —
Como escrituras do bem radical.

...

REFRÃO
Ó Deus que sopra além dos templos velhos,
Que faz do escândalo a nova lei,
A Ti eu canto, entre os teus espelhos:
Tua liberdade me refaz o rei.

...

Estrofe 7
E foi por isso que o pregaram forte,
Pois a Verdade assusta o poder.
Mas do madeiro brotou nova sorte:
Um Deus que ensina o ser e o viver.

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Estrofe 8
Hoje eu renego a religião opaca
Que tenta aprisionar tua paixão.
Prefiro a cruz que ao mundo desmascara
Com tua graça sem permissão.

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PONTE
Gratidão aos mestres que, em sua coragem,
Rasgaram os véus do medo servil.
Me ensinaram que o Cristo é a imagem
Do Deus que dança, livre e gentil.

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REFRÃO
Ó Deus que sopra além dos templos velhos,
Que faz do escândalo a nova lei,
A Ti eu canto, entre os teus espelhos:
Tua liberdade me refaz o rei.

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REFRÃO FINAL
Me alegro em Ti, ó Deus sempre maior,
Que és mais do que posso te compreender.
Teu amor me é vasto, puro e melhor
Do que toda doutrina que tente te prender.


EXPLICAÇÃO – UM MESSIAS FORA DOS LIMITES DA RELIGIÃO

ENTRE A FÉ E A DESOBEDIÊNCIA SACRA

Durante minha trajetória teológica, fui conduzido a contrastar o Jesus vivo dos Evangelhos com as representações eclesiásticas que, por vezes, o transformam em um mero símbolo de conformidade institucional. Jesus, porém, foi tudo menos isso. Ele subverteu a ordem vigente, não como um revolucionário político tradicional, mas como um mestre de vida que devolvia dignidade aos excluídos e deslegitimava os sistemas que negavam a graça.

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A ESPIRITUALIDADE DO ESCÂNDALO

Teólogos como José Comblin e Leonardo Boff foram fundamentais na minha formação nesse sentido. Comblin, em “O Espírito Santo e a Libertação”, mostra como a liberdade do Espírito é incompatível com o poder religioso que oprime. Boff, em “Jesus Cristo Libertador”, apresenta o Cristo que rompe os sistemas legalistas. Jesus foi escândalo para a religião de sua época — e continua sendo escândalo para muitas versões institucionalizadas da fé, especialmente aquelas que priorizam regras acima do amor.

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UMA RELAÇÃO COM DEUS ALÉM DOS CÓDIGOS

Em minha relação com Deus, passei a compreender que a espiritualidade genuína é, acima de tudo, encontro. Encontro com o Deus que se revelou em Jesus não como um controlador de comportamento, mas como um libertador da alma. Ele não exigia oferendas, mas oferecia presença. Não cobrava pureza, mas tocava impuros. Em Mateus 9:13, Jesus disse: “Quero misericórdia, e não sacrifício.” E essa frase molda, hoje, a essência do meu ministério.

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SER LUZ FORA DAS MOLDURAS

Nos lugares em que sirvo, nos espaços em que anuncio o Evangelho, desejo ser luz não como quem ilumina para julgar, mas como quem acende para acolher. Quero brilhar fora das molduras doutrinais e dos códigos morais que transformam Deus em juiz parcial. Quero que minha vida seja, como Jesus foi, um convite à liberdade divina. Porque o Reino que Ele anuncia é sempre maior do que as liturgias que tentam contê-lo.

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A TEOLOGIA DO DEUS SEM GRILHÕES

Concluo reconhecendo que toda teologia que domestica Jesus, inevitavelmente, O trai. E toda religião que o torna previsível, o torna também irreconhecível. Minha teologia hoje é a do escândalo da graça, da ousadia da misericórdia e da fé que sabe dançar. Porque Jesus — o não-religioso — me ensinou que Deus não se deixa enjaular nem por templos, nem por tradições. E isso é, para mim, Boa Nova.


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JESUS REESCREVEU A LEI

à luz da verdadeira revelação de Deus

SINÓPSE...Embora para Jesus a afirmativa de que "veio cumprir a lei" tenha o sentido de viver confirmando o que era verdadeiramente da Revelação de Deus, nas leis do Pentateuco, desconsiderando o que foi acréscimo humano, voluntário ou não, da parte de Moisés, visando beneficiar sua liderança, segundo o conselho do sogro; para os apóstolos, os primeiros cristãos e até o nossos dias, aquela afirmativa era como que um confirmação geral de toda lei, como sendo, realmente, da parte de Deus para um povo exclusivo.

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'18<<< >>> ÍNDICE     

18, de junho, de 2025
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AMIGO DE PECADORES
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Minha identificação com o Cristo que tocava os impuros, amava os rejeitados e afrontava os moralistas.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Chamaram-no amigo de bêbado e leproso,
Banqueteiro em casas sem moral.
Mas era Ele o Deus mais poderoso,
Justo em amar de forma tão radical.

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Estrofe 2
Comia ao lado de quem era escória,
E não temia a fama de impureza.
Pois sabia que, por sua vitória,
A Graça venceria a rigidez da “pureza”.

...

Estrofe 3
Caminhava entre feridas expostas,
E dava nome ao que ninguém ousava.
Com ternura, desfazia as respostas
Que a religião de pedra preparava.

...

REFRÃO
Louvado sejas, ó Pai escondido,
Que no Cristo mostras teu amor inteiro.
Em cada gesto simples e sofrido,
Te revelas justo, santo e verdadeiro.

...

Estrofe 4
Não era conivente com o erro humano,
Mas tampouco o acusava com desprezo.
Corrigia com toque soberano,
E perdoava antes do catecismo e do peso.

...

Estrofe 5
Maria Madalena, Zaqueu, o cego,
A prostituta, o ladrão crucificado…
Todos ouviram do Senhor, sem ego:
“Tu és amado, tu és resgatado.”

...

Estrofe 6
Enquanto os puros mediam santidade,
Ele curava e fazia festa no chão.
Desmontava a lógica da vaidade
Com o poder da compaixão.

...

REFRÃO
Louvado sejas, ó Pai escondido,
Que no Cristo mostras teu amor inteiro.
Em cada gesto simples e sofrido,
Te revelas justo, santo e verdadeiro.

...

Estrofe 7
Aprendi com Ele a preferir os que choram,
A dar voz aos que o altar rejeitou.
Pois quem na dor clama e implora
É quem melhor o Salvador encontrou.

...

Estrofe 8
Hoje abraço o Cristo marginal,
Que afronta os moralistas com ternura.
Sou d’Ele, não do templo oficial —
Do Deus que ama além da censura.

...

PONTE
Gratidão aos textos, mestres e caminhos
Que em mim forjaram fé sem dominação.
Cada encontro com os “pequenos vizinhos”
Foi minha mais sagrada formação.

...

REFRÃO
Louvado sejas, ó Pai escondido,
Que no Cristo mostras teu amor inteiro.
Em cada gesto simples e sofrido,
Te revelas justo, santo e verdadeiro.

...

REFRÃO FINAL
Exulto em Ti, Deus de afeto profundo,
Por nos amares sem acepção.
O Teu amor reconstrói este mundo,
E ultrapassa qualquer religião.


EXPLICAÇÃO – O DEUS QUE COME COM PECADORES

DA ORTODOXIA À MESA DE MISERICÓRDIA

Desde que abracei com mais seriedade a leitura dos Evangelhos com os olhos dos marginalizados, percebi que Jesus jamais buscou se encaixar nas convenções religiosas que legitimavam o distanciamento dos impuros. Ele se fez próximo. Ele se fez comida, presença, cura. E isso me confrontou: até onde minha prática teológica se aproxima de Jesus? Ser amigo de pecadores, como Ele, exige mais do que pregar – exige estar.

...

O EVANGELHO DOS AFETOS SUBVERSIVOS

Em “Jesus e o escândalo do Evangelho”, de José Antonio Pagola, encontrei um retrato vivo do Cristo que incomoda os religiosos, mas cura os feridos. A figura de Jesus como amigo dos pecadores não é simbólica, é essencial. Lucas 15 mostra que os fariseus o criticavam exatamente por isso: “Este recebe pecadores e come com eles” (v. 2). E Jesus responde com a parábola da ovelha perdida – não em defesa, mas em afirmação: “Assim haverá mais alegria no céu por um só pecador que se arrepende…” (v. 7).

...

UMA RELAÇÃO TRANSFORMADORA E NÃO EXCLUDENTE

Minha relação com Deus mudou quando compreendi que Ele me chama não pelo que sou, mas apesar do que sou. E que me envia a fazer o mesmo: chamar, amar, cuidar. Ser amigo de pecadores é ser também amigo do Cristo, pois foi entre eles que Ele escolheu habitar. Isso não anula a verdade, não distorce a ética, mas a ressignifica à luz do amor.

...

LUZ ENTRE OS REJEITADOS, NÃO SOBRE ELES

Em todos os ministérios que exerço, desejo ser luz, mas não como quem ilumina de cima para julgar. Quero brilhar junto, ao lado, nas sombras dos rejeitados. Como Jesus, desejo me sentar à mesa dos impuros, lavar pés com compaixão, e amar sem impor condições. Porque quem é luz com Ele, é luz que aquece, não que queima. E isso, sim, é Evangelho vivo.


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LIVROS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS 

fruto de anos pesquisando para redes sociais e grupos de mensagens do extremo sul da Bahia e fora. Em...

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um deles é...

CONHEÇA-SE MUITO BEM

exercícios de desenvolvimento humano

SINÓPSE...Sobre cinco níveis de saúde mental, em todas as áreas da vida de qualquer pessoa, uma série de exercícios psíquicos são disponibilizados, baseados em Psicologia de Comandos, para que, qualquer pessoa possa responder, individualmente, sigilosamente, e, assim, também sozinho, possa se encontrar, se conhecer melhor nestas várias áreas da vida. Além disto, de se descobrir em seu estágio atual, o escritor, psicólogo, ainda baseado na abordagem dos exercícios, oferece uma série de sugestões para que cada um possa administrar seu próprio desenvolvimento, passando de um nível para o outro, até alcançar o nívem da excelência, beneficiando ainda mais a sua vida, a sua existência, e as pessoas ao seu redor.

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'19<<< >>> ÍNDICE     

19, de junho, de 2025
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PASTOREIO SEM PÚLPITO
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Como a ausência de uma igreja institucional me deu acesso a mais almas do que nunca.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Sem púlpito, mas com alma acesa,
Fui templo ao pé da estrada, sem paredes.
Minha palavra não pedia licença —
Chegava inteira a corações sedes.

...

Estrofe 2
Não vesti estola, nem coroinha,
Mas minha voz era oração sincera.
Caminhei leve, sem liturgia
E fiz do tempo uma liturgia inteira.

...

Estrofe 3
Os bancos viraram bancos de praça,
E os olhos sedentos, meu auditório.
Cada abraço curava e abraçava
Com mais poder do que sermão notório.

...

REFRÃO
Bendito sejas, Deus das trilhas abertas,
Que me enviaste fora da moldura.
Fizeste da rua minha catedral certa,
E do silêncio, a palavra mais pura.

...

Estrofe 4
Onde a dor não sabia doutrina,
Ali plantei a esperança fiel.
Entre risos, perguntas e rimas,
Fiz da empatia meu novo papel.

...

Estrofe 5
Fui ouvido em cantos escondidos,
No murmúrio de quem não frequenta.
Mas ali, no mais anônimo dos gemidos,
Florescia a fé que a religião lamenta.

...

Estrofe 6
Dei meu tempo a quem não tinha tempo,
Sentei com os pobres sem hierarquia.
E entendi: pastorear é exemplo,
Não um cargo nem uma liturgia.

...

REFRÃO
Bendito sejas, Deus das trilhas abertas,
Que me enviaste fora da moldura.
Fizeste da rua minha catedral certa,
E do silêncio, a palavra mais pura.

...

Estrofe 7
Não fiz conferências, nem programa,
Mas toquei com ternura mil vidas.
Minha alma foi fonte, não fama,
De águas que lavam feridas perdidas.

...

Estrofe 8
Hoje sei: ovelhas não pedem templo,
Elas clamam por voz que as defenda.
E eu fui pastor, sem púlpito, exemplo —
De um Deus que não se prende à sua tenda.

...

PONTE
Rendo graças aos livros, amigos, caminhos,
Aos pobres mestres que me catequizaram.
De cada lágrima brotaram meus ninhos,
Onde os que sofrem também me pastorearam.

...

REFRÃO
Bendito sejas, Deus das trilhas abertas,
Que me enviaste fora da moldura.
Fizeste da rua minha catedral certa,
E do silêncio, a palavra mais pura.

...

REFRÃO FINAL
Alegre estou, pois Tua graça me chama
A viver a fé fora do habitual.
Teu amor é chama que nunca desarma,
É infinito além do institucional.


EXPLICAÇÃO — A TEOLOGIA DO ENCONTRO DISPERSO

FÉ SEM ESTRUTURA, PRESENÇA COM RAÍZES

Neste tempo em que fui desinstitucionalizado, experimentei o que talvez Paulo descrevesse em Atos 17:24 — “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos humanas.” Estar fora da estrutura formal da igreja não significou estar distante da missão, mas estar mais próximo da essência.

...

TEOLOGIA DO CAMPO E DA CALÇADA

Refletindo com Leonardo Boff em “Igreja: Carisma e Poder”, percebo que as instituições, por vezes, engessam o fluxo do Espírito. A ausência de púlpito fixo abriu caminhos para encontros verdadeiros: não precisei ser reverenciado, bastava que eu estivesse presente. Esse “pastoreio da presença” ecoa João 10:14 — “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem.” A palavra “conhecer” aqui é relacional, não institucional.

...

MEU ENCONTRO COM A HUMANIDADE FERIDA

Aprendi que ser luz do mundo (Mateus 5:14) não significa apenas brilhar em auditórios, mas iluminar vielas, ouvir sussurros de dor, responder com compaixão. A fé vivida sem púlpito ensinou-me que a presença de Cristo é itinerante, e que a autoridade espiritual não vem do título, mas do toque, do olhar, da escuta.

...

O MINISTÉRIO QUE TRANSBORDA AS FRONTEIRAS

Hoje, todo ministério que eu exerça — seja acadêmico, social, espiritual ou comunitário — carrega essa marca: pastorear sem pedestal. Quero estar onde ovelhas estão famintas por sentido e sede de afeto. Porque foi ali que conheci o Jesus que anda, que escuta, que parte o pão entre os invisíveis.


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LIVROS QUE ESTÃO DISPONÍVEIS 

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um deles é...

QUANDO CRISTÃOS SÃO JUDAIZANTES

atitudes e patologias que demonstram

SINÓPSE...Os sete livros que compõem esta série de estudos, são formados por muitos estudos que foram cobrados por pessoas e circunstâncias que nos “obrigaram”, de alguma forma, como teólogo, psicólogo e, na época, estudante de jornalismo, a pesquisar, analisar e divulgar em minhas redes sociais, buscando ser bênção para todos que chegassem a ser nossos leitores, também nestes estudos. É assim que chegaram a serem formatados como esta série de livros.

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'20<<< >>> ÍNDICE     

20, de junho, de 2025
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MULTIDÕES SEM TEMPLO
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Minha reflexão sobre o ministério que se dá pelas ruas, redes, palavras, encontros e gestos.
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POESIA E MÚSICA
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*POESIA & ARGUMENTOS*
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música1
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Estrofe 1
Não foi no altar que ergui minha voz,
Mas entre os sons da cidade desperta.
Ali, no ruído que o mundo compôs,
Fiz do silêncio minha porta aberta.

...

Estrofe 2
O templo era cada tela acesa,
Cada esquina, um púlpito incerto.
Deus me esperava na correnteza
Dos olhos cansados, do afeto aberto.

...

Estrofe 3
Palavras lançadas ao vento online,
Abraços ofertados no anonimato,
E o verbo encarnava sem ter skyline,
Sem rito, sem véu, sem aparato.

...

REFRÃO
Glória ao Deus que atua no improviso,
Nas praças, nas redes, nos passos dispersos.
És o autor do encontro impreciso,
Que traduz Teu amor em gestos diversos.

...

Estrofe 4
O evangelho desceu das catedrais
E se alojou nas conversas reais.
Ele se fez pão em becos e quintais,
E luz em telas, nos rituais virtuais.

...

Estrofe 5
Entre o scroll e o sussurro do chão,
Proclamei a fé sem moldura fixa.
Deus me deu palavras e compaixão
Pra curar com afeto, sem dogma, sem missa.

...

Estrofe 6
Desci das torres, saí dos manuais,
E encontrei Cristo entre os que ninguém nota.
Ele habitava os gestos marginais,
A ternura que o sistema aborta.

...

REFRÃO
Glória ao Deus que atua no improviso,
Nas praças, nas redes, nos passos dispersos.
És o autor do encontro impreciso,
Que traduz Teu amor em gestos diversos.

...

Estrofe 7
Cada post um salmo de esperança,
Cada direct, uma oração secreta.
Ali, na fragilidade da dança,
Nascia uma fé não mais discreta.

...

Estrofe 8
Hoje, entendo: templo é o que floresce
Quando dois se veem no mesmo abismo.
E o Cristo das ruas me fortalece
Pra ser altar no altruísmo.

...

PONTE
Sou grato aos mestres que não vi chegar,
Aos passos que comigo se cruzaram,
Aos rostos que me ensinaram a amar
Antes mesmo que os livros me explicaram.

...

REFRÃO
Glória ao Deus que atua no improviso,
Nas praças, nas redes, nos passos dispersos.
És o autor do encontro impreciso,
Que traduz Teu amor em gestos diversos.

...

REFRÃO FINAL
Rejubilo por ver com clareza divina
Que és amor sem contorno ou prisão.
Mesmo minha mente, tão leve e pequena,
Não contém Tua imensa compaixão.


EXPLICAÇÃO — UMA TEOLOGIA DO ENCONTRO COTIDIANO

ONDE DOIS OU TRÊS, LÁ ESTOU EU

Aprendi que ministério não é apenas o que se faz dentro de um templo, mas o que se vive na presença constante do outro. Jesus me ensinou isso quando disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18:20). Com essa consciência, minhas redes, minhas caminhadas, meus diálogos passaram a ser sagrados.

...

UMA FÉ EM TRÂNSITO

Inspirado por autores como Henri Nouwen, que fala da “espiritualidade do coração” como uma vivência que transcende espaços formais, compreendi que cada pessoa alcançada fora da estrutura litúrgica é prova da graça que não se deixa domesticar. Me identifico também com Dorothy Day, cuja ação nas ruas provava que a fé não espera conveniência, mas vai ao encontro das dores.

...

UM MINISTÉRIO QUE SE ADAPTA SEM SE RENDER

Esse novo tipo de pastoreio, longe dos formatos consagrados, exigiu de mim escuta atenta, presença real, e uma constante renúncia ao protagonismo. A centralidade não está mais em mim, mas na relação. Como disse Paulo: “Fiz-me tudo para com todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns” (1 Coríntios 9:22). Isso se traduz hoje em meu desejo de ser ponte — não palco.

...

QUERO SER LUZ, ONDE A LUZ PARECE NÃO CHEGAR

Seja como jornalista, conselheiro, escritor ou amigo, vejo cada espaço que ocupo como oportunidade de exercer minha vocação: ser luz do mundo (Mateus 5:14). Luz que não aponta para si, mas revela o rosto de Cristo — que ainda caminha, entre multidões sem templo, como no tempo em que subia montes ou atravessava aldeias.

SAÚDE MENTAL - EDUCADORES

manual prático de autocuidados profissionais

SINÓPSE...Este é um dos livros que buscamos encaminhar orientações, reflexões e exercícios práticos, baseados na Psicologia de Comandos, para que profissionais saibam aproveitar ao máximo de suas atividades com o melhor espírito de satisfação, visando a sua saúde mental, a dos seus familiares e colegas, bem como a da sua clientela, motivo maior de sua função social. O melhor presente e futuro, segundo estes estudos, está na forma como cada profissional encara seu momento de vida e as circunstâncias que lhe rodeiam. Este livro é, realmente, um manual passo a passo, muito fácil de ser atendido e vivido no cotidiano profissional do leitor.

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POESIA E MÚSICA
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POESIA E MÚSICA
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