SER CRISTÃO É BUSCAR IMITAR JESUS, NÃO O CONTRÁRIO

  





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PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4







SER CRISTÃO É BUSCAR IMITAR JESUS, NÃO O CONTRÁRIO

o conteúdo original que inclui este estudo está 




 


Atualmente, em Maio 2025, estamos pesquisando e escrevendo este livro


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ÍNDICE
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001   CULTIVO DO INDIVIDUALISMO
A Direita exalta o mérito pessoal e o sucesso individual, enquanto Jesus ensinava a comunhão, a partilha e o cuidado mútuo.

002   EXALTAÇÃO DA RIQUEZA
Jesus advertiu contra os ricos e afirmou que é difícil para eles entrarem no Reino de Deus, mas a Direita glorifica milionários e bilionários.

003   DEFESA DO ACÚMULO DE BENS
Enquanto Jesus mandou o jovem rico vender tudo e dar aos pobres, a Direita vê a acumulação como sinal de bênção e competência.

004   DESPREZO AOS POBRES
Jesus acolheu, amou e valorizou os pobres. Já muitos políticos de Direita os culpam por sua própria miséria.

005   ELITISMO SOCIAL
A Direita costuma valorizar elites empresariais e políticas; Jesus exaltava os humildes e derrubava os poderosos de seus tronos.

006   MILITARISMO
A Direita promove armas e forças armadas como símbolo de ordem; Jesus mandou Pedro guardar a espada e ensinou a amar os inimigos.

007   NACIONALISMO EXACERBADO
Jesus pregava um Reino sem fronteiras, acolhedor a todos os povos; a Direita muitas vezes promove xenofobia e patriotismo radical.

008   REPRESSÃO A MOVIMENTOS SOCIAIS
Enquanto Jesus defendeu oprimidos e enfrentou autoridades injustas, a Direita costuma criminalizar greves, ocupações e protestos.

009   RACISMO ESTRUTURAL
Jesus se aproximava dos marginalizados (como samaritanos e gentios), enquanto a Direita frequentemente ignora ou reforça estruturas racistas.

010   DISCRIMINAÇÃO CONTRA MULHERES
Jesus valorizou as mulheres, permitiu que o seguissem e as ensinou; já a Direita frequentemente as relega a papéis secundários.

011   MECANISMOS DE EXCLUSÃO
Jesus acolheu marginalizados; a Direita impõe políticas que excluem pobres, migrantes e LGBTQIA+ de direitos e dignidade.

012   PRIORIDADE AO LUCRO SOBRE VIDAS
Jesus curava no sábado e colocava a vida acima da lei; a Direita prefere a economia funcionando, mesmo ao custo de vidas humanas.

013   DESPREZO PELA SAÚDE PÚBLICA
A Direita, ao defender privatizações, ataca sistemas universais como o SUS; Jesus, por outro lado, curava gratuitamente a todos.

014   MERCANTILIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
A Direita promove educação como negócio, excluindo os mais pobres; Jesus ensinava livremente a todos, até crianças e mulheres.

015   ATAQUE A POLÍTICAS DE CUIDADO
Enquanto Jesus elogiava o bom samaritano, a Direita chama de “esquerdismo” qualquer esforço de solidariedade institucional.

016   VALORIZAÇÃO DO COMPETITIVISMO
Jesus exaltava os últimos; a Direita valoriza os vencedores e o mercado meritocrático.

017   APOIO A POLÍTICAS PUNITIVISTAS
Jesus impediu o apedrejamento da adúltera; a Direita clama por mais prisões, penas duras e a redução da maioridade penal.

018   PRIVILÉGIO DOS MAIS FORTES
Jesus disse que os últimos seriam os primeiros; a Direita privilegia empresários, latifundiários e banqueiros.

019   INDIFERENÇA ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS
Jesus usava a natureza como linguagem divina; a Direita frequentemente destrói florestas e prioriza o agronegócio predador.

020   DEFESA DE PRIVATIZAÇÕES DE DIREITOS
Jesus multiplicou pães e peixes; a Direita quer que todos paguem por tudo: saúde, água, energia, educação.

021   CONSERVADORISMO MORAL HIPÓCRITA
Jesus confrontou fariseus que impunham normas aos outros; a Direita impõe moralismo enquanto tolera corrupção e opressão.

022   INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Jesus conversava com samaritanos e estrangeiros; a Direita muitas vezes demoniza outras religiões.

023   MISTURA ENTRE RELIGIÃO E PODER
Jesus disse: “meu Reino não é deste mundo”; a Direita usa a religião para manipular votos e justificar opressão.

024   CULTURA DE ARMAMENTO
Jesus ensinou o perdão, mas a Direita incentiva o porte e uso de armas como solução para segurança.

025   EXPLORAÇÃO DA FÉ PARA GANHO POLÍTICO
Jesus expulsou os vendilhões do templo; a Direita muitas vezes faz aliança com líderes religiosos que negociam apoio por poder.

026   DESUMANIZAÇÃO DOS PRESOS
Jesus disse que visitá-lo é visitar os encarcerados; a Direita nega qualquer direito ou dignidade a presos.

027   REJEIÇÃO AO REFUGIADO E IMIGRANTE
Jesus e seus pais foram refugiados no Egito; a Direita ergue muros, fecha fronteiras e despreza estrangeiros pobres.

028   MACHISMO E AUTORITARISMO
Jesus ouvia mulheres, defendia-as e as acolhia; a Direita muitas vezes perpetua estruturas patriarcais e abusivas.

029   INIMIZADE COM O DIFERENTE
Jesus tocava leprosos, comia com pecadores; a Direita tende a rejeitar o diferente como ameaça.

030   INCENTIVO À GUERRA CULTURAL
Jesus pregava a paz; a Direita propaga divisões, conflitos ideológicos e guerra entre “bons” e “maus”.

031   NEGAÇÃO DA JUSTIÇA SOCIAL
Jesus falou que veio “proclamar libertação aos cativos” e “dar vista aos cegos”; a Direita nega o conceito de justiça social, rotulando-o como ideologia.

032   DESPREZO PELA EMPATIA
Jesus chorou com os que sofrem; a Direita muitas vezes despreza emoções e compaixão como fraqueza.

033   INCENTIVO AO CONSUMISMO
Jesus pregava desapego material; a Direita impulsiona o consumismo desenfreado como motor da economia.

034   DEFESA DE SISTEMAS ECONÔMICOS EXCLUDENTES
Enquanto Jesus partilhava o pão, a Direita apoia sistemas que concentram riqueza e poder em poucos.

035   ESTIGMATIZAÇÃO DOS DOENTES MENTAIS E DEPENDENTES
Jesus libertava os oprimidos do espírito e da mente; a Direita os criminaliza e negligencia.

036   HOSTILIDADE AO MOVIMENTO NEGRO
Jesus ensinava a valorização de todas as vidas; a Direita resiste a políticas de igualdade racial.

037   APOIO A TRABALHO PRECARIZADO
Jesus dizia que “o trabalhador é digno do seu salário”; a Direita defende a flexibilização dos direitos trabalhistas.

038   DEMONIZAÇÃO DOS SEM-TETO
Jesus disse: “não tenho onde reclinar a cabeça”; a Direita trata moradores de rua como problema urbano, não como pessoas.

039   CRUELDADE COM DEPENDENTES QUÍMICOS
Jesus libertava e acolhia os aflitos; a Direita propõe repressão policial e internações forçadas.

040   BANALIZAÇÃO DO SOFRIMENTO ALHEIO
Jesus sentia compaixão pelas multidões; a Direita trata sofrimento como consequência da “fraqueza” do indivíduo.

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041   FETICHIZAÇÃO DO ORDENAMENTO PUNITIVO
Jesus libertava os condenados; a Direita exige “leis mais duras” e punição exemplar.

042   DESCONSIDERAÇÃO À VIDA INDÍGENA
Jesus se colocava ao lado dos marginalizados; a Direita ignora o genocídio indígena em prol de lucros do agronegócio.

043   DEFESA DE ISENÇÕES AOS RICOS
Jesus condenou os ricos que davam pouco do muito que tinham; a Direita propõe reduzir impostos de milionários.

044   PRIORIDADE À LÓGICA DO MERCADO
Jesus expulsou os cambistas do templo; a Direita transforma tudo em mercado, até mesmo os direitos humanos.

045   APOIO A POLÍTICAS EXCLUDENTES DE SAÚDE MENTAL
Jesus restaurava mentes e corações; a Direita reduz investimentos em atenção psicossocial.

046   MÁ VONTADE COM O DIREITO À MORADIA

047   PERSEGUIÇÃO A LÍDERES COMUNITÁRIOS

048   CORRUPÇÃO DISFARÇADA DE GESTÃO

ALIENAÇÃO DA FÉ EM TROCA DE PODER
Jesus rejeitou o diabo quando ofereceu todos os reinos do mundo; a Direita cede princípios cristãos por cargos e influência.
DESIGUALDADE SALARIAL E DE OPORTUNIDADES
Jesus ensinava a dar a cada um segundo sua necessidade; a Direita mantém privilégios e desigualdades gritantes.
RESISTÊNCIA À ARRECADAÇÃO PROGRESSIVA
Jesus elogiou a viúva que deu tudo que tinha; a Direita se opõe a impostos mais altos para os mais ricos.
USO DA LEI PARA OPRIMIR
Jesus curava no sábado, mesmo sendo proibido; a Direita se esconde atrás da legalidade para justificar injustiças.
CONIVÊNCIA COM A TORTURA E A MORTE
Jesus foi torturado e morto pelo Estado; a Direita relativiza ditaduras, tortura e mortes “justificadas”.
ESTÍMULO À FOME EM NOME DA ECONOMIA
Jesus multiplicava alimentos; a Direita corta programas de segurança alimentar.
NÃO PERDOAR O DEVEDOR
Jesus contou a parábola do credor misericordioso; a Direita pune os endividados e defende bancos implacáveis.
INCENTIVO AO TRABALHO INFANTIL
Jesus disse: “deixem vir a mim as criancinhas”; a Direita defende flexibilizações que colocam crianças no trabalho.
VALORIZAÇÃO DA APARÊNCIA SOBRE O INTERIOR
Jesus valorizava o coração puro; a Direita valoriza imagem, poder, aparência e status.
REPRESSÃO AO DIREITO DE MANIFESTAÇÃO
Jesus entrou em Jerusalém aclamado como rei pelos marginalizados; a Direita reprime manifestações populares.
PRIORIZAÇÃO DE LUCRO SOBRE O BEM-ESTAR
Jesus colocava o ser humano no centro; a Direita prioriza o lucro de empresas.
RESISTÊNCIA ÀS POLÍTICAS DE INCLUSÃO
Jesus incluía leprosos, mulheres e estrangeiros; a Direita diz que políticas de inclusão são “mimimi”.
INTOLERÂNCIA COM O PERDÃO E A REABILITAÇÃO
Jesus disse a Pedro: “perdoa setenta vezes sete”; a Direita não crê na recuperação de ninguém.
DESPREZO À DEMOCRACIA PARTICIPATIVA
Jesus ouviu o povo, curou multidões e andou com o povo; a Direita se fecha em gabinetes e privilégios.
DEFESA DO TRABALHO ESCRAVO MODERNO
Jesus denunciou os que oprimem o trabalhador; a Direita dificulta fiscalizações contra trabalho análogo à escravidão.
PROMOÇÃO DE POLÍTICAS HIGIENISTAS
Jesus tocava os impuros; a Direita tenta “limpar” as cidades dos pobres e doentes.
CRISTIANISMO DE APARÊNCIA
Jesus condenava religiosos que oravam em público mas exploravam em segredo; a Direita muitas vezes faz da fé um marketing político.
APOIO A CORTES EM ASSISTÊNCIA SOCIAL
Jesus acolhia os famintos e doentes; a Direita corta verbas de assistência alegando “austeridade”.
PRIVATIZAÇÃO DE BENS COMUNS
Jesus multiplicou recursos para todos; a Direita quer privatizar até o que é essencial à vida, como água e ar limpo.
DESQUALIFICAÇÃO DO TRABALHO RURAL FAMILIAR
Jesus usava imagens do campo e da agricultura familiar; a Direita favorece grandes latifúndios.
CENSURA DE ARTE, CULTURA E EDUCAÇÃO LIVRE
Jesus usava parábolas, metáforas e histórias; a Direita quer controlar o pensamento crítico.
APROPRIAÇÃO DA FÉ COMO IDEOLOGIA
Jesus era subversivo à ordem vigente; a Direita transforma Jesus em mascote ideológico de poder e status quo.



EXALTAÇÃO DA VIOLÊNCIA ARMADA
Jesus mandou Pedro guardar a espada; a Direita cultua armas como solução.
REJEIÇÃO AO ESTRANGEIRO
Jesus exaltou o bom samaritano, um estrangeiro; a Direita propaga xenofobia e fechamento de fronteiras.
PROMOÇÃO DO PATRIARCADO AUTORITÁRIO
Jesus valorizou as mulheres e quebrou barreiras de gênero; a Direita reforça estruturas patriarcais de submissão.
DEFESA DE PRÁTICAS NEOCOLONIALISTAS
Jesus denunciava a opressão de impérios; a Direita apoia modelos que exploram povos e territórios pobres.
CRIMINALIZAÇÃO DA SOLIDARIEDADE
Jesus foi acusado por ajudar no sábado; a Direita criminaliza movimentos e organizações populares solidárias.
NEGLIGÊNCIA COM O MEIO AMBIENTE
Jesus usava a natureza como exemplo divino; a Direita destrói florestas em nome do lucro.
DEFESA DA “MERITOCRACIA” INJUSTA
Jesus falou: “os últimos serão os primeiros”; a Direita diz que só vence quem “merece”, ignorando desigualdades.
ESTÍMULO À COMPETIÇÃO SELVAGEM
Jesus promoveu a partilha e a cooperação; a Direita sustenta o individualismo competitivo.
RELATIVIZAÇÃO DO ASSASSINATO DE INOCENTES
Jesus foi executado pelo Estado; a Direita justifica mortes de inocentes em “operações de segurança”.
INDIFERENÇA ÀS CRIANÇAS EM VULNERABILIDADE
Jesus dizia: “quem recebe uma criança em meu nome, a mim recebe”; a Direita corta verbas de creches e educação infantil.
DESMANTELAMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS
Jesus curava gratuitamente; a Direita desmonta sistemas públicos de saúde e educação.
TOLERÂNCIA À FOME E MISÉRIA
Jesus multiplicou os pães para alimentar a multidão; a Direita diz que “não se pode dar o peixe”.
PROMOÇÃO DE UM DEUS CASTIGADOR
Jesus revelou um Deus de amor e perdão; a Direita sustenta um Deus de punição e exclusão.
RECHAÇO AO UNIVERSALISMO CRISTÃO
Jesus dizia que todos seriam acolhidos; a Direita defende salvação exclusiva de quem pensa igual a ela.
MISTURA ENTRE IGREJA E PODER
Jesus disse: “meu reino não é deste mundo”; a Direita busca tomar o Estado em nome da religião.
NEGAÇÃO DA DOR DO PRÓXIMO
Jesus via e sentia a dor alheia; a Direita naturaliza sofrimento como “culpa do indivíduo”.
PREGAR O MEDO EM VEZ DO AMOR
Jesus dizia “não tenham medo”; a Direita usa o medo como ferramenta de controle político.
CONVERSÃO DE IGREJAS EM NEGÓCIOS
Jesus expulsou os vendedores do templo; a Direita transforma templos em espaços de lucro e manipulação.
PROMESSA DE RIQUEZA COMO FÉ
Jesus ensinava que a vida não consiste na abundância de bens; a Direita abraça o “evangelho da prosperidade”.
EXCLUSÃO DOS PECADORES
Jesus comia com publicanos e prostitutas; a Direita prega pureza e rejeita os que falham.
RESISTÊNCIA A DIÁLOGOS MULTICULTURAIS
Jesus dialogava com samaritanos, gregos e romanos; a Direita repele tudo que é diferente como ameaça.
VINCULAÇÃO A LÍDERES MENTIROSOS
Jesus disse: “seja o vosso sim, sim; e o vosso não, não”; a Direita muitas vezes defende líderes notoriamente mentirosos.
ACEITAÇÃO DA INJUSTIÇA COMO ORDEM NATURAL
Jesus questionava sistemas injustos; a Direita diz que “a vida é assim mesmo”.
RESISTÊNCIA À VERDADE CIENTÍFICA
Jesus valorizava o conhecimento e a sabedoria; a Direita combate ciência em favor de dogmas ideológicos.
DISTORÇÃO DAS ESCRITURAS PARA PODER
Jesus combatia os que usavam a Lei para oprimir; a Direita manipula a Bíblia para justificar opressões.
CEGUEIRA À DOR COLETIVA
Jesus sentia compaixão das multidões; a Direita só vê “méritos individuais”.
ALIANÇAS COM SISTEMAS DE DOMINAÇÃO GLOBAL
Jesus denunciava César; a Direita se submete a interesses de potências imperialistas.
DESRESPEITO À LIBERDADE DE EXPRESSÃO CRÍTICA
Jesus permitia perguntas e dúvidas; a Direita censura quem questiona seu discurso.
MÍSTICA DA GUERRA “SANTA”
Jesus pregava a paz e o perdão dos inimigos; a Direita glorifica guerras e conquistas em nome de Deus.
RENÚNCIA À CRUZ DO SERVIÇO
Jesus lavou os pés dos discípulos e morreu na cruz; a Direita quer dominar, nunca servir.





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001   CULTIVO DO INDIVIDUALISMO
A Direita exalta o mérito pessoal e o sucesso individual, enquanto Jesus ensinava a comunhão, a partilha e o cuidado mútuo.

QUEM SEGUE JESUS NÃO EXALTA O INDIVIDUALISMO
O individualismo promovido pela Direita, centrado no mérito pessoal e no acúmulo de bens, está em contraste com os ensinamentos de Jesus. Cristo viveu e ensinou a partilha e o cuidado mútuo, afirmando que “o maior entre vocês deverá ser servo” (Marcos 10:43-45). Ele repreendeu o rico que acumulava para si mesmo (Lucas 12:16-21) e orientou o jovem rico a vender seus bens e dar aos pobres (Lucas 18:22). Como destaca Leonardo Boff em Jesus Cristo Libertador, Jesus se colocou ao lado dos excluídos e viveu em função dos outros, postura oposta ao individualismo meritocrático.


A SOLIDARIEDADE DA ESQUERDA REFLETE AS OVELHAS DE MATEUS 25
A Esquerda, ao valorizar justiça social, distribuição de renda e políticas de inclusão, reflete melhor o espírito das “ovelhas” de Mateus 25:31-46. Jesus elogia aqueles que alimentam os famintos, acolhem os estrangeiros e cuidam dos necessitados — ações fundamentadas na solidariedade coletiva. Teólogos como Gustavo Gutiérrez defendem essa “opção pelos pobres” como central na prática de Jesus, alinhando-se com propostas que visam transformar estruturas injustas. Assim, a postura solidária da Esquerda se aproxima mais do projeto de Reino anunciado por Cristo.



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002   EXALTAÇÃO DA RIQUEZA
Jesus advertiu contra os ricos e afirmou que é difícil para eles entrarem no Reino de Deus, mas a Direita glorifica milionários e bilionários.

QUEM ADMIRA RICOS NÃO SEGUE O EXEMPLO DE JESUS
A valorização de milionários e bilionários pela Direita entra em choque direto com os ensinamentos de Jesus. Ele afirmou que “é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus” (Mateus 19:24). Também contou parábolas duras contra a acumulação, como a do rico insensato (Lucas 12:16-21) e do homem rico que ignorava Lázaro (Lucas 16:19-31). Segundo o teólogo Jon Sobrino, em Jesus, o Libertador, Cristo desmascarava os mecanismos de poder e riqueza que excluíam os pobres, revelando que a glorificação dos ricos é incompatível com o discipulado cristão.


A ESQUERDA LUTA POR UM MUNDO SEM ABISMOS SOCIAIS
A Esquerda, ao combater a concentração de riqueza e defender políticas redistributivas, alinha-se mais com o espírito do Evangelho. Em Mateus 25, Jesus elogia os que cuidam dos pobres e excluídos — ações que refletem princípios econômicos mais solidários, como os defendidos pela Esquerda. Leonardo Boff, em A Oração de São Francisco, afirma que “a espiritualidade de Jesus nos leva a romper com a lógica da acumulação e abraçar a partilha.” Assim, a luta por justiça econômica torna a Esquerda mais parecida com as ovelhas compassivas que herdam o Reino.




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003   DEFESA DO ACÚMULO DE BENS
Enquanto Jesus mandou o jovem rico vender tudo e dar aos pobres, a Direita vê a acumulação como sinal de bênção e competência.

QUEM VALORIZA ACÚMULO IGNORA O ENSINO DE JESUS
Jesus confrontou diretamente a ideia de acumular bens como virtude. Quando o jovem rico se aproximou dele, a resposta foi clara: “Vá, venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres” (Marcos 10:21). O apego às riquezas foi o motivo da tristeza daquele jovem e da advertência que Jesus fez sobre os perigos do acúmulo (Marcos 10:23-25). Em O Seguimento de Jesus, Dietrich Bonhoeffer explica que seguir Cristo exige renúncia, inclusive da segurança que os bens materiais parecem oferecer. A Direita, ao associar acúmulo à bênção e mérito, adota uma lógica oposta à do Evangelho.


A ESQUERDA PROPÕE PARTILHA EM VEZ DE ACÚMULO
A Esquerda política busca alternativas econômicas que limitem o acúmulo e promovam a partilha, por meio de políticas públicas, taxação dos ricos e acesso igualitário a recursos. Essas propostas ecoam o espírito de Mateus 25, onde Jesus se identifica com os necessitados e elogia os que os servem. Gustavo Gutiérrez, em Teologia da Libertação, afirma que “não há amor a Deus sem justiça ao pobre.” A Esquerda, mesmo com suas limitações, se aproxima mais da ética do Reino ao propor um mundo onde ninguém tenha demais enquanto outros nada têm.




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004   DESPREZO AOS POBRES
Jesus acolheu, amou e valorizou os pobres. Já muitos políticos de Direita os culpam por sua própria miséria.

QUEM CULPA OS POBRES NÃO SEGUE O CORAÇÃO DE JESUS
Jesus não apenas acolheu os pobres, como declarou: “Bem-aventurados os pobres, porque deles é o Reino de Deus” (Lucas 6:20). Ele viveu entre os marginalizados, comeu com os excluídos e jamais os culpou por sua condição. Ao contrário, criticou os ricos e poderosos que oprimem os fracos (Lucas 20:47). Culpabilizar os pobres pela própria miséria, como faz parte da retórica Direitista, revela desconhecimento do espírito do Evangelho. Como afirma Frei Betto em A mosca azul, Jesus “não queria que os pobres se resignassem, mas que fossem libertos do jugo da opressão”.


A ESQUERDA ENXERGA OS POBRES COMO PRIORIDADE DO REINO
A Esquerda, ao reconhecer os pobres como vítimas de um sistema desigual, se aproxima da visão de Jesus sobre dignidade e justiça. Em Mateus 25, o próprio Cristo se identifica com os famintos, sedentos e nus, e chama de benditos aqueles que os servem. Leonardo Boff, em Jesus e o Projeto de Reino, reforça que o cuidado com os pobres não é assistencialismo, mas exigência de fé. A Esquerda, ao lutar por direitos e inclusão dos marginalizados, se mostra mais próxima das “ovelhas” que reconhecem Jesus no rosto dos pobres.



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005   ELITISMO SOCIAL
A Direita costuma valorizar elites empresariais e políticas; Jesus exaltava os humildes e derrubava os poderosos de seus tronos.

JESUS CONDENAVA A EXALTAÇÃO DOS PODEROSOS
Ao valorizar as elites e manter estruturas de poder excludentes, a Direita se distancia da postura de Jesus. No cântico de Maria, Ele é anunciado como aquele que “derruba do trono os poderosos e exalta os humildes” (Lucas 1:52). Jesus preferia os pequenos: sentava-se com pescadores, mulheres marginalizadas e pecadores públicos. Em Jesus de Nazaré, José Antonio Pagola afirma que “Jesus não buscou os centros de poder, mas as periferias da existência humana.” Quem idolatra elites econômicas e políticas trai o chamado à humildade e à justiça do Evangelho.


A ESQUERDA ELEVA OS HUMILDES, COMO FEZ JESUS
A Esquerda, ao colocar os oprimidos no centro das políticas públicas e questionar privilégios de classe, reflete o espírito do Reino de Deus. Em Mateus 25, Jesus identifica-se com os que estão em necessidade, não com os que governam e acumulam. Como escreve Frei Clodovis Boff em Cristologia da Libertação, “Cristo assume a causa dos pobres contra os poderosos que os oprimem.” O compromisso com a igualdade e a dignidade dos pequenos torna a Esquerda mais semelhante às ovelhas compassivas que Jesus reconhece como suas.



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006   MILITARISMO
A Direita promove armas e forças armadas como símbolo de ordem; Jesus mandou Pedro guardar a espada e ensinou a amar os inimigos.

JESUS REPUDIOU A VIOLÊNCIA E O USO DA ESPADA
Ao promover armas, força militar e soluções pela repressão, a Direita nega o caminho de paz trilhado por Jesus. No momento da prisão, Pedro usou uma espada para defender Jesus, mas foi imediatamente repreendido: “Guarda a tua espada, pois todos os que usam a espada, pela espada morrerão” (Mateus 26:52). Jesus não apenas rejeitou a violência como método, mas também ensinou: “Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem” (Mateus 5:44). Segundo Henri Nouwen, em O Caminho do Coração, o verdadeiro discípulo de Cristo escolhe a não-violência como estilo de vida.


A ESQUERDA PROPÕE PAZ E JUSTIÇA SOCIAL EM VEZ DE ARMAS
A Esquerda, com sua crítica ao militarismo e foco em justiça social, se aproxima do ideal evangélico de paz ativa. Em Mateus 25, as “ovelhas” são aquelas que cuidam, não as que impõem controle com armas. Como aponta Leonardo Boff em Jesus Cristo Libertador, a violência é expressão de um mundo desigual e opressor; a resposta cristã é a transformação pela misericórdia. Ao priorizar políticas de desmilitarização, mediação de conflitos e combate à violência estrutural, a Esquerda reflete mais claramente a proposta de Jesus de um Reino sem espada e sem opressão.



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007   NACIONALISMO EXACERBADO
Jesus pregava um Reino sem fronteiras, acolhedor a todos os povos; a Direita muitas vezes promove xenofobia e patriotismo radical.

JESUS NÃO ERGUIA MUROS, ELE ABRIA CAMINHOS
O nacionalismo exacerbado, que levanta fronteiras e desconfiança entre povos, é oposto ao Evangelho de Jesus. Ele elogiou a fé de estrangeiros, como o centurião romano (Mateus 8:10) e a mulher siro-fenícia (Marcos 7:24-30), e ensinou que “muitos virão do Oriente e do Ocidente e se sentarão à mesa com Abraão no Reino” (Mateus 8:11). No Evangelho de João (10:16), Jesus afirma: “Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco.” Como lembra John Stott em O Cristão e a Sociedade Contemporânea, o cristianismo é essencialmente universalista e rompe com qualquer etnocentrismo ou patriotismo excludente.


A ESQUERDA VÊ A HUMANIDADE COMO UMA FAMÍLIA GLOBAL
A Esquerda, ao defender direitos dos imigrantes, refugiados e povos marginalizados, age como as “ovelhas” de Mateus 25: acolhe o estrangeiro, alimenta o faminto, abriga o desabrigado. Jesus se identificou com os que sofrem e não com os que defendem bandeiras acima da compaixão. Como diz Jon Sobrino em Jesus, o Libertador, “a solidariedade é o critério para julgar as nações e as pessoas.” Ao recusar o exclusivismo patriótico e promover a fraternidade entre povos, a Esquerda ecoa o Reino de Deus sem fronteiras que Jesus anunciou.



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008   REPRESSÃO A MOVIMENTOS SOCIAIS
Enquanto Jesus defendeu oprimidos e enfrentou autoridades injustas, a Direita costuma criminalizar greves, ocupações e protestos.

JESUS ENFRENTOU O SISTEMA EM FAVOR DOS OPRIMIDOS
Criminalizar protestos sociais é incompatível com o exemplo de Jesus, que desafiou diretamente as autoridades religiosas e políticas injustas de seu tempo. Ele entrou no templo, virou as mesas dos exploradores e denunciou a hipocrisia dos líderes (Mateus 21:12-13; 23:23-28). Jesus também disse: “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça” (Mateus 5:6), incentivando a busca ativa por mudanças. Segundo Richard Horsley, em Jesus and Empire, o ministério de Jesus foi um movimento popular de resistência contra sistemas opressivos, e não de submissão ao poder instituído.


A ESQUERDA DEFENDE QUEM LUTA POR JUSTIÇA COLETIVA
A Esquerda apoia movimentos sociais que exigem terra, moradia, salário digno e igualdade — direitos básicos frequentemente negados pelos sistemas mantidos pela Direita. Essa atitude reflete o espírito de Mateus 25, em que Jesus se identifica com os que têm sede, fome e estão presos, ou seja, com os que lutam por dignidade. Leonardo Boff, em Igreja: Carisma e Poder, destaca que os pobres organizados em movimentos sociais são sujeitos históricos de libertação, e isso os aproxima da proposta do Reino de Deus: um mundo em que a justiça se realiza na prática.



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009   RACISMO ESTRUTURAL
Jesus se aproximava dos marginalizados (como samaritanos e gentios), enquanto a Direita frequentemente ignora ou reforça estruturas racistas.




'10<<< >>> ÍNDICE      zzz


010   DISCRIMINAÇÃO CONTRA MULHERES
Jesus valorizou as mulheres, permitiu que o seguissem e as ensinou; já a Direita frequentemente as relega a papéis secundários.




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011   MECANISMOS DE EXCLUSÃO
Jesus acolheu marginalizados; a Direita impõe políticas que excluem pobres, migrantes e LGBTQIA+ de direitos e dignidade.

JESUS ROMPEU BARREIRAS DE EXCLUSÃO
As atitudes da Direita que sustentam políticas de exclusão — negando direitos a pobres, migrantes e pessoas LGBTQIA+ — revelam um distanciamento radical da prática de Jesus. Ele se aproximava dos marginalizados: tocou leprosos (Mateus 8:2-3), acolheu estrangeiros (Lucas 7:1-10), comeu com pecadores e publicanos (Marcos 2:15-17) e escolheu como herói de sua parábola um samaritano, povo desprezado pelos judeus (Lucas 10:25-37). O teólogo José Comblin, em O Caminho – Jesus Cristo e o Seguimento, afirma que a essência do seguimento de Jesus está no acolhimento incondicional aos excluídos. Políticas que restringem direitos com base em classe, origem ou identidade ignoram completamente o coração da ética do Reino.


A ESQUERDA BUSCA INCLUSÃO E DIGNIDADE A TODOS
A Esquerda político-econômica, por sua base ideológica, propõe políticas públicas que visam garantir dignidade, cidadania e direitos sociais a grupos historicamente marginalizados. Isso inclui defender migrantes, minorias étnicas, pessoas em situação de rua e LGBTQIA+. Essa postura inclusiva encontra forte eco nas palavras de Jesus em Mateus 25:35-40, quando Ele se identifica com os famintos, estrangeiros e presos — os que mais sofrem com a exclusão social. A teologia da libertação, defendida por nomes como Frei Betto e Gustavo Gutiérrez, reforça que o seguimento de Jesus passa pela opção preferencial pelos pobres e excluídos, sendo a inclusão um sinal concreto do Reino de Deus.




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012   PRIORIDADE AO LUCRO SOBRE VIDAS
Jesus curava no sábado e colocava a vida acima da lei; a Direita prefere a economia funcionando, mesmo ao custo de vidas humanas.




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013   DESPREZO PELA SAÚDE PÚBLICA
A Direita, ao defender privatizações, ataca sistemas universais como o SUS; Jesus, por outro lado, curava gratuitamente a todos.

JESUS CUIDAVA SEM COBRAR
Jesus jamais condicionou a cura ou o cuidado ao pagamento ou à posição social de alguém. Ele atendeu leprosos (Lucas 17:11-19), cegos (João 9:1-7), paralíticos (Marcos 2:1-12) e enfermos de todos os tipos — gratuitamente, por compaixão. A defesa da privatização da saúde por parte da Direita, ao contrário, transforma o cuidado com o corpo em mercadoria, acessível apenas a quem pode pagar. Esse modelo se opõe diretamente ao modo de agir de Jesus, que considerava o sofrimento humano como prioridade absoluta. Como afirma Frei Betto em Jesus, o Cristo Libertador, a ação de Jesus tem uma dimensão profundamente pública e gratuita, voltada a restaurar vidas, não a protegê-las segundo o saldo bancário de cada um.


A ESQUERDA VALORIZA A SAÚDE COMO DIREITO
As políticas de saúde pública defendidas pela Esquerda, como o fortalecimento do SUS no Brasil, representam um compromisso com o cuidado coletivo e o acesso universal. Essa visão se alinha à ética do Reino de Deus, onde todos são acolhidos sem distinção. No grande julgamento de Mateus 25, as "ovelhas" são elogiadas por visitarem os enfermos — ou seja, por se importarem com a saúde dos outros. O teólogo Enrique Dussel, em Ética da Libertação, argumenta que uma sociedade justa é aquela que protege a vida dos mais frágeis, especialmente no campo da saúde. Assim, a Esquerda se mostra mais coerente com o Jesus que curava por amor e nunca por lucro.



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014   MERCANTILIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
A Direita promove educação como negócio, excluindo os mais pobres; Jesus ensinava livremente a todos, até crianças e mulheres.

JESUS ENSINAVA A TODOS, SEM COBRAR
Jesus não apenas ensinava sem exigir pagamento, como também fazia questão de incluir em seus ensinamentos aqueles que eram excluídos pela elite religiosa e social da época — como crianças, mulheres e estrangeiros (Lucas 10:38-42; Marcos 10:13-16; João 4:7-26). A prática da Direita em transformar a educação em mercadoria, acessível apenas a quem pode pagar, vai contra esse exemplo do Mestre. Jesus afirmava: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32), e ele mesmo se apresentava como “o caminho, a verdade e a vida” (João 14:6), entregando conhecimento para libertar, não para lucrar. Paulo Freire, em Pedagogia do Oprimido, destaca que a educação libertadora deve ser dialógica e acessível a todos — conceito que se harmoniza com o ensino público e gratuito promovido por Jesus.


A ESQUERDA DEFENDE O CONHECIMENTO COMO DIREITO
A Esquerda, ao defender uma educação pública, gratuita e inclusiva, se aproxima mais da pedagogia de Jesus, que ensinava com compaixão, simplicidade e abertura para todos. O compromisso com o acesso universal à educação, inclusive para os mais pobres, representa um esforço concreto de construir um mundo mais justo — como o Reino de Deus proposto por Jesus. No grande julgamento em Mateus 25, os justos são acolhidos por terem se importado com os marginalizados, o que pode incluir também o oferecimento de oportunidades educacionais como forma de dignidade e inclusão. Leonardo Boff, em Jesus Cristo Libertador, afirma que Jesus colocava os pequenos no centro do projeto do Reino. A educação popular, promovida por movimentos sociais ligados à Esquerda, resgata essa perspectiva e devolve ao povo o direito de aprender e transformar a realidade.




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015   ATAQUE A POLÍTICAS DE CUIDADO
Enquanto Jesus elogiava o bom samaritano, a Direita chama de “esquerdismo” qualquer esforço de solidariedade institucional.

JESUS EXALTOU O CUIDADO AO PRÓXIMO
A parábola do bom samaritano (Lucas 10:25-37) é um dos ensinamentos mais contundentes de Jesus sobre solidariedade prática e institucional. Nela, ele elogia aquele que, movido por compaixão, se compromete com o bem-estar de um estranho, independentemente de vínculos religiosos, étnicos ou políticos. O comportamento da Direita, ao ridicularizar ou desprezar políticas públicas de cuidado, como assistência social, moradia, saúde mental e acolhimento de vulneráveis, demonstra um afastamento direto dos valores ensinados por Cristo. Jesus dizia: “Vai e faze tu o mesmo” (Lucas 10:37), ou seja, cuide, assuma responsabilidade social. Ignorar esse chamado e tachar políticas de cuidado como “esquerdismo” é, portanto, recusar-se a viver como discípulo de Jesus. O teólogo Jon Sobrino, em Jesus, o Libertador, destaca que o centro da ética cristã é a misericórdia ativa diante do sofrimento humano.


A ESQUERDA COMO EXPRESSÃO DO CUIDADO EVANGÉLICO
A Esquerda, em sua essência política mais humanista, valoriza a solidariedade institucionalizada: políticas públicas de assistência, programas de proteção social, amparo às minorias e inclusão dos esquecidos. Tais práticas refletem o espírito do bom samaritano, e, por isso, aproximam-se dos que são chamados “benditos de meu Pai” em Mateus 25:34-36 — aqueles que cuidaram dos famintos, sedentos, enfermos e marginalizados. Em Teologia da Libertação, Gustavo Gutiérrez explica que a ação política voltada aos pobres e vulneráveis é uma continuação do projeto do Reino de Deus na história. Assim, quando a Esquerda luta por sistemas de cuidado, ela ecoa a prática do próprio Cristo, que viveu para os outros, sobretudo os que estavam esquecidos pelo poder e desprezados pelas elites.



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016   VALORIZAÇÃO DO COMPETITIVISMO
Jesus exaltava os últimos; a Direita valoriza os vencedores e o mercado meritocrático.

JESUS EXALTOU OS ÚLTIMOS, NÃO OS “VENCEDORES”
O comportamento capitalista e direitista que valoriza os “vencedores” e o mérito individual, exaltando a competição e o sucesso material, vai na contramão da lógica do Reino de Deus. Jesus declarou: “Os últimos serão os primeiros” (Mateus 20:16) e confrontou diretamente os sistemas de prestígio social e econômico. Em Marcos 10:43-44, ele ensinou que “quem quiser ser o maior, seja o servo de todos”, invertendo a lógica competitiva. A meritocracia promovida pela Direita ignora contextos sociais desiguais e perpetua uma idolatria do sucesso, da força e da eficiência — valores combatidos por Jesus em suas parábolas e no exemplo da cruz. Segundo Leonardo Boff, em Jesus Cristo Libertador, o Cristo histórico rejeitou o caminho do poder e do prestígio, e escolheu identificar-se com os desprezados.


A ESQUERDA VALORIZA A IGUALDADE E A JUSTIÇA SOCIAL
A política de Esquerda busca reduzir desigualdades estruturais e garantir que os “últimos” da sociedade tenham dignidade e acesso a oportunidades reais, refletindo o espírito evangélico. Em vez de exaltar a competição, promove cooperação, redistribuição de renda e políticas afirmativas — atitudes que lembram as “ovelhas” de Mateus 25, que cuidaram dos famintos, sedentos e marginalizados. Frei Betto, em A Opção pelos Pobres, mostra como a proposta da Esquerda se alinha ao projeto de Jesus, que veio “para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (João 10:10). O evangelho não celebra os que “vencem” em um mercado excludente, mas os que dividem o pão, acolhem os pequenos e praticam a justiça.



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APOIO A POLÍTICAS PUNITIVISTAS
Jesus impediu o apedrejamento da adúltera; a Direita clama por mais prisões, penas duras e a redução da maioridade penal.

JESUS PERDOOU ONDE A DIREITA QUER PUNIR
A defesa de políticas punitivistas, como o endurecimento penal e a redução da maioridade, revela uma postura oposta ao espírito do evangelho. Jesus, ao impedir o apedrejamento da mulher adúltera (João 8:1-11), não apenas evitou uma pena de morte legalmente prevista, mas também expôs a hipocrisia de uma justiça baseada na punição sem misericórdia. “Quem dentre vós estiver sem pecado, atire a primeira pedra” foi uma denúncia ao legalismo violento. Jesus optou por restaurar vidas em vez de destruí-las, oferecendo uma nova chance ao invés de condenação. Como lembra Henri Nouwen, em O Retorno do Filho Pródigo, a compaixão de Jesus ultrapassa a lógica retributiva da justiça humana, revelando o coração do Pai, que é misericordioso.


A ESQUERDA BUSCA JUSTIÇA RESTAURATIVA, NÃO VINGATIVA
Diferente da Direita, que frequentemente defende a ampliação do encarceramento e da repressão policial, a Esquerda propõe justiça restaurativa, políticas de ressocialização e investimento em prevenção, refletindo mais o espírito do evangelho. As políticas sociais que buscam compreender as causas do crime e transformar estruturas de exclusão se alinham ao exemplo de Jesus, que veio “buscar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19:10). O sociólogo Loïc Wacquant, em As Prisões da Miséria, critica o modelo punitivo neoliberal e demonstra como ele atinge desproporcionalmente os pobres e marginalizados — justamente aqueles com quem Jesus mais se identificava. Assim, a Esquerda representa as “ovelhas” de Mateus 25: aquelas que visitam os presos, cuidam dos rejeitados e promovem reconciliação, não vingança.



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018   PRIVILÉGIO DOS MAIS FORTES
Jesus disse que os últimos seriam os primeiros; a Direita privilegia empresários, latifundiários e banqueiros.

JESUS INVERTEU A ORDEM DOS PRIVILÉGIOS
O comportamento capitalista de Direita, que privilegia os poderosos — como empresários, latifundiários e banqueiros —, revela uma lógica oposta à do Reino de Deus proclamado por Jesus. Em Lucas 13:30, Jesus afirmou: “Eis que há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos”, invertendo as hierarquias sociais do seu tempo. O próprio Cristo nasceu entre os pobres, viveu entre os marginalizados e condenou os ricos que acumulavam bens sem se importar com os necessitados (Lucas 6:24; Lucas 12:16-21). A exaltação dos que dominam economicamente contrasta com o chamado de Jesus para servir (Marcos 10:42-45) e com sua repreensão aos que se engrandecem. Leonardo Boff, em Jesus Cristo Libertador, afirma que Jesus rompe com estruturas que mantêm os fortes no topo, oferecendo uma nova ética de comunhão e partilha.


A ESQUERDA DEFENDE OS ÚLTIMOS, COMO JESUS FEZ
A proposta político-econômica da Esquerda, que prioriza políticas públicas para trabalhadores, pequenos produtores, povos indígenas, população negra e camadas mais vulneráveis, está mais alinhada à ética do evangelho. Ela reflete o ensinamento de Jesus no sermão da montanha: “Bem-aventurados os pobres, porque deles é o Reino de Deus” (Lucas 6:20). O teólogo Jon Sobrino, em Jesus, o Libertador, destaca que a práxis de Jesus era preferencialmente voltada aos pobres, como expressão da vontade do Pai. Ao propor redistribuição de renda, regulação do mercado e políticas de proteção social, a Esquerda se aproxima das “ovelhas” de Mateus 25: aquelas que não adoram o poder, mas reconhecem Jesus no pobre, no faminto, no doente e no estrangeiro. Ao invés de fortalecer os fortes, ela busca erguer os caídos.



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019   INDIFERENÇA ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS
Jesus usava a natureza como linguagem divina; a Direita frequentemente destrói florestas e prioriza o agronegócio predador.

JESUS REVELAVA DEUS NA CRIAÇÃO, NÃO NA SUA DESTRUIÇÃO
A postura da Direita capitalista, ao favorecer práticas que promovem a devastação ambiental — como o desmatamento e o incentivo ao agronegócio predatório —, mostra-se incompatível com a espiritualidade de Jesus, que enxergava a natureza como expressão do Reino de Deus. Nas parábolas, Jesus recorre constantemente à linguagem dos lírios do campo, das aves do céu, da semente, da videira e do trigo (Mateus 6:26-30; João 15:1-8), revelando uma profunda reverência pelo mundo natural como sinal da presença divina. Ao destruir florestas e poluir rios em nome do lucro, não se imita aquele que “acalmou o mar” e demonstrou cuidado com a criação (Marcos 4:39). Segundo Leonardo Boff, em Ecologia: Grito da Terra, Grito dos Pobres, o cuidado com a Terra é expressão do cuidado com o próximo e com Deus — e ignorar isso é trair a ética cristã.


A ECOLOGIA SOCIAL É UMA OPÇÃO PREFERENCIAL PELOS POBRES E PELA VIDA
A Esquerda político-econômica, ao pautar-se por políticas de proteção ambiental, reforma agrária ecológica e justiça climática, demonstra maior afinidade com o estilo de Jesus, que enxergava o mundo como dom sagrado. O Papa Francisco, na encíclica Laudato Si’, afirma que o cuidado com a casa comum é inseparável do cuidado com os mais pobres, pois são eles os primeiros a sofrer com a degradação ambiental. Essa abordagem integral remete diretamente ao grande julgamento de Mateus 25, onde o critério da salvação é o cuidado com o outro, que se estende também à criação, pois tudo está interligado. A Esquerda, ao defender comunidades ribeirinhas, povos indígenas e políticas sustentáveis, aparece mais como as “ovelhas” que cuidam, alimentam e protegem a vida — humana e não-humana — à imagem do Bom Pastor.



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020   DEFESA DE PRIVATIZAÇÕES DE DIREITOS
Jesus multiplicou pães e peixes; a Direita quer que todos paguem por tudo: saúde, água, energia, educação.

JESUS COMPARTILHAVA, NÃO PRIVATIZAVA OS DONS DE DEUS
A prática da Direita capitalista de defender a privatização de direitos essenciais — como saúde, água, energia e educação — revela um afastamento claro do exemplo de Jesus. Em vez de restringir os bens da vida, Jesus multiplicava e distribuía gratuitamente o que era necessário à sobrevivência humana, como no episódio da multiplicação dos pães e peixes (Marcos 6:30-44). Ele não pediu pagamento, nem impôs condições. Pelo contrário, em Mateus 10:8, orienta: “De graça recebestes, de graça dai.” A lógica de mercado que transforma necessidades humanas em produtos de consumo contraria frontalmente a ética do Reino, que é baseada no dom, na partilha e na solidariedade. Como aponta Jon Sobrino em Jesus, el Hombre que se hizo Dios, Jesus revela Deus no gesto de se compadecer das multidões famintas e de criar abundância onde havia escassez — jamais em lucrar com a necessidade.


O COMPROMISSO COM OS BENS COMUNS É SINAL DAS OVELHAS DE MATEUS 25
A Esquerda político-econômica, quando luta pela universalização de direitos e pelo fortalecimento de serviços públicos, como o SUS, a educação gratuita e o acesso à água e energia, reflete muito mais a prática de Jesus do que a Direita neoliberal. Ao reconhecer que certos bens não podem ser mercantilizados, mas devem estar garantidos a todos, especialmente aos mais pobres, os projetos de esquerda ecoam o julgamento escatológico de Mateus 25:35-36: “Tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber...” A ênfase em políticas redistributivas aproxima a Esquerda das “ovelhas” que cuidam dos necessitados, ao contrário do individualismo meritocrático da Direita. Frei Betto, em Fidel e a Religião, também reforça que o compromisso com os pobres passa pela defesa dos direitos sociais como dever ético de uma sociedade justa — e essa foi justamente a missão encarnada por Jesus.



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021   CONSERVADORISMO MORAL HIPÓCRITA
Jesus confrontou fariseus que impunham normas aos outros; a Direita impõe moralismo enquanto tolera corrupção e opressão.

JESUS REJEITOU A HIPOCRISIA MORALISTA DOS RELIGIOSOS
O conservadorismo moral promovido por setores da Direita, ao impor regras severas sobre sexualidade, comportamento e família, enquanto fecha os olhos para injustiças, opressões e corrupção, revela uma conduta similar à dos fariseus criticados por Jesus. Em Mateus 23:27-28, Jesus denuncia: “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Pois sois semelhantes aos sepulcros caiados... por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia.” A moralidade exigida aos outros serve como véu para ocultar alianças com poderes opressores, o acúmulo de riquezas e o desprezo pelos pobres. Como aponta José Antonio Pagola, em Jesus – Aproximação Histórica, o foco de Jesus nunca foi uma moral sexual rígida, mas a prática da misericórdia, da justiça e do cuidado com os marginalizados — exatamente o oposto do legalismo hipócrita que ele condenava.


A ÉTICA DO CUIDADO E DA VERDADE LIBERTA É MAIS PRESENTE NA ESQUERDA
A Esquerda político-econômica, ainda que muitas vezes criticada por rejeitar códigos morais tradicionais, demonstra maior compromisso com a verdade libertadora e com os princípios de justiça e equidade que Jesus valorizava. Em Mateus 25:40, as “ovelhas” do julgamento final são aquelas que praticaram o amor concreto: “Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes.” Essa ética baseada no cuidado e na ação, e não em aparências ou julgamentos morais, se alinha com o Evangelho. Leonardo Boff, em Jesus Cristo Libertador, argumenta que o cristianismo autêntico está mais relacionado à libertação dos oprimidos e à denúncia das estruturas injustas do que à defesa de normas morais impostas de cima para baixo. Assim, a Esquerda, ao lutar contra as desigualdades e propor políticas de inclusão e acolhimento, caminha mais próxima da prática de Jesus do que os moralistas que o invocam apenas para punir.




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022   INTOLERÂNCIA RELIGIOSA
Jesus conversava com samaritanos e estrangeiros; a Direita muitas vezes demoniza outras religiões.

JESUS ROMPEU BARREIRAS RELIGIOSAS, SOCIAIS E ÉTNICAS
O comportamento da Direita, ao demonizar outras religiões — especialmente tradições afro-brasileiras e crenças não cristãs —, revela uma postura contrária à de Jesus, que nunca impôs barreiras de fé para acolher, dialogar ou salvar. No episódio da mulher samaritana (João 4:7-26), Jesus conversa abertamente com uma estrangeira desprezada pelos judeus de sua época, quebrando tabus religiosos e culturais. Também elogia a fé do centurião romano (Mateus 8:10), um pagão. Jesus não alimentou intolerância, mas pregou que “os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade” (João 4:23), não segundo uma etiqueta religiosa. Como mostra José Comblin em O Espírito Santo e a Libertação, Jesus derrubou os muros da exclusão religiosa, enquanto hoje, muitos cristãos de Direita levantam esses mesmos muros em nome de um moralismo identitário e de uma guerra cultural injustificada.


A ESQUERDA PROMOVE A CONVIVÊNCIA INTER-RELIGIOSA E O RESPEITO À DIVERSIDADE
A Esquerda político-social tende a respeitar a pluralidade religiosa e cultural, reconhecendo a dignidade e os direitos dos praticantes de todas as crenças. Tal postura se aproxima mais de Jesus, que será o juiz do grande julgamento de Mateus 25 e valorizará os que acolheram os diferentes, os estrangeiros, os famintos e os marginalizados — independentemente de sua confissão religiosa. Como afirma Frei Betto em Cristianismo e Política, o critério último do juízo cristão não é a afiliação religiosa, mas a prática da solidariedade. A Esquerda, ao promover o diálogo inter-religioso, a liberdade de culto e o combate ao racismo religioso, age de forma mais coerente com o espírito do Evangelho do Reino de Deus, onde “não há judeu nem grego... pois todos são um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28).





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023   MISTURA ENTRE RELIGIÃO E PODER
Jesus disse: “meu Reino não é deste mundo”; a Direita usa a religião para manipular votos e justificar opressão.

JESUS REJEITOU A POLITIZAÇÃO DA FÉ PARA DOMINAR
Ao dizer “meu Reino não é deste mundo” (João 18:36), Jesus deixou claro que sua missão não se confundia com o poder político ou com a dominação sobre os povos. Ele recusou ser coroado rei após multiplicar os pães (João 6:15), e ensinou que os líderes de seu Reino deveriam servir, não mandar (Marcos 10:42-45). A prática da Direita de instrumentalizar a religião para conquistar votos e legitimar estruturas opressoras — como a desigualdade, o autoritarismo e a intolerância — é, portanto, uma distorção da mensagem de Cristo. Leonardo Boff, em Jesus Cristo Libertador, ressalta que Jesus jamais usou a fé para se beneficiar do poder, mas confrontou os que misturavam religião com dominação, como os fariseus e os sacerdotes do Templo.


A ESQUERDA SE APROXIMA DO REINO DE DEUS AO SEPARAR PODER E FÉ
A Esquerda político-econômica, ao defender a laicidade do Estado, evita manipular a fé popular para fins eleitorais e respeita a autonomia da consciência religiosa. Isso está em harmonia com o espírito do Evangelho, onde o juízo de Deus recai não sobre o discurso religioso, mas sobre as ações concretas de solidariedade (Mateus 25:31-46). O teólogo Juan Luis Segundo, em Jesus de Nazaré: Ideologia ou Fé?, afirma que o Reino de Deus não se realiza por decretos ou alianças com imperadores, mas no serviço aos pobres, aos doentes e aos oprimidos. A Esquerda, ao priorizar justiça social sem condicionar políticas públicas à religião dominante, parece agir mais como as "ovelhas" do julgamento final, que serviram aos mais pequenos sem buscar recompensa religiosa ou política.





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024   CULTURA DE ARMAMENTO
Jesus ensinou o perdão, mas a Direita incentiva o porte e uso de armas como solução para segurança.

JESUS CONDENOU A VIOLÊNCIA E DEFENDEU O PERDÃO
O incentivo ao armamento pela Direita revela uma profunda distância em relação ao ensinamento de Jesus, que rejeitou explicitamente a violência como solução. Quando Pedro usou uma espada para defender Jesus, ele o repreendeu com firmeza: “Guarda a tua espada, pois todos os que lançam mão da espada morrerão à espada” (Mateus 26:52). Jesus ensinou a amar os inimigos, a oferecer a outra face (Mateus 5:38-44), e jamais promoveu a autodefesa armada. A defesa do armamento como meio de segurança pessoal reflete uma lógica de medo e dominação, incompatível com a confiança radical no amor e no perdão que sustentam o Evangelho. Como destaca Henri Nouwen em O Caminho do Coração, Jesus escolheu a vulnerabilidade e a compaixão, não o poder bélico.


A ESQUERDA PRIORIZA A PAZ E A PREVENÇÃO SOCIAL
A Esquerda, ao rejeitar a cultura do armamento e priorizar políticas de prevenção, justiça social e inclusão, manifesta maior proximidade com os valores de Jesus. Em vez de estimular o uso de armas, propõe o combate à violência por meio da equidade, da educação, da saúde pública e do cuidado com os mais vulneráveis — atitudes que se alinham com o espírito das "ovelhas" descritas por Jesus em Mateus 25:31-46. O teólogo José Comblin, em A Força da Palavra, argumenta que a violência armada sempre reforça o domínio dos poderosos e ameaça os pobres, ao passo que a fé cristã autêntica exige desarmamento dos corações e das mãos. Portanto, a recusa da Esquerda em promover armas de fogo reflete uma escolha mais próxima do Cristo que perdoa e cura, em vez de revidar.





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025   EXPLORAÇÃO DA FÉ PARA GANHO POLÍTICO
Jesus expulsou os vendilhões do templo; a Direita muitas vezes faz aliança com líderes religiosos que negociam apoio por poder.

JESUS REJEITOU O USO DA FÉ PARA LUCRO E PODER
O comportamento da Direita que instrumentaliza a fé para ganhos políticos e alianças eleitorais com líderes religiosos se distancia do exemplo de Jesus, que se revoltou contra a comercialização e manipulação religiosa. No episódio da purificação do Templo, Jesus expulsou os cambistas e comerciantes com firmeza: “Tirai daqui estas coisas; não façais da casa de meu Pai casa de negócio” (João 2:16). Essa atitude revela a intolerância de Cristo com a fé usada como moeda de troca, especialmente quando favorece poderosos e exclui os mais frágeis. O teólogo Leonardo Boff, em Jesus Cristo Libertador, aponta que Jesus sempre se posicionou contra a religião como instrumento de dominação e exploração, denunciando os que “devoram as casas das viúvas” (Marcos 12:40) enquanto fingem piedade.


A ESQUERDA DEFENDE A LAICIDADE E A JUSTIÇA SOCIAL
A Esquerda político-econômica, ao defender a separação entre religião e Estado e rejeitar o uso político da fé, aproxima-se mais do Evangelho de Jesus. Essa postura impede que a fé seja usada como ferramenta de opressão ou barganha de poder, e promove uma vivência espiritual mais autêntica e comprometida com os pobres. Em Mateus 25, as “ovelhas” do juízo final são acolhidas por terem praticado o amor concreto: deram de comer, visitaram os presos, acolheram os estrangeiros — ações que não dependem de alianças religiosas, mas de compaixão ativa. Frei Betto, em Um Homem Chamado Jesus, destaca que o Reino pregado por Cristo não se edifica com propaganda religiosa, mas com justiça, solidariedade e compromisso com os excluídos — valores que a Esquerda, em sua melhor expressão, busca concretizar.





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026   DESUMANIZAÇÃO DOS PRESOS
Jesus disse que visitá-lo é visitar os encarcerados; a Direita nega qualquer direito ou dignidade a presos.

JESUS SE IDENTIFICOU COM OS ENCARCERADOS
Negar dignidade aos presos, como frequentemente faz a Direita capitalista ao defender o abandono, a violência e a exclusão dos encarcerados, é contradizer frontalmente o ensinamento de Jesus. No grande julgamento escatológico descrito em Mateus 25:36, Jesus afirma: "Estive preso e foste me visitar", colocando-se no lugar dos encarcerados. Essa identificação direta com os marginalizados revela que quem ignora os presos também ignora o próprio Cristo. O teólogo Jon Sobrino, em Jesus, o Libertador, enfatiza que Jesus não apenas esteve entre os pecadores, mas ofereceu a eles esperança, dignidade e reconciliação. O ladrão arrependido na cruz (Lucas 23:43) foi acolhido no paraíso por Jesus, o que reforça a compaixão incondicional do Mestre para com os condenados pela justiça humana.


A ESQUERDA HUMANIZA E DEFENDE DIREITOS DOS PRESOS
A Esquerda, ao defender políticas públicas que respeitem os direitos humanos dos presos, age de forma mais coerente com os princípios do Evangelho. O sistema penal punitivista, promovido pela Direita, frequentemente se alia à desumanização e à exclusão total. Em contrapartida, políticas de reintegração, justiça restaurativa, acesso à educação e combate à tortura buscam reconhecer a humanidade dos detentos — postura alinhada ao que Jesus reconheceu como critério para herdar o Reino: “Sempre que fizestes isso a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mateus 25:40). Leonardo Boff, em Compaixão e Justiça, afirma que a verdadeira fé cristã não pode tolerar a exclusão dos que erraram, pois Jesus sempre ofereceu o perdão e a possibilidade de recomeço, jamais a condenação sem retorno.





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027   REJEIÇÃO AO REFUGIADO E IMIGRANTE
Jesus e seus pais foram refugiados no Egito; a Direita ergue muros, fecha fronteiras e despreza estrangeiros pobres.

JESUS FOI UM REFUGIADO PERSEGUIDO PELO PODER POLÍTICO
Ao erguer muros, fechar fronteiras e alimentar a rejeição aos refugiados e imigrantes pobres, a Direita nega o próprio caminho percorrido por Jesus e sua família. Em Mateus 2:13-15, José, Maria e o menino Jesus fogem para o Egito, tornando-se refugiados para escapar da perseguição de Herodes — um governante violento e controlador, símbolo do poder opressor. O gesto de Deus de se fazer humano em condição de vulnerabilidade máxima, como estrangeiro, revela uma espiritualidade que se opõe frontalmente à exclusão do “outro”. Teólogos como Henri Nouwen destacam que a espiritualidade cristã autêntica exige acolhimento do estranho, pois, segundo Hebreus 13:2, "sem saber, alguns acolheram anjos." Rejeitar o estrangeiro pobre é rejeitar a encarnação de Cristo nas margens da sociedade.


A ESQUERDA PROMOVE ACOLHIMENTO E SOLIDARIEDADE INTERNACIONALISTA
A postura da Esquerda, em geral, defende políticas públicas de acolhimento, abrigo e integração de refugiados e imigrantes, refletindo os valores evangélicos de compaixão e hospitalidade. Em Mateus 25:35, Jesus afirma: "Era estrangeiro, e me acolhestes." O critério do Reino, então, não é a nacionalidade, mas a capacidade de acolher o vulnerável, o que coloca a prática da Esquerda em maior sintonia com as “ovelhas” mencionadas por Cristo. Documentos como a Doutrina Social da Igreja e o pensamento de teólogos como Leonardo Boff (em Igreja: Carisma e Poder) apontam que a solidariedade internacional é essencial ao Reino de Deus, pois rompe com o egoísmo nacionalista e valoriza a fraternidade entre os povos. Ao abrir portas para os estrangeiros, a Esquerda pratica a hospitalidade que Jesus viveu e ensinou.





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028   MACHISMO E AUTORITARISMO
Jesus ouvia mulheres, defendia-as e as acolhia; a Direita muitas vezes perpetua estruturas patriarcais e abusivas.

JESUS ROMPEU COM O MACHISMO RELIGIOSO E SOCIAL DE SUA ÉPOCA
O comportamento da Direita que perpetua o machismo e o autoritarismo patriarcal contradiz frontalmente o exemplo de Jesus, que deu voz, dignidade e protagonismo às mulheres. Ele acolheu e defendeu a mulher adúltera contra a violência legalista (João 8:1-11), dialogou profundamente com a samaritana (João 4:7-26), curou mulheres excluídas (Lucas 8:43-48) e escolheu Maria Madalena como a primeira testemunha da ressurreição (João 20:11-18), quebrando os padrões de autoridade masculina. Jesus valorizou a escuta e a presença feminina, algo escandaloso em seu tempo. Como afirma Elizabeth Schüssler Fiorenza em Em Memória Delas, o discipulado de iguais promovido por Jesus incluía ativamente as mulheres, revelando que qualquer estrutura que oprime, silencia ou inferioriza mulheres não se alinha com o Reino de Deus.


A ESQUERDA BUSCA IGUALDADE DE GÊNERO E ESCUTA AS MULHERES
A Esquerda, de modo geral, defende políticas de igualdade de gênero, combate à violência contra a mulher e valorização da presença feminina em todos os espaços sociais, políticos e econômicos. Isso ecoa o espírito do evangelho quando Jesus diz: "Tudo o que fizerdes a uma destas minhas irmãs mais pequeninas, a mim o fizestes" (cf. Mt 25:40). Ao lutar contra o patriarcado, a Esquerda se aproxima do ideal do Reino, que derruba hierarquias opressoras. Como escreve Leonardo Boff em Jesus Cristo Libertador, o Cristo histórico rompe com todas as formas de dominação — inclusive de gênero — e inaugura uma nova comunidade baseada no amor-serviço, e não no poder-coerção. A prática de acolher, escutar e defender mulheres vítimas de violência ou discriminação é um critério evangélico de humanidade, que aproxima os praticantes da justiça à figura das “ovelhas” no grande julgamento de Mateus 25.





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029   INIMIZADE COM O DIFERENTE
Jesus tocava leprosos, comia com pecadores; a Direita tende a rejeitar o diferente como ameaça.

JESUS ABRAÇAVA OS EXCLUÍDOS E ESCANDALIZAVA OS PURITANOS
A rejeição do diferente — seja por classe, cor, religião, condição social ou orientação — é um comportamento oposto ao de Jesus, que se aproximava justamente dos marginalizados e considerados “ameaças” pela sociedade de seu tempo. Ele tocou leprosos (Marcos 1:40-45), curou endemoninhados que viviam isolados nos sepulcros (Marcos 5:1-20), e acolheu publicamente Zaqueu, o cobrador de impostos odiado (Lucas 19:1-10). Também comia com pecadores e prostitutas, como relata Lucas 15:1-2, para escândalo dos fariseus. Segundo José Comblin, em O Povo de Deus, Jesus rompe com o sistema de pureza e exclusão dos religiosos de sua época, revelando que o amor cristão não é seletivo nem nacionalista, mas universal. Quando a Direita promove medo, hostilidade e segregação social contra os que não se encaixam em seus padrões, ela trai o mandamento mais básico do Cristo: amar o próximo como a si mesmo (Marcos 12:31).


A ESQUERDA BUSCA INCLUSÃO E DIGNIDADE PARA OS DIFERENTES
A Esquerda político-econômica tende a incluir e defender os que são rejeitados pela norma dominante: pessoas LGBTQIA+, moradores de rua, indígenas, negros, usuários de drogas, refugiados, pessoas com deficiência. Essa postura, ainda que não religiosa, reflete a ética evangélica de compaixão e inclusão. No julgamento das nações (Mateus 25:31-46), Jesus elogia aqueles que acolheram o “estranho”, o “nu”, o “doente”, o “preso” — ou seja, os diferentes e excluídos. Como Leonardo Boff analisa em A Oração da Sabedoria, o Reino de Deus não se constrói com exclusão, mas com justiça e misericórdia ativa. A Esquerda, ao defender políticas públicas de reparação histórica e combate à discriminação, aproxima-se mais das ovelhas que reconheceram Jesus na carne sofrida dos “outros” e dos invisibilizados, vivendo o evangelho não como doutrina, mas como prática de amor.





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030   INCENTIVO À GUERRA CULTURAL
Jesus pregava a paz; a Direita propaga divisões, conflitos ideológicos e guerra entre “bons” e “maus”.

JESUS É O PRÍNCIPE DA PAZ, NÃO DO CONFLITO IDEOLÓGICO
A promoção da guerra cultural — que separa a sociedade entre “bons” e “maus”, “puros” e “impuros”, “cidadãos de bem” e “inimigos” — contradiz o ensino de Jesus, que abençoou os pacificadores (Mateus 5:9) e censurou os que usavam a fé como instrumento de dominação ou julgamento. Ele não incentivou uma guerra moral, mas a reconciliação entre os povos e indivíduos, oferecendo o perdão em vez da condenação (João 8:1-11). Ao longo dos Evangelhos, Jesus rejeita o partidarismo dos fariseus e saduceus e constrói pontes com samaritanos, estrangeiros e até com soldados romanos. Quando Pedro tenta resolver o conflito com violência, cortando a orelha de Malco, Jesus o repreende: “Guarda a tua espada!” (Mateus 26:52). A direita que agita bandeiras ideológicas e propaga ódio a grupos “inimigos” da tradição cristã age como os zelotes — não como o Cristo crucificado por recusar o poder e a violência.


A ESQUERDA PROMOVE DIÁLOGO E CONVIVÊNCIA PACÍFICA
A Esquerda político-econômica, quando comprometida com os direitos humanos e a justiça social, busca estabelecer pontes de escuta, de tolerância e de convivência entre as diferenças culturais, religiosas, raciais e sexuais — algo que reflete o espírito do Evangelho. O julgamento das nações em Mateus 25 não separa os povos por ideologia, mas por ações concretas de cuidado e solidariedade. Leonardo Boff, em Jesus Cristo Libertador, mostra que o seguimento de Jesus exige romper com a lógica da exclusão e entrar na lógica do Reino, que se revela na compaixão e no serviço. Enquanto a Direita investe em alimentar medos e dividir o povo, a Esquerda, ao defender diálogo entre civilizações, educação inclusiva e políticas culturais democráticas, age como as ovelhas do texto bíblico: reconhecendo Jesus no rosto e na cultura do outro, mesmo que diferente.





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031   NEGAÇÃO DA JUSTIÇA SOCIAL
Jesus falou que veio “proclamar libertação aos cativos” e “dar vista aos cegos”; a Direita nega o conceito de justiça social, rotulando-o como ideologia.

JESUS VEIO PARA OS OPRIMIDOS, NÃO PARA MANTER PRIVILÉGIOS
Ao negar ou ridicularizar o conceito de justiça social, a Direita Capitalista e Conservadora se distancia radicalmente do ministério de Jesus, que declarou ter vindo “proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos” (Lucas 4:18). Essa afirmação, extraída diretamente do livro de Isaías e lida por Jesus na sinagoga de Nazaré, não é uma alegoria espiritual apenas, mas uma missão concreta de transformação social. O evangelho vivido por Jesus desafiava estruturas opressoras e promovia a dignidade dos marginalizados — mulheres, pobres, doentes, cobradores de impostos, estrangeiros. Negar a justiça social como se fosse apenas “ideologia de esquerda” revela uma fé moldada mais por interesses de classe do que pela compaixão do Reino. Teólogos como Jon Sobrino e Gustavo Gutiérrez insistem que uma fé que ignora o sofrimento dos pobres trai o Evangelho de Cristo.


A ESQUERDA INSPIRA-SE NO JESUS QUE LIBERTA
Ao defender políticas públicas que combatem a desigualdade, garantem acesso à saúde, educação e dignidade para os mais pobres, a Esquerda se aproxima da prática de Jesus. O julgamento de Mateus 25, onde as ovelhas são reconhecidas por alimentar, vestir, acolher e visitar os necessitados, é a imagem perfeita da espiritualidade encarnada que a esquerda pode assumir quando centrada nos direitos humanos. A Teologia da Libertação — como propõe Leonardo Boff em Jesus e o Projeto Libertador — interpreta a missão de Cristo como um projeto de libertação integral, que inclui corpo e alma, pão e dignidade. Assim, enquanto a Direita prega meritocracia sem equidade, a Esquerda, quando fiel à justiça social, atua como os que reconhecem Jesus nas vítimas do sistema, promovendo ações práticas de solidariedade e empatia transformadora.





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032   DESPREZO PELA EMPATIA
Jesus chorou com os que sofrem; a Direita muitas vezes despreza emoções e compaixão como fraqueza.

JESUS ERA MOVIDO POR COMPAIXÃO, NÃO POR DUREZA DE CORAÇÃO
Ao desprezar emoções, minimizar a dor alheia e taxar a empatia como “fraqueza”, a Direita Capitalista e Conservadora se afasta diretamente do exemplo de Jesus. Em João 11:35, o versículo mais curto e profundo das Escrituras — “Jesus chorou” — revela a humanidade sensível do Salvador diante do sofrimento de Marta e Maria pela morte de Lázaro. Repetidas vezes, os evangelhos dizem que Jesus “teve compaixão” das multidões (Mateus 9:36; Marcos 6:34), movido não por cálculo racional, mas por profundo amor ao próximo. A dureza emocional frequentemente celebrada pela Direita — associada à meritocracia fria, à negação de políticas de acolhimento e à zombaria de minorias — entra em conflito direto com o coração compassivo do Cristo. Como afirma Henri Nouwen, teólogo católico, “a compaixão é o centro do chamado cristão, porque nela Deus se torna vulnerável conosco”.


A ESQUERDA VALORIZA A DOR DO OUTRO, COMO JESUS FAZIA
A empatia é um princípio basilar para a ação política progressista e humanista da Esquerda, que tende a defender políticas que cuidam do sofrimento social com base no reconhecimento da dor coletiva. Quando movimentos de esquerda falam sobre saúde mental, inclusão, combate à pobreza menstrual, ao capacitismo e ao racismo, estão, de fato, enxergando e se solidarizando com o outro — como Jesus fazia. O julgamento de Mateus 25 evidencia essa empatia encarnada: “Estive com fome... sede... preso... e me visitaste” — ações que nascem de um coração sensível à dor do próximo. Segundo Leonardo Boff (Cristianismo e Justiça), “a ternura é a força revolucionária do Evangelho.” Nesse sentido, a Esquerda, quando fiel à justiça social e humana, se parece mais com as “ovelhas” que reconhecem Jesus em cada pessoa ferida, excluída e invisibilizada pela dureza do mundo.





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033   INCENTIVO AO CONSUMISMO
Jesus pregava desapego material; a Direita impulsiona o consumismo desenfreado como motor da economia.

DESAPEGO FOI ENSINO CENTRAL DE JESUS
O incentivo ao consumismo, típico da Direita capitalista, contraria diretamente o estilo de vida e o ensino de Jesus, que alertava contra a acumulação de riquezas e o apego aos bens materiais. Em Mateus 6:19-21, Jesus declara: “Não acumuleis para vós tesouros sobre a terra... porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração.” A lógica do mercado consumista, que visa o lucro a qualquer custo, alimenta a idolatria do “ter” sobre o “ser” — algo que Jesus constantemente denunciava, como na parábola do rico insensato (Lucas 12:15-21), que acumulava bens sem pensar no próximo ou na eternidade. Como escreve Ched Myers em O Evangelho de Marcos: o manifesto de um discípulo radical, Jesus praticava uma “economia do dom”, em que os bens eram compartilhados, não acumulados. A Direita, ao fazer do consumo o motor da dignidade humana e da cidadania, perde o coração do evangelho.

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A ESQUERDA VALORIZA O SER SOBRE O TER
A proposta econômica e política da Esquerda, quando focada em redistribuição de renda, limites ao lucro excessivo e combate à desigualdade, aproxima-se do espírito do Reino pregado por Jesus. No julgamento final de Mateus 25, os que são chamados de “ovelhas” não são os mais ricos, nem os mais produtivos economicamente, mas aqueles que partilharam comida, abrigo e cuidado com os necessitados — numa lógica oposta ao individualismo consumista. Leonardo Boff, em Jesus Cristo Libertador, argumenta que “o cristianismo autêntico está mais próximo dos pobres e marginalizados do que das elites acumuladoras de riqueza.” Assim, a Esquerda, ao defender que os bens estejam a serviço da vida e da dignidade humana, reflete melhor a ética do Evangelho vivida e ensinada por Jesus.





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034   DEFESA DE SISTEMAS ECONÔMICOS EXCLUDENTES
Enquanto Jesus partilhava o pão, a Direita apoia sistemas que concentram riqueza e poder em poucos.

JESUS PARTILHOU, NÃO ACUMULOU
A defesa de sistemas econômicos que concentram riqueza contradiz o estilo de vida de Jesus, que viveu pobre, partilhou tudo e ensinou uma lógica contrária à acumulação. Quando multiplicou os pães (Mateus 14:13-21), Jesus não acumulou para si, mas partilhou com a multidão, ensinando aos discípulos que a lógica do Reino é a partilha solidária. Ele afirmou categoricamente: “Ai de vós, ricos!” (Lucas 6:24), denunciando a desigualdade estrutural que os sistemas econômicos da época — e de hoje — perpetuam. A Direita, ao defender modelos neoliberais ou capitalistas que concentram poder e recursos, mostra uma adesão ao sistema de César, não ao Reino de Deus. Segundo Jon Sobrino, em Jesus, o libertador, o projeto de Jesus era socialmente inclusivo e radicalmente oposto à lógica de dominação e exclusão econômica.

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A ESQUERDA BUSCA INCLUSÃO E IGUALDADE
A Esquerda, com suas propostas de justiça distributiva, proteção social e valorização do bem comum, se aproxima mais do ethos de Jesus. Em Atos 2:44-45, a comunidade cristã primitiva “tinha tudo em comum” e “ninguém passava necessidade” porque partilhavam os bens entre todos. Isso ecoa diretamente em propostas políticas que buscam tributar os mais ricos, fortalecer políticas públicas e garantir dignidade aos pobres. A Esquerda, ao agir assim, expressa o espírito das “ovelhas” de Mateus 25: quem vê Jesus nos famintos, nos pobres e marginalizados, e partilha com eles. Frei Betto, em Cristianismo e Sociedade, argumenta que a luta por justiça social e contra a desigualdade econômica é uma forma concreta de viver o Evangelho. Assim, a Esquerda, quando comprometida com essas causas, caminha ao lado de Jesus.





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035   ESTIGMATIZAÇÃO DOS DOENTES MENTAIS E DEPENDENTES
Jesus libertava os oprimidos do espírito e da mente; a Direita os criminaliza e negligencia.

JESUS ACOLHIA OS PERTURBADOS E OS LIBERTAVA
A criminalização e negligência dos doentes mentais e dependentes químicos revela a distância entre o comportamento da Direita e o exemplo de Jesus. Ele nunca os rejeitou ou marginalizou, mas os acolheu com compaixão. Em Marcos 5:1-20, Jesus liberta um homem possuído por uma legião de espíritos, restaurando sua dignidade e reintegrando-o à sociedade. Jesus não os via como criminosos ou como ameaças, mas como seres humanos oprimidos, que precisavam de libertação, cuidado e amor. A estigmatização promovida pela lógica punitivista e higienista de setores da Direita é radicalmente contrária ao coração do Evangelho. Como afirma Henri Nouwen em O Sofrimento de Jesus, os que sofrem interiormente estão mais próximos da cruz, e é com eles que Jesus mais se identifica.

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A ESQUERDA DEFENDE POLÍTICAS DE CUIDADO E INCLUSÃO
A Esquerda, ao defender políticas públicas de saúde mental, tratamento humanizado da dependência química e combate ao estigma social, aproxima-se do espírito de Mateus 25, em que as “ovelhas” cuidam dos pequenos, dos aflitos e dos que sofrem em silêncio. Movimentos sociais e propostas progressistas reconhecem o sofrimento psíquico como uma questão social, e não moral, apostando em redes de cuidado e reintegração — como o Sistema Único de Saúde (SUS) e a luta antimanicomial no Brasil, pautas frequentemente ignoradas ou combatidas pela Direita. Leonardo Boff, em O Cuidado Necessário, argumenta que o cuidado é a base da vida, e políticas públicas que promovem cuidado social são reflexos do amor cristão. Por isso, a Esquerda, quando atua com compaixão social, está mais alinhada com Jesus e o seu Reino de solidariedade.





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036   HOSTILIDADE AO MOVIMENTO NEGRO
Jesus ensinava a valorização de todas as vidas; a Direita resiste a políticas de igualdade racial.

JESUS ROMPEU BARREIRAS DE PRECONCEITO E EXCLUSÃO
A recusa em reconhecer a desigualdade racial e a hostilidade à luta do povo negro revelam o quanto certos comportamentos da Direita se distanciam da prática de Jesus. Ele rompeu barreiras sociais, culturais e religiosas, como ao conversar com a mulher samaritana (João 4:1-26), curar o servo do centurião romano (Mateus 8:5-13), e colocar um samaritano como exemplo de amor ao próximo (Lucas 10:25-37). Jesus valorizava todas as vidas, sobretudo as desprezadas pela sociedade. A resistência a políticas de reparação e igualdade racial desrespeita o princípio do amor que se coloca ao lado do oprimido. Como aponta James Cone em A Teologia Negra da Libertação, o Cristo crucificado é o Cristo negro — identificado com os que são violentados pelo racismo estrutural e pela indiferença social.

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A ESQUERDA PROMOVE REPARAÇÃO E DIGNIDADE
A Esquerda, em sua maioria, reconhece as desigualdades históricas sofridas pelo povo negro e defende políticas de reparação, como cotas, inclusão educacional e combate ao racismo institucional. Essas ações ressoam o espírito de Mateus 25, em que as “ovelhas” acolhem, alimentam, visitam e se solidarizam com os “menores” — os marginalizados pelo sistema. A defesa da equidade racial é, portanto, expressão concreta do amor cristão. Autores como Frei Betto e Angela Davis sustentam que não basta dizer que “todas as vidas importam” se a sociedade não age para garantir que as vidas negras, historicamente desvalorizadas, também sejam respeitadas, protegidas e empoderadas. A Esquerda que busca justiça racial está mais próxima do Cristo que lavou os pés dos excluídos e morreu por todos, sem distinção.





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037   APOIO A TRABALHO PRECARIZADO
Jesus dizia que “o trabalhador é digno do seu salário”; a Direita defende a flexibilização dos direitos trabalhistas.

DESVALORIZAR O TRABALHADOR É CONTRÁRIO AO ENSINO DE JESUS
Ao apoiar a precarização do trabalho em nome do lucro, a Direita capitalista trai o princípio evangélico de justiça e dignidade para os trabalhadores. Jesus declarou que “o trabalhador é digno do seu salário” (Lucas 10:7), reconhecendo o valor humano e espiritual do labor digno. Ao invés de explorar ou reduzir direitos, Ele chamava à responsabilidade com o próximo, denunciando os ricos que acumulavam às custas do sofrimento alheio (Lucas 6:24; Tiago 5:1-6). O teólogo Jürgen Moltmann, em Teologia da Esperança, afirma que o Reino de Deus implica uma transformação das relações sociais, incluindo a justiça para os trabalhadores. Assim, quem defende a flexibilização de direitos e o empobrecimento da classe trabalhadora age em contradição ao Evangelho.

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DIGNIDADE DO TRABALHO É COMPROMISSO COM O REINO
A Esquerda política, em geral, propõe políticas públicas que garantem direitos trabalhistas, previdência, segurança no trabalho e salário justo — princípios que se alinham ao ensinamento de Jesus sobre cuidar dos necessitados e repartir o pão. Em Mateus 25, as “ovelhas” são aquelas que se preocupam com o faminto, o sedento, o estrangeiro e o nu — categorias que incluem trabalhadores explorados. Autores como Leonardo Boff e Gustavo Gutiérrez (em Teologia da Libertação) afirmam que o Evangelho clama por estruturas sociais que protejam os mais fracos. A Esquerda que luta por justiça trabalhista age como cooperadora do Reino, valorizando quem vive do próprio esforço e depende da solidariedade social para não ser esmagado pela lógica do lucro.





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038   DEMONIZAÇÃO DOS SEM-TETO
Jesus disse: “não tenho onde reclinar a cabeça”; a Direita trata moradores de rua como problema urbano, não como pessoas.

TRATAR SEM-TETO COMO PROBLEMA É IGNORAR O CRISTO SEM TETO
Quando a Direita capitalista reduz os moradores de rua a "problemas urbanos" e reforça políticas de criminalização ou remoção forçada, revela total distanciamento do exemplo de Jesus, que disse: “As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça” (Mateus 8:20). Jesus não apenas viveu como um sem-teto, mas também acolheu, alimentou e cuidou dos marginalizados. A tradição cristã, segundo Henry Nouwen, enfatiza que Deus está presente nos pobres, abandonados e sem lar (O Deus Próximo). Rejeitar essas pessoas ou negar-lhes dignidade é rejeitar o próprio Cristo (Mateus 25:40). Portanto, quem assim age não busca imitar Jesus, mas sim proteger a ordem excludente que o próprio Cristo desafiou.

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ACOLHER O SEM-TETO É ESCOLHER O LADO DAS OVELHAS
A Esquerda, ao propor moradia digna, programas de reintegração social e políticas habitacionais inclusivas, encarna mais de perto os valores do Reino de Deus. Em Mateus 25, as “ovelhas” são aquelas que deram abrigo ao forasteiro, que alimentaram o faminto e cuidaram dos necessitados. A Teologia da Libertação, conforme Gustavo Gutiérrez em A Força Histórica dos Pobres, aponta que a salvação se constrói a partir do compromisso com os oprimidos — entre eles, os sem-teto. As políticas públicas que priorizam o ser humano acima da propriedade refletem a ética de Jesus, que nunca avaliou as pessoas por sua utilidade ou aparência, mas as amou por sua humanidade. A Esquerda, ao acolher os desabrigados como irmãos, aproxima-se da prática do Evangelho.





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039   CRUELDADE COM DEPENDENTES QUÍMICOS
Jesus libertava e acolhia os aflitos; a Direita propõe repressão policial e internações 

JESUS ACOLHIA OS AFLITOS, NÃO OS REPRIMIA
A política da repressão e da exclusão, comumente promovida por setores da Direita, revela uma postura oposta à compaixão de Jesus. Ele jamais respondeu ao sofrimento com punição, mas com acolhimento e libertação. Em Marcos 5:1-20, Jesus liberta um homem oprimido por forças internas, vivendo isolado, ferido e marginalizado — uma imagem que dialoga com a realidade dos dependentes químicos. Em vez de afastar, Jesus restaura sua dignidade. A lógica repressiva e forçada das internações compulsórias, muitas vezes defendida sem alternativas comunitárias, contradiz o Cristo que veio “curar os quebrantados de coração e libertar os cativos” (Lucas 4:18). Como aponta Jean Vanier em A Comunidade, Lugar do Perdão e da Festa, só a convivência amorosa pode gerar cura verdadeira.

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A ESQUERDA PROMOVE CUIDADO, NÃO CASTIGO
A Esquerda político-econômica, em geral, busca políticas públicas de cuidado em liberdade, com redução de danos, escuta ativa e redes de apoio — práticas que refletem mais de perto a misericórdia do Evangelho. Em Mateus 25, as “ovelhas” acolhem os enfermos e visitam os marginalizados, não os aprisionam ou excluem. Movimentos sociais e redes de saúde comunitária, como os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD), muitas vezes defendidos por partidos progressistas, são instrumentos de acolhida, não de punição. A teologia da libertação, com autores como Leonardo Boff e Ivone Gebara, sustenta que a opção pelos oprimidos inclui os que sofrem vícios e transtornos, que devem ser amados como filhos feridos de Deus, e não descartados como “casos de polícia”.





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040   BANALIZAÇÃO DO SOFRIMENTO ALHEIO
Jesus sentia compaixão pelas multidões; a Direita trata sofrimento como consequência da “fraqueza” do indivíduo.

JESUS SE COMOVIA COM O SOFRIMENTO HUMANO
A atitude da Direita de tratar o sofrimento como resultado de fraqueza pessoal revela uma visão fria e meritocrática, distante do coração compassivo de Jesus. Nos evangelhos, é recorrente a expressão “sentiu compaixão” — como em Mateus 9:36, onde Jesus “viu as multidões e teve compaixão delas, porque estavam aflitas e exaustas, como ovelhas sem pastor.” Ao invés de culpabilizar os sofredores, Ele os acolhia, curava e alimentava. A banalização do sofrimento, comum no discurso neoliberal, nega a empatia como valor espiritual. O teólogo Henri Nouwen, em A Compaixão, afirma que o verdadeiro seguimento de Cristo exige sentir com o outro — e isso passa longe de discursos que veem a dor alheia como preguiça ou fraqueza.

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A ESQUERDA RECONHECE A DOR COMO CLAMOR POR JUSTIÇA
A Esquerda tende a compreender o sofrimento como resultado de injustiças sociais, econômicas e estruturais, propondo políticas que o enfrentem com solidariedade e responsabilidade coletiva. Essa postura se alinha ao que Jesus chama de “fazer ao menor dos meus irmãos” (Mateus 25:40), identificando-se com o faminto, o doente, o preso. A teologia latino-americana da libertação ensina, com Gustavo Gutiérrez, que “ser cristão é fazer opção pelos pobres” — e isso inclui acolher sua dor, não desmerecê-la. Ao buscar combater as causas da miséria, da exclusão e da desigualdade, a Esquerda caminha mais próxima do Cristo que chorou com Marta e Maria (João 11:35) e jamais disse que a dor era culpa do fraco.





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041   FETICHIZAÇÃO DO ORDENAMENTO PUNITIVO
Jesus libertava os condenados; a Direita exige “leis mais duras” e punição exemplar.

JESUS PREFERIA A MISERICÓRDIA À PUNIÇÃO
A fixação por punições severas, muito comum no discurso da Direita, contradiz diretamente o modo como Jesus lidava com os transgressores. No episódio da mulher adúltera (João 8:1-11), enquanto os religiosos exigiam apedrejamento — punição prevista pela lei — Jesus escreveu no chão, olhou para os acusadores e disse: “Aquele que dentre vós está sem pecado, seja o primeiro a atirar uma pedra.” Ele encerra dizendo à mulher: “Eu também não te condeno. Vai e não peques mais.” A ênfase de Jesus estava na restauração, não na punição exemplar. A busca obsessiva por “ordem e autoridade” revela mais afinidade com o Império Romano do que com o Reino de Deus, que é fundado em compaixão. Como afirma Jacques Ellul em A Subversão do Cristianismo, a graça escandalosa de Jesus confronta todo sistema punitivo idolatrado.

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A ESQUERDA PROMOVE JUSTIÇA RESTAURATIVA E CUIDADO
Ao propor alternativas à lógica puramente penal — como justiça restaurativa, políticas de reintegração social e valorização dos direitos humanos — a Esquerda se aproxima mais do Evangelho vivido por Jesus. Em Mateus 25, as “ovelhas” são aquelas que visitam os presos, não os esquecem ou tratam como descartáveis. A teologia libertadora denuncia a idolatria da punição e propõe um modelo de justiça comprometido com a restauração da dignidade humana. Leonardo Boff, em Igreja: Carisma e Poder, afirma que a justiça do Reino não é retributiva, mas misericordiosa. Quando a Esquerda prioriza políticas que humanizam o sistema penal, ela assume a face de Cristo que defendeu os condenados e devolveu-lhes a esperança.





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042   DESCONSIDERAÇÃO À VIDA INDÍGENA
Jesus se colocava ao lado dos marginalizados; a Direita ignora o genocídio indígena em prol de lucros do agronegócio.

JESUS FICAVA DO LADO DOS INVISIBILIZADOS
A omissão diante da destruição dos povos indígenas, frequentemente praticada pela Direita ao favorecer os interesses do agronegócio e da mineração, demonstra afastamento claro dos ensinamentos de Jesus. Ele sempre se colocava ao lado dos marginalizados e invisibilizados — como ao curar samaritanos (Lucas 17:11-19) e dialogar com estrangeiros considerados desprezíveis pelos padrões sociais da época. Jesus escolheu nascer e viver entre os “sem voz”. Quando povos indígenas têm suas terras invadidas, suas culturas desrespeitadas e seus corpos assassinados, o Cristo é novamente crucificado. A teóloga Ivone Gebara escreve que “Jesus é presença subversiva entre os oprimidos”, e ignorar a dor indígena é ignorar o próprio Cristo presente entre eles.

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A ESQUERDA DEFENDE TERRAS, CULTURAS E VIDAS
A Esquerda, historicamente, tem estado mais próxima das lutas indígenas, defendendo demarcação de terras, respeito à cultura ancestral, políticas públicas específicas e proteção dos biomas em que vivem. Essa atitude encarna a ética do Evangelho, pois como diz Mateus 25, os justos são os que reconhecem e cuidam de Jesus nas figuras dos famintos, estrangeiros, nus e injustiçados. Autores como Ailton Krenak, em Ideias para Adiar o Fim do Mundo, e Leonardo Boff, em Ecologia: Grito da Terra, Grito dos Pobres, mostram como a proteção dos povos indígenas está diretamente ligada ao cuidado com a Criação — e é sinal de uma espiritualidade que se alinha com o Cristo que valoriza a vida em todas as suas formas e culturas.





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043   DEFESA DE ISENÇÕES AOS RICOS
Jesus condenou os ricos que davam pouco do muito que tinham; a Direita propõe reduzir impostos de milionários.

JESUS DENUNCIOU OS QUE DAVAM DO QUE LHES SOBRAVA
Ao propor isenções fiscais e privilégios tributários aos mais ricos, a Direita adota uma lógica inversa à de Jesus. No episódio da oferta da viúva pobre (Marcos 12:41-44), Jesus elogia quem deu “tudo o que possuía” e critica implicitamente os ricos que “davam do que lhes sobrava”. Ele também afirma: “Ai de vós, ricos!” (Lucas 6:24), e adverte que será muito difícil um rico entrar no Reino dos Céus (Mateus 19:24). O favorecimento dos milionários em detrimento do bem comum revela uma aliança com o poder e o acúmulo, e não com o Evangelho da partilha. Como lembra Dom Hélder Câmara: “Quando dou pão aos pobres, me chamam de santo; quando pergunto por que eles são pobres, me chamam de comunista.”

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A ESQUERDA PROPÕE JUSTIÇA FISCAL E REDISTRIBUIÇÃO
A Esquerda, em sua maioria, defende sistemas progressivos de tributação — onde quem tem mais contribui proporcionalmente mais — como forma de justiça social. Isso se alinha à espiritualidade de Jesus, que chamava os ricos à conversão do coração e à partilha concreta dos bens (Lucas 19:1-10; Zaqueu). Em Mateus 25, as “ovelhas” são as que alimentam os famintos, vestem os nus e socorrem os necessitados — ações impossíveis sem políticas públicas sustentadas por uma tributação justa. A teologia de Gustavo Gutiérrez e Franz Hinkelammert mostra que não há Reino de Deus sem redistribuição e justiça econômica. A Esquerda, ao buscar equidade fiscal, aproxima-se do Evangelho que valoriza o bem comum sobre os privilégios individuais.





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044   PRIORIDADE À LÓGICA DO MERCADO
Jesus expulsou os cambistas do templo; a Direita transforma tudo em mercado, até mesmo os direitos humanos.

JESUS REJEITOU A MERCANTILIZAÇÃO DO SAGRADO
Ao expulsar os cambistas e vendedores do templo (Mateus 21:12-13; João 2:13-16), Jesus realizou um dos atos mais emblemáticos contra a lógica de mercado dentro dos espaços da fé e da vida humana. Ele declara: “Minha casa será chamada casa de oração, mas vocês a transformaram em covil de ladrões.” A crítica de Jesus vai além da cena religiosa — ela denuncia a transformação da espiritualidade, da dignidade e da justiça em moeda de troca. Quando a Direita capitalista converte até os direitos básicos — como saúde, educação e moradia — em produtos negociáveis, submete a vida humana à lógica do lucro. Isso contradiz o coração do Evangelho, que proclama liberdade aos oprimidos (Lucas 4:18) e condena o culto ao dinheiro (Mateus 6:24).

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A ESQUERDA PROPÕE A VIDA ACIMA DO LUCRO
A Esquerda político-econômica tende a resistir à mercantilização dos direitos humanos, priorizando políticas públicas que garantem acesso universal e gratuito a serviços essenciais. Isso se aproxima da ética de Jesus, que curava gratuitamente, alimentava multidões sem cobrar, e pregava que “de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:8). A teologia da libertação — representada por nomes como Leonardo Boff e Enrique Dussel — argumenta que o Reino de Deus se opõe à absolutização do mercado. Em Mateus 25, as “ovelhas” são aquelas que agem em favor dos necessitados, mesmo sem retorno financeiro. A Esquerda, ao defender o bem comum sobre o interesse privado, caminha na direção das prioridades de Jesus.





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045   APOIO A POLÍTICAS EXCLUDENTES DE SAÚDE MENTAL
Jesus restaurava mentes e corações; a Direita reduz investimentos em atenção psicossocial.

JESUS CUIDAVA DA DOR INVISÍVEL
Jesus é descrito nos evangelhos como alguém que restaurava não apenas corpos, mas também mentes e corações. Ele libertava pessoas de opressões psíquicas e espirituais, como no caso do gadareno possesso (Marcos 5:1-20), que vivia isolado, autodestrutivo, e foi reintegrado à vida social após o encontro com Cristo. Ao curar, Jesus restaurava a dignidade, o convívio e a paz interior. A Direita capitalista, ao reduzir investimentos em políticas públicas de atenção psicossocial — como os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) no Brasil — e defender internações compulsórias, rompe com essa lógica de cuidado integral, tratando o sofrimento mental como problema de polícia ou mercado, e não como questão humana. Isso contraria o exemplo do Cristo compassivo e restaurador.

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A ESQUERDA PRIORIZA CUIDADO E DIGNIDADE
A Esquerda, por sua vez, costuma apoiar políticas de atenção psicossocial baseadas em cuidado comunitário, reinserção social e respeito à dignidade do indivíduo, como proposto na Reforma Psiquiátrica Brasileira. Essa abordagem se alinha mais à prática de Jesus, que via as pessoas antes de ver seus rótulos. Como afirmam estudiosos como Fábio Gomes e Paulo Amarante, o cuidado em liberdade é uma proposta ética que combate o isolamento e a exclusão, valores incompatíveis com o Evangelho. Em Mateus 25, Jesus diz que o cuidado aos doentes é cuidado a Ele mesmo — e isso inclui os doentes da alma. Assim, quando a Esquerda defende a ampliação de políticas públicas de saúde mental inclusiva, ela se aproxima mais da postura das “ovelhas” que agem com misericórdia.





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046   MÁ VONTADE COM O DIREITO À MORADIA
Jesus anunciava boas novas aos pobres; a Direita reprime ocupações por moradia digna.

JESUS ANUNCIA ESPERANÇA AOS SEM-TETO
Jesus declarou que veio anunciar boas novas aos pobres (Lucas 4:18) e viveu como alguém que “não tinha onde reclinar a cabeça” (Mateus 8:20), identificando-se com os desabrigados. Ele não apenas compreendia o sofrimento dos que não têm moradia, como também se colocava em seu lugar. A postura da Direita capitalista, ao reprimir movimentos de ocupação por moradia digna e tratar sem-teto como problemas de segurança pública ou de especulação imobiliária, mostra-se incompatível com o exemplo de Jesus. Essa lógica de criminalizar a pobreza e priorizar o direito à propriedade privada acima da dignidade humana evidencia uma fé desconectada do Evangelho prático, que prioriza os últimos, os excluídos e os marginalizados (Lucas 6:20-21).

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A ESQUERDA DEFENDE O ACESSO UNIVERSAL À MORADIA
Movimentos sociais apoiados por setores da Esquerda, como o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), colocam o direito à moradia como prioridade da justiça social, baseando-se em princípios semelhantes aos de Atos 4:32-35, onde “ninguém passava necessidade” entre os seguidores de Jesus, pois tudo era repartido. Autores como Frei Betto e Leonardo Boff defendem que a fé cristã exige compromisso com os pobres e suas causas, incluindo o acesso à moradia digna. Quando a Esquerda propõe políticas públicas habitacionais, regularização fundiária e participação popular, ela expressa mais claramente o espírito das “ovelhas” de Mateus 25:34-40, que acolhem, abrigam e amam sem exigir nada em troca.





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047   PERSEGUIÇÃO A LÍDERES COMUNITÁRIOS
Jesus era um líder popular perseguido pelo poder; a Direita criminaliza lideranças sociais.

JESUS FOI PERSEGUIDO PELO SISTEMA
Jesus era uma liderança popular que mobilizava o povo simples, curava gratuitamente e denunciava injustiças dos poderosos religiosos e políticos (Mateus 23; Lucas 13:32). Justamente por isso, foi perseguido, caluniado e morto pelo conluio entre o Império e as elites religiosas. A Direita, quando criminaliza líderes comunitários e movimentos sociais que lutam por justiça, repete o comportamento dos que tramaram contra Jesus. Esse tipo de perseguição mostra uma religião que perdeu o centro do Evangelho: a defesa dos pequenos e a resistência ao poder opressor (João 15:20; Marcos 14:1-2).

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A ESQUERDA PROMOVE LIDERANÇAS DO POVO
A Esquerda político-econômica frequentemente se alia a líderes de base que atuam em favelas, ocupações, comunidades rurais e periferias urbanas. Essas lideranças fazem eco ao trabalho de Jesus, que escolheu discípulos entre pescadores e populares e caminhava entre os pobres (Marcos 1:16-20; Lucas 6:20). Teólogos como Clodovis Boff e movimentos como as CEBs (Comunidades Eclesiais de Base) identificam a ação da fé no empoderamento dos oprimidos. Quando a Esquerda protege essas lideranças e reconhece sua importância, ela se aproxima mais das "ovelhas" de Mateus 25:35-40, que cuidam dos pequenos e caminham com o povo.





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048   CORRUPÇÃO DISFARÇADA DE GESTÃO
Jesus denunciava a hipocrisia dos fariseus; a Direita justifica desvios com “pragmatismo” político.

JESUS REPUDIAVA A HIPOCRISIA E A FALSA JUSTIÇA
Jesus condenava severamente a hipocrisia dos líderes religiosos e políticos que, por trás de aparente zelo, escondiam interesses próprios e práticas injustas (Mateus 23:27-28). Quando a Direita disfarça esquemas de corrupção como “gestão eficiente”, “aliança estratégica” ou “pragmatismo político”, ela repete o comportamento dos fariseus que Jesus denunciou. Ele ensinou que não se pode servir a dois senhores — Deus e o dinheiro (Mateus 6:24) — e que toda árvore é conhecida pelos seus frutos (Lucas 6:43-45). Esquemas de desvio e manipulação jamais podem ser compatíveis com quem deseja seguir o caminho de Cristo.

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A ESQUERDA FAVORECE TRANSPARÊNCIA POPULAR
A Esquerda, especialmente nas correntes ligadas à democracia participativa e à fiscalização pública, promove mecanismos de controle social, conselhos populares e orçamento participativo, o que reforça a transparência e o engajamento coletivo — princípios mais coerentes com o que Jesus viveu. O Evangelho valoriza a verdade, a integridade e a denúncia da opressão, como mostram estudiosos como Leonardo Boff em Jesus Cristo Libertador. Em Mateus 25, os justos não agem para benefício próprio, mas cuidam dos outros com sinceridade — ao contrário dos que usam o poder para se esconder atrás de discursos vazios e corruptos.





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