Índia 3

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Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Ciência e tecnologia[editar | editar código-fonte]


Representação artística da Mars Orbiter Mission, da Organização Indiana de Pesquisa Espacial, umasonda espacial que orbita Marte desde 24 de setembro de 2014.
Jawaharlal Nehru, o primeiro primeiro-ministro da Índia, que governou de 15 de agosto de 1947 a 27 de maio de 1964, iniciou reformas para promover a educação superior e a ciência e tecnologia no país.[228] O Instituto Indiano de Tecnologia — concebido por uma comissão de 22 membros de estudiosos e empresários com o objetivo de promover o ensino técnico — foi inaugurado em 18 de agosto de 1951, em KharagpurBengala Ocidental, pelo então ministro da educação, Abul Kalam Azad.[229] Nos anos 1960, laços mais estreitos com a União Soviética permitiram à Organização Indiana de Pesquisa Espacial desenvolver rapidamente o seu programa espacial e avançar em energia nuclear, mesmo após o primeiro teste nuclear da Índia ter sido realizado em 18 de maio de 1974, em Pokharan.[230]
A Índia responde por cerca de 2,9% de todas as despesas em pesquisa e desenvolvimento do mundo em 2012 e o número de publicações científicas do país é crescente.[231] No entanto, de acordo com o ministro de ciência e tecnologia indiano, Kapil Sibal, o país está ficando para trás em ciência e tecnologia em comparação aos países desenvolvidos.[232] A Índia tem apenas 140 pesquisadores para cada milhão de habitantes, em comparação com 4 651 nos Estados Unidos.[232] O país investiu 3,7 bilhões de dólares em ciência e tecnologia entre 2002 e 2003. Em comparação, a China investiu cerca de quatro vezes mais, enquanto os Estados Unidos investiram cerca de 75 vezes mais do que os indianos em ciência e tecnologia.[233] Apesar disso, cinco Institutos Indianos de Tecnologia foram listados entre as dez melhores escolas de ciência e tecnologia da Ásia, pela Asiaweek.[234] O número de publicações de cientistas indianos é caracterizada por algumas das taxas de crescimento mais rápidas entre os principais países. A Índia, juntamente com China, Irã e Brasil são os únicos países em desenvolvimento que fazem parte dos 31 países que juntos são responsáveis por 97,5% da produção científica do mundo.[235]

Educação[editar | editar código-fonte]


Torre do relógio do campus da Universidade de Bombaim, fundada em 1857.
A educação no país é fornecida e mantida pelos setores público e privado, com controle e financiamento proveniente de três níveis de governo: central, estadual e local. Na cidade antiga de Taxila foi encontrado o primeiro centro de ensino superior registrado da Índia, datado doséculo V a.C., mas é discutível se ele pode ser considerado uma universidade. A Universidade de Nalanda, fundada em 470, foi o mais antigo sistema educacional universitário de todo o mundo, no sentido moderno de "universidade".[236]
A educação ocidental enraizou-se na sociedade indiana com o estabelecimento do Raj britânico. O sistema educacional indiano está sob o controle do Governo da União e, com alguma autonomia, dos estados. Vários artigos da constituição indiana classificam a educação como um direito fundamental. A maioria das universidades no país é controlada pela União ou pelos governos dos estados. O país tem feito progressos em aumentar a taxa de frequência no ensino primário e na expansão da alfabetização para cerca de três quartos da população.[237] A melhora no sistema de ensino indiano é frequentemente citada como um dos principais contribuintes para o crescimento econômico do país nos últimos anos.[238] Grande parte do progresso, especialmente na educação superior e na pesquisa científica, foi atribuído a várias instituições públicas. O mercado educacional privado indiano movimentou 40 bilhões de dólares em 2008 e aumentou esse valor para 70 bilhões em 2012.[239]
No entanto, o país continua a enfrentar severos desafios nessa área. Apesar do crescente investimento educacional, 25% de sua população ainda é analfabeta, apenas 15% dos estudantes indianos chegam à escola secundária e apenas 7% à pós-graduação.[240] A qualidade da educação, seja no ensino fundamental ou no superior, é significativamente baixa em comparação com a das principais nações em desenvolvimento. Em 2008, as instituições de ensino superior ofereciam vagas suficientes para apenas 7% da população em idade universitária do país, 25% dos cargos de ensino em todo a Índia estão vagos e 57% dos professores universitários indianos não tinham mestrado ou doutorado.[241] Em 2011, existiam 1 522 faculdades de engenharia, com um total anual de 582 mil estudantes,[242] além de 1 244 politécnicos, com um total anual de 265 mil estudantes. No entanto, estas instituições enfrentam problemas, como a escassez de professores e preocupações têm sido levantadas sobre a qualidade do ensino oferecido.[243]

Saúde[editar | editar código-fonte]


Voluntários vacinam moradores contra a poliomelite no estado deOrissa.
A Índia tem um sistema de saúde universal mantido pelos seus estados e territórios constituintes. A constituição cobra de cada estado "elevar o nível da nutrição e da qualidade de vida de seu povo e da melhoria da saúde pública como entre suas funções primárias". A Política Nacional de Saúde foi aprovada pelo Parlamento da Índia em 1983 e atualizada em 2002.[244] Paralelo ao setor de saúde pública, e de fato mais popular, é o setor médico privado. Famílias indianas urbanas e rurais tendem a utilizar o setor médico privado com mais frequência do que o setor público, como refletido em pesquisas.[245]
A Índia tem uma expectativa de vida de 64/67 anos (m/f) e uma taxa de mortalidade infantil de 61 por mil nascidos vivos.[246] 42% das crianças indianas abaixo de três anos de idade são desnutridas, taxa maior que a encontrada em estatísticas da região subsaariana daÁfrica, que é de 28%.[247] Embora a economia do país tenha crescido 50% entre 2001 e 2006, a taxa de desnutrição infantil caiu apenas 1%, ficando atrás de países com taxas de crescimento similares.[157] A desnutrição impede o desenvolvimento social e cognitivo das crianças, além de reduzir seus níveis de escolaridade e renda quando adultas.[157] Estes danos irreversíveis resultam em uma menor produtividade para o país.[157] Como mais de 122 milhões de famílias sem banheiros e 33% sem acesso à latrinas, mais de 50% da população do país (638 milhões de pessoas) defecam ao ar livre todos os dias.[248] Esta taxa é consideravelmente maior do que as de Bangladesh e Brasil (7%) e da China (4%).[248] Apesar de 211 milhões de pessoas terem ganho acesso a sistemas de saneamento básico entre 1990 e 2008, apenas 31% utilizam os recursos oferecidos.[248]

Transportes[editar | editar código-fonte]


Trem da Indian Railways cruzando uma ponte sobre o Rio Damodar, emBengala Ocidental

Comboio do Metrô de Delipassando ao lado de uma avenida movimentada
Desde a liberalização econômica dos anos 1990, o desenvolvimento da infraestrutura no país progrediu a um ritmo rápido e hoje há uma grande variedade de meios de transporte por terra, água e ar. No entanto, o PIB per capita relativamente baixo da Índia fez com que o acesso a estes modos de transporte não tenha sido homogêneo. A penetração de veículos motorizados é baixa para os padrões internacionais, com apenas 103 milhões de carros nas estradas indianas.[249] Além disso, apenas cerca de 10% dos lares do país possuem uma motocicleta.[250] Ao mesmo tempo, a indústria automobilística indiana está crescendo rapidamente, com uma produção anual de mais de 4,6 milhões de veículos[251] e o volume de veículos deverá aumentar significativamente no futuro.[252] Nesse contexto, porém, o transporte público continua a ser o principal meio de locomoção da maioria da população e os sistemas de transporte públicos do país estão entre os mais utilizados no mundo.[253]
Apesar das melhorias em curso na área, vários aspectos do setor de transportes ainda estão cheios de problemas devido à infraestrutura precária e à falta de investimento em regiões menos economicamente ativas do país. A demanda por infraestrutura e serviços de transportes tem vindo a aumentar em cerca de 10% ao ano,[253] já que a infraestrutura atual é incapaz de atender às demandas econômicas crescentes. De acordo com estimativas de 2008 da Goldman Sachs, a Índia teria que gastar 1,7 trilhão de dólares em projetos de infraestrutura ao longo da década seguinte para impulsionar seu crescimento econômico, do qual 500 bilhões de dólares estão orçados para serem gastos durante o Décimo Primeiro Plano Quinquenal.[254]
A rede ferroviária indiana é uma das maiores do mundo (com 63 465 quilômetros de extensão[255] ) e é o sistema mais utilizado do planeta,[253] transportando 651 milhões de passageiros e mais de 921 milhões de toneladas de carga em 2011.[256] O sistema ferroviário indiano, introduzido em 1853 pelos britânicos, é fornecido e mantido pela estatal Indian Railways, sob a supervisão do Ministério das Ferrovias.[257]
A Índia tem uma rede de estradas nacionais que ligam todas as principais cidades e capitais estaduais, formando a espinha dorsal econômica do país. Em 2010, o país tinha um total de 79 443 km de estradas nacionais, das quais 200 km eram classificadas como autoestradas. A rede de estradas estaduais totalizava no mesmo ano 131 899 km e o total da rede rodoviária indiana cerca de 3 300 000 km.[258]

O Porto Jawaharlal Nehru, em Nova Bombaim ,está classificado no 25º lugar no mundo por movimentação decontêineres.[259]
De acordo com Projeto de Desenvolvimento Rodoviário Nacional (PNDS), a intenção é equipar algumas das principais estradas nacionais com quatro pistas de rodagem, além de também existir um plano de converter alguns trechos dessas estradas em seis pistas.[260] A Autoridade Nacional de Estradas estima que cerca de 65% da carga e 80% do tráfego de passageiros do país seja transportado por rodovias. As estradas nacionais indianas transportam cerca de 40% do total do tráfego rodoviário, embora apenas cerca de 1,7% da rede de estradas esteja coberta por essas estradas principais. O crescimento médio do número de veículos tem sido em torno de 10,16% ao ano nos últimos anos.[258]
Em 2012 hvia 352[261] aeroportos civis na Índia, dos quais 251 com pistas pavimentadas. Há mais de 20 aeroportos internacionais. OAeroporto Internacional Indira Gandhi, em Nova Déli, e o Aeroporto Internacional de Chhatrapati Shivaji, em Bombaim, lidam com mais de metade do tráfego aéreo do sul da Ásia.[262] [263] [264]
Os portos são os principais centros para o comércio. No país, cerca de 95% do comércio exterior em quantidade e 70% em valor ocorre através de portos marítimos.[265] A Mumbai Port & JNPT (Nova Bombaim) controla 70% do comércio marítimo na Índia.[266] Há doze portos principais nas seguintes cidades: Nova BombaimBombaimKochiCalcutá (incluindo Haldia), ParadipVisakhapatnamEnnore,ChennaiThoothukudiNova MangaloreMormugão e Kandla. Além destes, existem 187 portos menores e intermediários, 43 dos quais lidam com cargas.[267]

Energia[editar | editar código-fonte]


Construção da usina nuclear de Kudankulam, em Tamil Nadu, que terá capacidade de produzir 1260 MW de energia.
A política energética da Índia está em grande parte definida pelo crescente déficit energético do país[268] e pelo maior foco no desenvolvimento de fontes alternativas de energia,[269] particularmente energia nuclearsolar e eólica.[270] Cerca de 70% da capacidade de geração de energia do país provém de combustíveis fósseis, sendo o carvão o responsável por 40% do consumo total de energia indiano, seguido pelo petróleo bruto e pelo gás natural com 24% e 6%, respectivamente.[268] O país é em grande parte dependente de importações de combustíveis fósseis para atender suas demandas de energéticas; em 2030, a dependência da Índia de importações de energia deverá ultrapassar 53% do consumo total do país.[268] Em 2009-10, o país importou 159,26 milhões de toneladas de petróleo bruto, que equivale a 80% do seu consumo interno, e 31% do total das importações indianas são provenientes do petróleo.[268] [271] O crescimento da geração da eletricidade na Índia tem sido dificultado pela escassez de carvão nacional[272] e, como consequência, as importações de carvão para a produção de eletricidade aumentaram 18% em 2010.[273]
Devido à sua rápida expansão econômica, o país tem um dos mercados de energia que crescem mais rapidamente no mundo e espera-se que se torne o segundo maior contribuinte no aumento da demanda energética global até 2035, sendo responsável por 18% do aumento do consumo mundial.[270] Dada a crescente demanda de energia e as limitadas reservas de combustíveis fósseis no mercado interno, o país tem planos ambiciosos para expandir suas indústrias de energia renovável e nuclear. A Índia tem o quinto maior mercado de energia eólica do mundo[274] e tem planos de adicionar cerca de 20 gigawatts de capacidade de energia solar até 2022,[270] além de também prever aumentar a contribuição da energia nuclear para a capacidade total de geração de eletricidade de 4,2% para 9% em 25 anos.[275] O país tem cinco reatores nucleares em construção e planeja construir outros dezoito até 2025.[276]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Cultura da Índia

A cidade de Varanasi, às margens do rio Ganges, é uma das mais antigas do mundo e um dos sete locais mais sagrados do hinduísmo e do jainismo.
A história cultural indiana se estende por mais de 4 500 anos de história.[277] Durante o período védico (ca. 1 700-500 a.C.), os fundamentos da filosofia, mitologia e literatura hindu foram estabelecidos e muitas crenças e práticas que ainda existem atualmente, tais como dharmakarmayoga e moksha, foram consolidadas.[278] A Índia é notável por sua diversidade religiosa, sendo hinduísmo,sikhismoislamismocristianismo e jainismo as principais e mais populares religiões do país.[279] A religião predominante, o hinduísmo, foi moldada por várias escolas históricas de pensamento, como os upanixades,[280] os yoga sutras, o movimento bhakti[279] e a filosofiabudista.[281]
A cultura indiana está marcada por um alto grau de sincretismo[282] e pluralismo. Os indianos têm conseguido conservar suas tradições previamente estabelecidas, enquanto absorvem novos costumes, tradições e ideias de invasores e imigrantes, ao mesmo tempo que estendem a sua influência cultural a outras partes da Ásia, principalmente Indochina e Extremo Oriente.[283]
A sociedade tradicional da Índia está definida como uma hierarquia social relativamente restrita. O sistema indiano de castas descreve a estratificação e as restrições sociais do subcontinente indiano; também define as classes sociais por grupos endogâmicos hereditários, que a princípio se denominam jatis ou castas.[284] A Índia declarou a "intocabilidade" ilegal em 1947 e, desde então, promulgou outras leis antidiscriminatórias e iniciativas para o bem-estar social, embora relatórios sugiram que muitos dalits ("ex-intocáveis​​") e outras castas mais baixas em áreas rurais continuam a serem segregadas e enfrentam perseguição e discriminação.[285] [286] [287] No local de trabalho das grandes cidades e nas principais empresas indianas ou internacionais, o sistema de castas praticamente perdeu a sua importância.[288] [289]

Indianos celebrando o Holi, conhecido como Festival das Cores, em Adoor, no estado de Kerala.
Os valores tradicionais das famílias indianas são muito respeitados e o modelo patriarcal tem sido o mais comum durante séculos, ainda que recentemente a família nuclear esteja se convertendo no modelo seguido pela população que vive na zona urbana.[216] A maioria dos indianos tem seus casamentos arranjados por seus pais e por outros membros da família respeitados, com o consentimento da noiva e do noivo.[290] O matrimônio é planejado para toda a vida,[290] a taxa de divórcio é extremamente baixa.[291] O casamento na infância é ainda uma prática comum, e metade das mulheres indianas se casa antes dos dezoito anos.[292] [293]
Muitas celebrações indianas são de origem religiosa, ainda que algumas independam da casta ou credo. Alguns dos festivais mais populares do país são: DiwaliHoliDurga PujaEid ul-FitrEid al-AdhaNatal e Vesak.[294] Além destas, a nação tem três festas nacionais: o dia da República, o dia da independência e o Gandhi Jayanti, em homenagem a Mahatma Gandhi. Uma outra série de dias festivos, variando entre nove e doze dias, são oficialmente celebrados em cada estado nacional. As práticas religiosas são parte integral da vida cotidiana e são um assunto de interesse público. A roupa tradicional varia de acordo com as cores e estilos segundo a região e depende de certos fatores, incluindo o clima. Os estilos de vestir incluem prendas simples como o sári para as mulheres e o dhoti para oshomenscalças e camisas de estilo europeu também são populares entre os homens.[295] O uso de joias delicadas, modeladas em flores reais usados ​​durante a Índia antiga, faz parte de uma tradição que remonta a cerca de 5.000 anos; pedras preciosas também são usadas ​​na Índia como talismãs.[296]

Culinária[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Culinária da Índia

Especiarias indianas no mercado de Mapuçá, em Goa
A culinária indiana apresenta uma forte dependência de ervas e especiarias, com pratos muitas vezes apelando para o uso sutil de uma dúzia ou mais de condimentos diferentes;[297] a gastronomia do país também é conhecida por suas preparações tandoori. No tandoor, um forno de argila usado na Índia há quase 5 000 anos, as carnes ficam com uma "suculência incomum" e é possível produzir o pão sírio inchado conhecido como naan.[298] Os alimentos básicos são o trigo (principalmente no norte do país),[299] arroz (especialmente no sul e no leste) e lentilhas.[300] Muitas especiarias populares no mundo todo são nativas do subcontinente indiano,[301] enquanto o pimentão, que é nativo das Américas e foi introduzido pelos portugueses, é amplamente utilizado pela população local.[302] O ayurveda, um sistema de medicina tradicional, usa seis rasas e três gunas para ajudar a descrever os comestíveis.[303] Ao longo do tempo, conforme ossacrifícios de animais feitos pelos védicos foram suplantados pela noção de sacralidade inviolável da vaca, o vegetarianismo foi associado a um alto nível religioso e tornou-se cada vez mais popular,[304] uma tendência auxiliada pelo aumento de normas budistas,jainistas e bhaktihindus.[305] A Índia tem a maior concentração de vegetarianos do mundo: uma pesquisa realizada em 2006 constatou que 31% dos indianos eram lactovegetarianos e outros 9% eram ovovegetarianos.[305] Entre os costumes alimentares mais tradicionais e comuns estão refeições feitas perto ou no próprio chão, refeições segregadas por casta e gênero e uso da mão direita ou de um pedaço de roti (tipo de pão) no lugar dostalheres.[306] [307]

Artes e arquitetura[editar | editar código-fonte]

 Mais informações: Arte da Índia
Grande parte da arquitetura indiana, incluindo o Taj Mahal e outras obras da arquitetura mogol e do sul da Índia, combina antigas tradições locais com estilos importados de outras nações.[308] A arquitetura vernacular, no entanto, é altamente regionalizada. A Vastu Shastra, literalmente "ciência da construção" ou "arquitetura" e atribuída a Mamuni Maia,[309] explora como as leis da natureza afetam as habitações humanas,[310] além de empregar geometria precisa e alinhamentos direcionais para refletir construções cósmicas.[311]
A arquitetura dos templos hindus é influenciada pelos Shastras Shilpa, uma série de textos fundamentais cuja forma mitológica básica é amandala Vastu-Purusha, uma praça que encarna o conceito de "absoluto".[312] O Taj Mahal, construído na cidade de Agra entre 1631 e 1648 por ordem do imperador Shah Jahan e em memória de sua esposa, é descrito na lista do Patrimônio Mundial da UNESCO como "a joia da arte muçulmana na Índia e uma das obras-primas universalmente admiradas da herança do mundo".[313] A arquitetura neo-indo-sarracena, desenvolvida pelos britânicos no final do século XIX, baseou-se em arquitetura indo-islâmica.[314]

Artes cênicas[editar | editar código-fonte]

 Mais informações: Música da Índia

Músicos folclóricos em Hyderabad
música indiana varia através de várias tradições e estilos regionais. A música clássica abrange dois gêneros e suas diversas ramificações populares: o hindustai, do norte, e escolas carnáticas, do sul.[315] Entre as formas populares regionalizadas incluem-se ofilmi e músicas folclóricas; a tradição sincrética dos bauls é uma forma bem conhecida desta última. A dança indiana também tem formas clássicas e diversas. Entre as danças folclóricas mais conhecidas estão o bhangra do Punjabe, o bihu de Assam, o chhau de Bengala Ocidental e Jharkhand, o sambalpuri de Odisha, o ghoomar do Rajastão e o lavani, de Maharashtra. Oito formas de dança, muitas com formas narrativas e elementos mitológicos, têm sido reconhecidas como danças clássicas pela Academia Nacional de Música, Dança e Teatro da Índia. São elas: bharatanatyam, do estado de Tamil Nadu, kathak,de Uttar Pradesh, kathakali e mohiniyattam, de Kerala,kuchipudi, de Andhra Pradesh, manipuri, de Manipur, odissi, de Orissa, e o sattriya, de Assam.[316] O teatro indiano mescla música, dança e diálogos improvisados ou escritos.[317] Muitas vezes baseado na mitologia hindu, mas também inspirado em romances medievais ou eventos sociais e políticos, o teatro indiano inclui o bhavai de Gujarat, o jatra de Bengala Ocidental, o nautanki e o ramlila do Norte da Índia, o tamasha de Maharashtra, o burrakatha de Andhra Pradesh, o terukkuttu de Tamil Nadu e o yakshagana de Karnataka.[318]


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