Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Chico Buarque de Holanda)
Chico Buarque | |
---|---|
Chico Buarque recebendo o prêmio de melhor livro na 5º edição do prêmio BRAVO! Prime de Cultura em 2009 | |
Informação geral | |
Nome completo | Francisco Buarque de Hollanda |
Também conhecido(a) como | Chico Buarque |
Nascimento | 19 de junho de 1944 (72 anos) |
Local de nascimento | Rio de Janeiro, DF Brasil |
Gênero(s) | MPB, samba, bossa nova, choro |
Ocupação(ões) | Cantor, compositor, dramaturgo, escritor |
Instrumento(s) | vocal, violão |
Extensão vocal | Barítono |
Período em atividade | 1962 - presente |
Outras ocupações | Ator |
Afiliação(ões) | Caetano Veloso, Milton Nascimento, Tom Jobim, Edu Lobo, Nara Leão, Maria Bethânia, Gal Costa |
Influência(s) | Noel Rosa, Ismael Silva, Roberto Menescal, Luiz Bonfá, Jacques Brel, João Donato, João Gilberto, Dori Caymmi, Edu Lobo, Elis Regina, Cartola, Tom Jobim, Baden Powell, Vinícius de Moraes[1] |
Página oficial | Site oficial |
Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico Buarque (Rio de Janeiro, 19 de junho de 1944), é um músico, dramaturgo e escritor brasileiro. É conhecido por ser um dos maiores nomes da música popular brasileira (MPB). Sua discografia conta com aproximadamente oitenta discos, entre eles discos-solo, em parceria com outros músicos e compactos.[2]
Filho do historiador Sérgio Buarque de Hollanda e de Maria Amélia Cesário Alvim, escreveu seu primeiro conto aos 18 anos,[3] ganhando destaque como cantor a partir de 1966, quando lançou seu primeiro álbum, Chico Buarque de Hollanda, e venceu o Festival de Música Popular Brasileira com a música A Banda. [4][5]Autoexilou-se na Itália em 1969, devido à crescente repressão do regime militar do Brasil nos chamados "anos de chumbo", tornando-se, ao retornar, em 1970, um dos artistas mais ativos na crítica política e na luta pela democratização no país. Na carreira literária, foi vencedor de três Prêmios Jabuti: o de melhor romance em 1992 com Estorvo e o de Livro do Ano, tanto pelo livro Budapeste, lançado em 2004, como por Leite Derramado, em 2010.
Foi casado por 33 anos (de 1966 a 1999) com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Sílvia Buarque, Helena e Luísa.[6][7] Chico é irmão das cantoras Miúcha, Ana de Hollanda e Cristina. Ao contrário da crença popular, o dicionarista Aurélio Buarque de Holanda era apenas um primo distante do pai de Chico.[8]
Em 2 de dezembro de 2012, foi confirmado por Miguel Faria, um documentário, do qual apresentará um show de Chico organizado para a produção, mesclado com depoimentos dele e de outros nomes da música nacional, além de encenações com personagens das canções mais famosas do artista.[9][10]
Índice
[esconder]Biografia[editar | editar código-fonte]
Francisco Buarque de Hollanda nasceu em 19 de junho de 1944 na cidade do Rio de Janeiro, filho de Sérgio Buarque de Hollanda (1902–1982), um importante historiador e jornalista brasileiro, e de Maria Amélia Cesário Alvim (1910–2010), pintora e pianista.[3] Nos primeiros versos da sua canção "Paratodos", Chico Buarque celebra seus ascendentes familiares: O meu pai era paulista / Meu avô, pernambucano / O meu bisavô, mineiro / Meu tataravô, baiano. O "avô pernambucano" ao qual o cantor se refere era paterno: Cristóvão Buarque de Hollanda. Já o "bisavô mineiro", Francisco Cesário Alvim, e o "tataravô baiano", Eulálio da Costa Carvalho, eram pelo lado materno.[11]
Em 1946, mudou-se para São Paulo, onde o pai assumiu a direção do Museu do Ipiranga. Chico sempre revelou interesses pela música, tal interesse foi bastante reforçado pela convivência com intelectuais como Vinicius de Moraes e Paulo Vanzolini.[12]
Em 1953, Sérgio Buarque de Hollanda, pai do cantor, foi convidado para lecionar na Universidade de Roma. A família Buarque de Hollanda, então, muda-se para a Itália. Chico aprende dois idiomas estrangeiros, na escola fala inglês, e nas ruas, italiano. Nessa época, compõe as suas primeiras marchinhas de Carnaval.[12]
Chico regressa ao Brasil em 1960. No ano seguinte, produz suas primeiras crônicas no jornal Verbâmidas, do Colégio Santa Cruz de São Paulo, nome criado por ele.[13] Sua primeira aparição na imprensa, porém, não foi em relação ao seu trabalho, mas sim policial. Publicada, no jornal Última Hora, de São Paulo, a notícia de que Chico e um amigo furtaram um carro nas proximidades do estádio do Pacaembu para passear pela madrugada paulista foi anunciada com a manchete "Pivetes furtaram um carro: presos".[14][15].
Em 1998, o artista foi homenageado no Desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro, pela GRES Estação Primeira de Mangueira, no enredo "Chico Buarque da Mangueira". A escola verde e rosa dividiu o título de campeã daquele carnaval com a Beija-Flor de Nilópolis.[16][17]
Em 2015, participou da canção "Trono de Estudar", composta por Dani Black em apoio aos estudantes que se articularam contra o projeto de reorganização escolar do governo estadual de São Paulo. A faixa teve a participação de outros 17 artistas brasileiros: Arnaldo Antunes (ex-Titãs), Tiê, Dado Villa-Lobos (Legião Urbana), Paulo Miklos (Titãs), Tiago Iorc, Lucas Silveira (Fresno), Filipe Catto, Zélia Duncan, Pedro Luís (Pedro Luís & A Parede), Fernando Anitelli (O Teatro Mágico), André Whoong, Lucas Santtana, Miranda Kassin, Tetê Espíndola, Helio Flanders (Vanguart), Felipe Roseno e Xuxa Levy.[18]
Início de carreira[editar | editar código-fonte]
Chico Buarque chegou a ingressar no curso de Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo em 1963. Cursou dois anos e parou em 1965, quando começou a se dedicar à carreira artística. Neste ano, lançou Sonho de Carnaval, inscrita no I Festival Nacional de Música Popular Brasileira, transmitida pela TV Excelsior, além de Pedro Pedreiro, música fundamental para experimentação do modo como viria a trabalhar os versos, com rigoroso trabalho estilístico morfológico e politização, mais significativamente na década de 1970.[1] A primeira composição do Chico foi aos 15 anos de idade, Canção dos Olhos (1959). A primeira gravação foi também uma marchinha, "Marcha para um dia de sol", gravada por Maricene Costa, em 1964.[19]
Conheceu Elis Regina, que havia vencido o Festival de Música Popular Brasileira (1965) com a canção Arrastão, mas a cantora acabou desistindo de gravá-lo devido à impaciência com a timidez do compositor. Chico Buarque revelou-se ao público brasileiro quando ganhou o mesmo Festival, no ano seguinte (1966), transmitido pela TV Record, com A Banda, interpretada por Nara Leão (empatou em primeiro lugar com Disparada, de Geraldo Vandré, interpretada por Jair Rodrigues).[1] No entanto, Zuza Homem de Mello, no livro A Era dos Festivais: Uma Parábola, revelou que "A Banda" venceu o festival. O musicólogo preservou por décadas as folhas de votação do festival. Nelas, consta que a música "A Banda" ganhou a competição por 7 a 5. Chico, ao perceber que ganharia, foi até o presidente da comissão e disse não aceitar a derrota de Disparada. Caso isso acontecesse, iria na mesma hora entregar o prêmio ao concorrente.[20]
No dia 10 de outubro de 1966, data da final, iniciou o processo que designaria Chico Buarque como unanimidade nacional, alcunha criada por Millôr Fernandes.[21]
Canções como Ela e sua Janela, de 1966, começam a demonstrar a face lírica do compositor. Com a observação da sociedade, como nas diversas vezes em que citação do vocábulo janela está presente em suas primeiras canções: Juca, Januária, Carolina, A Banda e Madalena foi pro Mar. As influências de Noel Rosa podem ser notadas em A Rita, 1965, citado na letra, e Ismael Silva, como em marchas-ranchos.[20]
Festivais de MPB na década de 1960[editar | editar código-fonte]
No festival de 1967, faria sucesso também com Roda Viva, interpretada por ele e pelo grupo MPB-4 — amigos e intérpretes de muitas de suas canções. Em 1968, voltou a vencer outro Festival, o III Festival Internacional da Canção da TV Globo. Como compositor, em parceira com Tom Jobim, com a canção Sabiá. Mas, desta vez, a vitória foi contestada pelo público, que preferiu a canção que ficou em segundo lugar: Pra não dizer que não falei de flores, de Geraldo Vandré.[1]
A participação no Festival, com A Banda, marcou a primeira aparição pública de grande repercussão apresentando um estilo amparado no movimento musical urbano carioca da Bossa nova, surgido em 1957. Ao longo da carreira, o samba e a MPB seriam estilos amplamente explorados.[20]
Trilha-sonora e adaptações de livros[editar | editar código-fonte]
Chico participou como ator e compôs várias canções de sucesso para o filme Quando o Carnaval Chegar e foi diretor musical de Joanna Francesa com Roberto Menescal, com quem compôs a canção-tema, ambos filmes dirigidos por Cacá Diegues.[22] Compôs a canção-tema do longa-metragem Vai trabalhar Vagabundo, de Hugo Carvana — Carvana chegou a modificar o roteiro a fim de usá-la melhor. Faria o mesmo com os filmes seguintes desse diretor: Se segura malandro e Vai trabalhar vagabundo II. Adaptou canções de uma peça infantil para o filme Os Saltimbancos Trapalhões do grupo humorístico Os Trapalhões e com interpretações de Lucinha Lins. Outras adaptações de uma peça homônima de sua autoria foram feitas para o filme Ópera do Malandro, mais um musical cinematográfico. Vários filmes que tiveram canções-temas de sua autoria e que fizeram muito sucesso além dos citados: Bye Bye Brasil, Dona Flor e seus dois maridos e Eu te amo, os dois últimos com Sônia Braga. Recentemente, chegou a ter uma participação especial como ator no filme Ed Mort.[1] Ele escreveu um livro que virou filme, Benjamim, que foi ao ar nos cinemas em 2003, tendo como intérpretes dos personagens principais Cleo Pires, Danton Melo e Paulo José.[21]
Em maio de 2009, é lançado o filme Budapeste com roteiro baseado em livro homônimo de Chico Buarque. No filme, há também a participação especial do escritor.
Teatro e literatura[editar | editar código-fonte]
Musicou as peças Morte e vida severina e o infantil Os Saltimbancos. Escreveu também várias peças de teatro, entre elas Roda Viva (proibida), Gota d'Água, Calabar (proibida), Ópera do malandro e cinco livros: Estorvo, Benjamim, Budapeste, Leite Derramado e O irmão Alemão .[21]
Chico Buarque sempre se destacou como cronista nos tempos de colégio; seu primeiro livro foi publicado em 1966, trazendo os manuscritos das primeiras composições e o conto Ulisses, e ainda uma crônica de Carlos Drummond de Andrade sobre A Banda. Em 1974, escreve a novela pecuária Fazenda modelo e, em 1979, Chapeuzinho Amarelo, um livro-poema para crianças. A bordo do Rui Barbosa foi escrito em 1963 ou 1964 e publicado em 1981. Em 1991, publica o romance Estorvo (vencedor do Prêmio Jabuti de melhor romance em 1992[23]) e, quatro anos depois, escreve o livro Benjamim. Em 2004, o romance Budapeste ganha o Prêmio Jabuti de Livro do Ano.[24] Em 2009, lança o livro Leite Derramado, que também recebe o Prêmio Jabuti de Livro do Ano.[24] Em 2016, é anunciada a estreia da versão teatral deste romance pelo Club Noir, estrelada por Helena Ignez e Luiz Päetow.[25] Oficialmente, a vendagem mínima de seus livros é de 500 mil exemplares no Brasil.
Polêmica sobre o Prêmio Jabuti[editar | editar código-fonte]
Tanto Budapeste quanto Leite Derramado venceram o Prêmio Jabuti como Livro do Ano sem terem vencido o mesmo prêmio na categoria Melhor Romance. Budapeste foi o terceiro colocado na premiação de melhor romance de 2004, enquanto Leite Derramado havia sido o segundo colocado em 2010. Após a escolha de 2010, muitas críticas foram feitas à forma de premiação, tendo em vista que, na premiação por categorias, o júri seria composto por especialistas, sendo que na premiação para Livro do Ano, a votação representaria a vontade dos empresários do setor. Os três primeiros colocados de cada categoria concorriam ao prêmio final, de Livro do Ano. Uma petição on line, intitulada "Chico, devolve o Jabuti!", recolheu milhares de assinaturas. A editora Record (que publicara Se Eu Fechar os Olhos Agora, de Edney Silvestre, vencedor na categoria melhor romance e preterido na votação final) criticou o regulamento do prêmio, alegando que favoreceria pessoas com grande penetração na mídia e seria um desrespeito com o júri especializado e com os próprios autores, anunciando que deixaria de inscrever candidatos ao prêmio.[24] Com a polêmica, foi anunciado que em 2011 apenas os vencedores de cada categoria concorreriam à premiação final.[26]
Programas televisivos[editar | editar código-fonte]
Deixou de participar de programas populares de televisão, tendo problemas com a TV Excelsior, durante o ensaio para o programa do Chacrinha, em que um dos produtores teria feito uma piada com a letra da canção Pedro Pedreiro: "Não dá para esse trem chegar mais cedo, não?" - referindo-se à extensão da letra de sessenta versos. Irritado, Chico foi embora e nunca se apresentou no programa.[20] O executivo Boni proibiu qualquer referência a Chico durante a programação da TV Globo, depois que ambos também tiveram um entrevero, mas por pouco tempo, uma vez que ainda durante a década de 1970 (e o começo da de 80) músicas suas constavam das trilhas de várias telenovelas, como Espelho Mágico e Sétimo Sentido.[27] Ao fim da proibição vários anos depois, Chico aceitou fazer um programa com Caetano Veloso, que contou com a participação de outros artistas.
Crítica ao Regime Militar do Brasil[editar | editar código-fonte]
Ameaçado pelo regime militar, esteve autoexilado na Itália em 1969, onde chegou a fazer espetáculos com Toquinho. Nessa época, teve suas canções Apesar de você (que dizem ser uma alusão negativa ao presidente Emílio Garrastazu Médici, mas que Chico sustenta ser em referência à situação) e "Cálice" proibidas pela censura brasileira. Adotou o pseudônimo de Julinho da Adelaide, com o qual compôs apenas três canções: Milagre Brasileiro, Acorda amor e Jorge Maravilha. Na Itália, Chico tornou-se amigo do cantor Lucio Dalla, de quem fez a Minha História, versão em português (1970) da canção Gesù Bambino (título verdadeiro 4 marzo 1943), de Lucio Dalla e Paola Palotino.[20]
Ao voltar ao Brasil, continuou com composições que denunciavam aspectos sociais, econômicos e culturais, como a célebre Construção ou a divertida Partido Alto. Apresentou-se com Caetano Veloso (que também foi exilado, mas na Inglaterra) e Maria Bethânia. Teve outra de suas músicas associada a críticas a um presidente do Brasil. Julinho da Adelaide, aliás, não era só um pseudônimo, mas sim a forma que o compositor encontrou para driblar a censura, então implacável ao perceber seu nome nos créditos de uma música. Para completar a farsa e dar-lhe ares de veracidade, Julinho da Adelaide chegou a ter cédula de identidade e até mesmo a conceder entrevista a um jornal da época.[20]
Uma das canções de Chico Buarque que critica o regime é uma carta em forma de música, uma carta musicada que ele fez em homenagem ao Augusto Boal, que vivia no exílio, quando o Brasil ainda vivia sob a regime militar. A canção se chama Meu Caro Amigo e foi dirigida a Boal, que na época estava exilado em Lisboa. A canção foi lançada originalmente num disco de título quase igual, chamado Meus Caros Amigos, do ano de 1976.[20]
- Nordeste já
Valendo-se ainda do filão engajado após o regime militar, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We Are the World, o hit estadunidense que juntou vozes e levantou fundos para a USA for Africa. O projeto de criação coletiva sobre o poema de Patativa do Assaré, Nordeste já (1985) em apoio à causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto com as canções Chega de mágoa e Seca d'água.[20]
Genealogia e parentesco[editar | editar código-fonte]
O pai de Francisco Buarque de Hollanda, Sérgio Buarque de Hollanda, é primo em primeiro grau da mãe de Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira, Maria Buarque Cavalcanti Accioly Lins, sendo ambos netos de Manuel Buarque de Gusmão Lima. A avó materna de Aurélio Buarque de Hollanda Ferreira, Luísa Buarque de Hollanda Cavalcanti, é irmã do avô paterno de Francisco Buarque de Hollanda, Cristóvão Buarque de Hollanda. Uma genealogia parcial,[28]
- Manuel Buarque de Gusmão Lima c.c. Maria Magdalena Pais de Hollanda Cavalcanti (Pais Barreto)
- Luísa Buarque de Hollanda Cavalcanti c.c. Berino Justiniano Accioly Lins
- Maria Buarque Cavalcanti Accioly Lins c.c. Manuel Hermelindo Ferreira
- José Luís Pais Barreto Buarque
- Cristóvão Buarque de Hollanda c.c. Heloísa de Araújo
- Luísa Buarque de Hollanda Cavalcanti c.c. Berino Justiniano Accioly Lins
O "eu" feminino[editar | editar código-fonte]
Composições que se notabilizaram pela decantação de um "eu lírico" feminino, retratando temas a partir do ponto de vista das mulheres com notável poesia e beleza: esse estilo é adaptado em Com açúcar, com afeto escrito para Nara Leão; continuou nessa linha com belas canções como Olhos nos Olhos e Teresinha, gravadas por Maria Bethânia, Atrás da Porta, interpretada por Elis Regina, e Folhetim, com Gal Costa, Iolanda (versão adaptada de letra original de Pablo Milanés), num dueto com Simone, Anos Dourados – um clássico feito em parceria com Tom Jobim para a minissérie de mesmo nome e "O Meu Amor" para a peça "Ópera do Malandro" interpretada por Marieta Severo e Elba Ramalho sendo que, para essa última, fez também "Palavra de Mulher".[20]
Intérpretes de Chico Buarque[editar | editar código-fonte]
O cantor nunca se negou a oferecer composições originais a seus amigos cantores. Muitas dessas passaram a ter versões definitivas em outras vozes. Além das citadas canções do "eu" feminino de Chico, temos o exemplo da performance de Elis Regina na canção Atrás da Porta e O cio da terra, com gravações de Milton Nascimento e da dupla rural Pena Branca & Xavantinho. Há também interpretações de Oswaldo Montenegro, que, em 1993, lançou o disco Seu Francisco, produzido por Hermínio Bello de Carvalho, e Ney Matogrosso que, em 1996, lançou Um Brasileiro.[20]
Deve-se mencionar ainda seu êxito em outras composições que fez para cantores populares que não estavam em destaque, como nos casos de Ângela Maria, que gravou Gente Humilde, e Cauby Peixoto com Bastidores. Dentre os artistas que regravaram músicas suas em estilo popular, podem ser citados ainda Rolando Boldrin, que relançou Minha História, e a banda Engenheiros do Hawaii que, no ano 2000, gravou Quando o Carnaval Chegar, no álbum 10.000 Destinos.[20]
Parceiros[editar | editar código-fonte]
Desde muito jovem, Chico conquistou reconhecimento de crítica e público tão logo os primeiros trabalhos foram apresentados. Ao longo da carreira, foi parceiro como compositor e intérprete de vários dos maiores artistas da MPB como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho, Milton Nascimento, Ruy Guerra e Caetano Veloso. Os parceiros mais constantes são Francis Hime e Edu Lobo.[20]
Obra teatral[editar | editar código-fonte]
Em 1965, a pedido de Roberto Freire, diretor do Teatro da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (TUCA), na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Chico musicou o poema Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto, para a montagem da peça.[20]Desde então, sua presença no teatro brasileiro tem sido constante:[21]
- Roda viva
A peça Roda viva foi escrita por Chico Buarque no final de 1967 e estreou no Rio de Janeiro, no início de 1968, sob a direção de José Celso Martinez Corrêa, com Marieta Severo, Heleno Pests e Antônio Pedro nos papéis principais. A temporada no Rio foi um sucesso, mas a obra virou um símbolo da resistência contra o regime militar durante a temporada da segunda montagem, com Marília Pêra e Rodrigo Santiago. Um grupo de cerca de 110 pessoas do Comando de Caça aos Comunistas (CCC) invadiu o Teatro Galpão, em São Paulo, em julho daquele ano, espancou artistas e depredou o cenário. No dia seguinte, Chico Buarque estava na plateia para apoiar o grupo e começava um movimento organizado em defesa de Roda viva e contra a censura nos palcos brasileiros. Chico disse no documentário Bastidores, que pode ter havido um erro, e que a peça que o comando deveria invadir acontecia em outro espaço do teatro.
- Calabar
Calabar: o Elogio da Traição, foi escrita no final de 1973, em parceria com o cineasta Ruy Guerra e dirigida por Fernando Peixoto. A peça relativiza a posição de Domingos Fernandes Calabar no episódio histórico em que ele preferiu tomar partido ao lado dos holandeses contra a coroa portuguesa. Era uma das mais caras produções teatrais da época, custou cerca de 30 mil dólares e empregava mais de 80 pessoas. Como sempre, a censura do regime militar deveria aprovar e liberar a obra em um ensaio especialmente dedicado a isso. Depois de toda a montagem pronta e da primeira liberação do texto, veio a espera pela aprovação final. Foram três meses de expectativa e, em 20 de outubro de 1974, o general Antônio Bandeira, da Polícia Federal, sem motivo aparente, proibiu a peça, proibiu o nome "Calabar" e proibiu que a proibição fosse divulgada. O prejuízo para os autores e para o ator Fernando Torres, produtores da montagem, foi enorme. Seis anos mais tarde, uma nova montagem estrearia, desta vez, liberada pela censura.[21]
- Gota d'água
Em 1975, Chico escreveu com Paulo Pontes a peça Gota d'Água, a partir de um projeto de Oduvaldo Viana Filho, que já havia feito uma adaptação de Medeia, de Eurípedes, para a televisão. A tragédia urbana, em forma de poema com mais de quatro mil versos, tem como pano de fundo as agruras sofridas pelos moradores de um conjunto habitacional, a Vila do Meio-dia, e, no centro, a relação entre Joana e Jasão, um compositor popular cooptado pelo poderoso empresário Creonte. Jasão termina por largar Joana e os dois filhos para casar-se com Alma, a filha do empresário. A primeira montagem teve Bibi Ferreira no papel de Joana e a direção de Gianni Ratto. Luiz Linhares foi um dos atores daquela primeira montagem.[21]
- Ópera do malandro
Ver artigo principal: Ópera do Malandro
O texto da Ópera do malandro é baseado na Ópera dos mendigos (1728), de John Gay, e na Ópera de três vinténs (1928), de Bertolt Brecht e Kurt Weill. O trabalho partiu de uma análise dessas duas peças conduzida por Luís Antônio Martinez Corrêa e que contou com a colaboração de Maurício Sette, Marieta Severo, Rita Murtinho e Carlos Gregório.[21]
A equipe também cooperou na realização do texto final através de leituras, críticas e sugestões. Nessa etapa do trabalho, muito valeram os filmes Ópera de três vinténs, de Pabst, e Getúlio Vargas, de Ana Carolina, os estudos de Bernard Dort O teatro e sua realidade, as memórias de Madame Satã, bem como a amizade e o testemunho de Grande Otelo. Participou ainda o professor Manuel Maurício de Albuquerque para uma melhor percepção dos diferentes momentos históricos em que se passam as três óperas. O professor Werneck Viana contribuiu posteriormente com observações muito esclarecedoras. E Maurício Arraes juntou-se ao grupo, já na fase de transposição do texto para o palco. A peça é dedicada à lembrança de Paulo Pontes.[21]
- O Grande Circo Místico
Ver artigo principal: O Grande Circo Místico
Inspirado no poema do modernista Jorge de Lima, Chico e Edu Lobo compuseram juntos a canção homônima para este espetáculo, que estreou em 17 de março de 1983[29]. Durante os dois anos seguintes, viajaram o país apresentando este que foi um dos maiores e mais completos espetáculos já realizados. Um disco coletivo foi lançado pela Som Livre para registrar a obra, com interpretações de grandes nomes da MPB.
Discografia[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Discografia de Chico Buarque
- 1966: Chico Buarque de Hollanda
- 1966: Morte e Vida Severina
- 1967: Chico Buarque de Hollanda vol. 2
- 1968: Chico Buarque de Hollanda (compacto)
- 1968: Chico Buarque de Hollanda vol. 3
- 1969: Umas e Outras (compacto)
- 1969: Chico Buarque na Itália
- 1970: Apesar de Você
- 1970: Per un Pugno di Samba
- 1970: Chico Buarque de Hollanda - Nº4
- 1971: Construção
- 1972: Quando o Carnaval Chegar
- 1972: Caetano e Chico Juntos e ao Vivo
- 1973: Chico Canta
- 1974: Sinal Fechado
- 1975: Chico Buarque & Maria Bethânia ao Vivo
- 1976: Meus Caros Amigos
- 1977: Milton & Chico
- 1977: Os Saltimbancos
- 1977: Gota d'Água
- 1978: Chico Buarque
- 1979: Ópera do Malandro
- 1980: Vida
- 1980: Show 1º de Maio
- 1981: Almanaque
- 1981: Saltimbancos Trapalhões
- 1982: Chico Buarque en Español
- 1983: Para Viver um Grande Amor (trilha sonora)
- 1983: O Grande Circo Místico
- 1984: Chico Buarque
- 1985: O Corsário do Rei
- 1985: Malandro
- 1986: Melhores Momentos de Chico & Caetano
- 1986: Ópera do Malandro
- 1987: Francisco
- 1988: Dança da Meia-Lua
- 1989: Chico Buarque
- 1990: Chico Buarque ao vivo Paris Le Zenith (disco de ouro)
- 1993: Paratodos (disco de ouro)
- 1995: Uma Palavra
- 1997: Terra
- 1998: As Cidades (disco de ouro)
- 1998: Chico Buarque de Mangueira
- 1999: Chico ao Vivo (disco de ouro)
- 2001: Cambaio
- 2002: Chico Buarque – Duetos
- 2004: Perfil - Chico Buarque
- 2005: Chico No Cinema
- 2006: Carioca (CD + DVD com o documentário Desconstrução)
- 2007: Carioca Ao Vivo
- 2008: Chico Buarque Essencial
- 2010: Chico Buarque Perfil 2
- 2011: Chico
Videografia[editar | editar código-fonte]
- 2001: Chico e as Cidades (disco de ouro)
- 2003: Chico ou o país da delicadeza perdida (DVD)
- 2005: Meu Caro Amigo (DVD) (disco de platina)
- 2005: À Flor da Pele (DVD) (disco de platina)
- 2005: Vai passar (DVD) (disco de platina)
- 2005: Anos Dourados (disco de platina)
- 2005: Estação Derradeira (DVD) (disco de platina)
- 2005: Bastidores (disco de platina)
- 2006: Roda Viva
- 2006: O Futebol
- 2006: Romance
- 2006: Uma Palavra
- 2006: Cinema
- 2006: Saltimbancos
- 2006: Carioca (CD + DVD com o documentário Desconstrução)
- 2007: Carioca Ao Vivo
- 2012: Na Carreira (DVD)
Outros trabalhos[editar | editar código-fonte]
Livros
| Peças
| Filmes
|
Prêmios e Indicações[editar | editar código-fonte]
Ano | Prêmio | Categoria | Nomeação | Resultado |
---|---|---|---|---|
1967 | Troféu Imprensa [30] | Revelação do Ano | Chico Buarque | Venceu |
1972 | Melhor Cantor | Indicado | ||
1975 | Venceu | |||
1976 | Indicado | |||
1992 | Prêmio Jabuti[31] | Romance | Estorvo | Venceu |
Livro do Ano Ficção | Venceu | |||
2002 | Grammy Latino [32] | Melhor Álbum de Música Popular Brasileira | Cambaio | Venceu |
2004 | Prêmio Jabuti[33] | Livro do Ano Ficção | Budapeste | Venceu |
Romance | Venceu | |||
2008 | Grammy Latino [34] | Melhor Álbum de Música Popular Brasileira | Carioca - Ao Vivo | Indicado |
2010 | Prêmio Jabuti[35] | Livro do Ano Ficção | Leite Derramado | Venceu |
Romance | Venceu | |||
2012 | Grammy Latino [36] | Álbum do Ano | Chico | Indicado |
2013 | Prémio Casa de las Américas | Prémio de Narrativa José María Arguedas | Leite derramado | Venceu |
2014 | Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (1972) | Categoria Romance | O Irmão Alemão | Venceu |
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ ab c d e John Dougan. «Chico Buarque - biography». Allmusic. Consultado em 04 de novembro de 2012 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda) - ↑ «Discografia de Chico Buarque». Chico Buarque. Consultado em 17 de dezembro de 2011
- ↑ ab HUNT, Jemima (18 de julho de 2004). «The lionised king of Rio» (em inglês). The Guardian. Consultado em 27 de março de 2012
- ↑http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/10/332991.shtm
- ↑ Wilson H. Silva (2004). «Chico Buarque: múltiplo e singular». Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado. Consultado em 04 de novembro de 2012 Verifique data em:
|acessodata=
(ajuda) - ↑ «Marieta Severo fala do casamento com Chico Buarque». 45 Graus. 23 de janeiro de 2009. Consultado em 17 de dezembro de 2010
- ↑ MASSON, Celso e LEITE, Virginie (11 de novembro de 1998). «Gotas de inspiração - Depois de cinco anos, Chico Buarque lança um disco que reflete sua crise criativa». Veja. Consultado em 17 de dezembro de 2010
- ↑ «Entrevista com Chico Buarque sobre seu livro Leite Derramado»
- ↑ Carlos Helíde Almeida (2 de dezembro de 2012). «Chico Buarque vai ganhar documentário com paralelo entre carreira de cantor e compositor». O Globo. Consultado em 3 de dezembro de 2012
- ↑ Lucas Salgado (3 de dezembro de 2012). «Diretor de Vinícius prepara documentário sobre Chico Buarque». AdoroCinema. Consultado em 3 de dezembro de 2012
- ↑ «Chico Buarque». Geni.com. Consultado em 28 de julho de 2016
- ↑ ab Página oficial
- ↑ FOLHA ONLINE (30 de dezembro de 2002). «Saiba mais sobre Ricardo Kotscho, secretário de imprensa de Lula». Folha. Consultado em 17 de dezembro de 2002
- ↑ «1961: Chico é detido por "puxar" um carro». Chico Buarque. Consultado em 17 de dezembro de 2011
- ↑ NUZZI, Vitor (4 de julho de 2004). «Observatório da Imprensa - O retrato do artista». Chico Buarque. Consultado em 19 de julho de 2004
- ↑ Site da Liesa
- ↑ http://www.mangueira.com.br/a-mangueira/historia/
- ↑ «Chico Buarque e outros 18 artistas gravam faixa e clipe em apoio aos estudantes de SP». Rolling Stone Brasil. Spring. 23 de dezembro de 2015. Consultado em 3 de janeiro de 2016
- ↑ Site Oficial do cantor. Entrevista ao Museu da Imagem e do Som (MIS), de 11 de novembro de 1966"
- ↑ ab c d e f g h i j k l m Homem, Wagner "Histórias de Canções: Chico Buarque - "1964/197676' pgs. 17 a 145. Editora Leya. São Paulo (2009)
- ↑ ab c d e f g h Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira -"Dados artísticos"
- ↑ Zappa, Regina. Chico Buarque - para seguir minha jornada. Editora Nova Fronteira
- ↑ «Prêmio Jabuti: Edições Anteriores - Prêmio 1992»
- ↑ ab c «Último Segundo: Prêmio Jabuti cria polêmica no meio literário»
- ↑ «Destaques do Festival Mirada 2016»
- ↑ «G1: Prêmio Jabuti anuncia 'mudanças significativas' em sua 53ª edição»
- ↑ Chico Buarque: Penso Eu - O Globo, 16 de outubro de 2013
- ↑ BUARQUE DE HOLANDA, Bartolomeu. Buarque : uma família brasileira : ensaio histórico-genealógico. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2007.
- ↑ Aramis Millarch (09 de maio de 1989). «O circo místico (e mágico) na maturidade de um ballet». Estado do Paraná. Consultado em 4 de fevereiro de 2015 Verifique data em:
|data=
(ajuda) - ↑http://chancedegol.uol.com.br/hugo/histcur.htm
- ↑ http://premiojabuti.com.br/edicoes-anteriores/premio-1992/
- ↑http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u25944.shtml
- ↑ http://premiojabuti.com.br/edicoes-anteriores/premio-2004/
- ↑http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI12256-9531,00-GILBERTO+GIL+E+CHICO+BUARQUE+SAO+INDICADOS+PARA+O+GRAMMY+LATINO.html
- ↑ http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2010/11/chico-buarque-ganha-outro-premio-de-literatura-com-leite-derramado.html
- ↑ http://www.ofuxico.com.br/noticias-sobre-famosos/confira-a-lista-de-vencedores-do-grammy-latino-2012/2012/11/16-154357.html
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- ALBIN, Ricardo Cravo (Criação e Supervisão Geral). Dicionário Houaiss Ilustrado da Música Popular Brasileira. Rio de Janeiro: Paracatu, 2006.
- CARLOS, Josely Teixeira. Fosse um Chico, um Gil, um Caetano: uma análise retórico-discursiva das relações polêmicas na construção da identidade do cancionista Belchior. 686 p. Tese (Doutorado em Letras), Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013.
- CARVALHO, Gilberto de. Chico Buarque, Análise Poético-musical. Rio de Janeiro: Editora CODECRI, 1982.
- CÉSAR, Ligia Vieira. Poesia e Política nas Canções de Bob Dylan e Chico Buarque. São Paulo: Editora Estação Liberdade, 1993.
- CHEDIAK, Almir. Songbook Chico Buarque (4 volumes). Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 1999.
- DINIZ, Júlio. "A voz e seu dono – poética e metapoética na canção de Chico Buarque de Hollanda". In. FERNANDES, Rinaldo de (Org.). Chico Buarque do Brasil. Rio de Janeiro: Garamond / Biblioteca Nacional, 2004, pp. 259–271.
- DINIZ, Júlio. "O compositor e a cidade". In Letterature D’America, anno XXIV, n.102. Roma: Facoltá di Scienze Umanistiche dell’Universitá di Roma "La Sapienza" / Bulzoni Editore, 2004, pp. 149–168.
- FERNANDES, Rinaldo. Chico Buarque do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Garamond, 2004.
- FONTES, Maria Helena Sansão. Sem Fantasia - Masculino e Feminino em Chico Buarque. Rio de Janeiro: Graphia Editorial, 2003.
- MENESES, Adélia Bezerra de. Desenho Mágico - Poesia e Política em Chico Buarque. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.
- MORAIS JUNIOR, Luis Carlos de. O Sol nasceu pra todos:a História Secreta do Samba. Rio de Janeiro: Litteris, 2011.
- MENESES, Adélia Bezerra de. Figuras do Feminino na Canção de Chico Buarque. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.
- NEPOMUCENO, Eric, WERNECK, Humberto e JOBIM, Tom. Chico Buarque - Letra e música. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.
- SILVA, Anazildo Vasconcelos da. A poética de Chico Buarque. Rio de Janeiro: Editora Sophos, 1974.
- SILVA, Fernando de Barros. Chico Buarque na Coleção Folha explica. São Paulo: Publifolha, 2004.
- TABORDA, Felipe (Org.). A Imagem do Som de Chico Buarque: 80 composições de Chico Buarque interpretadas por 80 artistas contemporâneos. Rio de Janeiro: Editora Francisco Alves, 1999.
- TELES, Viriato. "A Arte por Via das Dúvidas". In Bocas de Cena. Porto: Campo das Letras, 2003.
- URICH, Silvia e ECHEPARE, Roberto. Chico Buarque. Argentina: Gray Edciones, 1985.
- ZAPPA, Regina. Chico Buarque Perfis do Rio. Rio de Janeiro: Editora Zumara, 1999.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Página oficial
- Chico Buarque (em inglês) no Internet Movie Database
- Entrevista ao jornal Folha de S.Paulo
|
Categorias:
- Nascidos em 1944
- Cantores premiados com o Troféu Imprensa
- Agraciados com o Prêmio Jabuti
- Chico Buarque
- Músicos de música popular brasileira
- Cantores do Rio de Janeiro
- Compositores do Rio de Janeiro
- Violonistas do Rio de Janeiro
- Romancistas do Brasil
- Alunos da Universidade de São Paulo
- Socialistas do Brasil
- Opositores da ditadura militar no Brasil (1964–1985)
- Escritores contemporâneos do Brasil
- Ateus do Brasil
- Compositores de trilhas sonoras do Brasil
- Músicos vencedores do MTV Video Music Brasil
- Dramaturgos do Brasil
- Família Buarque de Hollanda
- Naturais do Rio de Janeiro (cidade)
- Família Cavalcanti
- Revelações do ano premiadas com o Troféu Imprensa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Chico_Buarque