POESIAS: O MUNDO É UMA CONVERSA DIFERENTE

  





 



PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4



POESIAS: O MUNDO É UMA CONVERSA DIFERENTE
muito diferente, mas cheia dos encantos da gente
fascinante como abelha que só conversa a produzir
o que conversa são favos, perfeitos para nos seduzir
conversa clara, alucinante que nos deixa gente bela
companhia elegante que sabe nos alegrar com trelas
para sermos quem somos, nos fazendo essenciais nela.

composições a partir de 11 de dezembro de 2022
divulgado no facebook


o conteúdo original que inclui este estudo está neste link aqui


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ÍNDICE


001   1... Conversa que gosto de conversar

002   2... Conversa que de tudo se ouve

003   3... Dessas conversas tolas

004   4... Dessas conversas de ninguém

005   5... Essas conversas que dá fome

006   6... A gente fica com sede de falar

007   7... Conversa diferente e agradável

008   8... Toda conversa sem fim

009   9... Pra que conversar?

010   10... O que conversar com o mundo?

011   11... Conversar são aspirações

012   12... Na conversa somos nós

013   13... Conversando somos fantasia

014   14... Nosso papo sorriso

015   15... Nossa palestra de vida

016   16... Meu casarão de conversas

017   17... Um ano inteiro de assuntos

018   18... Minha versão de vida

019   19... A história que eu conto

020   20... Fim de ano pra falar.




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CONVERSA QUE GOSTO DE CONVERSAR

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O mundo é uma conversa diferente, cheio de encantos, os mais indecentes
Completo de falas e acordos, algumas mentiras e outra manias emergentes
Tudo dentro de uma normalidade, nunca é possível alguém surpreendido
Acontece de tudo, e tudo que acontece, nunca se torna incompreendido
É que todas as falas que possam fazer parte das cenas, são, sim, de gente
Companheiros de lutas, desejos, ambições e manejos de alma indigente
Reposteiros contíguos que emparedam e “inconformam” todas as mentes.
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O que esperar de um mundo assim? Dessa conversa faminta que nos corrói
O que esperar desse papo afim, quando é nossa garganta que constrói?
Nada? Será que isso tem a ver? Estar dentro deste conversar e se precaver?
Ou tudo? Esperar até impossíveis por almas se encontrarem num querer?
O mundo é uma conversa que gosto de conversar por faltarem as certezas
Conversas que podem sair de tudo ou nada, depende só das espertezas
Conversas que se esmeram pelo desdobramento doce das gentilezas.
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Eu amo conversar estas conversas diferentes, são músicas ao meu ouvido
Canções mimadas que descem dos céus para deitarem no meu sentido
Diante do mundo, toda esta gente encantada e tão diferente entre os seus
Sou movido a hidratar o que penso ser real, o que penso que seja só meu
E, assim, como um poeta maravilhado, ergo meus olhos para o horizonte
Vislumbro o mundo e tudo que se faça alado, percebo o que me confronte
Cantando no papel e caneta os desenhos que se construíram no “ontonte”.




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CONVERSA QUE DE TUDO SE OUVE
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Estar na conversa com todo mundo, é ouvir e prestar a atenção com amor
É olhar nos olhos de cada um, é, também, se alimentar de cada um calor
Sabores variados de vidas que se mostram sem as máscaras que gostariam
Argumentos que se ditam ao vento nas falas, posturas e gestos que seriam
A conversa com todo mundo, são momentos infinitos pra de tudo se ouvir
É estar atento, saber beber o que se tem pra viver, o que se tem pra sentir
É conversar calado, é saber estar deitado, é vislumbrar o que estiver por vir
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Por uma conversa com todo mundo, vou longe e não preciso sair do lugar
Viajo distâncias, sei por onde devo ir, por onde me conduzir, como andar
Tenho uma bússola que não me deixa confuso, uma que me dá direção
Trafego por estas conversas, sei encontrar descanso, incentivo e prontidão
Meus pés saúdam as estradas, se alimentam de esperanças pra conversar
Eles se apartam das inconveniências e das angústias, querem se pronunciar
Se embarcam nas convergências que qualquer conversa traga no seu falar.
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Conversar com o mundo, viver as diferenças que isto traz para o cotidiano
É dançar em alegrias por ondas enormes das vozes pronunciadas em piano
É tratar as almas com a doçura do respeito, a candura magia do ser gente
É abrir o coração, ser levado pela paixão, ganhar as alturas de ser contente
É lindo conversar com o mundo, parecer que só um lado está a se inflamar
Estar calado, estar ouvindo, refletir com exaltação o que está a se formar
É ser mais do que mais um, é estar atento, silencioso, beijando o que falar.




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DESSAS CONVERSAS TOLAS
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Para que conversamos? Pra jogar conversa fora, bom motivo pra conversar
Maravilhosa razão pra, horas e horas, em bom papo, bom tempo se gastar
As conversas tolas são magnetismos que a alma produz, que a vida introduz
É como a peça da engenhoca em ação, pra fazer toda a existência dar à luz
As conversas tolas são senhas que, muitas, dizem muito mais do que se diz
Abre portas visíveis e invisíveis que só o olho da alma pode e contradiz
Estendem pontes, derrubam muralhas, que só o ouvido da alma desdiz.
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Conversar com o mundo, com todas as diferenças que isto consegue trazer
Faz cotidianos serem mais ricos, muito mais cheios de felicidade e prazer
Jogar conversa fora com tolices de um simples “bom dia”, sim, gratifica
Ter vivências acaloradas com um simples “tudo bem?”, sim, a vida ratifica
Abrir porta e janelas para olhar o mundo ao redor e encontrar sua gente
É abrir o coração, bem lá no fundo, é abrir os lábios para uma vida contente
É escrachar de gargalhada, até ficar sem fôlego, é brindar o mundo carente
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Ser tolo tem seu preço, mas ter conversas tolas tem seus prêmios a viver
A conversa tola baixa guardas, desnuda desconfianças, faz o outro merecer
Quando nos afeiçoamos a conversar, quando o mundo, encontramos bem
Derramamos nosso espírito, nos doamos inteiros, confiados como ninguém
Passamos a ser o melhor cantor do mundo, o mais eloquente a se dividir
Ficamos os mais inspirados seres na conversa, tendo o melhor dum elixir
Toda nossa linguagem é saudável, relatamos toda saúde a quem nos ouvir.






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DESSAS CONVERSAS DE NINGUÉM

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Conversa das conversas, dessas conversas de ninguém, o mundo sabe ouvir
O próprio mundo incentiva, esse mesmo mundo sabe travar ou construir
A gente se envolve, a gente se comove, a gente só sabe o que é desfrutar
Somos envolvidos, somos combalidos, não há incertezas que nos faça voar
É assim que as conversas vão e vem, que somos jogados de um lado a outro
Cantando com gente que não sabe cantar, dançando com gente e potro
Formidáveis amigos que a vida nos constrange nesse, naquele e nessoutro.
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É como um ritmo que não há como se afastar e se ter e ver de muito longe
É uma cantiga que gruda na lembrança nos impedindo de ser algum monge
Essas conversas de ninguém, que ninguém sabe como começa e se estende
Faz todo mundo se abrasar, faz todo mundo se encantar no que pretende
Não precisa nem começar, quando descobre já está participando do calor
Não precisa nem resistir, pois não vai adiantar, o papo já lhe é envolvedor
Não precisa nem lhe ser familiar, a conversa lhe abraça num ato armador
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Todo mundo se torna vítima, parece uma coisa ordenada e bem-humorada
Uma piada bem-faceja que, aos olhos de todos nós envolvidos, é engraçada
Nessas conversas de ninguém, qualquer expressão é uma marca, uma vida
Nem parece que é uma conversa, mais parece sobrevivência contrapartida
O mundo inteiro se interessa e vem até de longe oferecer sua contribuição
Até com o silêncio se faz notório, com um sorriso demonstra participação
Todo mundo ganha com todo mundo, e essas conversas se esparramam, como batatinhas, pelo chão.




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ESSAS CONVERSAS QUE DÁ FOME
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Quando conversamos com o mundo, com todo mundo, uma fome surge
Vem das entranhas das carências do intelecto e se banha enquanto muge
Mais e mais a conversa avança, mais e mais gente se alcança, mais fome
É inexplicável o que acontece, é tão natural e espontâneo quanto se some
Conversar com gente atrai prazeres e realizações que só a alma percebe
Conversar contente atrai viveres e razões que só a magia calma concebe
Conversar comovente, sim, atrai haveres e importunações de alva e grebe
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Mas, conversar vale a pena, conversar se faz uma possante alta antena
Dessas poderosas que não precisam ir longe, tudo trazem e concatena
Conversar é muito mais que uma conversa, é ir ao mundo e saber viver
Conversar é todo um show que se imersa, é abrir o coração pra se querer
Sorrir ao mundo numa conversa mesmo despretensiosa é uma paixão
Um convite “felicitório” que atrai todo tipo de mais, muito mais de milhão
Uma armação de dominós que se debruçando um a um, correm velozes formando um coração.
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Há muita fome nos papos que desenvolvamos nos ardis de uma conversa
Estar atento para ouvir, interessado para curtir, ameniza a dor perversa
Todo mundo ganha, todo mundo aproveita, e com isto, o mundo se ajeita
Com tudo isto, nada se rejeita, tudo nele, pra todo mundo, se aproveita
A conversa em si é uma declaração de amor, é a todos dizer o que for
É abrir mão de si, em desejo por todos, buscando em todo mundo, o calor
Numa só conversa, com toda fome que ela dá, conversar, com certeza, é muito mais que compensador.




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A GENTE FICA COM SEDE DE FALAR

E conversa vai, e conversa vem, e enquanto falamos, de água a boca enche 
Da garganta seca, até com silêncio do escutar, a gente fala e se preenche
É a sede que dá, uma carência de falar, que a conversa completa de bem
É o líquido doce, sem gosto, que se faz entreposto, e se derrama também
Quanto mais se fala, mais a sede de conversa embala, e a gente gostando
É uma sede que se supre, um líquido mágico que toma conta, aprontando
Fazendo todo mundo gostar de todo mundo até quando estão se opondo.
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O mundo é essa conversa diferente, é essa coisa que toma conta da gente
Que eleva qualquer status que seja intermitente, nos fazendo contentes
Ao estarmos sozinhos, por mais felizes que sejamos com nossa voz calada
É na rua, é no contato com o mundo que nos encontramos para a balada
É no convívio com outras gentes que nos sentimos gente com toda vida
É nos subsídios expoentes que nos abrimos de frente em mente atrevida
É sendo quem somos que certeiros nos opomos à “embroma” colorida.
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A gente fica com sede de falar, é uma pura verdade em qualquer cotidiano
Ficar sem falar, ser silêncio num mundo que conversa, é não ser humano
É ser apenas desses bichinhos que não vivem, sobrevivem como ninguém
É ser apenas desses cheirinhos que se afligem, se infligem, são zé-ninguém
São como poeiras que estão ali e olhos não conseguem vê-los a mencionar
São silêncio imprudente que não conseguem nem de alegria falar e chorar
São nada escondidos atrás de zeros sem nenhuma sede para conversar.




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CONVERSA DIFERENTE E AGRADÁVEL

O mundo que está aí, aberto às janelas, fácil às portas, é mundo de falas
Com estratagemas mil que só ele sabe ter, e só ser, está accessível às claras
Embrenhado às escondidas só para ser encontrado, até para ser bajulado
Um jeito social de se mostrar sempre presente, disponível e interessado
Nestas conversas de todo dia, que todo mundo tem e precisa ter a mais
O mundo ao redor está franco, todo enfeitado, atraente, cheio de sua paz
Buscando, incessantemente, gente que lhe deslumbre como lhe for capaz
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Janelas escancaradas, abertas como se fossem portais de convívio e amor
O mundo oferece conversares diferentes e agradáveis sem nada lhe opor
Em portas largas e confortáveis, o mesmo mundo se debrocha e se oferece
Se lança em sedução, atrai com muita paixão, abre os braços e espairece
É a conversa mais rica que se pode viver, ela é mais do que possa parecer
É um papo agradável que qualquer alma se entorpece e se faz aparecer
Um encontro angelical de conversas animosas, que faz de tudo convencer 
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Como sair desta falação? Como viver outros mundos em suas conversas?
É claro que não é difícil, é muito fácil de se fazer e de se deixar às pressas
Na verdade cada mundo tem seus papos, e todos eles se encontram em si
Em qualquer mundo que se esteja, os seus falares serão diferentes assim
Mas, por serem agradáveis, por serem salutares, os diferentes se parecem
E, de alguma maneira, mesmo com divergências, as conversas se merecem
As pessoas envolvidas, o mundo todo que se encomprida, terão suas vozes como espasmos que se carecem.




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TODA CONVERSA SEM FIM

Ainda conversando sobre conversas, sobre toda conversa sem fim, que temos
O mundo que se mostra com suas diferenças, nos faz em conversares amenos
Quando abre a cortina das manhãs, quando canta nos cantos de seus pássaros
Sempre recorda os papos do dia anterior, as fecundas falas e seus “cássaros”
Nessa briga de gente grande, com dia após dia, todo mundo se infiltra a dizer
Toda gente se apronta para se esconder e com isto vem, se mostra por querer
Dando vivas asas a seus sonhos, contando o dia todo as estradas do seu prazer
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Não há fim nisto, é um dia após o outro, é um acordar após o outro, é assim
Com toda a vontade que cada coração possui, cada inveja que se mostra afim
Todo mundo vai se parecendo e todo o mundo em suas conversas diferentes
Vai se amanhecendo, sempre rejuvenescido, sempre com sua gente contente
E as datas se multiplicam, num piscar de olhos um ano se passa e vai embora
Num estalar de dedos, muitas nuvens se acumulam, se molham e se faz agora
E a gente continua nossa conversa de sempre, todo dia, pois nada nos apavora
.
Sabe o que é isso? Sabe o que é conversar tudo isto, saber que nada nos foge?
É exatamente ser gente, ter a condição de viver, se conduzir e falar com emogi
É ter forças suficientes para bancar super-homens, com coragens e desdéns
É ter farpas na língua, não aceitar sobreviver à míngua, é ser dono de haréns
E como música sem jeito, tirada de garganta honesta, saber ser bem sincero
Sem medos de atrasar a vida e a fadiga, tendo sempre nas mãos, algum cutelo
Confirmando os anseios de uma ótima conversa com o mundo, sua diferença e o peso do seu marelo.




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PRA QUE CONVERSAR?

Há umas questões que precisam ser revistas todos os dias, em todas manhãs
Pra que conversar? Talvez seja a primeira de todas, de nossas primeiras peãs
Qual o sentido de, logo cedo, voltar-se ao mundo pra conversas do nosso dia?
Qual o motivo para em manejo, ir ao encontro dos falares sadios de ousadia?
É que a conversa é vida, e que assim, é quem nos convida para nos levantar
É que a prosa é movida a toda energia que nos faz ser gente, nos faz acordar
Ir em busca da falação no mundo, com suas diferenças, faz a vida nos saudar
.
Essa primeira questão se explica, é ela que implica em nos avisar da existência
É ela que nos carrega em suas asas e nos aprova meiga para toda concorrência
É na troca de falas diferentes com o mundo, que se aprende a dose a respirar
É na sangria das palavras com as diárias convertidas em expressões, que no ar
Todo mundo se entende, todo mundo apreende que não compensa ser o mal
Não precisa, nas dinâmicas dos trocadilhos, se comportar como se fosse fatal
Levar tudo a fogo e faca, mas ser até a porta que a tudo abarca até o seu final.
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E, assim, tudo vai ganhando, a vida vai passando, e todo mundo vai em frente
Uns carregando outros, todos sendo levados por todos em abraço comovente
Respeitando o que cada um é e pensa, o que cada um fala e tenta num luar
Com todos de braços dados, todos bem irmanados numa conversa de ninar
É assim que é, nas caminhadas de cada um dia, as respostas vão se somando
Os porquês e os pra ques conversar, aos montes vão se dizendo e acumulando
E a gente, e todo mundo com a gente, numa mesma pareceria vai se entendendo e se desculpando.




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O QUE CONVERSAR COM O MUNDO?

Uma outra questão matutina, uma outra indagação para o amanhecer do dia
O que conversar com o mundo, o que contar durante o tempo que não tardia?
Que estórias temos que contar, que verdades temos que acordar contando?
Do que depende nossa convivência diária, do que se empreende no andando?
Nada, não precisa de nenhuma conversar em particular, basta só conversar
Qualquer conversa com o mundo e suas diferenças, muitas hão de aparelhar
O mundo é rico, do nada faz muito, e em nossos falares, ele sabe como criar.
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Qualquer coisa? Qualquer assunto? Qualquer caso podemos amanhecer vivo?
Com o mundo não há o que lamentar, estando no mundo todo papo é cativo
Com idas e vindas, por mais que nada tenhamos a dizer, somos como ninguém
Até nosso pior assunto, se torna poesia, deixa de ser alguma agonia também
O mundo se encarrega de nos adultecer, ele se prerroga razões pra nos fazer
Não deixa que envelheçamos ao acaso, n’algum ocaso, não nos deixa perecer
E a gente vai acordando todo dia, mesmo achando que não temos a merecer.
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O que conversar com o mundo, embora possamos nos preocupar com isto
Não é disto que temos que nos angustiar, na verdade, isso é o que temos visto
A caminhada que nos aguarda depois de cada manhã se torna bem enfática
Nossa maior preocupação deve ser o que viver com a nossa vivência apática
Que resposta vamos dar para o encaminhamento que a conversa nos levará
Que decisões vamos amparar diante das opções que a conversa nos oferecerá
Que rumos vamos assumir quando a conversa com o mundo, com suas diferenças, em nossas atitudes, verdadeiros nos fará.




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CONVERSAR SÃO ASPIRAÇÕES

Conversar não é só isso, conversar. É muito mais que isto, vai muito além disto
Conversar é até não dizer, até não expressar nada, conversar é até não ser visto
O silêncio, nestas conversas com o mundo, até fala mais alto , fala muito mais
Um simples não piscar, conta muito mais histórias e estórias sobre qualquer paz
Até quanto nada se quer dizer, os dizeres expressos falam mais do que se diria
Tudo isto e muito mais, deixa lúcida a certeza das aspirações que se conta no dia
Tudo isto e muito mais, deixa aos horizontes o que cada aspiração realizada faria
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É nesse embalo que a gente se ajeita, que se acredita e se lança em toda treta
Em corrimãos que vão surgindo, a gente se espreita, se edita, mostrando a careta
E os dias passam, e em todos os dias nos encontramos com estas conversas boas
Nos filtrando, nos manchando, buscando meios termos que não nos deixem atoa
E, nestas todas manhãs ingressamos nos mesmos papos, nas mesmas conversas
Trazendo coisas novas, mesmo quando contamos as mesmas falações aversas
Entrando temerosos nestes “falários”, mas, saindo orgulhosos destas perversas
.
Isso se repete todos os dias, e quanto mais a maturidade se achega para se viver
Estas conversas matutinas com suas aspirações se fazem familiares até se querer
Embora a ansiedade nunca nos deixe sozinhos, logo se esvai e nos faz autônomos
Donos da vida, dos sonhos e da liberdade, mesmo quando somos heterônomos
E os dias passam, e a gente vai remando a passos largos, olhando para a frente
Sentindo a brisa do vento que passa rápido, sentindo a saudade que fica na gente
Mas, sem olhar muito para trás, corremos como loucos, sem querer perder tempo em presságios que nos faz contentes.






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NA CONVERSA SOMOS NÓS

Conversamos pelos cotovelos, 
está no DNA da gente pois somos bons mamíferos
Não tem como nos esconder, 
até nossas mentiras e exageros se fazem frutíferos
Nos declaramos abertamente, 
mesmo quando determinamos e não queremos
Nos confidenciamos a todo mundo, 
mesmo quando nos calamos no que faremos
O mundo todo lê a gente, 
é claro que depende muito da alma que cada um possui
Aparentamos o que seja nosso coração, 
e somos lidos como cada um, em si, conclui
Porém a visão que todos têm da gente, 
é o fruto do que, todo dia, de nós, a eles flui
.
Em toda conversa que cotovelamos, 
há muito de nós no que o mundo nos entende
Esbravejamos a todo momento o que somos, 
o que temos, o que nos compreende
Mesmo sem querer, estamos todo tempo a conversar, 
sempre sempre a nos revelar
Uma necessidade extrema que nem sabemos como, 
tem conseguido nos governar
Tem nos feito parlatório público, 
tem nos feito sociais e um livro aberto a se ler
Tem nos feito escrito em lúdico, tem nos feito especiais, 
um extrato vivo a se ver
Tem nos feito assimilados, pessoas vivas e conhecidas, 
grande mural de todo ser
.
Na conversa somos nós, não conseguimos nos esconder, 
somos o que muito somos
Qualquer observador, na conversa a ter conosco, 
consciente, percebe o que pomos 
No ouvir, como ouvimos outros, 
falamos muito mais do que quando nos expomos
No olhar, como olhamos outros, 
declaramos muito mais no tudo que sempre fomos
E, num milagre que só na conversa com o mundo, 
todo mundo se afeiçoa à verdade
Por mais mal intenção que tenhamos, 
quanto mais verdadeiros formos na liberdade
Mais confiáveis seremos, mais respeitados viveremos, 
muito mais do mundo e suas exigências, 
teremos em nossa proximidade.




'13<<< >>> ÍNDICE     




CONVERSANDO SOMOS FANTASIA

Quando estamos em nossas conversas cotidianas diante desse mundo
Quando estamos em cantorias provincianas em papos mais profundos
Encontramos mais tempo, mais anseios, muito mais o que nos lidar
Encontramos nosso convento, nossa fama maneira de nos congratular
E, assim, como quem nada quer, nos esgueiramos pelas lembranças
Essas gratificantes memórias que nos incentivam e nos são cobranças
Fantasias mágicas que embebedam nossas alegrias e perseveranças
.
Que risos podemos oferecer? Que conversarias podemos entreter?
Essas conversas nos fazem fantasias, nos inspiram no bem querer
Nelas armamos nossas tendas com varandas para o mundo ao redor
Com elas avançamos em nossos bons sonhos que se alegram sem dó
Crescendo um orgulho que não temos como explicar ou fazer saber
Um orgulho altruísta que invade nossas más ganâncias e nosso querer
Desses orgulhos frutíferos que só em chegar nos faz sonhar e vencer.
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É verdade, quando proseamos, somos fantasia, e o mundo se ajoelha
Quando nos afinamos, somos anistia e, por isso, o mundo aconselha
Há uma mágica que vivemos, mesmo quando não percebemos no ar
Há uma voz nostálgica que tememos quando cabemos num afrontar
É como algo vergonhoso que a nossa mente chora e logo desmente
É como um ardor pavoroso que, pela frente, se corrói contra a gente
Quando somos fantasia em nossas conversas, sabemos desfrutar do quanto somos inteligentes




'14<<< >>> ÍNDICE     




NOSSO PAPO SORRISO

E mais um dia a dia vem, mais uma madrugada pra tudo se recomeçar
Mais um acordar cheio de novidades e desafios, mais um a se viajar
Sentar na beira da cama, organizar as memórias a se cumprir no hoje
Ganhar a vida, lançar-se nela, abraçar os afazeres com todo o close
Ser gente, sonhar como gente, conversar com toda a alma contente
Dar vida à vida, fazer um papo sorriso, com a esperança emergente
Dar vida à vida, melhorar o papo sorriso, e saborear tudo, contente
.
Na favela de cada um, em viagens que nunca se acabam sem se doar
Ter fé no amanhã, confiança em afã, é o melhor remédio a se ganhar
Saber com certezas, de que estará vestido, e mesmo que não contido
Portas e janelas estarão ao seu dispor para sobreviver como no antigo
Sem dar satisfações a quem quer que seja, com sua mágica verdade
Com suas dores invertidas, suas noites mal dormidas, e sua liberdade
Não como esse conteúdo em dito popular, mas ser livre sem maldade
.
Nesse ritmo tão cantado, no sorriso do nosso papo que é engajador
Suspiramos por comprados, mercados inteiros que nos faça provador
Para então acreditar que somos felizes, consumidores de felicidades
Gananciosos por acumular o que conseguimos roubar com maldades
Mas esta mentira que nos engana, que nos afeta, amarga e nos aliena
Repetimos com papagaio, usamos em argumento sem nenhuma pena
Mentimos a nós mesmos, fazendo nosso papo sorriso não uma festança, mas só uma mísera arena.





'15<<< >>> ÍNDICE     




NOSSA PALESTRA DE VIDA

Todos os dias batem às nossas portas, o muito que se tem a aprender
Chutam nossas paredes em teimosia, o muito que há para convencer
Uma infinidade de conversas estereotipadas que se voltam contra nós
Uns punhados de palestras de vida que se enfileiram para logo após
E o dia com seu tempo passa, e não fazemos outra coisa nessa vida
Aprender, aprender e aprender, dando asas efêmeras de uma parida
Nesta subida que não temos por onde escapar como se fosse fera ingrata e ferida
.
Desta forma, sem ter nem pra que, a nossa palestra de vida é macia
Uma nuvem flutuante que nos ampara, nos corrige a rota, e nos alivia
É uma locomotiva amena que todo dia se encena para nos conduzir
Nos fazendo passageiros de uma mesma manhã em flores a reluzir
E, nesse barco de confianças, a nossa conversa de vida se expande
A nossa pressa de bonanças, em controversa lida, se torna grande
Se faz tão imensa em cobranças, que, aversa, chega a ser um frande.
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Nessa cantiga de bêbado inveterado, as nossas conversas são mundo
O nosso falatório é famigerado, somos até chamados de vagabundos 
Mas, havendo o que houver, essa música não para, todo dia ela é viva
Em todo o tempo abre janelas, cutuca vizinhos, e nos faz ave cativa
Isso nos alimenta, nos faz gente, nos contenta e nos refaz totalmente
É isso que nos dá ardor por nova manhã, nos tira da cama emergente
Nos repara a alma adormecida, e nos desafia muito apropriadamente.




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MEU CASARÃO DE CONVERSAS

Das muitas conversas que temos para morar, pra viver numa morada
Onde a poesia das conversas se faz brotar, pra sobreviver amparada
O casarão dos sonhos de cada um, é a esperança ávida que faz os dias
Uma avenida larga e comum, que a temperança oferece em garantia
Um acorde sonoro que harmoniza o coração e as ansiedades da gente
Que amortece o calor das afrontas e nos põe dentro dum contingente
Dentro desse casarão de falas que se nos constrói sem precedente.
.
Ele é nosso casarão, nos abriga e nos faz bem, o boto ágil e perfeito
Ele é meu casarão de conversas, isso eu falo também e me faz efeito
Não com o espírito egoísta, como propriedade minha, que não divido
Mas com melhor altruísmo, um “meu” que seja de todo desprendido
Um “meu” que faço questão de compreender nos olhos de outrem
Que me dá prazer em viver como abraço coletivo, de muitos também
Que me dê prazer a conviver como maço aperitivo, e disso ser refém
.
Meu casarão de conversas cabe todo o mundo e cabe todo mundo
Um universo aconchegante com ardis provocantes dum lago fecundo
Meu casarão de conversas é toda uma atmosfera de gente mui alegre
Gente que contagia, tempera toda magia, embeleza meu “sorrilegre”
Meu casarão de conversas é mais que fantasia, é a pura-boa realidade
É minha agonia de sair ao mundo a conversar, a encontrar felicidade
É minha euforia de sair do silêncio imundo, e correr por toda cidade.




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UM ANO INTEIRO DE ASSUNTOS

Que assuntos temos pra conversar? Quais são eles neste hoje?
Esta indagação acumula dúvidas, e também o nosso “entroje”
Nossa vontade de reclamar de nós mesmos, do que fomos
O ano inteiro que deixamos de ser, em tudo que nele, depomos
Reclames do que poderíamos ter sido, o que deixamos de fazer
Lamentos inteiros da multidão de conversas que não foi querer
Uma angústia faminta que nos cobra o que não fomos pra valer
.
Deixando o vazio do copo que vivemos, largando esse desamor
Nos voltando para o cheio do copo que temos, vendo seu valor
Nos apaixonamos com tudo que nos sobreveio e nos fez feliz
Abraçamos a realidade contente que, no ano, se nos fez chafariz
Uma fonte inesgotável de realizações, paz e alegrias incontáveis
Um ano de conversas sadias num mundo de vozes infindáveis
Uma multidão de gente em caos criativos e incomensuráveis
.
Todo um ano chegou, todo ele se vai, trouxe de tudo um pouco
Mostrou o que cada um é capaz, o que cada um se faz de louco
Mas, por intrigante que tudo seja, até nas loucuras de cada um
No manejo que as conversas se entregam, há falas sem jejum
Todo mundo se manifesta, todo mundo participa da conversaria
O mundo todo se ingressa, há fomento, todo mundo é Maria
E somando a alegria em explosões, em todo o ano que passa como se fosse um só dia.




'18<<< >>> ÍNDICE     




MINHA VERSÃO DE VIDA

Nem só de conversa vive o homem, mas do que pode oferecer
Nem só da pressa que consome, mas até da vida a se perceber
Não é difícil viver ou da vida ganhar mundos na boa conversa
Não há malefício se ser, quanto morar no fundo duma travessa
É assim que existência se faz e se mede, assim nos leva a todos
Com mão segura nos rege, conduzindo nossos interesses godos
Nos fazendo bárbaros que não sabem como ser gente decente
Nos tramando como tártaro que se embebeda matando gente
Nos envergonhando como amadores numa existência indigente
.
A minha versão de vida vai além disto, ela é civilizada e alegre
Sabe usar espada, mas não encosta nela, para que se desintegre
Sabe correr como ninguém, sabe fazer carreira buscando o bem
Mas ama ser lenta, levada pelo vento e pelo sorriso de alguém
É a minha versão de vida, como uma tartaruga em sua carapaça
Sem pressa, sem medos, atravessa o tempo, não teme desgraça
Carrega nas costas tudo que precisa, constrói o que carece usando sempre a sua argamassa.
.
É a minha versão de vida, muita coisa pra ser, pra fazer e viver
Muita coisa pra dar, ganhar, levantar e muita coisa pra oferecer
Nas conversas que tenho com o mundo, durante todo o tempo
Escuto e aprendo, discuto e apreendo, mas sempre passo lento
É uma versão de vida, embora admire muito as que outros tem
Todos nos favorecemos, todos ganham um com outro, também
Nesta conversa sem fim, o mundo diferente se encontra nas minhas poesias de amém.




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A HISTÓRIA QUE EU CONTO

É canto que todo mundo conhece, livro aberto que me favorece
A história que eu conto é a música que todo mundo amanhece
É a minha conversa com o mundo em todo o meu bom tempo
É a cantiga que cantarolo até quando não converso a contento
Está sempre nos meus lábios e meus olhos, no meu jeito de ser
O sorriso que broto conta tudo que minha história tem a querer
Os abraços que vivo, dão conta dos versos que aprendi a saborear e conviver
.
A história que eu conto, e que tem ramos que a muitos, chegam 
Reflete sozinha as conversas que, desde criancinha me cheiram
Conversarias que no meu primeiro abrir de olhos, se falaram
Me trazem memórias que se esqueceram, mas não falharam
Construíram a pessoa que somos, o amálgama que se nos faz
Instruíram a ressoa que fomos, e a “miserálgama” que nos traz
O dia a dia, o cotidiano triste, nos trazendo somente sua paz.
.
A história que eu conto, afirma que as coisas velhas já passaram
Tudo tem se feito novo, novos cantos que bem se mostraram
Modalidades de gente e de conversas contentes que aparecem
Sonhos infindos que se mostram ardentes, e nos encarecem
Ondas de calor humano que desenham-se em nosso horizonte
Cantos de amor baiano que embrenham-se como deliciosa fonte
Que nos arrasta, nos carrega no colo, nos levando a paraísos que a poesia nos aponte.




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FIM DE ANO PRA FALAR

Há carências pra falar, há reclames que não podem ser calados
O mundo inteiro precisa dizer, o que silêncio faz com bitolados
É o sentido mamífero que todos temos, que nos faz ser assim
Gente de gente que briga contente, mas, juntos, chegam ao fim
A vontade irremediável que nos obriga a sonhar muito juntos
A intriga incomparável que nos arriba a fugir de todos defuntos
Nos fazendo carentes de nós, num ano que fomos seu assunto
.
É o fim desse ano, estamos findando, com o mundo, nossa fala
Encerramos tudo o que tínhamos a dizer, e que ainda nos abala
Ditames que nossos corações não querem conservar pra depois
Vasilhames deixados que intenções preferem, pois não compôs
Da mesma forma como nós construímos os devidos passados
Arrumando as malas de entulhos com seus assuntos defasados
As quais teremos que esquecer em alguns cantos desamados
.
Mas, queremos fim de ano pra falar, ainda temos o que dizer
Nos cantos dos nossos lábios, ainda há conversas a se pretender
São palavras tão úteis e evidentes em nosso repertório diário
Que até em silêncio, podemos evidenciar num hábil cancionário
Mas queremos falar, mesmo nos últimos segundos neste ano
Queremos bem contar, alegrias e tudo mais que nos seja cigano
Gritar as últimas palavras ainda não ditas, como faz um leviano.




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