Milhares de manifestantes foram às ruas de Bangcoc neste domingo, gerando dúvidas sobre como a indústria de turismo da Tailândia poderá suportar a pressão política em meio à onda de protestos no país que pede a saída do primeiro-ministro Yingluck Shinawatra.
Os protestos, que já duram dois meses, continuaram hoje com a liderança de Suthep Thaugsuban, que visa angariar apoio e doações para uma grande manifestação agendada para 13 de janeiro - a maior até agora. Ele e seus seguidores pretendem reunir milhares de pessoas para bloquear 20 cruzamentos da cidade por uma semana ou mais, paralisando o trânsito e aumentando a pressão sobre Shinawatra.
A indústria de turismo tailandesa não costuma prestar muita atenção a essas coisas e continuou a avançar apesar do golpe que tirou o irmão mais velho de Shinawatra do poder em 2006. Quando mais de 90 pessoas foram mortas em confrontos entre a polícia e manifestantes nas ruas da capital em 2010, o turismo também não foi afetado. Desta vez, no entanto, o nível dos protestos sugere que as coisas podem ser diferentes.
Os turistas já parecem estar evitando Bangcoc. A Singapore Airlines informou neste domingo que vai cancelar 19 voos para a capital tailandesa entre 14 de janeiro e 25 de fevereiro devido à baixa demanda. Além disso, a chegada de visitantes nos aeroportos internacionais de Bangcoc diminuiu 15% na primeira semana de dezembro na comparação com o mesmo período do ano passado. O turismo representa mais de 7% da economia tailandesa. Fonte: Dow Jones Newswires.