Carreira de Psicoterapeuta
O Psicoterapeuta Ítor Finotelli Jr, é o entrevistado dessa edição no site da Oficina do Estudante. Doutorando pela Universidade São Francisco, o experiente profissional da área de psicoterapia nos falou sobre os motivos que o levaram a optar pela carreira, as áreas de atuação da psicologia, o mercado de trabalho e ainda deu dicas para os interessados em seguir a carreira. Confira a entrevista:
Por que a Psicologia despertou seu interesse? Quais das suas características e aptidões foram determinantes na escolha dessa profissão?
A Psicologia despertou meu interesse pelo desenvolvimento humano. Muito interessava a diversidade das pessoas, principalmente no desenvolvimento mental. Sem a necessidade de parâmetros fixos e trajetórias exclusivas. A sensibilidade e a compreensão foram características que impulsionaram a escolha.
Qual exatamente é a função de um psicoterapeuta?
Um psicoterapeuta é um cuidador. Zeloso pelas necessidades e desenvolvimento de um paciente, a função é auxiliar e encontrar maneiras para que um indivíduo alcance estados de bem-estar em seu ambiente. O propósito não é adaptar, muito menos, determinar um certo, mas desenvolver nesse indivíduo seus potenciais e suas metas individuais, certamente, respeitando suas condições.
Qual a trajetória acadêmica para se tornar um psicoterapeuta e como é a dinâmica do curso universitário?
Para se tornar um psicoterapeuta a trajetória é a formação em Psicologia. Os passos seguintes são o aprimoramento e a especialização em uma atuação clínica. A dinâmica universitária requer um estudo constante das diferentes teorias a respeito do desenvolvimento humano. Isso requer flexibilidade e abertura para compreender que não existem verdades determinadas, mas formas de interpretação. O empenho e a permanente reflexão auxiliam muito nessa trajetória.
Como é o mercado de trabalho para esse profissional e quais as áreas de atuação existentes?
O mercado é extenso, porém muito concorrido. Principalmente devido às diferentes formas terapêuticas de desenvolvimento humano. A atuação psicoterapêutica difere e oferece esse desenvolvimento de maneira científica. Não necessariamente as pessoas buscam e/ou tem condições financeiras para isso. Para a área clínica as demandas são diversas. É possível atuar desde patologias psiquiátricas a indivíduos regulares que buscam sentido de existência. As buscas mais atuais são para dificuldade em lidar com estresse e estados depressivos, problemas conjugais, insatisfação sexual e problemas alimentares.
Por que escolher essa carreira? Quais as suas dicas para quem se interessa pela profissão?
Trata-se de uma carreira infinita. No campo da cirurgia, por exemplo, um profissional perde a destreza com a idade e um dia não terá mais condições de operar. Diferentemente de um psicoterapeuta, pois independente da idade, quanto maior o tempo de atuação, melhor será seu desempenho clínico. Além disso, as mudanças são condições permanentes. Tanto dos indivíduos quanto das sociedades. Portanto, atuar na área será na maioria das vezes um desafio. Por outro lado, há necessidade de uma constante atualização e reflexão dos diversos processos cotidianos. As dicas para os interessados: manter a cabeça aberta para as mudanças, gostar de quebrar paradigmas, se interessar pelo desenvolvimento infinito do capital humano, e principalmente, respeitar as individualidades e a diversidade.
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Carreira de Psicoterapeuta - Psicoterapia e Terapia Sexual - Atendimento em Campinas (psicoterapiasexual.com.br)
Saber quando desistir
Aprenda a reconhecer a hora de parar
A vida não é uma corrida de velocidade, mas de resistência. Isso significa que para chegar mais longe e em melhor forma é necessário manter um certo equilíbrio: saber quando é hora de apertar o passo e quando é necessário desacelerar ou mesmo parar para recuperar as forças. No entanto, a verdade é que manter esse equilíbrio é difícil, especialmente quando as emoções são mediadas. Ao final do artigo, um impactante curta nos brinda com uma das lições mais importantes da vida: saber quando desistir.
Fonte: Site Rincón de la Psicología
Uma das armadilhas mais perigosas (que pode inclusive ser mortal) em que muitas vezes caímos é a “inversão emocional”. Na prática, não queremos abandonar um projeto, um relacionamento ou qualquer outra coisa a que nos sentimos amarrados, simplesmente porque investimos tempo, esforço e sentimentos nele.
É uma armadilha muito comum no campo dos negócios e do trabalho. Uma pessoa investiu tanto em uma atividade que, embora não funcione mais e gere perdas, a pessoa se recusa a reconhecer isso e continua investindo em uma barca furada.
No campo dos relacionamentos, isso também acontece. Muitas pessoas pensam que passaram tantos anos juntos que não há como separar. Elas acreditam que perderão esse “investimento emocional”, e ainda estão imersos em um relacionamento desgastado e desgastante e que tira o desejo e o prazer de viver.
O curta-metragem que acompanha este artigo nos mostra, de maneira inequívoca, que às vezes não sabemos quando é hora de parar e permanecemos obcecados com o nosso objetivo, sem perceber que a vida pode ser desperdiçada nele. Também nos mostra a enorme influência que os hábitos podem ter nas decisões que tomamos, então preferimos permanecer ligados a eles, em vez de mudar.
Desistir a tempo não é fracassar
Embora associemos a palavra “desistir” ao fracasso ou à falta de vontade, a verdade é que às vezes é a decisão mais inteligente. Você tem que saber quando você pode continuar a investir emocionalmente e quando é hora de parar. Se não formos capazes de reconhecer esse ponto, podemos literalmente arruinar nossas vidas. Felizmente, existem alguns sinais que indicam que talvez tenha chegado a hora de mudar de rumo:
- Os resultados esperados estão cada vez mais distantes. Se você está dando o seu melhor e tem lutado por um longo tempo, mas os resultados que espera estão cada vez mais longe, talvez seja melhor reavaliar seus objetivos ou o caminho que você tomou.
- O desgaste que você está sofrendo não vale a pena. Cada objetivo geralmente representa um desafio. Para alcançar algo que realmente vale a pena, um certo nível de compromisso e esforço é necessário. No entanto, tudo tem um limite, então se o desgaste que você está sofrendo é muito grande, você pode ter que se perguntar se realmente faz sentido continuar se sacrificando.
- As circunstâncias mudaram. Às vezes você pode estar tão absorvido em um projeto ou em um relacionamento que você perde de vista o contexto e não percebe que as circunstâncias mudaram, tornando o seu esforço em vão. Portanto, de vez em quando, é conveniente parar e reavaliar a viabilidade de seus objetivos
Vídeo: Tricotar até morrer
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Saber quando desistir. Aprenda a reconhecer a hora de parar - Brasil 247
Qual a diferença entre alma e espirito?
Na Sagrada Escritura, S. Paulo faz essa distinção entre alma e espírito. A alma humana é espiritual, o que significa que ela não é material. A alma humana tem três capacidades ou potências: a capacidade de entender ou inteligência; a capacidade de querer, ou vontade; e finalmente a capacidade de sentir, ou sensibilidade. A sensibilidade é a potência da alma que nos permite sentir de um modo diferente do corpo. Nosso corpo, através dos 5 sentidos sentem as coisas materiais. Por exemplo, sinto que um objeto é frio ou liso; sinto perfume de flores; etc. Nossa alma sente alegria, tristeza, raiva, simpatia, tédio, etc. Estes sentimentos da alma estão sempre ligados ao corpo. Assim, se tenho notícia que minha mãe morreu sentirei tristeza tal que meu corpo verterá lágrimas. Se tenho uma notícia boa ou surpreendente, dou risada. Portanto, a sensibilidade da alma está, pois, estreitamente ligada ao nosso corpo. É por isso que o demônio tem mais influência sobre nossa sensibilidade do que sobre nossa inteligência e vontade. Nossa inteligência e nossa vontade, embora usem o corpo, estão menos dependentes dele. É pela inteligência e vontade que temos em nós a imagem de Deus, porque, como Deus tem Inteligência e Vontade, nós também temos estas duas potências. Por estas razões, São Paulo faz uma distinção na alma, entre a sensibilidade – que é mais ligada à matéria – e nossa inteligência e vontade, que ele chama de espírito, por serem menos dependentes da matéria. Nesse sentido é que São Paulo diz que a palavra de Deus é como uma espada de dois gumes que penetra entre a alma e o ´espírito´, isto é, entre a sensibilidade (alma) e o espírito (inteligência e vontade).
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Qual a diferença entre alma e espirito? – Padre Reginaldo Manzotti & Associação Evangelizar é Preciso
TERAPIA X PSICOTERAPIA – QUAL A DIFERENÇA ENTRE ELAS?
Os termos Terapia e Psicoterapia na psicologia, cada vez mais estão sendo utilizados e procurados pelas pessoas como busca de ajuda para algum mal. Mas muitas são as dúvidas do significado destes dois conceitos, e acaba sendo comum que ocorra confusão na hora de buscar o tratamento mais apropriado, visto que nem todos sabem a diferença entre Terapia e Psicoterapia.
Neste texto, vamos esclarecer o significado de cada conceito. Para que seja escolhida a melhor forma de ajuda, conforme a necessidade de cada um.
O QUE É PSICOTERAPIA NA PSICOLOGIA?
Em termos genéricos, Psicoterapia na psicologia é a cura da mente através das palavras.
A psicoterapia na psicologia, engloba todo o tipo de tratamento que ajuda as pessoas a se beneficiar e/ou se curar de algum sofrimento ou desconforto através do uso da palavra.
A psicoterapia na psicologia é um termo que ainda gera dúvidas, nos próprios profissionais das áreas “psis” (Psicologia e Psiquiatria). Pois muitos acreditam, ser um termo específico destas profissões.
O Conselho Federal de Psicologia regulamenta a atuação do psicólogo na psicoterapia, conforme Resolução CFP-010/2000. Entretanto, de acordo com a legislação brasileira, a psicoterapia não é atividade privativa de psicólogos. Ela pode ser praticada por outros profissionais, desde que não utilizem o título de psicólogo.
O título de Psicólogo é específico dos profissionais que se formam no curso de Graduação em Psicologia reconhecidos pelo MEC.
Ao contrário do que muitos pensam, Psicanalista, por exemplo, não é uma profissão, e sim, uma especialização dentre as linhas do pensamento. Para torna-se psicanalista, é necessário fazer o curso de formação.
Assim como a psicanálise, existem outras teorias na linha do pensamento como a humanista, comportamentalista, construtivista…que, por si só, não constituem uma profissão, e sim, uma formação dentre os tipos de psicoterapia na psicologia.
Além da Psicoterapia, a Terapia também é um conceito que gera dúvidas sobre seu significado devido à variedade de tratamentos ligados ao termo.
O QUE É TERAPIA?
Terapia significa transformação. Assim como também engloba o ato de cuidar e de tratar. Qualquer procedimento que promova uma transformação no outro, é considerado uma terapia.
Para ser terapeuta, é necessário um curso de formação em alguma técnica terapêutica específica que torne a pessoa apta a exercê-la.
Um terapeuta, pode ter formação em qualquer área profissional. (Ex. Nutricionista, Educador Físico, Engenheiro…) Basta a pessoa ter a formação em algum tipo de terapia.
Entre os tipos de formação de terapia, que diferem da psicoterapia na psicologia, podemos listar a acupuntura, a massoterapia, constelação familiar, assim como a chamada terapia holística, mais conhecida como terapias alternativas (Ex. Reiki, cromoterapia, florais de bach…).
Psicólogo e Psiquiatra também podem ser terapeutas se cursarem uma formação específica na área que desejam atuar.
O importante é estar sempre atento na escolha do profissional. Por isso se informar sobre a sua formação e se é a mais indicada para prestar o atendimento necessário que você está procurando. Assim não hesite em perguntar a formação do profissional de sua escolha.
Em relação ao profissional. Leve em consideração que, independentemente do tipo de terapia, o profissional tenha o curso específico na área de tratamento que atua.
O terapeuta e psicoterapeuta são profissionais que, agindo sempre diante de seus limites éticos, ajudam o indivíduo a alcançar seus objetivos.
Não esqueça, quem define os sonhos, os projetos, os objetivos a serem alcançados é você. Por isso a importância de entender a formação de cada profissional. Assim é possível buscar o profissional apto para ajudar a solucionar o que deseja alcançar.
Este é o fundamental entendimento tanto para Terapia, como Psicoterapia no mundo de hoje.
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Psicoterapia na Psicologia x Terapia - Qual a diferença? | Psicoter
A leoa tem sede
E outras imagens premiadas de fotografias da natureza
O concurso Fotógrafo de Vida Selvagem do Ano (Wildlife Photographer of the Year ), fundado em 1965, é uma mostra internacional anual do melhor da fotografia da natureza. Este ano, o concurso atraiu mais de 49 mil inscrições de todo o mundo. O concurso é produzido pelo Museu de História Natural de Londres. Na galeria de imagens abaixo, as fotos premiadas da edição 2020 do concurso.
Por: Equipe Oásis
1 O abraço da tigresa. Vencedor Absoluto na categoria Animais em seu Ambiente: Uma tigresa abraça um antigo pinheiro da Manchúria, esfregando sua bochecha contra a casca para deixar secreções de suas glândulas odoríferas. Ela é uma tigresa da variedade Amur, também chamada de tigre siberiano (Panthera tigres altaica), moradora do Parque Nacional Leopardo, na Sibéria russa. Caçada quase até a extinção ao longo do século 20, a população da espécie está hoje reduzida a 500/600 indivíduos, e continua ameaçada pela caça ilegal e pela extração ilegais de madeira. Essa destruição do meio ambiente afeta também as presas desses tigres – principalmente veados e javalis. Foto: Sergey Gorshkov
2 Uma história de duas vespas. Foto vencedora no setor Comportamento Animal. Este notável enquadramento simultâneo de uma vespa da areia vermelha (esquerda) e uma vespa cuco prestes a entrar no ninho ao lado é o resultado de uma preparação meticulosa. A vespa cuco fêmea – com apenas 6 milímetros de comprimento – parasita os ninhos de certas vespas escavadoras solitárias, pondo seus ovos nas tocas de seus hospedeiros para que suas larvas possam se banquetear com os ovos ou larvas da outra espécie. A vespa da areia, muito maior, põe seus ovos em sua própria toca, que ela abastece com lagartas, uma para cada um de seus filhotes comerem quando surgirem. O objetivo original de Frank Deschandol era fotografar a vibrante vespa cuco. Em um banco arenoso em um terreno abandonado perto de sua casa na Normandia, França, ele localizou pequenas tocas de vespas escavadoras adequadas para uma vespa cuco usar. Ele então instalou um feixe infravermelho que, quando interrompido por uma vespa, aciona um sistema de obturador super rápido que ele mesmo fabricou. Foto: Frank Deschandol.
4 De Boca Cheia. Vencedor na categoria de 11-14 anos. Em um feriado dedicado a mergulhos no norte da ilha de Sulawesi, Indonésia, Sam Sloss parou para observar o comportamento de um grupo de peixes-palhaço enquanto eles nadavam com movimentos agitados e repetidos dentro e fora e ao redor de sua casa, uma magnífica anêmona. Ele ficou intrigado com a expressão de um peixe, sua boca constantemente aberta, segurando algo. Em vez de seguir o peixe em movimento em seu visor, Sloss se posicionou onde sabia que ele voltaria para o quadro. Foi só quando baixou as fotos que ele viu olhos minúsculos espiando pela boca. Era um “piolho comedor de língua”, um isópodo parasita que nada entre as guelras dos peixes inicialmente como macho. Depois, muda de sexo, cria pernas e se fixa à base da língua do peixe, sugando sangue. Foto: Sam Sloss.
5 Eu te assisto assistir. Vencedor na categoria Vida Selvagem Urbana. Que regalo para um biólogo: a espécie que você deseja estudar escolhe fazer o ninho bem em frente à sua janela. A população do papa-moscas da Cordilheira está diminuindo em todo o oeste da América do Norte à medida que as mudanças climáticas causam o encolhimento dos habitats ribeirinhos (ou seja, rios e outros corredores de água doce) ao longo de suas rotas migratórias e em suas áreas de inverno no México. Ele normalmente nidifica em fendas e prateleiras nos desfiladeiros das Montanhas Rochosas de Montana. Mas em vez disso um casal escolheu essa cabana pesquisas construída em local remoto, talvez para evitar predação. O ninho foi construído sobre o batente superior de uma janela pela fêmea. Ambos os pais alimentaram os filhotes, voando para pegar insetos no ar ou pairando para pegá-los nas folhas. Para não perturbar os pássaros ou atrair predadores para o ninho, Alex Badyaev escondeu sua câmera atrás de um grande pedaço de casca de um antigo abeto encostado na cabana. Ele operou a a câmera remotamente da cabine. Foto: Alex Badyaev.
6 Quando mamãe diz para correr, corra. Vencedor na categoria Comportamento Animal. Esta é uma rara imagem de uma família de gatos de Pallas, ou manuls, nas estepes remotas do planalto Qinghai-Tibet, no noroeste da China. É o resultado de seis anos de trabalho em grandes altitudes. Esses pequenos felinos são normalmente solitários, difíceis de encontrar e principalmente ativos ao amanhecer e ao anoitecer. Após anos de observação, Shanyuan Li sabia que sua melhor chance de fotografá-los à luz do dia seria em agosto e setembro, quando os gatinhos tinham alguns meses de idade e as mães estão mais ousadas e decididas a cuidar deles. Ele rastreou a família enquanto eles desciam cerca de 12.500 pés em busca de sua comida favorita – pikas (pequenos mamíferos semelhantes a coelhos) – e montou sua barraca na colina em frente ao covil deles, um antigo buraco de marmota. Horas de paciência foram recompensadas quando os três gatinhos saíram para brincar, enquanto a mãe ficava de olho em uma raposa tibetana que espreitava nas proximidades. Foto: Shanyuan Li.
7 Um instante dourado. Vencedor na categoria Subaquático. Uma minúscula larva de lula flutua na escuridão das profundezas. Quando foi atingida por um peixe de luz, ele produziu essa cor ouro cintilante e, logo em seguida, se moveu para longe do feixe de luz. O feixe de luz era acionado por Songda Cai, mergulhador de águas profundas, no litoral de Anilao, nas Filipinas. Foto: Songda Cai.
8 Olha a pose. Vencedor na categoria Retratos de Animais. Um jovem macaco-tromba inclina ligeiramente a cabeça e fecha os olhos. Pálpebras inesperadas de um azul claro agora complementam seu cabelo ruivo imaculadamente penteado. Ele posa por alguns segundos como se estivesse meditando. Esse primata é um visitante selvagem durante a estação de alimentação no Labuk Bay Proboscis Monkey Sanctuary, em Sabah, Bornéo. Foto: Mogens Trolle.
9 A última picada. Vencedor na categoria Portfólio. Esses dois predadores ferozes raramente se encontram. O besouro tigre gigante ribeirinho persegue a presa no solo, enquanto as formigas tecelãs ficam principalmente nas árvores – mas se elas se encontrarem, ambas precisam ser cautelosas. Quando uma colônia de formigas foi caçar pequenos insetos no leito de um rio seco na Reserva de Tigres de Buxa, em Bengala Ocidental, Índia, um besouro tigre começou a matar algumas das formigas. No calor do sol do meio-dia, Ripan Biswas deitou-se na areia e se aproximou. Com mais de 12 milímetros de comprimento, o besouro diminuía as formigas tecelãs. Em defesa, uma delas deu uma picada na delgada perna traseira do besouro. O besouro girou rapidamente e, com suas mandíbulas grandes e curvas, partiu a formiga em duas, mas a cabeça e a parte superior do corpo permaneceram firmemente presas. Foto: Ripan Biswas.
10 Futebol de belugas. Vencedor na categoria Fotojornalismo de vida selvagem. Essas duas belugas estão se apresentando em uma piscina inflável dentro de uma tenda de circo em um estacionamento. Elas pertencem a um delfinário viajante, um dos 12 que hoje viajam pela Rússia. As belugas fazem as mesmas performances muitas vezes ao dia. Quando o show termina, elas são colocadas de volta em tanques e içadas em um caminhão para serem levadas para a próxima cidade. Essas duas baleias foram capturadas em águas russas. Elas agora vivem em pequenos tanques de água salgada e são transportadas de cidade em cidade, provavelmente até morrerem. Não há leis na Rússia que regulem especificamente o tratamento de mamíferos marinhos em cativeiro e, em 2020, as belugas ainda poderiam ser capturadas legalmente para fins científicos e educacionais. O objetivo educacional deste show é trazer animais nativos para o público russo. Foto: Kirsten Luce.
11 Quando a chuva chega. Categoria Ambientes da Terra Altamente Recomendados. Era o primeiro dia da lua de mel de Zack Clothier. Tendo montado acampamento na noite anterior na Floresta Nacional Uncompahgre, no Colorado, sua esposa e ele acordaram cedo para caminhar até um pequeno lago e assistir ao nascer do sol nas montanhas de San Juan. Eles chegaram e encontraram o lago reduzido à metade de seu tamanho normal, cercado por enormes ladrilhos de lama seca. Quase não chovia há seis meses, e a região estava passando por uma seca excepcional associada a um calor incomum. Mas quando o sol nasceu, uma enorme nuvem de chuva apareceu passando rapidamente sobre as distantes Montanhas Rochosas. Em vez de se concentrar na vista iluminada pelo sol, ele escolheu fotografar o drama dos contrastes entre a grande planície de lama cozida, com seu padrão dramático de fissuras e rachaduras. Foto: Zack Clothier.
12 Entrega atrasada. Categoria Comportamento de Aves. Com um bico cheio de krill, um papagaio-do-mar do Atlântico vem pousar na Ilha Grimsey, no norte da Islândia. A maior parte da colônia já havia se acomodado para a noite, e Catherine Dobbins d’Alessio rastreou o papagaio-do-mar enquanto ele circulava com o vento, iluminado pelo sol da tarde, dando-lhe uma olhada enquanto passava. A comida era para seu filhote, escondido em uma toca na encosta do penhasco. Foto: Catherine Dobbins d’Alessio.
13 E a raposa pegou o ganso. Vencedor na categoria 15-17 anos. Foi durante um feriado de verão em Helsinque que Liina Heikkinen, então com 13 anos, ouviu falar de uma grande família de raposas que vivia nos subúrbios da cidade na ilha finlandesa de Lehtisaari. A ilha tem áreas arborizadas e moradores que gostam das raposas, e assim, as raposas não têm medo de humanos. Heikkinen e seu pai passaram um longo dia de julho, sem se esconder, observando os dois adultos e seus seis grandes filhotes, que eram quase do tamanho de seus pais, embora mais magros e esguios. Em outro mês, os filhotes seriam capazes de se defender sozinhos, mas em julho eles estavam pegando apenas insetos, minhocas e alguns roedores, e os pais ainda traziam presas maiores para eles. Nesta noite, a raposa chegou com um ganso-craca. As penas voaram quando os filhotes começaram a lutar por ela. Um finalmente ganhou posse – urinando nele de excitação. Arrastando o ganso para uma fenda, o filhote tentou comer seu prêmio enquanto bloqueava o acesso aos outros. Foto: Liina Heikkinen.
14 Nascer do sol com crista. Vencedor na categoria Comportamento Animal. Depois de passar várias horas com água até o peito, em uma lagoa perto de Brozas, no oeste da Espanha, Jose Luis Ruiz Jiménez capturou este momento íntimo de uma grande família de mergulhões-de-crista. Os mergulhões constroem um ninho de material vegetal aquático, geralmente entre juncos à beira de águas rasas. Para evitar predadores, seus filhotes deixam o ninho algumas horas após a eclosão, pegando uma carona confortável nas costas dos pais. É ali que os filhotes vivem durante as próximas duas ou três semanas, sendo alimentados o mais rápido que seus pais conseguirem. Mesmo quando um jovem já cresceu o suficiente para ser capaz de nadar corretamente, ele ainda será alimentado pelos pais durante mais algumas semanas, até que emplume. Esta manhã, o pai de plantão no café da manhã – depois de perseguir peixes e invertebrados debaixo d’água – emergiu com penas úmidas e uma refeição saborosa, e o filhote de cabeça listrada estendeu-se para fora de seu santuário. Foto: Jose Luis Ruiz Jiménez.
15 A vida do equilibrista. Vencedor na categoria Comportamento de Anfíbios e Répteis. Uma rã-de-vidro Manduriacu saboreia uma aranha no sopé dos Andes, no noroeste do Equador. Como grandes consumidores de invertebrados, as rãs de vidro desempenham um papel fundamental na manutenção de ecossistemas equilibrados. Naquela noite, a determinação de Jaime Culebras em compartilhar sua paixão por eles o levou a caminhar quatro horas, sob forte chuva, pela mata, para chegar aos riachos das rãs da Reserva Manduriacu. Mas as rãs eram evasivas e a chuva estava ficando cada vez mais pesada. Quando ele se virou, ficou emocionado ao ver uma pequena rã agarrada a um galho, seus olhos brilhando como mosaicos. Foto: Jaime Culebras.
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A leoa tem sede. E outras imagens premiadas de fotografias da natureza - Brasil 247
O púlpito em ruínas
– parte 1
26 de dezembro de 2016 Silas Alves Figueira falso ensino, heresia, heresia interna, igreja, pregação
Por Silas Alves Figueira
Ouvi a história que um pastor que estava carregando um púlpito de madeira nas costas pela rua. Alguém que conhecia o pastor lhe perguntou para onde ele estava levando aquele púlpito; ele então respondeu que estava levando o púlpito para a marcenaria, pois o mesmo estava em ruínas devido aos cupins em sua base.
Fiquei pensando nesse ocorrido e comecei a observar que há hoje em dia muitos púlpitos em ruínas devido ao ataque de “cupins” em sua base. Embora nós temos visto hoje em dia a moda dos púlpitos de acrílico, mas a base está sendo atacada por “cupins” espirituais. E a base dos púlpitos em ruína hoje são os líderes que estão por trás deles. Pessoas que não condizem com o nome que carregam; o nome de cristãos. Pessoas que estão em ruínas em várias áreas de suas vidas. Líderes que estão à frente de uma congregação, seja ela pequena, média ou grande, mas tem sido referência negativa para essas pessoas. Líderes que influenciam e que, de alguma forma, direcionam muitos para o mal e não para o bem. Gente trabalhando para o diabo, mas usando o nome de Deus.
Vamos enumerar alguns fatos que têm levado muitos púlpitos à ruína hoje:
Primeiro é vermos líderes não convertidos atrás do púlpito. Parece loucura o que vou falar, mas infelizmente não é, há muitos líderes atrás do púlpito que não nasceram de novo. Pessoas que nunca tiveram uma experiência de conversão. Agem como crente, tem cacoete de crente, mas estão longe de uma fé genuína, pois não nasceram de novo.
Vemos isso através das próprias palavras do Senhor Jesus no final do Sermão do Monte:
Muitos me dirão naquele dia: “Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Em teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?” Então eu lhes direi claramente: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês, que praticam o mal! (Mt 7.22,23 – NVI).
Como disse Spurgeon, que coisa horrível, ser pregador do evangelho, e, todavia, não estar convertido! Um pastor destituído da graça é semelhante a um cego eleito professor de ótica, que faz filosofia sobre a luz e a visão, comentando e distinguindo para outros os belos sombreados e as delicadas combinações das cores prismáticas, enquanto ele mesmo está absolutamente em trevas! É um mudo elevado à cátedra de música; um surdo a falar sobre sinfonias e harmonias! Uma toupeira pretendendo criar filhotes de águias; um molusco eleito presidente de anjos! [1].
Tais líderes são cegos guindo cegos (Mt 15.14; Lc 6.39). São pessoas que estão indo para o buraco e estão levando outros com eles.
Segundo é vermos líderes deformados em seu caráter. Spurgeon diz que se o nosso relógio não estiver certo, muitas poucas pessoas, além de nós mesmos, sofrerão com o engano, mas se o do edifício dos Horse Guards, de Londres, ou o do Observatório de Greenwich, estiver errado, a metade de Londres ficará desorientada. Assim com o ministro. Ele é o relógio da comunidade. Muitos conferem a sua hora com ele e, se ele for incorreto, todos andarão erradamente, uns mais outros menos, e em grande medida ele terá que responder por todos os pecados que ocasiona [2].
É igual a história de um determinado pastor que assumiu uma igreja. No dia da posse ele estava com a esposa, pagaram hotel para o casal passar a noite… Alguns dias depois esse pastor disse que estava separado de sua esposa e que estava aberto para novos relacionamentos. Não tardou muito, vários membros da igreja passaram a agir como ele e ainda diziam que se o pastor podia eles podiam também.
Se houver pecado na congregação que não seja o pastor o exemplo desse pecado. Como disse Paulo a Timóteo:
“Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza. Até a minha chegada, dedique-se à leitura pública da Escritura, à exortação e ao ensino. Não negligencie o dom que lhe foi dado por mensagem profética com imposição de mãos dos presbíteros. Seja diligente nessas coisas; dedique-se inteiramente a elas, para que todos vejam o seu progresso. Atente bem para a sua própria vida e para a doutrina, perseverando nesses deveres, pois, agindo assim, você salvará tanto a si mesmo quanto aos que o ouvem” (1Tm 4.12-16 – NVI).
Terceiro é vermos líderes preguiçosos no estudo da Palavra. A. W. Tozer falando a respeito do coração inconstante diz que o problema é que, em geral, as únicas atividades nas quais todos perseveram são aquelas em que a natureza as força a praticar – comer, beber, dormir, proteger a si mesmo, ou outro poderoso instinto interno. Enquanto humanidade perdurar, o amor, o casamento e tudo mais continuarão a existir, já que esses são instintos profundamente arraigados à nossa espécie. Entretanto, aquilo que requer planejamento e um esforço cuidadoso e árduo torna-se fácil de abandonar [2]. No caso em questão a perseverança em estudar as Sagradas Escrituras.
Para tal é necessário, em primeiro lugar, ter senso de responsabilidade. Ter consciência de que temos que estudar com dedicação e empenho, pois afinal de contas a igreja espera de nós alimento sólido toda vez que nos posicionarmos atrás do púlpito, e não lhes oferecermos palha como muitos fazem. Mas para isso é necessário sermos responsáveis, pois o irresponsável não se importa com isso.
Manejar bem a palavra da verdade implica em dedicação e empenho, esforço redobrado, desejo de fazer o melhor pelo Reino e para o Reino.
Tomemos como exemplo a carta de John Wesley a John Trembath:
“O que tem lhe prejudicado excessivamente nos últimos tempos e, temo que seja o mesmo atualmente, é a carência de leitura. Eu raramente conheci um pregador que lesse tão pouco. E talvez por negligenciar a leitura, você tenha perdido o gosto por ela. Por esta razão, o seu talento na pregação não se desenvolve. Você é apenas o mesmo de há sete anos. É vigoroso, mas não é profundo; há pouca variedade; não há sequencia de argumentos. Só a leitura pode suprir esta deficiência, juntamente com a meditação e a oração diária. Você engana a si mesmo, omitindo isso. Você nunca poderá ser um pregador fecundo nem mesmo um crente completo. Vamos, comece! Estabeleça um horário para exercícios pessoais. Poderá adquirir o gosto que não tem; o que no início é tedioso será agradável, posteriormente. Quer goste ou não, leia e ore diariamente. É para sua vida; não há outro caminho; caso contrário, você será, sempre, um frívolo, medíocre e superficial pregador. Faça justiça à sua própria alma; dê-lhe tempo e meios para crescer. Não passe mais fome. Carregue a sua cruz e seja um cristão no verdadeiro sentido da palavra. E então, todos os filhos de Deus se regozijarão (e não se afligirão) consigo; e, particularmente”.
Poderíamos ampliar essa lista, mas creio que tudo começa pela falta de temor, por que muitos na verdade nunca tiveram uma experiência de conversão. Quem não é convertido não tem o Espírito Santo habitando em si, quem não tem o Espírito Santo não pertence ao Senhor e quem não pertence ao Senhor é filho do diabo.
O que temos visto hoje em muitas igrejas são filhos do diabo se passando por filho de Deus e levando as pessoas para o inferno com elas.
Pense nisso!
Notas:
1 – Spurgeon, C. H. Lições aos meus alunos, vol. 2. Editora PES, São Paulo, SP, 2002: p. 11.
2 – Spurgeon, C. H. Lições aos meus alunos, vol. 2. Editora PES, São Paulo, SP, 2002: p. 20.
3 – Tozer, A. W. Os Perigos de Uma Fé Superficial. Graça Editorial, Rio de Janeiro, RJ, 2014: p. 86.
Fonte
O púlpito em ruínas – parte 1 | NAPEC | Apologética e Cosmovisão Cristã
O púlpito em ruínas – parte 2
2 de janeiro de 2017 Silas Alves Figueira avareza, falso ensino, gospel, heresia, heresia interna, igreja, mundanismo, pregação
Por Silas Alves Figueira
O maior perigo que a igreja corre hoje não é a perseguição, e sim a perversão. Se Satanás não pode derrotar a igreja, tenta ingressar-se nela. A proposta de Satanás não é substituição, mas mistura. Não é apostasia aberta, mas ecumenismo. A ameaça mortal vem de dentro, das chamadas heresias domésticas.
Durante muito tempo lutamos contra as Testemunhas de Jeová, contra os Mórmons, contra os Adventistas, mas hoje estamos nos deixando seduzir pelo evangelho da prosperidade, pelo pensamento positivo, pelo determinismo. Doutrinas orientais têm invadido as nossas igrejas de forma caudalosa; psicologia ao invés do Evangelho transformador está tomando os púlpitos de nossas igrejas. Líderes que estão na mídia distorcendo as Escrituras com uma teologia louca, levando os incautos a se decepcionarem com Deus, pois eles, em nome de Deus, fazem promessas que distorcem o puro Evangelho.
Algum tempo atrás havia um determinado pastor pregando na televisão dizendo que qualquer líder ou igreja que prega que o crente tem que ficar rico é um enganador. Ele disse assim: “não pense que todo mundo vai ficar rico não, isso é balela, é cascata; qualquer pastor que promete riqueza a todo mundo é um cara de pau safado, um pilantra, ludibriador de fé. Digo aqui rasgado mesmo porque não tem conversa. Quem te falou que todo mundo vai ficar bem financeiramente? Quem te falou que todo mundo vai ficar rico? Onde está isso na Bíblia?”
Meses depois, este mesmo pastor estava na televisão dizendo tudo ao contrário do que havia dito antes (parece até música do Raul Seixas). Ele disse meses depois assim: “você só vai experimentar estas coisas o dia em que você aprender a ser liberal, se não você só vai ouvir e nunca experimentar em sua vida. Agora, Deus tem falado ao meu coração e vou dizer pra vocês, e quero ser profeta de Deus para que algum irmão que está me vendo pela TV e que estão aqui; Deus tem falado ao meu coração, Deus nesta reta final da igreja, Ele quer dar riquezas para crente, mas não quer dar riqueza para miserável… Deus quer dar riquezas para crentes liberais que vão investir na obra de Deus…”. Depois esse pastor pega uma Bíblia de estudos que ensina como alcançar vitória financeira. Quanta contradição!
Essa é mais uma ruína em nossos púlpitos que já andam tão esfacelados, tão cheios de “cupins espirituais” destruindo a sua base. Com isso em mente, vamos enumerar mais alguns fatos que têm levado muitos púlpitos à ruína hoje:
Primeiro, há pastores gananciosos atrás do púlpito. Há pastores mais interessados no dinheiro das ovelhas do que na salvação delas. Há pastores que negociam o ministério, mercadejam a palavra e transformam a igreja em um negócio lucrativo. Há pastores que organizam igrejas como empresa particular, onde prevalece o nepotismo. Transformam o púlpito em balcão, o evangelho e os crentes em consumidores [1].
O Evangelho sofre atualmente grande desgaste no seio da sociedade por causa dos “mercenários”, homens que fazem do ministério fonte de enriquecimento, verdadeiro comércio.
A avareza pode levar o servo de Deus a destruir seu ministério, pois se transforma num sentimento maligno, capaz de apagar os mais nobres anseios do espírito (Pv 15.27; Ec 5.10; Jr 17.11; 1Tm 6.10; Tg 5.3). Eis, o que a avareza pode fazer:
– Acã apanhou o que era ilícito, mesmo sabendo que se tornaria maldito (Js 7.21).
– Balaão foi capaz de dar perverso conselho para ter os prêmios de Balaque (Nm 31.15,16, 22.5, 23.8; 2Pe 2.15; Jd 11; Ap 2.14).
– Judas Iscariotes traiu o Mestre por causa de trinta moedas de prata (Mt 26.14-16).
O pastor, portanto, deve ter cuidado para não se deixar dominar pelo sentimento da avareza. Em busca de bom salário, pode sair do plano de Deus, e seu ministério naufragar (Nm 16.15; 1Sm 12.4; At 20.33) [2].
Charles Haddon Spurgeon disse:
“Será que um homem que ama mais o seu Senhor estaria disposto a ver Jesus vestindo uma coroa de espinhos, enquanto ele mesmo almeja uma coroa de louros? Haveria Jesus de ascender ao trono por meio da cruz, enquanto nós esperamos ser conduzidos para lá nos ombros das multidões, em meio a aplausos? Não seja tão fútil em sua imaginação. Avalie o preço; e, se você não estiver disposto a carregar a cruz de Cristo, volte à sua fazenda ou a seu negócio e tire deles o máximo que puder, mas permita-me sussurrar em seus ouvidos: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”Citado por John MacArthur [3].
Segundo, há muitos pastores mundanos atrás do púlpito. A igreja contemporânea está passando por uma revolução sem precedentes, desde a Reforma Protestante, em seus estilos de adoração. O ministério das igrejas casou-se com a filosofia de marketing, e o “filhote monstruoso” dessa união é um diligente esforço para mudar a maneira como o mundo enxerga a igreja. O ministério da igreja está sendo completamente renovado, na tentativa de torná-lo mais atraente aos incrédulos.
Os especialistas nos dizem que pastores e líderes de igrejas que desejam ser mais bem-sucedidas precisam concentrar suas energias nesta nova direção. Forneça aos não-cristãos um ambiente inofensivo e agradável. Conceda-lhes liberdade, tolerância e anonimato. Seja sempre positivo e benevolente. Se for necessário pregar um sermão, torne-o breve e recreativo. Não pregue longa e enfaticamente. E, acima de tudo, que todos sejam entretidos. As igrejas que seguirem estas regras experimentarão crescimento numérico, eles nos afirmam; e as que as ignorarem estarão fadadas à estagnação [4].
Este tem sido, há muito tempo, os “cultos” que temos visto por aí. Mas quem se enquadra dentro desse sistema são pastores mundanos que deixaram o caminho da piedade para seguir o caminho do sucesso. Líderes que querem movimento e não vidas transformadas pelo poder do Evangelho. Pastores que utilizam do pragmatismo para ver resultados “positivos” na igreja.
Recentemente um carro de som estava passando pelos bairros da cidade que moro convidando os jovens para um baile funk, só que este baile era em uma igreja evangélica.
Terceiro, há muitos pastores mal intencionados atrás do púlpito. Há muitos pastores que distorcem a Palavra para que ela tenha o resultado esperado nos ouvidos dos ouvintes. Como disse A. W. Tozer: “Qualquer um consegue provar qualquer coisa juntando textos isolados” [5]. E o que mais temos visto são textos fora de contexto sempre com um mau pretexto. Pastores que botam na boca de Deus o que Deus não disse e tiram da boca de Deus o que ele disse. Como certo “apóstolo” que disse num culto: “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”, mas o pior que ele disse que esta palavra está na Bíblia. Sinceramente eu não sabia que Antoine de Saint-Exupéry constava como profeta ou era um dos apóstolos de Cristo.
A igreja de hoje tornou-se indolente, mundana e acomodada. Os líderes da igreja estão obcecados com o estilo e metodologia; perderam o interesse pela glória de Deus e tornaram-se grosseiramente apáticos quanto à verdade e a sã doutrina.
Quando Deus promulgou o Segundo Mandamento, que proibia a idolatria, Ele acrescentou a seguinte advertência: “Eu Sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à terceira geração daqueles que me aborrecem” (Êx 20.5). Outras passagens das Escrituras deixam claro que os filhos nunca são castigados diretamente pela culpa dos pecados de seus pais (Dt 24.16; Ez 18.19-32). Todavia, as consequências naturais daqueles pecados passam realmente de geração à geração. Os filhos aprendem com o exemplo dos pais e imitam o que veem. Os ensinos de determinada geração estabelecem um legado espiritual herdado pelas gerações seguintes. Se os “pais” de hoje abandonarem a verdade, a restauração demandará várias gerações. Os líderes da igreja são os principais responsáveis por estabelecerem o exemplo [6].
Pelo andar da carruagem, creio que a próxima geração, se Deus não intervir, estará perdida dentro das igrejas. Pois o que mais vemos são pastores mal intencionados distorcendo as Escrituras e, por sua vez, crentes que são verdadeiros analfabetos biblicamente falando. Gente que estão longe de seguir o exemplo dos irmãos de Bereia que consultavam as Escrituras diariamente para conferir o ensino de Paulo (At 17.11).
CONCLUSÃO
Que triste realidade a igreja tem enfrentado, mas cabe a cada um de nós, que queremos ver o Reino de Deus estabelecido, lutar com todas as forças para não sucumbirmos diante dessas demandas mundanas.
A luta não tem sido nada fácil, pois o mundo “gospel” tem lutado pera arrebanhar o maior número possível de pessoas e, infelizmente, tem conseguido. Com isso temos visto crentes fracos, mundanos, arrogantes, gente que pensa que são príncipes e princesas de Cristo, e com isso, acham que são melhores do que as outras. Não temos visto crentes a imagem e semelhança de Cristo, mas de seus líderes gananciosos, mundanos e mal intencionados. Gente que reflete a imagem de seus líderes carnais e satânicos.
Eu realmente não sei se vamos vencer está batalha, mas uma coisa eu peço a Deus, que Ele me ajude a continuar pregando a verdade ainda que esta seja pregada a poucos.
Que o Senhor nos ajude.
Pense nisso!
Fonte:
1 – Lopes, Hernandes Dias. De: Pastor A: Pastor. Editora Hagnos, São Paulo, SP, 2008: p. 17.
2 – Mendes, José Deneval. Teologia Pastoral. Editora CPAD, Rio de Janeiro, RJ, 12ª Edição 2003: p. 39.
3 – MacArthur, John. Com Vergonha do Evangelho. Editora Fiel, São José dos Campos, SP, 2014: p. 17.
4 – Ibid, p. 45.
5 – Tozer, A. W. A Vida Crucificada. Editora Vida, São Paulo, SP, 2013: p. 20.
6 – MacArthur, John. Guerra pela verdade. Editora Fiel, São José dos Campos, SP, 2014: p. 18.
Fonte
O púlpito em ruínas – parte 2 | NAPEC | Apologética e Cosmovisão Cristã