PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4
o estudo deste livro pertence ao programa neste link aqui
LIVRO: "A CIDADE DE DEUS" DE SANTO AGOSTINHO
1. O LIVRO
O livro "A Cidade de Deus" de Santo Agostinho é considerado uma das obras mais importantes da filosofia e teologia cristã. Publicado pela primeira vez no século V, ainda hoje é amplamente estudado e debatido em todo o mundo. Embora não existam números precisos sobre suas vendas, é inegável que sua repercussão é significativa, tendo influenciado profundamente o pensamento ocidental e sido referência para muitos filósofos e teólogos ao longo dos séculos. O livro é visto como uma resposta às críticas feitas ao cristianismo na época, apresentando uma visão abrangente sobre a natureza da religião e do homem, e como ambos se relacionam com a história e a sociedade.
2. RESUMO
"A Cidade de Deus" é uma obra monumental escrita por Santo Agostinho no século V, que aborda temas fundamentais da filosofia e teologia cristãs. Dividido em 22 livros, o livro é uma reflexão sobre a natureza da religião e do homem, e como ambos se relacionam com a história e a sociedade. Agostinho apresenta uma distinção entre a cidade dos homens e a cidade de Deus, e argumenta que a cidade de Deus é a verdadeira e eterna cidade que todos os seres humanos devem buscar. Ele explora temas como a providência divina, a natureza do mal, o livre arbítrio e a salvação, além de oferecer uma crítica aos filósofos pagãos e às religiões rivais do cristianismo. A obra é amplamente considerada como um dos grandes clássicos da literatura ocidental e tem sido estudada e debatida por filósofos, teólogos e estudiosos ao longo dos séculos.
3. AUTOR E CONTEXTO
Santo Agostinho foi um filósofo e teólogo cristão romano do século V. Nascido em Tagaste, atual Argélia, em 354, Agostinho estudou retórica em Cartago e filosofia em Roma antes de se converter ao cristianismo em 386. Ele se tornou bispo de Hipona, no norte da África, em 396, e escreveu muitas obras teológicas e filosóficas importantes durante sua vida.
Agostinho pode ter sido motivado a escrever "A Cidade de Deus" em resposta ao saque de Roma em 410 pelos bárbaros godos, que chocou o mundo romano e cristão da época. Ele argumentou que a cidade de Deus é a verdadeira cidade eterna e que os cristãos não devem se apegar à cidade terrena dos homens. Além disso, Agostinho foi influenciado pelas controvérsias teológicas e filosóficas de sua época, especialmente a disputa sobre o maniqueísmo e o ceticismo em relação à capacidade humana de alcançar a verdade.
O contexto histórico em que "A Cidade de Deus" foi escrito foi de grande transformação social e política. A queda do Império Romano e o surgimento de novas religiões e filosofias foram fatores importantes que influenciaram Agostinho a escrever a obra. Além disso, a expansão do cristianismo na Europa e no mundo mediterrâneo tornou mais urgente a necessidade de fornecer uma defesa e explicação mais sofisticada da religião cristã.
4. CONSIDERAÇÕES
- A cidade de Deus é a verdadeira cidade eterna, enquanto a cidade dos homens é transitória e destinada à destruição.
- O mal não é uma substância, mas sim uma privação do bem.
- A história é uma narrativa da luta entre a cidade de Deus e a cidade dos homens.
- A salvação é alcançada pela graça divina, não pelas obras humanas.
- O pecado original afetou toda a humanidade, tornando a salvação necessária para todos.
- O livre arbítrio é uma faculdade humana fundamental, mas limitada pela vontade de Deus.
- Os anjos e demônios são seres espirituais reais que influenciam a vida humana.
- Os sacramentos são meios pelos quais a graça divina é comunicada aos fiéis.
- A igreja é o corpo místico de Cristo, e os fiéis são seus membros.
- A verdadeira religião é baseada na revelação divina e não na razão humana.
- Os filósofos pagãos foram capazes de alcançar a verdade em alguns pontos, mas foram limitados pela sua falta de acesso à revelação divina.
- A filosofia é um meio útil para preparar o caminho para a aceitação da fé.
- A vida monástica é um meio especialmente eficaz para buscar a perfeição cristã.
- O amor a Deus é o mais alto bem e a fonte de toda felicidade.
- A vida eterna é a verdadeira meta da existência humana.
- A fé e a razão são complementares, e não opostas.
- A ciência e a tecnologia são importantes para a vida humana, mas não são suficientes para explicar a totalidade da realidade.
- A teologia é a rainha das ciências, pois é a mais elevada e mais importante de todas as disciplinas.
- A moralidade é baseada na vontade de Deus, expressa na lei divina.
- O cristianismo é a verdadeira religião, capaz de fornecer uma explicação coerente e satisfatória da existência humana e da realidade.
5. APOIOS RELEVANTES
Três pessoas consideradas relevantes que concordaram com as considerações em "A Cidade de Deus" de Santo Agostinho são:
São Tomás de Aquino: O teólogo medieval São Tomás de Aquino concordou com muitas das ideias de Agostinho em "A Cidade de Deus", incluindo sua visão da história como uma luta entre a cidade de Deus e a cidade dos homens, a importância da graça divina para a salvação e a relação entre fé e razão.
Martinho Lutero: O reformador protestante Martinho Lutero elogiou a obra de Agostinho como uma das mais importantes da tradição cristã. Ele concordou com a visão de Agostinho de que a salvação é alcançada pela graça divina, não pelas obras humanas, e que a verdadeira religião é baseada na revelação divina.
G. K. Chesterton: O escritor e filósofo britânico G. K. Chesterton foi influenciado pelo pensamento de Agostinho em "A Cidade de Deus". Ele concordou com a visão de Agostinho de que a cidade de Deus é a verdadeira cidade eterna, e que a salvação é alcançada pela graça divina. Chesterton também apreciou a abordagem de Agostinho em relação à relação entre fé e razão.
6. CRÍTICAS RELEVANTES
Três pessoas consideradas relevantes que discordaram com algumas das considerações em "A Cidade de Deus" de Santo Agostinho são:
Maquiavel: O pensador político italiano Niccolò Maquiavel criticou a visão de Agostinho da história como uma luta entre a cidade de Deus e a cidade dos homens. Para Maquiavel, a política deveria ser vista como uma disciplina separada da religião, e os governantes deveriam ser avaliados de acordo com sua capacidade de governar efetivamente, em vez de sua aderência a uma determinada religião.
Friedrich Nietzsche: O filósofo alemão Friedrich Nietzsche criticou o pensamento cristão em geral, incluindo as ideias apresentadas em "A Cidade de Deus". Para Nietzsche, a religião cristã era uma forma de repressão que negava a vida e a vontade de poder dos indivíduos.
Jean-Jacques Rousseau: O filósofo francês Jean-Jacques Rousseau discordou da visão de Agostinho sobre o livre arbítrio. Para Rousseau, o livre arbítrio era uma ilusão, pois a vontade humana era sempre determinada por fatores externos, como a educação e o ambiente social. Ele também criticou a ênfase de Agostinho na salvação individual, argumentando que a verdadeira felicidade só poderia ser alcançada em uma sociedade justa e igualitária.
7. CONSIDERAÇÕES PARA O NOSSO DIA A DIA
Três considerações do livro "A Cidade de Deus" de Santo Agostinho que são importantes para o nosso dia a dia, nossa saúde mental, nosso cotidiano e relacionamentos são:
A importância da busca pela paz interior: Agostinho enfatiza que a verdadeira felicidade só pode ser encontrada através de uma busca interior pela paz e harmonia. Isso pode ser aplicado em nossas vidas diárias, onde a prática da meditação, reflexão e introspecção pode nos ajudar a encontrar um equilíbrio interno e a lidar melhor com o estresse e a ansiedade.
A necessidade de cultivar relacionamentos saudáveis: Agostinho acredita que a verdadeira felicidade só pode ser alcançada através de relacionamentos saudáveis, baseados no amor, na amizade e no respeito mútuo. Isso nos lembra da importância de cultivar relacionamentos positivos em nossas vidas, e investir tempo e energia em construir conexões significativas com outras pessoas.
A importância de encontrar um propósito maior na vida: Agostinho acredita que a busca pela felicidade só é possível se tivermos um propósito maior na vida, que transcende nossas próprias necessidades e desejos. Isso pode nos ajudar a encontrar significado e propósito em nossas vidas diárias, e a nos engajarmos em atividades que tragam um senso de realização e contribuição para o mundo ao nosso redor.
8. JESUS CRISTO
Três destaques que Jesus Cristo faria como ensino à boa convivência humana são:
Amor ao próximo: Jesus ensinou que devemos amar e respeitar os outros como a nós mesmos. Ele enfatizou a importância da empatia, da compaixão e da solidariedade, e nos encorajou a ajudar os necessitados e os menos afortunados.
Perdão: Jesus ensinou que devemos perdoar aqueles que nos ofendem, e não guardar rancor ou ressentimento. Ele nos encorajou a praticar a tolerância e a compreensão, e a buscar a reconciliação em vez de conflitos e brigas.
Não julgar os outros: Jesus enfatizou que não devemos julgar os outros, pois somente Deus é o verdadeiro juiz. Ele nos ensinou a não sermos críticos e intolerantes, e a aceitar as diferenças e as escolhas dos outros sem julgá-los ou condená-los. Em vez disso, devemos buscar a harmonia e a unidade, e tratar os outros com respeito e dignidade.