"Ritos de Passagem" - Arnold van Gennep - 1909

  





 




PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4


o resumo completo deste livro da Biblioteca, neste link aqui





"Ritos de Passagem" - Arnold van Gennep - 1909




Autor e Contexto:

"Ritos de Passagem" é um livro do antropólogo francês Arnold van Gennep, publicado em 1909. Van Gennep foi um pioneiro no estudo comparativo de rituais em diferentes culturas e um dos fundadores da antropologia da religião. Ele foi influenciado pelo trabalho de seu professor, Émile Durkheim, e pelos escritos do etnólogo britânico James Frazer.




Resumo do Livro:

Em "Ritos de Passagem", van Gennep apresenta uma análise sistemática de rituais de transição em diferentes culturas. Ele identifica três fases principais de ritos de passagem: a separação, a margem e a incorporação. Na fase de separação, os indivíduos são retirados de seu estado social anterior e iniciam um período de isolamento. Na fase de margem, eles estão em um estado liminar, fora das estruturas sociais normais. Na fase de incorporação, eles são reintegrados em uma nova posição social.




Considerações, Informações e Afirmações que motivaram o livro:

  1. Van Gennep argumenta que os ritos de passagem são uma parte essencial de todas as sociedades humanas e desempenham um papel importante na formação da identidade social.
  2. Ele acredita que os ritos de passagem têm uma estrutura universal que pode ser encontrada em culturas de todo o mundo.
  3. Van Gennep usa exemplos de rituais de transição em culturas tão diversas como as tribos aborígenes australianas, a sociedade secretas africanas, as tradições cristãs e as cerimônias de formatura acadêmica.
  4. O livro argumenta que os ritos de passagem são um meio de lidar com a incerteza e a mudança na vida humana, fornecendo um sentido de ordem e estrutura.
  5. Van Gennep destaca a importância da liminaridade, que é o período de transição entre dois estados sociais, como um momento de intensa reflexão e transformação pessoal.
  6. O autor argumenta que os rituais de transição são uma forma de controlar a mudança social, limitando-a a momentos específicos e regulamentados.
  7. Van Gennep também discute o papel dos símbolos e dos mitos nos rituais de transição, argumentando que eles são usados para comunicar significados culturais e transmitir conhecimento de geração em geração.
  8. Ele sugere que os rituais de passagem são um meio de equilibrar as tensões entre a individualidade e a coletividade nas sociedades humanas.
  9. O livro argumenta que os ritos de passagem são um meio de promover a solidariedade social e a coesão, fornecendo um senso de pertencimento a um grupo maior.
  10. Van Gennep usa o termo "comunidade imaginada" para descrever a unidade social que é criada através da participação em rituais de transição.
  11. Ele também destaca o papel dos líderes rituais na condução dos ritos de passagem e na manutenção da ordem social.
  12. O autor argumenta que os ritos de passagem são uma forma de lidar com a dor e o sofrimento associados à mudança, fornecendo um contexto cultural para lidar com a perda e o luto.
  13. Van Gennep enfatiza a importância dos ritos de passagem para a formação da identidade de gênero e a sexualidade, argumentando que eles fornecem um meio de socializar os indivíduos em papéis de gênero específicos.
  14. Ele também destaca a importância dos ritos de passagem na formação da identidade religiosa e espiritual, argumentando que eles fornecem um meio de entrar em contato com o sagrado e o transcendente.
  15. Van Gennep argumenta que os rituais de transição são uma forma de lidar com a tensão entre a tradição e a mudança nas sociedades humanas, fornecendo um meio de manter a continuidade cultural ao mesmo tempo em que permite a adaptação à mudança.
  16. O livro destaca a importância da reflexão e do autoconhecimento durante os rituais de transição, argumentando que eles fornecem um meio de crescer e se desenvolver pessoalmente.
  17. Van Gennep também discute a relação entre ritos de passagem e poder, argumentando que os rituais são uma forma de legitimar a autoridade e manter a hierarquia social.
  18. Ele destaca a importância da participação voluntária nos ritos de passagem, argumentando que isso é um meio de garantir a autenticidade e a eficácia dos rituais.
  19. O livro também discute a relação entre ritos de passagem e outras formas de ritual, como festas e celebrações, argumentando que todos eles desempenham um papel importante na vida social humana.
  20. Finalmente, van Gennep argumenta que os ritos de passagem são um meio de enfrentar a incerteza e a ambiguidade da vida humana, fornecendo um senso de ordem e estrutura em meio à mudança e à transitoriedade.