Livro "História e Consciência de Classe" - György Lukács - 1923

  





 


PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4


o resumo completo deste livro da Biblioteca, neste link aqui




Livro "História e Consciência de Classe" - György Lukács - 1923


Autor:
György Lukács foi um filósofo marxista e teórico político húngaro nascido em 1885 e falecido em 1971. Ele foi uma figura proeminente dentro do pensamento marxista do século XX, conhecido por suas contribuições no campo da teoria crítica e por sua análise da relação entre a filosofia e a práxis revolucionária. Lukács participou ativamente do movimento comunista e foi membro do Partido Comunista Húngaro. Sua obra mais conhecida e influente é "História e Consciência de Classe".

Data e contexto:
"História e Consciência de Classe" foi publicado em 1923, um período marcado pela agitação política e social na Europa após a Primeira Guerra Mundial. A Revolução Russa de 1917 havia estabelecido o primeiro Estado socialista, inspirando movimentos revolucionários em todo o continente. Lukács estava envolvido nesses debates e viveu intensamente o período conturbado do pós-guerra, quando emergiu uma consciência de classe revolucionária entre os trabalhadores e intelectuais.

Resumo do livro:
"História e Consciência de Classe" é uma obra complexa e abrangente que explora as relações entre filosofia, teoria marxista e práxis revolucionária. Lukács argumenta que o materialismo histórico de Marx contém uma ontologia da práxis revolucionária, que fornece uma base filosófica para a luta de classes. Ele busca reconciliar o marxismo com a tradição filosófica idealista alemã, especialmente com a filosofia de Hegel. Além disso, o autor discute questões como alienação, reificação e a transformação da consciência de classe em consciência revolucionária.



Considerações

  1. A necessidade de superar a visão determinista e economicista do marxismo vulgar.
  2. A crítica à concepção de consciência falsa e a rejeição da ideia de que a consciência de classe proletária é uma mera ilusão.
  3. A importância de compreender a mediação entre a base econômica e a superestrutura ideológica.
  4. A análise da alienação como uma categoria central para entender a sociedade capitalista.
  5. A crítica à noção de uma consciência de classe imediata e espontânea.
  6. A importância da prática revolucionária como fonte de conhecimento e transformação social.
  7. A relação entre a filosofia e a práxis revolucionária.
  8. A necessidade de uma teoria marxista do sujeito revolucionário.
  9. A crítica ao cientificismo e a defesa de uma concepção dialética da história.
  10. A influência da tradição filosófica alemã, especialmente de Hegel, na formação do pensamento marxista.
  11. A análise do fenômeno da reificação, que é a transformação das relações sociais em coisas e a perda da consciência da ação humana sobre elas.
  12. A crítica à separação entre teoria e prática, argumentando que a teoria deve estar enraizada na prática revolucionária.
  13. A importância da classe trabalhadora como sujeito histórico da revolução e a necessidade de sua consciência de classe se tornar uma consciência revolucionária.
  14. A reflexão sobre a relação entre individualidade e coletividade no contexto da luta de classes.
  15. A crítica ao positivismo e à neutralidade científica, defendendo a perspectiva de que a ciência é sempre influenciada por interesses sociais e políticos.
  16. A análise das contradições inerentes ao sistema capitalista e a compreensão de que a revolução socialista é uma necessidade histórica.
  17. A defesa da centralidade da práxis revolucionária na transformação social, em contraposição ao reformismo gradualista.
  18. A discussão sobre a cultura e sua relação com a luta de classes, incluindo a análise da literatura, do teatro e da arte em geral.
  19. A crítica à ideologia burguesa e à falsa consciência promovida por ela, buscando desvendar os mecanismos de dominação e exploração.
  20. A chamada para a unificação da teoria revolucionária com a prática revolucionária, a fim de promover uma mudança radical na sociedade.