Livro "O Anti-Édipo" - Gilles Deleuze e Félix Guattari - 1972

  





 

PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4


o resumo completo deste livro da Biblioteca, neste link aqui




Livro "O Anti-Édipo" - Gilles Deleuze e Félix Guattari - 1972



Título: "O Anti-Édipo" - Gilles Deleuze e Félix Guattari - 1972

Introdução:
"O Anti-Édipo" é um livro revolucionário escrito pelos filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari, publicado em 1972. A obra marca uma importante contribuição para a filosofia contemporânea, apresentando uma crítica radical ao pensamento psicanalítico e ao conceito de Édipo proposto por Sigmund Freud. O livro aborda questões relacionadas à psicanálise, ao marxismo e à política, e teve um impacto significativo nos campos da filosofia, da psicologia e da teoria social.

Contexto e Influências:
"O Anti-Édipo" foi escrito durante um período de efervescência política e intelectual, caracterizado por movimentos sociais, contestações culturais e transformações sociais profundas. Os autores foram influenciados pelo maio de 1968 na França, um movimento estudantil e operário que contestou as estruturas políticas e sociais existentes. Eles também estavam imersos na cena intelectual parisiense, envolvendo-se com filósofos como Michel Foucault e Jacques Lacan.

Resumo do livro:
"O Anti-Édipo" é uma obra complexa e multifacetada que se propõe a desconstruir os fundamentos da psicanálise freudiana e do conceito de Édipo. Os autores argumentam que a teoria psicanalítica tradicional reforça formas opressivas de poder e limita a liberdade individual e coletiva. Eles criticam a ideia de um inconsciente reprimido, propondo uma abordagem afirmativa da psicologia, na qual a repressão é substituída pelo desejo e pela produção de novos desejos.




Considerações, informações e afirmações que motivaram o livro:

Crítica à psicanálise ortodoxa: Os autores questionam os fundamentos da psicanálise freudiana, argumentando que ela impõe limites à expressão do desejo humano.

O desejo como motor: Eles afirmam que o desejo é a força motriz da vida humana, e não a repressão dos instintos.

A crítica ao Édipo: Deleuze e Guattari criticam o conceito de Édipo, afirmando que ele aprisiona os indivíduos em estruturas familiares e sociais opressivas.

O desejo como produção: Eles propõem uma concepção do desejo como produtivo, que cria novos desejos e formas de subjetividade.

O desejo e o capitalismo: Os autores relacionam o desejo ao capitalismo, argumentando que o sistema econômico capitalista explora e direciona os desejos individuais.

Esquizoanálise: Introduzem o conceito de esquizoanálise, uma abordagem que busca libertar a expressão do desejo dos limites impostos pela sociedade.

A crítica à psicologia normativa: Criticam a psicologia tradicional, que busca enquadrar os indivíduos em normas e categorias preestabelecidas.

A sociedade de controle: Deleuze e Guattari discutem a transição da sociedade disciplinar para a sociedade de controle, na qual as estruturas de poder se tornam mais sutis e difusas, controlando os indivíduos por meio do desejo e da produção.

A esquizofrenia como potência: Eles afirmam que a esquizofrenia não deve ser vista apenas como uma doença, mas como uma potência criativa e revolucionária que desafia as normas sociais.

O corpo como território: Os autores exploram a relação entre o corpo e o desejo, defendendo a ideia de que o corpo é um território onde se manifestam os desejos e as singularidades individuais.

A crítica ao poder psiquiátrico: Eles questionam o poder psiquiátrico institucionalizado, argumentando que ele patologiza e controla os indivíduos que fogem das normas estabelecidas.

A ruptura com a tradição marxista: Deleuze e Guattari propõem uma ruptura com a tradição marxista, argumentando que o marxismo também reproduz estruturas de poder e limita o desejo individual.

A desterritorialização e a reterritorialização: Os autores exploram os conceitos de desterritorialização (libertação das estruturas) e reterritorialização (novo estabelecimento de estruturas), defendendo a necessidade de constantes processos de transformação.

O desejo e a política: Eles afirmam que o desejo é político, sendo fundamental para a transformação social e a criação de novas formas de organização política.

A crítica à noção de sujeito: Deleuze e Guattari contestam a ideia de um sujeito unificado e estável, propondo uma concepção descentralizada da subjetividade.

O corpo como máquina desejante: Eles descrevem o corpo como uma máquina desejante, conectada a outras máquinas e produzindo fluxos de desejo.

A relação entre desejo e linguagem: Os autores exploram a relação entre o desejo e a linguagem, argumentando que a linguagem não é apenas um meio de comunicação, mas também um campo de produção de desejos.

A multiplicidade e a singularidade: Deleuze e Guattari valorizam a multiplicidade e a singularidade como formas de resistência às estruturas opressivas.

A crítica à psicologia individualista: Eles criticam a ênfase excessiva na psicologia individualista, defendendo a importância das relações sociais e coletivas na formação dos desejos e subjetividades.

A busca pela liberdade e pela criação: Por fim, os autores concluem que a busca pela liberdade e pela criação é central para a emancipação individual e coletiva, propondo uma ética afirmativa baseada na potência do desejo.