Livro "A Grande Transformação" - Karl Polanyi - 1944

  





 


PESQUISA BIBLIOGRÁFICA CIENTÍFICA (com IAC)
investigação realizada pelo Pr. Psi. Jor Jônatas David Brandão Mota
uma das atuações do seu Pastorado4


o resumo completo deste livro da Biblioteca, neste link aqui




Livro "A Grande Transformação" - Karl Polanyi - 1944



Título: "A Grande Transformação" - Karl Polanyi (1944)

Autor: Karl Polanyi foi um renomado economista e cientista político húngaro-britânico. Nascido em 1886, Polanyi testemunhou de perto as transformações sociais e econômicas ocorridas na Europa durante o século XX. Ele foi influenciado pelas mudanças drásticas que ocorreram durante a Primeira Guerra Mundial, a Grande Depressão e a ascensão dos regimes totalitários. Sua experiência pessoal moldou sua visão crítica sobre a economia e sua relação com a sociedade.

Data e contexto: "A Grande Transformação" foi publicado em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial. Nesse período, o mundo estava passando por uma crise sem precedentes, com o conflito global afetando todas as esferas da vida. A obra foi influenciada pelo momento histórico turbulento e pela preocupação de Polanyi com as consequências sociais e econômicas das políticas liberais.

Resumo do livro: "A Grande Transformação" é uma análise crítica das transformações econômicas ocorridas durante o século XIX e início do século XX. Polanyi argumenta que a ascensão do liberalismo econômico, baseado na crença na autorregulação do mercado, teve consequências desastrosas para a sociedade. Ele destaca o modo como a economia de mercado se tornou um "sistema autorregulado" que ignorava as necessidades humanas e subordinava todos os aspectos da vida à lógica do lucro. O autor explora as implicações sociais, políticas e culturais dessa transformação e propõe alternativas para uma ordem econômica mais justa e equilibrada.




Considerações, informações e afirmações que motivaram o livro:

Polanyi argumenta que a noção de que a economia deveria ser separada da sociedade e governada por suas próprias leis é uma ideia falsa e perigosa.

Ele contesta a crença de que o livre mercado é capaz de se autorregular e alcançar o equilíbrio automático entre oferta e demanda.

Polanyi destaca como a transformação do trabalho em uma "mercadoria" reduziu os indivíduos a meros participantes no mercado, levando a uma perda de autonomia e dignidade.

O autor argumenta que a financeirização da economia coloca o poder nas mãos de especuladores e desvincula a economia real das necessidades humanas.

Polanyi critica o sistema de laissez-faire, apontando que o Estado desempenha um papel crucial na regulação e proteção da sociedade contra as forças desestabilizadoras do mercado.

Ele aborda as consequências sociais da mercantilização, incluindo a exploração dos trabalhadores e a destruição do meio ambiente.

Polanyi destaca como a ascensão do nacionalismo e do fascismo foi uma resposta à desintegração social causada pela economia de mercado desregulada.

O autor propõe a ideia de uma "economia institucionalizada" que integra a economia ao restante da sociedade, levando em consideração as necessidades humanas, os valores sociais e os limites ambientais.

Polanyi enfatiza a importância dos sistemas de proteção social, como a seguridade social e os direitos trabalhistas, para mitigar as desigualdades e garantir o bem-estar da população.

Ele argumenta que a economia deve estar subordinada à política, e não o contrário, para que a sociedade possa moldar as regras econômicas de acordo com seus valores e necessidades.

Polanyi ressalta a importância das relações de solidariedade e cooperação na economia, enfatizando que a competição desenfreada leva à exclusão e à fragmentação social.

O autor critica a ideia de que o crescimento econômico ilimitado é desejável e sustentável, alertando para os danos ambientais e a exploração dos recursos naturais.

Polanyi argumenta que a economia não deve ser considerada uma esfera separada da vida, mas sim integrada a outras esferas, como a cultura, a política e a ética.

Ele destaca a importância da democracia e da participação popular na tomada de decisões econômicas, a fim de evitar a concentração de poder nas mãos de poucos.

Polanyi critica a ideia de que o mercado é um mecanismo neutro e objetivo, apontando que as regras do mercado são moldadas por interesses e valores específicos.

O autor argumenta que a busca incessante pelo lucro individual mina a solidariedade social e a coesão comunitária.

Polanyi enfatiza a importância das instituições sociais na regulação da economia, como sindicatos, associações profissionais e organizações da sociedade civil.

Ele destaca como as políticas de desregulamentação e liberalização econômica podem levar a crises financeiras e instabilidades.

O autor critica a mercantilização de áreas como educação, saúde e meio ambiente, argumentando que esses setores devem ser protegidos do livre mercado.

Polanyi propõe uma visão holística da economia, que leve em consideração as dimensões sociais, políticas, culturais e ecológicas, visando a construção de uma sociedade mais justa e sustentável.