Israel - parte 4



Forças armadas

Ver artigo principal: Forças de Defesa de Israel
As Forças de Defesa de Israel são formadas pelo exércitomarinha e aeronáutica israelenses. Foram fundadas durante a Guerra árabe-israelense de 1948 por organizações paramilitares - principalmente a Haganah - que precedeu a criação do Estado de Israel.[204] A FDI também usa os recursos da Direção de Inteligência Militar (Aman), que trabalha com a Mossad e Shabak.[205] O envolvimento das Forças de Defesa de Israel em grandes guerras e conflitos fronteiriços tornou-a uma das forças armadas mais capacitadas do planeta.[206][207] A maioria dos israelenses são convocados para o serviço militar obrigatório aos 18 anos de idade. Homens devem servir por três anos e as mulheres devem servir por dois.[208] Na sequência do serviço obrigatório, homens israelenses juntam-se a força militar de reserva por várias semanas a cada ano até completar 40 anos de idade. A maioria das mulheres estão isentas do imposto de reserva. Árabes israelenses (com excepção dos drusos) e aqueles que exercem estudos religiosos em tempo integral estão isentos do serviço militar.[209]Uma alternativa para aqueles que recebem isenções sobre vários motivos é o Sherut Leumi, ou serviço nacional, que envolve um programa de serviços em hospitaisescolas e outros quadros de bem-estar social. Como resultado de seu programa de conscrição, a FDI mantém aproximadamente 168 000 tropas ativas e um adicional de 408 000 reservistas.[210]
Tanque Merkava das FDI.
As forças armadas do país dependem fortemente de sistemas de armas de alta tecnologia concebidos e fabricados em Israel, além de algumas importações estrangeiras. Os Estados Unidos são um dos maiores contribuintes estrangeiros; estima-se que liberem ao país 30 bilhões de dólares em ajuda militar entre os anos de 2008 e 2017.[211] O míssil Arrow, desenvolvido pelos EUA e por Israel, é um dos únicos sistemas de mísseis antibalísticos em operação no mundo.[212] Desde a Guerra do Yom Kipur, Israel tem desenvolvido uma rede de satélites de reconhecimento. O sucesso do programa Ofeq fez de Israel um dos sete países capazes de independentemente desenvolver, fabricar e lançar satélites desse tipo.[213] O país também desenvolveu o seu próprio tanque, o Merkava. Desde a sua criação, Israel tem gasto uma parcela significativa do seu produto interno bruto em defesa. Em 1984, por exemplo, o país gastou 24%[214]do seu PIB em defesa. Hoje, esse número caiu para cerca de 10%.[215]
Israel não assinou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear e mantém uma política de ambiguidade deliberada em direção à sua capacidade nuclear, apesar de ser amplamente considerado como possuidor de armas nucleares.[216] Depois da Guerra do Golfo em 1991, quando o país foi atacado por mísseis Scud iraquianos, foi aprovada uma lei exigindo que todos os apartamentos e casas em Israel devessem ter uma mamad, uma sala de segurança reforçada e impermeável a substâncias químicas e biológicas.[217]

Subdivisões administrativas

Colinas de GolãDistrito Norte (Israel)Haifa (distrito)Haifa (distrito)Distrito Central (Israel)Distrito Central (Israel)Tel Aviv (distrito)Distrito Sul (Israel)Jerusalém (distrito)Judeia e Samaria (distrito)CisjordâniaA clickable map of Israel.
Sobre esta imagem
Ver artigo principal: Distritos de Israel
O Estado de Israel está dividido em seis principais distritos administrativos, conhecido como mehozot (מחוזות; singular: mahoz) - CentroHaifaJerusalémNorteSul e Tel Aviv. Os distritos dividem-se em quinze subdistritos conhecidos como nafot (נפות; singular: ANPA), que são eles próprios divididos em cinquenta regiões naturais.[218]
DistritoCidade principalSubdistritosNúmero de residentes
NorteNazareth IllitKinneret , SafedAcreGolã (disputado com a Síria), Jizreel1.242.100
HaifaHaifaHaifaHadera880.000
CentralRamlaRishon LeZionSharon (Netanya), Petah TikvaRamlaRehovot1.770.200
Tel AvivTel AvivTel Aviv1.227.000
Jerusalém (inclui Jerusalém Oriental)JerusalémJerusalém910.300
SulBeershebaAscalãoBeersheba1.053.600
Judeia e Samaria (Cisjordânia)Modi'in Illit (maior cidade)---304.569‏‏[219] (população com cidadania israelita)
Para fins estatísticos, o país está dividido em três áreas metropolitanasTel Aviv e Gush Dan (população 3 150 000), Haifa (população 996 000), e Beersheba (população 531 600).[220] A maior cidade de Israel, tanto em população quanto em área é Jerusalém com 732 100 habitantes em uma área de 126 km².[221]
As estatísticas do governo israelense sobre Jerusalém incluem a população e o território de Jerusalém Oriental, que é amplamente reconhecida como parte dos territórios palestinos sob ocupação de Israel.[222] Tel AvivHaifa e Rishon LeZion são as seguintes cidades mais populosas do país, com 384 600, 267 000 e 222 300 habitantes, respectivamente.[223]

Territórios ocupados

Mapa de Israel e dos territórios palestinos ocupados.
Os territórios ocupados por Israel são a CisjordâniaJerusalém Oriental e as colinas de Golã. Estas são as áreas que Israel tomou da Jordânia e da Síria durante a Guerra dos Seis Dias. O termo também foi usado para descrever a península do Sinai, que foi devolvida ao Egito em 1979 como parte do tratado de paz israelo-egípcio.[224]
O termo "territórios ocupados por Israel" também foi usado para englobar a Faixa de Gaza, que foi ocupada pelo Egito e tomada por Israel em 1967. Em 2005, Israel desocupou a Faixa de Gaza e retirou quatro assentamentos na Cisjordânia, como parte do seu plano de retirada unilateral. No entanto, Israel continua a controlar o acesso ao espaço aéreo e marítimo de Gaza. Israel também regulamenta as viagens e o comércio de Gaza com o resto do mundo.[225] O interior do território está sob controle do Hamas, partido majoritário no Conselho Legislativo da Palestina, cujo braço militante executou desde os anos 1990 vários atentados terroristas contra Israel como o atentado suicida do Dizengoff Center e o atentado terrorista da pizzaria Sbarro.[226][227][228][229]
Na sequência da captura desses territórios por Israel, assentamentos constituídos por cidadãos israelitas foram estabelecidas dentro de cada um deles. Israel aplica suas leis em Golan e Jerusalém Oriental, incorporando-os ao seu território e oferecendo aos seus habitantes o status de residentes permanentes e a possibilidade de obtenção da cidadania israelense, caso eles a solicitem. Em contraste, a Cisjordânia tem permanecido sob ocupação militar e é largamente vista junto com a Faixa de Gaza - por parte de Israel, pelos palestinos e pela comunidade internacional - como o local de um futuro Estado palestino. O Conselho de Segurança declarou que a incorporação de Jerusalém Oriental e das colinas de Golã é "nula e sem efeito" e continua considerando-os territórios ocupados.[230][231]
Modi'in Illit, com 60 mil habitantes, é a maior colônia israelense no território da Cisjordânia[232]
Em verde: Mandato Britânico da Palestina; o Estado da Palestina como declarado em 1988 e as áreas atualmente sob controle palestino.
O status de Jerusalém Oriental, em qualquer possível acordo de paz, tem sido visto por vezes como um obstáculo difícil nas negociações entre os governos de Israel e representantes dos palestinos. A maioria das negociações relativas aos territórios se dão com base na Resolução 242 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, que apela que Israel desocupe os territórios ocupados em troca da normalização das relações com países árabes, um princípio conhecido como "terra pela paz".[233]
Cisjordânia tem uma população constituída principalmente por árabes palestinos, incluindo os residentes históricos dos territórios e dos refugiados da Guerra árabe-israelense de 1948.[234] Desde a ocupação em 1967 até 1993, os palestinos que vivem nesses territórios estavam sob a administração militar israelense. Desde que foram assinadas as cartas de reconhecimento entre Israel e a Organização para a Libertação da Palestina, a maioria da população palestina e suas cidades têm estado sob o controle da Autoridade Palestina e por um controle militar parcial por parte dos israelenses, apesar de Israel ter em diversas ocasiões reorganizado suas tropas e reinstituído plena administração militar durante períodos de grande agitação. Em resposta aos ataques cada vez mais numerosos como parte da Segunda Intifada, o governo israelense iniciou a construção do chamado "Muro da Cisjordânia",[235] que segundo o relatório da organização de direitos humanos israelense B'Tselem está parcialmente construído dentro do território da Cisjordânia.[236]
Faixa de Gaza foi ocupada pelo Egito de 1948 a 1967 e em seguida por Israel, de 1967 a 2005. Em 2005, como parte do plano de retirada unilateral, Israel retirou todos os seus colonos e forças do território palestino. No entanto, Israel continua a controlar o espaço aéreo e o acesso marítimo da Faixa de Gaza e tem enviado tropas para a área.[237] Gaza faz fronteira com o Egito. Um acordo entre Israel, a União Europeia, a Autoridade Palestina e o Egito estabeleceu como a passagem da fronteira poderia ser feita (o que era monitorado por observadores europeus).[238] No entanto a eleição de um governo do Hamas trouxe problemas na sua aplicação, o que tem ocasionado o fechamento da passagem da fronteira na maior parte do tempo.[239] O interior da Faixa de Gaza está nas mãos do governo do Hamas.[240]

Economia

Ver artigo principal: Economia de Israel
Ver também: Turismo em Israel
Israel é considerado um dos países mais avançados do sudoeste da Ásia em desenvolvimento econômico e industrial. O país foi classificado como o de nível mais elevado da região pelo Banco Mundial,[241] bem como, no Fórum Econômico Mundial. Tem o maior número de empresas cotadas na bolsa NASDAQ fora da América do Norte.[242] Em 2008, Israel tinha o 41º produto interno bruto (PIB) mais alto[243] e o 22º maior PIB per capita do mundo (em paridade de poder de compra), com 199,5 bilhões de dólares e 33.299 de dólares, respectivamente.[244] Em 2007, Israel foi convidado a aderir à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico(OCDE),[245] que promove a cooperação entre os países que aderem aos princípios democráticos e explorar economias de mercado.[246]
Apesar dos limitados recursos naturais, o intensivo desenvolvimento industrial e da agricultura ao longo das últimas décadas fez com que Israel se tornasse amplamente autossuficiente na produção de alimentos, especialmente grãos e carne. Entre os produtos muito importados por Israel, totalizando 47,8 bilhões de dólares em 2006, incluem-se combustíveis fósseis, as matérias-primas e equipamentos militares. Os produtos que Israel mais exporta são frutasvegetaisprodutos farmacêuticossoftwaresprodutos químicostecnologia militardiamantes. Em 2006, o volume de exportações do país atingiu 42,86 bilhões de dólares.[247]
Complexo de alta tecnologia de Matam, em Haifa, onde empresas como GoogleMicrosoft e Intel mantêm centros de pesquisa e desenvolvimento.[248]
Israel é um dos líderes globais em conservação da água, energia geotérmica[249] e em alta tecnologia, atuando no desenvolvimento de softwarescomunicações e ciências da vida, o que provoca comparações ao Vale do Silício na Califórnia.[250][251] Intel[252] e Microsoft[253]construiram em Israel seus primeiros centros de pesquisa e desenvolvimento fora dos Estados Unidos além de outras multinacionais de alta tecnologia como a IBM, a Cisco Systems e a Motorola, terem aberto instalações no país. Em julho de 2007, o bilionário americano Warren BuffettCEO da companhia Berkshire Hathaway, comprou a empresa israelense Iscar, sendo a sua primeira aquisição fora do território americano, por 4 bilhões de dólares.[254] Israel possui a segunda maior aglomeração de indústrias de tecnologia de ponta, o Silicon Wadi, atrás apenas do Vale do Silício da Califórnia.[255] Desde a década de 1970, Israel tem recebido ajuda econômica dos Estados Unidos, cujos empréstimos representam a maior parte da dívida externa do país. Em 2007, os Estados Unidos aprovaram mais 30 bilhões de dólares em ajuda a Israel pelos próximos dez anos.[211]
Em 2010, Israel foi classificado pelo "IMD's World Competitiveness Yearbook" no 17º lugar entre os nações mais desenvolvidas economicamente. Também foi qualificado nessa mesma publicação como a mais durável economia em tempos de crise e em 1º lugar no nível de investimentos em pesquisas e em centros de desenvolvimento.[256] No mesmo ano, foi convidado para aderir a OCDE.[257] Israel possui o segundo maior número de companhias start-up no mundo, logo depois dos Estados Unidos.[258] Apesar disso, a produtividade por trabalhador no país é uma das mais baixas entre os membros da OCDE.[259]
turismo, especialmente do turismo religioso, é outra importante fonte de renda em Israel. Com um clima mediterrâneopraiassítios arqueológicos e históricos, além da única geografia, o país atrai milhões de turistas todos os anos. Problemas de segurança de Israel afetam a indústria do turismo, mas o número de turistas continua em alta.[260] Em 2008, mais de 3 milhões de turistas visitaram Israel.[261] Abundantes são as informações turísticas nas rodovias, concomitantemente em três idiomas: hebraico, árabe e inglês, nesta ordem.

Infraestrutura

Educação

Ver artigo principal: Educação em Israel
Vista aérea do campus do instituto Technion, em Haifa. Apenas dessa instituição saíram três dos dez ganhadores israelenses do Prêmio Nobel.[262]
Centro de Pesquisa Neurológica da Universidade Bar-Ilan, em Ramat Gan.
Israel tem a maior esperança de vida escolar do sudoeste da Ásia, e está empatado com o Japão na segunda maior esperança de vida escolar do continente asiático (a Coreia do Sul está em primeiro lugar).[263] O país também tem a maior taxa de alfabetização do sudoeste asiático, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas.[264] A Lei de Educação do Estado, promulgada em 1953, estabeleceu cinco tipos de escolas: estado laico, o estado religioso, ultra ortodoxo, escolas municipais e escolas árabes. O público secular é o maior grupo escolar e é frequentado pela maioria dos alunos judeus e não-árabes em Israel. A maioria dos árabes enviam seus filhos às escolas onde o árabe é a língua de instrução.[265] O ensino é obrigatório em Israel, para crianças entre as idades de três a dezoito anos.[266][267] A escolarização é dividida em três níveis - da escola primária (séries 1/6), escola média (séries 7/9) e ensino médio(séries 10/12) - terminando com uma série de exames de matrícula em várias matérias. As notas nestes exames constam no diploma nacional padronizado - o diploma Bagrut. Proficiência em temas fundamentais como matemáticabíbliahebraicoliteratura hebraica e geral, inglêshistóriaeducação cívica e uma matéria eletiva é necessária para receber um certificado Bagrut.[268] Em escolas árabes, cristãs e drusas, os estudos bíblicos são substituídos por exames baseados na cultura islâmica, cristã ou drusas.[269] Em 2003, mais de metade dos alunos da última classe do ensino secundário conseguiram passar em todos os exames para receber o diploma Bagrut.[270]
As oito universidades públicas de Israel são subsidiadas pelo Estado.[268][271] A Universidade Hebraica de Jerusalém, a mais antiga universidade de Israel, e a Biblioteca Nacional de Israel, possuem o maior repositório de livros sobre temas judaicos.[272] A Universidade Hebraica foi classificada entre as 100 melhores universidades do mundo[273] pelo prestigioso ranking acadêmico ARWU. Em um levantamento mais recente, de 2009, esta mesma universidade foi classificada na posição 64ª no mundo (e quarta na região da Ásia e do Oceano Pacífico).[274] Outras grandes universidades do país incluem o Technion, o Instituto Weizmann da CiênciaUniversidade de Tel AvivUniversidade Bar-Ilan, a Universidade de Haifa, e Universidade Ben-Gurion do Negev. As sete universidades de pesquisa de Israel (com exceção da Universidade Aberta) foram classificadas entre as 500 melhores do mundo.[275] Israel ocupa terceira posição no mundo em número de cidadãos que possuem diplomas universitários (20% da população).[276][277]
No campo das teorias da aprendizagem, Israel legou ao mundo a teoria da modificabilidade cognitiva estrutural, formulada pelo educadorReuven Feuerstein (1921-2014). Esta teoria afirma que a inteligência humana pode ser expandida, independente de idade, dando ao indivíduo capacidade para aprender.[278]
Universidades israelenses destacam-se entre as cem melhores no mundo em física[279] (TAUUHJI e IWC), matemática[280] (TAU, UHJI e Technion), química[281] (TAU, UHJI e Technion), ciência da computação[282](TAU, UHJI, IWC, UBI e Technion), economia[283] (TAU e UHJI), engenharia[284] (TAU, UHJI e Technion), ciências sociais[285] (TAU e UHJI) e ciências naturais[286] (TAU, UHJI, Technion e IWC). O Technion e o IWC destacam-se na liderança da lista do ranking em ciência da computação, junto com universidades de somente dois países - os Estados Unidos e o Canadá.[282] Apesar disso, os resultados dos alunos em Israel permanecem inferiores aos dos países da OCDE, segundo o exame do PISA.[287]

Ciência e tecnologia

Ver artigo principal: Ciência e tecnologia em Israel
Considerado um país pequeno, Israel necessitou ser preciso e generoso na distribuição de recursos para o setor de Ciência e Tecnologia: 40% da verba destina-se ao progresso científico. Neste ramo, investe com qualidade competitiva internacional não somente em uma área, mas em várias, sendo três delas as principais: industrial, agrotecnológica e médica. Desde a sua fundação, que o Estado de Israel investe na pesquisa, em primeiro, para sanar as dificuldades encontradas em sua terra infértil, como tornando-se o pioneiro em biotecnologia agrícola, irrigação por gotejamento, a solarização dos solos, a reciclagem de águas de esgoto para uso agrícola e a utilização do enorme reservatório subterrâneo de água salobra do Negev.[288] Na área médica, seu crescimento deu-se a partir da Primeira Guerra Mundial, após a fundação do Centro Hebraico de Saúde, e continuou a ampliar-se, agora nos departamentos de bioquímicabacteriologiamicrobiologia e higiene da Universidade Hebraica de Jerusalém, que iniciaram a base do Centro Médico Hadassa, a instituição de maior importância nacional na área. Relacionada a indústria, o desenvolvimento foi dos laboratórios próximos ao Mar Mediterrâneo, onde foi criado o Instituto de Tecnologia Technion-Israel, cujo investimentos são destacados na óptica, na computação, na aeronáutica, na robótica e na eletrônica.[289][290] Inserido nesta área, está ainda o departamento de Pesquisa e Desenvolvimento, cujas funções estão relacionadas as telecomunicações, produção elétrica e de energia, e administração de recurso hídrico, ligado à indústria e à agricultura.[291] Entre seus profissionais estão os chegados da extinta União Soviética, dos quais 40% eram graduados universitários e ajudaram a impulsionar Israel no setor de alta tecnologia.[276] Destacando-se internacionalmente, possui cinco cientistas que foram vencedores do Prêmio Nobel: três em química e dois em economia.[292] O físico David Grossestadunidense laureado pelo Nobel de Física, é bacharelado e mestre pela Universidade Hebraica de Jerusalém.[293] Em 2010, o israelense Elon Lindenstrauss, jovem matemático dessa mesma universidade, recebeu a medalha fields, considerada como o "nobel da matemática".[294]
A maior parabólica solar do mundo[295] no Centro Ben-Gurion.
Israel investe muito em energia solar, com engenheiros na vanguarda desse tipo de tecnologia.[296] Suas empresas trabalham em projetos ao redor de todo o mundo [297][298] e mais de 90% dos lares israelitas utilizam energia solar para esquentar a água, o que dá uma economia de 8% em seu consumo de energia anual.[299][300][301]
Desde 1988, a Israel Aerospace Industries desenvolveu e fabricou de maneira independente pelo menos 13 satélites comerciais, de pesquisas e de espionagem.[302] A maioria foram lançados para órbita terrestre da base da força aérea israelense de Palmachim, em sua costa mediterrânea a sul de Tel Aviv, por veículos lançadores de satélites Shavit. Alguns dos satélites de Israel classificam-se entre os sistemas espaciais mais avançados no mundo.[303] Em 22 de junho de 2010, Israel lançou da base aérea de Palmachim o seu satélite de espionagem Ofeq 9, equipado com câmera de alta resolução.[304] O piloto de caça Ilan Ramon foi o primeiro astronauta israelense; atuou como especialista de carga durante a STS-107, na última e fatal missão do ônibus espacial Columbia.
Israel está em terceiro lugar entre os países que mais publicam artigos científicos per capita do mundo,[305] em terceiro lugar também em número de patentes per capita[306] Ocupa ainda o segundo lugar entre os vinte países com mais impacto relativo em artigos científicos sobre ciências espaciais, num estudo levado a cabo pela agência Thomson Reuters.[307] Três de seus cientistas de computação receberam o Prêmio TuringMichael RabinAdi Shamir e Amir Pnueli.[308][309][310]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Israel