Casimiro de Abreu


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Casimiro de Abreu Academia Brasileira de Letras
Nome completoCasimiro José Marques de Abreu
Nascimento4 de janeiro de 1839
Barra de São JoãoRio de JaneiroImpério do Brasil Império do Brasil
Morte18 de outubro de 1860 (21 anos)
Nova FriburgoRio de JaneiroImpério do Brasil Império do Brasil
Nacionalidade Brasileiro
OcupaçãoPoeta
Escola/tradiçãoRomantismo
Casimiro José Marques de Abreu (Barra de São João4 de janeiro de 1839 — Nova Friburgo18 de outubro de 1860) foi um poeta brasileiro da segunda geração do romantismo. Filho do fazendeiro português José Joaquim Marques de Abreu[1] e de Luísa Joaquina das Neves, uma fazendeira de Barra de São João, viúva do primeiro casamento. Com José Joaquim ela teve três filhos, embora nunca tenham sido oficialmente casados. Casimiro nasceu na Fazenda da Prata, em Casimiro de Abreu, propriedade herdada por sua mãe em decorrência da morte do seu primeiro marido, de quem não teve filhos.[1]
A localidade onde viveu parte de sua vida, Barra de São João, é hoje distrito do município que leva seu nome, e também chamada "Casimiro de Abreu", em sua homenagem. Recebeu apenas a instrução primária no Instituto Freese, dos onze aos treze anos, em Nova Friburgo, então cidade de maior porte da região serrana do estado do Rio de Janeiro, e para onde convergiam, à época, os adolescentes induzidos pelos pais a se aplicarem aos estudos.
Aos treze anos transferiu-se para o Rio de Janeiro para trabalhar com o pai no comércio. Com ele, embarcou para Portugal em 1853, onde entrou em contato com o meio intelectual e escreveu a maior parte de sua obra. O seu sentimento nativista e as saudades da família escreve: "estando a minha casa à hora da refeição, pareceu-me escutar risadas infantis da minha mana pequena. As lágrimas brotavam e fiz os primeiros versos de minha vida, que teve o título de Ave Maria".
Em Lisboa, foi representado seu drama Camões e o Jau em 1856, que foi publicado logo depois.
Litografia de Casimiro de Abreu em rótulo de cigarro.
Seus versos mais famosos do poema Meus oito anos: Oh! Que saudades que tenho/da aurora da minha vida,/ da minha infância querida/que os anos não trazem mais!/ Que amor, que sonhos, que flores,/naquelas tardes fagueiras,/ à sombra das bananeiras,/ debaixo dos laranjais!.
Em 1857 retornou ao Brasil para trabalhar no armazém de seu pai. Isso, no entanto, não o afastou da vida boêmia. Escreveu para alguns jornais e fez amizade com Machado de Assis. Em 1859 editou as suas poesias reunidas sob o título de Primaveras.
Tuberculoso, retirou-se para a fazenda de seu pai, Indaiaçu, hoje sede do município que recebeu o nome do poeta, onde inutilmente buscou uma recuperação do estado de saúde, vindo ali a falecer. Foi sepultado conforme seu desejo em Barra de São João, estando sua lápide no cemitério da secular Capela de São João Batista, junto ao túmulo de seu pai.
Espontâneo e ingênuo, de linguagem simples, tornou-se um dos poetas mais populares do Romantismo no Brasil. Seu sucesso literário, no entanto, deu-se somente depois de sua morte, com numerosas edições de seus poemas, tanto no Brasil, quanto em Portugal. Deixou uma obra cujos temas abordavam a casa paterna, a saudade da terra natal, e o amor (mas este tratado sem a complexidade e a profundidade tão caras a outros poetas românticos). A despeito da popularidade alcançada pelos livros do poeta, sua mãe, e herdeira necessária, morreu em 1859 na mais absoluta pobreza, não tendo recebido nada em termos de direitos autorais, fossem do Brasil, fossem de Portugal.[1]
Encontra-se colaboração da sua autoria nas revistas O Panorama[2] (1837-1868) e A illustração luso-brasileira [3] (1856-1859).
É o patrono da cadeira número seis da Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis.

Obras de Casimiro de Abreu[editar | editar código-fonte]

Fora da Pátria, prosa, 1855 Minha Mãe, poesia, 1855 Rosa Murcha, poesia, 1855 Saudades, poesia, 1856 Suspiros, poesia, 1856 Camões e o Jau, teatro, 1856 Meus Oito Anos, poesia, 1857 Longe do Lar, prosa, 1858 Treze Cantos, poesia, 1858 Folha Negra, poesia, 1858 Primaveras, poesias, 1859

Poesias e prosas[editar | editar código-fonte]

  • As Primaveras, poesias, prosas e textos de outros sobre o autor então recentemente falecido (1860)[4]

Prosa[editar | editar código-fonte]

  • Carolina, romance, (1856)
  • A Cabana (1858)
  • A Virgem Loura, prosa poética

Teatro[editar | editar código-fonte]

  • Camões e o Jau (1856)

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c Nilo Bruzzi. Casimiro de Abreu. [S.l.]: Aurora, 1949.
  2. Ir para cima Rita Correia (23 de novembro de 2012). «Ficha histórica: O Panorama, jornal literário e instrutivo da sociedade propagadora dos conhecimentos úteis.» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 13 de maio de 2014
  3. Ir para cima Rita Correia (19 de Agosto de 2008). «Ficha histórica: A illustração luso-brazileira : jornal universal (1856;1858-1859)» (pdf)Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 24 de Novembro de 2014
  4. Ir para cima Primaveras, Google Livros

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Precedido por
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(fundador)




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