Entre o Céu e a Terra analisa como religiões lidam com a alimentação



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É claro que esta fonte é, atualmente, tendenciosa e preconceituosa, mas com o devido cuidado, podemos absorver algum aprendizado.
Publicado em 30/03/2017 - 17:28 e atualizado em 30/03/2017 - 17:32

Programa entrevista especialistas que comentam práticas de jejuns e sacrifícios

Seja através de restrições ou oferendas, de histórias ou de incentivos, a alimentação é central na vida humana e no cotidiano das religiões. A partir dessa perspectiva, o episódio desta sexta (31) da série Entre o Céu e a Terra, no ar às 22h, na TV Brasil, debate como as creças encaram a alimentação, os jejuns e os sacríficios.

O programa também propõe uma reflexão sobre a oferta de animais, a participação dos alimentos na mitologia das religiões e os hábitos alimentares fomentados por diferentes crenças.

A produção mescla a linguagem documental, através de entrevistas com lideranças espirituais, com uma trama ficcional. Na história dramatúrgica, o personagem Alberto (Clayton Mariano) terá um encontro amoroso depois de muito tempo sozinho.

O protagonista convida Fernanda (Ana Carolina Godoy), personagem que conheceu na primeira temporada da série, para um jantar à luz de velas em sua casa. Apesar de não ter muita experiência na cozinha, ele decide se aventurar como chef para impressionar a moça. É noite e Alberto chega em sua casa com as sacolas de compras: alguns legumes, arroz e um peixe embrulhado num jornal.

Katy Frisvold é uma bruxa tradicional 

A série Entre o Céu e a Terra mostra que a vida se alimenta da morte. Desde os primórdios da humanidade, o homem mata animais ou colhe frutos e cereais para se alimentar. As diferentes crenças religiosas lidam com essa dinâmica de forma particular.

A oferta de animais é descrita no Velho Testamento, em rituais do Candomblé, entre os indígenas brasileiros, e outras culturas. Aqui o alimento deixa de nutrir o corpo e passa a cuidar do espírito.

Uma das hipóteses do estudioso das religiões romeno Mircea Eliade (1907-1986) é que o sacrifício de animais com fins religiosos teria surgido nesta tentativa da humanidade se reconciliar com a culpa que tería de matar animais para nosso sustento. A ideia seria oferecer um animal especial aos Deuses na esperança de que nunca faltasse o que comer.

Outro ponto de vista abordado será a participação dos alimentos na mitologia das religiões. A alimentação está presente em dois dos principais eventos do Cristianismo: Adão e Eva ao comerem do fruto proibido e a Santa Ceia na qual Jesus declara que o pão e o vinho são seu corpo e sangue.

O episódio inédito de Entre o Céu e a Terra também descreve os hábitos alimentares fomentados pela religião. A identidade religiosa é, muitas vezes, uma identidade alimentar. Os judeus, por exemplo, não comem carne de porco, os hinduístas são vegetarianos e os muçulmanos jejuam no Ramadan.

Participam do programa esta semana o Pastor Jorge Linhares, da Igreja Batista; a Mãe Meninazinha de Oxum, do Candomblé; o Rabino Moysés Elmescany, do Judaísmo; o Sheik Mokhtar El Khal, do Islamismo; a bruxa tradicional Katy Frisvold; a professora de Ciências Sociais Marilu Campelo; o professor de Antropologia Kleber Saraiva; e o professor de Sociologia Reginaldo Prandi. 


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