TIAGO CHAGAS6 DE NOVEMBRO DE 2017
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Um movimento no meio cristão quer abandonar o termo “evangélico” para se distanciar da imagem formada pela sociedade de posturas radicais, comumente chamadas de “extrema direita”.
A postura desse movimento é de recusa à abordagem evangélica em relação a temas complexos que permeiam a sociedade atual. Um dos principais nomes dessa linha de pensamento é Boz Tchividjian, neto do evangelista Billy Graham.
“Eu não me identifico mais com esse termo. As palavras importam. E ‘evangélico’ não é como ‘batista’ ou ‘episcopal’, que podem ser claramente definidos. Quando você usa esse termo para uma pessoa, é definido pela forma que ela interpreta”, explicou Boz Tchividjian ao jornal The Guardian.
Segundo informações do jornal brasileiro O Globo, existe um crescente número de religiosos americanos que está aderindo a esse movimento, abandonando o rótulo “evangélico” como forma de protestar contra manifestações consideradas radicais, mas, mantendo os princípios da fé cristã protestante.
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Um exemplo disso foi a mudança realizada recentemente pela conceituada Sociedade Evangélica da Universidade de Princeton, que removeu o “evangélica” do nome, sendo rebatizada oito décadas depois como Sociedade Cristã de Princeton.
William Boyce, atual secretário-executivo da entidade, afirmou que a mudança foi necessária porque “nos últimos anos estamos vendo mais estudantes que não se reconhecem ou não compreendem corretamente o termo ‘evangélico’”.
Tony Campolo, pastor, fundador do movimento Red Letter Christians, e ex-conselheiro espiritual de Bill Clinton durante sua presidência, também aderiu à iniciativa de abandonar o rótulo “evangélico”: “Nos sentimos desconfortáveis em nos chamarmos como evangélicos, porque o público em geral supõe coisas sobre nós que não são verdadeiras. Não somos favoráveis à pena de morte, não somos a favor da guerra, não odiamos gays e não somos antifeministas”, esclareceu, em entrevista ao portal Premier Christianity.
Boz Tchividjian considera o termo “evangélico” muito amplo, pois a essência da palavra é uma referência às pessoas que seguem os evangelhos da Bíblia Sagrada, incluindo denominações centenárias, como luteranos, metodistas, presbiterianos e batistas, como também igrejas pentecostais e neopentecostais.
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“Como temos uma definição tão ampla e vaga do evangélico, uma pessoa pode assumir automaticamente que todo evangélico é defensor do Trump. Estamos olhando a fé através de uma lente política, e isso é perigoso”, opinou Tchividjian, demonstrando postura oposta à do tio, o pastor Franklin Graham, um apoiador do atual presidente dos EUA.
Um apóstata da fé cristã chamado Christopher Stroop se tornou um crítico dos evangélicos e também dos “ex-evangélicos”, afirmando que muitos adotam o discurso politicamente correto de não querer ser associado a ideias “radicais”, mas em sua opinião, continuam defendendo ideias igualmente rejeitadas pela sociedade, como a tipificação da homossexualidade como um pecado.
“Eles apenas querem escapar das associações negativas, mas continuam votando contra os direitos LGBT ou das mulheres. Eu lembro que nos anos 1990 o termo ‘religião’ tinha associações negativas, e então os evangélicos diziam: ‘não é sobre religião, é sobre o relacionamento com Deus’. Eles são muito bons em marketing e esta é uma nova tentativa de ‘rebranding‘ (termo usado para remoldar uma imagem que esteja arranhada)”.
fonte
https://noticias.gospelmais.com.br/movimento-ex-evangelicos-cresce-discursos-radicais-93693.html
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Um movimento no meio cristão quer abandonar o termo “evangélico” para se distanciar da imagem formada pela sociedade de posturas radicais, comumente chamadas de “extrema direita”.
A postura desse movimento é de recusa à abordagem evangélica em relação a temas complexos que permeiam a sociedade atual. Um dos principais nomes dessa linha de pensamento é Boz Tchividjian, neto do evangelista Billy Graham.
“Eu não me identifico mais com esse termo. As palavras importam. E ‘evangélico’ não é como ‘batista’ ou ‘episcopal’, que podem ser claramente definidos. Quando você usa esse termo para uma pessoa, é definido pela forma que ela interpreta”, explicou Boz Tchividjian ao jornal The Guardian.
Segundo informações do jornal brasileiro O Globo, existe um crescente número de religiosos americanos que está aderindo a esse movimento, abandonando o rótulo “evangélico” como forma de protestar contra manifestações consideradas radicais, mas, mantendo os princípios da fé cristã protestante.
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Um exemplo disso foi a mudança realizada recentemente pela conceituada Sociedade Evangélica da Universidade de Princeton, que removeu o “evangélica” do nome, sendo rebatizada oito décadas depois como Sociedade Cristã de Princeton.
William Boyce, atual secretário-executivo da entidade, afirmou que a mudança foi necessária porque “nos últimos anos estamos vendo mais estudantes que não se reconhecem ou não compreendem corretamente o termo ‘evangélico’”.
Tony Campolo, pastor, fundador do movimento Red Letter Christians, e ex-conselheiro espiritual de Bill Clinton durante sua presidência, também aderiu à iniciativa de abandonar o rótulo “evangélico”: “Nos sentimos desconfortáveis em nos chamarmos como evangélicos, porque o público em geral supõe coisas sobre nós que não são verdadeiras. Não somos favoráveis à pena de morte, não somos a favor da guerra, não odiamos gays e não somos antifeministas”, esclareceu, em entrevista ao portal Premier Christianity.
Boz Tchividjian considera o termo “evangélico” muito amplo, pois a essência da palavra é uma referência às pessoas que seguem os evangelhos da Bíblia Sagrada, incluindo denominações centenárias, como luteranos, metodistas, presbiterianos e batistas, como também igrejas pentecostais e neopentecostais.
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“Como temos uma definição tão ampla e vaga do evangélico, uma pessoa pode assumir automaticamente que todo evangélico é defensor do Trump. Estamos olhando a fé através de uma lente política, e isso é perigoso”, opinou Tchividjian, demonstrando postura oposta à do tio, o pastor Franklin Graham, um apoiador do atual presidente dos EUA.
Um apóstata da fé cristã chamado Christopher Stroop se tornou um crítico dos evangélicos e também dos “ex-evangélicos”, afirmando que muitos adotam o discurso politicamente correto de não querer ser associado a ideias “radicais”, mas em sua opinião, continuam defendendo ideias igualmente rejeitadas pela sociedade, como a tipificação da homossexualidade como um pecado.
“Eles apenas querem escapar das associações negativas, mas continuam votando contra os direitos LGBT ou das mulheres. Eu lembro que nos anos 1990 o termo ‘religião’ tinha associações negativas, e então os evangélicos diziam: ‘não é sobre religião, é sobre o relacionamento com Deus’. Eles são muito bons em marketing e esta é uma nova tentativa de ‘rebranding‘ (termo usado para remoldar uma imagem que esteja arranhada)”.
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